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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
PRESSUPOSTOS
Os pressupostos são informaçõesimplícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes na frase que permitem ao leitor compreender essa informação
implícita.
SUBENTENDIDOS
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor.
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
LÍNGUA PORTUGUESA
TIPOS TEXTUAIS
ACENTUAÇÃO
COMPREENSÃO TEXTUAL
OXÍTONA NARRATIVOINTERPRETAÇÃO TEXTUAL
De acordo com oprimeiro parágrafo do texto... De acordo com o texto... Conforme as ideias apresentadas no texto...
Com relação às ideias do texto... Segundo o autor...
Segundo o texto...
Infere-se que... Deduz-se do texto... Depreende-se...
Ao ler o texto, conclui-se...
Narração de uma história a partir de cinco elementos: ação, espaço, tempo, personagem e narrador.
INJUNTIVO Também conhecido como texto instrucional, o texto injuntivo apresenta comando de instruções e ordens. EXPOSITIVO
INFORMATIVO
Apresentação de uma determinada ideia, sem ter a intenção de argumentar. Apenas informar/cientificar.
DESCRITIVO Descrição detalhada de ambientes, pessoas, animais, objetos.Produz uma ideia de fotografia.
ARGUMENTATIVO Defesa de uma opinião fundamentada em argumentos objetivos e em fatos/dadosconcretos. Ideia persuasiva, busca o convencimento.
ÚLTIMA sílaba tônica Terminadas em A(S), E(S), O(S), EM/ENS. Exemplos: me-trô; mo-co-tó PAROXÍTONA PENÚLTIMA sílaba tônica
Terminadas em L, N, R, X, I(S), U(S), PS, Ã(S), ÃO(S), UM(UNS) e terminadas em DITONGOS (seguidos ou não de s). Exemplos: ór - fão; a - má - vel PROPAROXÍTONA
ANTEPENÚLTIMA sílaba tônica
TODAS as proparoxítonas são acentuadas.
Exemplos: tó - xi - co; gê - ne - ro
Advérbios Conjunções Preposições Interjeições
NÃO OCORRERÁ ACENTO
REGRA DO HIATO
MONOSSÍLABO TÔNICO
CLASSES GRAMATICAIS
VARIÁVEIS
Artigos Pronomes Numerais Adjetivos Substantivos VerbosINVARIÁVEIS
PREPOSIÇÕES
Acentuam-se o “i” e “u” tônico sozinho na sílaba (ou com s): reúnem, saúde, egoísmo, baú, juízes, balaústre, país.
Do contrário, não ocorre o acento: ruim, cair, juiz, raiz.
Nos hiatos com vogais repetidas: creem, leem, saara, xiita, voo, enjoo
No “i” ou “u” antecedido de ditongo, se a palavra não for oxítona: feiura, bocaiuva, Sauipe. Sendo oxítona ocorrerá o acento: Piauí, tuiuiú. No “i” seguido de NH: rainha, bainha, tainha,
Acentuam-se as monossílabas tônicas terminados em: a(s), e(s), o(s). Exemplos: três, pós, trás, nós. Terminadas em ditongo aberto: ói, éu, éi. Exemplos: dói, céu, réis.
Acentos diferenciais foram abolidos em sua maioria. Alguns outros foram mantidos (vêm/têm para indicar a 3° pessoa do plural; pôde para indicar pretérito; pôr para diferenciar o verbo “pôr” da preposição “por”).
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE - 2019 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Professor de Educação Básica - Português A pala-vra “domínio” recebe acento gráfico por ser paroxíto-na termiparoxíto-nada em ditongo oral.
R: Certo. As paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas, independentemente de ser ditongo nasal ou oral, crescente ou descente. O CESPE considera que as paroxítonas terminadas em ditongo crescente também podem ser acentuadas pela regra das proparoxítonas, como ocorre, por exemplo, com a palavra memória. Veja a questão abaixo:
CESPE - 2017 – TRF1ª – Analista Taquigrafia O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por duas regras de acentuação distintas. R: Certo. Como visto na questão acima, algumas palavras são acentuadas por duas regras. Isso só acontece com as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. No entanto, quando for paroxítona termi-nada em ditongo decrescente, valerá apenas a regra das paroxítonas: lei-te (vogal + semivogal).
CESPE - 2015 – DEPEN – Nível Médio As palavras “indivíduos” e “precárias” recebem acento gráfico com base em justificativas gramaticais diferentes. R: Errado. “Indivíduos” é paroxítona terminada em ditongo oral (“uo”), já “precárias” também é paroxíto-na termiparoxíto-nada em ditongo oral (“ia”), seguido de “s”. Portanto, não são regras diferentes, mas iguais. CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Judiciário de Procuradoria O emprego de acento agudo nas pala-vras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.
R: Errado. “Período” é uma proparoxítona (pe-rí-o-do). “Juízo” é paroxítona formada por hiato (ju-í-zo) com “í” tônico. “Extraídos” também é paroxíto-na formada por hiato com “í” tônico.
CESPE - 2018 - BNB - Analista Bancário Os vocábu-los “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra de acentuação.
R: Certo. Os três vocábulos são monossílabos tônicos. Acentua-se “trás” por ser terminada em “a(s)” e “nós” por ser terminada em “o(s)”.
CONECTIVOS
Estabelecem uma relação entre duas palavras. A Antes Após Até Com Contra De Desde Em Entre Para Per Perante Por Sem Sob Sobre Trás
DIREITO ADMINISTRATIVO
O Direito Administrativo é um conjunto de regras e princípios harmônicos entre si que vão ser utilizados para disciplinar o funcionamento de órgãos públicos, entidades e seus respectivos agentes.• Os órgãos públicos, entidades e seus respectivos agentes são chamados de administração pública no sentido formal, orgânico ou subjetivo.
• As atividades exercidas por eles – serviços públicos, fomento, poder de polícia e intervenção econômica – são conceituadas como administração pública no sentido material, funcional ou objetivo.
A administração pública realiza suas funções públicas sob dois aspectos: O art. 37 da CF prevê que:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” L I M P E
Existem, também, outros princípios, como segurança jurídica, razoabilidade, continuidade do serviço público, motivação, etc.
• Qualquer outro princípio que não se inclua no rol descrito no art. 37 da CF será implícito; • Não existe hierarquia entre princípios. Todos devem ser observados de maneira harmônica; • O conflito entre princípios deve ser resolvido mediante a ponderação de valores;
• O princípio da eficiência somente foi acrescentado ao texto constitucional depois, com o advento da Emenda Constitucional nº 19/1998.
• Lei: principal fonte do Direito Administrativo, tendo em vista o princípio da legalidade;
• Jurisprudência: é o conjunto de decisões judiciais ou administrativas reiteradas em um mesmo sentido; • Doutrina: é o conjunto de teses e pensamentos dos estudiosos do ramo;
• Costumes: condutas reiteradas em um mesmo sentido.
Fonte PRIMÁRIA, direta ou formal do Direito Administrativo: LEIS em sentido amplo. Engloba: • Constituição
• Leis
• Regulamentos da administração pública (regimentos, decretos, instruções normativas) Fontes SECUNDÁRIAS, indiretas ou materiais do Direito Administrativo:
• Jurisprudência • Doutrina • Costumes
Principais princípios que norteiam o
regime jurídico-administrativo:
Supremacia do interesse
público sobre o privado
Indisponibilidade do
interesse público
Nem sempre o Estado atuará
com supremacia. Quando o
Estado explora a atividade
econômica e pratica atos de
gestão de direito privado, atua
em regime de igualdade.
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido formal, subjetivo ou orgânico FO S OR Sentido funcional, material ou objetivo FU M OB
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
QUEM faz O QUE é feito
Estrutura, composição, organização Tarefas, o que está sendo desempenhado
União Estados DF Munícipios Fundações Públicas Autarquias
Sociedade de Economia Mista Empresas Públicas
Conjunto de órgãos, entidades e seus respectivos agentes, que estão desempenhando a função administrativa
Serviços públicos / Fomento / Poder de polícia / Intervenções econômicas
Para que a administração pública realize sua função administrativa é necessário que haja uma divisão de tarefas. Essa divisão vai ser realizada a partir da DESCONCENTRAÇÃO ou da DESCENTRALIZAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
Entre ÓRGÃOS há SUBORDINAÇÃO. Entre ENTIDADES há VINCULAÇÃO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA São aquelas previstas diretamente na Constituição,
exercendo suas atividades com autonomia; Possuem personalidade jurídica de direito público; Podem legislar;
Podem administrar por meio de seus órgãos.
São instituídas pelos entes políticos para o desempenho de atividades administrativas
Possuem personalidade jurídica própria; Não legislam;
Apenas administram. Observação: Quando a atividade for desempenhada
por uma entidade política por meios de seus Órgãos, teremos a chamada ADMINISTRAÇÃO DIRETA.
Personalidade
jurídica Responsabilidadecivil
Imunidade
tributária Regime depessoal Finalidades Criação Autarquia Fundação pública Sociedade de economia mista Empresa pública Sociedade de economia mista + 50%: Público
- 50%: Privado Somente S/A (sociedade anônima) 100% pública Qualquer forma jurídica Empresa pública
Empresas estatais
Observação: Quando a Entidade Administrativa
exerce atividades administrativas, teremos a chamada
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. Público Público e Privado Privado Lei Autorizada por lei Típicas do Estado Sem fins lucrativos (LC dispões atuação) Prestadora de serviço público ou exploradora de atividade econômica Serviço público (objetiva) Atividade econômica (subjetiva) Serviço público (Sim) Atividade econômica (Não)
Objetiva Sim Estatuto
CLT
Capital Social Forma Societária
DESCONCENTRAÇÃO CONCENTRAÇÃO
Órgão Criação de órgãos ou ministérios;
Há divisão interna de competências dentro do mesmo órgão ou entidade administrativa, dentro da mesma pessoa jurídica.
Há subordinação; Pode ocorrer na:
Administração direta: municípios criando secre-tarias. Administração indireta: autarquia criando órgão de setor de pessoal.
Extinção de órgãos; ou
Simplesmente quando não há criação de órgãos públicos;
Pode ocorrer na:
Administração direta: entes políticos sem órgãos ou extinguindo órgãos.
Administração indireta: FASE sem órgãos.
DESCENTRALIZAÇÃO CENTRALIZAÇÃO
Entidade
Administração direta cria os entes administrativos (FASE) pertencentes à administração indireta;
Execução de atividades por meio da criação de pessoas jurídicas externas e sem relação de hierar-quia;
Sem subordinação, mas com controle finalístico/ supervisão ministerial;
A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado e a pessoa que executará o serviço;
Detêm capacidade de autoadministração.
Execução de atividades diretamente pela adminis-tração;
A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração pública direta;
Quando a administração direta extingue, necessaria-mente por lei, uma entidade da administração indire-ta indire-também ocorre a centralização.
DIREITO CONSTITUCIONAL
Obs: Ordem alterada dos incisos para facilitar o entendimento do mnemônico.
Obs: Os direitos e garantias individuais NÃO se resumem ao Título II. Eles são encontrados em 5 capítulos. Características dos direitos e garantias individuais:
Irrenunciabilidade; Imprescritibilidade; Inalienabilidade; Historicidade (Evolução); Relatividade; Universalidade; Aplicação imediata. “IIIH..RUA”
Obs: Ordem alterada dos incisos para facilitar o entendimento do mnemônico.
REPÚBLICA
FEDERATIVA
DO BRASIL
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SO CI DI VA PLU
CON GA PRO ERRE
PANIICO SOCO REDE
FUNDAMENTOS
OBJETIVOS
PRINCÍPIO DAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS
Formada pela união
indissolúvel dos Estados,
Municípios e do DF
Constitui-se em Estado
Democrático de Direito
E tem como fundamentos:
SO CI DI VA PLU
Forma de Estado: Federação
Forma de governo: República
Sistema de governo: Presidencialismo
Regime: Democrático
Mnemônico:
O Estado FEDE
A República é FOGO
O Presidente é SISTEMÁTICO
O Regime é DEMO
I- Soberania II- CidadaniaIII- Dignidade da pessoa
humana
IV- Valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa
V- Pluralismo político
I- Construir uma sociedade livre, justa e
solidária
II- Garantir o desenvolvimento nacional IV- Promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação
III- Erradicar a pobreza e a
margi-nalização e Reduzir as desigualdades sociais e regionais
II- Prevalência dos direitos humanos III- Autodeterminação dos povos IV- Não-intervenção
I- Independência nacional V- Igualdade entre os Estados
IX- Cooperação entre os povos para o
progresso da humanidade
VII- Solução pacífica dos conflitos X- Concessão de asilo político
VIII- Repúdio ao terrorismo e ao
racis-mo
VI- Defesa da paz;
§ único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social, e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos
Direitos
Sociais
Nacionalidade
Direitos de
Políticos
Direitos
Partidos Políticos
Direitos dos
DIREITOS
Prestações positivas consagradas pela Constituição.GARANTIAS
Instrumentos assecuratórios da adequada prestação de direitos ou da reparação de eventuallesivi-dade a eles causada.
-EVOLUÇÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
•Vida • Liberdade • Igualdade • Segurança • Propriedade
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos:
•ISONOMIA
I. homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
•LEGALIDADE
II. ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
•DIGNIDADE E INTEGRIDADE
III. ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
•DIREITO DE OPINIÃO E MANIFESTAÇÃO
IV. é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX. é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de
censura ou licença;
•DIREITO DE RESPOSTA E INDENIZAÇÃO
V. é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
•INVIOLABILIDADE DE CRENÇA
VI. é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII. é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
inter-nação coletiva;
VIII. ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
•DIREITO À PRIVACIDADE E À INTIMIDADE
X. são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XI. a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial;
XII. é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;
•LIBERDADE DE PROFISSÃO
XIII. é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
1ª DIMENSÃO:
LIBERDADE Direitos civis e políticos
(primeira dimensão);
delimitação do individual e do
público
4ª DIMENSÃO:
Democracia direta, pluralismo e
acesso à informação
5ª DIMENSÃO:
Paz (universal), direitos virtuais,
transconstitucionalismo
2ª DIMENSÃO:
IGUALDADE Direitos sociais,
econômicos e culturais (SEC)
3ª DIMENSÃO:
FRATERNIDADE Direitos
coletivos e difusos
(desen-volvimento, meio ambiente
equilibrado, acesso à
comunicação etc.)
DIREITO PENAL - PARTE GERAL
O conceito de direito penal pode ser estabelecido sob três enfoques diferentes:
FORMAL, MATERIAL ou SOCIOLÓGICO.
O jus puniendi (direito penal subjetivo) é monopólio do Estado, ou seja, quem detém o direito de punir os comporta-mentos desviados praticados pela sociedade é o Estado.
Exceção: o Estatuto do Índio (Lei nº 6.001/1973) tolera, em seu art. 57, que:
Art. 57. Será tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições próprias, de sanções penais ou disci-plinares contra os seus membros, desde que não revistam caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena
de morte.
Direito penal primário x direito penal secundário
Existe, na doutrina penal, um movimento conhecido como funcionalismo, que visa definir qual seria a função do direito penal. As duas correntes mais importantes desse movimento são: o funcionalismo teleológico e o funcionalis-mo sistêmico.
•Funcionalismo teleológico (moderado): para essa corrente, a finalidade do direito penal é assegurar os bens
jurídi-cos dos cidadãos. A finalidade do direito penal é proteger bens jurídijurídi-cos como a vida, patrimônio, dignidade sexual, paz pública, fé pública. Este é o entendimento adotado no Brasil.
•Funcionalismo sistêmico (radical): essa corrente defende que a finalidade do direito penal é garantir o império da
norma, resguardando o sistema legal, mostrando que o direito existe e não pode ser violado.
É o conjunto de normas que define os comportamentos humanos que serão considerados
INFRAÇÕES PENAIS. Define os seus agentes e fixa as sanções correspondentes. (LEIS ESCRI-TAS)
CLASSIFICAÇÕES DO DIREITO PENAL
FUNÇÕES DO DIREITO PENAL
As fontes do direito penal indicam a sua origem e a forma como ele se revela para a sociedade, dividindo-se em: FONTE MATERIAL e FONTES FORMAIS.
•Fonte material: representa o órgão encarregado pela criação do direito penal, no caso a União, de forma privativa. OBS: Os Estados podem legislar? Sim, em questões específicas, DESDE que haja lei complementar da União que
permita (trata-se da competência privativa da União, à qual compete legislar, dentre outros, sobre direito penal). •Fontes formais: são os instrumentos de exteriorização, de apresentação, do direito penal. São os meios pelos
quais o direito penal se apresenta para a sociedade. As fontes formais podem ser: imediatas ou mediatas.
FONTES DO DIREITO PENAL
FORMAL
É o ramo do Direito que se refere a comportamentos considerados reprováveis e danosos à boa
convivência social, que afetam os bens jurídicos indispensáveis à sua própria conservação e progresso. (O COMPORTAMENTO FORMA A NORMA)
MATERIAL
É um instrumento de controle social dos comportamentos desviados, visando assegurar a
necessária disciplina social. SOCIOLÓGICO
CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, FUNÇÕES E FONTES DO DIREITO PENAL
Direito penal objetivo Direito penal subjetivo Direito penal objetivo é o conjunto
de leis penais em vigor no país.
Já o direito penal subjetivo refere-se ao direito de punir do Estado, ou seja, à capacidade que o Estado tem de produzir e fazer cumprir as suas normas.
X
O direito penal primário é aquele que está contido no Código Penal.
O direito penal secundário é aquele que se encontra espalhado em outras normas penais, denominadas Legislação Penal Especial ou Legislação Extravagante.
X
NÃO HÁ CRIME:
• Sem lei (somente lei em sentido estrito – Lei Ordinária ou Lei Complementar); • Anterior (proíbe que a lei penal retroaja para prejudicar. Somente para beneficiar); • Escrita (proíbe que o costume crie crime ou comine pena/sanção);
• Estrita (proíbe que a analogia crie crime ou comine pena);
• Certa (Princípio da Taxatividade: veda-se o tipo penal indeterminado – vago).
Informações importantes:
1 - Ao ler crime, leia-se também contravenção penal. Ao ler pena, leia-se também medida de segurança. 2 - É permitido o costume e a analogia in bonam partem (somente para favorecer o réu).
3 - A norma penal em branco não fere o princípio da taxatividade.
No direito penal, o princípio da legalidade coincide com o princípio da reserva legal e encontram-se no texto constitucional (Art. 5°, XXXIX)
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Tal princípio oferece dupla garantia ao cidadão: • Irretroatividade da lei penal maléfica;
• Retroatividade da lei penal benéfica.
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL
IMEDIATAS
Lei em sentido estrito, Lei Ordinária ou Lei Complementar.
MEDIATAS
Costumes, analogia, princípios gerais do direito, jurisprudência, atos administrativos, CF/88 e tratados internacionais.
LEMBRE-SE
Art. 1º, CP.Não há crime - Sem lei anterior que o defina. Não há pena - Sem prévia cominação legal.
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE - 2015 -TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRI-O/2015 - Adaptada Segundo a doutrina majoritária,
os costumes e os princípios gerais do direito são fontes formais imediatas do direito penal.
R: Errado. Os costumes e princípios gerais são fontes
mediatas ou indiretas. Ressalte-se que as fontes formais mediatas ou indiretas não geram por si só normas jurídicas. A bem da verdade, elas integram o ordenamento jurídico, auxiliando o intérprete ou o aplicador do direito.
CESPE - 2014 - NOTÁRIOS/TJDFT- Adaptada Os
costumes não são considerados pela doutrina como fonte formal do direto penal.
R: Errado. Como visto anteriormente, os costumes
integram o rol das fontes formais mediatas do direito penal.
CESPE – 2013 - DPE-RR/DEFENSOR PÚBLICO - Adaptada A moderna doutrina penal considera a
jurisprudência como fonte criadora do Direito, simi-lar à lei, em razão do fator de produção normativa decorrente da obrigatoriedade que possuem as decisões dos tribunais superiores e do caráter vincu-lante das súmulas.
R: Errado. A jurisprudência é considerada como
fonte INDIRETA ou MEDIATA do direito penal.
CESPE – 2011 - DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO- Adaptada As fontes de cognição classificam-se em
imediatas — representadas pelas leis — e mediatas — representadas pelos costumes e princípios gerais do Direito.
R: Certo. A questão apresenta a classificação de
modo correto: as leis são fontes imediatas (ou primárias); e os costumes e os princípios gerais do Direito fontes mediatas (secundárias).
CESPE – 2011 - DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO - Adaptada As fontes materiais revelam o Direito; as
formais são as de onde emanam as normas, que, no ordenamento jurídico brasileiro, referem-se ao Estado.
R: Errado. As fontes formais são produzidas sim pelo
Estado-legislador. Porém referem-se às leis. Pode-se dizer que a doutrina e a jurisprudência também instrumentalizam o direito penal ao servirem de fonte formal mediata.
Patamares mínimos de tratamento penal que a CF estabelece para determinadas situações e aos quais
fica atrelado o legislador penal, devendo respeitá-los. Ex: vedação à práticas discriminatórias.
MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE CRIMINALIZAÇÃO
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado! Podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA DA PENA
Cada indivíduo deve ser proporcionalmente punido em relação às circunstâncias objetivas e subjetivas do crime cometido.
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
A ninguém poderá ser imposta uma pena ofensiva à dignidade humana.
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
PENAS PROIBIDAS
LEMBRE-SE
RAÇÃO (Racismo e AÇÃO de Grupos Armados) é imprescritível e os demais serão insuscetíveis
de graça e anistia.
ATENÇÃO
NÃO CONFUNDA a reparação do
dano com as PENAS de multa ou de prestação pecuniária. Imprescritível
Insuscetíveis de graça e anistia
RACISMO
HEDIONDOS E SEUS EQUIPARADOS
(3T + H) (TERRORISMO, TORTURA EAÇÕES DE GRUPOS ARMADOS
TRÁFICO)
Imprescritível
Inafiançável
Inafiançável Inafiançável
Morte,
SALVO nos casos de guerra declarada
Caráter perpétuo
Banimento
Cruéis
Trabalhos forçados
Princípio da Lesividade ou Ofensividade: somente podem ser punidos os comportamentos que causem lesão ou perigo de lesão aos bens jurídicos tutelados.
Princípio da Alteridade ou da Transcendentalidade: esse princípio impede a punição de comportamentos que não
atinjam bens jurídicos de terceiros. Todavia, o bem jurídico atingido pertence ao próprio autor da conduta, ou seja, a ação não transcende o próprio agente.
- Decorre deste princípio o direito penal não punir a autolesão.
Princípio da Intervenção Mínima - Ultima Ratio: o direito penal só deve atuar quando os demais ramos do direito
não forem suficientes para garantir proteção ao bem jurídico (subsidiariedade) e somente se a lesão sofrida for relevante e intolerável (fragmentariedade).
Princípio da Fragmentariedade: estabelece que nem todos os fatos considerados ilícitos pelo direito devam ser
considerados como infração penal, mas somente aqueles que atentem contra bens jurídicos extremamente
relevantes (íntima relação com o princípio da insignificância).
Princípio da Responsabilidade Subjetiva (Culpabilidade): para que um agente seja penalmente punido, não basta
que ele tenha causado o resultado lesivo a um dos bens jurídicos tutelados pelo direito penal. É necessário analisar a existência de voluntariedade (existência do dolo ou culpa).
Princípio da Exteriorização ou Materialização do Fato: o direito penal somente pode punir comportamentos
humanos voluntários, jamais condições internas, modo de ser ou de pensar de alguém.
Princípio da Exclusiva Proteção de Bens Jurídicos: o direito penal tem uma única e exclusiva finalidade: resguardar
os bens jurídicos de terceiros.
Princípio da Subsidiariedade: tem relação com os fatos de que os outros ramos do Direito foram insuficientes para
proteger o bem jurídico (insuficiência dos demais ramos do Direito para proteger o bem jurídico). Define quais bens merecem a proteção do direito penal.
Princípio da Proporcionalidade: funciona como uma forte barreira impositiva de limites ao legislador e busca atingir
dois importantes objetivos, quais sejam:
a) Vedação à proteção deficiente; b) Vedação ao excesso.
DA MOEDA FALSA
TÍTULO X – CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
MOEDA FALSA
Reclusão 03 a 12 anos
+ multa
Art. 289. FALSIFICAR, FABRICANDO-A ou ALTERANDO-A, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: §1º. Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia,
IMPORTA ou EXPORTA, ADQUIRE, VENDE, TROCA, CEDE, EMPRESTA. GUARDA ou INTRODUZ na circulação moeda falsa.
ATENÇÃO
- Trata-se de um crime formal, ou seja, não é necessário que a moeda falsificada seja colocada em circulação. O crime se consuma quando a moeda falsa fica pronta.
- Sujeito passivo primário: Estado;
- Sujeito passivo secundário: pessoa física ou jurídica que sofreu o prejuízo. - O crime de moeda falsa é de alto potencial ofensivo.
- É um crime de ação penal pública incondicionada. - Competência para apurar o crime: Justiça Federal. - É cabível a tentativa.
- É um crime que deixa vestígios (não transeunte). Logo, é necessário o exame de corpo de delito. Caso não seja possível o exame de corpo de delito, este poderá ser suprido pela prova testemunhal e por outras provas. - Não cabe arrependimento posterior.
- NÃO cabe o princípio da insignificância. - Guardar moeda falsa é crime permanente. - Não configuram crime de moeda falsa:
- Desenhos e rabiscos com ausência de dolo; - Falsificação grosseira; e
- Supressão da numeração para evitar rastreamento.
Obs.: Quando a falsificação for grosseira, o crime será impossível. Porém, quando a falsificação grosseira tiver potencialidade lesiva, poderá ser considerada estelionato, passando a competência para a Justiça Estadual.
MOEDA FALSA PRIVILEGIADA
Detenção 6 meses a 2 anos + Multa
§2º. Quem, tendo recebido de BOA-FÉ, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com: QUALIFICADORAS: CRIME FUNCIONAL Reclusão 03 a 15 anos + multa
§3º. É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o
funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de
emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I – de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II – de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
DESVIO E CIRCULAÇÃO ANTECIPADA Reclusão 03 a 15 anos + multa
§4º. Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
Obs.: Nos casos dos §3º e §4º, a moeda não é falsa, ela só foi colocada em circulação de maneira indevida, afetando a economia do país.
PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA Reclusão 02 a 06 anos + multa
Art. 291. FABRICAR, ADQUIRIR, FORNECER, a título oneroso ou gratuito, POSSUIR ou GUARDAR maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: EMISSÃO DE TÍTULO AO PORTADOR SEM PERMISSÃO LEGAL Detenção 01 a 06 anos ou multa
Art. 292. EMITIR, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:
Detenção 15 dias a 03 meses
ou multa
§ único. Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de:
CRIMES ASSIMILADOS AO DE MOEDA FALSA Reclusão 02 a 08 anos + multa
Art. 290. FORMAR cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;
SUPRIMIR, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização;
RESTITUIR à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou
já recolhidos para o fim de inutilização:
§ único. O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o
crime for cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.
Obs.: Em regra, atos preparatórios não são punidos. Entretanto, os crimes que são considerados como crime-obstáculos são punidos, sendo a falsificação de moeda um deles.
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE - 2019 – TCE/RO - Procurador do Ministério Público de Contas – ADAPTADA Utilização de papel-moeda grosseiramente falsificado configura crime de moeda falsa; admite-se, no entanto, a aplicação do princípio da insignificância caso sejam grosseiramente falsificadas cédulas de pequeno valor.
R: Errado. Conforme entendimento firmado no STJ pela Súmula nº 73, "A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual". E mais, tanto o STF quanto o STJ vêm entendendo ser inaplicável o princípio da insignificância em relação ao crime de moeda falsa. CESPE - 2018 - ABIN - Agente de Inteligência A configuração do crime de moeda falsa exige que a falsificação não seja grosseira.
R: Certo. Súmula 73 STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.
CESPE - 2015 – TJ/PB – Juiz de Direito – ADAPTADA Gustavo, funcionário público estadual, com o objetivo de obter vantagem patrimonial ilícita para si, utilizou papel-moeda grosseiramente falsificado para efetuar pagamento de compras de alto valor em um supermercado. Em face dessa situação hipotética, Gustavo praticou a figura típica do estelionato.
R: Certo. Para a configuração do crime de moeda falsa, é imprescindível que a falsificação seja capaz de enganar, ou seja, de fazer a moeda falsa se passar por verdadeira. Súmula 73 STJ: A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.
FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO Detenção 1 a 4 anos + Multa +1/3 da pena Reclusão 2 anos a 6 anos + Multa
Art. 311-A. UTILIZAR ou DIVULGAR, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, CONTEÚDO SIGILOSO de:
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou IV - exame ou processo seletivo PREVISTOS EM LEI.
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem PERMITE ou FACILITA, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
§ 2° Se da ação ou omissão resulta DANO à administração pública. § 3° Aumenta-se a pena de 1/3 se o fato é cometido por funcionário
público.
→ É TÍPICA a conduta consistente na colocação de fita adesiva ou isolante para alterar o número ou letras da placa do veículo e, assim, evitar multas ou burlar o pedágio ou rodízio de veículos. STJ, AgRG no AResp 860.012/MG, 16/02/2017 e STF, RHC 116.371/DF, 22/08/2013).
→ É TÍPICA a substituição de placas de um veículo pelas de outro. No caso, ocorreu a mera substituição de uma placa pela outra, sem a substancial adulteração do conteúdo. Embora não tenha efetivamente ocorrido a adulteração, o STJ entendeu pela incidência do tipo penal previsto no art. 311 (AgRg no Resp 1.578.618/MG, 05/06/2016).
→ O STJ entende pela impossibilidade de consunção entre os crimes de receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor, tratando-se de crimes autônomos.
Nesse sentido: “Recurso Especial nº 0015804-76.2015.8.26.0068: RECEPTAÇÃO DOLOSA – ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO – CRIMES AUTÔNOMOS. Os crimes de receptação dolosa e adulteração de chassi são autônomos, não admitindo, pois, a aplicação do princípio da consunção para a absorção do segundo pelo primeiro delito. (...)”
É crime comum, formal (independe de dano, mas se houver será a qualificadora do §2°) e não requer a efetiva obtenção do benefício para ser consumado. Incide em todo e qualquer certame ou concurso de interesse público, mas não necessariamente de natureza pública (vide incisos III e IV). Admite-se apenas a forma dolosa, com o acréscimo do especial fim de agir, descrito nas expressões “com o fim de beneficiar a si ou a outrem” ou “com o fim de comprometer a credibilidade do certame”.
Observe que poderá haver o concurso de pessoas, quando um agente DIVULGA e outro UTILIZA indevi-damente informações sigilosas, com fim de beneficiar a si ou outrem, ou, ainda, comprometer a credibili-dade do certame (esse é o caso da “cola eletrônica” em concursos públicos). Importante frisar que esse dispositivo foi acrescido pela Lei 12.550/2011. Antes dela, a conduta da “cola eletrônica” era formalmente atípica (STF, HC 88697/AC, 06/02/2007).
Se o agente permite ou facilita o acesso de pessoas não autorizadas a conteúdo sigiloso das hipóteses dos incisos I a IV, incidirá no §1°.
Entende-se que o DANO previsto no §2° não necessita ser patrimonial, isto é, havendo DANO MORAL, incorrerá na qualificadora.
A competência é da Justiça Estadual. Quando afetar direitos e interesses da União, a competência será da Justiça Federal.
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE – 2019 – TCE/RO – Procurador - Adaptada A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial em situação de autodefesa não é considerada criminosa.
R: Errado. Súmula STJ 522: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa.
CESPE – 2019 – TJPA – Juiz Substituto - Adaptada Fernando, imputável, cumpria pena de sete anos de reclusão em regime semiaberto. Em 15/02/2019, foi autorizado a realizar trabalho externo. Em 16/02/2019, ele saiu do estabelecimento penitenciário para o trabalho externo, mas não mais retornou. Por essa razão, foi expedido mandado de prisão contra ele. Abordado por policiais em um bar, Fernando identificou-se como Domingos. Ele foi encaminhado à delegacia e lá novamente se identificou como Domingos. A verdadeira identidade de Fernando foi descoberta somente dois dias depois. Ouvido como investigado, Fernando disse que tinha adotado o nome Domingos porque sabia que contra ele havia mandado de prisão expedido. De acordo com a jurisprudência do STJ, quando se identificou como Domingos, Fernando praticou o crime de falsa identidade, embora tenha alegado situação de autodefesa.
R: Certo. A situação hipotética assemelha-se ao conteúdo da questão acima. O exercício de
autodefesa não permite que o
procurado/indiciado se identifique falsamente. Súmula STJ 522: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa. CESPE – 2018 – SEFAZ/RS Situação hipotética: João, durante abordagem por um policial militar, atribuiu a si nome diverso, a fim de se esquivar de mandado de prisão pendente de cumprimento. João praticou o crime de falsa identidade.
R: Certo. Segundo o STF, o princípio constitucional da autodefesa não alcança aquele que atribui falsa identidade perante autoridade policial com o intento de ocultar maus antecedentes ou evitar a sua prisão, sendo, portanto TÍPICA a conduta praticada pelo agente nos termos do art. 307 do CP (HC 112846/MG, Dje 01/10/2014).
CESPE – 2013 – Polícia Federal - Delegado A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público.
R: Errado. O tipo penal do art. 307 (falsa identidade) não faz distinção da atribuição ocorrer verbalmente ou por escrito.
CESPE – 2018 – Polícia Federal - Delegado A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público.
R: Errado. Pelo mesmo motivo da questão acima, o crime de falsa identidade (art. 307) pode ser praticado de forma escrita ou oralmente (crime de forma livre).
CESPE – 2019 – PGM/Boa Vista – Procurador Juan González, estrangeiro, enfermeiro, residente havia dois anos em Boa Vista – RR, apresentava-se como médico no Brasil e atendia pacientes gratuitamente em um posto de saúde da rede pública municipal, embora não fosse funcionário público. Seu verdadeiro objetivo com essa prática era retirar medicamentos do local e revendê-los para obter lucro.
Em razão de denúncia anônima a respeito do desvio de medicamentos, Juan, portando caixas de remédios retiradas do local, foi abordado em seu automóvel por policiais logo após ter saído do posto e foi, então, conduzido à delegacia. Para que seu verdadeiro nome não fosse descoberto, Juan identificou-se à autoridade policial como Pedro Rodríguez, buscando, assim, evitar o cumprimento de mandado de prisão expedido por ter sido condenado pelo crime de moeda falsa no Brasil. Questionado sobre a propriedade do veículo no qual se encontrava no momento da abordagem, Juan informou tê-lo comprado de uma pessoa desconhecida, em Boa Vista. Durante a investigação policial, verificou-se que o veículo havia sido furtado por outra pessoa no Brasil e que a placa estava adulterada. Verificou-se, ainda, que a placa identificava um veículo registrado no país de origem de Juan e em seu nome, embora Juan
LEGISLAÇÃO
LEI Nº 7.102/1983
Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para a constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores e dá outras providências.
§1º Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem: bancos oficiais ou privados,
caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.
Art. 2º-A - As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil, que colocarem à disposição do público caixas eletrônicos, são obrigadas a instalar equipamentos que inutilizem as cédulas de moeda corrente depositadas no interior das máquinas em caso de arrombamento, movimento brusco ou alta temperatura.
É VEDADO Funcionamento de qualquerestabelecimento financeiro onde haja
GUARDA DE VALORES OU MOVIMENTAÇÃO DE NUMERÁRIO, que não possua sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação,
elaborado pelo Ministério da Justiça
Art. 2º. O sistema de segurança
inclui pessoas adequadamente preparadas, chamadas de
vigilantes;
alarme capaz de permitir, com segurança, comunicação
entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma
instituição;
empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo e, pelo menos, mais um dos
seguintes dispositivos:
Equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens
que possibilitem a identificação dos assaltantes;
artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição,
identificação ou captura; e
cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do
estabelecimento.
PRAZO PARA INSTALAÇÃO
Até 50.000 habitantes Entre 50.001 e 500.000 habitantes + de 500.000 habitantes 50% em 9 MESES e 50% em 18 MESES 24 MESES 36 MESES
a) Seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre circulação; b) Seja detentora de oferta de trabalho;
c) Já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la; d) (VETADO);
e) Seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida;
f) Seja menor nacional de outro país ou apátrida, desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas fronteiras brasileiras ou em território nacional;
g) Tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória;
h) Esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena no Brasil
186
A propriedade e a administração das empresas SÃO VEDADAS A ESTRANGEIROS e os diretores e demais empregados não poderão ter antecedentes criminais registrados. (LER o RE 593818/STF).
Art. 3º. A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados: I - por empresa especializada contratada; ou
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça.
§ único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação.
É oportuno registrar que os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por uma mesma empresa. O transporte de numerário deverá, ainda, seguir estas diretrizes:
Além da previsão de penalidades administrativas às instituições financeiras por descumprimento das disposições legais, o legislador criou outro mecanismo de coerção. Fica estabelecido que a emissão de apólice de seguros que INCLUA COBERTURA DE ROUBO E FURTO QUALIFICADO DE NUMERÁRIO e outros valores para os estabelecimentos financeiros não poderá ser realizada sem a comprovação do cumprimento das medidas de segurança previstas na Lei nº 7.102/1983.
Quantidade de numerário
transportado Tipo de transporte
>20 mil UFIRS 7 mil a 20 mil UFIRS
UFIR - Unidade de Referência Fiscal
OBRIGATORIAMENTE efetuado em veículo especial (carro-forte) PODERÁ ser efetuado em veículo comum, se presentes 2 Vigilantes.
CARRO FORTE ESCOLTA
ARMADA
REQUISITOS PARA CONSTRUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DAS EMPRESAS
PENALIDADES APÓLICE DE SEGUROS Estabelecimentos Financeiros -Advertência; Multa de 1.000 a 20.000 UFIRS; -Interdição de estabelecimentos Empresas especializadas em vigilância e transporte de valores
- Advertência;
- Multa de 500 a 5.000 UFIRS;
- Proibição temporária de funcionamento; - Cancelamento do registro de funcionamento;
- Nas mesmas penas incorrem as empresas e os estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições.
Ministério da Justiça, diretamente, ou por meio
de convênios com a Secretaria de Segurança
Pública.
ENTIDADE PENALIDADE COMPETÊNCIA
a) Seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre circulação; b) Seja detentora de oferta de trabalho;
c) Já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la; d) (VETADO);
e) Seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida;
f) Seja menor nacional de outro país ou apátrida, desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas fronteiras brasileiras ou em território nacional;
g) Tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória;
h) Esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena no Brasil
187
Art. 20º. Cabe ao Ministério da Justiça por intermédio do seu órgão competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito Federal:
I - conceder autorização para o funcionamento:
a) das empresas especializadas em serviços de vigilância; b) das empresas especializadas em transporte de valores; e c) dos cursos de formação de vigilantes;
II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior;
III - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no art. 23 desta Lei;
IV - aprovar uniforme;
V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;
VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da Federação;
VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros;
VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados; e
X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste artigo.
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE – 2013 – PF - ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL – No que tange à segurança de estabelecimentos financeiros, julgue o item abaixo, com base na Lei n.º 7.102/1983. Em estabelecimentos financeiros estaduais, a polícia militar poderá exercer o serviço de vigilância ostensiva, desde que autorizada pelo governador estadual.
R: Certo. Esse é o entendimento do parágrafo único do art. 3º da presente Lei, vejamos: “Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do Governo da respectiva Unidade da Federação.”
CESPE – 2012 – PF - AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL – Ainda que se instale em cidade interiorana e apresente reduzida circulação financeira, a cooperativa singular de crédito estará obrigada a contratar vigilantes, independentemente de se provar que a contratação inviabilizará economicamente a
manutenção do estabelecimento.
R: Errado. O art. 1º,§2º, III da Lei 7.102/83, traz a possibilidade de dispensa de contratação de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existência do estabelecimento.
CESPE – 2013 – BACEN - SEGURANÇA INSTITUCIONAL – As penas previstas para estabelecimentos financeiros que descumprirem as normas do sistema de segurança abarcam desde advertência ou multa até a interdição. R: Certo. De acordo com o art. 7º da Lei 7.102/83, as penas para o estabelecimento que infringir disposições da referida lei serão de advertência, multa ou interdição do estabelecimento, conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a reincidência e a condição econômica do infrator.
a) Seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre circulação; b) Seja detentora de oferta de trabalho;
c) Já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la; d) (VETADO);
e) Seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida;
f) Seja menor nacional de outro país ou apátrida, desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas fronteiras brasileiras ou em território nacional;
g) Tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória;
h) Esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena no Brasil
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LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM / ESTRUTURAS LÓGICAS
ATENÇÃO!
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM / ESTRUTURAS LÓGICAS
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
PROPOSIÇÃO
É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, de sentido completo, à qual se pode atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois valores lógicos possíveis: V ou F.
PROPOSIÇÃO SIMPLES
É uma frase declarativa, afirmativa ou negativa, constituída basicamente por
UM SUJEITO E UM PREDICADO. Exemplos:
P: Mário é professor. Q: Luana não é juíza. R: Maria é escritora.
PROPOSIÇÃO COMPOSTA
É toda frase declarativa, afirmativa ou negativa, formada pela ligação de DUAS OU MAIS PROPOSIÇÕES SIMPLES
através dos operadores lógicos.
Exemplo:
Maria é escritora e Júnior é médico.
“E” (conjunção); símbolo =
Ex: Pelé é brasileiro e Romário é argentino.
Cálculo sentencial: será verdadeiro quando as duas declarações conectadas forem verdadeiras, caso contrário, será falsa.
Representação simbólica: P Q.
OPERADORES LÓGICOS (CONECTIVOS)
Principais conectivos (operadores lógicos):Não são consideradas proposições, sentenças:
1. Interrogativas;
Qual é o seu nome?
2. Imperativas;
Abra a porta.
3. Exclamativas;
Cuidado com o degrau!
4. Sentenças abertas;
Ele caiu.
SENTENÇAS ABERTAS E FECHADAS
Sentenças abertas: são sentenças que possuem uma indeterminação, ou
seja, não temos como julgar se ela é verdadeira ou falsa.
Ex: Ela é linda. (Ela quem?);
X + Y = 5 (Impossível saber o valor de X e Y na sentença).
Sentenças fechadas: são aquelas que não possuem indeterminação, ou seja,
temos como julgar se ela é verdadeira ou falsa.
Ex: 10 + 2 = 12
Pelé foi jogador de futebol.
...e... (^) Conjunção
...ou... (v) Disjunção
Ou...ou... (v) Disjunção exclusiva
Se...então... ( ) Condicional Se, e somente se... ( ) Bicondicional
v
v
v
Tabuada lógica da conjunção
P Q P Q
V V V
V F F
F V F
F F F
“Ou” (disjunção inclusiva); símbolo = V
Ex: São Paulo é a capital do Brasil ou Maradona é argentino.
Cálculo sentencial: será falso quando a primeira declaração for verdadeira e a segunda for falsa, caso contrário, será verdadeiro.
Representação simbólica: P V Q.
Tabuada lógica da conjunção
P Q P V Q
V V V
V F V
F V V
“Se ..., então” (condicional); símbolo =
Ex: Se fumar faz mal à saúde, então a Terra é quadrada.
Cálculo sentencial: será falso quando a primeira declaração for verdadeira e a segunda for falsa, caso contrário, será verdadeiro.
Representação simbólica: P Q
NEGAÇÃO (LEI DE MORGAN)
PROPOSIÇÃO
NEGAÇÃO DA PROPOSIÇÃO
É a mudança do valor lógico de uma proposição. A negação de uma proposição verdadeira é falsa. A negação de uma proposição falsa é verdadeira. Ou seja, sua finalidade é inverter o valor lógico das proposições.
Negação das proposições simples:
P: Marcos é policial.
¬ P: Marcos não é policial.
Negação das proposições compostas:
Devemos respeitar algumas regras para negação das proposições compostas, veja:
LEMBRE-SE: Negação da conjunção: ¬ (P Q) = (¬P) (¬Q)
Negação da disjunção: ¬ (P Q) = (¬P) (¬Q) Negação da condicional: ¬ (P Q) = P (¬Q) Negação da bicondicional: ¬ (P Q) = P Q
“Ou... ou” (disjunção exclusiva); símbolo = V
Ex: Ou Brasília é a capital do Brasil ou Brasília é a capital da Argentina.
Cálculo sentencial: Será falso quando as duas declarações forem equivalentes, caso contrário, será verdadeira.
Representação simbólica: P V Q.
Algum matemático é maluco.
¬P: NETO NÃO (MACETE)
“Nenhum matemático é maluco”.
“Todo matemático não é maluco”.
Nenhum médico é inteligente.
¬P: PEA (MACETE)
“Pelo menos um médico é inteligente”.
“Existe um médico que é inteligente”.
“Algum médico é inteligente”.
Todo professor é inteligente.
¬P: PEA + NÃO (MACETE).
“Pelo menos um professor não é
inteligente”.
“Existe um professor que não é
inteligente”.
“Algum professor não é
inteli-gente”.
Tabuada lógica da conjunção
P Q P Q V V V V F F F V V F F V Famoso VERA FISCHER
“Se e somente se” (bicondicional); símbolo =
Ex: Paulo Coelho é escritor se e somente se Felipe Massa é
jogador de basquete.
Cálculo sentencial: será verdadeiro quando as duas declarações forem equivalentes, caso contrário, será falsa.
Representação simbólica: P Q.
Tabuada lógica da conjunção
P Q P Q
V V V
V F F
F V F
F F V
COMO VIRÁ NA SUA PROVA
CESPE - 2019 - PGE-PE - Analista Administrativo de Procuradoria – Calculista Acerca da lógica sentencial, julgue o item que segue.
A lógica bivalente não obedece ao princípio da não contradição, segundo o qual uma proposição não assume simultaneamente valores lógicos distintos.
R: Errado. Como vimos, nenhuma proposição poderá assumir dois valores lógicos diferentes. A proposição será verdadeira ou falsa. Todas obedecem ao princípio da não contradição.
V V V V V V
Algum
Nenhum / Todo...não
Nenhum
Algum... é/Pelo menos um... é/ Existe um
Todo
Algum... não/Pelo menos um... não/ Existe um... não
Monitor Impressora multifuncional Imprime e escaneia Monitor touch screen
O monitor touch screen, quando exibe na tela, é considerado dispositivo de saída, e, quando há o toque na tela, é considerado dispositivo de entrada.
Modem O modem modula (codifica) e demodula (decodifica). Gravadora de CD e DVD HDSSD PenDrive Impressora
e Plotter Caixa de som
INFORMÁTICA
É tudo que podemos ver ou tocar. Refere-se à parte física ou mecânica.
Exemplos: placa de vídeo, monitor, mouse, placa-mãe, HD, CPU, etc.
A informação possui um fluxo no computador, vejamos:
Dispositivos de entrada: estes dispositivos enviam dados à CPU, ou seja, fazem com que os dados entrem na CPU
para serem processados.
Dispositivos de saída: são dispositivos que recebem dados processados da CPU − É necessário dar uma saída aos
dados depois de processá-los.
Dispositivos de entrada e de saída: realizam as duas funcionalidades no mesmo equipamento (enviam e recebem
dados da CPU). Não são, necessariamente, simultâneos. O teclado e o mouse são periféri-cos essenciais, ou seja, eles são indispensáveis no uso do computa-dor.
HARDWARE
Refere-se à parte lógica ou virtual. Programas e instruções que são executados por um processador.
Exemplos: editor de texto, sistema operacional, Linux, Windows,
navegador web, etc.
SOFTWARE
TECLADO E MOUSE
COMPONENTES DE UM COMPUTADOR: HARDWARE E SOFTWARE
ENTRADA
Homem Máquina / CPU Homem
PROCESSAMENTO SAÍDA
O QUE É UM
COMPUTADOR?
Conjunto de componentes eletrônicos, capaz de processar dados e gerar informações.
O scanner digitaliza um documen-to físico, documen-tornando-o digitalizado e o envia à CPU.
SCANNER
O microfone capta o som e o envia à CPU.
MICROFONE
A webcam captura a imagem de um ambiente físico e a leva à CPU.