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PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DO LITORAL NORTE RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DA DISCUSSÃO PÚBLICA NOVEMBRO 2007.

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PLANO DE ORDENAMENTO DO PARQUE NATURAL DO LITORAL

NORTE

RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DA DISCUSSÃO PÚBLICA

NOVEMBRO 2007

(2)

Índice

1. INTRODUÇÃO ...4

2. METODOLOGIA...6

3. SÍNTESE DAS PARTICIPAÇÕES APRESENTADAS ...7

4. PARTICIPAÇÕES POR TIPOLOGIA...9

4.1. INTRODUÇÃO...9

4.2. DENOMINAÇÃO E LIMITES...9

4.3. ESCALA...9

4.4. PARTICIPAÇÃO E GESTÃO...10

4.4.1. Procedimentos de Elaboração do POPNLN ... 10

4.4.2. Composição do Órgão de Gestão ... 11

4.4.3. Poder discricionário atribuído ao ICNB... 11

4.5. ZONAMENTO...12

4.6. REGULAMENTAÇÃO...17

4.6.1. Título I – Disposições Gerais... 17

4.6.2. Título II - Área Terrestre ... 19

4.6.2.1. Disposições Comuns... 19

4.6.2.2. Áreas de Protecção Parcial do Tipo I... 23

4.6.2.3. Áreas de Protecção Parcial do Tipo II... 24

4.6.2.4. Áreas de Protecção Complementar do Tipo I ... 24

4.6.2.5. Áreas de Intervenção Específica... 25

4.6.2.6. Áreas não abrangidas por Regimes de Protecção ... 27

4.6.2.7. Usos e Actividades ... 27

4.6.3. Título III - Área Marinha e Estuarina ... 30

4.6.3.1. Disposições Comuns... 30

4.6.3.2. Áreas de Protecção Parcial do Tipo I... 32

4.6.3.3. Áreas de Protecção Parcial do Tipo II... 33

4.6.3.4. Usos e Actividades ... 33

4.6.4. Título IV – Regime Sancionatório ... 33

(3)

4.7. PROGRAMA DE EXECUÇÃO...34

4.8. OUTROS...38

5. ALTERAÇÕES AO POPNLN DECORRENTES DA DISCUSSÃO PÚBLICA42 5.1. INTRODUÇÃO...42 5.2. REGULAMENTO...42 5.3. PLANTA DE SÍNTESE...44 5.4. PLANTA DE CONDICIONANTES...44 5.5. PROGRAMA DE EXECUÇÃO...44 ANEXO...45

(4)

1.

INTRODUÇÃO

Na sequência da elaboração do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Litoral Norte (POPNLN), o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB, IP), em cumprimento do artigo 48º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro, procedeu à abertura do período de Discussão Pública, através do Aviso n.º 15 143/2007, publicado no Diário da República n.º 160 – 2ª série, de 21 de Agosto.

O POPNLN foi submetido a Discussão Pública entre 4 de Setembro e 17 de Outubro de 2007, tendo a Proposta de Plano ficado patente para Consulta Pública no site do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, IP (www.icn.pt) e nos seguintes locais:

− Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade – Serviços Centrais; − Parque Natural do Litoral Norte;

− Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte; − Câmara Municipal de Esposende;

− Juntas de Freguesia da área de intervenção do PNPN: • Junta de Freguesia de Antas;

• Junta de Freguesia de Apúlia; • Junta de Freguesia de Belinho; • Junta de Freguesia de Esposende; • Junta de Freguesia de Fão; • Junta de Freguesia de Gandra; • Junta de Freguesia de Mar; • Junta de Freguesia de Marinhas.

Para apresentação do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Litoral Norte foi realizada uma sessão pública de esclarecimento no dia 26 de Setembro, às 18 horas, na sede do Parque Natural do Litoral Norte.

No âmbito da Discussão Pública, foram recebidas 346 participações, cuja apreciação global é apresentada no presente relatório, tendo as mesmas sido objecto de ponderação e posterior resposta individual por parte do ICNB.

O presente documento é constituído por quatro capítulos e encontra-se organizado da seguinte forma:

− No capítulo 1 é feita a presente introdução;

− No capítulo 2 é apresentada a metodologia utilizada para sistematização e análise das participações.

(5)

− No capítulo 3 é apresentada uma apreciação das participações, agrupadas por tipologia de participação;

− No capítulo 4 são apresentadas as alterações ao plano resultantes da discussão pública.

Em Anexo, apresenta-se a tabela com a listagem de participações por tipologia do requerente.

(6)

2.

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para efectuar o tratamento das participações recebidas foi a seguinte:

− Recepção das fichas de participação. − Preenchimento da base de dados. − Análise das participações.

− Tratamento global dos resultados.

A estrutura das fichas de participação da base de dados é constituída pelos seguintes elementos:

− Identificação do requerente, incluindo os contactos e tipologia do participante; − Tipologia da participação;

− Síntese da participação; − Resposta à participação.

Na tipologia do requerente, foram identificados os seguintes tipos: − Administração Local;

− Associações; − Empresas; − Particulares.

Na tipologia da reclamação, foram identificados os seguintes tipos de comentários referentes a: − Denominação e limites; − Escala; − Participação e gestão; − Zonamento; − Regulamentação; − Programa de Execução; − Outros.

A síntese da participação resume as propostas de alteração e comentários constantes da participação, enumerados sequencialmente, com correspondência no âmbito da resposta à participação individualizada, a cada um dos participantes.

(7)

3.

SÍNTESE DAS PARTICIPAÇÕES APRESENTADAS

Tal como já referido, a Discussão Pública do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Litoral Norte decorreu entre o dia 4 de Setembro e 17 de Outubro de 2007, tendo sido recebidas 346 participações.

Gráfico 3-1 - Tipologia dos Requerentes

10 3 3 330 0 50 100 150 200 250 300 350 Administração local

Associações Empresas Particulares N.º

Cerca de 95% das participações - 330 participações - dizem respeito a Particulares, que, na sua maioria, residem ou exercem a sua actividade na área abrangida pelo PNLN.

A administração local encontra-se representada através de 10 participações (3%), incluindo a Câmara Municipal de Esposende, as Juntas de Freguesia de Esposende, Antas, Belinho, Mar e Apúlia, a Assembleia Municipal de Esposende, as Assembleias das Juntas de Freguesia de Esposende e Apúlia, e ainda a Coligação Democrática Unitária (CDU).

As restantes 6 participações dividem-se igualitariamente pelas tipologias de Associações (1%) e Empresas (1%). As Empresas reportam-se ao sector do turismo e imobiliário, enquanto as Associações integram interesses distintos:

− De defesa do ambiente: Assobio – Associação de Defesa e valorização do Ambiente, do Património Natural e Construído;

− De prática desportiva – Associação de Pilotos de Paramotor; − De proprietários – Baldio dos Sargaceiros da Apúlia.

No que se refere à tipologia da reclamação, foram identificados diferentes tipos de questões agrupadas em:

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− “Denominação e Limites” – onde se incluem as propostas de alteração da denominação da área protegida e dos seus limites;

− “Escala” – relativa à escala de elaboração do POPNLN;

− “Participação e Gestão” – referente à participação na elaboração e implementação do Plano, assim como a outras questões na gestão do Plano e do PNLN, incluindo o alegado incumprimento da audição prévia, a composição da CMC e do futuro órgão de gestão, e o poder discricionário atribuído ao ICNB no âmbito do Regulamento;

− “Zonamento” – inclui as proposta de alteração à Planta Síntese, particularmente a classificação das áreas sujeitas a regime de protecção, a delimitação das áreas não abrangidas por regimes de protecção e as áreas de intervenção especifica. − “Regulamentação” – inclui as propostas de alteração à regulamentação da área

terrestre e da área marinha e estuarina, assim como outras disposições regulamentares.

− “Programa de Execução” – inclui as propostas de novas medidas e acções a integrar o Programa de Execução ou outras alterações propostas em relação ao mesmo;

− “Outros” – onde se incluem as restantes questões levantadas.

Esclarece-se que uma mesma participação pode conter diferentes tipologias de reclamação, explicando que o total resultante da distribuição por tipologia de reclamação seja bastante superior ao número total de participações. Por outro lado, uma mesma participação pode incluir várias reclamações enquadradas numa mesma tipologia, sendo que essa tipologia só será contabilizada uma vez.

Na tabela seguinte é apresentada a distribuição das reclamações segundo cada tipologia, revelando à partida uma maior incidência sobre as questões regulamentares do Plano, presentes em 97% das participações num total de 334 participações.

Tabela 3-1 - Tipologia das participações

Nº de Reclamações %* Denominação e Limites 8 2 Escala 7 2 Participação e Gestão 11 3 Zonamento 15 4 Regulamentação 334 97 Programa de Execução 12 3 Outros 9 3

(9)

4.

PARTICIPAÇÕES POR TIPOLOGIA

4.1.

INTRODUÇÃO

No presente capítulo são apresentadas as várias participações de acordo com as tipologias bem como as respostas às várias questões colocadas. Por forma a simplificar a sua leitura as respostas são apresentadas a seguir a cada uma das questões colocadas.

4.2.

DENOMINAÇÃO E LIMITES

No âmbito da Discussão Pública do POPNLN, registaram-se 8 participações com reclamações no domínio da “Denominação e Limites” da área protegida. Neste âmbito incluem-se as seguintes propostas:

− Alteração da denominação da área protegida para Parque Natural do Litoral de Esposende;

− Alargamento do PNLN, abrangendo especificamente:

• toda a zona da necrópole de Fão, todo o leito do Rego do Peralto e suas margens;

• a zona a Norte da área de intervenção específica da Mata Dunar de Pinheiro e Folhosas em Fão e Apúlia e a zona imediatamente a Sul da Ribeira de Barrelas onde se desenvolve uma mancha florestal de razoável dimensão. − Criação da figura legal de parque marinho, baseada na distinção dos bens e

valores a preservar da área terrestre.

Inclui-se ainda nesta tipologia a reclamação referente à manifesta ilegalidade da classificação do Parque Natural do Litoral Norte, reclamando a sua extinção.

R: No que concerne às propostas de alteração e/ou alargamento dos limites do

PNLN ou da criação da figura legal de Parque Marinho deve ser mencionado que o Plano de Ordenamento do PNLN não é a sede para tais alterações. Ou seja a classificação\reclassificação de áreas protegidas obedece a um conjunto de procedimentos definidos na legislação em vigor no que concerne às áreas Protegidas. Por outro lado deve ser mencionado que o âmbito territorial do POPNLN se encontra claramente definido na Resolução do Conselho de Ministros que determinou a sua elaboração.

4.3.

ESCALA

Verificaram-se 7 participações com referência à “Escala” de elaboração do POPNLN, considerada demasiado reduzida, não permitido aferir com precisão a classificação de determinados espaços, e propondo-se em alguns casos a escala 1: 10 000.

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Resposta: A adopção da escala 1:25.000 como escala base para a elaboração do

Plano advém da metodologia desenvolvida pelo ICNB para a elaboração dos Planos de Ordenamento das Áreas Protegidas. Todavia, face à especificidades do PNLN, optou-se por apresentar de forma mais detalhada as áreas não abrangidas por regimes de protecção (situação que apenas acontece neste plano).

4.4.

PARTICIPAÇÃO E GESTÃO

A Discussão Pública do POPNLN enquadrou a apresentação de reclamações referentes aos procedimentos de “Participação e Gestão”, presentes em 11 participações, distinguindo-se:

− Os procedimentos de elaboração do POPNLN. − A composição do órgão de gestão.

− O poder discricionário atribuído ao ICNB.

4.4.1. PROCEDIMENTOS DE ELABORAÇÃO DO POPNLN

As reclamações referentes aos procedimentos de elaboração do POPNLN são apresentadas no sentido em que terá sido condicionado o direito de participação e informação, pela falta de divulgação necessária. Neste sentido, destacam-se:

− A alegação de não terem sido publicitados através da comunicação social os avisos relativos à Resolução de Conselho de Ministros que determinou a elaboração do Plano, condicionando a audição prévia da população.

− A critica à ausência de representantes das juntas de freguesia e assembleias de freguesia da constituição da Comissão Mista de Coordenação.

− A necessidade de promoção da sensibilização e participação das populações e forças vivas da comunidade, sugerindo a tradução da linguagem técnica e cientifica do Regulamento numa linguagem simples e rigorosa facilmente perceptível por parte da população.

− A exigência do alargamento do prazo de discussão pública e a obrigatoriedade de realização de sessões públicas em todas as freguesias abrangidas pelo PNLN. − A proposta de que as previsíveis alterações sejam sujeitas a novo período de

Discussão Pública, de modo a ponderar os vários interesses em causa, sendo também proposto que a nova versão resultante do período de Discussão Pública seja apresentada à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia abrangidas, antes de ser remetida para Conselho de Ministros.

Resposta: Os procedimentos para a elaboração do POPNLN foram desenvolvidos

de acordo com a legislação específica sobre a matéria, nesse sentido:

• A Resolução do Conselho de Ministros que determinou a elaboração do plano foi publicitada no jornal ”Correio do Minho;

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• A composição da CMC foi definida na Resolução do Conselho de Ministros que determinou a elaboração do plano considerando-se que a sua composição “(...) deve traduzir a natureza dos interesses a salvaguardar, designadamente pela participação de organizações não governamentais de ambiente, (...)”;

• O Regulamento do POPNLN é um regulamento administrativo, pelo que o seu articulado é semelhante aos restantes regulamentos administrativos. A descrição das opções do POPNLN de uma forma mais simples pode ser encontrada no Relatório do Plano;

• O período de tempo bem como a sessão pública realizada encontram-se dentro dos termos previstos na Lei.

4.4.2. COMPOSIÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO

São apresentadas várias reclamações no sentido do órgão de gestão do PNLN integrar os representantes da administração local, incluindo Câmara e Assembleia Municipal, Juntas e Assembleias de Freguesia. É também sugerido, em alternativa, que a gestão do PNLN seja delegada na Câmara Municipal. Por outro lado, é também argumentado que não tendo sido revogado o Decreto Regulamentar n.º 6/2005, de 21 de Julho, a Comissão Directiva ainda se encontra em funções.

Resposta: O POPNLN não é a sede para a definição dos representantes do órgão

de gestão, que se encontra definidos na legislação aplicável às Áreas Protegidas.

4.4.3. PODER DISCRICIONÁRIO ATRIBUÍDO AO ICNB

Um conjunto de participações alega que o Regulamento confere ao ICNB um poder discricionário face à imposição de um conjunto de interdições e condicionamentos sem o acompanhamento de medidas compensatórias para os seus verdadeiros destinatários. É considerado que as medidas preconizadas violam o princípio da proporcionalidade, em termos de adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. É também referido que o Plano define uma série de competências para o ICNB, que estão em conflito com as existentes, e que particularmente a aplicação do artigo 9º, e a definição de pareceres vinculativos por parte do ICNB, irão colidir com o regime do PDM. É ainda sugerido que a divulgação dos valores que estarão na base de obtenção de licenças e pareceres anteceda a eventual aprovação do Plano.

Resposta: O ICNB tem um conjunto de obrigações, perante a União Europeia,

relativamente à conservação da natureza pelo que as interdições e condicionamentos advêm dessas obrigações. Por outro lado, o POPNLN sendo um Plano Especial de Ordenamento do Território constitui “(...) um meio supletivo de

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intervenção do Governo, tendo em vista a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável do território” (n.º 2 do artigo 42.º do Decreto Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro). Por fim deve ainda ser mencionado que, na hierarquia dos instrumentos de gestão territorial os Planos Especiais de Ordenamento do Território possuem uma hierarquia superior face aos Planos Municipais de Ordenamento do Território.

4.5.

ZONAMENTO

As propostas de alteração ao “Zonamento” apresentado na Planta Síntese encontram-se presentes em 15 participações, sendo de seguida enunciadas:

Algumas das participações solicitam a “passagem” de áreas sujeitas a regime de protecção para áreas não abrangidas por regimes de protecção como é o caso das seguintes:

− Inclusão das zonas turísticas classificadas no PDM em áreas não abrangidas por regimes de protecção.

− Alteração da classificação de uma pequena bolsa de expansão, prevista no âmbito da revisão do PDM, para o aglomerado urbano da Foz do Neiva, de PCI para área sem regime de protecção.

− Não alargamento para Sul da Zona Habitacional da Foz do Neiva.

− Alteração da classificação de uma área incluída na freguesia da Apúlia de PPII para área sem regime de protecção (considerando que se trata de uma rua com habitações e loteamentos aprovados).

Em sentido inverso, outras participações solicitam a alteração de áreas não abrangidas por regimes de protecção para áreas abrangidas por regimes de protecção, como é o caso das seguintes situações.

− Alteração da classificação da área urbana de Esposende de área sem regime de protecção para PPII.

− Supressão das áreas do PNLN consideradas não abrangidas por regime de protecção, devendo as mesmas serem classificadas como áreas de PPI ou PPII.

Resposta: No que respeita a esta matéria considera-se que deve ser esclarecido

que a metodologia seguida pelo POPNLN, é idêntica à metodologia seguida pelos restantes Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas desenvolvidos pelo ICNB, que de seguida se sintetiza.

Considera-se os planos de ordenamento de áreas protegidas como planos especiais de ordenamento do território, que visam a salvaguarda de recursos e valores naturais, não são a sede para a delimitação de perímetros urbanos (as

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questões urbanas, nos planos de ordenamento da áreas protegidas, não são abordadas com grande detalhe e a uma escala adequada). A sede própria para a definição dos perímetros urbanos são os Planos Municipais de Ordenamento do Território (Planos Directores Municipais, Planos de Urbanização e Planos de Pormenor).

As áreas delimitadas no POPNLN como “áreas não abrangidas por regime de protecção” correspondem aos perímetros urbanos como tal definidos nos planos municipais de ordenamento do território em vigor, bem como às “áreas de aplicação Regulamentar dos PMOT” definidas no POOC Caminha Espinho. Considera-se, no entanto, que no âmbito da elaboração dos PMOT, poderão vir a ser definidos novos limites para os perímetros urbanos (resultantes da criação de novos perímetros urbanos ou da ampliação dos perímetros urbanos existentes). Nessas situações, entende-se que o ICNB deve avaliar em concreto (e no que se refere exclusivamente ao valores naturais em presença) as alterações aos perímetros urbanos, razão pela qual se considera que o ICNB deve emitir parecer vinculativo (baseado nos valores naturais).

Em resumo, o POPNLN não pretende dispor sobre os perímetros urbanos actualmente existentes, nem pretende igualmente, e à partida, excluir a possibilidade de criação de novos perímetros urbanos ou a ampliação dos existentes, a definir em sede própria, designadamente em PMOT elaborados posteriormente ao POPNLN.

− Para a área de Ofir verificam-se participações com propostas opostas: por um lado é solicitada a alteração da classificação da área de intervenção específica do Núcleo Turístico de Ofir (artigo 21º) de PPI para PCII (referenciando que tal é compatível com o POOC), e por outro é defendida a manutenção desta área como PPI ou PPII e a supressão das áreas de intervenção específica do Núcleo Turístico de Ofir e de Ofir/Restinga (artigos 21º e 25º).

Resposta: A classificação da área de intervenção específica de Ofir advém de um

conjunto de valores em presença designadamente a sua alta vulnerabilidade em termos hidrogeológicos (um dos critérios definidos para a definição das áreas de PPI). Por outro lado deve ser mencionado que às áreas de PCII correspondem às áreas de “Equipamento em Área de Protecção Costeira” definidas no POOC situação que não se verifica na área do núcleo turístico de Ofir.

− Alteração da classificação de PPI para PPII de uma mancha associada à área sujeita a intervenção de requalificação da Foz do Neiva, por modo a não inviabilizar a realização de novas intervenções de recuperação paisagística.

Resposta: A área da Foz do Neiva foi classificada como PPI pelo facto de se

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− Para a margem direita do rio Cávado são apresentadas propostas com sentidos opostos: por um lado é proposta a reavaliação do regime de protecção da área entre os Estaleiros e a Ponte da A28 sobre o rio Cávado, sendo proposta a alteração do regime de protecção de modo a viabilizar o projecto de requalificação existente para a margem direita (nos terrenos classificados no PDM como Segunda Zona destinada a usos do tipo turístico e de lazer articulados com habitação de baixa densidade),

− por outro lado é proposta a classificação de toda a margem direita do rio Cávado entre o Estaleiro Naval e a Ponte de Fão como PPI e/ou PPII, consoante os valores naturais em causa, havendo ainda uma participação que solicita a classificação de toda a margem direita do estuário do Cávado entre o bar "Pé do Rio" e o Forte de São João Baptista em PPI.

Resposta: A área entre os estaleiros e a A28 encontra-se classificada como PPI

pelo facto de ser uma área que apresenta valores de relevância elevada, razão pela qual se considera que não deve ser alvo de alterações.

− Alteração da classificação da margem esquerda do rio Cávado entre a ponte nova e a Pousada da Juventude junto ao limite das propriedades, para onde o PDM prevê a continuação do arranjo da marginal até ao Caldeirão e arranjo da marina, inviabilizado pela classificação em PPI.

Resposta: Parte da área mencionada, no troço mais próximo do rio Cávado,

encontra-se classificada como PPI pelo facto de ser uma área que apresenta valores de relevância elevada, designadamente no que concerne à fauna e flora razão pela qual se considera que não deve passar a PPI. No entanto a parcela de área agrícola que se encontra mais a Sul poderá ser reclassificada para PPII, no que se refere aos arranjos na marginal do rio os mesmo poderão ser equacionados na medida em que nas áreas de PPI poderão ser aceites acções que contribuam para a manutenção e valorização dos valores naturais e paisagísticos.

− Alteração da classificação da zona entre a Ponte de Fão e o Hotel do Pinhal, na margem esquerda do rio, bem como a zona do Caldeirão, de PPI para PPII.

Resposta: Reavaliados os valores em presença considerou-se a possibilidade de

alterar o regime de protecção na área em causa.

− Rectificação na transposição do aglomerado urbano de Cepães/Suave Mar para área não sujeita a regime de protecção, nomeadamente no que se refere a uma pequena mancha classificada em PPI em Suave Mar, junto ao Ribeiro de Outeiro, em zona urbana.

Resposta: Foi efectuada a verificação da transposição tendo-se verificado que a

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− Revisão do regime de protecção da área, actualmente classificada em PPII, nas imediações do projecto turístico existente Quinta da Barca, com vista a ampliação do campo de golfe.

Resposta: A área em causa está incluída no regime de protecção mais permissivo,

por outro lado, é opção a interdição de campos de Golfe nas áreas protegidas, pelo que não foi considerada a proposta

− Definição de uma nova travessia sobre o rio Cávado.

Resposta: O POPNLN visa a salvaguarda de recursos e valores naturais não

sendo a sede própria da a definição de novos traçados rodoviários. − Correcção das linhas de água junto à Redonda (Cepães).

Resposta: Foi efectuada a verificação da representação cartográfica das linhas de

água tendo sido alteradas as que não estavam correctamente delimitadas.

− Revisão do regime de protecção da área para onde se encontra prevista a criação de uma nova via entre Fão e Apúlia que teria por principal objectivo diminuir a pressão da circulação automóvel nas praias de Ofir, Pedrinhas e Cedovém.

Resposta: O POPNLN visa a salvaguarda de recursos e valores naturais não

sendo a sede própria da a definição de novos traçados rodoviários.

− Delimitação da Foz do Neiva como área de intervenção específica, tendo em atenção o seu valor cultural, económico e paisagístico.

Resposta: A definição das Áreas de Intervenção Especifica correspondem a locais

cujos valores naturais inerentes, bem como o grau de degradação do ponto de vista da conservação da natureza, carecem de um conjunto de medidas e acções, ou a áreas definidas como UOPG no POOC Caminha Espinho, razões pelas quais não se identifica enquadramento para a delimitação de uma área de Intervenção especifica na Foz do Neiva.

− Alteração da classificação de terrenos face ao estacionamento de Ofir, de modo a garantir o direito à edificação (tal como o pressuposto aquando da autorização a título provisório a colocação de um poste de observação do sistema de vigilância).

Resposta: Os estacionamentos foram definidos de acordo com o estabelecido no

POOC Caminha Espinho, não se identificando razões para alterar as propostas constantes no POPNLN.

− Confirmação da integração em PCII dos terrenos para onde o PDM prevê a instalação de um parque de campismo.

Resposta: Foi efectuada a verificação tendo-se constatado que as áreas de

equipamento em APC constantes no POOC são as identificadas na planta de síntese.

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− Alteração da classificação de uma área junto à circular Sul da Apúlia de PPII para PCII ou PCI, para instalação de uma unidade hoteleira termal, destinada à talassoterapia.

Resposta: A definição dos regimes de protecção tem subjacente os valores

naturais em presença pelo que não se identificam razões que justifiquem a sua alteração.

− Zonamento de parques de estacionamento para evitar pressão automóvel sobre as praias.

Resposta: O POOC Caminha Espinho é o instrumento que estabelece o

zonamento dos estacionamentos de apoio às praias. Nesse sentido foram transpostos para o POPNLN os estacionamentos aí previstos por outro lado, nas áreas de PPI é mencionado que são admitidos os estacionamentos definidos no POOC, ou seja os estacionamentos informais previstos em plano de praia e não transpostos para a planta de síntese do POOC.

− Previsão de áreas para instalações de casas da natureza.

Resposta: As casas da natureza constituem um dos serviços de hospedagem que

integram o Turismo de Natureza. Sendo o Turismo de Natureza a modalidade turística privilegiada no POPNLN, as mesmas não são inviabilizadas pelo plano. − Identificação do campo dos escuteiros (a Sul de Apúlia).

Resposta: A definição dos regimes de protecção tem subjacente os valores

naturais em presença pelo que não se identificam razões que justifiquem a sua alteração.

− Identificação de uma área para a instalação dos restaurantes de Cedovém.

Resposta: No POOC Caminha Espinho a área de Pedrinhas Cedovém não se

encontra definida em UOPG, mas de acordo com a Planta de Síntese do mesmo e de acordo com o programa de execução consiste numa área a renaturalizar. Por seu turno POPNLN define para o local uma área de intervenção específica que apresenta um conjunto de acções designadamente: a remoção de construções existentes (alterando o POOC que prevê a remoção de todas as construções); a renaturalização da frente de mar e o reforço do cordão dunar.

− Solicita que seja possibilitado qualquer tipo de ocupação habitacional para uma área a Poente da UOPG 4 do POOC, área de intervenção específica de Ofir, na medida em que se trata de um terreno circundado por arruamentos e construções, tendo para aí sido emitido um alvará de loteamento entretanto anulado (só assim poderá ser possível a colaboração dos privados, definida para o Plano de Acção 6.3.6 - Área de Intervenção Específica de Ofir).

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Resposta: A área localizada a poente da UOPG4 do POOC está classificada

naquele instrumento de gestão territorial como “Barreira de Protecção” (que corresponde à área de protecção parcial do tipo I no POPNLN) e consiste numa área onde não são permitidas novas construções.

4.6.

REGULAMENTAÇÃO

As reclamações referentes à “Regulamentação” encontram-se presentes em 334 participações (ou seja 97%).

Verifica-se ainda que a maioria das participações apresentadas no âmbito da discussão pública do POPNLN, num total de 321 participações, incidem apenas sobre a regulamentação específica da pesca, visando a criação de um regime de excepção para as comunidades locais de pescadores.

A análise do conjunto de reclamações considerado no âmbito da presente tipologia segue a ordem do Regulamento, dividindo-se em:

− Título I – Disposições Gerais − Título II - Área Terrestre

• Disposições Comuns

• Áreas de Protecção Parcial do Tipo I • Áreas de Protecção Parcial do Tipo II • Áreas de Protecção Complementar do Tipo I • Áreas de Intervenção Específica

• Áreas não abrangidas por Regimes de Protecção • Usos e Actividades

− Título III - Área Marinha e Estuarina • Disposições Comuns

• Áreas de Protecção Parcial do Tipo I • Áreas de Protecção Parcial do Tipo II • Usos e Actividades

− Título IV – Regime Sancionatório

− Título V – Disposições Gerais e Transitórias

4.6.1. TÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º - Natureza Jurídica e âmbito

− Defende que este artigo refira que o POPNLN se articulará (e não que prevalece) com os planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território.

Resposta: O POPNLN é um plano especial de ordenamento do território de

hierarquia superior, razão pela que prevalece sobre os planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território

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Artigo 2º - Objectivos

− Considera que na definição dos objectivos (alínea a) do nº 2 deve ser eliminar a referência "concentrando esforços nas áreas prioritárias para a conservação da natureza" porque as mesmas não são definidas.

Resposta: Sugestão considerada Artigo 4º - Definições

− Falta definição de Parque Eólico.

− Sugere definição do conceito de “Actividades de turismo natureza na componente alojamento" que aparece associado à alínea m) do artigo 9º.

− Solicita o esclarecimento da definição de “casas de natureza”.

− Critica a existência de um conjunto de normas de cláusula aberta, do tipo "incompatibilidade com os valores naturais presentes" e "valores essenciais da arquitectura tradicional da região", enumerando também um conjunto de conceitos que importa definir no âmbito do Regulamento.

Resposta: No que concerne à definição de parque eólico, não havendo definição

unânime, foi detalhado, no artigo 8.º o que se pretende interditar: “A instalação de aerogeradores, excepto para o abastecimento particular de edificações existentes dentro dos limites do PNLN”;

O conceito de actividades de “turismo natureza na componente alojamento”, bem como as “casas de natureza” encontram-se definidos na legislação em vigor sobre a matéria;

Um Regulamento administrativo deve de facto proceder à definição das disposições empregues por forma a que o mesmo seja facialmente entendido. Nesse sentido procedeu-se à definição das expressões utilizadas que poderiam suscitar dúvidas, considerando-se as definições apresentadas são suficientes para a boa compreensão do mesmo.

Artigo 5º - Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública

− Sugere que a alínea e) seja alterada para Infra-estruturas de drenagem e tratamento de águas residuais e que sejam contempladas também as Infra-estruturas de drenagem de águas pluviais.

Resposta: Foi alterada a designação das infra-estruturas de drenagem, no que

concerne às redes de águas pluviais as mesmas não foram inseridas por não ter servidão associada.

− Esclarece que a estação radionaval Almirante Ramos Pereira, extinta a sua utilidade pública (encontra-se em estado de abandono e degradação), deve se omitida das servidões administrativas e restrições de utilidade pública.

(19)

Resposta: Foi mantida a servidão mencionada: o Decreto n.º 19/2002, de 27/05 –

altera a servidão militar das zonas confinantes com as instalações da central receptora e da central transmissora da Estação Radionaval Almirante Ramos Pereira, mas não extingue a servidão.

4.6.2. TÍTULO II - ÁREA TERRESTRE

4.6.2.1. Disposições Comuns

Artigo 7º - Actos e actividades a apoiar ou promover

− Sugere que a proposta da alínea g) "a remoção de construções que, pela sua localização inadequada, contribuem para o agravamento dos problemas de erosão costeira (...)" seja acompanhada da harmonização dos interesses das pessoas que possuam construções na área do plano de ordenamento do PNLN.

− Propõe que seja criada, na base da alínea k), uma lista dos produtos tradicionais da freguesia, aos quais deverá ser aposta a imagem de marca e de certificação do PNLN da Zona da Apúlia, em vez de deixar essa identificação à aleatoriedade do PNLN.

Resposta: As questões colocadas consistem em orientações e “boas práticas” pelo

que se considera não ser de alterar.

− Defende que as acções de restabelecimento e protecção dunar, alínea e), assim como a divulgação, sinalização e gestão dos percursos interpretativos, alínea l) devem ser precedidas de autorização específica do proprietário (reforça esta questão em relação ao objectivo de promoção do cordão dunar proposto para a área de intervenção específica de São Bartolomeu do Mar).

Resposta: O POPNLN não põe em causa os direitos dos proprietários,

aplicando-se a Lei geral relativa à propriedade privada, no entanto podem surgir situações de emergência e de risco.

− Considera que os condicionalismos e proibições impostas pelo POPNLN trarão sérios constrangimentos para os pescadores de Esposende que têm na pesca o seu meio de subsistência, devendo, para tal, as proibições e os condicionalismos decorrer da lei geral, não devendo encontrar-se vinculado no presente documento.

Resposta: As questões associadas à pesca foram reequacionadas tendo sido

alteradas as disposições do POPNLN relativas a esta matéria.

Artigo 8º - Actos e actividades interditas

− Apresenta, a título de exemplo, um conjunto de actos e actividades já regulamentadas ao abrigo da legislação em vigor.

Resposta: o POPNLN constituindo um Plano Especial de Ordenamento do

(20)

vista a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável do território” (n.º 2 do artigo 42.º do Decreto Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro).

− Discorda da interdição de realização de voos se relacionados com actividades consideradas de interesse turístico (alínea e). É também referido, que a excepção para asa delta e similares, proposta no âmbito da CMC, à interdição do sobrevoo de aeronaves com motor abaixo dos 1000 pés não se encontra transcrita para a versão em discussão. E é solicitado que se acrescente também a excepção para paramotores, que são equipamentos mais modernos e ligeiros que a asa delta.

Resposta: Considera-se que os voos relacionados com a actividade turística

podem ocorrer acima dos 1000 pés, foi no entanto acrescentada uma alínea relativa a outros meios aéreos de recreio e desporto à semelhança do disposto no POOC Caminha Espinho.

− Discorda da interdição à prática de queimas e queimadas, alínea g), que poderia ser referido simplesmente como a prática de foguear.

Resposta: Sugestão aceite.

− Discorda do disposto na alínea j, devendo ser excluída das interdições a aplicação de chorumes, mas podendo ser referido que o mesmo deve ser aplicado de acordo com o Programa de Acção para a Zona Vulnerável n.º 1.

Resposta: Sugestão aceite.

− Discorda da interdição a unidades de produção de energia eólica (podendo ser definida uma dimensão máxima), definida na alínea m).

Resposta: Sugestão aceite. A alínea foi alterada mencionando que o que se interdita

é a instalação de aerogeradores, excepto para abastecimento particular de edificações existentes dentro do PNLN.

− Discorda da interdição à ampliação e remodelação de campos de golfe (também alínea m).

Resposta: Face aos impactes deste tipo de actividades as mesmas não são

permitidas nas Áreas Protegidas.

− Discorda da interdição da alínea q), devendo também ser excepcionada a circulação de veículos ligados às actividades da pesca.

(21)

− Sugere que seja interditada a instalação de construções desmontáveis e sobreelevadas na área de Pedrinhas-Cedovém e na Área de Protecção Costeira de Ofir.

Resposta: A área de Cedovém encontra-se inserida numa Área de Intervenção

Especifica, cujo plano mais detalhado equacionará as questões de maior detalhe. − Defende que devem ser identificadas as actividades proibidas.

Resposta: O Regulamento identifica as actividades interditas consoante o regime

de protecção em presença.

− Propõe a interdição da utilização de substâncias tóxicas nos iscos.

Resposta: Questão regulada pela Lei Geral.

− Realça o ónus que representa a interdição do abate de quaisquer espécies vegetais, alínea b), para o proprietário.

Resposta: De acordo com a alínea mencionada a interdição de abate apenas se

aplica a espécies vegetais ou animais sujeitas a medidas de protecção.

− Reclama pelo facto do Regulamento criar proibições e restrições que extravasam as balizas impostas pelo Decreto Regulamentar n.º 6/2005 de 21 de Julho. É o caso das alíneas h), i), j) K), l), m) n), o) e q) do artigo 8º que não constam dos actos e actividades interditos no artigo 10º do DR n.º 6/2005. Por outro lado, o disposto nas alíneas s), c) e m) do artigo 10º do DR não consta do artigo 8º do POPNLN.

Resposta: O Decreto Regulamentar n.º 6/2005 de 21 de Julho reclassificou a Área

de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende e criou o Parque Natural do Litoral Norte, estabelecendo um conjunto de disposições aplicáveis à totalidade do território e idêntica forma. O POPNLN analisou o território identificando regimes de protecção face aos valores em presença, sendo que determinadas áreas carecem de um regime de protecção mais restritivo que outras. Desta forma, por um lado podem ter sido identificadas situações que carecem de maior protecção do que a estabelecida por aquele diploma legal da mesma forma que o inverso também é aplicável.

Artigo 9º - Actos e actividades condicionados

− Apresenta, a título de exemplo, um conjunto de actos e actividades já regulamentadas ao abrigo da legislação em vigor.

Resposta: O POPNLN sendo um Plano Especial de Ordenamento do Território

constitui “(...)um meio supletivo de intervenção do Governo, tendo em vista a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável

(22)

do território” (n.º 2 do artigo 42.º do Decreto Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro).

− Discorda da excepção atribuída aos perímetros urbanos, na sujeição a parecer ou autorização por parte do PNLN, para a realização de obras de construção civil (alínea a).

Resposta: o POPNLN sendo um Plano Especial de Ordenamento do Território

constitui “(...) um meio supletivo de intervenção do Governo, tendo em vista a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável do território” (n.º 2 do artigo 42.º do Decreto Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro), nesse sentido e tendo em conta que os perímetros urbanos, face à inexistência de valores em presença não se encontram abrangidos por regimes de protecção, não fará sentido o ICN pronunciar-se sobre o que nessas áreas acontece.

− Sugere a clarificação do conceito de “Actividade de turismo de natureza na componente de alojamento”, alínea m).

Resposta: O conceito de actividades de “turismo natureza na componente

alojamento”, bem como as “casas de natureza” encontram-se definidos na legislação em vigor sobre a matéria.

− Discorda da necessidade de parecer por parte do ICNB para as actividades das alíneas s) e t), porque pertencentes ao MAOTDR.

Resposta: Independentemente de pertencerem ao MAOTDR cada Instituto possui

um conjunto de competências, pelo que o ICNB se deverá pronunciar em matéria de conservação da natureza.

− Discorda da necessidade de parecer para a realização de actividades de sensibilização ambiental, alínea p), porque já inseridas no Programa de Educação Ambiental da autarquia, do qual o PNLN é parceiro.

Resposta: Sugestão aceite.

− Pretende confirmar que o condicionamento da instalação de viveiros, alínea k), não vai resultar, na prática, na sua interdição (face uma intenção em particular para a implantação de viveiros de peixe).

Resposta: O condicionamento apenas se aplica a viveiros de plantas pelo que foi

(23)

− Salienta a alteração da lógica subjacente ao Decreto Regulamentar n.º 6/2005 de 21 de Julho, em relação a um conjunto de actividades condicionadas (artigo 9º), nomeadamente as contidas nas alíneas a), d), e), h), i), j), k).

Resposta: O Decreto Regulamentar n.º 6/2005 de 21 de Julho, reclassificou a Área

de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende e criou o Parque Natural do Litoral Norte, estabelecendo um conjunto de disposições aplicáveis à totalidade do território e idêntica forma. O POPNLN analisou o território identificando regimes de protecção face aos valores em presença, sendo que determinadas áreas carecem de rum regime de protecção mais restritivo que outras. Desta forma, por um lado podem ter sido identificadas situações que carecem de maior protecção do que a estabelecida por aquele diploma legal da mesma forma que o inverso também é aplicável.

− Refere a necessidade de emissão de parecer para a valorização de linhas de água, alínea u), como representativa da lógica de apropriação de receitas por parte do ICNB inerente a todo o Plano.

Resposta: A necessidade de parecer deriva das atribuições do ICNB em matéria

de conservação da natureza, pelo que o mesmo é emitido na perspectiva da conservação dos valores naturais.

4.6.2.2. Áreas de Protecção Parcial do Tipo I Artigo 13º - Disposições Específicas

− Propõe a inclusão de uma alínea e) no ponto 2 que considere " A realização de intervenções de requalificação paisagística".

Resposta: As acções de requalificação paisagística são permitidas de acordo com

o disposto no ponto i) da alínea a) do n.º 1 do artigo 13.º

− Alerta para a necessidade do disposto neste artigo ser compatível com a restante legislação avulsa.

Resposta: A restante legislação foi tida em consideração.

− Discorda da não previsão de instalação de “casas de natureza” em PPI.

Resposta: O regime proposto para as áreas de PPI advêm dos valores em

presença, todavia as casas da natureza podem surgir em construções existentes a adaptar a esse uso, situação que não está interditada.

− Considerando o princípio de intervenção mínima, e tendo em conta o excessivo regime de interdições face ao regime da Rede Natura 2000, defende que devem ser retiradas as proibições e interdições sem fundamento legal, nomeadamente a maioria das que constam no presente artigo (assim como no 36º e 41º do Regulamento).

(24)

Resposta: O POPNLN visa a salvaguarda de recursos e valores naturais, que

consistem no fundamento legal para as interdições previstas.

4.6.2.3. Áreas de Protecção Parcial do Tipo II Artigo 15º - Disposições Específicas

− Na alínea b) do ponto 2, deve ser explicito se a reconstrução, ampliação e alteração se refere em exclusivo às construções existentes se destinadas às actividades agrícolas, pecuárias e florestais, não sendo contempladas construções destinadas a outros finas, nomeadamente habitação.

Resposta: Considera-se que tal questão está clara no regulamento.

− Sugere que se acrescente ao final da alínea c) do ponto 2, que o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental ou Avaliação de Incidências Ambientais será “segundo legislação em vigor em matéria de AIA”.

Resposta: Considera-se que tal não fará sentido por constituir uma situação de

excepção.

− Propõe a introdução de uma alínea d) ao ponto 2 com a seguinte redacção “A realização de intervenções de requalificação paisagística”.

Resposta: Considera-se que as intervenções de requalificação paisagística não

são interditadas neste regime de protecção pelo que não se procedeu à alteração solicitada.

− Propõe a supressão das excepções definidas no n.º 2 alínea c), face a possível utilização do conceito de "interesse municipal".

Resposta: O conceito de interesse municipal pressupõe a aprovação em sede de

Assembleia Municipal, sendo que de acordo com o disposto na alínea c) do n.º 2 do artigo 15.º a localização deverá ser devidamente fundamentada e sujeito a procedimento de AIA, pelo que se considera que o conceito de interesse municipal não será utilizado indevidamente.

4.6.2.4. Áreas de Protecção Complementar do Tipo I Artigo 17º - Disposições Específicas

− Propõe a introdução de uma nova alínea com “A construção de edifícios e equipamentos de interesse municipal, desde que a sua localização seja devidamente fundamentada, sujeitos a procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental ou Avaliação de Incidências Ambientais, segundo legislação em vigor em matéria de AIA”.

Resposta: Sugestão aceite, apenas não foi considerada a última parta da frase,

(25)

− Propõe a introdução de uma nova alínea com “A realização de intervenções de requalificação paisagística”.

Resposta: Considera-se que as intervenções de requalificação paisagística não

são interditadas neste regime de protecção pelo que não se procedeu à alteração solicitada.

4.6.2.5. Áreas de Intervenção Específica

Artigo 19º - Âmbito, caracterização, objectivos e tipologia

− Refere que no âmbito deste artigo (e de acordo com o artigo 4º alíneas c) e d)), deve ser dada importância à manutenção e funcionamento dos moinhos situados nas dunas na zona Norte da Apúlia.

Resposta: Considera-se tal proposta fora do âmbito do POPNLN face à dimensão

da área em causa não se justifica a sua inserção numa área de intervenção específica.

Artigo 20º - Área de intervenção específica de São Bartolomeu do Mar

− Refere que foi proposta a alteração ao articulado destas áreas de intervenção específica, já que algumas delas entram em conflito com o disposto no POOC, designadamente a manutenção de uma das construções existentes em São Bartolomeu do Mar.

Resposta: O POPNLN sendo um plano especial de ordenamento do território pode

proceder à alteração do POOC, situação que acontece no caso específico de Pedrinhas Cedobém.

Artigo 21º - Núcleo Turístico de Ofir

− Solicita a revisão do articulado do ponto 4, prevendo um regime de PCII (compatível com o POOC).

Resposta: As áreas de PCII, na área abrangida pelo POOC, correspondem a

”Áreas de equipamento em área de protecção costeira” como tal definidas no POOC, situação que não acontece no caso em apreço.

− Propõe a supressão da área de intervenção específica do Núcleo Turístico de Ofir, devendo este espaço ser contemplado como área de PPI ou PPII (ou se não for consensual, ser objecto de uma significativa diminuição).

Resposta: A opção do POPNLN foi a de assumir as UOPG definidas no POOC. Artigo 22º - Caniçal da Apúlia

− Defende que a promoção e preservação do Caniçal da Apúlia seja efectuada sem restringir ou condicionar a actividade agrícola circundante ao caniçal, promovendo nesse sentido a harmonia e diálogo com os agricultores.

(26)

Resposta: Tal situação já se encontra contemplada na medida em que se prevê a

articulação entre todas os interessados envolvidos designadamente ICNB, Câmara Municipal de Esposende, Privados e ONG’s.

− Sugere a aplicação de uma medida semelhante à constante da alínea g) n.º 2 para o miradouro instalado na extremidade do passadiço do Estuário do Cávado onde se tem tornado evidente os efeitos da perturbação sobre a avifauna.

Resposta: Considera-se que o regulamento não impede essa acção que poderá

ser desenvolvida nas acções de conservação da natureza a levar a cabo pelo PNLN.

Artigo 23º - Depressões Húmidas Intradunares

− Solicita a eliminação da alínea e) do ponto 2, já que a eliminação do caminho que atravessa duas das depressões húmidas intradunares será motivo de sérios constrangimentos à actividade agrícola, em particular dos “cortelhos”.

Resposta: A eventual eliminação dos caminhos será efectuada em articulação com

os privados simultaneamente com a criação de caminhos alternativos em condições semelhantes ou melhores.

− Concorda com o articulado da alínea b) do ponto 2, desde que sejam encontradas alternativas para evitar a erosão costeira e que qualquer actuação no sentido da erradicação das infestantes seja sempre efectuada com o total conhecimento da população.

Resposta: a implementação desta área de intervenção específica prevê a

articulação entre todas os interessados envolvidos designadamente ICNB, Câmara Municipal de Esposende, Privados e ONG’s.

Artigo 25º - Área de intervenção específica de Pinhal de Ofir/Restinga

− Propõe a supressão da área de intervenção específica de Ofir/Restinga, devendo este espaço ser contemplado como área de PPI ou PPII (ou se não for consensual, ser objecto de uma significativa diminuição).

− Defende que sejam aplicados à área de intervenção específica do Pinhal de Ofir/Restinga os mesmos critérios utilizados para a área de intervenção específica de Pedrinhas/Cedovém, propondo especificamente a demolição das torres e de um conjunto de moradias.

Resposta: as acções constantes nesta área de intervenção específica visam

essencialmente acções com vista à melhoria dos valores naturais em presença.

Artigo 26º - Área de intervenção específica de Pedrinhas/Cedovém

− Propõe a manutenção de algumas construções de carácter tradicional e a instalação de construções desmontáveis e sobreelevadas nesta área.

(27)

− Defende a necessidade de conciliar os interesses das populações aí residentes com a necessidade de preservação do cordão dunar.

− Considerando a história, legislação, tradição da apanha do sargaço, valor das construções existentes associadas ao baldio dos sargaceiros nos lugares de Cedovém e Pedrinhas, pretende-se que o Plano considere a classificação dos bens materiais e imateriais relacionados com as actividades agro-marítimas e a viabilização de um Parque Temático relacionado, tal como consagrada na proposta do plano de utilização do baldio. Neste contexto, são sugeridas as seguintes alterações ao presente artigo: incluir o Conselho Directivo do Baldio dos Sargaceiros na implementação integrada daquela área de intervenção específica, procurando potenciar (e não apenas a manter) as actividades locais; incluir também entre as acções a ser implementadas a definição e implementação do Plano de Utilização do Baldio.

Resposta: O POOC Caminha Espinho prevê a renaturalização de toda a área de

Cedobém, por seu turno POPNLN define para o local uma área de intervenção específica que apresenta um conjunto de acções designadamente a remoção de construções existentes (sendo que neste sentido altera o POOC que prevê a remoção de todas as construções), a renaturalização da frente de mar e o reforço do cordão dunar, por fim no que concerne à inclusão do Conselho dos Baldios no processo na concretização da AIE, foram acrescentadas as associações no n.º 1 do artigo.

4.6.2.6. Áreas não abrangidas por Regimes de Protecção Artigo 27º - Âmbito e Regime

− Considera que deve ser acrescentado ao ponto 2 “e zonas turísticas classificadas no PDM”.

− Propõe que seja retirada a referência ao parecer vinculativo, propondo a constituição de uma equipa multidisciplinar para acompanhamento dos PMOT, na qual o PNLN se faria representar.

− Propõe a supressão das áreas do PNLN consideradas não abrangidas por regime de protecção, devendo as mesmas serem contempladas como áreas de PPI ou PPII.

− Discorda do artigo, referindo a necessidade de limitar a ocupação dos espaços urbanizáveis e a proliferação de licenças urbanísticas.

Resposta: A resposta a estas questões encontra-se contemplada na parte inicial

do capítulo 4.4

4.6.2.7. Usos e Actividades

Artigo 28º - Princípios orientadores

(28)

Resposta: O Turismo de natureza é a modalidade por excelência a desenvolver

nas áreas protegidas pelo que não se considera ser de alterar.

Artigo 29º - Agricultura

− Deve ser preservada a apanha e acondicionamento do sargaço pelos pescadores e agricultores.

Resposta: Tal actividade não se encontra interditada.

− Solicita o esclarecimento sobre o entendimento de "boas práticas agrícolas", já que na Apúlia sempre se preconizou boas práticas agrícolas e verifica-se a prática de agricultura biológica.

Resposta: As boas práticas agrícolas encontram-se expressas no “Manual de Boas

Práticas Agrícolas”.

Artigo 31º - Edificações e Infra-estruturas

− Propõe que, na alínea a) do ponto 1, sejam objecto de parecer vinculativo ou autorização do PNLN todas as Novas Construções (não se restringindo à novas construções de apoio às actividades agrícolas, florestais e pecuárias).

Resposta: o POPNLN sendo um Plano Especial de Ordenamento do Território

constitui “(...) um meio supletivo de intervenção do Governo, tendo em vista a prossecução de objectivos de interesse nacional com repercussão espacial, estabelecendo regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e assegurando a permanência dos sistemas indispensáveis à utilização sustentável do território” (n.º 2 do artigo 42.º do Decreto Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado pelo Decreto-lei n.º 316/2007, de 19 de Setembro), nesse sentido e tendo em conta que os perímetros urbanos, face à inexistência de valores em presença não se encontram abrangidos por regimes de protecção, não fará sentido o ICN pronunciar-se sobre o que nessas áreas acontece.

− Propõe que seja acrescentada uma nova alínea ao ponto 1, com “A realização de intervenções de requalificação paisagística”.

Resposta: Considera-se que estas intervenções não se encontram inviabilizadas

pelo Regulamento.

− Propõe a alteração da área de implantação máxima da alínea f) do ponto 2 e da subalínea iii) da alínea a) do ponto 3 para 50 m2.

Resposta: Sugestão aceite.

− Propõe a supressão das excepções definidas no nº 1 alínea c), face a possível utilização do conceito de "interesse municipal".

Resposta: O conceito de interesse municipal pressupõe a aprovação em sede de

(29)

artigo 15.º a localização deverá ser devidamente fundamentada e sujeito a procedimento de AIA, pelo que se considera que o conceito de interesse municipal não será utilizado indevidamente.

− Alerta também para a falta de critérios objectivos a respeito das novas construções de apoio às actividades agrícolas, florestais e pecuárias, de que dispõe o n.º 2. Considera encontrar-se em contradição disposto sobre a área máxima de implantação, área (30 m2) que ademais considera ser insuficiente.

Resposta: Considera-se que os critérios apresentados estão devidamente

objectivados, a área máxima de implantação foi alterada para 50m2.

Artigo 32º - Turismo de Natureza

− Propõe-se a sua adaptação para que possa abranger as actividades turísticas em geral, não se reportando apenas ao Turismo de Natureza.

Resposta: O Turismo de Natureza é a modalidade por excelência a desenvolver

nas áreas protegidas pelo que não se considera ser de alterar.

− Propõe que seja acrescentado ao ponto 6, relativamente à Carta de Desporto da Natureza, “(...) a qual deverá ser desenvolvida em articulação com a Câmara Municipal e aprovada pela mesma (...)”

Resposta: A elaboração e aprovação da Carta de Desporto da natureza

encontra-se regulamentada por legislação específica.

− Propõe a remoção do ponto 7, atendendo ao excesso de poder conferido ao ICNB sobre uma actividade de grande importância para o desenvolvimento do concelho.

Resposta: A possibilidade de suspensão de actividades por razões de

incompatibilidade com os valores naturais decorre das obrigações do ICNB em matéria de conservação da natureza.

Artigo 33º - Investigação científica e monitorização

− Discorda das imposições definidas no ponto 1 e 3.

Resposta: Analisado o artigo considerou-se ser de aceitar a supressão do número

3.

Artigo 34º - Acções de recuperação dunar e alimentação das praias

− Defende que devem ser previstas as regras para um correcto ordenamento das praias e da sua utilização na época balnear, e identificada a capacidade de carga das praias e de toda a área do PNLN.

Resposta: A capacidade das praias é definida em sede de Plano de Ordenamento

(30)

4.6.3. TÍTULO III - ÁREA MARINHA E ESTUARINA

Antes de passar para a descrição das propostas de alteração pontuais dos artigos relativos à área marinha e estuarina, deve ser mencionado que face ao número de participações recebidas relativas às disposições relativas à pesca comercial na área do POPNLN, as propostas regulamentares foram revistas.

A recuperação e o fomento de espécies exploradas comercialmente é um objectivo do POPNLN, no sentido da sua persecução considerou-se a possibilidade de se interditar a pesca comercial nas zonas PP1 marinha, no entanto no decurso do período de discussão pública concluiu-se que teria menos impactes no tecido económico e social local e igual, ou superior impacte, nos recursos piscícolas, a interdição da pesca comercial no PNLN a embarcações do largo e costeiras

As questões associadas aos pedidos de exclusividade da pesca comercial por parte dos pescadores registados em Esposende tinham já sido equacionadas aquando da elaboração do plano. Todavia os constrangimentos derivados da legislação geral relativa à pesca impossibilitaram a adopção de tais medidas. Sendo assim, e por forma a atingir os mesmos objectivos a proposta actual prevê a interdição da pesca por parte das embarcações de pesca do largo e embarcações de pesca costeira, o que na prática resultará na potencial diminuição do esforço de pesca por parte destas embarcações na área do POPNLN. Em resumo, com esta interdição este tipo de embarcações não poderão pescar nos limites do PNLN.

Por outro lado, face às características distintas das áreas classificadas como PPI marinhas das áreas classificadas como PPI estuarinas, optou-se por diferenciar os respectivos regimes de protecção sendo que nas áreas de PPI marinha passa a ser permitida a pesca comercial, mantendo-se interdita a pesca lúdica. Estas alterações encontram-se expressas nos artigos 36.º e 41.º

4.6.3.1. Disposições Comuns

Artigo 36º - Actos e actividades interditas

− Discorda da interdição à deposição de entulhos, inertes ou resíduos sólidos (alínea c), que fará aumentar significativamente os custos de gestão dos dragados e poderá vir a provocar sérios problemas de acesso e navegabilidade. Acrescenta que tal disposição encontra-se em contradição com o disposto na alínea i) do artigo 37º.

Resposta: Foi clarificado o que se pretende interditar: resíduos sólidos e inertes de

escavação (os entulhos estão inseridos nos resíduos). Alterou-se a redacção da alínea.

(31)

− Discorda da interdição definida pela alínea d), face à importância das marinas de recreio para o desenvolvimento turístico-marítimo de Esposende, inviabilizando a construção de uma pequena marina na Avenida Marginal de Fão.

Resposta: De acordo com a definição de marina, a mesma pressupõe uma

componente imobiliária, considera-se que a proposta tem enquadramento no POPNLN, na medida em que não estão interditados os fundeadouros.

− Discorda do limite de velocidade de 5 nós definido na alínea e).

Resposta: Sugestão aceite, foi retirada a disposição.

− Solicita a clarificação sobre a que “armas” se refere a alínea g).

Resposta: Foi retirada a referência a “armas”.

− Propõe a alteração da alínea h) de modo a permitir realização de voos relativos a actividades consideradas de interesse turístico.

Resposta: Considera-se que os voos relacionados com a actividade turística

podem ocorrer acima dos 1000 pés, foi no entanto acrescentada uma alínea relativa a outros meios aéreos de desporto e recreio à semelhança do disposto no POOC Caminha Espinho.

− Propõe que sejam excepcionadas da interdição disposta na alínea k), “as intervenções consideradas de interesse público”.

Resposta: Sugestão não aceite face ao valor para a conservação da natureza dos

sapais.

− Propõe que se acrescente a interdição da descarga, na área estuarina e marinha, de águas residuais industriais, domésticas ou agro-pecuário não tratadas. Acrescenta a necessidade do ICNB desenvolver esforços no sentido de cessar todos os focos de poluição no Cávado a montante do PNLN, e assim participar activamente na implementação célere do PBH do Cávado.

Resposta: Colocada a interdição. No que se refere aos esforços a desenvolver

pelo ICNB, acolhe-se a proposta, devendo no entanto ser salientado que a actuação do ICNB apenas pode ser desenvolvida no âmbito das suas competências em matéria de conservação da natureza.

− Considerando o princípio de intervenção mínima, e tendo em conta o excessivo regime de interdições face ao regime da Rede Natura 2000, defende que devem ser retiradas as proibições e interdições sem fundamento legal, nomeadamente a maioria das que constam no presente artigo (assim como no 13º e 41º do Regulamento).

Resposta: O POPNLN visa a salvaguarda de recursos e valores naturais, que

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