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Os vadios do século XVIII na América portuguesa: um problema duas soluções Ana Cristina Guanaes Rego * Abstract

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Academic year: 2021

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Os vadios do século XVIII na América portuguesa: um problema duas soluções

Ana Cristina Guanaes Rego* Abstract

In the eighteenth century, free men who were not white, had no possessions, place of residence and marriage were often compared to vagrants and bandits, or produces is a bias that disqualified before the societal model of the time, even if they had helped in maintaining social and economic order of the colony.

In addition to assert that the American society of the eighteenth century Portuguese was very hierarchical, where the color and leather were decisive in the inclusion / exclusion, the paper seeks to identify, through the reports produced by the viceroys to the end of their terms, the difference in the policies implemented by viceroys Lavradio Marques and Luis de Vasconcellos e Souza - its successor - the referral of the issue of stray animals that so troubled society.

Palavras Chaves: vadios, vice-reis, hierarquia social Keywords: stray, viceroys, social hierarchy

As leituras realizadas para o estudo da experiência da América portuguesa e especialmente a leitura de Caio Prado Júnior despertaram-me para um grupo social que foi excluído naquela época e também pela historiografia: os vadios. Desqualificado na colônia e pouco estudado por nós, os vadios aparecem em documentações como os relatórios realizados pelo vice-rei Marquês do Lavradio em 1779 para seu sucessor vice-rei Luiz de Vasconcellos e Souza e este para o vice-rei seguinte o conde do Rezende dando ciência da situação política, militar, civil e do caráter das pessoas da província. A proposta deste texto é exibir a presença desse grupo, refletindo sobre os critérios que organizavam a sociedade naquela época, notadamente na cidade do Rio de Janeiro.

A analise comparada dos documentos nos indica algumas particularidades e diferenças entre esses dois governos e posições políticas em relação aos vadios.

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O relatório do Marques do Lavradio foi uma iniciativa própria motivado pelas dificuldades que encontrou para começar seu governo. Enquanto que o relatório do Luiz de Vasconcellos foi produzido a pedido do Rei.

... ”Isto é, ser ser eu o primeiro que dou conta ao meu sucessor do governo que lhe entrego; cuja a entrega nunca teve outra formalidade que de lerem as patentes e cartas régias por d`onde SS. MM. Concedia ao um Vice Rei e capitães Generais das Capitanias para onde vinham, e aos outros por d`onde finda aquella comissão. Esta foi toda a instrução que tive na Capitania da Bahia, e a mesma que me deram no Rio de Janeiro; o que me fez perder um grande tempo n´estes governos, primeiro que eu pudesse encontrar um caminho por onde caminhar com os olhos fechados.”( RIHGB - Marquês do Lavradio, p.409-410)

Illm. E Exm Sr. – Sua majestade foi servida determinar-me pela sua Real Ordem de 14 de abril do presente anno, que houvesse de fazer uma relação circunstanciada instructiva não só de algumas importantes matérias que se acham pendentes, e dependentes das suas Reais resoluções, como também de tudo mais conveniente ao governo d`esta Capitania, para ser communicada a V.Exc. (RIHGB - Luiz de Vaconcellos, p.143)

A visão do Marquês que perpassada em seu relatório é a de um o governo preocupado em propiciar e incentivar o progresso tendo a ordem como um valor fundamental. Como administrador, ele buscava alternativas para solucionar questões que afligiam a sociedade tais como a segurança - interna e externa – e o progresso. Dentre as medidas tomadas pelo governante visando o crescimento econômico estão a organização de feiras nos moldes europeus - com intuito de fomentar o comércio - o incentivo à indústria e à cultura do café. No âmbito de segurança podemos citar a construção e reforma das fortificações e a criação de tropas auxiliares que dariam suporte ao exercito regular nas vilas e fronteiras, sempre visando a manutenção da paz e da ordem.

Selecionei alguns fragmentos que podem exemplificar de que forma o conteúdo do relatório foi exposto. Em alguns casos ao fazer as descrições o Marquês quando necessário expõe algumas criticas ao serviço prestado, como é o caso dos geógrafos que preparam mapas com informações de outros, sem ao menos comprovarem.

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...”Tem esta Capitania de extensão ao comprimento de Oriente ao Ocidente cincoenta e cinco léguas, (...) Estas distancias são reguladas por differentes mappas, (....), mas os geographos que tem sido encarregado d`esta diligencia,consta-me que sempre se governam por informações, que por exames pessoais (...).Há em toda Capitania muitos portos navegaveis, porém nem todos elles admitem embarcações maiores. A qualidade dos portos e das embarcações, que n`eles podem navegar, o poderá V. Exc. melhor ver das relações que cada um dos Mestres de Campome deu dos seus distritos, e que ajunto á este papel.” (RIHGB - Marquês do Lavradio, p.410)

...”Cheguei a esta Capitania em o anno de 1769, achei ser a guarnição d`esta capital de seis regimentos de infantaria, comprehendido n`este numero um regimento de artilharia, tres d`estes regimentos são destacados da Europa, e os outros trez do paiz; (...) Achei a tropa em um muito bom estado pelo que tocava a evoluções, a ser bem assistida de tudo que precisava, porem achei muito alteradas as jurisdições, porque o Tenente General queria mais do que lhe competia:” (RIHGB - Marquês do Lavradio, p.412)

O relatório do vice-rei Luiz de Vasconcellos aponta o Tratado de Santo Ildefonso – de posse da colônia Sul Americana do Sacramento- como o principal motivo do seu documento, diferente do texto produzido pelo seu antecessor que prioriza a descrição da infraestrutura do Estado. “Um dos negócios mais importantes d`este governo é a demarcação de extensos dominios do interior da América Meridional em virtude dotratado de 1777 celebrado entre as duas côrtes de Portugal e Espanha.” (....) (RIHGB - Luiz de Vasconcellos, p. 144).

Com tais premissas – progresso e segurança – não é de estranhar que os vadios venham a aparecer nos relatórios, representando o segmento de homens despossuídos que ameaçavam a ordem proposta pelo Marquês. É importante lembrar aqui o trabalho Os desclassificados do ouro de Laura de Mello e Souza, onde a autora tece considerações tanto sobre a conceituação do termo vadio quanto na identificação de grupos que seriam assim percebidos pela sociedade do século XVIII. Ainda que o trabalho da autora esteja voltado à região das minas e vincule-se também ao

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início do século XVIII, creio que suas observações sejam importantes para uma identificação sobre a origem da desclassificação do homem pobre e livre, e as diferenças entre o vadio do Reino e o da Colônia.

Outros dois trabalhos que auxiliaram vivamente na interpretação do documento do vice-rei Marquês do Lavradio e do vice-vice-rei Luiz de Vasconcellos foram Homens livres na ordem

escravocrata, de Maria Sylvia de Carvalho Franco e Formação do Brasil Contemporâneo, de Caio Prado Júnior. O texto de Maria Sylvia é dos raros que focalizou e desenvolveu a problemática desses homens livres e pobres na sociedade. Apesar de suas pesquisas estarem ancoradas no século XIX, suas reflexões descortinam perspectivas importantes na leitura do documento. Já o texto de Caio Prado, para além das informações pontuais acerca dos vadios, desenvolve substantiva reflexão sobre as características da sociedade colonial e, em especial, sobre a organização da mesma no século XVIII, foco do documento.

Em seu trabalho, Laura de Mello e Souza esclarece que na Europa medieval católica as regras sociais eram determinadas pelo sobrenatural, o que acabava por definir aos pobres uma utilidade: apareciam como mediadores entre os ricos e Deus, pois através da esmola, os ricos poderiam se aproximar da salvação divina. Sendo assim, apesar de um lugar marginal, os pobres possuíam uma função que os categorizava dentro da sociedade. Entretanto, as profundas mudanças vivenciadas na Idade Média, apesar de não alterarem de forma contundente a mentalidade religiosa, alterou o equilíbrio – se é que podemos assim dizer – que garantia aquele lugar aos pobres. Guerras, pestes, fome e o acúmulo de capitais, aumentaram o contingente de miseráveis e diminuiu a disponibilidade e o interesse dos ricos de manter esta relação de mendicância. Junto a isso, começou a surgir um novo pensamento de que todos os capazes devem trabalhar para se sustentar, fazendo com que a população de despossuídos começasse a perder a sua utilidade e seu lugar na sociedade, passando a ser visto como um problema. Deste modo, já no século XIV surgem as leis repressivas contra os vagabundos - homens capazes, mas sem emprego e residência fixa. Em 1367 o Preposto de Paris convoca os vagabundos para trabalharem fazendo fossas e consertando as fortificações, numa política de trabalhos forçados. E em 1395, Castela inicia políticas similares.

O Rei de Portugal não pensava diferente, porém a sua preocupação era sobretudo de combater ausência de trabalho (vadiagem). O perigo representado pelo caráter andarilho dos

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desocupados (vagabundos) passava para segundo plano. E foi apenas no inicio do século XVIII que os vadios passam a ser perseguidos e proibidos de se estabelecer no Reino.

Em suma os despossuídos da Idade Média tinham utilidade para a sociedade, faziam parte da estrutura. Na Idade Moderna esta população sem utilidade se tornou um ônus. Foi preciso então criar mecanismos que transformasse o ônus em bônus, isto é dar utilidade a esta população (Souza, cap.2). Para as Américas vieram todos os tipos de vadios, vagabundos, bandidos, etc., principalmente as pessoas que não eram bem quistas na Europa. Na América Portuguesa esta mão-de-obra livre não foi utilizada formalmente, pois a economia era baseada na exploração intensiva da mão-de-obra escrava na área rural e na urbana, inibindo o trabalho livre.

Laura de Mello e Souza esclarece que existem diferenças entre os vadios da metrópole – homens sem ocupação - e os vadios da colônia. Apesar da imprecisão particular do termo, na maioria das vezes identifico os vadios como homens pobres e expropriados, não necessariamente bandidos, considerando que no contexto a ser estudado existiam homens expropriados e bandidos.

Os vadios em vários momentos da experiência colonial e imperial foram úteis no Brasil. Na região das minas em seu período áureo serviram para povoar territórios, entrar no mato para destruir os quilombos, prender foragidos, cultivar plantações de subsistência, e nos presídios foram os responsáveis pelos serviços de manutenção, de defesa, da formação dos corpos de guarda e da polícia privada. Nas obras públicas sempre que possível era usado o trabalho dos desclassificados (Souza, p 69-74). Enfim, realizam uma série de tarefas que não poderiam ser realizadas por escravos.

Maria Sylvia de Carvalho Franco, em Homens Livres na ordem escravocrata, também descreve a utilização da mão-de-obra livre e despossuída na região do Vale do Paraíba no século XIX. Apesar de no princípio da colonização a utilização do escravo ter sido fundamental para a instalação do sistema de produção mercantil, no momento da produção cafeeira descrito no livro, a manutenção da importação do negro foi uma opção visto que já existia no território mão-de-obra livre disponível. Este sistema econômico baseado na escravidão que se instalou no Brasil propiciou o crescimento da população de homens livres e expropriados dos meios de produção. (Franco, p.12-15) Apesar deste grupo estar dissociado oficialmente dos meios de produção, a sua participação no crescimento da economia cafeeira foi fundamental qu basta lembrarmos o que

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seria dos cafeicultores da região sem os tropeiros para escoarem sua produção? Os homens livres e pobres do Vale do Paraíba tiveram suas vidas atreladas aos fazendeiros e suas fazendas. Executaram tarefas que os escravos não poderiam fazer e aos homens livres abastados não interessaria fazer. Esta população também foi utilizada na execução de obras públicas, como em outras regiões do Brasil.

Caio Prado em Formação do Brasil Contemporâneo nos aponta que a sociedade colonial do século XVIII era rígida e polarizada e que eram escassas oportunidades dos despossuídos de recursos materias encontrarem uma forma de sobrevivência e um lugar na sociedade. Ao indivíduo livre da colônia não sendo comerciante, - Este tipo de ocupação era exclusivo dos renois, homens que vieram de Portugal – fazendeiro ou religioso restava apenas as profissões liberais, ocupações de acesso restrito, sendo necessário para exercê-las ter cabedal e origem. Abre-se, portanto, um vácuo entre os extremos da escala social: os senhores em pequena quantidade e os escravos em grande quantidade. (Prado, p. 279-280)

Segundo Caio Prado, os desclassificados eram geralmente os negros forros ou foragidos, mulatos, índios, mestiços de todos os matizes e categorias. Eram indivíduos de ocupação incerta, que não tinham lugar definido na sociedade, não sendo senhores nem escravos. Esta população de indivíduos socialmente indefinida era grande e tendia a aumentar em função da característica de fluidez da sociedade, entretanto, os critérios que a desqualificava também eram mantidos, especialmente na profunda hierarquização social e manutenção da escravidão, o que garantia a reprodução de desqualificações aos trabalhadores em geral.

Apesar do conceito de vadio no Brasil guardar algumas diferenças em relação à Europa, o Marquês do Lavradio utilizou - por necessidade ou convicção - a política de trabalhos forçados, similares as utilizadas na Europa. Os despossuídos foram convocados para formarem as Guardas Auxiliares, porém o alistamento era voluntário e não remunerado. É importante destacar, porém, que o intuito do governo era aumentar a segurança, não tendo como objetivo a inclusão desta população na estrutura social.

Em algumas passagens do texto do Marquês, observei dois pontos relevantes para a reflexão. O primeiro é que entre os homens despossuídos recrutados para as tropas auxiliares, ou seja, entre aqueles considerados desqualificados e que teriam sido direcionados ao serviço pelo governo, havia aqueles que trabalhavam, o que problematiza a desqualificação do termo vadio. O

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segundo ponto é que o terço- unidades de 2ª linha- formado pelos pardos, por exemplo, apesar de fazerem um bom trabalho, eram desacreditados pelos oficias e pelo povo, homens livres e de posses, como podemos verificar no fragmento abaixo:

...” Além desses três terços formei mais outro de homens pardos, dando-lhe por comandante um sargento-mór, branco, e oficial tirado das tropas, e por ajudantes dois oficiais inferiores, também brancos, tirados das tropas, para deste modo poder melhor estabelecer-lhes a disciplina e conserva-los em sujeição (...) Muitas são as utilidades que acho nestes corpos. V Exe. Se deve prevenir contra a grane oposição que há a eles, e assim em o Tenente General, que diz que nunca poderão prestar para nada, como em muitas outras pessoas do povo que querem persuadir que a formatura desses corpos serve de grande vexação aos povos (...) contra o que diz o Tenente General a experiência mostrou o contrario (.... )

(...)“O descômodo do povo também é falso, por que sendo-me necessário servi-me deles mais de dois anos, por não ter tropa com que fazer o serviço desta capital, e também para exercitar quando julgava precisar deles não só isto lhes não fez incomodo aos seus negócios, ofícios e comercio, que pelo contrario se viu carregarem-se nesses mesmos tempos muitos navios, e girar na cidade com muito mais força o comercio. É certo que nascia em eu empregar no serviço aqueles corpos, nos dias e horas que lhes são eles de ociosidade como são os domingos e dias santos; e para os ensinos as horas da noite em que eles não têm que fazer nos seus armazéns e que andam a vadiar pela cidade,...”(RIHGB - Marquês do Lavradio p.424-425)

Enquanto o Marquês acredita nos terços Auxiliares como uma das soluções para manutenção da ordem o seu sucessor não acredita: “No sobredito officio trato igualmente do pouco serviço,que aqui pode fazer as tropas auxiliares, não só a dos trços d`esta cidade.” (...) (RIHGB - Luiz de Vasconcellos, p. 179)

No documento produzido pelo vice-rei Luiz de Vasconcellos para se evitar a desordem seria necessario que as autoridades laicas e religiosas agissem dentro das leis estabelecidas pela corte.

“ Seria desnecessaio dizer uma só palavra a respeito dos Ministros ocupados no exercicio dos seus lugares, se elles todos cumprissem com as suas obrigações, e se empregassem n`ellas, regulando-se pelas leis que devem observar sem interpretações ambiguas com o que se perverte a boa ordem da justiça.(...) Se este se estendesse

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também a castiga-los, esta muito bem certo que seus desconcertos não passaria impunimente, e teriam maior cuidado de os reprimir, e se regularem com outro comportamento que fizessem honra ao seu lugar (...) Assim como também, que a jurisdição ecclesiastica não exceda aquelles termos, que lhes são prescriptos por leis e ordens, (...) pois só d`este modo evitamos as continuadas desordens.

“...Haviam em toda a parte muitas costas de vadios, que cometem insultos e extravagâncias inauditas, não é de admirar que o Rio de Janeiro, onde o maior numero dos seus habitantes se compõem de mulatos e negros, se pratique todos os dias grandes desordens, que necessitam ser punidos com demonstrações severas, que sirva de exemplo e estimulo para coibirem ...Talvez por este motivo se mandou aqui estabelecer pela Carta Régia de 8 de julho de 1769, uma casa de correção, que sendo utilíssima, não sei porque ficou no esquecimento....Por isso sendo impossível fazer-se esta regulação sem haver edifício próprio que admitisse as seguranças, que lhes são precisas segui meio termo de mandar para a fortaleza da Ilha das Cobras todos esses vadios... fazendo-os trabalhar nos seus ofícios, e passando o rendimento e o produto das obras que vendiam, para um cofre que mandei estabelecer no calabouço, para se aplicarem as importâncias que ali se vão juntando , ás obras públicas da cidade. No mesmo cofre que guardamos os que recebemos dos açoites dos escravos que os seus senhores mandam castigar” (RIHGB - Luiz de Vaasconcellos, p.180-182)

Fazendo um exercício de comparação entre os dois fragmentos o do Marquês do Lavradio para Luis de Vasconcelos e o deste, produzido onze anos após, para seu sucessor o Conde do Resende percebemos que o trato com a população de desclassificados se alterou drasticamente. Enquanto o Marquês tinha uma postura de procurar uma “utilidade” para os desclassificados e talvez um lugar para eles nesta sociedade, Luís de Vasconcelos e Souza opta por excluí-los. Seu desejo era prender todos, pois acreditava que esta população era um obstáculo ao desenvolvimento do país (Prado, p. 283), os estrangeiros também faziam referências aos vadios da cidade como um problema..

Apesar das controvérsias entre os personagens, o que o documento de Lavradio nos permite pensar é que a população de homens livres e desclassificados na América portuguesa não foi composta apenas de bandidos ou desocupados e eles tiveram um lugar importante na formação do Brasil, tanto na cidade como no campo. O que nos leva a perceber que a

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desqualificação desta população não é proveniente das suas ações ou função na sociedade, e sim da sua cor, da sua origem, sendo então a sua marginalização um preconceito.

Referência Bibliografia:

ARMITAGE, João. História do Brasil: desde o período da chegada da família de Bragança em

1808 até a abdicação de D. Pedro I em 1831. 3.ed. brasileira com anotações de Eugênio Egas e Rio de Janeiro: Z. Valverde, 1943.

COHN, Gabriel. Max Weber: sociologia. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2006 - Coleção grandes cientistas sociais, 13.

FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na ordem escravocrata. 4ª ed.São Paulo:Fundação Editora da UNESP, 1997

FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 1980.

PRADO, Caio Junior. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2007. 10ª reimpressão da 23ª ed. de 2004

SOUZA, Laura de Mello e. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1982

Periódicos:

Luiz de Vasconcellos RIHGB, referencia 23:143-239,1860 http://www.ihgb.org.br/ [10/6/2010] Marques do LavradioRIHGB, referencia 4:409-486, 1842 http://www.ihgb.org.br/ [10/4/2010]

Referências

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