• Nenhum resultado encontrado

Influência da complacência arterial na capacidade física de indivíduos idosos* Arterial compliance effects on physical capacity of elderly subjects

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Influência da complacência arterial na capacidade física de indivíduos idosos* Arterial compliance effects on physical capacity of elderly subjects"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Influência da complacência arterial na

capacidade física de indivíduos idosos*

Arterial compliance effects on physical capacity

of elderly subjects

Josemberg da Silva Baptista

1

,

André Lucas Passos

2

, Renato

Lírio Morelato, William Paganini Mayer

4

, Edson Aparecido

Liberti

5

,

Fátima Helena Sert Kuniyoshi

6

* Trabalho realizado na Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM).

1. Fisioterapeuta formado na EMESCAM; mestrando em Ciências Morfofuncionais pelo Departamento de Anatomia do

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

2. Fisioterapeuta formado na EMESCAM.

3. Médico e Professor Coordenador do Internato de Clínica Médica da EMESCAM.

4. Fisioterapeuta formado pela EMESCAM; mestrando em Ciências Morfofuncionais pelo Departamento de Anatomia do

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

5. Professor Titular do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

6. Fisioterapeuta e Professora Adjunta de Fisioterapia Cardiovascular na EMESCAM.

Endereço para correspondência: Josemberg da Silva Baptista. Av. Prof. Lineu Prestes. Cidade Universitária. 05508-900 – São Paulo, SP. e-mail: jsb@usp.br

Baptista J da S, Passos AL, Morelato RL, Mayer WP, Liberti EA, Kunioshi FHS. Influência da complacência arterial na capacidade física de indivíduos idosos. Rev Med (São Paulo). 2008 abr.-jun.;87(2):142-7.

RESUMO: O enrijecimento arterial é um fator de risco independente para doença cardiovas-cular, podendo se agravar com a idade e sendo atenuado pelo exercício físico principalmente em idosos. O objetivo deste estudo foi correlacionar à capacidade física de indivíduos idosos com a Velocidade de Onda de Pulso (VOP). Para tanto, foi avaliada a complacência dos gran-des vasos de pacientes do sexo masculino obtido através da medida da VOP com o aparelho COMPLIOR II. O nível de capacidade física foi obtido com o teste de esforço submáximo (teste de caminhada de 6 minutos). Nossos dados sugerem que a rigidez arterial aumenta com a idade, que esta rigidez esta intimamente ligada ao nível de aptidão cardiorrespiratória e que este pode sugestivamente influenciar na prevenção do enrijecimento arterial.

DESCRITORES: Envelhecimento. Idoso. Atividade física. Resistência vascular. Capacitância vascular. Complacência (medida de distensibilidade).

(2)

INTRODUÇÃO

A

s artérias têm função de transportar o

sangue e todos os seus componentes sob alta pressão a partir do coração até os tecidos, onde permitirá as trocas de nutrientes, hormônios e outras substâncias, além de facilitar a remoção de dióxido de carbono e outros produtos de

metabolismo produzidos nas células e tecidos6.

Muito embora a propriedade mecânica dos grandes vasos arteriais seja importante para determi-nação da fisiologia circulatória na saúde e na doença, o estudo da dinâmica das grandes artérias é dificul-tado devido à natureza pulsátil do fluxo sanguíneo, à complexa estrutura da parede vascular, e à alteração

contínua do tônus da musculatura lisa1.

A medida da velocidade de onda de pulso (VOP), que é relacionada inversamente à distensi-bilidade da parede arterial, oferece uma abordagem simples e potencialmente útil, além de ter sido mos-trado importante clinicamente, sendo usada há vários

anos15. Informações quantitativas sobre grandes

arté-rias podem ser facilmente obtidas pela determinação da VOP. Este método permite avaliar indiretamente

a distensibilidade e a rigidez arterial2.

O pulso de pressão gerado pela ejeção ventri-cular é propagado através da árvore arterial a uma velocidade determinada pelas propriedades elásticas e geométricas da parede arterial e da densidade sanguínea, ou seja, quanto maior a VOP menor será

a distensibilidade arterial8.

Várias causas têm se dado ao aumento da

VOP. Segundo Asmar1, este aumento ocorre devido à

calcificação da camada média causando assim perda

gradativa da elasticidade. Já Braunwald5, discutiu

que alterações da substância de sustentação em torno dos próprios vasos sanguíneos associados à idade são capazes de enrijecer os vasos e que ainda existe uma dilatação arterial oriunda do processo de envelhecimento.

O aumento da VOP dentro do sistema arterial é uma das alterações universalmente mais documen-tadas em seres humanos, principalmente associado

com o envelhecimento5.

Um estudo realizado em uma população com pouca ou nenhuma placa de aterosclerose, foi identi-ficado um aumento da VOP, o que indica que a dimi-nuição da complacência arterial não está associada à aterosclerose. O aumento da VOP geralmente leva a três fatores de risco: aumento da pressão arterial, aumento da pressão de pulso e alteração das paredes vasculares e suas propriedades, sendo que, destes três fatores, a hipertensão arterial sistêmica é a que mais contribui para o enrijecimento arterial quando

associado à idade10.

A redução da complacência arterial central em relação à idade ocorre igualmente em homens sau-dáveis e fisicamente ativos, o que sugere um efeito

primário do envelhecimento17.

Contudo, os estudos da relação VOP e nível de capacidade física são minoria no meio acadêmico-científico.

MATERIAIS E MÉTODOS Amostragem

Foram estudados após aprovação do comitê ético (CEPEMESCAM), 8 voluntários, do sexo mas-culino, com idade entre 61 e 78 anos, sedentários sadios, não portadores de moléstias que interfiram em seu desempenho físico, esclarecidos e conscienti-zados que seus dados seriam usados para estudo.

Teste de caminhada

Antes de iniciar o teste de caminhada, foram

feitas medidas basais de pressão arterial (PA)12,

freqüência cardíaca (FC) e percepção subjetiva de

dispnéia através da escala de BORG4.

Logo após foi realizado o teste de caminhada de 6 minutos num corredor com superfície plana e retilínea, com comprimento de 30 metros. Durante todo o teste o paciente foi encorajado a caminhar o

mais rápido possível16.

As medidas de freqüência cardíaca e de grau de dispnéia foram avaliadas a cada 2 minutos durante

o teste6. Ao final, foram realizadas novas medidas

de PA, FC, e percepção subjetiva da dispnéia pela

escala de BORG4.

Medida da VOP

A VOP foi medida através do COMPLIOR II, conectado a um hardware de interface gráfica de Windows 95 ou 98. Após o indivíduo estar em repou-so deitado em ambiente tranqüilo por pelo menos 5 minutos para estabilizar seu estado hemodinâmico, os transdutores pressão-sensível (TY-306) foram posicionados nas artérias carótida e femoral e sua medida foi procedida automaticamente em vários ciclos medindo a distância/tempo (VOP = D/t), da onda de pulso da artéria carótida até a artéria femo-ral (para a validação do método foi usado o índice

carótido-femoral)2.

Este parâmetro foi avaliado num mesmo ho-rário, por todo um ciclo respiratório, e por um único observador que acionava o COMPLIOR II quando a

(3)

onda estava regular para mensurar a VOP em m/s. Com o auxílio de uma fita padronizada com gra­ duação em centímetros e 7mm de largura, este media

manualmente a onda14. Estas medidas foram feitas

momentos antes dos indivíduos entrarem no estudo, ou seja, a medida da VOP foi realizada sem que estes soubessem que fariam parte deste estudo.

Método estatístico

Foi utilizado teste de correlação de Pearson18

sendo considerado p < 0,05 como significância es-tatística. Os dados estão apresentados como média ± DP.

RESULTADOS

A Tabela 1 demonstra os dados clínicos da amostra.

Com base na amostra, correlacionamos no Gráfico 1 a medida da VOP e a idade.

Tabela 1. Características clínicas e demográficas dos voluntários

Parâmetros Média + Desvio Padrão Idade (anos) 70.25 ± 5.92 Peso (Kg) 73.33 ± 12.29 Altura (m) 164.25 ± 6.35 IMC (kg/m²) 27,06 ± 3,78 Distância percorrida (m) 668.12 ± 65.98 VOP (m/s) 13.22 ± 3.43

Gráfico 1. Variação da VOP em relação à idade. Demonstra um aumento da VOP com o evoluir da idade.

Obtivemos correlação positiva e moderada entre VOP e idade (R = 0,65), mas não estatisti-camente significante (p = 0,078).

O Gráfico 2 mostra que a relação VOP e distância percorrida é fraca (R= -0,2234), e não estatisticamente significante (p = 0,595).

Na Tabela 2 estão listadas as respos-tas hemodinâmicas no teste de caminhada de

6 minutos.

Nos Gráficos 3 e 4, analisamos juntamente o valor da VOP com a PAS e PAD final, mostrando uma correlação fraca (R = 0,22) e não estatisti-camente significante (p = 0,59) para PAS final, e uma correlação inversa e fraca para PAD final (R = -0,44) e não estatisticamente significante (p = 0,26). Segue os gráficos referentes.

(4)

Gráfico 2. Variação da VOP em relação à distância percor-rida. Demonstra um declínio da distância percorrida com o aumento da VOP

Gráfico 3. Variação do pico da PAS em relação à VOP. De-monstra um aumento da PAS com o aumento da VOP.

Tabela 2. Características clínicas dos voluntários durante o teste de caminhada de 6 minutos

Parâmetros Média + Desvio Padrão PAS (repouso) 137 ± 5.45 PAD (repouso) 84.5 ± 9.66 FC (repouso) 76.87 ± 13.27 BORG (repouso) 0 ± 0 FC 2 min 133.87 ± 12.31 BORG 2 min 1.37 ± 1.30 FC 4 min 142.62 ± 13.30 BORG 4 min 3,62 ± 1.76 FC 6 min 149.5 ± 18.78 BORG 6 min 5.37 ± 2.72 PAS 6 min 181.75 ± 15.21 PAD 6 min 82.75 ± 10.30 FC 2 min pós 107 ± 14.55 BORG 2 min pós 1.5 ± 1.85 PAS 2 min pós 154 ± 11.16 PAD 2 min pós 85.25 ± 9.79

Gráfico 4. Variação do pico da PAD em relação à VOP. Demonstra um declínio da PAD com o aumento da VOP.

DISCUSSÃO

Observamos que o envelhecimento promove uma perda da distensibilidade dos grandes vasos, concordando com estudos anteriores nos quais demonstraram a relação entre aumento da idade e aumento da VOP devido ao enrijecimento arte-rial1,3,9,15.

Através do teste de esforço submáximo (teste de caminhada de 6 minutos), verificamos que quanto maior a VOP menor a capacidade física, portanto maior enrijecimento arterial. Este resultado é parti-cularmente importante no estudo porque demonstra a estreita relação entre capacidade física, enve-lhecimento e complacência arterial. Portanto, um indivíduo que, por qualquer motivo desenvolve um

(5)

enrijecimento arterial independente de idade ou patologias associadas, provavelmente terá uma diminuição em sua capacidade física, que poderá influenciar em suas atividades de vida diária e, con-seqüentemente em sua qualidade de vida.

No entanto, nossos dados sugerem que talvez o exercício físico possa atuar de forma preventiva à diminuição da distensibilidade dos grandes vasos. Como no caso que um indivíduo fisicamente treinado desenvolve um melhor desempenho no teste de cami-nhada, tornando tardios os efeitos da idade e do en-rijecimento dos vasos. Um estudo anterior observou o aumento da complacência arterial em indivíduos que praticavam atividades recreativas de endurance

comparados com indivíduos sedentários17.

A resposta cardiovascular ao exercício foi nor-mal, ou seja, a pressão arterial sistólica aumentou

durante o teste de esforço submáximo7, que mostrou

correlação positiva entre a PAS e o enrijecimento arterial. Isto demonstra que indivíduos com maior enrijecimento arterial tendem a desenvolver uma PAS maior, aumentando os riscos cardiovasculares dos mesmos. Com relação à PAD, observamos

correla-ção inversa entre a distensibilidade arterial e o valor da PAD no pico de esforço sendo que, um vaso enrije-cido diminui tanto o retorno elástico quanto à dilatação

do vaso com resposta a uma onda de pulso11.

O exercício físico aeróbio ou de endurance re-duz de 20 a 35% o enrijecimento dos grandes vasos em indivíduos idosos treinados comparados a

seden-tários da mesma idade17. Outro estudo demonstrou

que não é interessante usar o exercício resistido para

estas finalidades acima citadas13.

CONCLUSÃO

Os dados sugerem que a rigidez arterial au-menta com idade, o nível de aptidão cardiorrespira-tória sofre influência da distensibilidade dos grandes vasos, porém, o exercício físico pode colaborar de forma preventiva o enrijecimento arterial fazendo com que não haja conseqüência na qualidade de vida. Contudo, estudos com um número maior de indivíduos se fazem necessários para se confirmar estes dados.

Baptista J da S, Passos AL, Morelato RL, Mayer WP, Liberti EA, Kunioshi FHS. Arterial compliance effects on physical capacity of elderly subjects. Rev Med (São Paulo). 2008 abr.-jun.;87(2):142-7.

ABSTRACT: The arterial stiffness is an independent cardiovascular risk factor of aging, which could be measure by the Pulse Wave Velocity (PWV). The aim of this study was correlate the physical capacity of aging men to the PWV. In order to measure arterial compliance of great vessels in aging males we used a COMPLIOR II equipment to determine PWV. Physical ca-pacity levels were obtained by 6 minutes walking test. Our data suggest that arterial stiffness increase by the age, and it is intimately close to the level of cardiorespiratory fitness. The results also indicate that effects of physical capacity has some influence on the prevention of arterial stiffness.

KEY WORDS: Aging. Aged. Motor activity. Vascular resistance. Vascular capacitance. Com-pliance.

REFERÊNCIAS

Asmar R, Benetos A, Topouchian J, Laurent P, 1.

Pannier B, Brisac A, et al. Assessment of arterial distensibility by automatic pulse wave velocity measurement. Hypertension. 1995;26(3):485-90. Asmar R. Arterial stiffness and pulse wave velocity. 2.

Paris: Elsevier; 1999.

Avolio AP, Chen SG, Wang RP, Zhang CL, Li 3.

MF, O’Rourke MF. Effects of aging on chang-ing arterial compliance and left ventricular load in a Northern Chinese Urban Community. Circulation. 1983;68:50-8.

Borg G. Escala para dor e o esforço percebido. São 4.

Paulo: Manole; 2000.

BRAUNWALD E D Tratado de medicina cardiovascu-5.

lar. São Paulo: Guanabara Koogan; 1999.

Fardy PS, Yanowitz FG, Wilson PK. Reabilitação car-6.

diovascular: aptidão física no adulto e teste de esforço. Rio de Janeiro: Revinter; 1998.

Froelicher VF, Myers J, Fallansbee J, Labovitz AJ. 7.

Exercício e coração. Rio de Janeiro: Revinter; 1998. Izzo Jr JL, Shykoff BE. Arterial stiffness: clinical 8.

(6)

relevance, measurement, and treatment. Rev Cardio-vasc Med. 2001;2(1):29-40.

Joyner MJ. Effect of exercise on arterial compliance. 9.

Circulation. 2000;102:1214-5.

Lakatta LG, Levy D. Arterial cardiac aging: major 10.

shareholders in cardiovascular disease enterprises, part I: aging arteries: a “set up” for vascular disease. Circulation. 2003;107:139-46.

McCardle WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exer-11.

cício. Energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

Mion Jr D

12. , Machado CA, Gomes MAM, Nobre F, Kohlmann Jr O, Amodeo C, ET AL. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2004;82(supl 4).

Miyachi M, Donato AJ, Yamamoto K, Takahashi K, 13.

Gates PE, Moreau KL, et al. Greater age-related reductions in central aterial compliance in resistance-trained men. Hypertension. 2003;41:130-5.

Morelato RL. Rigidez arterial como fator independente 14.

de risco cardiovascular em idosos [dissertação]. Vitó-ria: Universidade Federal do Espírito Santo; 2004. O’Rourke

15. M. Mechanical principles in arterial disease. Hypertesion. 1995;26(1):2-9.

Silva LC, Rubin AS, Silva LM. Avaliação funcional 16.

pulmonar. Rio de Janeiro: Revinter; 2000.

Tanaka H, Dinenno FA, Monahan KD, Clevenger 17.

CM, DeSouza CA, Seals DR. Aging, habitual exercise, and dynamic arterial compliance. Circulation. 2000;102:1270-5.

Z

18. ar JH. Bioestatistical analysis. New Jersey: Prentice-Hall; 1984.

Recebido para publicação: 04/04/2008 Aceito para publicação: 08/04/2008

Referências

Documentos relacionados

Keywords: Aquatic ecosystem, shallow lakes, ecological quality, Iberian Peninsula, Serra da Estrela, physical and chemical parameters, biotic indexes – IBMWP, diversity,

Aiming at early in vivo diagnosis of Alzheimer´s disease (AD), several amyloid-avid radioprobes have been developed for b-amyloid imaging by positron emission tomogra- phy (PET)

Sobre a entrevista concedida pelo presidente da Comissão Municipal de Empresários de Macaé, observou-se que logo ao ser provocado sobre qual a importância que o

a- queles que não tiveram acesso ao conhecimento; a Teoria da Escola Dualista elaborada por C.. lh.os) à margem do próprio movimento proletário. Fica evidente

destructor em colmeias com e sem tratamento com ácido oxálico em apiários do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina durante os anos de 2016 e 2017 a fim de propor um número

As fontes privilegiadas foram localizadas nos livros de Atas da Sociedade União Beneficente de Propriá SUB, nos livros de Tombo da Diocese de Aracaju e de Propriá de 1949 a 1960,

Sul ISO 14.001 Projeto Verdes Campus Brasil Universidade Federal de Santa Catarina Sistema de Gestao Ambiental Uso do Ensino para melhoria da Relacao com o Meio Ambiente

Como inicialmente seria feito um estudo conceptual, foi feita uma proposta concetual para cada divisão social do rés do chão, deixando alguns espaços como a sala de