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Leucemias Agudas
Etiopatogenia
Proliferação de células hematopoéticas imaturas (blastos) que perderam a sua capacidade de maturação normal Expansão do Clone Maligno Inibição da hematopoese normal Resultando em:
Leucemias Agudas
Mieloblastos combastões de Auer Linfoblastos
Leucemias Agudas
Leucemias Agudas
Neoplasia mais comum em < 15 anos (pico de incidência
3-4 anos) M > F
Curável em 80% das crianças
Curável em uma minoria dos adultos (30%-40%)
Principalmente adultos M > F
Curável em uma minoria dos adultos:
< 60 anos: 30% > 60 anos: 5%-15%
Epidemiologia
LLA
LMA
Quadro Clínico
As manifestações clínicas estão diretamente ligadas a falência medular e podem ser insidiosas ou agudas
Anemia Neutropenia Trombocitopenia
Sinais e Sintomas Inespecíficos Infecções por Gram S. aureus Fungos CMV Petéquias Equimoses Sangramento
Leucemias Agudas
Leucemia Linfocítica Aguda 11% Leucemia Linfocítica Crônica 29% Leucemia Mieloide Aguda 46% Leucemia Mieloide Crônica 14% Leucemia de Células Pilosas 2%
Incidência Relativa
Leucemias
Leucemia Mieloide
Aguda
Maturação mieloide
mieloblas topromielócito mielócito metamielócito bastonete neutrófilo
Maturação Proliferação
Classificação FAB (French–American–British)
M0 – Indiferenciada M1 – Sem maturação
M2 – Com maturação granulocítica M3 – Promielocítica
M4 – Mielomonocítica M5 – Monocítica M6 – Eritroleucemia M7 – Megacarioblástica
Leucemia Mieloide Aguda
Leucemia Mieloide Aguda
LMA M3 t (15;17)
Infiltração Tecidual
Quadro Clínico
Leucemia Mieloide Aguda
Falência medular Leucostase
Anemia Neutropenia (Infecções) Plaquetopenia (Sangramentos) * + M4/ M5/ t (8;21) Gengiva e SNC Sarcoma Granulocítico (cloroma) Linfonodomegalias (rara) Esplenomegalia Infiltração testicular (rara)
Infiltrado Pulmonar Hipóxia AVC
Síndrome de Leucostase
Acúmulo de blastos na microcirculação, com comprometimento da perfusão
Observada em grande número de leucócitos Expressão Clínica
- Insuficiência respiratória aguda - Edema agudo de Pulmão
- Manifestações neurológicas centrais * Leucoaférese
Quadro Clínico
Leucemia Aguda
Cloroma em criança
de 12 anos de idade
com subtipo M2
Leucemia Mieloide Aguda
Infiltração com hipertrofia de gengiva na Leucemia Mieloide Aguda do Tipo M4/M5
Leucemia Mieloide Aguda
Diagnóstico Laboratorial
Anemia normocrômica normocítica Leucopenia
Neutropenia Plaquetopenia
Leucocitose: blastos no sangue periférico
Leucemia Mieloide Aguda
Hemograma completo
Coagulograma (TP, TTPa, fibrinogênio) * Atenção para LMA M3 Mielograma (*Aspirado seco: M7- fibrose medular)
Imunofenotipagem- Blastos ( CD34, HLA-DR ) + Mieloide (CD 13, CD 33, MPO - Mieloperoxidase)
Outros: CD14 E CD64 ( Monócito )/ CD41/CD61 ( Megacariócito ) Cariótipo – Principal indicador prognóstico
Pesquisa molecular ex: PML/RARA (t 15;17), BRC/ABL (t 9;22) * Funções renal e hepática, dosagem de eletrólitos, DHL, ácido úrico e raio X de tórax, ecocardiograma, eletrocardiograna, PPF, sorologias
Avaliação Laboratorial
Imunofenotipagem
Métodos Diagnósticos em Hematologia
Oncólica
Viable cells Myeloid blasts Myeloid blasts
Myeloid blasts Myeloid blasts Myeloid blasts
Viable cells HLA-DR FITC CD15 FITC
CD7 FITC CD38 FITC CD560 PE C D 1 3 P E C D 4 5 E C D C D 1 1 7 P E C D 1 9 E C D C D 3 3 P E C D 3 4 P C 5
Tratamento de LMA: Quimioterapia 1- Indução Ex: D3A7
2- Consolidação (terapia pós-remissão) * Citarabina em altas doses 3- Manutenção (LMA M3) TMO alogênico :
CTG alto risco, refratários , recidivas
Leucemia Mieloide Aguda
* Ácido transretinoico (ATRA) para LMA M3
Alterações citogenéticas/moleculares de BOM prognóstico:
Inversão do 16 (LMA M4 variante eosinofílica) t(16;16) (LMA M4 variante eosinofílica):CBFB-MYH11 t(8;21) (LMA M2):RUNX1-RUNX1T1 (AML-ETO) t(15;17) (LMA M3): PML-RARA
Gene NMP 1 (na ausência de FLT-3 mutado)
Leucemia Mieloide Aguda
Métodos Diagnósticos em Hematologia
Oncólica
Leucemia Linfoide
Aguda
Infiltração Tecidual
Quadro Clínico
Leucemia Linfoide Aguda
Falência medular Leucostase
Anemia Neutropenia (Infecções) Plaquetopenia (Sangramentos) SNC e pares cranianos Dor óssea Linfonodomegalias Esplenomegalia Hepatomegalia Infiltração testicular Infiltrado Pulmonar Hipóxia AVC
Leucemia Linfoide Aguda
Leucemia Linfoide Aguda
* Síndrome de Down: LLA (B), LMA (M7)
Diagnóstico Laboratorial
Anemia normocrômica normocítica Leucopenia
Neutropenia Plaquetopenia
Leucocitose: blastos no sangue periférico
Leucemia Linfoide Aguda
Citogenética e Biologia Molecular
Cromossoma Philadelphia (Ph) [t(9;22)] BCR/ABL
Ocorrência de 20% na LLA do adulto Ocorrência de 5% na LLA da criança Associa-se a prognóstico desfavorável
Leucemia Linfoide Aguda
Fenótipo B mais comum que T
Hemograma completo /Coagulograma Mielograma
Imunofenotipagem: Blastos ( CD34 ) OU TdT ( Blastos linfoides ) (Linfócitos T:CD 2, CD 3, CD5, CD7, CD8) (Linfócitos B: CD19, CD22, CD 79) Cariótipo
Pesquisa molecular (PCR): BRC/ABL
* Funções renal e hepática, dosagem de eletrólitos, DHL, ácido úrico e raio X de tórax, ecocardiograma, eletrocardiograna, PPF, sorologias
Avaliação Laboratorial
Leucemia Linfoide Aguda
Quimioterapia
* Corticoide/L asparaginase/ Metotrexate * Quimioterapia intratecal
Imatinibe/ Dasatinibe se BCR/ABL positivo TMO alogênico para os pacientes de alto risco Ex: t (9;22), t (4;11)
Tratamento
Neoplasias
Mieloproliferativas
Leucemia Mieloide Crônica
Policitemia Vera
Mielofibrose Primária
Trombocitemia Essencial
Neoplasias Mieloproliferativas
Vitamina B12, DHL, ácido úrico Esplenomegalia Fenômenos vasculares na PV, MF e TE
Síndromes Mieloproliferativas
Achados comuns
Leucemia Mieloide
Crônica
Maturação Mieloide
mieloblas topromielócito mielócito metamielócito bastonete neutrófilo
Maturação Proliferação BCR ABL BCR/ ABL q11) BCR ABL BCR/ ABL q11) BCR ABL BCR/ ABL q11)
-Proliferação predominantemente do setor granulocítico
-Leucocitose com desvio escalonado para a esquerda (BASOFILIA CARACTERÍSTICA).
-Esplenomegalia/ Hepatomegalia - t(9;22)(Cromossomo Philadelphia)
Gene BCR/ABL
Leucemia Mieloide Crônica
Quadro Clínico
1-Fase crônica (sem tratamento: duração média de 3 anos)
2-Fase acelerada (sem tto: duração de 1 a 1,5 ano) 3- Crise blástica
- LMA (70%) - LLA (30%)
Leucemia Mieloide Crônica
Leucemia Mieloide Crônica
Fase Crônica
- Esplenomegalia que regride com o tratamento - Leucocitose com desvio escalonado
- Basofilia < 20% - Blastos < 10%
- Trombocitose controlada com o tratamento
Critérios Clínicos e Laboratoriais de LMC Fase Acelerada da WHO -Plaquetas < 100.000 não relacionada ao tratamento
-Plaquetas > 1.000.000 não responsiva ao tratamento - Blastos >10% e < 20% no sangue ou medula óssea - Basófilos >= 20% no sangue periférico
- Aumento do baço e da leucocitose a despeito da terapia - Anormalidade citogenética clonal adicional à presença do cromossomo Ph
*A presença de qualquer um dos achados indicados é suficiente para a caracterização da fase acelerada.
Leucemia Mieloide Crônica
Critérios de LMC Fase Blástica
Blastos >= 20%no sangue periférico e/ou M.O Proliferação extramedular de blastos
Diagnóstico
Leucemia Mieloide Crônica
-Fosfatase alcalina de neutrófilos reduzida ou ausente -Vitamina B12 sérica elevada
-LDH elevada -Hiperuricemia
Achados laboratoriais
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
Fosfatase Alcalina Leucocitária
(FAL)
Ausente Elevada
Normal
Leucemia Mieloide Crônica
Escore de Fosfatase Alcalina dos Neutrófilos; o Escore Normal é 20-100
Alta em Baixa em Infecções Leucemia mieloide crônica Gravidez
Policitemia (rubra) vera Mielofibrose
Reação leucemoide
- Hemograma
- Citogenética de medula óssea - t(9;22) - Biologia molecular – BCR/ABL +
Diagnóstico
Leucemia Mieloide Crônica
1- Fase crônica
1ª Linha (SUS): Imatinib 400mg/d
2- Fase Acelerada : Imatinibe 600mg *Quimioterapia
*TMO alogênico
Tratamento (Inibidores de Tirosinoquinases)
Leucemia Mieloide Crônica
Tratamento
3- Crise blástica:
- Quimioterapia (semelhante à da LMA ou LLA) + Imatinibe ou Dasatinibe
- TMO alogênico
4- Intolerantes ou Resistentes ao Imatinibe: Dasatinibe 100 mg/dia (FC) ou 140 mg/dia (FA) ou Nilotinibe 400 mg 2x/dia
Leucemia Mieloide Crônica
Avaliação do Tratamento
Leucemia Mieloide Crônica
Falha
3 meses Sem RHC e/ou Ph + > 95% 6 meses BCR/ABL > 10% e/ou Ph+ > 35% 12 meses BCR/ABL > 1% e/ou Ph+ > 0 Resposta Ótima BCR/ABL ≤ 10% e/ou Ph + ≤ 35% BCR/ABL < 1% e/ou Ph+ 0 BCR/ABL ≤ 0.1%
Fazer citogenética e PCR para BCR/ABL aos 3, 6 e 12 meses do tto. Depois manter PCR trimestralmente. Na falha trocar o inibidor.
Policitemia Vera
Janus Cell membrane Cytosol Nudeus gene Receptor EpoR Ligand (Epo) JAK STAT5 Alteração na “stem-cell”Policitemia Vera
Proliferação dos 3 setores: granulocítico, eritrocítico e megacariocítico
Eritrocitose Leucocitose Trombocitose
Esplenomegalia Etiologia desconhecida
Mutação na Jak-2
Policitemia Vera
Quadro Clínico
- Síndromes Hemorrágicas (25% dos casos) - Prurido após o banho
- Úlcera péptica - HAS - Eritromelalgia Síndrome de Hiperviscosidade - Cefaleia - Tontura - Parestesias - Distúrbios visuais - Zumbido
Fenômenos Tromboembólicos (> 50% dos pacientes) 10% Síndrome de Budd-Chiari 1/3 AVE
Policitemia Vera
Quadro Clínico
Mulher de 68 anos de idade com Hb 18g/d Fácies pletóricaPolicitemia Vera
Critérios da OMS
Critérios maiores: 1- Hb> 18,5 (H) ou >16,5 (M) ou aumento da massa eritrocitária 2- Mutação JaK 2 V617F Critérios menores:1- Biópsia de medula óssea compatível 2- Eritropoietina baixa
3- Formação de colônia eritroide endógena in vitro Diagnóstico: 2 maiores + 1 menor
1 maior + 2 menores
Policitemia Vera
Tratamento
Objetivo: manter Ht < 45% para homens e < 43% para mulheres: sobrevida global em 7 anos acima de 80%
1 - Baixo risco: flebotomia (máximo 10% da volemia) + AAS 100 mg/d
volemia: 0,7 ml/Kg (H)0,6 ml/kg (M)
2 - Intermediário: hidroxiureia + AAS 100mg/d ou INFa + AAS 100mg/d
3 - Alto risco: hidroxiureia + AAS 100mg/d
Mielofibrose
Primária
Proliferação de megacariócitos e de granulócitos na medula óssea
Proliferação de fibroblastos e secreção colágena (fibrose reacional) Hematopoese extramedular Esplenomegalia Hepatomegalia Leucoeritroblastose He em lágrima
Mielofibrose Primária
Mielofibrose
Dacriócitos LeucoblastoseQuadro Clínico
Mielofibrose Primária
- Anemia (60% dos casos) - Esplenomegalia (95% dos casos)
- Hepatomegalia (65% dos casos) -
Hipertensão porta e Síndrome de
Budd-Chiari
- Fenômenos hemorrágicos (16%) - 25% assintomáticos
Esplenomegalia volumosa em paciente com mielofibrose
Quadro Clínico
Mielofibrose
Achados laboratoriais
Mielofibrose
- Aspiração de medula óssea com frequência é “seca” (dry tap)
- Biópsia de medula óssea: fibrose -JAK 2 + em 50% casos -Nos casos de Jak 2 negativos, 80% tem
mutação na calreticulina (CALR) - Leucoeritroblastose + Hemácias em lágrimas
Trombocitemia
Essencial
Trombocitemia Essencial
- Doença mieloproliferativa clonal que envolve primariamente a linhagem megacariocítica - Trombocitose crônica
- Fenômenos hemorrágicos e/ou trombóticos - Pacientes idosos (6-7 décadas de vida) - Jak 2 + em 50% dos casos
Classificação de Trombocitose
Trombocitose reativa
-Doenças infecciosas ou inflamatórias -Neoplasias
-Anemia ferropriva, anemia hemolítica, hemorragia aguda -Esplenectomia
Trombocitose clonal
-Trombocitemia essencial -Policitemia vera -Mielofibrose Primária -Leucemia mieloide crônica
-Síndromes mielodisplásicas: sindrome
5q-Trombocitemia Essencial
Quadro Clínico
Trombocitemia Essencial
-Mais de 50% dos pacientes são assintomáticos -Sintomas microcirculatórios (cefaleia, distúrbios visuais, auditivos, Raynaud, eritromelalgia)
-Fenômenos trombóticos (AIT, isquemia digital) -Fenômenos hemorrágicos (mucosas, TGI) -Esplenomegalia em 50% dos casos -Hepatomegalia em 15% a 20%
Questões
SUS-SP – Clínica Médica – 2010
Em um paciente com elevação significativa de hemoglobina e hematócrito o diagnóstico de policitemia vera será mais provável na presença de achados clínicos e laboratoriais relacionados à doença, tais como os citados abaixo, EXCETO a) eritropoietina normal ou elevada
b) esplenomegalia
c) disestesia e eritema de extremidades d) trombocitose persistente
e) elevação de fosfatase alcalina de leucócitos
PUC-RS - Clínica Médica - 2014
Homem, 65 anos, queixa-se de desconforto abdominal, astenia, febrícula e sudorese noturna iniciados há três meses. Ao exame fisico, o baço é palpável na cicatriz umbilical, endurecido e de superficie irregular. Hemograma: Hemoglobina 8g/dL, VCM 100, presença de hemácias em gota, anisocitose, poiquilocitose, 16.000 leucócitos/mm³, blastos 2%, promielócitos 2%, mielócitos 3%, metamielócitos 6%, bastonados 10%, segmentados 40%, eosinófilos 1%, basófilos 0, monócitos 3%, linfócitos 33%. Eritroblastos 1/100 leucócitos. Plaquetas 500.000/mm³.
Qual o diagnóstico mais provável?
a) mielofibrose
b) trombocitemia essencial c) leucemia mieloide aguda d) leucemia linfocítica aguda
e) neoplasia metastática em medula óssea
UFPR – 2013
Paciente do sexo masculino, 50 anos, foi submetido a exame periódico na empresa onde trabalha e o hemograma evidenciava: Hb 11,0 g/dL, leucócitos 120.000/mm³ (basófilos 5%, eosinófilos 2%, blastos 2%, mielócitos 5%, metamielócitos 15%, bastões 10%, segmentados 61%) e plaquetas 500.000/mm³. Ao exame físico, o paciente apresentava esplenomegalia a 10 cm do rebordo costal esquerdo. Considerando o diagnóstico mais provável, assinale a alternativa correta.
a) O transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas é o
tratamento de escolha para esse paciente.
b) A doença em questão encontra-se em fase acelerada.
c) Imunofenotipagem de medula óssea deve ser realizada em todos os
pacientes.
d) A fosfatase alcalina dos leucócitos deve estar alta.
e) Os inibidores de tirosinoquinase devem ser utilizados no tratamento
inicial desse paciente, e a monitoração dos exames de cariótipo e moleculares levará à definição se este será o tratamento definitivo.
Paciente de 50 anos vai ao ambulatório de clínica médica por uma história recente de prurido quando toma banho. Ele tem história prévia de saúde excelente, fumante ocasional, não faz uso de medicamentos e ingere dieta saudável. No exame físico, tem face pletórica, baço palpável e satura em ar ambiente 99%. Apresenta hematócrito de 61% (sendo que há 5 anos era de 44,5%), vcm = 79 fL, leucócitos 11.000/mL, plaquetas 650.000/mL, sangue oculto nas fezes negativo. Os estudos bioquímicos eram normais exceto pela concentração de ferritina baixa. O diagnóstico mais provável é
a) síndrome de Kastelman b) policitemia vera
c) eritrocitose secundária ao tabagismo d) eritrocitose relativa
e) síndrome mielodisplásica
UNIFESP – R1 – 2011
ALBERT EINSTEIN – 2013
Homem de 35 anos é internado por astenia associada a esplenomegalia. O hematócrito é de 18%, plaquetas de 23.000/mL e há a presença do cromossoma Philadelphia, É provável que o número de leucócitos, o nível sérico de vitamina B12 e a fosfatase alcalina leucocitária estejam, respectivamente,
a) aumentado, aumentado e aumentada b) diminuído, diminuído e aumentada c) aumentado, diminuído e aumentada d) diminuído, aumentado e diminuída e) aumentado, aumentado e diminuída
Hemostasia
•Endotélio vascular •Plaquetas •Cascata da Coagulação •FibrinóliseHemostasia
Atividadeanticoagulante pró-coagulanteAtividade
1-Formação do trombo plaquetário 2-Propagação da cascata da coagulação 3-Finalização por mecanismos antitrombóticos 4-Remoção do coágulo por fibrinólise
Etapas: Lesão vascular Vasocontrição Reação de liberação de plaquetas Agregação plaquetária Fusão plaquetária Cascata da coagulação Tampão hemostático estável Redução do fluxo sanguíneo Exposição do colágeno Fator tissular Fosfolípide plaquetário Serotonina
Tromboxane A2, ADP
Tampão hemostático primário Trombina Fibrina
Hemostasia Primária
Plaquetas
Von Willebrand
Hemostasia primária: Plaquetas
Plaquetas
Replicação nuclear sincronizada endomitótica Granulação citoplasmática PlaquetasPlaquetas
Grânulo denso elêtrônico: nucleotídeos (aDP), Ca++ serotonina Grânulo alfa específico: fator de crescimento, fribrinogênio, fator V, VWF, fibronectina, (PF4), trombospondina Glicogênio GlicocálixMitocôndria Sistema tubular
denso Membrana Plasmática Sistema canalicular aberto Fosfolipídeo plaquetário Filamenos submembranosos (proteína contrátil plaquetária) Microtúbulos
Glândula Alfa Glicogênio
Glândula Denso Mitocôndria Ativação Trombo Plaquetário Agregação Adesão Plaqueta Plaqueta Plaqueta
Manifestações Clínicas das Anormalidades Plaquetárias e Fator de Von Willebrand
Petéquias Púrpura
Sangramentos suaves a moderados pelas mucosas - Gastrointestinais
- Geniturinárias - Pulmonares - Epistaxe
História de equimoses facilmente provocadas/espontâneas Sangramento gengival frequente à escovação dos dentes
Distúrbios da Hemostasia Primária
Hemostasia Secundária
Cascata da Coagulação
INTRINSIC SYSTEM EXTRINSIC SYSTEM
THE COAGULATION SYSTEM
PRIMARY HEMOSTASIS SECONDARY HEMOSTASIS
Surface contact Tissue factor
PF-3 Ca++ Vlla Xlla Xla lXa Xa Lla (Thrombin) la (Fribrin) Xllla PF-3 Ca++ V PF-3 Ca++ VIII Xll Xl IX X II XIII I VII
Hemostasia
Hemostasia secundária: Sistema de Coagulação
Via intrínseca (Fatores XII, XI, IX e VIII) - TTPA Cininogênio de alto peso molecular, Pré-calicreína
Via extrínseca (fatores VII e Fator Tecidual) - TP
Via comum (X, V, II, I e XIII)
* Fatores Vitamina K dependentes: II, VII, IX, X Proteínas C e S Xa PAt Xa X FT FT Fibroblastos ou monócitos VIIIa Fibrinogênio Fibrina XI XIa Plaqueta Plaqueta ativada V Va VIII:C / vWF + vWF VIIIa IX Xa X Va IXa PAt IXa VIIa VIIa Va IIa II II IIa
Modelo fisiológico da cascata de coagulação F XIII Xa TFPI Xai Xa Fibroblastos ou monócitos VIIIa Fibrinogênio Fibrina XI XIa Plaqueta ativada V Va VIII:C / vWF + vWF VIIIa IX Xa X Va IXa Va IIa II II IIa Endotélio TM IIa PC PCa PAt PCa PS Endotélio Hep AT FT VIIa TFPI VIAS INIBITÓRIAS •TFPI •PC •PS •APC-FV Leiden •AT Novos anticoagulantes
Rivaroxaban (xarelto - VO): inibidor direto do fator Xa TEP/TVP/Profilaxia pós operatório ortopédico/ FA
Dabigatran (pradaxa –VO): inibe trombina
Profilaxia de AVC na FA/ Profilaxia pós operatório ortopédico
Fondaparinux (arixtra- SC): inibidor do fator Xa via ATIII Profilaxia pós operatório ortopédico
AT PC/PS Plasmina TFPI
Avaliação Laboratorial
PlaquetometriaTempo de sangramento ou teste de Duck/ PFA-100 TTPA
Tempo de protrombina (TP) e atividade - INR Tempo de Trombina (TT)
Dosagem de fibrinogênio plasmático D-dímero
Inibidor Adquirido do FVIII
Esplenomegalia Citopenia periférica Reticulocitose M.O hipercelular Cura pela esplenectomia
Hiperesplenismo
Trombocitopenia
Induzida por Drogas
Trombocitopenia Induzida por Drogas
Drogas que podem causar Trombocitopenia
Abiximab Etanol
Acetaminofeno Furosemida
Ácido valpróico Heparina
Alfa metildopa Heroína
Antibióticos betalactâmicos Ibuprofeno
Carbamazepina Indometacina Cimetidina Interferons Cloroquina Noraminopìrina Clortalidona Penicilamina Clortiazina Penicilinas Clozapina Quìnidina/Quinino Cocaína Ranitidina
Difenil-hidantoína Sais de ouro
Digítoxina Sulfas
Trombocitopenia Induzida por Drogas
HIT: Trombocitopenia Induzida pela Heparina (Síndrome do trombo branco)
Produção de anticorpos contra o complexo Heparina-fator plaquetátio 4 (FP4) IgG-heparina-FP4-receptor FC plaquetário Ativação plaquetária trombocitopenia Hipercoabilidade-Trombose venosa e arterial
Ocorre entre 5 a 14 dias do uso da heparina
HIT
Resolução da plaquetopenia em 3 a 7 dias da suspensão da heparina
Mais comum com uso de heparina não fracionada Tratamento: suspender heparina; na vigência de trombose: inibidores diretos da trombina (ex: argatroban, lepirudina), fondaparinux
Púrpura
Trombocitopênica
Idiopática
(PTI)
Púrpura Trombocitopênica Idiopática
Doença autoimune (Ac IgG e IgM) Remoção prematura pelo baço e fígado Formas clínicas: Aguda e Crônica
Púrpura Trombocitopênica Idiopática
PTI Aguda
Púrpura Trombocitopênica Idiopática
Pico de incidência: 2-6 anos de idade
Exposição a agentes infecciosos e pós-vacinação Trombocitopenia < 6 meses
Quadro clínico benigno
Resolução espontânea em 80% dos casos
PTI Crônica
Púrpura Trombocitopênica Idiopática
Adultos, predominância feminina
Não há associações com agentes infecciosos Início insidioso, evolução mais grave Remissão espontânea incomum Episódios recorrentes de sangramento
PTI - Diagnóstico Complementar
-Plaquetopenia -Macroplaquetas
-M.O : Hiperplasia megacariocítica
OBS: Normo ou Hipoplasia se anticorpos antimegacariócitos estiverem presentes
-Identificação de anticorpos não é fundamental
Na vigência de sangramento por plaquetopenia
Púrpura Trombocitopênica Idiopática
-Transfusão de Plaquetas: 1 unidade/10kg de peso -Metilprednisolona (1g/d por 1 a 3 dias)
-Imunoglobulina Humana (1g/Kd/d por 2 a 3 dias) -Vincristina
-Fator VIIa Tratamento
-1ª linha: corticoide (prednisona 1mg/kg/dia)
-Refratários a CE: esplenectomia, rituximab, colchicina, ciclofosfamida, danazol, vincristina
Plaquetopenia
Microangiopática
Síndromes Plaquetopênicas Microangiopáticas
- Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) - Síndrome hemoliticourêmica (SHU) - Síndrome HELLP
Púrpura
Trombocitopênica
Trombótica
Deficiência de ADAMTS 13
Multímeros de Von Willebrand de alto peso molecular Ativação e agregação plaquetária na microcirculação
Trombo plaquetário Plaquetopenia Isquemia tecidual Anemia hemolítica microangiopática Esquizócitos Rim SNC
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
NORMAL
ADAMTS13 Platelet Von Willebrand
Factor
ADAMTS13 DEFICIENCY
Blood flow Blood flow
Características: 1 – Plaquetopenia
2 - Anemia Hemolítica Microangiopática (esquizócitos) 3 - Alterações neurológicas
4 - Função Renal diminuída 5 – Febre
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Condições associadas ou Predisponentes: Doenças virais prévias
HIV Drogas Gravidez
Doenças Autoimunes
* Familiar
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Achados laboratoriais Trombocitopenia
Anemia hemolítica com esquizócitos (Coombs negativo) Elevação de escórias nitrogenadas
TP e TTPA normais
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Não transfundir plaquetas
Síndrome Hemolítica
Urêmica
Lesão endotelial por toxinas
Ativação e agregação plaquetária, ativação da coagulação na microcirculação Trombo plaquetário e de fibrina Plaquetopenia Isquemia
tecidual Anemia hemolíticamicroangiopática
Esquizócitos SNC RIM
Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU)
Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU)
Etiologias:
E. coli produtora de verotoxina (0157:H7) Shigella ( toxina Shiga)
S. Aureus
Infecções virais Ciclosporina A Tracolimus Cocaína
Características da Púrpura Trombocitopênica Trombótica e da Síndrome Hemolítico-Urêmica PTT SHU Epidemiologia Terceira década Mulheres > homens Sem pródromos Recorrência freqüente Crianças < 3 anos Mulheres = homens Pródromos presentes Recorrência rara Quadro clínico Neurológico Trombocitopenia Anemia hemolítica Alteração renal Febre
Insuficiência renal aguda trombocitopenia Anemia hemolítica Neurológico raro Febre rara
Fisiopatologia Deficiência metalo-protease
(ADAMTS 13)
Verotoxina Drogas
ADAMTS 13 normal
Tratamento PlasmaféreseCorticóide DiáliseSuporte clínico
Síndrome HELLP
Anemia hemolítica microangiopática Elevação das enzimas hepáticas Plaquetopenia
Fim no segundo ou no terceiro trimestre
Sinais de pré-eclâmpsia (HAS, Proteinúria, Edema)
* O tratamento desta condição constitui o uso de corticóides e interrupção da gravidez.
Síndrome HELLP
Questões
Uma paciente de 42 anos é admitida em um hospital, em função de estado confusional agudo e febre. Cerca de 30 minutos após, a paciente evolui com crises convulsivas tonicoclônicas generalizadas, recuperando o nível de consciência após cerca de três minutos do término das convulsões. À investigação laboratorial, a paciente apresenta evidências de hemólise microangiopática, trombocitopenia e leve disfunção renal (creatinina = 2,3 mg/dl). É solicitada a dosagem do nível de atividade sanguínea de ADAMTS13, bem como a pesquisa de anticorpos contra essa metaloprotease, considerando-se como provável o diagnóstico de:
a) coagulação intravascular disseminada b) púrpura trombótico-trombocitopênica c) síndrome hemolítico-urêmica d) trombocitemia essencial
Mulher de 42 anos deverá ser submetida a cirurgia eletiva de colecistectomia. Nega história pessoal e familiar de sangramento. Os exames pré-operatórios mostraram: RNI = 1,02 (normal até 1,2); TTPA = 2,59 (normal até 1,25); TTPA com adição de plasma normal = 1,05. Assinale o teste que permite prosseguir de forma correta a investigação.
a) dosagem de fator II da coagulação b) dosagem de fator XII da coagulação c) dosagem de fator XIII da coagulação
d) pesquisa de inibidor da coagulação dependente de fosfolípide e) dosagem de fator V da coagulação
UNIFESP – 2010
SES-CE 2009
Paciente de 50 anos, previamente sadia, é internada por febre e aparecimento de equimoses em todo o corpo há 2 dias. Os exames de admissão evidenciam Hb = 9,1, discreta leucocitose, plaquetas 15.000, presença de numerosos esquizócitos no esfregaço periférico, LDH = 1.500 e creatinina = 2,3 mg/dL. Considerando o provável diagnóstico desta paciente, assinale a opção que representa a terapia mais apropriada para este caso.
a) plasmaférese com infusão de albumina b) infusão de plasma fresco congelado
c) plasmaférese com infusão de colóide sintético d) infusão de corticóide em dose imunossupressora e) plasmaférese com infusão de plasma fresco congelado
UFSC – R1 -2012
Pré-escolar, 6 anos de idade, feminina, apresenta manchas na pele há 5 dias. Nega outros sintomas. Teve diarreia por 5 dias, há 15 dias. Ao exame físico, está afebril, o estado geral é bom e se observam pequenas áreas de hemorragia gengival, petéquias e equimoses principalmente nos membros inferiores, porém distribuídas por todo o corpo. O hemograma mostra 15.000 plaquetas, série branca normal e Hb 12 g/dL. Assinale a alternativa que apresenta a hipótese diagnóstica MAIS PROVÁVEL para o caso.
a) síndrome hemoliticourêmico b) púrpura trombocitopênica idiopática c) púrpura anafilactoide
d) leucemia linfocítica aguda e) síndrome de Stevens-Johnsons
ALBERT EINSTEIN – 2013
Um menino com 3 anos de idade é internado na Unidade de Terapia Intensiva em insuficiência renal aguda, após início de palidez, irritabilidade e fraqueza. Entre as alterações de exames laboratoriais observavam-se anemia intensa, com Hb de 6 g/dL, com presença de hemácias fragmentadas e trombocitopenia e leucocitose. Apresentara quadro de diarreia há 8 dias. A principal hipótese para esta criança e o principal agente infeccioso envolvido são:
a) síndrome hemolítico-urêmica − Escherichia coli O157:H7 b) púrpura trombocitopênica trombótica – Shigella dysenteriae c) síndrome hemolítico-urêmica − Salmonella enterica
d) púrpura trombocitopênica trombótica – Escherichia coli O55:H7 e) púrpura trombocitopênica trombótica – Salmonella enterica
Sabendo que o denominador comum dos casos abaixo é a existência de plaquetopenia abaixo de 20.000, cite a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta em cada caso:
I – Homem, 32 anos, com confusão mental, hemiparesia e esquizócitos em sangue periférico
II – Mulher, 26 anos, com equimoses e epistaxe, exame físico inalterado e restante do hemograma normal III – Mulher, 56 anos, com febre, queda do estado geral e
hemograma com blastos e coagulopatia
IV – Homem, 22 anos, com equimoses e pancitopenia sem células anômalas, sem organomelia e DHL normal