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PATOLOGIA DOS LEUCÓCITOS

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Academic year: 2021

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PATOLOGIA DOS

LEUCÓCITOS

Luciano César

2012

Patologia dos leucócitos

• Anomalias leucocitárias

– Estão relacionadas a alterações de forma e função dos leucócitos

– São caráter hereditário – Compreendem em:

• Anomalias leucocitárias propriamente ditas – existe alteração de forma e função

• Anomalias funcionais dos leucócitos – quase não há alteração de forma

• Doenças proliferativas da linhagem mielóide • Doenças proliferativas da linhagem linfóide

Anomalias leucocitárias

• Anomalia de Pelger-Huet • Anomalia de May-Hegglin

• Hipersegmentação constitucional dos neutrófilos • Gigantismo dos segmentados neutrófilos • Anomalia de Alder-Reilly

• Anomalia de Chediak-Higashi-Steibrinck • Anomalia de Alius-Grignaschi ou Anomalia de

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Anomalias funcionais dos leucócitos

• Devidas a alterações intrínsecas dos granulócitos

– Deficiência de adesão leucocitária ao endotélio – Sindrome do leucócito preguiçoso

– Sindrome de Chediak-Higashi-Steibrinck – Geração deficiente de peróxido de hidrogênio

• Doença granulomatosa crônica • Deficiência de G-6PD • Deficiência de mieloperoxidase

• Deficiências a alterações extracelulares – Deficiência de fatrores quimiotáticos – Deficiência de opsoninas

Anomalias leucocitárias

• Diagnóstico laboratorial

– Exame morfológico de esfregaço sanguineo – Doença de Chediak

• Reação de peroxidase ou imunoperoxidase

– Deficiencia de adesão leucocitária (LAD)

• Contagem de leucócitos e capacidade de quimiotaxia

– Doença Granulomatosa Cronica (DGC)

• Teste de nitrobluentetrazole (NBT)

Anomalias leucocitárias adquiridas

• Diagnóstico laboratorial diferencial

Tipo de alteração Motivo

Granulações tóxicas

Aumento de granulações azurófilas

Resposta medular acelerada Corpusculos de

Döhle

Granulação grosseira, basófila, na borda do citoplasma

Infecções graves (escarlatina) Queimaduras Citotóxicos

Pseudo-Pelger-Huet

Núcleo não segmentado ou com apenas dois lobos

Uso de quimioterápicos Vacuolização

toxica

Vacuolos citoplasmáticos Fagocitose de bactérias com grande capacidade lisossômica Hipersegmentação

e gigantismo celular

Núcleo com mais de quatro lobos e células de grande tamanho

Deficiencia de B12, folatos Uso de citotóxicos

Anomalias leucocitárias adquiridas

• Granulações tóxicas

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Anomalias leucocitárias adquiridas

• Corpusculos de Döhle

Granulação grosseira, basófila, na borda do citoplasma

Anomalias leucocitárias adquiridas

• Pseudo-Pelger-Huet

Núcleo não segmentado ou com apenas dois lobos

Anomalias leucocitárias adquiridas

• Vacuolização tóxica

Vacuolos citoplasmáticos

Anomalias leucocitárias adquiridas

• Hipersegmentação

Núcleo com mais de quatro lobos e células de grande tamanho

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Doenças proliferativas da linhagem

mieloide e linfoide

• Possuem como denominador comum a proliferação anormal de células • Etiopatogenia

– Mutações em oncogenes devido a ação de:

• Virus – HTLV-1 • Radiação - Raio-X • Solventes – Benzeno

• Drogas – agentes alquilantes (Ciclofosfamida)

EPIDEMIOLOGIA:

• Aproximadamente 31.500 casos/ano (EUA) • Relação homem/mulher 1.28:1. • LMA: 32% dos casos • LLC: 26% dos casos • LMC: 15% dos casos • LLA: 11% dos casos • Não classificadas: o restante.

Doenças proliferativas da linhagem

mieloide e linfoide

Doenças proliferativas da linhagem

mieloide e linfoide

• RELACIONADOS A INTENSA PROLIFERAÇÃO CELULAR NA MEDULA ÓSSEA; • CARACTERÍSTICO PARA CADA TIPO DE LEUCEMIA.

• Sintomas – Palidez cutaneo-mucosa – Febre do tipo infeccioso – Hemorragias – Adenomegalia – Hepatomegalia – Esplenomegalia – Alterações de pele – Sintomas neurológicos – Dores osseas – Derrame pleural

Doenças proliferativas da linhagem

mieloide

• Leucemia mielóide aguda - presença de

numero elevado de blastos no SP e MO

• Leucemia mieloide cronica – Presença de

células maduras no SP e MO

• Sindrome mieloproliferativa

• Sindrome mielodisplásica

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Leucemia mielóide aguda (LMA)

• Caracterizada pela proliferação anômala dps precursores granulociticos na MO devido a uma dificuldade/parada de maturação (G0/G1) • Etiopatogenia

– Os genes encarregados pela sintese de fatores de crescimento podem sofrer mutações

– Translocações geneticas levando alterações dos fatores de transcrição

– Expressão aumentada em genes supressores

Leucemia mielóide aguda (LMA)

• Incidência

– Acima de 55 anos – Sexo masculino

SINTOMAS:

• INSUFICIÊNCIA MEDULAR • ANEMIA • TROMBOCITOPENIA • NEUTROPENIA • DORES ABDOMINAIS • DORES ARTICULARES • FEBRE • MAL ESTAR • FRAQUEZA • INFILTRAÇÕES EM SNC E MUCOSAS

Leucemia mielóide aguda (LMA)

Leucemia mielóide aguda (LMA)

• Diagnostico laboratorial

– Hemograma com análise morfológica dos blastos

• LEUCOCITOSE (50.000/mm³), ANEMIA E TROMBOCITOPENIA • BASTONETES DE AUER

– Mielograma

• > 20% MIELOBLASTOS

– Biópsia de medula ossea – Reações citoquimicas

• Diferencial em LMA e LLA

»Mieloperoxidase »Sudan Black »Alfanaftil esterase

• Cofirmação dos tipos

– Imunofenotipagem

• Citogenética

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Bastonetes de Auer

MIELOPEROXIDASE +

MIELOPEROXIDASE +

SUDAN BLACK

• Detecta lipides celulares

• Reações positivas são associadas aos granulócitos.

– os leucócitos leucêmicos, têm um teor de fosfolipídios mais elevado do que o dos linfócitos normais.

– A partir dos promielócitos a coloração é fortemente positiva, aumentando com a maturação;

– Nos mieloblastos, podem ser vistas colorações sudanófilas pequenas e escassas

• A série monocitária apresenta reações variáveis e a linfocitária é negativa.

(7)

SUDAN BLACK

Alfanaftil esterase

• Usada na diferenciação das linhagens

neutrofílica e monocitária

IMUNOFENOTIPAGEM:

• A PRESENÇA DE ANTÍGENOS DE SUPERFÍCIE NAS CÉLULAS HEMATOPOÉTICAS TEM UM PAPEL IMPORTANTE NA IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA LINHAGEM E ESTADO MATURATIVO DESTAS CÉLULAS. • A IMUNOFENOTIPAGEM FOI UM GRANDE

AVANÇO COMO AUXÍLIO DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO E TAMBÉM NO TRATAMENTO DE INÚMERAS DOENÇAS HEMATOLÓGICAS.

CITOGENÉTICA:

• LEUCEMOGÊNESE É UM PROCESSO EVOLUCIONÁRIO QUE ENVOLVE VÁRIOS EVENTOS GENÉTICOS E EPIGENÉTICOS INDEPENDENTES.

• O FENÓTIPO MALIGNO DA CÉLULA TRANSFORMADA É CARACTERIZADO POR PROLIFERAÇÃO DESCONTROLADA, PROGRESSIVA PARADA DE MATURAÇÃO E DIMINUIÇÃO DA APOPTOSE.

(8)

CITOGENÉTICA:

• O ESTUDO DAS ALTERAÇÕES

CROMOSSÔMICAS NAS LEUCEMIAS É

FUNDAMENTAL PARA SE DEFINIR CONDUTAS

TERAPÊUTICAS E AVALIAÇÕES PROGNÓSTICAS

DA DOENÇA

LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA-LMA

CLASSIFICAÇÃO CITOGENÉTICA PROGNÓSTICO

LMA-M0

LMA-M1 (sem maturação) LMA-M2 (com maturação) LMA-M3 (promielocítica) LMA-M3 microgranular LMA-M4(mielomonocítica) LMA-M5 (monocítica) M5a M5b LMA-M6 (eritroleucemia) LMA-M7 (megacariocítica) t(9;22), inv(3) t(8;21) t(15;17) t(11:17), t(5;17) inv 16 t(11)(q23) del(11)(q23) 5, 5q-, -7, 7q- t(1;22) (crianças) Ruim Misto Bom Bom Bom Ruim? Ruim Ruim

CLASSIFICAÇÃO:

• 1975 GRUPO F.A.B.

• 1985 GRUPO F.A.B. – MODIFICADA

• CLASSIFICAÇÃO WHO - Leva em consideração

o prognóstico

CLASSIFICAÇÃO F.A.B.

• LMA-M0

INDIFERENCIADA

• LMA-M1

SEM MATURAÇÃO

• LMA-M2

COM MATURAÇÃO

• LMA-M3

PROMIELOCÍTICA

• LMA-M4

MIELOMONOCÍTICA

• LMA-M5

MONOCÍTICA

• LMA-M6

ERITRÓIDE

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CLASSIFICAÇÃO WHO

LMA com características de anormalidades genéticas, que inclui LMA com translocação entre o

cromossoma 8 e 21, com inversão no cromossoma 16, ou translocações entre os cromossomas 15 e 17. Doentes com LMA nesta categoria geralmente têm uma alta taxa de remissão e um melhor prognóstico, em comparação com outros tipos.

LMA com displasia multilinear. Esta categoria inclui os doentes que tiveram uma prévia síndrome

mielodisplásica (MDS) ou doença mieloproliferativa, que evoluiu para a LMA. Esta categoria é mais

freqüentemente em pacientes idosos e muitas vezes tem um pior prognóstico. • Relacionado à terapia da LMA e SMD. Esta categoria inclui os doentes que

realizaram quimioterapia e/ou radioterapia e posteriormente desenvolveram a LMA ou MDS (síndrome mielodisplásica). Esta leucemia pode ser caracterizada por anormalidades cromossômicas específicas e, muitas vezes, leva a um pior prognóstico.

LMA não categorizadas. Inclui subtipos da LMA que não se inserem nas categorias acima.

Leucemias agudas de origem ambígua. Leucemias agudas de origem ambígua (também conhecida

como fenótipo misto ou leucemia aguda biofenotípica) ocorrem quando as células leucêmicas podem ser classificadas como células mieloides ou linfoides, ou se ambos os tipos de células estão presentes.

LMA-MO

• PREVALÊNCIA 03%

• BLASTOS SEM DIFERENCIAÇÃO

• CITOQUIMICA - MPO NEGATIVA

• IMUNOFENOTIPAGEM:

(10)

LMA-M0

LMA-M0

LMA-M1

• PREVALÊNCIA 17%

• BLASTOS SEM MATURAÇÃO

• BASTONETES DE AUER +

• CITOQUIMICA - MPO +

• IMUNOFENOTIPAGEM:

CD 13;33 +

CD34;117 +

MPO +

(11)

LMA-M1

LMA-M1

(12)

LMA-M1

LMA-M1

LMA-M2

• PREVALÊNCIA 32%

• BLASTOS COM MATURAÇÃO (grânulos) • BASTONETES DE AUER +

• MPO +

• IMUNOFENOTIPAGEM: CD13;33 + CD14;15 + • t(8;21) FOI A PRIMEIRA TRANSLOCAÇÃO

IDENTIFICADA NO CÂNCER HUMANO (1972) • COMPROMETIMENTO EOSINOFÍLICO

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LMA-M2 (eosinofílica)

LMA-M3

• PREVALÊNCIA 12%

• PROMIELÓCITOS LEUCÊMICOS, “FAGGOT CELL” • VARIANTE MICROGRANULAR

• ASPECTO MORFOLÓGICO • IMUNOFENOTIPAGEM: CD34;15 - CD13 + (100%) • CITOGENÉTICA: t(15;17)

• COAGULOPATIA INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD)

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LMA-M3

LMA-M3 (citogenética)

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LMA-M4

• PREVALÊNCIA 23%

• BLASTOS MIELÓIDES / MONOCITÓIDES • LINHAGEM MONOCITÓIDE < 20% M.O. • ANAE +

• IMUNOFENOTIPAGEM: CD34 + • CITOGENÉTICA: VARIANTE LMA-M4Eo INV(16) – (ABERRANTE CD2) • COMPROMETIMENTO SNC

LMA-M4

(16)

LMA-M5

• PREVALÊNCIA 06%

• LINHAGEM MONOCITÓIDE > 80% M.O. • SUBTIPO A: SEM MATURAÇÃO • SUBTIPO B: COM MATURAÇÃO • ANAE + • IMUNOFENOTIPAGEM: CD33 + CD13 FRACO CD34;117 - CD14;64 ++ • COMPROMETIMENTO EM SNC

LMA-M5

LMA-M5A

LMA-M5B

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LMA-M6

• PREVALÊNCIA 04%

• MEDULA ÓSSEA:

> 50% PRECURSORES ERITRÓIDES

> 30% MIELOBLASTOS (CNE)

• IMUNOFENOTIPAGEM:

CD71 +

GLICOFORINA +

LMA-M6

LMA-M7

• PREVALÊNCIA 02%

• MORFOLOGICAMENTE DE DIFÍCIL

DIFERENCIAÇÃO

• IMUNOFENOTIPAGEM:

CD41 +

CD61 +

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Referências

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