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Atividades de Recuperação Paralela de Português
3ª série Ensino Médio 2° Trimestre/2018
Atividade:
Fanatismo
"Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida! "Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim! E, olhos postos em ti, digo de rastros: "Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim."
Florbela Espanca
1. Por que o título do poema é “Fanatismo”? Qual a passagem dele que melhor justifica esse título?
2. Sobre as figuras de linguagem no poema, responda:
a) No verso “Meus olhos andam cegos de te ver!”, há a predominância de uma figura de linguagem. Que figura é essa? Explique-a.
Leia as orientações de estudos antes de responder as questões Releia as anotações do caderno e livro
Não deixe para estudar na última hora Solucione suas dúvidas com a professora
Conteúdo:
Gramática: generalidades sobre as classes de palavras, figuras de linguagem, produção de parágrafo argumentativo e compreensão textual.
Texto: leitura de diversos gêneros textuais, entendimento de texto
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b) Assinale (F) para falso ou (V) para verdadeiro sobre verso final do poema “Que tu és como Deus : Princípio e Fim.”. Considerando esse verso, podemos afirmar que:
( ) Há uma comparação entre Deus e o homem amado, caracterizada pelo comparativo como. ( ) Há uma hipérbole, já que houve um exagero ao comparar o homem amado a Deus.
( ) Há uma metáfora, pois o homem amado é colocado no lugar de Deus na adoração do eu poético. 3. Nomeie as figuras de linguagem:
a) Cada vez que você interrompe o colega, sem pedir licença, percebo como é bem-educado. _____________________________________________________________________
b ) Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.
_____________________________________________________________________ c) O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda.
_____________________________________________________________________ d) Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
_____________________________________________________________________ e ) Não pretendo relembrar que o réu é um herói de guerra, condecorado por bravura. ______________________________________________________________________ f ) Seu coração é frio como pedra.
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4. Agora, leia a tira de Veríssimo e observe a conversa das cobras, famosas personagens do autor.
a) A primeira cobra explica alguma coisa à outra. O que ela explica? b) A segunda cobra faz uma pergunta que causa riso. Por quê?
3 5. (Pucrj 2014) Texto 1
Vagabundo
Eu durmo e vivo ao sol como um cigano, Fumando meu cigarro vaporoso;
Nas noites de verão namoro estrelas; Sou pobre, sou mendigo, e sou ditoso! Ando roto, sem bolsos nem dinheiro; Mas tenho na viola uma riqueza: Canto à lua de noite serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza. Não invejo ninguém, nem ouço a raiva Nas cavernas do peito, sufocante,
Quando à noite na treva em mim se entornam Os reflexos do baile fascinante.
Namoro e sou feliz nos meus amores; Sou garboso e rapaz... Uma criada Abrasada de amor por um soneto Já um beijo me deu subindo a escada... Oito dias lá vão que ando cismado Na donzela que ali defronte mora. Ela ao ver-me sorri tão docemente! Desconfio que a moça me namora!.. Tenho por meu palácio as longas ruas; Passeio a gosto e durmo sem temores; Quando bebo, sou rei como um poeta, E o vinho faz sonhar com os amores. O degrau das igrejas é meu trono, Minha pátria é o vento que respiro, Minha mãe é a lua macilenta,
E a preguiça a mulher por quem suspiro. Escrevo na parede as minhas rimas, De painéis a carvão adorno a rua; Como as aves do céu e as flores puras Abro meu peito ao sol e durmo à lua. Sinto-me um coração de lazzaroni; Sou filho do calor, odeio o frio; Não creio no diabo nem nos santos... Rezo a Nossa Senhora, e sou vadio! Ora, se por aí alguma bela
Bem doirada e amante da preguiça Quiser a nívea mão unir à minha
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AZEVEDO, Álvares de. In RAMOS, Frederico José da Silva. (Org.) Grandes poetas românticos do Brasil. Tomo I. São Paulo: LEP, 1959, p.266.
Texto 2 Vai passar
Vai passar
Nessa avenida um samba popular Cada paralelepípedo
Da velha cidade Essa noite vai Se arrepiar Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pés Que aqui sambaram nossos ancestrais Num tempo
Página infeliz da nossa história Passagem desbotada na memória Das nossas novas gerações Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações Seus filhos
Erravam cegos pelo continente Levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais E um dia, afinal
Tinham direito a uma alegria fugaz Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval O carnaval, o carnaval (Vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos O bloco dos napoleões retintos E os pigmeus do bulevar Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar A evolução da liberdade
Até o dia clarear Ai, que vida boa, olerê Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral Vai passar
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BUARQUE, Chico e HIME, Francis. Chico Buarque, letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p.221. A partir da leitura comparativa dos Textos 1 e 2, comente, com suas próprias palavras, a concepção de liberdade
presente em ambos os poemas.
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No Brasil colonial, o indissolúvel vínculo do matrimônio, tal como ele era concebido pela Igreja Católica, nem sempre terminava com a morte natural de um dos cônjuges. A crise do casamento assumia várias formas: a clausura das mulheres, enquanto os maridos continuavam suas vidas; a separação ou a anulação do matrimônio decretadas pela Igreja; a transgressão pela bigamia ou mesmo pelo assassínio do cônjuge.
Maria Beatriz Nizza da Silva, História da Família no Brasil Colonial. Adaptado. No texto, que ideia é sintetizada pela palavra “crise”?
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É conhecida a raridade de diários íntimos na sociedade escravocrata do Brasil colonial e imperial, em comparação com a frequência com que surgem noutra sociedade do mesmo feitio, o velho Sul dos Estados Unidos. Gilberto Freire reparou na diferença, atribuindo-a ao catolicismo do brasileiro e ao protestantismo do americano: aquele podia recorrer ao confessionário, mas a este só restava o refúgio do papel. Esta é também a explicação que oferece Georges Gusdorf, na base de uma comparação mais ampla dos textos autobiográficos produzidos nos países da Reforma e da Contrarreforma. Ao passo que no catolicismo o exame de consciência está tutelado na confissão pela autoridade sacerdotal, no protestantismo, ele não está submetido à interposta pessoa.
Evaldo C. de Mello, “Diários e ‘livros de assentos’”. In: Luiz Felipe de Alencastro (org.), História da vida privada no Brasil - 2.
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a) De acordo com o texto, em que grupo de países os diários íntimos surgiam com maior frequência e por que isso ocorria?
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interposta pessoa”?
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9. A arte provoca identidade no seio da cultura em que está inserida? De qual forma? Justifique.
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10. Qual a diferença entre denotação e conotação?
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11. O que seria uma narrativa ficcional? E por quê?
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12. Qual a importância da dramaturgia para os gregos?
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13. Explique a pintura como forma de linguagem.
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14. Qual o período do Quinhentismo?
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15. Qual a relação entre Quinhentismo e o Barroco?
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