1
Incerteza: o básico
Incerteza: o básico
Prof: Sabino da Silva Porto Júnior
Sabino@ppge.ufrgs.br
2
Introdução
Introdução
Até agora: conseqüências das escolhas dos consumidores são conhecidas com certeza.
Nova suposição: “consumidores e produtores tem apenas uma idéia aproximada dos resultados possíveis e atribuem probabilidades para distintos cenários possíveis.” ⇒ DECISÃO SOB INCERTEZA
Probabilidades (objetiva e subjetiva): permitem analisar decisão sob incerteza. Aplicações: Mercado de seguros – amplia-se o conjunto de commodities.
Leilões, situações envolvendo interações estratégicas (ação e reação)
Perfil do tomador de risco:
Perfil do tomador de risco:
ÂA decisão por correr mais risco e maximizar ganhos (títulos na bolsa de valores) ou correr menos risco e minimizar os ganhos depende do perfil do tomador de risco e de suas preferências pessoais.
ÂA teoria da Utilidade esperada possibilita ao tomador de decisão incorporar ao processo decisório suas preferências em relação ao risco: aversão, neutralidade ou propensão ao risco e outros fatores subjetivos. ÂPara cada tomador de decisão uma função de utilidade
Teoria da Probabilidade
Teoria da Probabilidade
ÂMundo com certeza:
ÂAção ⇒ resultado certo = ocorre com certeza ÂAgora: Mundo com incerteza:
ÂAção ⇒ resultado incerto = diferentes resultados possíveis
ÂSe for possível atribuir probabilidade positiva para esses resultados incertos é possível analisar decisão de risco de forma semelhante a analise de decisões em jogos de azar.
5
Teoria da Probabilidade
Teoria da Probabilidade
Â
Probabilidade objetiva: observável via
experimento
Â
Ex: moeda não-viciada arremessada muitas
vezes (1000 a 10000 vezes)
Â
Moeda justa: p(ca)=p(co)= 50%. Obtém-se,
portanto, uma distribuição de probabilidades
sobre resultados que é objetiva e isso permite
fazer previsões.
6
Teoria da Probabilidade
Teoria da Probabilidade
ÂMoeda Justa:
ÂCara com probabilidade ½ ÂCoroa com probabilidade ½ ÂDado justo: Â1 ponto – pr 1/6 Â2 pontos – pr 1/6 Â3 pontos – pr 1/6 Â4 pontos – pr 1/6 Â5 pontos – pr 1/6 Â6 pontos – pr 1/6 7
Teoria da Probabilidade
Teoria da Probabilidade
ÂProbabilidade subjetiva: experiência; formação/pesquis (informações a priori); crença.
ÂEx: decidir entre dois ativos; Â decidir entre dois empregos;
 decidir entre tratamentos médicos alternativos. ÂPalpite do Gerente do banco:
ÂUm Ativo para R$ 6 por ação com pr 1/3 e nada com pr zero. ÂOutro Ativo paga R$ 3 com pr ½ e R$ 1 com pr ½
ÂOutro Gerente: teria outro conjunto de palpites.
8
O que devemos saber sobre
probabilidades?
O que devemos saber sobre
probabilidades?
1.
Somam 1
2.Valor esperado
3.Variância
4.Independência
9
O que devemos saber sobre
probabilidades?
O que devemos saber sobre
probabilidades?
Â
1. Probabilidades somam 1:
ÂMoeda: ½ + ½ = 1
Â
Dado: 1/6 + 1/6 + 1/6 + 1/6 + 1/6 + 1/6 = 1
ÂAtivos: 1/3 + 2/3 = 1
Â
Eventos são mutuamente exclusivos
ÂExaurem todos os resultados possíveis
ÂApenas um evento ocorrerá
10
O que devemos saber sobre
probabilidades?
O que devemos saber sobre
probabilidades?
Â
2. Valor esperado: valor médio dos resultados
possíveis. Num jogo jogado muitas vezes esse
resultado é o esperado.
Â
Multiplica-se cada resultado por sua
probabilidade e somam-se os produtos
Â
Aposta justa: o preço pago para participar do
jogo (gamble) é igual ao valor esperado do jogo.
Â
E[A
1] = valor esperado do Ativo 1
Â
Se os ativos custam R$ 2, então, a aposta é
justa:
2 ) 1 ( 2 1 ) 3 ( 2 1 ] [ 2 ) 0 ( 3 2 ) 6 ( 3 1 ] [ 2 1 = + = = + = A E A EÂ
Proposição: o valor esperado de um resultado
certo (pr = 1) é o próprio valor do resultado.
Â
3. Variância: jogos diferentes com o mesmo
valor esperado podem diferir na dispersão em
relação a media
Â
Variância = é a soma da diferença ao quadrado
entre os resultados possíveis e o valor esperado
da loteria, cada uma, multiplicada por suas
respectivas probabilidades.
13 Â
Variância: dispersão média dos resultados em
relação à média.
[ ] ( ) ( ) [ ] [ ] 1,0 2 1 ) 2 1 ( 2 1 ) 2 3 ( 8 3 8 3 16 3 2 2 0 3 1 2 6 2 2 2 1 2 2 1 = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = = + = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = A Var A Var A Var 14 Â4. IndependênciaÂCada vez que o jogo é jogado a distribuição de probabilidades dos resultados é a mesma do jogo sendo uma única vez.
ÂResultados possíveis são independentes:
Â
“A ocorrência de um evento não tem
influência sobre a probabilidade de
ocorrência de outro evento.”
ÂToda vez que uma moeda justa é arremessada, a probabilidade de ocorrer cara continua sendo de ½ não importando quantas coroas tenha ocorrido ate então.
15 Â
Proposição:
Se dois eventos são
independentes então a probabilidade de que
ambos ocorram juntos é a multiplicação de
ambas as probabilidades.
Â
Probabilidade de obter cara e cara em dois
arremessos sucessivos é:
ÂPr(ca, ca) = (1/2)(1/2) = ¼
ÂPr(ca, co)= ¼
ÂPr(co, ca)= ¼
ÂPr(co, co)= ¼
16 Â3 Arremessos: há 8 seqüências igualmente prováveis
ÂPr(ca, ca, ca)= (1/2)(1/2)(1/2)= (1/8)
Â
n-Arremessos:
Â
Há 2
nseqüências igualmente prováveis cada uma
ocorrendo com probabilidade (1/2)
n.
Â
Suposição: cada ação ⇒ n-resultados independentes e
diferentes.
ocorrerá.
resultado
ésimo
-i
do
ade
probabilid
resultado
ésimo
-i
do
valor
=
=
i ip
x
17
Propriedades da probabilidade
Propriedades da probabilidade
Â
Resumo das propriedades:
[ ] [ ]
(
)
2 1 . 4 1 x E 3. 2. n ); )( ( ) , ( . 2 0 , 1 1 . 1 x i x n i i p x Var x i x n i i p j p i p j x i x pr n i i p − ∑ = = = ∑ = = = = = ∑ = 18Função Utilidade Esperada ou Funcao
Utilidade de von
Neumann-Morgenstern.
Função Utilidade Esperada ou Funcao
Utilidade de von
Neumann-Morgenstern.
Livro: Theory of Games and Economic
Behaviour
Autores: John(y) Von Neumann e Oskar
Morgenstern (1944; 1947)
Escolha o jogo:
Escolha o jogo:
Â
Você deve pagar R$ 100 para jogar um dos
seguintes jogos, qual você escolheria?
Â
Jogo 1: Você recebe de volta R$100.
ÂJogo 2: arremessa-se uma Moeda justa e:
ÂSe sair Cara, você ganha R$ 200.
ÂSe sair Coroa, você ganha R$ 0.
Qual jogo, você escolheria?
Qual jogo, você escolheria?
ÂJogo 3: Arremesso de um dado Justo que paga os seguintes prêmios:
ÂSe sair 1, você ganha R$ 400 ÂSe sair 2, você ganha R$ 70 ÂSe sair 3, você ganha R$ 55 ÂSe sair 4, você ganha R$ 25 ÂSe sair 5, você ganha R$ 40 ÂSe sair 6, você ganha R$ 10
21
Usando o critério do Valor
Esperado:
Usando o critério do Valor
Esperado:
Â
Todos os jogos têm valor esperado idêntico e
igual a R$ 100.
Â
Nova questão: você escolheria igualmente todos
os jogos ou você é indiferente aos três jogos?
Â
Vamos calcular a variância dos jogos:
ÂJogo 1: variância zero
Â
Jogo 2:
( ) (0 100) 10.000 2 1 100 200 2 1 ) 2 ( = − 2+ − 2= jogo Var 22 ÂJogo 3:
Â
Portanto, você poderia optar pelo jogo 1 que é o
que apresenta a menor variância.
(300 30 45 75 60 90) 18.375 6 1 ) 3 ( = 2+ 2+ 2+ 2+ 2+ 2= jogo Var 23
Paradoxo de São Petersburgo
Paradoxo de São Petersburgo
Â
Daniel Bernoulli (1738)– Matemático suíço do
século XVIII. Foi Introduzido pelo seu primo
Nicolaus Bernoulli em 1713.
Â
Historia do jogo: uma moeda justa é
arremessada até que cara aparece pela primeira
vez. O payoff do jogador depende do numero de
arremessos antes de cara aparecer pela
primeira vez.
24
Payoffs do jogo
Payoffs do jogo
ÂSe cara aparece na 1a tentativa: R$ 2 (p=1/2) ÂSe cara aparece na 2a tentativa: R$ 4 (p=1/4) ÂSe cara aparece na 3a tentativa: R$ 8 (p=1/8) ÂSe cara aparece na 4a tentativa: R$ 16 (p=1/16) Â ---ÂSe cara aparece na n-ésima tentativa: R$ 2n (p=1/ 2n)
25
Valor Esperado desse Jogo:
Valor Esperado desse Jogo:
∞ = + + + + + = ⋅ = + ⋅ + ⋅ + ⋅ = ∑∞ = .... 1 1 1 1 1 ) ( 2 2 1 ) ( .... 8 8 1 4 4 1 2 2 1 ) ( 1 jogo VE jogo VE jogo VE n n n
Paradoxo: ninguém pagaria uma quantidade infinita para jogar esse jogo proposto,
mesmo esperando ganhar uma fortuna. Aliás, poucos pagariam pouco mais do que alguns reais para jogar esse jogo.
Motivos:
a variância também é infinita.
E muitos preferem menos incerteza a mais incerteza.
26
Motivação para Utilidade Esperada:
Motivação para Utilidade Esperada:
ÂParadoxo de São Petersburgo: sugere que precisamos de outro conceito além do valor esperado para tomar decisão num ambiente envolvendo Incerteza e Risco. ÂUsamos a Utilidade Esperada (EU): que se constitui
numa representação das preferências sob incerteza em termos de valor esperado de um conjunto de utilidades sobre os resultados ou conseqüências possíveis de uma ação ou escolha.
ÂA função utilidade associa aos prêmios monetários valores de uma quantidade abstrata chamada utilidade de modo a representar o comportamento do tomador de decisão em relação ao risco.
Utilidade Esperada
Utilidade Esperada
 Linear em Probabilidades (pi)  Passos necessários: (opcional)
a. Definir um conjunto de suposições razoáveis que o índice de Utilidade Esperada deve satisfazer.
b. Construir um Índice de Utilidade Esperada.
{ }
(
)
1 i n i i M vNE
U
p
U
x
U
∑
= −=
=
Utilidade Esperada- Axiomas básicos
(suposições)
Utilidade Esperada- Axiomas básicos
(suposições)
1.Completeza e Transitividade
2.Consequencialista ou reducionista
3.Continuidade
4.Substitutibilidade
5.Monotonicidade
6.Independência
29
Utilidade Esperada- Axiomas básicos
(suposições)
Utilidade Esperada- Axiomas básicos
(suposições)
1.
Preferências sobre resultados possíveis são
completas, reflexivas e transitivas.
Supor rank de resultados: 1. X1 = pior resultado 2. Xn = melhor resultado
2. Loterias compostas podem ser reduzidas a loterias simples . A loteria composta tem a mesma probabilidade final sobre resultados que a loteria simples.
i x
~
Subscrito indica ordem de preferência
30
Exemplo de Loteria composta:
reducionismo
Exemplo de Loteria composta:
reducionismo
ÂPrimeiro jogo (gamble): ÂRegras ou história do jogo:
ÂArremesse uma moeda: se CARA aparece, você deve arremessar outra moeda, se CARA aparece novamente você ganha R$ 1,00. Se aparece COROA você ganha R$ 0,75. ÂSe aparece coroa no primeiro arremesso: você deve jogar
um dado. Seu prêmio agora é R$ 0,10 por ponto no dado, ou seja, você ganha:
ÂR$ 0,10 → 1 Ponto; ÂR$ 0,20 → 2 Pontos; Â (...); R$ 0,60 → 6 Pontos.
31
Figura ou representação gráfica do jogo
Figura ou representação gráfica do jogo
ÂGame 1: Pr (ca)= Pr(co)= 0,5
ÂP(ca,ca)= (1/2)(1/2) = (¼) chance de obter R$ 1,00 ÂP(ca,co)=(1/2)(1/2) = (1/4) chance do obter R$ 0,75 ÂGame 2: Coroa na primeira rodada:
ÂP(co, 1)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,10 ÂP(co, 2)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,20 ÂP(co, 3)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,30
ÂP(co, 4)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,40
ÂP(co, 5)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,50
ÂP(co, 6)= (1/2)(1/6) = (1/12) chance de obter R$ 0,60
32
Nova Loteria: reduzida
Nova Loteria: reduzida
33
Loteria reduzida
Loteria reduzida
ÂOferece: ÂR$ 1,00 com pr =1/4 ÂR$ 0,75 com pr= ¼ ÂR$ 0,60 com pr= 1/12 ÂR$ 0,50 com pr= 1/12 ÂR$ 0,40 com pr= 1/12 ÂR$ 0,30 com pr= 1/12 ÂR$ 0,20 com pr= 1/12 ÂR$ 0,10 com pr= 1/12 34loteria reduzida – roda da
fortuna
loteria reduzida – roda da
fortuna
Â
Girar a RODA DA FORTUNA: ganha o prêmio
associado com a quantidade mostrada onde o
ponteiro para.
Â
Pedaços de pizza ⇔ Probabilidade da Loteria
simples.
Â
Axioma 2: diz que o consumidor é indiferente
entre jogar o primeiro ou segundo “jogo”. Os
dois jogos propiciam a mesma utilidade.
Figura do Segundo jogo: roda da fortuna
Figura do Segundo jogo: roda da fortuna
Loteria reduzida
Utilidade Esperada: axiomas básicos
Utilidade Esperada: axiomas básicos
3. Axioma da continuidade: para cada resultado xientre x1e xno consumidor pode atribuir uma probabilidade pi, tal que ele é indiferente entre obter xi com certeza e jogar uma loteria (que envolve obter xncom probabilidade pi e xicom probabilidade (1-pi)). Vamos chama-la de loteria xi
~ n 1 1 1 1 i x resultado o obter de ade probabilid ) p -(1 x resultado o sair de ade probabilid p loteria. da possíveis resultados ) , ( x ~ : otação = = = = = n i x x x loteria N
37
Utilidade Esperada: axiomas básicos
Utilidade Esperada: axiomas básicos
4. Axioma da Substitutibilidade: a loteria sempre pode ser substituída por seu Equivalente certo (EC) xiem qualquer outra loteria, pois o consumidor é indiferente entre eles.
5. Preferências sobre loterias são transitivas
6. Axioma da monotonicidade: se duas loterias têm 2
alternativas idênticas, cada uma diferindo em probabilidades, então a loteria que dá maior probabilidade para a alternativa mais preferida é preferida à outra loteria.
[
pxn+(1−p)x1] [
p′xn+(1−p′)x1]
ssep p′i x ~
38
Indivíduo racional: escolhe a alternativa de
risco que maximiza utilidade esperada
Indivíduo racional: escolhe a alternativa de
risco que maximiza utilidade esperada
Â
Proposição: se preferências sobre loterias
satisfazem os axiomas (1) a (6) então podemos
assinalar números U(x
i) associados com x
i, tal
que se compararmos 2 loterias L e L’ que
oferecem probabilidade (p
1....p
n) e (p
1’....p
n’) de
obter os mesmos resultados, L será preferível a
L’ sse:
) ( ) ( 1 1 i n i i i n i iUx pUx p∑
∑
= = ′ > 39Interpretações:
Interpretações:
I.
A ordem de classificação no ranking de Utilidades Esperadas, reflete a ordem no ranking de classificação sobre Loterias.II.
Individuo racional: Maximiza Utilidade esperada ao escolher alternativas que envolvem risco ou incerteza.40
O Índice de Utilidade de vN-M
O Índice de Utilidade de vN-M
:
41
Forma de construção
Forma de construção
Â1) Construa o Ranking de todos os resultados possíveis:
ÂAtribua, ao resultado menos-preferido, valor utilidade zero: u(x1)= 0;
ÂAtribua, ao resultado mais-preferido, valor utilidade um: u(xn)= 1;
ÂAtribua, a todos os resultados intermediários possíveis xium valor utilidade pi: n n x x x x x1≺ 2≺ 3.... −1≺ 42
Forma de construção
Forma de construção
ÂResumo:
i i n p x U x U x U ≡ ≡ ≡ ) ( 1 ) ( 0 ) ( 1Onde: xi= é um Equivalente Certo de uma loteria que gera o premio xncom probabilidade pi e x1com probabilidade p1.
Equivalente Certo: é a quantidade de dinheiro pela qual o individuo é indiferente entre a loteria e a quantidade certa.
Â
x
ié o Equivalente Certo (EC) de uma loteria
envolvendo x
ncom probabilidade p
ie x
1com
probabilidade (1-p
i).
Â
Esse índice de utilidade equivale a tomar
valores esperados das utilidades de x
ne x
1usando as probabilidades p
ie (1-p
i) associadas
com a loteria para a qual x
ié o EC:
(2) 0 ) ( ) 1 ( ) ( ) (xi piUxn piUx1 pi pi U = + − = + =
Reforçando:
ÂEsse índice de utilidade descrito em (1) e (2) é único em transformações lineares ou afins: ÂUma transformação linear preserva o EC. Considere U(xi),então:
ÂO valor de V(xi) é o mesmo da utilidade transformada de xi.
Portanto, (5) mostra que quando avaliamos a utilidade esperada de xi via transformação lineares das utilidades de
x1 e xnobtemos de volta a utilidade transformada de xi e isso
significa que transformações lineares preservam o EC.
(5) ) 1 ( ) ( ) ( : p dad , x de Esperada Utilidade a (4) De (4) 1 . ) ( 0 . ) ( : (3) em (1) do Substituin (3) ) ( ) ( i i 1 i i i i n dp c c p d c p x V o d c d c x V c d c x V x dU c x V + = − + + = + = + = = + = + =
45
Axioma da Independência:
Axioma da Independência:
". ) 1 ( ' )L" p -(1 L p , , ' L se : que temos ], 1 , 0 [ p resultados sobre ades Probabilid de ão distribuiç a se tomando e Loterias, de espaço ao e pertencent L" e L' L, distintas loterias três para se cia Independên da axioma o satisfaz simples loterias de espaço no as preferênci de relação a : cia Independên da i i i L p L p então L Axioma i i + − + ∈ ≈ ≈Em palavras: Se combinarmos cada uma das duas loterias L e L’ com uma terceira loteria L”, então a ordem das duas misturas resultantes não depende (independência) da terceira loteria utilizada L”. Ou seja, a ordem de preferências entre loterias L e L’
não se altera. 46
Comportamento em relação ao risco
Comportamento em relação ao risco
 Comportamento dos indivíduos, que são definidos pela forma da UE:
1.
Risk averse
: para uma riqueza constante um resultado certo é sempre preferível a uma loteria com o mesmo valor esperado, mas com alguma variância positiva2.
Risk neutro
: o individuo indiferente entre o resultado certo e a loteria de mesmo valor esperado. 3.Risk lover
: individuo prefere a loteria ao resultadocerto.
47
Aversão ao risco
Aversão ao risco
Â3 resultados possíveis
Â2 ações que podem ser tomadas e que rendem os resultados com probabilidades diferentes ÂResultado 1: R$ 50 ⇒ U(50) = 30 ÂResultado 2: R$ 100 ⇒ U(100) = 80 ÂResultado 3: R$ 150 ⇒ U(150) = 110 (6) ÂAção A: rende R$ 100 e tem uma EU de 80: ÂE{U(ação A)}= (1).U(100)= 80. (7)
ÂAção B: rende R$ 50 com pr. ½ e rende R$ 150 com pr. ½. 48
{
}
{
}
{
( çãoB)} {
( çãoA)}
(8) 70 ) 110 30 ( 2 1 B) ção ( ) 150 ( 2 1 ) 50 ( 2 1 B) ção ( a U E a U E a U E U U a U E < = + = + =•Mesmo cada ação rendendo um payoff esperado de R$ 100, a Utilidade Esperada da ação B é menor que a Utilidade Esperada da ação A. Isso ocorre porque a função Utilidade desse individuo é côncava.
•R$ 100 ⇒ U(100) = 80 •R$ 50 ⇒ U(50) = 30 •R$ 150 ⇒ U(150) = 110
Questão: qual a forma funcional da função Utilidade de Bernoulli?
49
$50 $100 $150
•Individuo Avesso ao Risco: Função Utilidade U(x) côncava.
•A EU do gamble 50/50 em [100+50] e [100-50] está no ponto médio da combinação linear da utilidade de R$ 50 e R$ 150. Essa EU = 70, é menor do que recebe R$ 100 com certeza, EU = 80.
•Proposição: indivíduos que tem função utilidade côncava são avessos ao risco.
50
Aversão ao risco:
Aversão ao risco:
ÂEste individuo, que é avesso ao risco, estaria disposto a pagar a quantidade γ para evitar o risco:
ÂCom um payoff de [100- γ] o indivíduo obtém uma U(100- γ)= 70 e não tem que tomar qualquer risco. ÂDefinimos: γ = prêmio de risco: é a quantidade que um
individuo avesso ao risco está disposto a pagar para não correr riscos.
Â[100- γ]= Equivalente certo
•Atitudes em relação ao risco:
x — a x x + a
U
U (x) E{U(x)\
x — ã x x 4- a x-a x x + a x
Risk Neutro Risk Averse Risk Lover
Utilidade marginal diminui com aumento da renda
Prefere uma renda certa de 20 a uma
53
10,5
A loteria propicia mais utilidade que o resultado certo (20).