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Processamento e qualidade de banana nanica (Musa acuminata Colla) desidratada. Processing and quality of dehydrated Dwarf Cavendish banana (Musa

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Processamento e qualidade de banana nanica (Musa acuminata Colla)

1

desidratada

2

3

Processing and quality of dehydrated Dwarf Cavendish banana (Musa

4

acuminata Colla)

5

6

Resumo. Este trabalho foi realizado nos Laboratórios de Vegetais, Bromatologia e 7

Microbiologia na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Medianeira 8

(UTFPR). O objetivo deste foi estudar o processo de desidratação da banana nanica, a fim de 9

obter o produto (banana desidratada) que apresentasse boas condições físico-químicas e 10

microbiológicas. . No trabalho fForam realizados dois experimentos de secagem diferentes, o 11

primeiro foi submetido à desidratação osmótica (pré-tratamento), onde as bananas ficaram 12

imersas em solução de sacarose a 60 °Brix, por quatro horas a temperatura de 60 °C e 13

posteriormente foram secas em estufa a 60 ºC, . o O segundo tratamento foi submetido apenas 14

aà secagem em estufa a 60 ºC., a A secagem em estufa foi realizada nos dois tratamentos até 15

as amostras de bananas atingirem atividade de água inferior a 0,70. Os resultados indicaram 16

que o pré-tratamento utilizando a solução osmótica a 60 °Brix auxiliou na redução da 17

atividade de água. Para a etapa de secagem em estufa, o tratamento que teveas amostras

18

submetidas ao o pré-tratamento osmótico antes da secagem em estufa apresentou

19

apresentaram um menor tempo de secagem para atingir a atividade de água pré-estabelecida. 20

Foram realizadas análises físico-químicas e microbiológicas logo após o processamento. Os 21

valores obtidos da caracterização físico-química da banana in natura e logo após o 22

processamento foram similares aos encontrados na literatura. Os produtos apresentaram ser 23

estáveis e aptos para consumo em relação aos aspectos físico-químicos e microbiológicos. 24

(2)

Constatou-se que o pré-tratamento osmótico reduziu a atividade de água do produto, 25

consequentemente também diminuiu o tempo de secagem, portanto, recomenda-se o uso do 26

pré-tratamento osmótico. 27

28

Palavras-chave: Desidratação. Desidratação Osmótica. Banana nanica. 29

30

Processing and quality of dehydrated Dwarf Cavendish banana (Musa acuminata Colla). 31

This work was conducted in the Vegetable, Bromatology and Microbiology Laboratories of 32

the Federal Technological University Paraná (UTFPR), in the Medianeira campus. The aim of 33

this study was the dehydration process of the Dwarf Cavendish banana in order to obtain the 34

product (dehydrated banana) to present good physicochemical and microbiological 35

conditions. In the study two different drying experiments were conducted. The first involved 36

osmotic dehydration (pretreatment), in which the bananas were dipped sucrose solution at 60 37

°Brix for four hours at 60 °C and were subsequently oven-dried at 60 °C, the second treatment 38

was performed only the oven drying at 60 °C. In both treatments, the oven drying was 39

performed until the bananas reached water activity of less than 0.70. The results indicate that 40

the pretreatment using osmotic solution at 60 °Brix aided in reducing the water activity. As 41

for the oven drying stage, the treatment that included osmotic pretreatment before oven drying 42

required a shorter drying time to achieve the predetermined water activity. Physicochemical 43

and microbiological analyses were performed soon after processing. The values obtained from 44

the physicochemical characterization of banana both fresh and after processing were similar 45

to those found in the literature. The products showed to be stable and fit for consumption in 46

relation to the physical, chemical and microbiological aspect. It was found that osmotic 47

pretreatment reduced the water activity of the product and consequently also decreased the 48

drying time, therefore, it is recommended the use of osmotic pretreatment. 49

(3)

50

Key words: Dehydration. Osmotic dehydration. Dwarf Cavendish banana. 51

52

1. Introdução 53

54

A Banana é uma das frutas mais consumidas no mundo, sendo produzida em quase 55

todos os países tropicais. Tem um valor nutricional elevado e é uma boa fonte de energia 56

devido ao seu elevado nível de amido e açúcar, bem como uma fonte de vitaminas A e C, 57

potássio, sódio, cálcio e magnésio. Do ponto de vista biológico, a banana é uma das frutas que 58

apresenta as maiores perdas por deterioração após a colheita, devido ser extremamente 59

perecível e não ser possível o uso de congelamento para a sua conservação (SOUSA et al., 60

2003a, FERNANDES et al., 2006). 61

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de banana. Sua produção ainda não 62

visa a exportação; o que predomina é o consumo interno na forma de fruta in natura de mesa 63

e processada. Grande parte desta produção não é aproveitada, sendo que entre 30 e 40 % é 64

perdida em razão da alta perecibilidade da fruta in natura e das condições inadequadas de 65

transporte, armazenamento e comercialização. Além disso, em épocas de safra elevada, 66

quando se produz acima da demanda, o mercado não é capaz de absorver toda a oferta. O 67

processamento da banana por meio de operações como a secagem, apresenta-se, portanto, 68

como alternativa importante de aproveitamento do excedente da produção, disponibilizando a 69

fruta no mercado consumidor durante o ano todo (SILVA, 2009). 70

A secagem é uma das operações unitárias mais antigas realizada pelo homem. Os 71

alimentos são desidratados ou secos objetivando vários propósitos, como por exemplo: 72

preservação contra deterioração de origem microbiana e/ou bioquímica; conservação de suas 73

condições durante estocagem; diminuição dos custos e maior facilidade para 74

(4)

acondicionamento, manipulação, armazenamento e transporte do produto. O princípio desta 75

tecnologia, de maneira simplificada, consiste na remoção de umidade da matéria-prima por 76

evaporação (PEREIRA, 2007). 77

A desidratação de frutas tem sido extensivamente estudada nas últimas duas décadas. 78

No caso da banana, uma variedade de trabalhos têm sido relatados com várias técnicas de 79

secagem, tais como o aquecimento simples em forno (BAINI; LANGRISH, 2009), secagem 80

por convecção de arconvectiva (BOUDHRIOUA et al., 2002, DEMIREL e TURHAN , 2003, 81

MASKAN, 2000 e NGUYEN; PRICE, 2007), secagem por microondas (MASKAN, 2000) e 82

desidratação osmótica (RASTOGI et al., 1997), bem como por combinações, tais como a 83

desidratação osmótica seguida de secagem por convecção de ar (FERNANDES et al., 2006). 84

Entre todos estes métodos, a desidratação osmótica é especialmente interessante porque, ao 85

contrário de outros, não necessita de alta temperatura, permitindo a rápida remoção de água 86

das células sem que ocorram alterações na mudança de fase (TREGUNNO; GOFF, 1996). 87

Sendo aplicável a baixa temperatura, a desidratação osmótica é mais adequada do que outras 88

técnicas para proteger a cor dos gêneros alimentícios contra escurecimento enzimático 89

(LERICI et al., 1988), que acredita-se ser uma das principais causas de perda de qualidade 90

durante a pós-colheita, manuseamento e processamento (QUEVEDO et al., 2009). 91

O objetivo deste trabalho foi produzir banana nanica (Musa acuminata Colla subgrupo 92

cavendish) desidratada, estudar o processo de desidratação da banana nanica e avaliar a 93

qualidade microbiológica e composição centesimal, no produto recém processado. 94

95

2. Material e Métodos 96

(5)

O presente trabalho foi conduzido nos laboratórios de Vegetais, Bromatologia e 98

Microbiologia na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Medianeira 99 (UTFPR). 100 101 2.1 Caracterização Físico-Química 102 103

Para a caracterização físico-química dos frutos da banana in natura da variedade 104

nanica, antes de submetê-los ao processo de secagem, foram feitas as seguintes avaliações: 105

comprimento e diâmetro, onde dez frutos foram escolhidos ao acaso e então realizados 106

medições diretas com o auxílio de uma régua e um cordão devido ao formato côncavo das 107

frutas; teor de umidade, em estufa a 105 ºC até peso constante; pH, por medida direta em 108

potenciômetro; sólidos solúveis (°Brix), por medida direta em refratômetro; acidez titulável 109

expressa em % de ácido málico (% m/m), por titulação; atividade de água (Awaw), medida a

110

partir da leitura direta, utilizando-se o aparelho AQUALABum higrômetro digital (marca,

111

modelo), e pesomassa, realizaram-se asatravés das pesagens de dez frutas inteiras escolhidos 112

ao acaso em balança semi-analítica. As análises foram realizadas em duplicata, segundo as 113

Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). 114

115

2.2 Produção da Fruta Desidratada 116

117

O processamento utilizado nesse estudo está descrito no fluxograma representado na 118

Figura 1. 119

(6)

121

Figura 1 – Fluxograma do processamento da banana nanica desidratada. 122

123

Foram selecionadas, para o processo de desidratação, bananas da variedade nanica 124

(Musa acuminata Colla) adquiridas no mercado local em Medianeira, PR. As mesmas foram 125

pré-selecionadas com estágio de maturação maduras, apresentando-se amarelas, sem manchas 126

pretas, aproximadamente 23 °Brix, com tamanhos uniformes e, aproximadamente 23 °Brix,

127

sendo o ponto ideal, o mesmo para o consumo in natura. 128

As bananas foram lavadas e sanitizadas com uma solução clorada de 100 ppm de cloro 129

livre por 15 minutos. Em seguida, enxaguadas em água corrente clorada, descascadas 130

manualmente, cortadas em fatias longitudinais com o auxilio de uma faca de aço inoxidável. 131

A seguir uma parte dos frutos foi submetida à secagem em estufa a 60 °C e a outra 132

parte dos frutos foi submetida à desidratação osmótica por imersão em solução aquosa de 133

sacarose a 60 °Brix (, previamente pasteurizada a 60 °C por 15 minutos). A desidratação

(7)

osmótica foi realizada durante 4 horas, na proporção de 1:5 (fruta / :solução), em panela de 135

inox e, à temperatura constante de 60 °C., durante quatro horas, sendo que a A cada 30 136

minutos a solução foi agitada manualmente. 137

Terminada a etapa de desidratação osmótica, as bananas foram retiradas da solução, 138

promovendo o escorrimento do excesso de solução e em seguida levadas a estufa (marca 139

Quimis, modelo?), onde já se encontravam as bananas sem pré-tratamento osmótico, para 140

secagem à temperatura de 60 °C. A secagem foi interrompida para os dois tratamentos quando 141

as bananas atingiram atividade de água inferior a 0,70. 142

Após a obtenção dos produtos desidratados, esses foram embalados numa em uma

143

seladora manual de bancada a vácuo (marca Microvac, modelo?) e armazenados, oAs

144

amostrastratamento submetido submetidas ao pré-tratamento osmótico antes da secagem (T1)

145

foi foram armazenado armazenadas sob-refrigeração, e o as amostras submetidas ao

146

tratamento T2 que não teve pré-tratamento osmótico antes da secagem foiforam armazenado

147

armazenadas em temperatura ambiente (± 25 °C). 148

149

2.3 Obtenção das Curvas de Secagem 150

151

A atividade de água foi determinada para a banana in natura e ao longo de todo o 152

processamento, medida a partir da leitura direta, utilizandoatravés de-se o aparelho um

153

higrômetro digital (marca, modelo) AQUALAB 4TE (Bras Eq). Durante o pré-tratamento 154

osmótico as determinações foram realizadas a cada hora. Na secagem em estufa, tal 155

determinação foi feita ao iniciar a secagem e em seguida em intervalos de três horas, até 156

atingir atividade de água inferior 0,70. Estas informações foram usadas na obtenção das 157

curvas de secagem para cada tratamento. 158

(8)

2.4 Determinação da Composição Centesimal 160

161

Após o processamento, retirou-se uma amostragem dos tratamentos 1 e 2 e realizaram-162

se as análises de: carboidratos, por método titulométrico que consiste na redução do cobre 163

presente na solução de Fehling; cinzas, por incineração em forno mufla a 550 ºC até peso

164

massa constante; umidade, em estufa a 105 ºC até peso massa constante; proteínas, através da 165

determinação de nitrogênio total pelo método de micro-Kjeldahl, utilizando fator de 166

conversão 6,25; e lipídios, pela extração em aparelho Soxhlet, para determinar a composição 167

centesimal dos produtos. As análises foram realizadas em duplicatas, segundo as Normas 168

Analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985). 169

Os resultados obtidos nas análises de composição centesimal foram submetidos à 170

análise de variância (ANOVA) e comparação dos valores médios pelo teste de Tukey, 171

aplicado ao nível de 5 % de significância (p < 0,05), utilizando o programa computacional 172 Software STATISTICA 7.0®. 173 174 2.5 Análises Microbiológicas 175 176

As análises microbiológicas de bolores e leveduras, coliformes fecais e Salmonella sp. 177

foram efetuadas de acordo com a Instrução Normativa n° 62 (BRASIL, 2003), logo após o 178

processamento, em duplicata. Os dados obtidos foram comparados com a Resolução RDC n° 179

12 de janeiro de 2001, da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (BRASIL, 2001), em 180

Frutas, Produtos de Frutas e similares. 181

182

3. Resultados e Discussão 183

(9)

3.1 Análises Físico-Químicas 185

186

Na Tabela 1, estão apresentados os valores médios das características físico-químicas 187

dos frutos de banana nanica in natura. Estas são informações úteis ao processamento deste 188

tipo de produto. 189

190

Tabela 1 - Resultados da caracterização físico-química dos frutos de banana nanica in natura. 191

Análises Físico-Químicas Resultados Acidez Titulável (% ácido málico) 0,66 ± 0,01

pH 4,80 ± 0,01

Atividade de Água (Awaw) 0,98 ± 0,01

Sólidos Solúveis (°Brix) 23,00 ± 0,01

Umidade (% bu) 72,51 ± 0,02

Comprimento (cm) 20,50 ± 0,25

Diâmetro (mm) 38,11 ± 0,15

Peso Massa (g) 155,70 ± 0,35 192

A partir dos resultados obtidos pode-se descrever o produto de acordo com as normas 193

de classificação de banana (PBMH; PIF, 2006) como: Grupo Cavendish (Grupo genômico 194

AAA – Nanica), classe 18 (comprimento do fruto igual a 20,50 ± 0,25 cm), subclasse 6 195

(coloração da casca totalmente amarela), apresentação em buquê (7 a 9 frutos), categoria 196

extra, (diâmetro igual a 38,11 ± 0,15 mm). Aguiar (2006) apresenta resultados semelhantes 197

para banana da variedade nanica. 198

As bananas utilizadas nos experimentos, correspondendo a frutas maduras, uma vez 199

que o brix da polpa estava em torno de 23, a umidade de aproximadamente 73 %, atividade de 200

água em torno de 0,98, acidez igual a 0,66 % de ácido málico e pH em torno de 5de 4,80. 201

Resultados semelhantes foram descritos por Cano-Chauca (2000), em pesquisa com 202

bananas da variedade nanica, o qual relata o valor de 23,50 o para o Brix da matéria-prima 203

(10)

utilizada para a desidratação. Sousa et al. (2003a) relatam o valor de atividade de água igual a 204

0,953 e de umidade de 67,60 para a banana prata in natura. Valores similares de pH foram 205

encontrados por Mota (2005), onde estão relatados os valores de 4,77 e 4,52 para os frutos de 206

banana do cultivar prata in natura submetidas aos tratamentos controle e com solução 207

antioxidante, respectivamente. 208

Para estudo da qualidade dos frutos, podem ser adotados vários parâmetros, sejam eles 209

físicos como pesomassa, comprimento, diâmetro, forma e firmeza, ou químicos referentes a 210

sólidos solúveis totais (SST), pH, acidez titulável (AT), relação SST/AT e vitaminas. Essas 211

características são influenciadas por fatores como condições climáticas, variedade, época e 212

local de colheita, tratos culturais, e manuseio pós-colheita (FAGUNDES; YAMANISHI, 213

2001). 214

215

3.2 Variação da Atividade de Água ao Longo da Desidratação Osmótica 216

Apresente a Figura: Na Figura 2 é apresentado a cinética da variação da atividade de

217

água das amostras de banana nanica durante a desidratação osmótica em solução de

218 sacarose a 60 oBrix. 219 220 221 0,9 0,92 0,94 0,96 0,98 1 0 1 2 3 4 A ti v id a d e d e Á g u a Tempo (horas)

(11)

Figura 2 - Variação da atividade de água do Tratamento 1das amostras de banana nanica ao 222

longo da desidratação osmótica em solução de 60 °Brix. 223

224

Conforme mostra a Figura 2 o tratamento 1, submetidoObserva-se na Figura 2 que a 225

desidratação osmótica com uma solução de sacarose a 60 °Brix antes da secagem em estufa,

226

auxiliou na redução da atividade de água ao longo do tratamento de quatro horas, . o O valor 227

da atividade de água foi de aproximadamente 0,9149 ao final desse processo, o tratamento 2 228

(Figura 3) obteve valores semelhantes de atividade de água em aproximadamente 9 horas de 229

secagem em estufa, constatou-se assim, que o pré-tratamento osmótico auxilia na redução do 230

tempo de secagem do produto. Sousa et al. (2003a) observaram ao realizar um estudo com 231

pré-tratamento osmótico em banana prata inteira que ao final do processo osmótico a 232

atividade de água foi igual a 0,939, utilizando xarope com 65 ºBrix e temperatura de 65 ºC, 233

semelhante ao encontrado neste estudo. 234

O emprego do pré-tratamento osmótico, apesar de acelerar a desidratação (SOUSA et 235

al., 2003a) é um processo que reduz a acidez natural da fruta e incorpora certa quantidade de 236

sólidos ao produto, com aumento do seu valor calórico e perda do sabor característico da fruta 237

determinado pelo balanço entre açúcares e ácidos (MOTA, 2005). 238

Uma das vantagens desse método de desidratação é o aspecto final das bananas, que 239

sob condições adequadas não sofrem escurecimento enzimático, mesmo sem terem sido 240

previamente submetidas a tratamento com antioxidantes. A textura e o sabor da banana passa 241

também são superiores aos dos produtos normalmente encontrados no comercio, feitos a 242

partir de métodos tradicionais de secagem (MAEDA; LORETO, 1998). 243

244

3.3 Variação da Atividade de Água ao longo da Secagem em Estufa 245

Na Figura 3 são apresentadas as cinéticas da variação da atividade de água das

246

amostras submetidas aos tratamentos 1 e 2 durante a secagem em estufa a 60 oC.

(12)

248

249

Figura 3 - Variação da atividade de água dos Tratamentos 1 e 2 ao longo da secagem em 250

estufa. 251

Conforme apresentado mostra na Figura 3, as amostras submetidas ao tratamento 1 252

que foi (submetido ao pré-tratamento osmótico a 60 °Brix antes da secagem em estufa)

253

apresentaram, levou um menor tempo de secagem para atingir a atividade de água pré-254

estabelecida, sendo que o processo de desidratação osmótica contribuiu para uma maior perda 255

de água durante a secagem em estufa em comparação com o tratamento 2 que foi seco apenas 256

em estufa, em comparação com o tratamento 2 que foi seco apenas em estufa. 257

Esse fato pode ser devido à atividade de água inicial do tratamento 1 ser menor, do 258

que o tratamento 2 em que não foi submetido ao pré-tratamento osmótico. 259

Resultados semelhantes foram encontrados por Sousa et al. (2003b) ao realizarem um 260

estudo com pré-tratamento osmótico sem vácuo em bananas pratas. Esses autores, observaram 261

que foram necessárias 16 horas de secagem para se atingir atividade de água inferior a 0,75 262

em estufa de circulação forçada de ar a 65 °C. 263

Constata-se haver durante a osmose uma influência do xarope osmótico sobre a 264

redução da umidade e atividade de água. Esta tendência durante a osmose é explicada pela 265 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1 0 3 6 9 12 15 18 A ti v id a d e d e Á g u a Tempo (horas)

Tratamento 1 (após desidratação osmótica) Tratamento 2

(13)

de água, . uma vez que a elevaçãoAlém disso, o aumento da concentração do xarope osmótico 267

acentua as trocas difusionais e a pressão osmótica exercida sobre o tecido do fruto (SOUSA et 268

al., 2003a). 269

A época de colheita influencia de forma marcante a cinética de secagem, em razão da 270

variação no conteúdo de umidade inicial, ao passo que a influência do grau de maturação das 271

frutas não é muito grande (NGUYEN; PRICE, 2007). 272

Comparada a outras frutas, a banana apresenta uma secagem mais lenta, 273

provavelmente pela sua composição físico-química e estrutural (DEMIREL; TURHAN, 2003; 274

BAINI; LANGRISH, 2007). O tempo de secagem da banana, até a obtenção da umidade de 275

equilíbrio, pode chegar até 30 horas, mesmo para temperaturas de 70 °C, que é uma 276

temperatura limite para a secagem dessa fruta. Para a secagem em temperaturas inferiores, o 277

tempo do processo pode chegar a 120 horas (LIMA et al., 2002). 278

279

3.4 Avaliação da Composição Centesimal 280

281

NaA Tabela 2 são apresentados os valores obtidos na determinação da composição 282

centesimal dos produtos de banana nanica desidratados obtidos a partir do tratamento 1 e 283

tratamento 2 logo após o processamento. 284

285

Tabela 2 - Resultados da composição centesimal dos produtos de banana nanica desidratados 286

obtidos através dos Tratamentos 1 e 2 logo após o processamento. 287

Constituinte Banana desidratada (T1) Banana desidratada (T2)

Umidade (% bu) 31,72 ± 0,63 a 28,73 ± 0,38 a

Carboidrato (%) 48,30 ± 0,05 a 45,50 ± 0,65 a

Proteína (%) 2,09 ± 0,16 a 2,38 ± 0,01 a

(14)

Cinzas (%) 2,32 ± 0,01 a 2,34 ± 0,00 a (1)

(1) Média ± erro padrão seguida por letras iguais, na mesma linha, indica não haver diferença 288

significativa ao nível de 5% de probabilidade. 289

290

De acordo com os resultados obtidos pela análise de variância (ANOVA) observadas 291

na Tabela 2, pode-se constatar que não houve diferença significativa (P > 0,05) para todos os 292

atributos analisados, entre as amostras do tratamento 1 e tratamento 2 avaliadas. Pontes 293

(2008) apresenta resultados semelhantes para banana da terra desidratada em diferentes 294

tratamentos, onde não detectou diferenças significativas (P > 0,05) para as análises de açúcar 295

redutor, lipídios, proteína, fibra bruta e umidade em nenhum dos fatores estudados. 296

A composição centesimal para o produto obtido a partir do tratamento 1 foi igual a: 297

umidade 31,72 ± 0,63 %, carboidrato 48,30 ± 0,05 %, proteína 2,09 ± 0,16 %, lipídio 0,35 ± 298

0,03 % e cinzas 2,32 ± 0,01 % e do o produto obtido a partir do tratamento 2 foi igual a: 299

umidade 28,73 ± 0,38 %, carboidrato 45,50 ± 0,65 %, proteína 2,38 ± 0,01 %, lipídio 0,33 ± 300

0,02 % e cinzas 2,34 ± 0,00 %, conforme a Tabela 2. 301

Silva (2009) ao desenvolver um produto de banana prata crocante e desidratado pelo 302

processo de secagem convectiva combinando à finalização da secagem por meio da energia de 303

microondas analisou amostras que apresentavam teor de cinzas igual a 2,01 %, proteína igual 304

a 3,74 %, lipídios igual a 0,77 %. Pontes (2009) ao analisar bananas da terra desidratada a 305

temperatura de 60 °C obteve valores de umidade igual a 31,25 % e açúcar total igual a 46,83 306

%. Esses resultados foram semelhantes aos obtidos no presente trabalho. 307

Ribeiro (2004) encontrou os seguintes valores para a composição de bananas verdes 308

secas em estufa ventilada: umidade, 7,01 %; lipídeos, 0,12 %; proteínas, 3,10 %; carboidratos, 309

88,37 %; cinzas, 1,40 %; fibras solúveis, 11,02 % fibras insolúveis, 16,42 %. Os valores 310

encontrados para alguns dos componentes como lipídeos, proteínas e cinzas foram 311

semelhantes aos encontrados neste estudo. 312

(15)

3.5 Avaliação Microbiológica 314

315

A Na Tabela 3 são apresentados os valores obtidos nas análises microbiológicas dos 316

frutos de banana nanica in natura e dos produtos de banana nanica desidratados obtidos a 317

partir do tratamento 1 e tratamento 2 logo após o processamento. 318

319

Tabela 3 - Resultados das análises microbiológicas dos frutos de banana nanica in natura e 320

dos produtos de banana nanica desidratados obtidos através dos Tratamentos 1 e 2 logo após o 321 processamento. 322 Bolores e leveduras (UFC/g) Coliformes fecais (UFC/g) Salmonella sp (Aus. 25/g)

Banana in natura 4 × 102 < 3 Ausência

Banana desidratada (T1) 102 < 3 Ausência

Banana desidratada (T2) < 10 < 3 Ausência

323

Para bolores e leveduras o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (BRASIL, 324

2001) não determina padrões para frutas in natura ou desidratadas. Em relação à contagem 325

destes microrganismos em outros alimentos, por exemplo, para purês, doces de frutas em 326

pasta ou massa e similares, incluindo geléias, não comercialmente estéreis, a tolerância para 327

bolores e leveduras é de 104 UFC/g. Comparado a estes produtos, observa-se que a as bananas 328

in natura e desidratadas nos tratamentos 1 e 2 (Tabela 3) apresentaram uma contagem baixa, 329

estando desta forma aptos para o consumo. 330

As contagens de coliformes fecais de todas as amostras apresentaram resultados <

331

inferiores a 0,3 NMP/g (Tabela 3) estando dentro dos padrões estipulados pela legislação 332

vigente (BRASIL, 2001). Segundo o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade 333

(BRASIL, 2001) as frutas in natura devem apresentar contagem de coliformes fecais inferior 334

(16)

a 5 x 102 UFC/g, e para frutas desidratadas e / ou passa (frutas desidratadas com adição de 335

açúcar) inferior a 102 UFC/g. 336

Todas as amostras de banana analisadas encontram-se em conformidade com a 337

legislação em relação à pesquisa de Salmonella sp, a qual determina a ausência deste 338

microrganismo em 25 g do produto analisado (BRASIL, 2001). 339

Resultados semelhantes a estes foram encontrados por Pontes (2009) e Silva (2009) 340

onde ao analisar os produtos de banana desidratadas constataram que os mesmos estavam em 341

conformidade com a legislação e aptos para consumo em relação aos aspectos 342

microbiológicos. 343

Sendo assim as bananas desidratadas (tratamentos 1 e 2) foram obtidas em boas 344

condições higiênico-sanitárias durante o processamento e as amostras avaliadas são aceitáveis 345

para o consumo humano. 346

Segundo Zanata et al. (2010), a retirada da umidade no processo de desidratação 347

favorece a redução da atividade microbiana permitindo um maior tempo de vida útil do 348

produto, desde que as atividades microbiológicas e enzimáticas estejam em níveis aceitáveis. 349

350

4. Conclusão 351

352

Verificou-se que o tratamento em que foi utilizada a solução osmótica a 60 °Brix 353

auxiliou na redução da atividade de água quando comparada ao mesmo tempo de 354

processamento do tratamento seco apenas em estufa, indicando que a solução osmótica 355

auxiliou na redução da atividade de água dos frutos. 356

O tratamento que foi submetido ao pré-tratamento osmótico antes da secagem em 357

estufa, levou um menor tempo de secagem para atingir a atividade de água pré-estabelecida 358

em comparação com o tratamento seco apenas em estufa. 359

(17)

Conclui-se que a utilização do pré-tratamento osmótico reduziu a atividade de água do 360

produto, consequentemente também diminuiu o tempo de secagem, portanto, recomenda-se o 361

uso do pré-tratamento osmótico para desidratação de banana nanica. 362

Os produtos analisados logo após o processamento estiveram aptos para consumo em 363

relação aos aspectos físico-químicos e microbiológicos. 364

365

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