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PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL DO CONCELHO RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO

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PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL DO CONCELHO PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL DO CONCELHO PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL DO CONCELHO PATRIMÓNIO CULTURAL IMÓVEL DO CONCELHO RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO RELATÓRIO DE APRESENTAÇÃO 1. 1. 1.

1. ENQUADRAMENTOENQUADRAMENTOENQUADRAMENTOENQUADRAMENTO E MOTIVAÇÃOE MOTIVAÇÃOE MOTIVAÇÃOE MOTIVAÇÃO

Vimos apresentar à Câmara o trabalho da Comissão do Património Arquitetónico e Histórico relativo ao património cultural imóvel do concelho, para o território das antigas freguesias de Matosinhos, Leça da Palmeira, São Mamede de Infesta e Senhora da Hora e para a União das Freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo.

Esta apresentação tem por objetivo a abertura de NOVO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO para o património cultural imóvel a classificar de INTERESSE MUNICIPAL nas referidas freguesias, em virtude da caducidade do procedimento inicial por ter sido ultrapassado o prazo de um ano previsto no n.º 2 do artigo 24.º da Lei n.º 107/ 2001, de 8 de setembro, para a sua conclusão.

A experiência veio a revelar ser esse prazo muito curto para a ambição do trabalho que visa proteger através da sua classificação como monumentos, conjuntos e sítios os imóveis que constroem a identidade dos lugares, numa perspetiva simultaneamente urbanística e cultural, envolvendo todo o território do concelho.

O critério adotado na eleição dos imóveis a proteger fundamenta-se na história da

ocupação do território e na singularidade dessa ocupação. Com o conhecimento e análise da história da ocupação do território que constitui hoje o concelho de Matosinhos, se compreendeu a natureza dos imóveis que conformaram essa ocupação.

Pretende-se a preservação do imóvel, do conjunto ou do sítio não somente pelo seu valor arquitetónico e urbanístico, Mas também pelo seu valor cultural, isto é, para além do imóvel em si pretende-se guardar a memória do trabalho humano, com espaços testemunho carregados de significado.

O ANEXO I DESTE RELATÓRIO EXPÕE A INTEGRAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS NO CONTEXTO DO PATRIMÓNIO CULTURAL.

Com esta apresentação foram revistos, aperfeiçoados e completados os seguintes aspetos do trabalho anterior:

a) Foi revista a delimitação de muitos dos conjuntos de interesse municipal, eliminando-se o maior número possível de construções que, não sendo a preservar, se apresentavam integradas nesses conjuntos, com todas as condicionantes e benefícios inerentes a essa qualidade;

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b) Os bens imóveis pertencentes a igrejas e a outras comunidades religiosas (sendo mais comuns os bens pertencentes à Igreja Católica) foram retirados do procedimento de classificação. A lei define que a classificação destes imóveis incumbe exclusivamente ao Estado, pelo que se optou por limitar o procedimento à inventariação desses bens;

c) Foram incluídos alguns imóveis que não integravam inicialmente o inventário anterior e retirados outros, em resultado da ponderação dessas situações;

d) Foram integrados no inventário diversos imóveis na área do “Plano de Urbanização de Matosinhos Sul” e na área do “Plano de Urbanização para os Quarteirões a Norte da Avenida da República entre a Rua Heróis de França, Rua Tomaz Ribeiro e a Avenida de D. Afonso Henriques” que na apresentação anterior da freguesia de Matosinhos não foram contemplados por incongruência com as versões dos planos à data dessa apresentação; e) Foram inseridas as delimitações das Áreas de Reabilitação Urbana aprovadas;

f) Foram revistas algumas graduações de interesse anteriormente propostas para imóveis; g) Em substituição das três peças desenhadas para cada freguesia que inicialmente integravam o trabalho – planta de síntese, planta do estado de conservação e planta do grau de descaracterização – apresenta-se agora uma única peça desenhada – planta de registo – com toda a informação.

Propõe-se ainda que seja republicado o “Regulamento para intervenções nos bens imóveis de interesse municipal”, com as alterações que nele são introduzidas com a presente redação e que resultam do desenvolvimento do trabalho de inventário e proposta de classificação.

Nesta nova redação do regulamento a situação dos imóveis em ruína constitui uma temática tratada de modo autónomo. São definidos princípios para intervenção nos imóveis nesta condição que têm em especial atenção a sua envolvente urbana ou rural onde os mesmos se integram.

São produzidos ainda desenvolvimentos especificando-se diferentes tipologias de intervenção nos imóveis e as correspondentes condições de execução.

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Este regulamento tem sido objeto de aperfeiçoamento contínuo que acompanha o desenvolvimento do inventário e classificação património cultural imóvel do concelho. Trata-se de um regulamento que só será fechado com a conclusão da fase de abertura do procedimento de classificação, integrando a fase de projeto de decisão de classificação. Acolherá a todo o tempo, observações e sugestões consideradas pertinentes durante as fases do desenvolvimento do trabalho em curso.

2. 2. 2.

2. MATÉRIA EXTERIOR AO PAMATÉRIA EXTERIOR AO PAMATÉRIA EXTERIOR AO PAMATÉRIA EXTERIOR AO PATRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALTRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALTRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALTRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPAL

A Comissão do Património Arquitetónico e Histórico tem de forma sistemática realizado o trabalho de inventário do património cultural imóvel do concelho. Este inventário tem sido registado em plantas, fichas, quadros e relatórios, compondo-se das matérias especificadas nos pontos seguintes.

2.1. Registo dos bens imóveis já classificados como monumentos nacionais, como imóveis de interesse público ou monumentos de interesse público e valores concelhios (estes últimos passaram a considerar-se bens classificados de interesse municipal, por força do n.º 2 do artigo 112º da Lei n.º 107/ 2001, de 8 de setembro).

2.2. Registo das zonas de proteção dos bens imóveis classificados, quer se tratem de zonas gerais de proteção, quer especiais.

2.3. Inventário e proposta de classificação de âmbito nacional de bens imóveis que se considera poderem constituir um valor cultural de importância nacional nos termos do n.º 4 e do n.º 5, do artigo 15.º da Lei n.º 107/ 2001, de 8 de Setembro.

2.4. Inventário de imóveis pertencentes a igrejas e a outras comunidades religiosas (sendo mais comuns os bens pertencentes à Igreja Católica) e, por essa razão, nos termos do n.º 5 do artigo 94.º da Lei n.º 107/ 2001, de 8 de Setembro, a sua classificação incumbir exclusivamente ao Estado.

3. 3. 3.

3. PATRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALPATRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALPATRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPALPATRIMÓNIO DE INTERESSE MUNICIPAL

Como matéria fulcral do trabalho foi elaborado o inventário do património cultural imóvel de interesse municipal, com vista a sua classificação.

3.1. PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DE BEM IMÓVEL COMO DE INTERESSE MUNICIPAL

A Lei n.º 75/ 2013, de 12 de setembro, estabelece o regime jurídico das autarquias locais, aprova o estatuto das entidades intermunicipais, estabelece o regime jurídico da transferência de competências do Estado para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais e aprova o regime jurídico do associativismo autárquico.

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Esta Lei estabelece na alínea t) do n.º 1 do artigo 33.º como competência da câmara

municipal: “Assegurar, incluindo a possibilidade de constituição de parcerias, o

levantamento, classificação, administração, manutenção, recuperação e divulgação do património natural, cultural, paisagístico e urbanístico do município, incluindo a construção

(sic) de monumentos de interesse municipal”.

O Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro, no seu artigo 57.º determina que compete à Câmara Municipal a classificação de bem imóvel como de interesse municipal, tal como esta categoria de bem é definida no n.º 6 do artigo 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de

Setembro (“Consideram-se de interesse municipal os bens cuja proteção e valorização, no

todo ou em parte, representem um valor cultural de significado predominante para um determinado município.”).

O ANEXO II DESTE RELATÓRIO CONSTITUI UM FLUXOGRAMA DE TODO O PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS DE INTERESSE MUNICIPAL. 3.1.1. ABERTURA DO PROCEDIMENTO

Submete Submete Submete

Submete----se se se a decisão a aprovação do inventário realizado e a abertura do procedimento se a decisão a aprovação do inventário realizado e a abertura do procedimento a decisão a aprovação do inventário realizado e a abertura do procedimento a decisão a aprovação do inventário realizado e a abertura do procedimento de classificação

de classificação de classificação

de classificação dos monumentos,dos monumentos,dos monumentos, conjuntos dos monumentos,conjuntos conjuntos e sítios conjuntos e sítios e sítios e sítios que constam desse inventário.que constam desse inventário.que constam desse inventário.que constam desse inventário.

A decisão de abertura do procedimento constitui o primeiro passoprimeiro passoprimeiro passoprimeiro passo para a classificação dos

bens imóveis inventariados, a qual será comunicada à Direção Geral do Património Cultural e à Direção Regional de Cultura do Norte, em conformidade com o artigo 61.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro, que se pronunciarão nos termos do artigo 94.º da Decreto-Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro.

Haverá lugar a notificação dos proprietários dos imóveis e à publicação da decisão de abertura do procedimento de classificação, em Anúncio na 2.ª Série do Diário da República.

Haverá ainda lugar à divulgação na página eletrónica da Câmara Municipal de Matosinhos e pela afixação de Edital nos lugares de estilo.

Será comunicada a decisão às juntas de freguesia onde se localizam os imóveis a classificar.

3.1.2. PROJETO DE DECISÃO DE CLASSIFICAÇÃO

A aprovação pela Câmara do projeto de decisão de classificação constituirá o segundo segundo segundo segundo

passo passo passo

passo para a classificação dos bens imóveis inventariados.

Após a comunicação da decisão de abertura do procedimento de classificação dos imóveis a todos os intervenientes e emitido o parecer do órgão consultivo competente nos termos

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do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, a Câmara Municipal aprovará o projeto de decisão de classificação.

A aprovação do projeto de decisão de classificação será seguida de audiência dos interessados, tal como definido no artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, conjugado com o n.º 2 do artigo 57.º do mesmo diploma.

Será objeto de publicação na 2.ª Série do Diário da República e de notificação por via dessa mesma publicação, pela página eletrónica da Câmara Municipal e por afixação em locais onde possa o processo administrativo ser consultado. Serão ouvidas as juntas de freguesia onde se localizem os imóveis a classificar.

3.1.3. CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO

A aprovação final pela Câmara da classificação dos imóveis constituirá o terceiro e último terceiro e último terceiro e último terceiro e último

passo passo passo

passo para a classificação dos bens imóveis inventariados.

Serão ponderadas as observações dos interessados e das entidades consultadas e elaborado um relatório final.

A decisão final do procedimento de classificação de bem imóvel como de interesse municipal será comunicada à Direção Geral do Património Cultural e à Direção Regional de Cultura do Norte, em conformidade com o artigo 61.º do Decreto-Lei n.º 309/ 2009, de 23 de Outubro. A Câmara Municipal promoverá a publicação e a notificação dos interessados. 3.2. INVENTÁRIO REALIZADO, PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO E EFEITOS DESTAS AÇÕES Procedeu-se ao registo dos imóveis que o conhecimento da história do lugar no contexto do território do concelho, e até da região e do país, identifique como bens culturais, com vista à sua classificação.

Deste registo resultará o estabelecimento em cada lugar de uma estrutura patrimonial de base protegida por uma restrição de utilidade pública.

A classificação dos imóveis constitui o A classificação dos imóveis constitui o A classificação dos imóveis constitui o

A classificação dos imóveis constitui o único mecanismo legal de proteção dos mesmos do único mecanismo legal de proteção dos mesmos do único mecanismo legal de proteção dos mesmos do único mecanismo legal de proteção dos mesmos do

seu desaparecimento. seu desaparecimento. seu desaparecimento. seu desaparecimento.

O trabalho incide sobre o património cultural imóvel, aludindo às categorias previstas na legislação incidente – monumentos, conjuntos e sítios. Pretende-se que deste trabalho resulte a classificação de todos os bens inventariados.

A iniciativa de classificação do património cultural imóvel do Concelho na graduação de interesse municipal implicará a disponibilização de mecanismos de controlo prévio e de responsabilização em relação a todas as obras e intervenções nos imóveis, conforme prevê o Decreto-Lei n.º 140/2009, de 15 de Junho.

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Este diploma confere às câmaras municipais competência em matéria de administração do património cultural, no que respeita ao acompanhamento das obras e intervenções nos bens de interesse municipal.

Prevendo o referido diploma a apresentação de um relatório prévio e de um relatório final, da responsabilidade de técnico habilitado e posterior arquivo final, caberá também à Câmara Municipal a gestão destes procedimentos.

O inventário corresponde a uma seleção de elementos que foram destacados da ocupação analisada, com base nos critérios genéricos de apreciação previstos na Lei de bases do património (Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro).

Aos bens foram identificadas qualidades próprias que lhes conferem interesse patrimonial dentro de critérios, tais como: o seu caráter matricial; o génio do respetivo criador; o seu interesse como testemunho simbólico ou religioso; o seu interesse como testemunho notável de vivências ou factos históricos; o seu valor estético, técnico ou material intrínseco; a sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística; a sua extensão e o que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva; a sua importância do ponto de vista da investigação histórica ou científica; as circunstâncias suscetíveis de acarretarem diminuição ou perda da sua perenidade ou integridade.

A avaliação do interesse cultural dos bens imóveis incidiu sobre os domínios estabelecidos no Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro, tais como: o histórico; o arqueológico; o arquitetónico; o artístico; o etnográfico; o científico; o social; o industrial; o técnico, demonstrando o bem, separada ou conjuntamente, valores de memória, antiguidade, autenticidade, originalidade, raridade, singularidade ou exemplaridade.

Do inventário do património cultural imóvel do concelho e do conjunto dos imóveis classificados e em vias de classificação que resultará:

a) A constituição da Carta do Património do Plano Diretor Municipal e integração do domínio do património cultural imóvel na sua Planta de Condicionantes;

b) A necessária interação com as ações para as Áreas de Reabilitação Urbana já estabelecidas para o concelho;

c) Aprovação pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal de um regulamento para intervenções nos bens imóveis de interesse municipal que constituirá um elemento integrante do inventário e da classificação do património cultural imóvel;

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d) Na elaboração do regulamento de urbanização e edificação municipal será considerada a necessidade de se remeter para o “regulamento para intervenções nos bens imóveis de interesse municipal” o enquadramento das operações urbanísticas nos imóveis classificados ou em vias de classificação;

e) Os proprietários dos imóveis classificados beneficiarão dos incentivos fiscais previstos na lei.

NO ANEXO IV, APRESENTA-SE OS INCENTIVOS À PRESERVAÇÃO DOS BENS CULTURAIS IMÓVEIS.

3.2.1. CATEGORIAS DOS BENS

3.2.1.1. MONUMENTOS - CRITÉRIOS DE CONSIDERAÇÃO COMO MONUMENTO

Optou-se por diferenciar o monumento, não só por corresponder a um imóvel individualmente registado, mas também porque se atribui maior relevância patrimonial ao bem assim considerado. Este entendimento de monumento permite resolver alguma da disparidade entre o conceito de monumento da legislação do património cultural e o atributo de “individualmente classificado” patente no Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Integram-se neste grupo os imóveis de relevante valor cultural. Foram selecionados os imóveis notáveis pelo seu interesse arquitetónico e artístico, histórico, arqueológico, científico, social ou técnico, com forte presença nos critérios de autenticidade, originalidade, singularidade ou exemplaridade.

Constituindo objetos de valor patrimonial próprio e insubstituível, os monumentos foram ordenados em grupos.

Os grupos constituídos refletem a característica intrínseca da ocupação do território que conforma atualmente o concelho de Matosinhos, atribuindo-lhe uma índole singular e diferenciativa.

Os monumentos foram divididos de acordo com a sua génese tipológica nos seguintes grupos: a) Arquitetura pública; b) Arquitetura residencial; c) Arquitetura religiosa; d) Arquitetura industrial; e) Arquitetura piscatória; f) Casas de lavoura; g) Moinhos; h) Fontes.

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3.2.1.2. CONJUNTOS - CRITÉRIOS DE CONSTITUIÇÃO DOS CONJUNTOS Os conjuntos correspondem à categoria de maior presença no inventário.

São agrupamentos de construções caracterizadores do espaço urbano ou rural, com especial interesse arquitetónico, artístico, histórico, arqueológico, científico, social ou técnico.

Os conjuntos foram divididos de acordo com a sua génese tipológica em conjuntos urbanos, conjuntos rurais e conjuntos piscatórios.

Esta diferenciação em conjuntos tão abrangentes resulta do facto dos lugares que constituem o território do concelho serem heterogéneos nas funções que acolheram. Estas funções, por sua vez, reportam a épocas distintas que convivem no presente no mesmo espaço urbano ou rural.

Os conjuntos piscatórios foram diferenciados por terem uma natureza muito especializada e só poderem ser verdadeiramente identificáveis em Lavra.

Os conjuntos incluem as seguintes situações:

a) Agrupamentos de imóveis que constituem aglomerados, partes de aglomerado ou frentes urbanas;

b) Setores de estrutura urbana, rural ou piscatória que formam a memória do lugar, permitindo a leitura da história da ocupação, constituindo fatores de identidade e suficientemente coerentes para serem objeto de uma delimitação territorial.

3.2.1.3. SÍTIOS

A matriz da classificação como sítio reside no interesse arqueológico do lugar, mas para a classificação deste concorrem também as suas qualidades ambientais, o seu interesse estético, turístico e o possível contributo para o bem-estar da comunidade.

Os sítios constituem obras combinadas do homem e da natureza parcialmente construídas e constituindo espaços suficientemente característicos e homogéneos para serem objetos de uma delimitação topográfica.

3.2.1.4. ÁREAS COM POTENCIALIDADES ARQUEOLÓGICAS (APA)

O registo das áreas com potencialidades arqueológicas constituiu ao longo do trabalho desenvolvido uma preocupação da Comissão do Património Arquitetónico e Histórico. Este registo acompanhou sempre a elaboração da Carta Arqueológica do Concelho.

Por razões operacionais e de eficácia de procedimentos, considerou-se de tratar separadamente o Património Arqueológico do Concelho.

NO ANEXO III, APRESENTA-SE O ENQUADRAMENTO LEGAL DO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO.

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3.3. PROCEDIMENTO DE DESCLASSIFICAÇÃO DE UM BEM IMÓVEL DE INTERESSE MUNICIPAL

Nos termos do artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 308/2009, de 23 de Outubro, ao procedimento de desclassificação aplicam-se, com as necessárias adaptações, as disposições previstas para a classificação.

O ANEXO V DESTE RELATÓRIO CONSTITUI UM FLUXOGRAMA DE TODO O PROCEDIMENTO DE DESCLASSIFICAÇÃO DOS BENS IMÓVEIS DE INTERESSE MUNICIPAL. MARÇO DE 2016

COMISSÃO DO PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO E HISTÓRICO, ELEMENTOS EFETIVOS:

António Rodrigues Moreira Maia, Arquiteto; Maria Raquel Moreira Mendes Castro, Arquiteta; Maria Conceição Leite Pires, Arqueóloga.

Colaboração: Maria João Ferreira Gomes Rodrigues, Arquiteta. ELEMENTOS SUPLENTES:

Paula Cristina Relvas Rodrigues Penhor, Arquiteta; José Manuel Pinto Varela, Arqueólogo

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ANEXO I – Integração dos bens imóveis no património cultural BENS MÓVEIS Categorias: Audiovisual; Bibliográfico; Fonográfico; Arqueológico (vestígios); Arquivistico; Outras;

Bens móveis integrados em bens imóveis; PATRIMÓNIO CULTURAL Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro BENS IMÓVEIS Categorias: Monumentos; Conjuntos; Sítios; BENS IMATERIAIS Categorias: Expressões orais;

Modos tradicionais de fazer; TODOS OS BENS CULTURAIS

Interesse Nacional / Interesse Público / INTERESSE MUNICIPAL

Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23 de Outubro

Procedimento de classificação; Zonas de proteção e do plano de pormenor de salvaguarda;

Lei n.º 140/2009, de 15 de Junho

Regime jurídico dos estudos, projetos, relatórios, obras ou intervenções sobre bens culturais classificados, ou em vias de classificação, de interesse nacional;

(11)

FORMA DE

INTERESSADOS FOR SUPERIOR A 10 e obedece ao CPA

ABERTURA DO PROCEDIMENTO

PRIMEIRO LUGAR

PASSAM A APLICAR-SE OS EFEITOS DA ABERTURA DO PROCEDIMENTO

POR

DO LOCAL DE CONSULTA;

LOCAIS DE CONSULTA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO JUNTAS DE FREGUESIA

PARTIR DA DATA DA

PELA DGPC

NUNCA INFERIOR A 30 DIAS

NO PRAZO DE 8 DIAS? DO LOCAL DE CONSULTA; A PUBLICAR NO DR e POR 8 DIAS? A PUBLICAR NO DR e NO PRAZO DE 30 DIAS CULTURAL NORTE NO PRAZO DE 30 DIAS e INTERESSE MUNICIPAL

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ANEXO III – Enquadramento legal do património arqueológico

PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO

OBSERVAÇÕES

A realização das escavações e outros trabalhos arqueológicos (acompanhamentos, sondagens, prospeções, etc.) é regulamentada pelo Decreto-Lei 164/2014, de 4 de Novembro (Regulamento de Trabalhos Arqueológicos). Nos termos do mesmo decreto-lei compete à Direção-Geral do Património Cultural a verificação das competências dos técnicos (número 3 do artigo 4.º) e a emissão da respetiva autorização para a realização dos trabalhos (artigo 6.º). A fiscalização dos trabalhos arqueológicos, após terem sido devidamente autorizados pela DGPC, compete à mesma entidade através da Direção Regional de Cultura que terá também de aprovar o relatório final (artigo 16.º).

O acompanhamento por parte dos arqueólogos municipais dos trabalhos previamente autorizados pela Direção-Geral do Património Cultural é assim complementar e serve para atualizar a informação existente no município sobre os sítios.

Cada operação urbanística necessita de uma autorização específica da DGPC para a realização de trabalhos arqueológicos, que analisa a qualificação curricular dos técnicos e plano de trabalho proposto.

TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS

- A realização de trabalhos arqueológicos será obrigatoriamente dirigida por arqueólogos e carece de autorização a conceder pelo organismo competente da administração do património cultural. (Número 4 do artigo 77.º, da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro) - Os promotores das obras ficam obrigados a suportar, por meio das entidades competentes, os custos das operações de arqueologia preventiva e de salvamento tornadas necessárias pela realização dos seus projectos. (Número 3 do artigo 79.º, da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro)

DEVERES DO ESTADO

(Número 1 do artigo 76.º, da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro)

- Criar, manter e atualizar o inventário nacional georreferenciado do património arqueológico imóvel;

- Articular o cadastro da propriedade com o inventário nacional georreferenciado do património arqueológico; - Estabelecer a disciplina e a fiscalização da atividade de arqueólogo.

SERVIÇOS MUNICIPAIS:

(Número 1 e 2 do artigo 93.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro)

- As regiões autónomas e os municípios comparticipam com o Estado na tarefa fundamental de proteger e valorizar o património cultural do povo português (...).

- Sem prejuízo das reservas das atribuições e competências próprias, o Estado, as Regiões Autónomas e os municípios articularão entre si a adopção e execução das providências necessárias (...) e os respectivos órgãos assegurarão a prestação recíproca de auxílio entre os serviços e instituições deles dependentes (...).

PERÍMETROS DA CARTA ARQUEOLÓGICA

Número 2 do artigo 75.º, da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro (FORMAS E REGIME DE PROTEÇÃO)

Em qualquer lugar onde se presuma a existência de vestígios, bens ou outros indícios arqueológicos, poderá ser estabelecido com caracter preventivo e temporário, pelo órgão da administração do património cultural competente, uma reserva arqueológica de proteção, por forma a garantir a execução de trabalhos de emergência, com vista a determinar o seu interesse.

CARTAS DO PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO Número 1 do artigo 79.º, da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro

Na elaboração dos instrumentos de planeamento territorial, deverá ser tido em conta, o salvamento da informação arqueológica contida no solo e subsolo dos aglomerados urbanos, nomeadamente através da elaboração de cartas do património arqueológico.

Nenhum plano é aprovado pelas entidades competentes sem conter a informação arqueológica.

Em 30 de Julho de 2013 foi apresentada à Câmara Municipal a folha de polígonos, com a denominação de Carta Arqueológica - Polígonos de Reserva Arqueológica.

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ANEXO IV – Incentivos legais

INCENTIVOS À PRESERVAÇÃO DOS BENS CULTURAIS IMÓVEIS DE INTERESSE

MUNICIPAL

MONUMENTOS

alínea n) do n.º 1 do artigo 44º do Estatuto dos Benefícios Fiscais: ESTÃO ISENTOS DE IMI "Os prédios classificados como monumentos

nacionais e os prédios individualmente classificados como de interesse público ou de interesse municipal, nos termos da legislação aplicável."

CONJUNTOS E SÍTIOS

n.º 12 do art.º 112.º do Código do IMI

"Os municipios, mediante deliberação da assembleia municipal, podem fixar uma REDUÇÃO ATÉ 50% da taxa que vigorar no ano a que respeita oo imposto a aplicar aos prédios classificados como de interesse público, de valor municipal ou património cultural, nos termos da respetiva legislação em vigor, desde que estes pédios não se encontrem abrangidos pela alínea n) do n.º 1 do artigo 44º do EBF."

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POR DO LOCAL DE CONSULTA; PARTIR DA DATA DA NO PRAZO DE 8 DIAS? DO LOCAL DE CONSULTA; A PUBLICAR NO DR e POR 8 DIAS? A PUBLICAR NO DR e NO PRAZO DE 30 DIAS CULTURAL NORTE NO PRAZO DE 30 DIAS e

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