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Pesquisa e Ação V4 N3: Novembro de 2018 ISSN

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Academic year: 2021

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Pesquisa e Ação V4 N3: Novembro de 2018 ISSN 2447-0627

DIFERENÇA DO EQUILÍBRIO CORPORAL ENTRE IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA COM IDOSOS SEDENTÁRIOS: UMA REVISÃO DE

LITERATURA1

Janete Cirinalva dos Santos2; Laís de Melo Sassaki2 DEDICATÓRIA

Dedicamos esse trabalho aos nossos familiares, amigos e professores que nos apoiaram e fizeram parte de todos os processos de elaboração.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus que nos deu força e coragem para vencer todos os obstáculos e dificuldades enfrentadas durante o curso, todas as pessoas, familiares e amigos, que nos ajudaram no desenvolvimento deste trabalho, mesmo que indiretamente, com o apoio e paciência ao ouvir nossas dúvidas e aflições. Ás nossas orientadoras Luciana e Laila, pela dedicação e paciência nas explicações.

A todos os professores pelas “dicas” e orientações prestadas ao grupo, que mesmo não sendo nossos orientadores disponibilizaram um pouco de seu tempo para nos atender, o que nos levou ao desenvolvimento de muitas ideias.

RESUMO

Introdução: O envelhecimento é um processo dinâmico, progressivo e fisiológico, acompanhado por modificações morfológicas e funcionais, assim como modificações bioquímicas e psicológicas, resultando na diminuição da reserva funcional dos órgãos e aparelhos. Com o envelhecimento ocorrem perdas funcionais, com isso o idoso tem uma maior predisposição a quedas. Objetivo Geral: Revisar a literatura sobre a comparação da capacidade funcional e o equilíbrio de idosos sedentários e praticantes de atividade física. Métodos: Trata-se de um estudo teórico através de revisão de literatura, com busca nas bases de dados SCIELO, PUBMED e BIREME entre os anos de 2009 e 2016, na língua portuguesa Resultados: De acordo com os estudos realizado, a prática regular de atividades físicas tem influência positiva sobre a manutenção do controle postural e, consequentemente, proporciona um menor risco de quedas. As evidências indicam que as intervenções da atividade física ajuda em diversos benefícios para a saúde. Considerações Finais: Com base nos dados encontrados na literatura considerou-se que a eficácia da prática regular de atividades físicas tem influência positiva sobre a manutenção do controle postural e, consequentemente, proporciona um menor risco de queda entre idosos fisicamente ativos.

Palavras-chave: Equilíbrio Corporal, Idosos, Atividade Física, Sedentarismo

ABSTRACT

Introduction: Aging is a dynamic, progressive and physiological process, accompanied by morphological and

functional changes, as well as biochemical and psychological changes, resulting in a decrease in the functional reserve of organs and devices. With aging, functional losses occur, so the elderly have a greater predisposition to

1 Trabalho de Conclusão, apresentado junto ao Curso de Fisioterapia, do Centro Universitário Brazcubas, como requisito parcial para obtenção do título de Fisioterapeuta. Mogi das Cruzes, 2018. Orientadora de Conteúdo: ProfaMs. Luciana Alécio Cabanelas. Orientadora Metodológica: ProfaMs. Laila Moussa.

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falls. General Objective: To review the literature on the comparison of functional capacity and the balance of sedentary elderly and physical activity practitioners. Methods: This is a theoretical study through a literature review, with a search in the SCIELO, PUBMED and BIREME databases between the years 2009 and 2016, in the Portuguese language. Results: According to the studies carried out, the regular practice of physical activities has a positive influence on the maintenance of postural control and, consequently, provides a lower risk of falls. Evidence indicates that physical activity interventions help in several health benefits. Final Considerations: Based on data found in the literature, it was considered that the efficacy of regular physical activity has a positive influence on the maintenance of postural control and, consequently, provides a lower risk of falls among physically active elderly

Keywords: Body Balance, Elderly, Physical Activity, Sedentary Lifestyle.

Sumário

1. Introdução; 2. Justificativa; 3. Objetivos; 4. Metodologia; 5. Resultados; 6. Discussão; 7. Considerações Finais; 8. Referências

1 INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento provoca diversas modificações biológicas, psicológicas e sociais. Dentre as biológicas, destaca-se a diminuição de capacidades físicas como força, flexibilidade, capacidade cardiorrespiratória e equilíbrio corporal (PAPALÉO NETTO, 2007), sendo componentes importantes no controle da instabilidade que está diretamente relacionado a ocorrência de quedas (RICCI et al. 2009).

Dentre as consequências mais comuns das quedas em idosos, está o aumento do medo de cair (RIBEIRO et al, 2008).

Apesar de mais prevalente em idosos inativos fisicamente, o medo de cair também é presente entre aqueles que praticam atividade física (ANTES, et al, 2013).

Define o envelhecimento como um processo gradual, universal e irreversível, provocando uma perda funcional progressiva no organismo. Esse processo é caracterizado por diversas alterações orgânicas, por exemplo, como a redução do equilíbrio e da mobilidade, das capacidades fisiológicas (respiratória e circulatória) e modificações psicológicas maior vulnerabilidade à depressão. (NAHAS, 2006)

Hoje, o Brasil atinge os mais elevados níveis de população idosa. No entanto, conseguir viver por mais tempo nem sempre é sinônimo de viver melhor. A velhice pode estar associada ao sofrimento, aumento da dependência física, declínio funcional, isolamento social, depressão e improdutividade, entre outros fatores que não representam significados positivos. Porém, é possível viver mais com uma qualidade de vida melhor, através da busca do envelhecimento com independência e autonomia, com boa saúde física e mental, enfim, com um envelhecimento saudável e ativo (VILELA, et al, 2006; ÁVILA , et al, 2007).

A perda da massa muscular e consequentemente da força muscular é um dos principais processos verificados no envelhecimento. Afetando diretamente a mobilidade e a

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capacidade funcional, o que implica na perda de autonomia do idoso (GONÇALVES et al, 2005).

Entretanto, uma das estratégias testada e bem-sucedida é atividade física regular e sistemática. Não só por aumentar ou manter a aptidão física da população idosa, mas também por melhorar o bem-estar funcional, e consequente diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre essas populações (OKUMA, 1998).

A prática do exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde como nas capacidades funcionais. (ALVES, 2004).Por tanto, a determinação da capacidade funcional é essencial para o diagnóstico das necessidades de uma população servindo de parâmetro para subsidiar a elaboração de programas direcionados á manutenção ou desenvolvimento da autonomia e independência funcional do idoso (JUNIOR et al, 2011).

O decréscimo da capacidade funcional é provocado, em grande parte, pelo desuso procedente do sedentarismo, o que pode ser melhorada pela prática regular de exercícios ou adoção de um estilo de vida mais ativo, protelando os efeitos nocivos causados pelo processo de envelhecimento (NAHAS, 2006), e auxiliando no tratamento ou controle de doenças crônico-degenerativas, manutenção das funções locomotivas, melhor desempenho na realização das atividades da vida diária e um maior grau de independência e autonomia, permitindo que o idoso permaneça ativo e com uma boa qualidade de vida (OKUMA, 1998).

Dessa maneira, a prática de exercícios demonstra ser uma alternativa eficaz para prevenir, gerenciar e manter uma boa capacidade funcional (GEREZ et al. 2010; BUSSE et al. 2009), uma vez que a restrição de atividades de vida diária apresenta-se dentre as principais implicações do medo de cair (LENZE; WETHERELL, 2011).

2 JUSTIFICATIVA

Durante o processo de envelhecimento o corpo naturalmente sofre alterações do equilíbrio, interferindo na marcha, aumentando o risco de quedas sendo esse o principal fator contribuinte para as queixas de acidentes. Visto que a perda de equilíbrio não está somente nos idosos sedentários, mas também em idosos ativos. Considerando então que a prática de exercício físico traz benefícios para essa população, melhorando sua qualidade de vida, e diminuindo essa probabilidade de quedas. Buscou-se com este trabalho compreender a importância dos exercícios físicos nos idosos sedentários e idosos praticantes de atividades físicas.

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3 OBJETIVOS Geral

Revisar a literatura sobre a comparação da capacidade funcional e o equilíbrio de idosos sedentários e praticantes de atividade física.

Específicos

Analisar a metodologia empregada buscando os principais testes e formas de avalição do idoso;

Comparar as modalidades de atividade física; Comparar os resultados obtidos.

4 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo teórico através de revisão de literatura, com busca nas bases de dados SCIELO, PUBMED e BIREME entre os anos de 2009 e 2016. Foi utilizada a combinação dos seguintes descritores: equilíbrio corporal, idosos, atividade física e sedentarismo.Como critérios de inclusão foram adotados: artigos publicados entre os anos de 2009 a 2016, que tratassem de estudos originais experimentais e estudos de caso, que avaliassem a diferença do equilíbrio em idosos sedentários e praticantes de atividades físicas, na língua portuguesa.

Já os critérios de exclusão foram artigos de revisão de literatura, e artigos em outros idiomas. Após a busca, os resumos dos artigos foram lidos pelas autoras para a seleção dos que se enquadrassem nos critérios de inclusão e exclusão. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra para a identificação dos principais testes utilizados, a comparação entre os grupos e a identificação das principais alterações no idoso dos estudos selecionados. Os resultados encontrados foram tabulados e descritos nos resultados.

5 RESULTADOS

Na Tabela 1 estão demonstrados os resultados dos artigos, listados em ordem de autor, objetivo, métodos, resultados, conclusão e os instrumentos utilizados para a coleta de dados.

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Tabela 01 - Artigos encontrados para a pesquisa.

AUTOR-ANO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS

PIMENTEL, SCHEICH et al, 2009

Comparar o risco de quedas entre idosos sedentários e ativos, verificando como a prática de exercício físico se reflete no desempenho dos sujeitos.

Amostra:70 idosos divididos em dois grupos: GA (ativos) e GS (sedentários), ambos com 35 pessoas. Para compor o grupo de ativos precisavam ter as seguintes características: realizar atividades físicas como alongamento, exercícios aeróbios (caminhadas) e exercícios com pesos, 2x sem. (50 min. cada) há pelo menos 6 meses. Avaliação: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB).

O desempenho médio no grupo sedentário foi 47 e no ativo 53 pontos, revelando uma diferença significativa nos escores da escala de Berg. A análise dos escores evidenciou que o grupo sedentário apresentou 15 vezes mais risco de quedas do que o grupo ativo.

BURANELLO, CAMPOS, et al ,2011

Avaliar se a prática regular de atividades físicas influencia ou não na manutenção do equilíbrio corporal e, consequentemente, atua na prevenção de quedas entre idosas.

Amostra: 40 idosas divididas em dois grupos, o ativo (GA, n=20) e o sedentário (GS, n=20). No GA, elas teriam que estar praticando atividades físicas regularmente há, pelo menos, dois anos, com frequência mínima de duas vezes por semana. Dentre as modalidades estão a hidroginástica, voleibol adaptado, caminhada e ginástica. Avaliação: consistiu de um questionário de identificação direcionado à prática de atividades físicas e à incidência de quedas nos últimos seis meses, da Escala de Equilíbrio de Berg e do teste Timed “Upand Go”.

Foram analisados estatisticamente, o que permitiu que fosse confirmada a associação positiva entre a prática de atividades físicas e a manutenção do equilíbrio corporal, tanto na EEB quanto no TUG, o que resulta, consequentemente, num menor risco de queda entre idosas que praticam atividades físicas.

CARMELO; GARCIA (2011)

Avaliar e comparar o equilíbrio dinâmico sob a condição de tarefa única e de dupla-tarefa de idosas praticantes de exercício físico regular e idosas sedentárias.

Amostra: 28 idosas, sendo 14 não sedentárias (NS) que praticavam exercício físico regular, modalidade hidroginástica e yoga e 14 sedentárias (S). Avaliação: Timed Get up and Go simples (TUG) e associado à tarefa motora (carregar uma bandeja com dois copos plásticos vazios) e à tarefa cognitiva (contar regressivamente a partir de cem).

O grupo NS apresentou tempo médio de desempenho do TUG simples de 9,40 seg, caracterizando ausência de alterações de mobilidade e equilíbrio, e o grupo S apresentou tempo médio de 11,21 segundos, caracterizando maior lentidão para mobilidade e equilíbrio, porém com manutenção da independência para execução de atividades básicas.

HELRIGLE, FERRI et al,

2013 Comparar a influência daprática de diferentes modalidades de treinamento físico e do hábito de caminhar sobre o equilíbrio funcional de idosos.

Amostra: 135 idosos, divididos em dois principais grupos: grupo sedentário (n = 76) e grupo treinado (n = 59). Foram considerados sedentários os indivíduos que não praticaram treinamento físico regular nos seis meses prévios ao estudo, e treinados os que praticaram regularmente, nos

125 idosos apresentaram valores da EEB maiores que 45, já 8 idosos apresentaram valores menores ou iguais a 45 e somente 2 obtiveram valores menores ou iguais a 36. Em relação às médias dos escores obtidos, os idosos sedentários inativos e ativos atingiram valores de 48 e 52 respectivamente. Os

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últimos seis meses, pelo menos duas sessões semanais de atividade física estruturada, com duração de aproximadamente 50 minutos e dirigidas para vários componentes de aptidão física (treino de resistência aeróbia, força muscular e flexibilidade). De acordo com o hábito de caminhar fora de casa, os idosos sedentários foram distribuídos em dois subgrupos: sedentários inativos (n = 39) e sedentários ativos (n = 37). Os idosos ativos tinham o hábito de caminhar fora de casa por mais de quatro quarteirões, pelo menos três vezes semanais, nos seis meses prévios ao estudo. Dentro do grupo treinado os idosos foram distribuídos em subgrupos de acordo com a modalidade praticada: caminhada (n = 24), musculação (n = 10) e hidroginástica (n = 25). Avaliação: Escala de Equilíbrio de Berg (EEB).

idosos treinados praticantes de hidroginástica obtiveram escore de 54, praticantes de musculação e caminhada apresentaram escore de 53. A análise estatística mostrou que os indivíduos sedentários ativos e os treinados obtiveram maior valor atingido na EEB em comparação com os sedentários inativos. HAUSER, SANDRESCHI, et al 2015 Comparar as capacidades físicas de idosos praticantes de atividade física de acordo com a preocupação com a possibilidade de cair.

Amostra: 144 idosos praticantes de atividade física, divididos em dois grupos com e sem medo de cair, (G1= nenhuma ou baixa preocupação com medo de cair; G2= alta preocupação com medo de cair). Avaliação: a preocupação com a possibilidade de cair foi avaliada pela escala Falls EfficacyScale– International (FES-I-BRASIL) e as capacidades físicas (força, flexibilidade, resistência aeróbica e mobilidade física) pela bateria de teste motor Senior Fitness Test.

Quanto à comparação do teste Senior Fitness Test, foi verificada diferença significativa nos testes que avaliam força de membros inferiores (Levantar e sentar da cadeira), força de membros superiores (Flexão de antebraço),agilidade e equilíbrio dinâmico (Sentado, caminhar 2,44m e voltar a sentar) e resistência aeróbia (Andar 6 minutos); demonstrando que os idosos (G1) apresentam melhores resultados nesses testes do que o (G2). Também foi verificado efeito moderado da preocupação com a possibilidade de cair nos testes de força, e efeito pequeno de agilidade ,equilíbrio dinâmico e de resistência aeróbia.

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GRÁFICO 2- Comparação das principais atividade física, adotadas pelos idosos nos artigos

avaliados.

Observa-se no gráfico 2 que a caminhada, a hidroginástica e a musculação são as principais atividades físicas adotadas pela população idosa.

GRÁFICO 3- Estão os principais testes utilizados

Os testes utilizados para avaliação estão no gráfico 3, observou-se que o Teste de Berg e o TUG são os mais utilizados para a avaliação da funcionalidade do equilíbrio em idosos.

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6 DISCUSSÃO

Com o envelhecimento, o corpo humano passa por um período de transformações que geram declínio de algumas capacidades físicas. Um dos principais fatores que limitam a vida do idoso hoje é a alteração no equilíbrio postural. Esta revisão indica que idosos praticantes de exercício físico, seja ele aeróbio ou resistido, apresentam melhor mobilidade que aqueles que não o praticam. O medo de cair é um problema de saúde comum e significativo que pode levar ao declínio funcional, mas é potencialmente modificável.

Utilizar instrumentos de avaliação que verifiquem as respostas do equilíbrio dos idosos representa uma importante ferramenta para propor propostas de intervenções para minimizar os riscos que estão relacionados à instabilidade. No estudo de Carmelo et al. (2011), o uso da avaliação pela escala de TUG evidenciou um resultado significativamente entre os dois grupos, apesar da ausência iminente de risco de queda para os dois grupos, considerando os pontos de corte descritos na literatura,a avaliação do equilíbrio postural nas diferentes situações propostas pelo presente estudo mostrou que o desempenho das idosas não-sedentárias nos testes de tarefa única e de dupla-tarefa motora foi significativamente melhor do que as idosas sedentárias.

Em todos os estudos, há uma associação de outros instrumentos de avaliação com intuito de complementar o processo avaliativo. Para Pimentel et al. (2009), quanto menor o desempenho na EEB, maior é a probabilidade de queda em idosos, e mesmo os idosos que apresentarem pontuação máxima dos escores 56 na EBB ainda têm chance de 10% de quedas. A probabilidade desses 10% de quedas deve-se aos inúmeros fatores que predispõem um indivíduo às quedas, além disso, defender que somente a prática de atividades físicas pode reduzir o risco de quedas é inconsistente.

Porém Buranello et al.(2011) avaliaram os idosos através da prática de algumas atividade físicas e afirma que os idosos sedentários possuirem maior risco de quedas através da classificação da EEB, pela análise do risco de quedas com o teste TUG, mostrou associação altamente significativa entre atividade física e risco de queda o que demonstra, assim, maior risco de quedas entre os sedentários, ou seja os idosos que praticam atividades físicas regularmente possuem melhor equilíbrio corporal e, consequentemente, um menor risco de queda. Concluindo que de acordo com o estudo realizado, a prática regular de atividades físicas tem influência positiva sobre a manutenção do controle postural e, consequentemente, proporciona um menor risco de quedas.

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As evidências indicam que as intervenções da atividade física resultam em diversos benefícios para a saúde. O risco de quedas por si não é uma condição restrita ao equilíbrio, está associado a outros fatores como mobilidade e funcionalidade. Diversos estudos utilizam a EEB e o TUG como instrumento de avaliação e comprovaram a eficácia de programas de atividades físicas de diversas modalidades na melhora do equilíbrio e consequente redução do risco de queda em idosos.

Observa-se que os idosos que realizam qualquer tipo de treinamento físico apresentam melhora no equilíbrio, da mobilidade e da função muscular e isso, possivelmente, diminui o risco de quedas e aumenta a independência nas atividades diárias.

Melhorando a função e o equilíbrio corporal dos idosos é provável que haja diminuição do número de quedas. Assim, a melhor forma de intervir sobre a queda seria realizando sua prevenção por meio de exercícios de fácil aplicação, baixo custo, de caráter preventivo e curativo em relação às alterações do equilíbrio.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos idosos, o medo de cair em idosos é um problema de saúde comum e significativo que pode levar ao declínio funcional, mas é potencialmente modificável.

A partir dos resultados encontrados neste estudo pode se concluir que a eficácia da prática regular de atividades físicas tem influência positiva sobre a manutenção do controle postural e, consequentemente, proporciona um menor risco de queda entre idosos fisicamente ativos.

Diante da prática de atividade física observa se que há uma oportunidade de estimular e avaliar formas de manutenção do equilíbrio e promoção da saúde para prevenção de quedas, por meio de independência funcional da população idosa.

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8 REFERÊNCIAS

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3 - ÁVILA AH et al. Se o velho é o outro, quem sou eu? A construção da autoimagem na velhice. Pensamento Psicológico. v. 3, n. 8, 2007. 7-18.

4 - BURANELLO, MC et al. Equilíbrio corporal e risco de queda em idosas que praticam atividade física e sedentárias. RBCEH. v. 8, n. 3, 2011. 313-321.

5 - BUSSE, A.L. et al.Atividade física e cognição em idosos: uma revisão.

Neuropsicologia de Dementos. v. 3, n. 3, 2009. 204-208.

6 - CARMELO, VVB et al. Avaliação do equilíbrio postural sob condição de tarefa única e tarefa dupla em idosas sedentárias e não sedentárias. ACTA FISIATR.v .18, n. 3, 2011. 136-140.

7 - GEREZ, A. G. et al. Educação física e envelhecimento: uma reflexão sobre a necessidade de novos olhares e práticas. v. 16, n. 2, 2010. 485-495.

9 - GONÇALVES, AK. Qualidade de vida e estilo de vida ativo no envelhecimento. Novo Tempo, 2005

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12- HELRIGLE, C et al Efeitos de diferentes modalidades de treinamento físico e do hábito de caminhar sobre o equilíbrio funcional de idosos. Fisioter. Mov. v. 26, n. 2, 2013. 321-327.

13- JUNIOR, VJ et al. A Confiabilidade de testes de aptidão funcional em mulheres de 60 a 80 anos. Revista Motricidade v. 7, n. 2, 2011. 7-13.

14- LENZE, E. J et al. Uma visão de vida de transtornos de ansiedade. Diálogos

em Neurociência Clínica. v. 13, n. 4, 2011. 381-399.

15- NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: Conceitos e

sugestões para um estilo de vida ativo. 4 ed. Paraná: Mediograf, 2006.

16- OKUMA, S. S. O idoso e a atividade física:Fundamentos e Pesquisa. Campinas:Papirus, 1998.

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19- RIBEIRO, AP. et al. A influência das quedas na qualidade de vida dos idosos.

Ciência & Saúde Coletiva. v. 13, n. 4, 2008. 1265-1273.

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Arquivo brasileiro de ciências da saúde. v. 34, n. 2, 2009. 94-100.

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Referências

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