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Barramento e Slots de Expansão

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Barramento e Slots de Expansão

A placa-mãe, é a placa principal do computador, onde grande parte dos módulos são conectados a ela. Nos computadores compatíveis com o padrão IBM — PC, a placa-mãe tem um papel muito importante para o funcionamento do computador. Isso se deve porque nela estão contidos o processador, a memória, os conectores de expansão, as portas de comunicação, as interfaces e os circuitos de apoio.

Barramento do IBM-PC

Barramerito é o meio físico em forma de trilhas de circuito impresso que interligam os dispositivos do computador, possibilitando a troca de dados entre eles.

O barramento de um computador é composto por um conjunto de trilhas paralelas fixas na placa de circuito impresso, que são encontradas em placas de expansão, na placa-mãe, na memória principal, enfim, em qualquer dispositivo cuja comunicação se estabeleça diretamente pelo barramento.

Existem barramentos internos e externos, O primeiro é encontrado no interior de um dispositivo, como por exemplo, em um processador. Já o externo é um meio físico comum, em que vários dispositivos acessam, estando externo a todos, como por exemplo o barramento da placa-mãe.

O barramento do PC é subdividido em três tipos de barramento independentes, que operam em conjunto para realizar operações de entrada e saída.

Barramento de dados

Nas trilhas de circuito impresso, que compõem este barramento, só trafegam dados, isto é, neste barramento só há dados indo de um dispositivo para outro.

Barramento de endereço

Nestas trilhas trafegam os endereços dos dispositivos, aos quais os dados serão enviados. O barramento de endereço informa qual será o destino dos dados a serem colocados no barramento de dados.

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Barramento de controle

Nestas trilhas há apenas o tráfego de sinais que informarão qual é o tipo de operação a ser realizada (leitura ou escrita) no dispositivo.

Estes três tipos de barramento são encontrados em diversos padrões de barramentos. Cada padrão de barramento tem um funcionamento específico e propriedades diferentes. Desde o primeiro PO, várias empresas que projetam hardware se reuniram compondo comitês internacionais com intuito de desenvolver barramentos mais eficientes e com sólida padronização, o que reduz as possibilidades de incompatibilidades entre os dispositivos, O projeto do primeiro barramento, para computadores PC, foi o barramento do PC-XT (eXtended Tecnology), que era encontrado nos computadores 8088 (XT).

Os padrões básicos de barramentos desenvolvidos para o PC até o momento são os seguintes: Pc-XT / ISA / MCA / ElSA / VLB / PCI / AGP e o PCI Express. Muitos deles já não são mais encontrados. Atualmente os mais encontrados são o PCI, o AGP e o PCI Express.

Em todos os padrões, tanto para os barramentos de dados quanto para os barramentos de endereço, existe uma unidade que expressa a sua largura de banda, que é a quantidade de bits dos barramentos de dados e de endereço de um determinado padrão. Se um padrão tiver o barramento de dados de 8 bits, isso significa que neste barramento são transferidos 8 bits de cada vez. Fazendo uma analogia, a largura de banda de comunicação se assemelha a uma grande avenida que tem diversas vias para carros, onde pode passar mais de um carro, um ao lado do outro no mesmo sentido, cada um dentro da sua faixa.

Quanto maior for o número de bits do barramento, maior será a performance do barramento. Se um barramento de dados é de 8 bits, logo existe uma trilha de circuito impresso para cada bit; nesse caso há 8 trilhas de circuito impresso, que são facilmente vistas, por exemplo, nas placas-mãe.

Slots de Expansão do Barramento

Slots são conectores plásticos que possibilitam o encaixe de outras placas a placa-mãe. E através do slot que uma placa é ligada ao barramento da placa-mãe. Como esses slots são uma extensão do barramento e existem vários padrões de barramentos, há slots específicos para cada padrão. Existem slots para os padrões: Pc-XT, ISA, MCA, ElSA, VLB, PCI, AGP e o PCI Express. Mas há sIots de um padrão que permite a conexão de uma placa que seja de outro padrão, é que nesses casos o padrão do barramento foi apenas uma extensão do anterior. Como exemplo, há o slot ISA, que ermite a conexão de uma placa ISA ou Pc-XT, em um slot ISA, assim como um slot ElSA pode conectar uma placa ElSA ou ISA. Já no slot VLB é possível conectar uma placa VLB ou ISA ou Pc-XT. Há padrões de barramento que apenas as placas especificadas para eles é que podem ser conectadas aos slots. Como exemplo temos os slots AGP e o PCI Express que só permitem a conexão de placas AGP e o PCI Express respectivamente.

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Barramento ISA (ISA - Industry Standard Architeture)

O barramento ISA vem sendo uUizado desde o primeiro PC-XT (8088). Esse barramento sofreu adaptação ao longo do tempo, chegando à sua última versão que é utilizada até hoje, por questões de compatibilidade e simplicidade. Existem, então, dois tipos de barramento ISA: o de 8 bits de barramento de dados (PC-XT) e o de 16 bits de barramento de dados, que passou a ser utilizado a partir do PC-AT (Advanced Tecnology), como por exemplo o 80286.

Os computadores baseados na arquitetura 80286, necessitavam de um barramento mais eficiente do que foi empregado no PC-XT, então a solução foi estender o antigo barramento e projetar o circuito do novo de tal forma que mantivesse compatibilidade entre eles. Então, foi desenvolvida uma extensão física do slot do barramento ISA de 8 bits, tendo mais um segmento de slot com as novas linhas de dados e de endereço, mantendo no mesmo slot a compatibilidade de conectar placas de 8 bits neste novo barramento de 16 bits.

O barramento ISA de 8 bits, além de ter 8 bits de largura de banda no barramento de dados, tem 20 bits no barramento de endereço, o que permite acessar até 1 MB de memória e operar a uma frequência de 4,77 Mhz, podendo transmitir até 1 MB por segundo.

Já o barramento ISA de 16 bits, tem 16 bits de largura de banda no barramento de dados, 24 bits no barramento de endereço, o que permite acessar até 16 MB de memória e operar a uma freqúência de 8 Mhz, rodendo transmitir até 8 MB por segundo.

Barramento PCI (Peripheral Component Interconect)

Esse padrão revolucionou o barramento do PC com relação à performance. Neste barramento tem sido possível, atualmente, se obter 32 bits para o barramento de dados e 32 bits para o de endereço. Existe uma segunda versão do padrão desse barramento que especifica a implementação de 64 bits para o barramento de dados e 32 bits ao barramento de endereço. A primeira versão opera em freqüências de 33 a 66 Mhz, podendo transmitir de 132 a 528 MB por segundo.

Slots do barramento PCI

Freqüência de

operação

Barramento de

dados

Taxa de transferência

de dados

33 Mhz

32 Bits

132MB/s

33 Mhz

64 Bits

264MB/s

66 Mhz

32 Bi.

264MB/s

66 Mhz

64 Bits

528 MB/s

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Nas placas-mãe atuais, os barramentos PCI, PCI Express são encontrados na mesma placa, mas existe uma tendência à extinção do barramento PCI.

Slot pci express

Tecnologia PCI Express

Introdução

O desenvolvimento de computadores cada vez mais rápidos e eficientes é realidade há muito tempo. No que se refere aos PCs (Personal Computer), um dos principais incentivadores da busca pela inovação são as aplicações multimídia (jogos, vídeo em boa definição, etc). Cada vez mais estas dependem de hardware mais poderoso. Um dos frutos dessa evolução é o barramento PCI Express, o substituto do barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) e do barramento AGP (Accelerated Graphics Port). O objetivo deste artigo é mostrar as principais características e alguns detalhes técnicos dessa tecnologia.

Barramento PCI Express

O padrão PCI surgiu no início da década de 1990 e por mais de 10 anos foi o barramento mais utilizado para a conexão de dispositivos ao computador, principalmente placas de vídeo, placas de som, placas de rede e modems. O barramento PCI trabalha com 32 bits por vez (mas há alguns slots PCI que funcionam a 64 bits), o que permite atingir a velocidade de 132 MB por segundo.

Como as aplicações em 3D exigiam taxas maiores, o barramento AGP foi inserido no mercado, oferecendo taxas que vão de 266 MB por segundo (no padrão AGP 1X) à 2128 MB por segundo (no padrão AGP 8X). Praticamente todas as placas-mãe com suporte a AGP só possuem um slot desse tipo, já que o mesmo é usado exclusivamente por placas de vídeo.

O problema é que, mesmo oferecendo velocidades acima de 2 GB por segundo, o slot AGP 8x não suportará aplicações que estão para surgir e que precisam de taxas ainda maiores. Além disso, tais aplicações poderão ter outros requisitos que o AGP não oferece. Ainda, é necessário considerar que, apesar do AGP ter vantagens bastante razoáveis, seu uso é destinado apenas às aplicações de vídeo. Acontece que som e rede, por exemplo, também evoluem.

Na busca de uma solução para esses problemas, a indústria de tecnologia trabalhou (e trabalha) no barramento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados entre o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa-mãe e uma placa de vídeo 3D.

A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais, isto é, "caminhos" (também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que este utiliza o barramento PCI Express 1X, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.

Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI.

Atualmente, o padrão PCI Express trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. Certamente, com o passar do tempo, esse limite aumentará. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP:

AGP 1X: 266 MBps PCI Express 1X: 250 MBps AGP 4X: 1064 MBps PCI Express 2X: 500 MBps AGP 8X: 2128 MBps PCI Express 8X: 2000 MBps

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É importante frisar que o padrão 1X é pouco utilizado e, devido a isso, há empresas que chamam o PCI Express 2X de PCI Express 1X. Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar também taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.

Como surgiu o PCI Express

A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecnológicas. No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mostrou a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de substituir o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Generation I/O - 3a geração de Entrada e Saída). Em agosto desse mesmo ano, um grupo de empresas chamado de PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Microsoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO. Entre os quesitos levantados nessas especificações, estão os que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibilidade de uso de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plataformas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra erros, entre outros. Em abril de 2002, o PCI-SIG aprovou um conjunto de especificações mais completas. Foi nessa época que a tecnologia 3GIO mudou seu nome para PCI Express. Em julho de 2002, o grupo de empresas aprovou as especificações finais do padrão e então surgiu oficialmente no mercado o PCI Express 1.0.

Em novembro de 2003, os primeiros dispositivos com a tecnologia PCI Express passaram a ser desenvolvidos e, em 2004, tais produtos começaram a chegar ao mercado, principalmente por força das empresas que trabalham com chips gráficos.

Aspectos de arquitetura

A arquitetura essencial do padrão PCI Express é dividida em 4 camadas: physical (física), data link (ligação), software e transaction (transação):

Camada physical (física) - a camada física é o barramento de conexão conhecido como lane.

Ela possui 2 pares de sinais (especificados através de voltagens diferentes), sendo um utilizado para transmissão de dados e outro usado na recepção destes;

Camada data link (ligação) - essa camada é responsável por garantir o envio e o recebimento

correto dos dados. Para isso, são usados, essencialmente, protocolos de detecção de erros. Um ponto interessante é que essa camada trabalha com uma técnica conhecida como "Flow Control Protocol", que faz com que os pacotes de dados sejam transmitidos apenas se houver espaço disponível no buffer do receptor. Assim, evita-se o reenvio de dados;

Camada software - é essa a camada responsável pela comunicação com o sistema

operacional. É por ela, por exemplo, que o sistema sabe onde há um dispositivo utilizando o PCI Express;

Camada transaction (transação) - a camada transaction é responsável, basicamente, pelo

tratamento de solicitações entre as camadas de software e de ligação. Para lidar com isso, os pacotes de dados podem receber atributos - como o de prioridade - que definem a otimização da transmissão.

É importante frisar que cada camada pode ser trabalhada de maneira individual, ou seja, sem interferir na outra. Além disso, há um recurso no PCI Express chamado Virtual Channels (canais virtuais), que permite até 8 diferentes canais de comunicação em uma única conexão. Através de atributos especiais, o barramento consegue determinar quais os pacotes prioritários na transmissão. Assim, aplicações em tempo real, por exemplo, são pouco ou nada prejudicadas.

Conectores do PCI Express

O conector do barramento PCI Express em placas-mãe pode variar conforme a velocidade usada, como mostra a imagem abaixo (retirada do site www.pcisig.com):

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A imagem a seguir mostra uma placa de vídeo 3D da Asus, modelo Extreme AX800XT PE/2DHTV, que usa o barramento PCI Express 16X:

á a figura seguinte mostra uma placa-mãe da Asus com suporte a diferentes slots PCI Express:

Finalizando

A tecnologia PCI Express se mostra muito promissora e certamente será um padrão em pouco tempo. Dos assuntos já tratados aqui no InfoWester, este é um dos que mais impressionaram. Isso porque o PCI Express pode ser flexível ao ponto de aumentar ainda mais velocidade ou ao

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ponto de criar novos tipos de conexão. Com o aumento na velocidade dos chips de memória e com a elevação da capacidade de processamento, principalmente com o surgimento de processadores de 64 bits, máquinas cada vez mais poderosas estão por vir. É esperar e aproveitar.

AGP (Accelerated Graphics Port)

Esta aceleradora gráfica foi introduzida nas placas-mãe através de um slot, porém ele é dedicado à conexão de interfaces de vídeo de alto desempenho que operam com imagens 3D complexas. Esta porta é uma solução desenvolvida pela Intel para conceder à interface aceleradora de vídeo um meio físico de comunicação com o sistema com maior largura de banda que o atual PCI.

O barramento PCI utilizado na maioria das placas-mãe é da versão que permite uma taxa de transferência de dados máxima de 132 MB/s, que apesar de apresentar uma boa performance para a maioria das comunicações, está defasado para atender à demanda de comunicações exigida pelas aplicações 3D. E o barramento da AGP atende a este tráfego, suportando até então 3 modos de operação, são eles:

Os perigos do AGP

Ao todo o barramento AGP passou por três revisões em sua jornada tecnológica. Apesar dos esforços dos fabricantes, algumas características específicas de cada revisão podem fazer com que certos modelos de placas de vídeo e placas-mãe sejam incompatíveis, trazendo risco ã integridade destes equipamentos. Vejamos como escapar desse perigo conhecendo os detalhes das placas AGP.

Criado pela Intel e especificamente desenvolvido para suportar placas aceleradoras de vídeo e proporcionar alto desempenho às aplicações gráficas, o barramento AGP completou sete anos de domínio absoluto entre as placas de vídeo. Sua primeira revisão, de Julho de 1996, estabeleceu a freqüência de 66 MHz e largura de dados de 32 bits, fazendo com que inicialmente a máxima taxa de transferência (MTR) do AGP fosse de 264 MB/s (66 MHz x 4 bytes); ainda nesta revisão uma nova técnica de sinalização possibilitou o trabalho do barramento com o dobro da taxa de transferência, surgia então o AGP 2x. A segunda revisão, finalizada em Maio de 1998, adicionou o modo 4x (quatro transferências por ciclo) ao barramento e modificou o padrão de voltagem dos sinais; enquanto as placas AGP 1.0(1 x/2x) trabalhavam com 3,3V, as novas AGP 2.0 passaram a exigir apenas 1,5V. Apesar da possibilidade de implementação de chipsets que suportassem ambas as revisões, muitas placas-mãe a partir de então passaram a ser incompatíveis com o antigo padrão. Ainda em 1998 foi padronizado também o barramento AGP Pro 1.0. O qual recebeu uma atualização já em 1999; este último restringe-se ao uso de placas de vídeo profissionais, que possuem exigências peculiares de alimentação elétrica e sinalização. No final do ano de 2002, surgiram no mercado as primeiras placas de vídeo compatíveis com a revisão 3.0 do AGP, que padronizou a taxa de transferência de 8x e impôs algumas mudanças na sinalização (mais conectores do barramento são usados e outros mudaram de função) e na tensão de trabalho, que passou a ser de 0,8V. A tabela a seguir traz um resumo das principais características do AGP padronizadas nas suas revisões.

Revisão Ano de criação Tensão Taxas

1.0 1996 3,3 v 1x / 2x

2.0 1998 1,5 v 1x / 2x / 4x

3.0 2002 0,8 v 4x / 8x

Modos de operação Taxa de transferência de dados

X 1 264 MB/s

X 2 528 MB/s

X 4 1 GB/s

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Apesar de já ser bem difundido, muitos usuários ainda confundem as diversas revisões e exigências elétricas do barramento e sentem-se inseguros na instalação ou upgrade da placa de vídeo, uma vez que há possibilidades de queima da placa quando instalada de maneira incorreta. Na verdade, atualmente esse fato é raro de acontecer quando estamos lidando com placas novas; os casos de incompatibilidades fatais são exclusivos de placas de vídeo mais antigas, quase sempre na transição entre o AGP 1.0 e o 2.0, quando alguns fabricantes desrespeitaram as regras e possibilitaram que placas incompatíveis pudessem ser encaixadas.

Identificando a placa de vídeo e a placa-mãe

Devemos ter em mente o significado de três parâmetros principais que distinguem as placas de vídeo e placas-mãe com suporte ao AGP São estes: revisão do barramento, taxa de transferência e tensão de trabalho, O primeiro tem diz respeito às diversas padronizações criadas pela Intel que visam a melhor integração e compatibilidade entre os equipamentos do mercado; dessa forma, por exemplo, uma placa de vídeo AGP revisão 1.0 deve trabalhar em 1x/2x com tensão de 3,3V, conforme as especificações determinam. O que acontece na prática é que nem sempre todas as normas estabelecidas na teoria são implementadas pelos diversos fabricantes; podemos, por exemplo, encontrar placas de vídeo AGP 1.0 que trabalham com 1,5V, assim como placas-mãe que suportam o AGP 2.0 mas têm problemas com a revisão 1.0. A taxa de transferência, que pode ser de 1,2,4 ou 8x, condiz com a técnica de sinalização da placa e especifica a quantidade de transferências que podem ser feitas por ciclo. Este tipo de parâmetro pouco nos informa sobre as especificações do equipamento, pois a compatibilidade regressiva quase sempre ocorre, ou seja, a revisão 2.0 propõe taxa de 4x mas também suporta as taxas da revisão 1.0 (1x / 2x); exceção dessa regra é o AGP 3.0, que só oferece suporte às taxas 8x e 4x.

O item mais importante de todos é a tensão de trabalho, pois é a que menos obedece ás regras e a única que pode comprometer a integridade dos equipamentos em caso de incompatibilidade. Conforme mencionado, alguns fabricantes desobedecem às regras das revisões do barramento, muitas vezes para oferecer mais rapidamente o produto ao mercado, ou porque a tecnologia de uma certa época não permite que algumas mudanças sejam feitas sem que os custos se elevem, ou ainda, simplesmente por irresponsabilidade.

Todos usuários sabem que instalar qualquer equipamento com tensão maior que a nominal pode trazer danos irreparáveis ao mesmo; no caso de placas AGP o caso contrário também pode levar às mesmas conseqüências. Placas de vídeo que trabalham com 3,3V apresentam as vias VCC 3,3 e Vddq 1,5 interligadas, o que, em placas-mãe que só suportam 1,5V, causa uma sobrecarga seguida de danos nos circuitos envolvidos (circuito Northbridge ou Ponte Norte do chipset da placa-mãe e placa de vídeo).

Visto que a alimentação elétrica é um item de certa forma peculiar de cada placa de vídeo e muito perigoso, tornou-se necessário um método que impedisse a integração de placas incompatíveis. Isso é possível através do encaixe físico das placas de vídeo, conforme explicado a seguir.

O encaixe físico

Até a revisão 2.0 do barramento haviam sido criados dois padrões de encaixe para a diferenciação entre os periféricos de 3,3 e 1,5V. Placas de vídeo de 3,3V apresentam uma ranhura no conector voltada para a traseira do PC (figura A), enquanto as de 1,5V apresentam a mesma ranhura voltada para a frente. Caso as duas ranhuras estejam pre­ sentes, podemos dizer que ambas as tensões são suportadas, ou seja, a placa de vídeo possui um conector universal (figura B).

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As novas placas AGP 8x, mesmo com a especificação de 0,8V, são fisicamente compatíveis com os conectores de 1,5 V. Devido ao fato da padronização 3.0 do AGP ser recente e por esta utilizar o conector de 1,5V, as placas de vídeo 8x atuais trabalham ainda com 1,5V; a sinalização de 0,8V demorará algum tempo

para tornar-se comum, portanto não se preocupe se ouvir falar de placas 8x de 1,5V, assim como não estranhe se encontrar placas 2x com esta mesma tensão, já que nem sempre as especificações são seguidas à risca, lembra-se? O importante é que podemos identificar a tensão da placa de vídeo, independente da revisão do AGP que esta obedeça, através das ranhuras do seu conector. Na figura ao lado temos um esquema dos vários tipos de conectores e slots de placas de vídeo e placas-mãe AGP.

Até esse ponto seria teoricamente impossível ocorrer em erros no encaixe das placas, isso se todas as regras fossem seguidas. Os casos relatados de

queima de equipamentos por incompatibilidade elétrica ocorreram quando as primeiras placas-mãe com chipsets Intel (845 e 850) e nVidia (nForce) surgiram; estes, dentre outros chipsets mais recentes, oferecem suporte exclusivo às placas AGP de 1,5V. Até aí, tudo bem. Qual é o problema? O problema na verdade estava nas placas de vídeo da época. Alguns modelos, apesar de possuírem encaixe compatível com ambas as tensões, só suportavam 3,3V e com isso são totalmente incompatíveis com tais chipsets, mesmo sendo possível encaixá-las per­ feitamente nessas placas-mãe. As placas de vídeo que temos informações de serem exclusivamente 3,3V e, portanto, possivelmente incompatíveis, são as que possuem processadores gráficos Vanta e Vanta LT (nVidia), SiS 305 e 6326 (SiS), S3 Savage 4 -anterior à revisão 3.0 (S3) - e Voodoo 3,4 e 5 (3dfx). Mesmo sendo placas de vídeo antigas, algumas delas tiveram grande êxito em sua época e podem estar presentes ainda hoje no seu cotidiano, portanto é prudente tomar o máximo de cuidado.

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Além dos já conhecidos slots AGP, temos um padrão específico de conectores, denominados AGP Pro, desenvolvidos para placas de vídeo profissionais que exigem maior potência e por isso possuem características elétricas diferenciadas das placas comuns. Os slots Pro são maiores que os AGP normais e possuem mais vias de conexão com a placa-mãe no seu conector; por isso os slots AGP Pro possuem uma extensão voltada para a traseira do computador, na

qual normalmente encontramos um lacre. A função deste lacre é impedir que placas AGP comuns sejam erroneamente instaladas no slot, o que pode trazer danos irreparáveis ao equipamento; só devemos, portanto, retirar o lacre quando formos utilizar especifica-mente uma placa de vídeo AGP Pro. Na figura 4 temos um exemplo de uma placa AGP 8x instalada indevidamente num slot AGP Pro; observe que a instalação não é perfeita, pois somente parte do conector entra no slot, mas é suficiente para que haja contato e cause danos à placa-mãe e à placa de vídeo.

Habilitando o AGP 3.0 das placas de vídeo

Para que os recursos do AGP 8x fossem habilitados, evitando possíveis incompatibilidades entre os equipamentos, a placa de vídeo e a placa-mãe compatíveis com este padrão passam a ter dois novos sinais, O suporte da placa de vídeo é verificado através do sinal GC_DET# (viaA3) que é emitido para a placa-mãe; esta, quando oferece suporte ao AGP 8x, envia o sinal MB DET# através da via A11. Caso ambos ofereçam o suporte, os recursos do AGP 3.0 (8x) são habilitados (a taxa de transferência pode depois ser reduzida à 4x por algum software), caso contrário, o barramento passa a trabalhar na revisão 2.0, com suporte às taxas de 1, 2 e 4x.

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Observe na figura ao lado que as placas AGP 2.0 não possuem as vias A3 e A11, ou

alguma destas

encontra-se isolada (sem ligação com os circuitos da PCB), o contrário do que ocorre nas AGP 3.0 como mostra a figura.

Mesmo estando perto do seu fim - tudo indica que o PCI Express será o padrão de barramento de alto desempenho dos próximos computadores

- o uso do AGP ainda exige cuidados especiais. Infelizmente, o que notamos é que são raros os manuais de placas de vídeo e placas-mãe que informam a tensão e outras especificações destes produtos; comprar equipamentos de fabricantes idôneos e conhecer os detalhes da padronização certamente são as melhores armas que se pode ter na hora da instalação de um equipamento.

SLOT AMR

A sigla AMR é a abreviação de "Audio Modem Riser". Este é um padrão de barramento que permite o encaixe de placas de som e modems controlados via software.

O slot AMR é praticamente idêntico ao CNR. Visualmente a diferença entre os dois está em sua localização na placa-mãe. Enquanto o slot AMR encontra-se no meio da placa-mãe, encontramos o slot CNR na borda da placa-mãe.

Audio Modem Riser - Levantador de Áudio e Modem Tipo de slot criado pela Intel para a instalação de placas periféricas usando tecnologia HSP (Host Signal Processing), tais como placas de som e modem. A tecnologia HSP caracteriza-se por transferir o controle do periférico para o processador da máquina, em vez de ter controle próprio. Como vantagem, está o preço, já que a eletrônica envolvida é mais simples, visto que o periférico não precisa ter circuito de controle próprio. Como desvantagem, está o uso do processador da máquina, fazendo com que haja menos recursos disponíveis para outras tarefas, diminuindo o desempenho da máquina. Esta queda de desempenho pode ou não ser perceptível, dependendo da configuração da máquina.

O slot AMR se parece com um slot AGP, mas tem apenas 1/3 do tamanho deste. O objetivo é permitir a criação de componentes extremamente baratos para serem usados em micros de baixo custo.

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A vantagem é claro, o preço, já que uma placa de som ou modem AMR não custam mais de 5 ou 7 dólares para o fabricante (um pouco mais para o consumidor final naturalmente). A desvantagem, por sua vez, é o fato destes componentes serem controlados via software, o que consome recursos do processador principal, tornando o micro mais lento.

Usando ao mesmo tempo modem e placa de som AMR num Pentium III 800, a queda de performance é de mais de 10%. Claro que existe a opção de desprezar o slot AMR e utilizar componentes tradicionais.

Como o chip controlador é embutido no próprio chipset, as placas de som e modems AMR contém um número extremamente reduzido de componentes, basicamente as entradas e saídas de som, o CODEC e, no caso dos modems, o Relay (o componente que permite o acesso à linha telefônica).

Apesar disso, o AMR não chegou a fazer muito sucesso, pois não oferece suporte a Plug-and-play, o que dificulta a instalação dos dispositivos por parte dos usuários e suporta apenas placas de som e modems, deixando de fora as placas de rede e outros dispositivos comuns atualmente. Pensando em resolver estas limitações vários fabricantes se reuniram para desenvolver o ACR, um padrão aberto que substitui o AMR com várias vantagens, mantendo o baixo-custo.

SLOT ACR

Advanced Communications Riser. Um padrão desenvolvido por uma associação de vários fabricantes, que inclui a AMD, Lucent, Motorola, 3Com, Nvidia, Texas Instruments e Via. Os slots ACR se parecem com um slot PCI invertido, na verdade os fabricantes optaram por aproveitar o mesmo encaixe para cortar custos, mas as semelhanças param por aqui, já que mudam a posição e sinalização elétrica do slot.

Os slots ACR são Risers para a conexão de placas de som e modems de baixo custo, assim como os slots AMR. Muitas placas atuais trazem um slot ACR, mas os fabricantes evitam desenvolver placas com dois ou mais slots ACR para não diminuir o número de slots PCI da placa.

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A principal vantagem do ACR sobre o AMR é enquanto o AMR permite que o Riser inclua apenas modem e placa de som, no ACR o Riser pode conter praticamente todo tipo de dispositivos, desde modems e placas de som baratas, controlados via software, até placas de rede, modems ADSL ou ISDN, placas de som e modems controlados via hardware, etc.

SLOT CNR

Communications and Network Riser - Levantador de Comunicações e Rede Tipo de slot criado pela Intel para a instalação de placas periféricas usando tecnologia HSP (Host Signal Processing), tais como placas de som, modem e placas de rede. A tecnologia HSP caracteriza-se por transferir o controle do periférico para o processador da máquina, em vez de ter controle próprio. Como vantagem, está o preço, já que a eletrônica envolvida é mais simples, visto que o periférico não precisa ter circuito de controle próprio. Como desvantagem, está o uso do processador da máquina, fazendo com que haja menos recursos disponíveis para outras tarefas, diminuindo o desempenho da máquina. Esta queda de desempenho pode ou não ser perceptível, dependendo da configuração da máquina. O slot CNR é praticamente idêntico ao AMR. Visualmente a diferença entre os dois está em sua localização na mãe. Enquanto o slot AMR encontra-se no meio da placa-mãe, encontramos o slot CNR na borda da placa-mãe.

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