• Nenhum resultado encontrado

DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 4T06 e 2006

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 4T06 e 2006"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 4T06 e 2006

Eusébio – CE, 19 de março de 2007 – A M. Dias Branco S.A. (Bovespa: MDIA3), empresa líder nos

mercados de biscoitos e de massas no Brasil, anuncia hoje seus resultados do quarto trimestre (4T06) e do ano de 2006). As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia são elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Lei das Sociedades por Ações e nas regulamentações da CVM (“BR GAAP”). As Informações financeiras aqui apresentadas são do tipo pro forma, visando refletir os efeitos provenientes da cisão parcial ocorrida em 31 de março de 2006, quando foram retirados bens, direitos e obrigações de nosso balanço patrimonial não relacionados às nossas principais atividades – fabricação de biscoitos e massas, farinha e farelo de trigo, margarinas e gorduras vegetais.

DESTAQUES DO PERÍODO

Contato RI

Geraldo Luciano Mattos Júnior Vice-Presidente de Investimentos e Controladoria e Diretor de Relações com Investidores

Tel: (85) 4005-5667 e-mail:geraldo@mdb.com.br

Álvaro Luiz B. de Paula Diretor Adjunto de Relações com Investidores Tel: (85) 4005-5952 e-mail:alvarodepaula@mdb.com.br Website de RI: www.mdiasbranco.com.br/ri Teleconferência de Resultados do 4T06 Data: 22 de março de 2006. Horários: > Português (BR GAAP) 10:00 hs (horário de Brasília) 09:00 hs (horário Nova Iorque) Tel: (55-11) 2101-4848 Replay: (55-11) 2101-4848 Código: M Dias Branco

> Inglês (BR GAAP) 12:00 hs (horário de Brasília) 11:00 hs (horário Nova Iorque) Tel.: 1 (973) 935-8893 Replay: 1 (973) 341-3080 Código: 8497845 Cotação:

Fechamento em 16/03/2007 MDIA3: R$ 25,80 por Ação

Valor de Mercado:R$ 2.961,8milhões

O volume total vendido atingiu 222,7 mil toneladas no 4T06, um crescimento de 1,5% em relação ao 4T05. No acumulado do ano o crescimento foi de 8,4%, atingindo 891,3 mil toneladas. A Receita Líquida no 4T06 foi de R$350,4 milhões (+7,6%

sobre o 4T05), totalizando R$1.332,8 milhões. No ano o

crescimento da Receita Líquida foi de 9,2% sobre 2005.

As Despesas Operacionais no 4T06 apresentaram uma queda de 19,1% em relação ao 4T05, (de R$127,5 milhões para 103,2

milhões). No ano estas despesas totalizaram R$369,4 milhões, uma redução de 10,6% sobre o ano de 2005.

O EBITDA atingiu R$62,5 milhões no 4T06, contra R$31,9 milhões no 4T05 (+95,9%). No ano, o EBITDA totalizou R$277,0

milhões (+29,7% sobre o ano de 2005)

A margem EBITDA do 4T06 foi de 17,8%, 8,0 p.p. acima dos

9,8% apurados no 4T05. No ano, a margem EBITDA foi de

20,8% (+3,3 p.p sobre o ano de 2005).

A Dívida Líquida em dezembro/2006, no valor de R$ 109,2

milhões, decresceu 39,6% em relação a dezembro/2005. A

relação Dívida Líquida por EBITDA ao final de 2006 decresceu

53,5% em relação ao ano de 2005

O nível de utilização da capacidade de produção atingiu

69,0% ao final de 2006, em comparação com 62,1% no mesmo

período de 2005 (6,9 pp).

Dados Financeiros e Operacionais 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação

Receita Líquida (R$ MM) 350,4 325,5 7,6% 1.332,8 1.220,3 9,2% Volume de Vendas (Em mil toneladas) 222,7 219,5 1,5% 891,3 822,6 8,4% EBITDA Ajustado (R$MM) 62,5 31,9 95,9% 277,0 213,5 29,7%

Margem EBITDA Ajustada 17,8% 9,8% 8,0 pp 20,8% 17,5% 3,3 pp

Dívida Líquida (R$ MM) 109,2 180,9 -39,6% 109,2 180,9 -39,6%

Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 0,4 0,8 -53,5% 0,4 0,8 -53,5%

(2)

DESEMPENHO SETORIAL

O cenário macroeconômico no Brasil tem se mostrado favorável ao setor de consumo nos últimos anos dado o quadro de estabilidade, favorecido pela queda das taxas de juros e inflação, além da expansão da massa salarial em função do aumento do salário mínimo e estabilidade de preços. Além disso, a região Nordeste, onde a Companhia tem expressiva atuação, vem crescendo a taxa superior à do País nos últimos anos, em função do crescimento da indústria, do turismo e também dos programas sociais do governo.

Mesmo que se considere a expansão do Produto Interno Bruto de apenas 2,9% em 2006, inferior aos 4,0% projetados pelo Governo, o maior aquecimento da economia nos últimos meses do ano de 2006, associado aos bons fundamentos estruturais do País, a continuidade da queda na taxas de juros básica, e os investimentos públicos e privados anunciados para os próximos anos, especialmente na construção civil, no mercado imobiliário e na infra-estrutura, nos leva a alimentar boas perspectivas para uma aceleração do crescimento do País para os anos que se seguem, com ampliação da massa salarial e melhoria da renda média do brasileiro, o que trará impactos positivos sobre o setor e mercado em que atuamos. Além do cenário macroeconômico do País, a análise do desempenho da Companhia no ano de 2006 deve também considerar aspectos próprios dos setores em que atuamos, nomeadamente os segmentos de biscoitos, massas e farinha de trigo, por serem os segmentos mais significativos para a Companhia (em torno de 95% do faturamento bruto).

Em relação ao mercado de biscoitos e massas, serão apresentados dados com base em pesquisa da A.C. Nielsen. É importante salientar que na metodologia utilizada não foram coletadas informações referentes a alguns estados, como Maranhão e Piauí (região Nordeste), Tocantins e Mato Grosso do Sul (região Centro-Oeste) e todos os estados da região Norte. Em todos esses locais citados a Companhia comercializa seus produtos, mas os mesmos não são capturados pelas pesquisas de mercado da Ac Nielsen. Portanto, quando nos referirmos neste documento a “Brasil” ou a “mercado brasileiro”, estaremos considerando apenas o grupo de estados selecionados no estudo da Nielsen, dada a inexistência de dados confiáveis que cubram o mercado de todo o País.

Com relação ao segmento de farinha e farelo de trigo, apresentaremos dados da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) e CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento).

EVOLUÇÃO DO MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS E MASSAS NO ANO DE 2006

Os segmentos de massas e biscoitos continuam bastante fragmentados no Brasil em termos de market share. Segundo a A.C. Nielsen, os cinco maiores players são responsáveis por algo ao redor de 50% dos respectivos mercados. Entendemos que esses mercados passarão por um processo de consolidação e a Companhia está aberta à aquisição de empresas com marcas fortes e/ou com atuação em regiões onde os produtos da Companhia ainda tenham pouca participação de mercado.

Com relação ao mercado nacional de biscoitos, as regiões Nordeste e Sudeste se destacam como maiores consumidoras no ano de 2006, sendo responsáveis por 60,7% das vendas em volume físico e 57,8% das vendas em reais. A representatividade da região Nordeste é menor em termos de volume financeiro do que em volume físico, o que demonstra um maior consumo de produtos de menor valor agregado na respectiva região.

(3)

BISCOITOS - Segmentação de Vendas no Mercado brasileiro por Região - 2006 Volume 30,1% 16,5% 16,2% 6,6% 30,6%

Faturamento 24,1% 17,3% 33,7% 6,7% 18,2%

SE NE SUL CO Outros Estados

Fonte: AC Nielsen

Analisando as diferentes categorias de biscoito em termos de Brasil em 2006, verifica-se que os Recheados, Água e Sal e Cream Cracker são responsáveis por aproximadamente metade das vendas, tanto em volume físico, quanto financeiro. Constata-se também que Recheados e Waffers se enquadram como categorias de maior valor agregado, dado que a participação percentual em volume financeiro supera a participação percentual em volume físico.

BISCOITOS - Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Produto - 2006

Volume 22,1% 8,3% 27,8% 5,7% 16,7% 10,1% 11,4%

Faturamento 8,9% 10,1% 14,9% 6,6% 31,0% 11,4% 17,1%

Recheado Água e Sal/ Cream Cracker Secos/Doces Especiais Waffer Salgado Maria/Maizena Demais

Fonte: AC Nielsen

No caso do segmento de massas alimentícias, constata-se que a região Sudeste é responsável por mais da metade das vendas em 2006, em função de fatores culturais associados à alimentação e maior renda da população. A representatividade da região Nordeste, em termos de volume físico, é superior à de volume financeiro, o que novamente demonstra um maior consumo de categorias de menor valor agregado na respectiva região.

(4)

MASSAS ALIMENTÍCIAS - Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Região - 2006 Volume 25,1% 17,2% 6,1% 51,7% .

Faturamento 21,7% 18,6% 6,5% 53,2% SE NE SUL CO Fonte: AC Nielsen

As principais categorias de massas alimentícias em termos de Brasil no referido ano são “Sêmola sem ovos” e “Ovos / Sêmola com ovos”, representando aproximadamente 70% das vendas totais tanto em termos físico como financeiro. A categoria “Comum” demonstra ser de menor valor agregado que as anteriores, sendo muito consumida no Nordeste, enquanto que a “Grano Duro” se configura como a de maior valor agregado.

MASSAS ALIMENTÍCIAS - Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Produto - 2006 Volume 6,4% 29,9% 24,4% 39,3%

Faturamento 12,1% 30,9% 18,8% 38,2%

Sêmola s/ovo Ovos/Sêmola c/ovos Comum Diversos Fonte: AC Nielsen

A partir de dezembro de 2005 a Companhia passou a atuar no segmento de massas instantâneas, que possui um valor agregado superior ao de massas alimentícias e se configura como um mercado de grande crescimento e ótimas perspectivas, em função da rapidez, praticidade e facilidade de preparo da massa, o que tem gerado uma ótima aceitação pelo mercado.

(5)

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro de Massas Alimentícias X Massas Instantâneas - 2006

Volume 13,0% 87,0%

Faturamento 30,0% 70,0%

Massa Alimentícia Massas Instantânea

Fonte: AC Nielsen

FARINHA DE TRIGO

Segundo dados da LAFIS, em 2005 existiam no Brasil 206 moinhos, sendo que destes 74% estavam localizados na região Sul, devido à proximidade da matéria-prima. Eles trabalham com capacidade ociosa em torno de 30% devido à concorrência com o produto advindo da Argentina. Nos EUA existem perto de 300 moinhos e na Argentina, cerca de 120.

ANO PRODUÇÃO IMPORTAÇÃO TOTAL DE TRIGO * FARINHA DE TRIGO 1992/1993 2.836.193 4.436.801 7.300.000 5.475.000 1993/1994 2.152.761 5.690.416 7.500.000 5.625.000 1994/1995 2.092.424 6.104.374 7.300.000 5.475.000 1995/1996 1.343.700 6.182.374 7.500.000 5.625.000 1996/1997 3.132.000 5.902.119 7.950.000 5.962.500 1997/1998 2.852.000 4.373.704 7.920.000 5.940.000 1998/1999 2.032.900 6.395.478 8.950.000 6.712.500 1999/2000 2.123.000 6.891.234 9.580.000 7.185.000 2000/2001 1.529.000 7.522.721 8.800.000 6.600.000 2001/2002 3.366.599 7.014.311 9.530.000 7.147.500 2002/2003 3.105.658 6.572.228 9.250.000 6.937.500 2003/2004 5.851.300 6.611.926 9.300.000 6.975.000 2004/2005 6.021.650 4.847.780 9.400.000 7.050.000 2005/2006 3.268.822 6.531.178 9.800.000 7.350.000

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE FARINHA DE TRIGO- Toneladas

TRIGO

* Total de Trigo (menos exportação, estoque final, ração e sementes) - Base de Extração 75%

(6)

A demanda por farinha de trigo é bastante atomizada. Pesquisas do Sindicato da Indústria de Panificação, indicam que até o final do ano 2004 tínhamos 53 mil padarias no país, sendo que 250 eram indústrias de pão, 2,300 eram padarias grandes, 12,060 padarias médias, e 38,550 padarias pequenas. A distribuição regional das padarias no território brasileiro está estimada em aproximadamente: 41% na região Sudeste, 26% na região Nordeste e na região Sul, 7% na região Centro-Oeste e 5% na região Norte. Tal configuração da distribuição regional das padarias reflete o padrão de consumo da população local, que indica os hábitos alimentares regionais. Neste sentido, o destaque fica com a região Sul, cuja colonização por imigrantes europeus acabou por disseminar o consumo de trigo e dos seus derivados.

Outro fato que vem ocorrendo no segmento é a mudança no mix do consumo da farinha de trigo. Segundo dados do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do estado de São Paulo (Sindipan), até 1996 a fabricação de pão representava 60% do consumo da farinha. Em 2006, esse número caiu para 55%. Ao mesmo tempo, os biscoitos que até então representavam 5% do consumo de farinha, passaram para 11%.

FARINHA DE TRIGO - Consumo no mercado brasileiro por Segmento - 2006

O consumo também difere regionalmente, uma vez que nas regiões Sudeste e Sul ele chega a 35 kg/hab/ano, no Nordeste está em torno de 10 kg.

ACOMPANHAMENTO DO MERCADO DE COMMODITIES

A atividade econômica desenvolvida pela Companhia tem, como já enfatizado, forte concentração na produção e comercialização de produtos nos segmentos alimentícios de biscoitos, massas e farinha de trigo. Esses segmentos contam em sua matriz de produção com dois importantes insumos, os quais participam com grande relevância na formação dos custos variáveis da Companhia. Esses insumos são: (i) o trigo em grão (que representa 35,8% de nosso CPV em 2006); e (ii) o óleo vegetal (que representa 7,9% de nosso CPV em 2006).

Diante disso, considerando que o acompanhamento do mercado do Trigo e do óleo vegetal (seja de palma, soja ou algodão) consome importante atenção da gestão da Companhia e se constitui em fator relevante na determinação de seu desempenho e geração de resultados, apresentamos a seguir algumas informações e comentários sobre a matéria.

10,7% 14,4%

1,9% 17,5%

55,4%

Panificação Massa Biscoito Farinha Doméstica Outros Fonte: AC Nielsen

(7)

TRIGO

Segundo estudos da LAFIS, os maiores produtores de trigo no mundo são: União Européia (19,7%), China (15,7%), Índia (11,6%) e EUA,(9,4%), sendo que este último corresponde ao maior exportador. A Austrália foi o 2º maior exportador mundial em 2005. A Argentina participou em torno de 12.0% nas exportações internacionais, e é o maior fornecedor para o Brasil. A produção brasileira corresponde a menos de 1% da produção mundial, mas o consumo, em torno de 1.7% do consumo mundial, faz com que o país seja um grande importador do grão (5.4% do total importado no mundo).

O país produziu, em 2006, 33% do trigo que consumiu, entretanto, estão sendo feitos esforços na área de pesquisa e tecnologia, principalmente pela Embrapa, para aumentar a produção de trigo no país, com vistas à auto-suficiência. No início do ano de 2006 o preço do trigo apresentou-se estável tendo em vista as boas colheitas nacionais e argentinas, além do fato de que o governo brasileiro possuía estoques reguladores provenientes da safra de 2004. Neste período os preços do cereal no mercado argentino encontravam-se em torno de USD124/ton. No entanto, em meados do mês de fevereiro e março foram constatadas grandes perdas nas colheitas da Rússia e Ucrânia, os EUA também enfrentaram dificuldades no plantio tendo em vista que não houve no período umidade suficiente para a boa germinação do trigo. Tais fatores criaram expectativas de alta no preço da commodity no mercado Argentino (USD132/ 135/ton) e Brasileiro que se encontravam neste momento em condições ideais para o plantio.

No entanto, nos meses de junho e julho as condições climáticas adversas nas regiões de plantio no sul do país, Paraná e Rio Grande do Sul que são responsáveis por 95% da safra nacional, causaram quebra na produção, prejudicando o volume da colheita e a qualidade do grão. Ainda, compondo este cenário, os EUA continuavam a ser atingidos pela seca, contribuindo ainda mais para alta nos preços do trigo no mercado Argentino USD145/ 150/ton.

Nos meses de agosto, setembro e outubro de 2006, vários fatores contribuíram ainda mais para a alta nos preços do trigo em grão. O Brasil que já importava o cereal para suprir a demanda nacional, importou volumes ainda maiores em 2006. Entretanto o mercado internacional também manteve seus preços em alta. Grandes produtores globais como a Austrália sofreram com o agravamento da seca e tiveram quebra de 50% em sua safra, sendo fator culminante para o ápice dos preços no mercado internacional. Nesse momento o trigo argentino chegou aos patamares mais altos registrados no ano USD185/ 205/ton.

Em dezembro, período em que se inicia colheita, o mercado acalmou-se e o preço do trigo retornou a faixa de USD185/ 190/ton

A farinha de trigo é o principal insumo do segmento de massas e biscoitos da Companhia, representando 62,2% do custo de matéria prima em 2006. Visando minimizar seus custos com esse insumo, a Companhia monitora sistematicamente o mercado mundial de commodities, os fatores que impactam a formação dos preços, tais como períodos de safra, eventos climáticos e decisões de política econômica nas regiões produtoras. Em razão deste monitoramento e de sua grande capacidade de armazenamento (210 mil toneladas), a Companhia manteve seu desempenho histórico na otimização de seu processo de compra, adquirindo trigo a preços médios inferiores à média de mercado (economia média de 13% em 2006), chegando a superar a marca de 22% de economia em alguns meses do ano de 2006 (outubro -22,5%; e novembro- 23,7%).

(8)

Preço Médio Aquisição M Dias Branco X Preço de Mercado Trigo - Ano 2006 (US$ / TON) 141 146 141 140 150 160 160 163 174 190 195 125 133 133 133 139 143 151 145 145 187 177 145 120

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Nov Dez

Mercado* MDias

* Fonte: www.safras.com.br - Teletrigo - Relatório Diário de Informações e Previsões de Mercados Internos e Externos

ÓLEOS VEGETAIS

A tecnologia de refino de óleos vegetais para a produção de margarinas e gorduras utilizada pela Companhia permite se trabalhar com óleos vegetais oriundos de diferentes tipos de oleaginosas, tais como soja, algodão e palma, bem como a geração flexível tanto de produtos com, como sem gorduras trans. O óleo vegetal representa 13,7% do custo de matéria prima da Companhia.

No ano de 2006, o óleo oriundo da soja em grão, commodity também negociada em mercado internacional, foi o principal óleo vegetal utilizado pela Companhia para fabricação de margarinas e gorduras vegetais, as quais, além de serem vendidas como produto final, são também utilizadas para fabricação de biscoitos e massas. Pela sua maior relevância em 2006, destacaremos neste documento os dados do óleo derivado da Soja.

O mercado mundial de óleos vegetais, apesar de usufruir no ano de 2006 de boas colheitas, principalmente nos EUA, iniciou o ano com certa inquietação, primordialmente pelo aumento na utilização desta commodity como fonte de energia, o biodiesel.

No início do ano, a despeito do período de entressafra no hemisfério sul, o mercado encontrava-se estável e a Argentina, principal exportador mundial do produto, mantinha seus preços em USD 432/ton. Ainda, contribuindo para este cenário, o Brasil, Paraguai e Argentina encontravam-se em condições climáticas excelentes para o desenvolvimento das safras de soja.

Em fevereiro e março, por conta de uma pequena seca que atingiu as lavouras e pela expectativa sobre o preço do petróleo o mercado voltou a subir, chegando a USD 450/ton na Argentina e USD460/ton no Brasil. Mas no mês seguinte, visto que houve uma forte entrada de safra e grande disponibilidade de soja, os preços do grão caíram muito no mercado interno chegando a prejudicar os produtores rurais no sentido de não acompanhar os custos da lavoura. Tais circunstâncias geraram fortes protestos, fábricas invadidas

(9)

e pressão dos fazendeiros para com o governo. A oferta foi reprimida e os preços começaram a subir chegando a USD470/ton em julho.

Nos meses seguintes, o mercado foi sendo bem atendido pela oferta de soja e evidenciou que a alta carregava uma gama de expectativas sobre o aumento da demanda mundial pelo óleo de soja para fabricação do biodiesel, um fator que contribui para o aumento da demanda para exportações, refletindo no aumento dos preços do óleo, que fechou o ano de 2006 ao redor de USD 660/ton.

A capacidade de estocagem, aliada à uma política de compras eficiente, proporcionaram à Companhia, ao longo do ano de 2006, um preço médio de aquisição de óleo consideravelmente inferior aos preços praticados no mercado, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

A economia de custos obtida pela Companhia se mostrou mais expressiva nos últimos meses do ano, em virtude do aumento mais sensível dos preços do óleo de soja entre outubro e dezembro de 2006. Nesse período, a negociação antecipada das compras futuras, em combinação com o uso estratégico da capacidade de armazenagem, proporcionou uma economia média ao redor de 10% nos preços de aquisição versus os de mercado, chegando se a 25,4% no mês de dezembro de 2006.

DESTAQUES OPERACIONAIS

A estrutura operacional da Companhia é composta pela M Dias Branco S/A, com sede no Estado do Ceará, e sua controlada, a Adria Ltda, com sede na Cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, as quais, em conjunto, contam com 16 unidades comerciais e 10 unidades industriais, cujas ações de produção, comercialização e distribuição logística são coordenadas de forma centralizada e integrada. As unidades industriais estão localizadas nos Estados do Ceará (3 unidades), Rio Grande do Norte (1 unidade), Bahia (1 unidade), Paraíba (1 unidade), São Paulo (3 unidades) e Rio Grande do Sul (1 unidade).

Preço Médio Aquisição M Dias Branco X Preço de Mercado Soja - Ano 2006 R$/TON 1.320 1.319 1.363 1.432 1.456 1.459 1.462 1.474 1.907 1.580 1.769 1.301 1.423 1.240 1.240 1.240 1.378 1.375 1.396 1.378 1.378 1.378 1.415 1.249

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Mercado* MDias

(10)

O processo produtivo da Companhia é verticalizado, permitindo um planejamento eficiente da produção, maior garantia da qualidade dos produtos, melhor administração dos custos e maior velocidade e flexibilidade de desenho e lançamento de novos produtos. Em 2006, 89,6% de toda a farinha de trigo e

66,8% de toda gordura vegetal - principais matérias-primas utilizadas no processo produtivo - foram

fabricadas internamente.

A Companhia possui uma larga rede de canais de venda de seus produtos, classificados da seguinte forma:

a. canais diretos, onde as vendas são feitas diretamente pela Companhia, através de vendedores próprios e de representantes. No caso de vendedores próprios, os negócios são realizados através de sistemas de pronta entrega (caso em que as vendas e a entrega dos produtos ocorrem simultaneamente e as operações são interligadas ao sistema central da Companhia, através de computadores portáteis) e de sistemas de pré-venda (caso em que os vendedores, utilizando-se de motocicletas e computadores portáteis, visitam os clientes, realizam o atendimento no local e contratam os pedidos para posterior atendimento pela estrutura de logística da Companhia). Neste grupo, as vendas são realizadas diretamente para consumidores finais ou para clientes que irão comercializar os produtos diretamente junto ao consumidor final. Atendemos, através do canal direto, desde o micro e pequeno varejo, como as grandes redes, indústrias, clientes institucionais, clientes do setor agro-pecuarista e exportações;

b. canais indiretos, onde as vendas são feitas por distribuidores e atacadistas, os quais, mediante limite de crédito que lhes são deferidos, adquirem os produtos da Companhia e os revendem a pequenos e médios comerciantes. Nesta categoria se incluem as vendas realizadas para clientes intermediários, que comercializarão posteriormente os produtos junto ao grupo de clientes descritos na categoria anterior, situados em áreas não atendidas pelos canais diretos.

No ano de 2006, 63% das vendas brutas totais da Companhia foram efetuadas através de canais diretos enquanto que as vendas mediante canais indiretos alcançaram o índice de 37%. A distribuição direta é concentrada nos grandes centros consumidores e nas demais localidades a distribuição é terceirizada. A base de clientes é bastante pulverizada, a maior parte das vendas é direcionada para o Varejo (pequenos comércios e supermercados, farmácias, padarias, lojas de conveniência etc) e a dependência de grandes redes é pequena.

Maiores Clientes Vendas Participação Relativa nas Vendas Seqüência Acumulado (R$ Milhões) Na Faixa Acumulada

Maior Cliente 1 84,0 4,9% 4,9% 49 Subsqüentes 50 517,0 30,1% 35,0% 50 Subsqüentes 100 130,0 7,6% 42,6% 900 Subsqüentes 1.000 321,0 18,7% 61,3% Demais clientes Todos clientes 667,0 38,8% 100,0%

1.719,0 TOTAL

Mix de Vendas 2006 2005 Variação

Varejo 46.9% 49.5% -2,6 pp Atacado / Distribuidores 36.6% 34.0% 2,6 pp Grandes Redes 7.9% 8.4% -0,5 pp Indústria 4.2% 2.7% 1,5 pp Consumidor Final 0.9% 0.9% -Outros 3.5% 4.5% -1,0 pp TOTAL 100% 100%

(11)

-A pulverização do segmento de massa e biscoitos é alta, acirrando a competição no setor. Nenhum player isolado detém mais de 20% de participação de mercado. A M Dias Branco mantém e até aumentou em 2006 sua liderança de mercado nestes dois segmentos.

BISCOITOS – Market Share - 2006

MASSAS – Market Share - 2006

Market Share - MDias Branco (%)

13,9 13,7 13,9 16,0 15,8 16,4 2004 2005 2006 Biscoitos Massas MDIAS A B C D MDIAS A B C D Volume 6.2% 7,7% 13,9% 6,6% 8,2% Faturamento 11,9% 8,0% 12,4% 9,9% 7.2% Volume 5.4% 11,6% 16,4% 6,8% 11,6% Faturamento 12,6% 7,1% 17,1% 11,0% 4.2%

(12)

VOLUME DE VENDAS

No ano de 2006, o aumento do poder aquisitivo médio da população influenciou positivamente os resultados, impulsionando o crescimento das receitas no setor.

No 4T06, o volume total de vendas atingiu 222,7 mil toneladas, um crescimento de 1,5% quando comparado ao 4T05. No ano, o volume total vendido foi de 891,3 mil toneladas, registrando um crescimento de 8,4% em relação à 2005.

BISCOITOS

O volume vendido de biscoitos no 4T06 foi de 46,0 mil toneladas, uma queda de 10,2% em relação as

51,2 mil toneladas do 4T05. Destaca-se no período a redução na quantidade vendida dos biscoitos Água

e Sal/Cream Craker (1,9 mil ton); Tortinhas (0,8 mil ton) e Recheados (0,7 mil ton).

A redução do volume vendido dos biscoitos, ocorrida no período, é resultante, principalmente, da mudança na política de negociação de vendas junto às médias e grandes redes, que tem por prática concentrar seus pedidos na última semana de cada mês, gerando para a Companhia custos adicionais de mão-de-obra (hora-extra) e antecipação de impostos, sem falar nas relevantes dificuldades de logística para a entrega tempestiva de enorme volume de produtos em poucos dias. O início do processo de desconcentração desses pedidos no final do mês (passando os pedidos para o mês seguinte) começou em dezembro de 2006, produzindo efeitos na comparação do 4T06 com o 4T05. A partir de janeiro de 2007 a nova sistemática será mantida e aprofundada, com ganhos na comercialização, sem prejuízo no atendimento aos clientes.

O volume vendido no ano de 2006 atingiu 199,2 mil toneladas, um crescimento de 1,7% em relação ao volume de 195,9 mil toneladas registrado em 2005. O efeito no volume vendido por conta das mudanças comentadas no parágrafo anterior foi o fator principal a impedir que o segmento de biscoitos apresentasse crescimento mais expressivo em 2006.

MASSAS

O segmento de massas apresentou no trimestre, um crescimento de 8,5% em relação ao 4T05, atingindo um volume de vendas de 47,4 mil toneladas. No acumulado do ano, o volume de vendas alcançou 178,0 mil

toneladas, um aumento de 16,2% frente as 153,2 mil toneladas de 2005.

Não fora o impacto da desconcentração de vendas no final do mês de dezembro, antes comentada, a fortíssima demanda do mercado de massas, em especial no de massas instantâneas, a Companhia teria apresentado um aumento ainda mais expressivo no volume de vendas neste segmento. Contribuíram ainda para esse crescimento as melhorias implementadas na área comercial das unidades de Aratu, Vitória da Conquista e

Volume Vendido (Mil toneladas) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação

Biscoitos 46,0 51,2 -10,2% 199,2 195,9 1,7% Massas 47,4 43,7 8,5% 178,0 153,2 16,2% Farinha e Farelo 121,2 112,6 7,6% 469,6 425,9 10,3% Margarinas e Gorduras 8,1 8,3 -2,4% 32,4 32,8 -1,2% Diversos - 3,7 -100,0% 12,1 14,8 -18,2% TOTAL 222,7 219,5 1,5% 891,3 822,6 8,4%

(13)

Salvador, dentre as quais se destaca a migração das vendas de Pronta Entrega para Pré-Venda, permitindo maior eficiência no atendimento das necessidades dos clientes.

FARINHA E FARELO DE TRIGO

No trimestre, o volume vendido de farinha e farelo de trigo apresentou um crescimento de 7,6% em relação ao 4T05, atingindo um volume de vendas de 121,2 mil toneladas. No ano de 2006, o volume vendido foi de

469,6 mil toneladas, representado um aumento de 10,3% em relação ao ano de 2005. Este incremento no

volume é explicado, de um lado, pela maior aceitação de nossos produtos pelo mercado, e, de outro, pela potencialização das vendas com a entrada de novos representantes no Estado de Pernambuco; pelas mudanças estratégicas na comercialização advindas da atuação no estado de Alagoas mediante uma unidade da própria Companhia (antes concentrada num distribuidor) e pelo estabelecimento de parcerias estratégicas com distribuidores nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, que se tornaram vendedores exclusivos de nossas farinhas de trigo.

MARGARINA E GORDURAS

O volume vendido de margarinas e gorduras no trimestre totalizou 8,1 mil toneladas, uma redução de 2,4% em relação ao 4T05. No acumulado do ano, o volume vendido foi de 32,4 mil toneladas, representando um decréscimo de 1,2% em relação ao ano de 2005. Esta redução foi influenciada, principalmente, pelo momento de mudança no processo industrial para maior concentração da fabricação desses produtos naqueles com teor zero ou parcela muito baixa de gordura trans em sua composição. A Companhia espera com estas melhorias atender de forma ainda mais eficiente as exigências dos consumidores.

NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE

A despeito da capacidade instalada no ano de 2006 ser 1,8% maior do que a existente ao final de 2005, em 2006 o nível de utilização da capacidade instalada atingiu 69,0%, um acréscimo de 6,9 pontos percentuais em relação ao ano de 2005 (62,1%). Este aumento se deve à expansão da produção nas linhas de massas (incluindo linhas instaladas em 2006), nas unidades de moagem de trigo (especialmente em Aratú e Tambaú) e, finalmente, nas linhas de biscoitos (incluindo as instaladas em 2006).

2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005

Produção Total 201,6 194,7 179,5 153,1 768,2 663,4 54,9 53,1 1.204,2 1.064,3 Capacidade Total de Produção 296,8 277,1 319,5 308,0 1.050,0 1.050,0 78,0 78,0 1.744,3 1.713,1

Nível de Utilização da Capacidade 67,9% 70,3% 56,2% 49,7% 73,2% 63,2% 70,4% 68,1% 69,0% 62,1%

* Em mil toneladas

Total Produção Efetiva / Capacidade de

Produção *

(14)

DESTAQUES FINANCEIROS

RECEITAS

Com posição da Receita Operacional Bruta

47,3% 51,1% 49,5% 51,1% 24,3% 23,0% 23,6% 22,4% 23,6% 20,7% 21,9% 21,0% 5,5% 4,9% 4,8% 5,2% 4T06 4T05 2006 2005

Biscoitos Massas Farinha e Farelo Margarinas e Gorduras

*Receitas Diversas não foram incluídas no gráfico, por se tratar de valores não representativos.

A receita bruta consolidada no 4T06 totalizou R$ 450,1 milhões, um acréscimo de 6,7% em relação aos R$421,8 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, decorrente do aumento no volume de vendas em 1,5% e no preço médio dos produtos.

No acumulado do ano, a receita bruta totalizou R$ 1.719,4 milhões em 2006, um incremento de 7,9% em relação aos R$ 1.593,6 milhões gerados em 2005.

Vendas por segmento (% da Receita Bruta) - 2006 23,6% 21,9% 4,9% 49,5% Biscoitos Massas Farinha e Farelo Margarinas e Gorduras

Vendas por região (% da Receita Bruta) - 2006 20,5% 7,9% 5,5% 66,0% Nordeste Sudeste Sul Dem ais

(15)

Receita Bruta (Em R$ milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação Biscoitos 212,9 215,4 -1,2% 851,6 814,6 4,5% Massas 109,2 97,2 12,3% 405,6 356,3 13,8% Farinha e Farelo 106,0 87,4 21,3% 376,1 334,1 12,6% Margarinas e Gorduras 21,4 21,8 -1,8% 84,7 87,1 -2,8% Diversos 0,6 - N/A 1,4 1,5 -6,7% TOTAL 450,1 421,8 6,7% 1.719,4 1.593,6 7,9% BISCOITOS

A receita no segmento biscoitos atingiu o total de R$ 212,9 milhões no 4T06, uma redução de 1,2% em comparação ao 4T05. Esta redução é explicada pela redução de 10,2% no volume de vendas no período resultante, principalmente, da mudança na política de negociação de vendas junto às médias e grandes redes.

A receita operacional bruta de nossas principais marcas de biscoitos (Richester, Fortaleza e Adria) tiveram um decréscimo no 4º trimestre de 2006 em relação ao 4º trimestre de 2005, como demonstrado no quadro abaixo:

Evolução da Receita Bruta por Marca - Biscoitos

-10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00

Richester Fortaleza Isabela Adria Zabet Outras Marcas

4º tri 2005 4º tri 2006 (8,2)% (1,0)% 15,8% (11,5)% 14,7% 20,3% R$ milhões

Como a base de 2005 não é totalmente comparável a 2006 – por conta da desconcentração das vendas do final de dezembro – a redução nas vendas por marca se mostrou mais forte naquelas que respondem por parcela mais expressiva das vendas da Companhia nas médias e grandes redes.

O preço médio deste segmento de produtos passou de R$4,21 mil por tonelada no período de 3 meses encerrado em 31 de dezembro de 2005 para R$4,63 mil por tonelada no período de 3 meses encerrado em 31 de dezembro de 2006, apresentando um crescimento de 10,0%.

A oscilação do preço médio no período foi reflexo de alguns ajustes de preços, principalmente, dos biscoitos comercializados por M. Dias Branco S/A, tendo em vista o início do reflexo nos preços das mudanças no patamar de custo de alguns insumos relevantes nos últimos meses do ano (Trigo e óleo vegetal).

(16)

No acumulado do ano a receita no segmento de biscoitos apresentou um crescimento de 4,5% atingindo

R$851,6 milhões em 2006. Esta variação é explicada pelo aumento no volume de vendas de 1,7% em

relação ao ano de 2005 e pelo incremento no preço médio dos produtos deste segmento de 2,8%.

O preço médio deste segmento passou de R$4,16 mil por tonelada no ano de 2005 para R$4,27 mil por toneladas em 2006. A oscilação do preço médio foi reflexo de alguns ajustes de preços, principalmente nos biscoitos comercializados por M Dias Branco S/A (que em 2006 representaram 69,0% da receita operacional bruta de biscoitos), em função do aumento no custo dos produtos vendidos. Já os biscoitos Adria sofreram uma redução de 0,4% nos preços médios brutos, uma vez que a base de 2005 inclui o ICMS sobre todos os produtos vendidos pelas unidades Adria, mas a base de 2006 está sem o acréscimo do ICMS para parte substancial das vendas feitas dentro do estado de São Paulo, em virtude da isenção de ICMS ali concedida no final de 2005 (Lei SP 12.058, de 26/09/2005).

MASSAS

A receita no segmento massas atingiu o total de R$ 109,2 milhões no 4T06, um incremento de 12,3% em comparação aos R$ 97,2 milhões do 4T05, e R$ 405,6 milhões no acumulado do ano, um aumento de 13,8% em comparação aos R$ 356,3 milhões em 2005. Esta variação é explicada principalmente pelo aumento sensível da demanda por nossas massas no ano de 2006, conforme já discutido anteriormente, e pelo aumento na venda de produtos de marcas de terceiros, que no ano de 2005 representavam 2,1% da receita operacional bruta e no ano de 2006 passaram a representar 6,4% da receita operacional bruta.

Constatou-se ainda o crescimento da receita bruta, no 4º trimestre de 2006, também foi influenciado pelo aumento em termos absolutos de R$ 3,6 milhões (13,2%) das marcas Adria, R$ 2,7 milhões (34,1%) da Isabela e R$ 2,2 milhões (43,7%) das marcas de terceiros.

Evolução da Receita Bruta por Marca - Biscoitos

-50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 350,00

Richester Fortaleza Adria Isabela Zabet Outras Marcas

2005 2006 2,1% 9,8% (6,3)% 6,9% 9,8% 6,8% R$ milhões

(17)

No 4T06 o preço médio deste segmento de produtos passou de R$2,23 mil por tonelada para R$2,30 mil por tonelada, apresentando um acréscimo de 3,5%, em virtude da maximização do mix de venda dos produtos do segmento de massas no 4º trimestre de 2006, pelo crescimento na venda de produtos de maior valor agregado, e pelo início do processo de revisão dos preços em função da mudança mais sensível no preço de mercado do Trigo nos últimos meses do ano de 2006., embora o custo interno da Companhia estivesse ainda bem abaixo disto.

No acumulado do ano houve um decréscimo de 2% no preço médio deste segmento, que passou de R$2,33 mil por tonelada em 2005, para R$2,28 mil por tonelada em 2006. A oscilação do preço médio no período foi reflexo, principalmente, da redução nos preços médios das massas Adria (que em 2006 representaram 54,9% da receita operacional bruta de massas), em decorrência da isenção de ICMS concedida pelo Estado de São Paulo aos produtos considerados massas e biscoitos populares, conforme já explicado antes.

Evolução da Receita Bruta por Marca - Massa

-5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00

Adria Fortaleza Basilar Richester Isabela Im perador Outras

Marcas Próprias Marcas de Terceiros 4º tri 2005 4º tri 2006 13,2% (7,1)% 8,4% 15,5% 34,1% 38,9% 43,7% R$ milhões 18,4%

(18)

FARINHA E FARELO DE TRIGO

A receita no segmento de Farinha e Farelo de Trigo foi de R$ 106,0 milhões no 4T06, um crescimento de 21,3% em comparação aos R$ 87,4 milhões do 4T05, e de R$ 376,1 milhões no ano de 2006, um aumento de 12,6% em comparação aos R$ 334,1 milhões do ano anterior. Esse crescimento é explicado pelo aumento no volume de vendas em 7,6% no trimestre e 10,3% no ano respectivamente e elevação dos preços médios.

Dentre as marcas de farinha de trigo, a Medalha de Ouro e a Finna tiveram um desempenho mais representativo no segmento, com uma receita bruta de R$ 8,3 milhões (21,8%) e R$ 6,5 milhões (38,3%) no 4º trimestre de 2006 em relação ao 4º trimestre de 2005,

No 4T06 o preço médio deste segmento de produtos passou de R$ 0,78 mil por tonelada, para R$ 0,87 mil por tonelada (+11,5%), refletindo alta que se observou no mercado para os preços do trigo em grão nos últimos meses do ano de 2006, conforme já mencionado nos comentários iniciais deste documento.

Evolução da Receita Bruta por Marca - Farinha de Trigo

-5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00 Medalha de Ouro

Finna Monarca Adorita Aratu A Granel Tam baú Grandeza Im perial Puro

Sabor Outras Marcas 4º tri 2005 4º tri 2006 21,8% 38,3% (10,2)% 14,9% 24,4% 292,8% 12,4% 761,9% (39,9)% 100,0% (26,5)% R$ milhões

Evolução da Receita Bruta por Marca -Massa

-20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00

Adria Fortaleza Basilar Richester Isabela Im perador Outras

Marcas Próprias Marcas de Terceiros 2005 2006 R$ milhões 4,8% 5,9% 0,1% 20,3% 28,6% 6,4% 18,5% 253,8%

(19)

No acumulado do ano houve um crescimento de 2,6% no preço médio deste segmento, que passou de R$0,78 mil médio por tonelada em 2005, para R$ 0,80 mil médio por tonelada em 2006, influenciado pela redução dos preços médios na primeira metade de 2006 em relação a 2005, refletindo o repasse ao mercado do comportamento dos preços do trigo no final de 2005 e início de 2006.

MARGARINA E GORDURAS

A receita no segmento de Margarinas e Gorduras passou de R$ 21,8 milhões no 4T05 para R$ 21,4 milhões no 4T06, o que representa uma queda de 1,8% no período. Esta variação no período é explicada pela redução na receita das margarinas e gorduras das marcas Bel Campo (78,3%) e GME (56,1%). .

Isto ocorreu devido a grande concorrência existente neste segmento, pois nesse período os concorrentes conseguiram manter preços inferiores aos praticados pela Companhia, contribuindo para a redução das vendas no 4º trimestre de 2006. Adicionalmente, podemos citar a interrupção de vendas para a EBAL – Empresa Baiana de Alimentos S/A, e a substituição provisória da marca GME pela marca Medalha de Ouro.

Evolução da Receita Bruta por Marca - Farinha de Trigo

-20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00 180,00 Medalha de Ouro

Finna Monarca Adorita A Granel Aratu Im perial Tam baú Outras Marcas 2005 2006 11,8% 33,9% (33,7)% 1.644,9% (3,9)% 25,5% (8,7)% (16,1)% 46,0% R$ milhões

Evolução da Receita Bruta por Marca - Margarinas

-1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00

Puro Sabor Medalha de Ouro

Adorita GME Boulanger Bel Cam po Finna Am orela

4º tri 2005 4º tri 2006 22,1% 11,2% 17,1% (56,1)% (78,3)% 100,0% (40,1)% (26,0)% R$ milhões

(20)

No acumulado do ano a receita registrada foi de R$ 84,7 milhões, uma queda de 2,8% em relação ao ano de 2005. O preço médio deste segmento de produtos passou de R$ 2,65 mil por tonelada para R$ 2,62 mil por tonelada. Esta redução deveu-se principalmente, ao fato de que a partir de julho de 2005 passamos a produzir apenas marcas próprias, por conta do término dos contratos de produção para terceiros que no ano de 2005 representaram uma receita bruta de R$9,6 milhões (11% da receita bruta total de 2005) e um volume de 4,7 ton mil (14,5% do volume total vendido em 2005). Além disso, outro fator importante foi a queda no custo dos produtos vendidos tendo em vista a redução de 3,8% no preço do óleo, principal insumo do segmento.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 350,4 milhões no 4T06, o que representa um crescimento de 7,6% em comparação aos R$ 325,5 milhões do 4T05, e R$ 1.332,8 milhões no ano de 2006 o que representa um crescimento de 9,2% em comparação aos R$ 1.220,3 milhões registrados no ano de 2005. A taxa composta de crescimento anual da Receita Líquida da Companhia, entre os anos de 2003 e 2006, é de aproximadamente 7,0% a.a (média de 5% em 2004 e 2005 e 9,2% em 2006).

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Os principais custos e despesas operacionais totalizaram R$ 318,6 milhões no 4T06, o que representa uma redução de 0,9% em comparação aos R$ 315,7 milhões do mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o total desta rubrica atingiu R$ 1.170,7 milhões, representando um acréscimo de 6,1% em relação a 2005. Os principais itens que levaram a este resultado são detalhados a seguir.

Evolução da Receita Bruta por Marca - Margarinas

-5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00 Puro Sabor Medalha de Ouro

Adorita GME Bel Cam po

Boulanger Am orela Finna Marca de Terceiros 2005 2006 51,7% (11,3)% (22,5)% (48,7)% (30,9)% 100,0% (100,0)% 49,5% (3,6)% R$ milhões

(21)

Custos Operacionais (R$ milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação Matéria Prima (134,8) (107,7) 25,2% (461,4) (396,9) 16,3% Trigo (88,4) (72,8) 21,4% (287,0) (250,0) 14,8% Óleo (15,3) (12,1) 26,4% (63,0) (65,5) -3,8% Açúcar (5,4) (4,7) 14,9% (29,9) (19,3) 54,9% Outros (25,7) (18,1) 42,0% (81,5) (62,1) 31,2% Embalagens (24,6) (28,0) -12,1% (113,0) (103,9) 8,8% Mão-de-obra (23,4) (23,8) -1,7% (95,3) (79,2) 20,3% Gastos Gerais de Fabricação (20,8) (18,0) 15,6% (83,2) (68,2) 22,0% Depreciação e Amortização (11,8) (10,6) 11,3% (48,4) (41,5) 16,6% TOTAL (215,4) (188,1) 14,5% (801,3) (689,7) 16,2%

O custo dos produtos vendidos atingiu R$ 215,4 milhões no 4T06 e R$ 188,1 milhões no 4T05, apresentando um crescimento de 14,5% no período. Esta variação decorreu, principalmente:

Do consumo do trigo em grão, visto que no 4º trimestre de 2006 os segmentos de massas e farinha/farelo de trigo, que utilizam o trigo como principal insumo, apresentaram o maior crescimento no volume vendido, 8,5% e 7,6%, respectivamente;

Do custo do óleo que no final do ano de 2006 evidenciou alta nos preços em decorrência das expectativas sobre o aumento da demanda mundial pelo óleo de soja para fabricação do biodiesel, um fator que contribui para o aumento da demanda para exportações, refletindo no crescimento dos preços desta commodity;

Do custo das matérias-primas, principalmente o açúcar, importante insumo para fabricação de biscoitos, que em 2006 subiu consideravelmente seu preço, devido o Brasil, maior produtor mundial da commodity, estar utilizando uma parcela maior de sua safra de cana-de-açúcar para fabricar combustíveis automotivos (etanol) após o preço Do petróleo ter disparado e alcançado seu recorde, causando especulação sobre a escassez desse insumo;

Do custo médio da farinha (“Outros”) utilizada no processo produtivo da controlada ADRIA, visto que a despesa com frete, referente à venda de farinha de trigo de MDB para ADRIA, que integrava o preço de venda (CIF), passou a ser devida pela ADRIA a partir de outubro de 2005 (FOB). Essa alteração na política de negociação reduziu o preço de venda da farinha para a ADRIA, no entanto a despesa de frete, devida a terceiros, antes reconhecida como despesa comercial, passou a integrar o custo dos produtos vendidos. O efeito no resultado é nulo, registrando apenas uma variação entre linhas na Demonstração do Resultado;

No ano de 2006 observou-se um acréscimo de 16,2% em relação a 2005 (de R$ 689,7 milhões para R$

801,3 milhões em 2006). Esta variação decorreu, principalmente pelo:

Aumento do consumo do trigo em grão visto que no ano de 2006 os segmentos de massas, farinha/farelo de trigo e biscoitos, que utilizam o trigo como principal insumo, apresentaram o maior crescimento no volume vendido, 16,2%, 10,3% e 1,7%, respectivamente ;

Estorno de créditos ICMS na ADRIA, obtido nas operações de compra de mercadoria ou insumo, em função da isenção concedida nas transações com produtos populares dentro do Estado de São Paulo, o que determinou a absorção de parte desses créditos no Custo dos Produtos Vendidos;

(22)

Aumento do custo médio da farinha (“Outros”) utilizada no processo produtivo da controlada ADRIA , visto que a despesa com frete, referente à venda de farinha de trigo de MDB para ADRIA, que integrava o preço de venda (CIF), passou a ser devida pela ADRIA a partir de outubro de 2005 (FOB). Essa alteração na política de negociação reduziu o preço de venda da farinha para a ADRIA, no entanto a despesa de frete, devida a terceiros, antes reconhecida como despesa comercial, passou a integrar o custo dos produtos vendidos O efeito no resultado é nulo, registrando apenas uma variação entre linhas na Demonstração do Resultado;

Redução do custo do óleo e amido, em virtude de ser o óleo uma commodity e o amido derivado de uma outra, o milho, os quais possuem seus preços atrelados à variação cambial do Dólar, sendo negociados no mercado internacional. Assim, as reduções de 3,8% e 15,1% nos custos médios do óleo e do amido, respectivamente, foram influenciados pela valorização de 8,7% do Real frente ao Dólar (US$) no período;

Aumento dos custos fixos por unidade vendida, principalmente com mão de obra e gastos indiretos de fabricação, pelo início, a partir da segunda metade de 2005, das operações das primeiras linhas de biscoitos e massas da unidade de Aratu e massas na unidade de Tambaú, cuja estrutura de produção instalada não foi usada em todo seu potencial;

Início da depreciação das máquinas e equipamentos utilizados na fabricação de massas e biscoitos nas unidades de Aratu e Tambaú.

As despesas com vendas totalizaram R$ 69,6 milhões no 4T06, representando um acréscimo de 1,8% em relação aos R$ 68,4 milhões do 4T05, motivada pela redução de 7,8% das despesas com fretes e carretos (que passaram de R$ 13,9 milhões no 4º trimestre de 2005 para R$ 12,8 milhões no 4º trimestre de 2006), visto que a despesa com frete, referente à venda de farinha de trigo de MDB para ADRIA, que integrava o preço de venda (CIF), passou a ser devida pela ADRIA a partir de outubro de 2005 (FOB). Essa alteração na política de negociação reduziu o preço de venda da farinha para a ADRIA, no entanto a despesa de frete, devida a terceiros, antes reconhecida como despesa comercial, passou a integrar o custo dos produtos vendidos. O efeito no resultado é nulo, registrando apenas uma variação entre linhas na Demonstração do Resultado.

No acumulado do ano, as despesas de venda passaram de R$245,1 milhões em 2005 para R$251,4 milhões em 2006, um acréscimo de 2,6% no período, influenciado, principalmente pelo aumento de 14,7% das despesas com pessoal de vendas e de logística no ano de 2006 (R$88 milhões no ano de 2005 para R$100,9 milhões em 2006) visto que houve um aumento médio de 9,3% no número de colaboradores da área comercial em 2006, ocasionado principalmente, pelas contratações ocorridas na unidade de Aratu.

Despesas Operacionais (R$ milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação

Vendas (69,6) (68,4) 1,8% (251,4) (245,1) 2,6% Administrativas e gerais (23,6) (21,1) 11,6% (84,0) (71,1) 18,2% Honorários da administração (1,5) (1,4) 7,1% (6,3) (4,6) 35,0% Tributárias (4,6) (12,5) -63,2% (22,7) (39,8) 43,1% Depreciação e amortização (8,1) (4,3) 84,1% (31,4) (19,9) 58,0% Outras despesas/(receitas) operacionais 4,2 (19,8) -121,2% 26,4 (32,8) -180,5% TOTAL (103,2) (127,5) -19,1% (369,4) (413,3) -10,7%

(23)

Vale ressaltar também que houve no período uma redução de 7,5% nas despesas com fretes, principalmente nas unidades de Aratu e São Caetano do Sul, além de uma redução de 5,6% no total de verbas contratuais e bonificações concedidas pela Adria..

As despesas administrativas e gerais atingiram R$ 23,6 milhões no 4T06, um aumento de 11,6%, comparado aos R$ 21,1 milhões do 4T05. Este acréscimo é explicado principalmente pelo aumento das despesas com serviços de terceiros, tais como assessoria jurídica e contábil, auditoria contábil, essencialmente pelo processo de abertura de capital, e serviços gerais.

No acumulado do ano as despesas administrativas atingiram R$84,0 milhões, um incremento de 18,2% em relação ao ano de 2005. Este crescimento decorreu principalmente do:

Aumento das despesas com serviços de terceiros (de R$11,7 milhões em 2005 para R$18,9 milhões em 2006), tais como assessoria jurídica e contábil e auditoria contábil. Esse aumento é explicado, essencialmente, pelo fato da companhia ter se tornado uma empresa de Capital Aberto, o que implica em gastos adicionais necessários a esse novo contexto.

Aumento das despesas com pessoal (de R$39,5 milhões em para R$44,7 milhões em 2006), em sua maioria salários e encargos sociais, decorrente da expansão das atividades nas novas unidades fabris, com destaque para Aratu.

Apesar do crescimento da receita bruta operacional e das operações, a despesas tributárias apresentaram queda de 63,2% no trimestre, passando de R$12,5 milhões no 4T05 para R$ 4,6 milhões no 4T06. No acumulado do ano a redução foi de 43,1%, atingindo R$ 22,7 milhões vis a vis os R$ 39,8 milhões apurados em 2005. Esta variação se deve principalmente à redução do auto de infração estadual no valor de R$ 7,7 milhões, lavrado em setembro de 2005 na Adria.

As despesas com depreciação e amortização totalizaram R$ 8,1 milhões no 4T06, o que representa um

aumento de 84,1% em comparação aos R$ 4,3 milhões do mesmo período do ano anterior. Este aumento

é explicado principalmente, pela: (i) elevação das despesas com depreciação dos investimentos realizados nas unidades operacionais, principalmente Aratu, que passaram de R$ 2,1 milhões para R$ 4,9 milhões no no 4T05 e 4T06, respectivamente, totalizando R$9,5 milhões no ano de 2006 e (ii) amortização de gastos pré-operacionais.

No 4T05 a rubrica outras receitas (despesas) operacionais apresentou uma despesa de R$ 19,8 milhões enquanto no 4T06, foi apurada uma receita de R$ 4,2 milhões A inversão deste resultado deve-se principalmente à

Reversão da provisão para crédito de liquidação duvidosa no valor de R$1,88 milhões, em razão do recebimento de dívida em atraso antes julgada sem perspectivas de realização. No 4º trimestre de 2005 foi registrada provisão no montante de R$3,0 milhões;

Itens não recorrentes no 4º trimestre de 2006, como a provisão para riscos fiscais, tributários e trabalhistas no valor.de R$ 14,5 milhões, registrada no 4º trimestre de 2005.

(24)

No acumulado do ano, a Companhia apresentou uma despesa de R$ 32,8 milhões em 2005; enquanto que no ano de 2006, foi apurada uma receita de R$ 26,4 milhões. Esta variação foi ocasionada principalmente pela:

Reversão da provisão para crédito de liquidação duvidosa no valor de R$2,0 milhões, em razão do recebimento de dívida em atraso antes julgada sem perspectiva de realização. Em 31 de dezembro de 2005 registrávamos provisão no montante de R$6,8 milhões;

Reversão de provisão para contingências fiscais e trabalhistas no valor líquido de R$3,0 milhões, comparado com a constituição de provisão no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, no valor de 15,2 milhões, em razão da reavaliação dos riscos envolvidos;

Não incidência dos eventos não recorrentes verificados em 2005, no valor total de R$7,7 milhões, originados pelas perdas das aplicações financeiras no Banco Santos S.A., cuja falência foi decretada em 2005, e pagamentos realizados no contexto de um acordo judicial com a Companhia Energética do Ceará – COELCE; e

Recuperação de créditos tributários de PIS e COFINS no valor de R$18,5 milhões.

RESULTADOS FINANCEIROS

Resultado Financeiro (R$ Milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação

Receita Financeira 23,4 52,1 -55,1% 179,7 169,4 6,1% Despesa Financeiras (23,2) (53,0) -56,2% (158,7) (155,2) 2,3% TOTAL 0,2 (0,9) -122,2% 21,0 14,2 47,9%

As receitas financeiras passaram de R$ 52,1 milhões no 4T05, para R$ 23,4 milhões no 4T06, apresentando uma redução de 55,1% no período, ocasionada, principalmente pela queda do rendimento real e variação cambial sobre aplicações financeiras indexadas ao Dólar, visto que no período houve apreciação do Real em relação ao Dólar.

As despesas financeiras passaram de R$ 53,0 milhões no 4T05, para R$ 23,2 milhões no 4T06, apresentando uma queda de 56,2% no período. O decréscimo destas despesas é explicado, principalmente, pela variação cambial sobre financiamentos indexados ao dólar, que passaram de R$34,5 milhões no 4T05 para R$4,2 milhões no 4T06, em decorrência da valorização do Real frente ao Dólar, no período.

No acumulado do ano, as receitas financeiras passaram de R$ 169,4 milhões, para R$ 179,7 milhões em 2006, apresentando um aumento de 6,1% em relação a 2005. Esta variação deveu-se, principalmente, à atualização de créditos tributários de PIS e COFINS, no valor de R$13,6 milhões.

As despesas financeiras passaram de R$ 155,2 milhões em 2005, para R$ 158,7 milhões em 2006, apresentando um aumento de 2,3%. O crescimento dessas despesas deveu-se, principalmente, aos juros de financiamento que passaram de R$17,8 milhões no ano de 2005 para R$18,3 milhões no ano de 2006, primordialmente incrementado pela contratação de novas linhas de crédito e por encargos financeiros de investimentos realizados nas nossas unidades fabris, Aratu e Tambaú. Até que os ativos fossem colocados em operação, esses encargos foram incorporados ao seu custo de aquisição no ativo permanente.

(25)

Em contrapartida, houve redução nas variações cambiais passivas, principalmente as variações cambiais sobre financiamentos e aplicações, que passaram de R$ 116,2 milhões para R$ 104,6 milhões. Esta redução foi ocasionada pela desvalorização de 8,66% do dólar frente ao Real no exercício de 2006.

LUCRO LÍQUIDO

O lucro líquido passou de R$ 1,6 milhões no 4T05, para R$ 17,8 milhões no 4T06, pelas razões mencionadas acima. No ano de 2006, o lucro apurado foi de 114,1 milhões, 40,3% acima dos R$81,3 milhões registrados em 2005.

Vale ressaltar que o lucro líquido apresentado foi apurado mediante a dedução integral das despesas com impostos, sem qualquer redução por conta das subvenções para investimentos oriunda de incentivos fiscais de ICMS e IRPJ, de que é titular a Companhia. A parcela desses impostos que correspondem aos mencionados incentivos são contabilizados diretamente na conta de Reserva de Capital no Patrimônio Líquido, mediante igual redução do valor das obrigações de impostos a pagar, no momento em que se dá o cumprimento das condições de gozo de cada incentivo.

Destaque-se que a não adição ao lucro líquido do valor das subvenções para investimentos recebidas pela Companhia, através de devolução de parte do ICMS e do IRPJ devidos, decorre do fato de que tais subvenções não se constituem em receitas contábeis, e não podem ser, por força de lei, objeto de distribuição aos acionistas, devendo ser obrigatoriamente reinvestidas na empresa. Mas as referidas subvenções constituem inegável fonte de caixa adicional, gerada além do lucro líquido do exercício, para a continuidade dos investimentos e crescimento da Companhia.

O quadro abaixo demonstra o volume de recursos incorporados ao patrimônio da Companhia nos anos de 2005 e 2006, caso adicionássemos ao Lucro Líquido do trimestre e do exercício o valor das mencionadas subvenções para investimento (incentivos fiscais oriundos do ICMS e do imposto de renda).

Lucro Após Incentivos Fiscais (R$ milhões) 4T06 4T05 2006 2005

Lucro Líquido do Exercício 17,8 1,6 114,1 81,3 Incentivos Fiscais ICMS 10,9 7,0 35,0 27,1 Incentivos Fiscais Imposto de Renda 2,9 4,3 15,2 28,4

TOTAL 31,6 12,9 164,3 136,8

INCENTIVOS FISCAIS

Os incentivos fiscais sobre ao ICMS apresentaram um crescimento de 55,7% quando comparados os saldos referentes ao 4T06 e 4T05, e 29,2% quando comparados os totais referentes ao ano de 2006 e ano de 2005. Este incremento é explicado pela subvenção para investimentos já concedida pelo Estado do Ceará (PROVIN) à unidade Moinho dias Branco, e que desde julho de 2006 foi estendida à Fabrica Fortaleza, reconhecendo os investimentos feitos pela Companhia no Estado para a verticalização e integração da produção, o que proporcionou o direito à reposição de parte do capital investido, mediante a devolução de 56,3% do ICMS contido no valor do trigo em grão utilizado na fabricação da farinha de trigo integrante do custo dos biscoitos e massas produzidos naquela unidade.

(26)

O decréscimo nos valores referentes a incentivos fiscais sobre o imposto de renda (IRPJ), 32,6% na comparação trimestral e 46,7% no ano, deveu-se a redução da subvenção de IRPJ das unidades Fábrica Fortaleza e Moinho Dias Branco (de 100% para 25%).

EBITDA

CONCILIAÇÃO DO EBITDA (em R$ milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação

Lucro Líquido 17,8 1,6 1012,5% 114,1 81,3 40,3% Imposto de Renda e Contribuição Social 14,2 7,6 86,8% 68,3 50,2 36,1% Receitas Financeiras (23,4) (52,1) -55,1% (179,7) (169,4) 6,1% Despesas Financeiras 23,2 53,0 -56,2% 158,7 155,2 2,3% Incentivos Fiscais do ICMS 10,9 7,0 55,7% 35,0 27,1 29,2% Resultados não Operacional - (0,1) -100,0% 0,7 - N/A Depreciação e Amortização 11,8 10,6 11,3% 48,4 41,5 16,6% Depreciação e Amortização Despesas Adm/Com 8,1 4,3 88,4% 31,4 19,9 57,8% Ajustes por Perda em Aplicações Banco Santos - - N/A - 2,7 -100,0% Ajustes por Pagamento de Acordo Energia Coelce - - N/A - 5,0 -100,0% EBITDA Ajustado 62,5 31,9 95,9% 277,0 213,5 29,7%

O EBITDA ajustado passou de R$ 31,9 milhões no 4T05 para R$ 62,6 milhões no 4T06, significando um aumento de 8,0 p.p. na margem EBTIDA, com um incremento de 95,9%. No acumulado do ano, o EBITDA ajustado passou de R$ 213,5 milhões em 2005 para R$ 277,0 milhões em 2006, resultando em um acréscimo de 29,7%.

DÍVIDA, CAPITALIZAÇÃO E CAIXA

Capitalização (em R$ milhões) 31/12/2006 31/12/2005 Variação

Curto Prazo 343,8 380,7 -9,7% Longo Prazo 204,3 271,6 -24,8% Endividamento Total 548,1 652,3 -16,0% (-) Caixa * (438,9) (471,4) -6,9% (=) Dívida Líquida 109,2 180,9 -39,6% (+) Patrimônio Líquido 865,3 837,4 3,3% Capitalização 1.413,4 1.489,7 -5,1%

* Inclui Caixa e Disponibilidades

Indicadores Financeiros 31/12/2006 31/12/2005 Variação

Dívida Líquida/ EBITDA Ajustado 0,39 0,85 -53,5%

Dívida Líquida/ PL 12,6% 21,6% -41,6%

Endividamento/ Ativo Total 34,1% 39,7% -14,0%

Ao final de 2006, a dívida bruta da Companhia totalizava R$ 548,1 milhões (63% no curto prazo e 37% no longo prazo), 9,7% menor que o saldo registrado ao final de 2005, e a dívida líquida totalizava R$ 109,2 milhões, 39,6% inferior ao respectivo saldo em 2005. A queda do endividamento ocorreu em função da geração de caixa da companhia e diminuição da exposição ao risco cambial pela quitação de empréstimos.

(27)

Com relação ao grau de alavancagem financeira da M Dias Branco, representado pela relação dívida líquida sobre o patrimônio líquido, o indicador ao final de 2006 foi de 12,6 %, contra 21,6 % referente ao final de 2005. A relação Dívida Líquida por EBITDA melhorou, atingindo 0,39 em dezembro de 2006, contra 0,85 ao final de 2005, em função da redução da dívida líquida e aumento do EBITDA anteriormente demonstrados.

A M Dias Branco encerrou o ano de 2006 com um caixa (disponibilidades mais aplicações em títulos de liquidez imediata) de R$ 438,9 milhões, contra R$ 471,4 milhões no ano de 2005, um decréscimo de 6,9% no período.

Composição Endividamento (Em Milhões) Indexador Juros (a.a.) 31/12/2006 31/12/2005 Variação

Moeda Nacional 302,0 328,0 -7,9%

FINAME TJLP 3,54% 37,1 31,1 19,3% Financiamentos - BNDES 2,49% 50,5 70,8 -28,7% Financiamentos de Insumo - BNB 18,30% 0,5

-Financiamentos de Tributos Estaduais (PROADI) TR 1,9 1,0 90,0% Financiamentos de Tributos Estaduais (PROVIN) TR 24,2 40,8 -40,7% Financiamentos de Tributos Estaduais (PROVIN) TJLP 39,5 17,1 131,0% Financiamentos de Tributos Estaduais (DESENVOLVE TJLP 18,3 12,6 45,2% Financiamentos BNB-FNE 14,00% 84,6 81,9 3,3% MORDEMAQ 12,12% 1,9 1,1 72,7% PROGEREN-BNDES TJLP 3,50% 37,6 60,0 -37,3% Empréstimos bancários - Capital giro CDI 3,50% - 11,6 -100,0% Financiamentos BNB -FNE-Capital de Giro 14,00% 5,9 - N/A

Moeda Estrangeira 246,1 324,2 -24,1%

Financiamentos de importação insumos USD 5,68% 212,5 282,8 -24,9% Financiamentos de Máquinas e Equipamentos USD Libor + 1,07% 8,8 14,1 -37,6% Financiamentos de Máquinas e Equipamentos EURO Eurolibor+ 1,75% 0,8 1,1 -27,3% Emprestimos de Capital de Giro USD 5,0% 24,0 26,2 -8,4%

TOTAL 548,1 652,2 -16,0%

A companhia opta por não realizar o hedge do preço de nossos principais insumos (trigo e óleo) em função da nossa capacidade de armazenamento, acompanhamento do mercado e planejamento de compras, mas realiza o hedge da taxa de câmbio. Temos passivos indexados a moeda estrangeira (dólar em sua maior parte), decorrentes principalmente da importação do trigo, que são protegidos mediante aplicações financeiras indexadas ao dólar, conforme demonstrado abaixo. Em 2005 tínhamos 21% de exposição ao risco cambial, mas em 2006 esse nível atingiu a somente 1%. Esse baixo nível de exposição cambial é o que pretendemos adotar como política para os próximos anos.

INVESTIMENTOS

Os Investimentos totalizaram R$ 6,0 milhões no 4T06 em comparação aos R$ 17,5 milhões no 4T05, e R$ 63,6 em 2006 em comparação aos R$ 99,9 milhões em 2005. Os principais itens que compuseram os gastos com investimentos foram máquinas e equipamentos e obras civis.

Descrição 31/12/2006 31/12/2005

Ativos (em USD milhões) 114,0 109,4 Passivos (em USD milhões) 115,1 138,8

(28)

Investimentos (R$ milhões) 4T06 4T05 Variação 2006 2005 Variação Instalações 0,1 0,2 -50,0% 0,5 1,6 -68,8% Máquinas e Equipamentos 0,8 9,0 -91,3% 30,7 41,7 -26,4% Obras Civis 2,5 6,1 -59,2% 22,5 42,4 -46,9% Veículos 0,5 0,6 -16,7% 4,3 6,7 -35,8% Computadores e Periféricos 1,0 0,7 42,9% 2,6 2,9 -10,3% Móveis e utensílios 0,3 0,0 - 2,0 3,1 -35,5% Outros 0,8 0,9 -11,1% 1,0 1,5 -33,3% Total 6,0 17,5 -65,9% 63,6 99,9 -36,3%

MERCADO DE CAPITAIS

As ações da Companhia tiveram boa performance no trimestre superando o Ibovespa.

Em 31 dezembro de 2006 as ações da Companhia estavam cotadas à R$25,00 o que representa um valor de mercado de R$2.870,0 milhões. Em relação ao preço de abertura (R$21,00) as ações da Companhia apresentaram uma valorização de 19,0%. O volume médio diário negociado no trimestre foi de R$3,925 milhões de volume financeiro.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

A estratégia de governança corporativa adotada pela Companhia se alicerça num sistema de gestão que busca garantir que a Companhia invista seus recursos apenas no cumprimento de seus propósitos e no melhor interesse a longo prazo de seus acionistas. Nesse sentido, a Companhia funda seu planejamento estratégico e orçamentário na busca pelo desenvolvimento sustentável, por meio do equilíbrio entre os

MDIA3 X IBOV 95 100 105 110 115 120 125 19/o u t 20/o u t 23/o u t 24/o u t 25/o u t 26/o u t 27/o u t 30/o u t 31/o u t 1/no v 3/no v 6/no v 7/no v 8/no v 9/no v 10/no v 13/no v 14/no v 16/no v 17/no v 21/no v 22/no v 23/no v 24/no v 27/no v 28/no v 29/no v 30/no v

1/dez 4/dez 5/dez 6/dez 7/dez 8/dez 11/dez 12/dez 13/dez 14/dez 15/dez 18/dez 19/dez 20/dez 21/dez 22/dez 26/dez 27/dez 28/dez

0 1.300 2.600 3.900 5.200 6.500 7.800 9.100 10.400 11.700

Volume IBOV MDIA3

Referências

Documentos relacionados

Os açúcares adicionados estão presentes nos alimentos sob a forma de: açúcar (que pode ser branco ou amarelo), xarope de milho, frutose, maltose, mel, melaço, entre outros

volver competências indispensáveis ao exercício profissional da Medicina, nomeadamente, colheita da história clínica e exame físico detalhado, identificação dos

09/2019/OE/TJMT altera a competência da 1 a Vara Especializada da Fazenda Pública da Comarca de Várzea Grande, determinando a sua competência absoluta para

Etapa 3: Clique na guia Setup (Configuração) na parte superior e clique em Network Settings (Configurações de rede) no menu do lado esquerdo.. Etapa 4: Em Router

Assim, propusemos que o processo criado pelo PPC é um processo de natureza iterativa e que esta iteração veiculada pelo PPC, contrariamente ao que é proposto em Cunha (2006)

Através da revisão de literatura e a análise crítica do autor, este trabalho apresenta uma proposta de “estrutura conceitual” para a integração dos “fatores humanos” ao

O capítulo I apresenta a política implantada pelo Choque de Gestão em Minas Gerais para a gestão do desempenho na Administração Pública estadual, descreve os tipos de

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que