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Sumário DICAS 2019 OUTUBRO SEMANA 1 CONSTITUCIONAL

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Sumário

DICAS 2019 OUTUBRO SEMANA 1 ... 1

CONSTITUCIONAL ... 1

#Dicas - Poder Constituinte para Concursos (Atualizado out 2019) ... 1

#TEMA: Direito Constitucional - Fossilização Constitucional (out 2019) ... 4

FINANCEIRO... 6

#DICAS - Direito Financeiro - Disciplina constitucional dos Precatórios (out 2019) ... 6

#SIMULADO - Direito Financeiro - Regime constitucional dos Precatórios - Jurisprudência .... 7

TRIBUTÁRIO ... 9

#Dicas - Crédito Tributário (OUT-2019) ... 9

PROCESSO CIVIL ... 11

#Dicas - Intervenção de terceiros (Atualização Outubro) ... 11

CIVIL ... 13

#Dicas - Obrigações - Atualização OUT 19 ... 13

TRABALHO ... 20

#Dicas - Contrato de Trabalho e em condições especiais (out 2019) ... 20

DISCURSIVAS ... 23

#DISCURSIVA - Direito Constitucional (out 2019) ... 23

#DISCURSIVA - Direito do Consumidor (outubro 2019) ... 23

DICAS 2019 OUTUBRO SEMANA 1

CONSTITUCIONAL

#Dicas - Poder Constituinte para Concursos (Atualizado out 2019)

1. A retroatividade das normas do PCO via de regra, será mínima. Neste sentido, vejamos a lição do Prof. Gilmar Mendes: "A Constituição, ao aplicar-se de imediato, não desfaz os efeitos passados de fatos passados (salvo se expressamente estabelecer o contrário), mas alcança os efeitos futuros de fatos a ele anteriores (exceto se os ressalvar de modo inequívoco). Reconhece-se assim, como típico das normas do PCO, serem elas dotadas de eficácia retroativa mínima, já que se entende como próprio dessas normas atingir efeitos futuros de fatos passados. Só excepcionalmente elas terão eficácia retroativa média (alcançar pretensões vencidas anteriormente a essas normas e não pagas) ou máxima (alcançar fatos consumados no passado)".

Assim, a prova do MP-RR, considerou incorreta: "Uma nova Constituição não pode ter eficácia retroativa média e máxima, ainda que assim nela esteja expresso".

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2. Os direitos adquiridos não podem ser opostos ao PCO (TJBA-JUIZ). De acordo com Bernardo Gonçalves, isso é possível devido as características ilimitadas e incondicionadas do PCO; bem como é importante ressaltar que o mesmo pode criar regras de transições ou exceções.

Na PGM-BH, a CESPE considerou como correta: "Devido às características do poder constituinte originário, as normas de uma nova Constituição prevalecem sobre o direito adquirido".

Na prova da PGM-CWB foi considerada correta: "O poder constituinte originário pode deliberar pelo reconhecimento ou não de direitos adquiridos segundo a ordem jurídica anterior".

TJ-BA (Cespe - Juiz) "Os direitos adquiridos são oponíveis ao poder constituinte originário para evitar óbice ao retrocesso social". R: Falso! Não são oponíveis ao P.C.O.

3. Quem é o titular do PCO? (CESPE - PF - 2018) Para responder corretamente este ponto, mister ressaltar que existem duas correntes: a) clássica - Decorrente das ideias de Sieyès, que tratava a nação como titular do PCO e b) moderna - de Jellinek, onde o mesmo trata o povo como titular do PCO.

Na prova, a banca CESPE considerou INCORRETA a seguinte alternativa: "A concepção de “soberania limitada”, citada no texto, implica a divisão da titularidade do poder constituinte entre o povo e a assembleia constituinte que o representa".

4. Os Estados possuem PCO? (CESPE - EMAP) Não! O Estado somente dispõe de Poder Constituinte Decorrente. O que seria isso? De acordo com as lições da doutrina que adotamos (B.G.), O Poder Constituinte Decorrente visa complementar a Constituição com a obra produzida pelos Estados-membro, qual seja, Constituições Estaduais, conforme art. 11 do ADCT e art. 25 da CR/88. Pode ser decorrente instituidor ou decorrente reformador (também chamado de: anômalo).

Desta forma, o P.C.D é derivado, subordinado e condicionado. Importante ressaltar que o mesmo deverá obedecer aos princípios constitucionais sensíveis, os princípios extensíveis e os princípios constitucionais estabelecidos. Exatamente por isso, a CESPE considerou como incorreta na Prova de Defensor Público de PE: "Classifica-se como originário se incondicionado ou derivado quando se resume a alterar texto pré-existente".

Na DPU foi considerada incorreta: "O poder constituinte originário e o poder constituinte derivado se submetem ao mesmo sistema de limitações jurídicas e políticas, embora os efeitos dessas limitações ocorram em momentos distintos".

OBS: Vejam como as bancas repetem as questões...

5. No mesmo concurso da EMAP, a CESPE deu um "conceito" de PCO. Vejamos: "O poder constituinte originário gera e organiza os poderes do Estado, instaurando o próprio Estado constitucional".

Na prova de delegado de Sergipe, a banca considerou a seguintes características do PCO: "é fático e soberano, incondicional e preexistente à ordem jurídica".

6. Atenção! O Poder de reforma não poderá ser ampliado, tendo em vista que a CRFB apenas dispôs que o mesmo seria possível de ocorrer apenas uma vez. Desta forma, a banca CESPE considerou como incorreto: "O poder constituinte originário fixou as condições do exercício do poder de revisão constitucional; contudo, no Brasil, o legislador pode ampliar as hipóteses de revisão, desde que haja autorização popular por meio de plebiscito".

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7. Quais são os requisitos para que exista a recepção de uma lei? De acordo com a doutrina, são os seguintes: a) Estar em vigor no momento do advento de uma nova Constituição; b) Não ter sido declarada inconstitucional durante a sua vigência no ordenamento anterior; c) Ter compatibilidade formal e material perante a Constituição sob cuja regência ela foi editada (no ordenamento anterior) e d) Ter compatibilidade somente material com a nova Constituição (pouco importando a compatibilidade formal)".

Neste sentido, na prova de Defensor Público do Estado de Alagoas, a CESPE considerou correta: "recepção de lei anterior, desde que materialmente compatível com a nova Constituição". Vide itens acima.

(Vunesp - 2019) "Pelo sistema da recepção das normas anteriores à nova Constituição, é possível uma lei ordinária compatível com a nova Lei Maior ser recepcionada como lei complementar". R: Correto! Vide explicação do tema acima. Lembrar do caso do código tributário nacional e lei 4.320 como exemplos do tema.

8. Poder Constituinte Difuso? O que seria isso? Simples! são as mutações constitucionais, onde a norma constitucional, sem alterar sua redação, é lida de outra maneira. Vejamos: "pode sofrer alterações informais, ou seja, uma evolução nas dimensões sintática, semântica e pragmática do texto", sem alteração no seu texto. Tal fenômeno ficou conhecido pelo nome de "mutação Constitucional" (ou seja, mudanças informais da Constituição que também podem ser intituladas de Poder Constituinte difuso)".

IMPORTANTE! Para que isso possa ocorrer, o PC difuso existe em virtude da abertura textual e polissemia da Constituição. Exatamente por isso, a CESPE considerou errada a seguinte alternativa sobre o tema na Prova de Defensor Público do Acre: "ocorre em razão da natureza monossêmica do texto constitucional".

Na prova da PGM-BH, a CESPE considerou correta: "O poder constituinte difuso manifesta-se quando uma decisão do STF altera o sentido de um dispositivo constitucional, sem, no entanto, alterar seu texto".

A Vunesp (Câmara de Piracicaba) considerou a prisão após julgamento em segundo grau como mutação constitucional.

Ainda sobre a mutação, a Vunesp considerou correta: "exterioriza o caráter dinâmico e de prospecção das normas jurídicas, por meio de processos informais".

9. Formas de expressão do PCO: Pode ser por outorga ou convenção.

10. Os Municípios possuem Poder Constituinte? Não!! Para a doutrina majoritárias, o Município não é dotado deste poder, notadamente em razão de se submeter a uma dupla limitação. Assim, na PGM-BH foi considerada INCORRETA: "De acordo com a doutrina dominante, a possibilidade de o município de Belo Horizonte editar a sua própria lei orgânica provém do poder constituinte derivado decorrente".

*Atenção! Embora não seja o ponto principal do tema, muitas questões cobram também os aspectos formais das emendas constitucionais, como legitimados à propositura, quorum de aprovação, etc.

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#TEMA: Direito Constitucional - Fossilização Constitucional (out 2019)

> A fossilização da constituição é um fenômeno que ocorreria caso o Poder Legislativo, no exercício de sua função típica de legislar e também o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) fossem atingidos pelo efeito vinculante das decisões emanadas deste último.

> Este fenômeno não encontra amparo no ordenamento jurídico brasileiro, de acordo com o próprio entendimento do STF, pois impediria a atualização da Constituição, limitando o processo legislativo em virtude dos efeitos vinculantes derivados do controle concentrado de constitucionalidade, de maneira a impedir a tramitação e votação de projeto de lei contrário ao entendimento do STF em determinada matéria.

#De acordo com Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 34ªEd., pg 1027):

Conforme decidido pelo STF, o efeito vinculante consiste em “atribuir ao julgado uma qualificada força impositiva e obrigatória em relação a supervenientes atos administrativos ou judiciais - eficácia executiva ou instrumental-. Os efeitos vinculantes se referem, inclusive, à ratio decidendi, para se evitar qualquer tentativa de desrespeito da decisão em sede de jurisdição constitucional. O obiter dictum, por sua vez, “não integra o dispositivo da decisão, nem se sujeita ao efeito vinculante”.

Desta feita, no ordenamento jurídico pátrio, o efeito vinculante das súmulas vinculantes e das decisões emanadas em controle concentrado de constitucionalidade não vinculam:

- O próprio STF (em uma mudança de entendimento da própria Corte, adotando posição semelhante ao Tribunal Constitucional Federal Alemão);

- O Poder Legislativo em sua função legislativa típica;

- O Poder Executivo quando desempenha, de modo atípico, função legislativa - Medida Provisória – (D. Constitucional Descomplicado de Vicente Paulo, 15ªEd.p. 801),

- O Ministério Público, dado o seu posicionamento institucional previsto no art. 102, §2º da Carta de 1988 (Curso de Direito Constitucional, Uadi Lâmmego Bulos, 12ªEd, pg. 364).

#Na lição de Bernardo Gonçalves (Curso de Direito Constitucional, 9ªEd. Pag. 606):

O STF assinalou que não seria prudente atribuir a qualquer órgão, a faculdade de pronunciar-se, em solução de definitividade, a última palavra sobre o sentido da Constituição. A última palavra é, no máximo, provisória e a teoria dos “diálogos institucionais” acaba por ser um mecanismo de fomento da democracia e da legitimidade das instituições, permitindo que o texto constitucional se adeque à evolução social, buscando manter a efetividade, a eficácia e a legitimidade de suas normas, na perspectiva da abertura e não do fechamento de soluções dos desafios. Tal entendimento vai ao encontro da ideia de uma interação deliberativa como proposta de um ideal atrativo na separação dos poderes.

#Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado, 22ªEd. Pg 365), leciona que:

“O Legislativo, assim, poderá, inclusive, legislar em sentido diverso da decisão dada pelo STF, ou mesmo contrário a ela, sob pena, em sendo vedada essa atividade, de significar inegável petrificação da evolução social. Isso porque o valor segurança jurídica, materializado com a ampliação dos efeitos erga omnes e vinculante, sacrificaria o valor justiça da decisão, já que impediria a constante atualização das Constituições e dos textos normativos por obra do Poder Legislativo”.

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#Ainda na lição de Pedro Lenza, o Min. Fux (ADI 5.105, j.1.º.10.2015, DJE de 16.03.2016), ao reconhecer a possibilidade de reversão legislativa da jurisprudência da Corte, estabeleceu providências distintas de acordo com o instrumento utilizado:

A) manifestação do poder constituinte derivado: “a emenda constitucional corretiva da jurisprudência modifica formalmente o texto magno, bem como o fundamento de validade último da legislação ordinária, razão pela qual a sua invalidação deve ocorrer nas hipóteses de descumprimento do art. 60 da CRFB/88 (i.e., limites formais, circunstanciais, temporais e materiais), encampando, neste particular, exegese estrita das cláusulas superconstitucionais”; B) manifestação do poder normativo infraconstitucional: “a legislação infraconstitucional que colida frontalmente com a jurisprudência (leis in your face) nasce com presunção iuris tantum de inconstitucionalidade, de forma que caberá ao legislador ordinário o ônus de demonstrar, argumentativamente, que a correção do precedente faz-se necessária, ou, ainda, comprovar, lançando mão de novos argumentos, que as premissas fáticas e axiológicas sobre as quais se fundou o posicionamento jurisprudencial não mais subsistem, em exemplo acadêmico de mutação constitucional pela via legislativa. Nesse caso, a novel legislação se submete a um escrutínio de constitucionalidade mais rigoroso, nomeadamente quando o precedente superado amparar-se em cláusulas pétreas”.

> Em consonância com o princípio da separação dos poderes, o legislador pátrio pode, portanto, superar a jurisprudência em uma reação legislativa (override) em relação à decisão da corte. > Nesse sentido, no tocante à não vinculação ao legislador ao editar uma lei com conteúdo idêntico àquela objeto da ADI, contra esse novo ato normativo não caberá reclamação constitucional sob o argumento de violação à tese jurídica firmada na ação de controle concentrado (mesmo que admitida a tese da transcendência dos motivos determinantes), devendo, no caso, ser proposta uma nova ADI, em razão do novo objeto.

#O Ministro Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, 34ªEd., pg 1027), por sua vez, defende que os efeitos vinculantes somente se aplicam ao legislador em duas hipóteses:

(a) não poderá editar norma derrogatória da decisão do Supremo Tribunal Federal;

(b) estará impedido de editar normas que convalidem os atos nulos praticados com base na lei declarada inconstitucional.

Em ambas as hipóteses estará flagrante a intenção do legislador em limitar total ou parcialmente a decisão da Corte!

> Não será possível, porém, a vinculação do Legislador em relação ao mérito da matéria decidida pelo Supremo Tribunal Federal, uma vez que poderá editar novas normas com objeto oposto ao decidido pela Corte Suprema, em virtude de sua absoluta liberdade de criação legislativa, garantindo-se, dessa forma, a possibilidade de evolução.

#Sobre o posicionamento de Alexandre de Moraes, Kildare Gonçalves (Direito Constitucional – Teoria do Estado e da Constituição, 15ªEd., pg. 480): alerta que a questão merece ponderações, ao citar o entendimento de Jorge Miranda, de que ninguém advoga imutabilidade “ad eternum”! Afirma-se aqui que a norma tem que ceder, sobrevindo qualquer evento que afete a norma parâmetro.

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- revisão constitucional, - costume contra legem ou

- mutação tácita por interpretação evolutiva ou por alteração da realidade constitucional.

FINANCEIRO

#DICAS - Direito Financeiro - Disciplina constitucional dos Precatórios (out 2019)

1. Conceito e abrangência

> Quando o particular possui alguma dívida reconhecida judicialmente e não a paga, pode ter seus bens penhorados na EXECUÇÃO.

> O mesmo não se dá com relação à Fazenda Pública, visto que os seus bens são impenhoráveis, pois os serviços públicos não podem sofrer solução de continuidade. Logo, contra a Fazenda Pública há um sistema próprio de execução e pagamento

> Tal sistema, ao mesmo tempo, configura um privilégio para o Estado devedor (justamente pela impossibilidade de penhora dos bens) e uma garantia ao credor (já que a CF prevê medidas que, em tese, asseguram o recebimento do seu crédito).

Se liga na definição: O PRECATÓRIO é uma ordem formal de pagamento, decorrente de DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO contra a Fazenda Pública.

Info 866 do STF: “A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não atrai o regime constitucional dos precatórios”.

>> Não há parâmetro constitucional nem legal que obste a pretensão de executar provisoriamente a sentença condenatória de obrigação de fazer, antes do trânsito em julgado dos embargos do devedor opostos pela Fazenda Pública. Assim, inexiste razão para que a obrigação de fazer tenha seu efeito financeiro postergado em função do trânsito em julgado, sob pena de hipertrofiar uma regra constitucional de índole excepcionalíssima.

> O regime de precatórios alcança a Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), suas autarquias e fundações públicas, e, segundo a jurisprudência do STF, as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem serviços públicos típicos do Estado, de natureza não concorrencial.

Ex: ECT e CASAL.

#OBS: Para o STF, além de a empresa ser DEPENDENTE, ela NÃO pode possuir atividade econômica com intuito lucrativo e concorrencial.

2. Procedimento dos Precatórios

> Vencida a Fazenda Pública em demanda judicial, o juiz da execução solicita ao Presidente do Tribunal respectivo a requisição da verba necessária ao pagamento do credor.

> O Presidente do Tribunal, então, comunica à Fazenda Pública a existência da obrigação, a fim de que ela seja consignada no orçamento como despesa pública.

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> Se o precatório for apresentado até o dia 1º de julho, a verba correspondente deve ser incluída na proposta orçamentária do exercício seguinte, no qual o pagamento há de efetuar-se até o dia 31 de dezembro.

> Se o precatório não for pago até o dia 31 de dezembro do ano seguinte (para requisições realizadas até 1º de julho), incidirão juros de mora, de acordo com interpretação a “contrario sensu” da súmula vinculante 17 do STF: “durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos”. ATENÇÃO TOTAL

“INCIDEM os juros da mora no período compreendido entre a data da realização dos cálculos e da requisição ou do precatório”. (RE 579431).

Art. 100, §12, CF88, inserido pela EC 62/09 Gostaria de lembrar duas coisas:

>> O STF declarou a INCONSTITUCIONALIDADE da expressão “índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”

- Para os Ministros, o índice oficial da poupança NÃO consegue evitar a perda de poder aquisitivo da moeda. Este índice é fixado ex ante, ou seja, previamente, a partir de critérios técnicos não relacionados com a inflação considerada no período.

>> O STF também declarou a inconstitucionalidade da expressão “independentemente de sua natureza", com o objetivo de deixar claro que, para os precatórios de NATUREZA TRIBUTÁRIA se aplicam os mesmos juros de mora incidentes sobre o crédito tributário.

#SIMULADO - Direito Financeiro - Regime constitucional dos Precatórios -

Jurisprudência

1) “A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não atrai o regime constitucional dos precatórios.

2) O regime de precatório alcança toda a Administração Direta e Indireta.

3) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT possui direito ao regime de precatórios. 4) Segundo o STF, para que a sociedade de economia mista goze dos privilégios da Fazenda Pública, é necessário que ela não atue em regime de concorrência com outras empresas e que não tenha objetivo de lucro.

5) As sociedades de economia mista em regime de concorrência não gozam, em regra, dos benefícios deferidos à fazenda pública, salvo o pagamento por precatório.

6) Se o precatório for apresentado até o dia 1º de julho, a verba correspondente deve ser incluída na proposta orçamentária do exercício seguinte, no qual o pagamento há de efetuar-se até o dia 31 de dezembro.

7) Se o precatório não for pago até o dia 31 de dezembro do ano seguinte (para requisições realizadas até 1º de julho), incidirão juros de mora.

(8)

8) Em matéria de precatório, somente se poderá falar em incidência de juros de mora, caso o precatório não seja pago até o dia 31 de dezembro do ano seguinte (para requisições realizadas até 1º de julho).

9) Não incidem juros de mora no período compreendido entre a data da realização dos cálculos de liquidação e a da expedição do precatório.

10) A correção monetária e os juros de mora, no caso de precatórios pagos com atraso, deveriam adotar os índices e percentuais aplicáveis às cadernetas de poupança.

RESPOSTAS

1) CORRETO. Ciente de que a expedição de precatórios dependente, inexoravelmente, do trânsito em julgado da sentença judicial proferida em desfavor da Fazenda Pública, nos termos do art. 100 da CF, o STF, em sede de Repercussão Geral (RE 573872/RS), decidiu: “A execução provisória de obrigação de fazer em face da Fazenda Pública não atrai o regime constitucional dos precatórios”.

2) ERRADO. O regime de precatórios alcança a Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), suas autarquias e fundações públicas, e, segundo a jurisprudência do STF, as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem serviços públicos típicos do Estado, de natureza não concorrencial.

3) CORRETO. Exemplo clássico de empresa pública. Um exemplo de sociedade de economia mista que também tem direito ao regime de precatórios reconhecido pelo STF é a Companhia de Sanemaento de Alagoas - CASAL.

4) CORRETO. Perfeito! O caso concreto no qual o STF decidiu isso envolvia uma sociedade de economia mista prestadora de serviços de abastecimento de água e saneamento que prestava serviço público primário e em regime de exclusividade. O STF entendeu que a atuação desta sociedade de economia mista correspondia à própria atuação do Estado, já que ela não tinha objetivo de lucro e o capital social era majoritariamente estatal. Logo, diante disso, o STF reconheceu que ela teria direito ao processamento da execução por meio de precatório. STF. 2ª Turma. RE 852302 AgR/AL.

5) ERRADO. Nos mesmos termos da assertiva anterior.

6) CORRETO. Incluído o valor na dotação própria (geralmente, “sentenças judiciais” ou “precatórios”), será ele liberado e o Presidente do Tribunal determinará o pagamento do precatório, obedecidas a ordem cronológica de recebimento das solicitações e as preferências constitucionais, com exceção dos créditos de pequeno valor, que recebem tratamento distinto (RPV).

7) CORRETO. De acordo com interpretação a “contrario sensu” da súmula vinculante 17 do STF: “durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos”.

8) ERRADO. Se ligue!!! A questão falou em "somente". Existe outra possibilidade de incidência de juros de mora. É o caso da Tese lançada no RE 579431. “INCIDEM os juros da mora no período compreendido entre a data da realização dos cálculos e da requisição ou do precatório”. 9) ERRADO. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que incidem juros de mora no período compreendido entre a data de elaboração de cálculos e a expedição da requisição de

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pequeno valor (RPV) ou do precatório. O entendimento foi firmado no dia 19/04/2017, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 579431, com repercussão geral reconhecida. 10) ERRADO. Essa era a previsão do art. 100, §12, CF88, inserido pela EC 62/09. O STF julgou inconstitucional a expressão "índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança”. Para os Ministros, o índice oficial da poupança NÃO consegue evitar a perda de poder aquisitivo da moeda. Este índice é fixado ex ante, ou seja, previamente, a partir de critérios técnicos não relacionados com a inflação considerada no período. Todo índice definido ex ante é incapaz de refletir a real flutuação de preços apurada no período em referência.

TRIBUTÁRIO

#Dicas - Crédito Tributário (OUT-2019)

1. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional (Auditor Florianópolis).

2. De acordo com o artigo 149 do CTN, a revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não decorrido o prazo decadencial (PGE-TO).

2.1 (TJRS - Cartório) Passados cinco anos da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado, é certo que a Fazenda Pública não poderá realizar novo lançamento, em razão do mesmo fato gerador, por ter se operado a decadência.

3. O lançamento por homologação admite homologação tácita (TJ-SC). Vejamos: "Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação".

4. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. É o chamado "erro de direito".

4.1 Por outro lado, o erro de fato pode e deve justificar a alteração do lançamento (Ricardo Alexandre).

4.2 (PGM - Ribeirão Preto) "Nos termos do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que a alteração de critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lançamento, decorrente de decisão administrativa ou judicial, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à alteração". R: Correto!

4.3 (PGM POÁ) a modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial transitada em julgado, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa, no exercício do lançamento, somente pode ser efetivada, em relação a um

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mesmo sujeito passivo ou terceiros interessados, quanto a fato gerador ocorrido anteriormente à sua introdução. R: Falso!

5. Atenção: As questões FCC costumam cobrar a contagem de prazos no CTN, que é feito da seguinte maneira:

5.1 São contínuos, excluindo-se o dia do início e incluindo o do final;

5.2 Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

6. Atenção: No lançamento por declaração, o sujeito passivo presta informações referente a informações de fato.

6.1 (PGE-MT) Q: A modalidade de lançamento por declaração é aquela na qual o contribuinte, tendo efetivado o cálculo e recolhimento do tributo devido com base na legislação, apresenta à autoridade fazendária a declaração dos valores correspondentes à base de cálculo, alíquota, tributo devido e recolhimento efetuado. R: Falso! Como dito acima, no lançamento por declaração, são prestadas informações sobre os fatos.

7. As taxas podem ter outro tipo de lançamento, não só o de ofício (PGE-MA).

8. O lançamento de ofício é o formalizado quando a autoridade fazendária identifica diferenças no crédito tributário constituído espontaneamente pelo contribuinte (PGE-MT).

9. Atenção: Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação.

10. (TCE-CE) Lançamento por homologação pressupõe que o sujeito passivo faz o pagamento antecipado do tributo após ter praticado fato imponível.

11. (TCE-CE Procurador de Contas) A retificação de declaração pelo declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde e antes de notificado o lançamento.

12. (TJ-GO Juiz) O lançamento somente pode ser revisto de ofício enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

13. (FCC) o lançamento respectivo, quando nulo por vício formal, não afeta a obrigação tributária.

14. A decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito tributário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer sistemática de lançamento ou auto-lançamento, seja ela via documento de confissão de dívida, declaração de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, DCOMP, GFIP, etc.).

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15. O lançamento tem natureza constitutiva quanto ao crédito tributário e declaratória quanto à obrigação principal. Por isso se diz que tem natureza MISTA.

16. O envio do carnê de IPTU ao endereço do contribuinte configura a notificação presumida do lançamento do tributo.

17. Participação do sujeito passivo: Nível 1 - Lançamento de Ofício; Nível 2 - Por declaração e Nível 3 - Por homologação.

PROCESSO CIVIL

#Dicas - Intervenção de terceiros (Atualização Outubro)

1. A assistência pode ocorrer em qualquer tempo, grau de jurisdição e procedimento, precisando de demonstração de interesse jurídico, o que não justifica a suspensão do processo. Caso seja negado, pode ser impugnado por agravo de instrumento.

1.1. (MANAUS) Q: O terceiro juridicamente interessado em determinada causa poderá intervir no processo como assistente, devendo, para tanto, requerer a assistência até o fim do prazo para a interposição de recurso contra a sentença. Falso! Não tem essa limitação temporal. Até em RE o STF já admitiu assistência.

2. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é a única hipótese de intervenção de terceiros permitida nos juizados especiais.

2.1 (PGM/PARANAVAI) Q: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica não se aplica ao processo de competência dos juizados especiais. Falso! É sim aplicável.

3. A denunciação à lide pode ser feita também pelo autor da demanda, na própria petição inicial. Se for promovida pelo réu, deve ser feita na contestação. Neste sentido (juiz TJSP): "Pode ser requerida e deferida originariamente em grau de apelação, nos casos em que seja dado ao tribunal examinar o mérito desde logo, por estar o processo em condições de julgamento". Falso!

4. a denunciação à lide é FACULTATIVA, tendo em vista que é possível propor ação autônoma para exercer o direito de regresso. Neste sentido (TJMS): "É obrigatória a denunciação da lide ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam". Falso! é facultativa. 4.1. (STJ) Q: De acordo com o CPC, a ausência de denunciação da lide acarreta a perda do direito de regresso que o réu eventualmente possua contra aquele que estiver obrigado, por lei ou por contrato, a lhe ressarcir. Falso!! Não ocorre a perda do direito de regresso.

5. É possível que o cumprimento da sentença se dê também contra o denunciado, nos limites da condenação. Neste sentido (juiz federal): "Na hipótese de condenação do réu e do terceiro denunciado à lide, será vedado ao autor, em qualquer caso, requerer o cumprimento da sentença contra o terceiro denunciado". Falso!

6. O chamamento ao processo é intervenção provocada apenas pelo réu, cabível apenas no processo de CONHECIMENTO e que deve ser promovida na contestação.

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6.1. (CFM) Q: É admissível que o autor e o réu se utilizem do instituto de chamamento ao processo. Falso! Apenas o réu pode utilizar.

7. Vale lembrar que o chamamento ao processo não é possível nas hipóteses de fornecimento de medicamentos pelo Estado (STJ, Resp 1.203.244/SC). Neste sentido (FCC/DPE): "Em demanda de saúde, por se tratar de obrigação solidária, segundo jurisprudência do STF, é admitido o chamamento ao processo de ente federativo para formar litisconsórcio passivo visando ao exercício do direito de regresso". Falso!

8. A desconsideração da personalidade jurídica NÃO PODE ser determinada de ofício, é preciso que exista requerimento da parte ou MP. Neste sentido (PGM/São José dos campos): "Pode ser decretada de ofício ou a requerimento do Ministério Público". Falso!

8.1. (TJRS) Q: o Ministério Público poderá requerer o incidente, podendo ser instaurado de ofício pelo juiz, se o caso. Falso! O juiz não pode de ofício.

8.2. (PGM/MARILIA) Q: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica poderá ser instaurado a pedido da parte, pelo Ministério Público ou de ofício pelo juiz. Falso!

9. Se o IDPJ for resolvido por interlocutória, cabe agravo de instrumento. Se for resolvido na sentença, caberá apelação; se for decidido pelo relator, caberá agravo interno.

9.1. (TJRS) Q: resolvido o incidente (IDPJ) em sentença, que julgar o mérito da demanda, caberá agravo de instrumento quanto a esta questão. Falso! Cabe apelação.

10. O MP só intervirá nos IDPJ's nos casos em que sua intervenção seja obrigatória (en. 123, FPPC).

11. Cespe - TJPR: "No incidente de desconsideração da personalidade jurídica, estará sempre presente interesse público que torne obrigatória a intervenção do MP como fiscal da ordem jurídica". Falso! En. 123, FPPC: "É desnecessária a intervenção do Ministério Público, como fiscal da ordem jurídica, no incidente de desconsideração da personalidade jurídica, salvo nos casos em que deva intervir obrigatoriamente, previstos no art. 178".

12. Atenção: A oposição não é mais modalidade de intervenção de terceiros, mas sim procedimento especial. Da mesma forma, a nomeação à autoria agora é mera correção do polo passivo. As bancas costumam tentar confundir. Neste sentido (MPEMG): "O processo coletivo admite a nomeação à autoria, devendo, previamente, ser ouvidos a respeito tanto o autor, quanto o nomeado". Falso!

(PGR) Q: A oposição é modalidade de intervenção voluntária de terceiro, podendo ser interventiva ou autônoma. Falso!! Não é mais modalidade de intervenção de terceiro.

(PGM-Pontal Vunesp) Assinale a hipótese de intervenção de terceiros, a qual deixou de existir no Código de Processo Civil vigente. Nomeação à autoria.

13. No IDPJ, se o pedido for acolhido, o marco considerado pela lei para eventual fraude de execução é o da CITAÇÃO da pessoa jurídica cuja personalidade se pretende desconsiderar (TRF3).

14. (TJRS) Q: instaurado na petição inicial (o IDPJ), ocorrerá a suspensão do processo, independentemente do requerimento do interessado. Falso! Na inicial não suspende!

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15. Pode ajuizar embargos de terceiro quem sofrer constrição de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica de cujo incidente não fez parte (MPMS).

15.1. (MPSP) Q: Pode ajuizar embargos de terceiro quem sofrer constrição de seus bens por força de desconsideração de personalidade jurídica de cujo incidente não fez parte. Correto! Não mudaram nem as palavras.

16. O amicus curiae possui legitimidade para interpor recurso especial ou extraordinário contra acórdão de tribunal que tiver julgado incidente de resolução de demandas repetitivas.

16.1. PGM-RP: "pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas". R: Correto! Legitimidade prevista expressamente no CPC. Obs: Tema também cobrado na prova do TRF4 - Analista.

17. (PGR) O incidente de desconsideração da personalidade jurídica e a previsão da figura do amicus curiae em todos os graus de jurisdição são inovações do CPC15.

18. A desconsideração inversa é caracterizada pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, resultando na execução de bens da sociedade por obrigações pessoais de um de seus sócios.

18.1 (PGM/PARANAVAI) Q: A desconsideração inversa da personalidade jurídica não é admitida. Falso! É admitida sim!

18.2. (PGM/MARILIA) Q: A desconsideração inversa da personalidade jurídica é um instituto consagrado pela doutrina e jurisprudência, mas não previsto expressamente no ordenamento jurídico. Falso! Tem previsão expressa no CPC.

18.3. Atenção! Temos tópicos especiais da desconsideração da personalidade jurídica na lei de crimes ambientais e no CDC. Neste sentido, foi considerada INCORRETA na DPE-MG: "A desconsideração da personalidade jurídica inversa não é cabível nas relações de consumo, por ausência de previsão legal". R: Falso! Tem previsão expressa no CDC.

19. A decisão do juiz ou do relator que admite a participação de amicus curiae é irrecorrível. 20. Atenção! Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. Cuidado! Veja que não é apenas quando ele é revel, pode ocorrer quando for omisso.

21. Atenção! A desconsideração da personalidade jurídica independe de insolvência! Neste sentido, foi considerada INCORRETA na PGM-CWB: "A aplicação da teoria da desconsideração requer a demonstração de insolvência da pessoa jurídica"

CIVIL

#Dicas - Obrigações - Atualização OUT 19

1. Fonte imediata das obrigações -> lei;

1.2. Fonte mediata das obrigações -> contratos, ato unilateral e atos ilícitos.

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2.1 (PGM-POA) Q: Se um terceiro não interessado pagar a dívida, tem ele o benefício da

sub-rogação, por efeito de legal. R: Falso! Não ocorre sub-rogação.

2.2 (EMATER) Q: O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar e se sub-roga nos direitos do credor. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. R: Falso! não ocorrerá a sub-rogação. 3. Via de regra, a cessão de crédito é pro soluto (não se responsabiliza pela solvência).

3.1. (Cartórios AM) Na cessão de crédito o cedente não responde pela solvência do devedor, salvo estipulação em contrário.

4. Imputação de pagamento (regra): 1º no Juros e depois no capital.

4.1 (CESPE) Na imputação do pagamento, são exigidas, além da pluralidade de débitos e identidade das partes, a igual natureza das dívidas e a possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito.

4.2 (CESPE) Para a imputação do pagamento, os débitos devem ser relativos a coisas fungíveis entre si e consistir em obrigações líquidas e vencidas.

5. A solidariedade não se presume, decorre da lei ou vontade das partes.

6. Quitação: sempre pode ser feita por instrumento particular e o devedor pode RETER o pagamento enquanto não lhe for dada.

6.1 (Cartórios - MA) Quanto à forma, a quitação sempre poderá ser dada por instrumento particular, ainda que cuide de obrigação lavrada obrigatoriamente em instrumento público. 7. Atenção: perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. 7.1 (PGM Cerquilho - Vunesp) "Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos". R: Correta!

8. Nas obrigações negativas não há mora, mas sim inadimplência (PGM/FOR).

8.1 (PC-MG) Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.

9. Obrigação quesível -> pagamento no domicílio do devedor (regra); 9.1. Obrigação portable -> pagamento no domicílio do credor.

10. O pagamento, no código civil, é condição de validade. Obs: para parte da doutrina é condição de eficácia.

11. Ato ilícito: correção monetária a partir do efetivo prejuízo e juros de mora a partir do evento danoso (Súmula 54, STJ).

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12. Dano contratual: Juros de mora desde a citação, quando for obrigação ilíquida (mora pendente) e desde o vencimento da obrigação quando for líquida.

13. Dano material: correção monetária a partir do efetivo prejuízo (súmula 43). 13.1 Dano moral: correção monetária a partir do arbitramento (S. 362).

13.2 (MPE/MS) Os juros moratórios fluem do evento danoso tão somente nos casos de responsabilidade aquiliana.

13.3. (MP/MS) Q: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide a partir da citação válida. Falso! A partir do arbitramento, conforme Súmula 362, STJ.

14. Cláusula penal compensatória -> NÃO pode ser cumulada com perdas e danos; 14.1 Cláusula penal moratória -> PODE ser cumulada com perdas e danos.

14.2 (PGE-AP) Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora e, sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota, contudo, a penalidade deve se reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.

14.3 (Vunesp) A penalidade estabelecida em cláusula penal pode ser equitativamente reduzida pelo juiz se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, considerando a natureza e finalidade do negócio.

15. É desnecessário esperar o trânsito em julgado para exercer os direitos decorrentes da evicção (Informativo 519, STJ).

16. Mandato: Pode ser expresso, tácito, verbal ou por escrito.

16.1. Via de regra é gratuito, salvo quando for objeto de ofício ou profissão.

16.2. Ainda que se outorgue por instrumento público, pode ser substabelecido mediante instrumento particular.

16.3. O relativamente incapaz pode ser mandatário.

17: Compra e Venda: considera-se obrigatória e perfeita quando as partes acordarem o preço e objeto.

17.1. Escritura e registro -> por conta do comprador. Tradição -> por conta do vendedor. 17.2. Os cônjuges podem efetuar compra e venda em relação aos bens excluídos da comunhão. 17.3. Retrovenda: venda de bem imóvel, prazo de 3 anos e cessível para herdeiros e legatários.

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17.4. Preferência: prazo de 180 dias para móvel e 2 anos para imóvel. Deve ser exercido no prazo de 3 dias no caso de bem móvel e 60 dias no imóvel. Vale ressaltar que, ao contrário da retrovenda, o direito de preferência não é cessível aos herdeiros e legatários.

17.5. Reserva de domínio: Para bens móveis, deve ser escrito e precisa de registro. Para executar, precisa constituir em mora.

18. Doação: Pode ser efetivada por instrumento público ou particular.

18.1. Entre cônjuges ou ascendentes e descendentes -> importa em adiantamento no que lhe couber na herança;

18.2. Não prevalece cláusula de reversão em favor de 3º.

18.3. Na doação para casamento, o doador ficará sujeito à evicção. 18.4. Para revogar doação: Prazo de um ano.

18.5. A doação para casamento não se revoga por ingratidão.

19. O credor pode se recusar a receber o pagamento parcial da dívida (TJ/CE - CESPE)

20. Na obrigação de dar coisa incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.

21. O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa. 21.1 (CESPE) Nas obrigações de dar coisa certa, caso a coisa restituível se deteriore por culpa do devedor, o credor poderá aceitar a coisa no estado que estiver, com direito a reclamar indenização por perdas e danos.

22. Na dação em pagamento, o devedor oferece coisa diversa da estipulada inicialmente (Câmara de Feira de Santana). Vale ressaltar que deve existir a concordância do credor. Cuidado! Não é necessária autorização judicial.

22.1 Dação em pagamento é uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado de vontades entre as partes, substituindo o objeto obrigacional por outro.

22.2 De acordo com TARTUCE: "tratam da dação em pagamento (datio in solutum), que pode ser conceituada como uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado entre os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional por outro. Para tanto, é necessário o consentimento expresso do credor, o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral".

23. (MANAUS) Segundo o STJ, é devida a cobrança de direitos autorais em razão da transmissão de músicas por meio da rede mundial de computadores mediante o emprego da tecnologia streaming, nas modalidades webcasting e simulcasting.

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24. (MANAUS) Se o devedor solidário de uma dívida divisível falecer e deixar três herdeiros legítimos, tais herdeiros, reunidos, serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores, mas cada um desses herdeiros somente será obrigado a pagar a cota que corresponder ao seu quinhão hereditário.

25. As custas judiciais gozam de privilégio GERAL, não especial (MANAUS).

26. Se liga: A cobrança de encargos e parcelas indevidas ou abusivas impede a caracterização da mora do devedor (En. 454, CJF). Cobrado pela CESPE na prova de Advogado EBSERH;

27. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro (Cartório AM).

28. (CESPE - STJ) Q: De acordo com o Código Civil, uma vez constatada a inadimplência, o condomínio poderá proibir o condômino de usar a área comum destinada ao lazer. Falso! O STJ entende que isso não será possível.

29. A existência de encargo em negócio jurídico somente suspende a aquisição ou exercício do direito se for expressamente imposto como condição suspensiva pela disponente.

30. (CESPE) Q: Nas obrigações de prestações sucessivas, a quitação da última parcela acarreta a presunção absoluta de que as anteriores foram pagas. Falso! A presunção é relativa!

31. (VUNESP) Q: o instituto da mora não se aplica ao credor. Falso! Em determinadas situações, é possível reconhecer a mora por parte do credor.

32. (VUNESP) O pagamento parcial feito por um dos devedores solidários e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.

33. (PGM/FOR) Q: Quanto aos títulos legais de preferência, declarada a insolvência de devedor capaz, o privilégio especial compreenderá todos os bens não sujeitos a crédito real. Falso! Vejamos: "Art. 963 do CC. O privilégio especial só compreende os bens sujeitos, por expressa disposição de lei, ao pagamento do crédito que ele favorece; e o geral, todos os bens não sujeitos a crédito real nem a privilégio especial''.

34. (VUNESP) Tem privilégio creditório quem apresentar crédito real de qualquer espécie, em relação ao pessoal. Correto! Vide item acima.

35. Se liga: O atraso na entrega do imóvel enseja pagamento de indenização por lucros cessantes durante o período de mora

do promitente vendedor, sendo presumido o prejuízo do promitente comprador (Informativo 626, STJ).

36. O falecimento do consignante NÃO extingue a dívida decorrente de contrato de crédito consignado em folha de pagamento (Informativo 627, STJ).

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37. Caracteriza-se evicção a inclusão de gravame capaz de impedir a transferência livre e desembaraçada de veículo objeto de negócio jurídico de compra e venda (Informativo 621, STJ). 38. Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o magistrado deverá, independentemente de requerimento do devedor, proceder à sua redução (Informativo 627, STJ).

39. Não é abusiva a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidentes em período anterior à entrega das chaves nos contratos de compromisso de compra e venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária (Informativo 499, STJ).

40. A jurisprudência desta Corte entende ser devida a cobrança por

serviços educacionais contratados e disponibilizados ao educando,

mesmo quando ele não frequenta as aulas (AgInt no REsp 861030/PR).

41. A inscrição indevida do nome do usuário de serviço público em cadastro de inadimplentes gera o direito à indenização independentemente da comprovação do dano moral, que, na hipótese, é in re ipsa (AgRg no REsp 1517478/RS).

42. Os prazos de favor não obstam a compensação.

43. Via de regra, na cessão de crédito, todos os acessórios são abrangidos.

44. A ausência de notificação do devedor acerca da cessão do crédito (art. 290 do CC/2002) não torna a dívida inexigível, apenas ineficaz.

45. A novação subjetiva do devedor pode ocorrer independentemente de sua anuência. 46. O consentimento do credor é requisito para que um terceiro possa assumir determinada obrigação, exonerando o devedor primitivo e resultando em alteração subjetiva na relação-base.

47. Na obrigação de fazer FUNGÍVEL, se houver recusa ou mora do devedor, ao credor será facultado, em caso de emergência, o exercício da autoexecutoriedade.

48. Não é possível compesar as dívidas de alimentos. Neste sentido: Júlio tem direito a indenização correspondente a R$ 5.000 em razão da meação de bens comuns que ficaram com sua ex-cônjuge Maria. Entretanto, Júlio deve a Maria R$ 2.000 a título de alimentos. Nessa situação, Júlio poderá compensar as dívidas, já que, na hipótese, há reciprocidade de obrigações, sendo as dívidas líquidas, atuais e vencidas. Falso!

49. Se alguém pagar uma dívida prescrita, não pode pedir a devolução da quantia paga. 50. A remissão de dívidas precisa ser aceita pelo devedor.

51. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.

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52. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. Trata-se da teoria da aparência.

52.1 De acordo com Tartuce: "Para ilustrar,

imagine-se o caso em que um locatário efetua o imagine-seu pagamento na imobiliária X, há certo tempo. Mas o locador rompe o contrato de representação com essa imobiliária e contrata a imobiliária Y. O locatário não é avisado e continua fazendo os pagamentos na imobiliária anterior, sendo notificado da troca seis meses após. Logicamente, os pagamentos desses seis meses devem ser reputados válidos, não se aplicando a regra pela qual quem paga mal, paga duas vezes. Dessa forma, cabe ao locador acionar a imobiliária X e não o locatário".

53. Atenção: A cláusula penal pode ser estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior.

54. Na hipótese da inexecução de contrato, não é possível a cumulação da perda das arras com a imposição da cláusula penal compensatória, sob pena de ofensa ao princípio do non bis in idem.

54.1 (APEX-BR) Evidenciada a natureza indenizatória das arras na hipótese de inexecução do contrato, revela-se inadmissível a sua cumulação com a cláusula penal compensatória, sob pena de violação do princípio do non bis in idem (proibição da dupla condenação a mesmo título). 55. Arras confirmatórias -> Sem arrependimento; com perdas e danos.

55.1 Arras penitenciais -> com arrependimento; sem perdas e danos.

56. As dívidas em dinheiro (obrigações pecuniárias) devem ser pagas em moeda nacional corrente e pelo valor nominal (princípio do nominalismo), sob pena de nulidade absoluta da convenção, salvo, por exemplo, os contratos de câmbio e aqueles que tenham por objeto o comércio internacional (Cartórios - MA).

57. Não é necessário que o credor alegue prejuízo para exigir a pena convencional.

58. (PGM-POA) Na solidariedade passiva, todos os devedores respondem frente ao credor pelos juros moratórios.

59. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Caiu na Câmara de Sertãozinho/2019 - pela Vunesp.

60. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. 61. (PGE-SC) Classificação - mora ex re, ex persona e irregular.

61.1 Mora ex re: obrigação positiva, líquida e com data fixada para adimplir. (o dia do vencimento interpela a pessoa)

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61.3 Mora irregular: nas obrigações provenientes de atos ilícitos, há mora desde o dia em que se praticou o ato.

62. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

63. Na assunção de dívida, é necessário o consentimento do credor.

64. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.

65. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.

66. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital; essa regra não se aplica às hipóteses de compensação tributária.

67. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.

68. Cuidado!! Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

69. Via de regra -> Pagamento no domicílio do DEVEDOR. Atenção! Designados dois ou mais lugares, cabe ao CREDOR escolher entre eles.

70. Atenção! A responsabilidade pelo inadimplemento de energia elétrica e água não tem natureza propter rem (Vide AgRg no REsp 1313235-RS).

71. Atenção! Regra das obrigações solidárias: O devedor solidário que pagar a dívida por inteiro poderá exigir de cada um dos demais devedores o reembolso do valor correspondente à quota de débito de cada um, presumindo-se iguais as partes de todos os devedores.

TRABALHO

#Dicas - Contrato de Trabalho e em condições especiais (out 2019)

1. A recusa da prestação de serviços pelo trabalhador intermitente não descaracteriza a subordinação existente.

2. O contrato individual de trabalho poderá ser celebrado de forma tácita ou expressa, verbal ou escrita; poderá ter prazo indeterminado ou determinado; e poderá destinar-se à prestação de trabalho intermitente (redação da CLT).

3. O contrato de experiência poderá ser prorrogado por uma única vez, desde que não ultrapasse o prazo de 90 dias.

4. O trabalho intermitente não se aplica aos aeronautas, pois são regidos por legislação própria. Motivo: nenhum especial, apenas ameaçaram greve e foram retirados da norma.

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4.1 Caso exista falta no trabalho intermitente, deverá ser multada a parte faltosa no percentual de 50%, no prazo de 30 (TRINTA) dias.

5. O contrato de trabalho temporário também se destina às atividades fim.

6. Ao adolescente que exerce trabalho na condição de aprendiz são obrigatoriamente assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários (Vunesp - Campo Largo Paulista).

7. O contrato de aprendizagem é por prazo determinado, ou seja, até 2 anos. Exceção: O contrato de aprendizagem NÃO poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência.

7.1 Extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, salvo em se tratando de portador de deficiência (PGM-Marília).

7.2 A duração do trabalho do aprendiz NÃO EXCEDERÁ de SEIS HORAS diárias, sendo VEDADAS a prorrogação e a compensação de jornada.

7.3. O contrato de aprendizagem deve ser estipulado por ESCRITO.

7.4. Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a frequência à escola, desde que o aprendiz tenha concluído o ensino fundamental (PGE-MA).

8. Atenção: O menor de 18 anos não pode desempenhar trabalho doméstico. Cuidado: Caseiro também pode ser considerado como empregado doméstico.

8.1 Quando o menor de 18 anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.

8.2 Contra os menores de 18 anos não corre nenhum prazo de prescrição.

8.3 O menor de 18 anos pode firmar recibos de salário, mas, em caso de rescisão do contrato de trabalho, não pode dar quitação ao empregador pela indenização que lhe for devida sem assistência dos seus responsáveis legais.

9. PGF: Os contratos de trabalho ou de locação de serviços realizados com indígenas em processo de integração ou habitantes de parques ou colônias agrícolas dependerão de prévia aprovação do órgão de proteção ao índio, obedecendo, quando necessário, a normas próprias. 10. Atenção: É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.

11. O valor das horas extras habituais integra a remuneração do trabalhador para o cálculo das gratificações semestrais.

12. A convenção coletiva de trabalho que dispuser sobre banco de horas anual, enquadramento de grau de insalubridade e modalidade de registro de jornada de trabalho terá prevalência sobre a lei. Mais uma vez, pessoal: O Art. 611-A e B são os mais importantes da reforma.

13. Via de regra, a troca de uniforma não é tempo à disposição. Exceção: Quando a troca for obrigatoriamente feita na empresa.

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13.1 (CESPE) Q: O tempo despendido para troca de roupa ou uniforme nas dependências da empresa será considerado como hora de trabalho, ainda que não exista a obrigatoriedade de realizá-la na empresa. R: Falso!

14. O trabalho em regime de tempo parcial é considerado aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares.

14.1 Até 30h/semana -> sem hora extra; 14.2 Até 26h/semana -> até 6 horas extras.

15. Atenção: As diárias para viagens, qualquer que seja o valor, não integram a remuneração. 16. Os empregados em regime de teletrabalho não estão inclusos na norma que trata sobre limitação de jornada.

17. As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.

18. Fique de olho: Apenas o banco de horas semestral pode ser por acordo individual. O semestral é por acordo ou convenção coletiva.

19. O empregado que se demite antes de complementar doze meses de serviço tem direito a férias proporcionais.

19.1 Cuidado para não confundir: Se o empregado for demitido por justa causa, não terá direito a férias proporcional.

19.2 (PGE-PI) Q: Conforme entendimento do TST, são devidas férias proporcionais ao empregado demitido por justa causa. R: Falso!

20. Na Administração Pública direta, autárquica e fundacional não é válida remuneração de empregado público inferior ao salário mínimo, ainda que cumpra jornada de trabalho reduzida. 21. poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. Mais benéfico -> Mais difícil - > Aditivo contratual.

22. O jus variandi também se aplica aos contratos trabalhistas firmado pela Administração Pública (SJRP).

23. Deve conter cláusula específica sobre o regime de teletrabalho, especificando as atividades que devem ser realizadas pelo empregado (Arujá).

24. A remuneração é relacionada ao requisito da ONEROSIDADE do contrato de trabalho (ADV-Petrobrás).

25. Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o trabalhador retorne ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando de exercer função de confiança.

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26. É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.

27. COOPERATIVA: Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.

DISCURSIVAS

#DISCURSIVA - Direito Constitucional (out 2019)

Discorra sobre o fenômeno da Fossilização Constitucional RESPOSTA

Tal conceito jurídico se encontra no contexto do efeito vinculante presente nos remédios constitucionais da ADC e da ADI. O efeito vinculante, ou seja, a força do Poder Judiciário de obrigar uma decisão não se aplica ao Poder Legislativo. Essa não aplicação ocorre em virtude do argumento de que seria uma invasão do princípio da divisão dos três Poderes impor ao Poder Legislativo a matéria sobre o qual legislar.

O Poder Legislativo, assim, poderá, inclusive, legislar em sentido diverso da decisão dada pelo STF, ou mesmo contrário a ela, sob pena, em sendo vedada essa atividade, de significar inegável petrificação da evolução social.

A inviabilidade de vinculação do Poder Legislativo evita que o que se denomina de “fossilização da constituição”. Assim, a vinculação repercute somente em relação ao Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário, não atingindo o Legislativo, sob pena de se configurar o inconcebível fenômeno da fossilização da Constituição, nem mesmo em relação ao próprio STF, sob pena de se inviabilizar, como visto, a possibilidade de revisão e cancelamento de ofício pelo STF e, assim, a adequação da súmula à evolução social.

O Poder Legislativo, em sua função típica de legislar, não fica vinculado, com a finalidade de evitar o fenômeno da fossilização da Constituição. Assim, o legislador, em tese, pode editar nova lei com o mesmo conteúdo daquilo que foi declarado inconstitucional pelo STF. Se o legislador fizer isso, não é possível que o interessado proponha uma reclamação ao STF pedindo que essa lei seja automaticamente julgada também inconstitucional (Rcl 13019 AgR, julgado em 19/02/2014). Será necessária a propositura de uma nova ADI para que o STF examine essa nova lei e a declare inconstitucional. Vale ressaltar que o STF pode até mesmo mudar de opinião no julgamento dessa segunda ação.

A fossilização da constituição é fenômeno não aceito no nosso ordenamento normativo. É, em verdade, efeito vedado e combatido pelo conjunto normativo brasileiro, na medida em que veda que a constituição deixe de se adequar a práxis mais moderna da sociedade. Evita que a constituição fique petrificada, tornando-se um fóssil; distante das mudanças e mutações sociais.

#DISCURSIVA - Direito do Consumidor (outubro 2019)

*Fale sobre "Fluid Recovery" nas ações coletivas* RESPOSTA

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O art. 100 do Código de Defesa do Consumidor prevê que, decorrido o prazo de um ano sem habilitação de interessados em número compatível com a gravidade do dano, poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e execução da sentença coletiva genérica relacionada aos direitos individuais homogêneos. O produto dessa execução se reverterá ao fundo de direitos difusos, sendo denominado de fluid recovery, ou indenização fluida ou reparação fluida, já que se trata dos valores referentes aos titulares dos direitos individuais recuperados para o fundo, visando garantir o princípio da tutela integral do bem jurídico coletivo.

A hipótese é comum nas relações de consumo quando se trate de danos insignificantes em sua indivisibilidade mas ponderáveis em conjunto. Percebe-se que o art. 100 prevê uma legitimidade extraordinária subsidiária: só é permitido ao ente coletivo instaurar a liquidação coletiva após um ano do trânsito em julgado da sentença condenatória genérica.

Além disso, aqui há liquidação verdadeiramente coletiva: apura-se o montante devido a vítimas indeterminadas (exatamente porque não requereram a sua liquidação individual), que será revertido ao fundo dos direitos difusos. Registre-se que a liquidação coletiva nestes casos é residual: só é possível promovê-la se o número de interessados que intentou liquidações individuais não for compatível com a gravidade do dano.

Destaca-se que o objetivo desta liquidação é apurar o “quantum residualmente devido”, o que é extremamente difícil, daí a designação “reparação fluida”, “indenização fluida” ou “fluid recovery”. Assim, a possibilidade de reparação fluida, com a execução coletiva residual, consagra a própria razão de ser do processo coletivo e dá baldrame à reparação integral.

Referências

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