Ensaio de Hip´
oteses
Lu´ısa Pereira
Universidade da Beira Interior
Fases num ensaio de hip´
oteses
1a Formular as Hip´oteses
H0: Hip´otese nula
HA: Hip´otese alternativa
Ao estabelecer as hip´oteses nula e alternativa deve ter-se em aten¸c˜ao o que realmente se tenta provar. Uma condi¸c˜ao a respeitar ´e a de quea hip´otese nula deve ser sempre de tipo simplesporque ´e mais f´acil julgar uma afirma¸c˜ao simples do que uma mais vaga.
Fases num ensaio de hip´
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2a Estabelecer o n´ıvel de significˆancia
Todo o racioc´ınio que vai do particular (amostra) para o geral (popula¸c˜ao) ´e fal´ıvel, isto ´e, pode conduzir a erros. Ao procedermos ao ensaio de uma hip´otese podem cometer-se dois tipos de erros:
Decis˜ao tomada Situa¸c˜ao real
H0 verdadeira H0 falsa
N˜ao rejeitar H0 ——— Erro de 2a esp´ecie
Rejeitar H0 Erro de 1a esp´ecie ——–
Fases num ensaio de hip´
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2a Estabelecer o n´ıvel de significˆancia
O aspecto fundamental da teoria de Ensaio de Hip´oteses prende-se com o controlo das probabilidades de cometer os dois tipos de erro:
α = P (erro 1a esp´ecie) = P (rejeitar H0|H0 verdadeira)
β = P (erro 2a esp´ecie) = P (n˜ao rejeitar H0|H0 f alsa)
As probabilidades de cometer os erros de 1a e 2a esp´ecies crescem em sentidos opostos. Quanto mais nos protegemos do risco de cometer o erro de 1a esp´ecie, maior a probabili-dade de cometermos o erro de 2a esp´ecie. Os valores mais convencionais para on´ıvel de significˆancia, α, s˜ao 0.01 e 0.05.
Fases num ensaio de hip´
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3a Escolher a Estat´ıstica de Teste
Depois de formuladas as hip´oteses e definido o n´ıvel de significˆancia, devemos escolher a estat´ıstica de teste que se adapte `a hip´otese que pretendemos ensaiar.
A estat´ıstica de teste ´e uma fun¸c˜ao da amostra e deve per-mitir condensar a informa¸c˜ao desta e confront´a-la com a hip´otese nula.
Fases num ensaio de hip´
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4a Estabelecer a regi˜ao cr´ıtica
Regi˜ao Cr´ıtica ´e o conjunto dos valores assumidos pela es-tat´ıstica do teste para os quais rejeitamos H0.
Valores cr´ıticos s˜ao os valores assumidos pela estat´ıstica de teste a partir dos quais rejeitamos H0. O c´alculo dos valores
cr´ıticos ´e sempre feito a partir da defini¸c˜ao de α.
Fases num ensaio de hip´
oteses
Tomada de decis˜ao
1 Calcular o valor da estat´ıstica do teste, com base nos valores
observados na amostra.
2 Se o valor da estat´ıstica do teste pertencer `a regi˜ao cr´ıtica,
a decis˜ao final ser´a rejeitar H0 e aceitar HA.
3 Caso contr´ario, a decis˜ao final ser´a n˜ao rejeitar H0.
Fases num ensaio de hip´
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Tomada de decis˜ao
1 Calcular o valor da estat´ıstica do teste, com base nos valores
observados na amostra.
2 Se o valor da estat´ıstica do teste pertencer `a regi˜ao cr´ıtica,
a decis˜ao final ser´a rejeitar H0 e aceitar HA.
3 Caso contr´ario, a decis˜ao final ser´a n˜ao rejeitar H0.
Fases num ensaio de hip´
oteses
Tomada de decis˜ao
1 Calcular o valor da estat´ıstica do teste, com base nos valores
observados na amostra.
2 Se o valor da estat´ıstica do teste pertencer `a regi˜ao cr´ıtica,
a decis˜ao final ser´a rejeitar H0 e aceitar HA.
3 Caso contr´ario, a decis˜ao final ser´a n˜ao rejeitar H0.
Testes param´
etricos
Ensaiar hip´oteses sobre
A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
Testes param´
etricos
Ensaiar hip´oteses sobre
A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
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A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
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A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
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A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
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A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
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Ensaiar hip´oteses sobre
A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
Testes param´
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Ensaiar hip´oteses sobre
A m´edia de uma popula¸c˜ao normal;
A m´edia de uma popula¸c˜ao qualquer, no caso da amostra ser grande;
O parˆametro de uma popula¸c˜ao de Bernoulli, no caso da amos-tra ser grande;
A variˆancia de uma popula¸c˜ao normal;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes normais;
A diferen¸ca das m´edias de duas popula¸c˜oes quaisquer, no caso de amostras grandes;
A diferen¸ca entre os parˆametros de duas popula¸c˜oes de Ber-noulli;
O quociente entre as variˆancias de duas popula¸c˜oes normais.
Testes param´
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Formula¸c˜ao das hip´oteses
Neste tipo de testes a hip´otese nula deve ter sempre uma igual-dade. Assim, se pretendermos ensaiar uma hip´otese relativamente a um parˆametro θ da popula¸c˜ao podem ocorrer as seguintes situa¸c˜oes:
1. H0 : θ = k 2. H0 : θ = k (θ ≥ k) 3. H0: θ = k (θ ≤ k)
HA: θ 6= k HA: θ < k HA: θ > k
Testes param´
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Estat´ıstica de Teste
Estat´ıstica do teste
Deve apenas conter como parˆametro desconhecido, o parˆametro que pretendemos ensaiar;
´
E uma fun¸c˜ao da amostra e deve permitir condensar a informa¸c˜ao desta e confront´a-la com a hip´otese nula. A pesquisa da que serve de base ao ensaio tem muito em comum com a pesquisa da vari´avel fulcral no dom´ınio dos intervalos de confian¸ca.
Determina¸c˜ao de uma estat´ıstica U tal que H0 verdadeira
→ U = U0 com distribui¸c˜ao conhecida.
Testes param´
etricos
Regi˜ao cr´ıtica
A regi˜ao cr´ıtica ser´a dos tipos bilateral,unilateral esquerda
ou unilateral direita consoante os valores na hip´otese alternativa sejam diferentes,menoresou maioresdo que o valor do parˆametro especificado na hip´otese nula.
Come¸ca-se por determinar os valores cr´ıticos de U0, isto ´e,
os valores de U0 que levam `a rejei¸c˜ao de H0.
Testes param´
etricos
Regi˜ao cr´ıtica
No caso dadistribui¸c˜ao de U0 sersim´etricatrata-se de um valor a tal que
1. P (|U0| ≥ a) = α 2. P (U0≤ −a) = α 3. P (U0≥ a) = α R.C. = ] − ∞; −a ] ∪ [a, +∞ [ R.C. = ] − ∞; −a ] R.C. = [ a, +∞ [
Testes param´
etricos
Regi˜ao cr´ıtica
No caso dadistribui¸c˜ao de U0 ser assim´etrica trata-se de calcular os valores a e b, ou apenas o valor a, tais que
1. P (U0≥ b) =α2 ∧ P (U0≤ a) =α2 2. P (U0≤ a) = α 3. P (U0≥ a) = α
R.C. = ] 0; −a ] ∪ [b , +∞ [ R.C. = ] 0, a ] R.C. = [a , +∞ [
Testes param´
etricos
De acordo com o procedimento anteriormente descrito para o teste de hip´oteses, no final toma-se uma decis˜ao de rejei¸c˜ao ou n˜ao rejei¸c˜ao da hip´otese nula.O valor de prova (ou valor P) constitui uma medida do grau com que os dados amostrais contradizem a hip´otese
nula. Ovalor de prova´e o menor valor de α para o qual rejeitamos a hip´otese nula.