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Página 31. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba,

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ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA FÚNGICA

ANEMÓFILA EM DIVERSOS SETORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA

PARAÍBA

Anne Evelyne Franco de Souza1; Karlete Vânia Mendes Vieira2: Lúcia de Fátima Araújo de

Vasconcelos Gomes3

RESUMO

É comum que no meio ambiente existam colônias de fungos não patogênicos, os chamados fungos anemófilos ou ambientais. Porém, estes podem se tornar contaminantes através da sedimentação de seus esporos, revelando-se oportunistas e transformando-se em patógenos potenciais ao homem, provocando principalmente doenças alérgicas. Por exigirem condições particulares para passar do saprofitismo à patogenicidade, verificou-se a necessidade de uma investigação aeromicológica da microbiota fúngica anemófila em vários ambientes, como laboratórios, biblioteca e áreas de alimentação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual da Paraíba. Utilizou-se para essa pesquisa o método de exposição de placas com Agar Sabouraud Dextrose (ASD) em 24 setores do CCBS, no período de setembro de 2002 a junho de 2003, onde foram realizadas 3 coletas em diferentes épocas do ano. Dentre as colônias isoladas em todas as etapas da pesquisa, foram identificados 18 gêneros diferentes, sendo observado a maior prevalência fúngica na 1ª e na 3ª coleta, respectivamente nas estações da primavera e do inverno, nas quais a umidade propicia o desenvolvimento dessas colônias. O gênero mais freqüente foi o Penicillium

spp., com prevalência média de 90,26% nas 3 coletas realizadas, seguido dos fungos leveduriformes

(72,23%) e dos gêneros Rhizopus spp. (66,66%), Aspergillus spp. (25%) e Acremonium spp. (13,9%). Os setores com maior prevalência de contaminação fúngica foram: biblioteca, central de xérox, livraria, confeitaria, salas da coordenação do Curso de Farmácia, Departamento do Curso de Farmácia, central telefônica e laboratório de Farmacognosia. A grande diversidade e a elevada freqüência de isolamento dos fungos anemófilos torna-se preocupante, visto que esses ambientes comportam uma demanda apreciável de pessoas expostas constantemente à contaminação.

Palavras-chave: fungos anemófilos, doenças alérgicas.

ISOLATION AND IDENTIFICATION OF ANEMOPHILOUS FUNGUS

MICROBIOTIC IN SEVERAL SECTIONS OF THE CENTRO DE CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS E DA SAÚDE OF UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

ABSTRACT

It is common that in the environment colonies of mushrooms non pathogenycs exist, called them mushrooms anemophilics or you set. Even so, these can become polluting through the sedimentation of its spores, being revealed opportunists and becoming potential pathogenycs to the man, provoking mainly allergic diseases. For they demand private conditions to pass of the saprophytic to the pathogeny, the need of an investigation aeromicologyc of the mushroom anemophilic microbial was verified in several atmospheres (laboratories, library, feeding areas) of the Center of Biological Sciences and of the Health (CCBS) of the State University of Paraíba. It

1 Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba; anne@cca.ufpb.br:

2 Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba,

karletevieira@gmail.com .

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ISSN 1983-4209 – Numero 2- Volume 2 – 2008.2

was used for that research the method of exhibition of plates with Agar Sabouraud Dextrose (ASD) in 24 sections of CCBS, in the period of September of 2002 to June of 2003, where 3 collections were accomplished in different times of the year. Between the isolated colonies in all the stages of the research, were identified 18 different goods, being observed the largest prevalence fungus in for 1st and in to 3rd collection, respectively in the stations of the spring and of the winter, in which the humidity propitiates the development of those colonies. The most frequent gender was Penicillium

spp., with medium prevalence of 90,26% in the 24 sections in the 3 accomplished collections,

followed by the mushrooms yeastforms (72,23%) and of the goods Rhizopus spp. (66,66%),

Aspergillus spp. (25%) and Acremonium spp. (13,9%). The sections with larger prevalence of

mushroom’s contamination were: library, xerography’s central, bookstore, sweet shop, rooms of the coordination of the Course of Pharmacy, Department of the Course of Pharmacy, central phone and laboratory of Pharmacognosy. The great diversity and the high frequency of isolation of the mushrooms anemophilics becomes preoccupying, because those atmospheres behave an appreciable demand of people constantly exposed to the contamination.

Key words: mushrooms anemophilics, allergic diseases. INTRODUÇÃO

O estudo da microbiota fúngica anemófila filamentosa e leveduriforme tem sido considerado de relevante importância, pois sabe-se que os esporos desses fungos têm sido responsáveis por várias manifestações clínicas do trato respiratório humano (SIDRIM e MOREIRA, 1999).

O estudo da microbiota fúngica bioalérgena anemófila ou contaminante compreende fungos filamentosos e leveduriformes, que se inserem num universo com significativa importância nas várias manifestações alérgicas do trato respiratório, tais como rinite, sinusite alérgica não invasiva, asma e alveolite alérgica extrínseca (LACAZ, 1984).

Esses fungos compreendem uma grande diversidade de gêneros que colonizam diferentes ambientes, onde desenvolvem estruturas reprodutivas como esporos e conídios, os quais são veiculados por correntes de ar, dispersos com muita facilidade e com alto potencial de contaminação (SIDRIM e MOREIRA, 1999; PINTO, 2000).

Várias espécies de fungos anemófilos apresentam grande importância em patologias médicas, tais como as pertencentes aos gêneros Penicillium sp., Aspergillus sp., Mucor sp.,

Rhizopus sp., Cladosporium sp., Alternaria sp., entre outros, tornando-se elementos especialmente

alergizantes, fator este bastante preocupante à clínica médica, pois tais microorganismos estão dispersos abundantemente no meio ambiente. Por isso as investigações da ocorrência de fungos ambientais (habitualmente oportunistas e contaminantes) mostram-se bastante importantes para prevenção de doenças alérgicas provocadas por patógenos potenciais ao homem (WYNGAARDEN, 1993; GRUMACH, 2001).

Frente a essa realidade, ao logo deste trabalho será apresentado o resultado da pesquisa sobre a prevalência da microbiota fúngica anemófila presente em vários setores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estadual da Paraíba que demandam um apreciável fluxo de pessoas, tais como: laboratórios, biblioteca, praça de alimentação, departamentos e secretarias dos cursos, onde muitos dos alunos, professores, funcionários e visitantes ficam constantemente expostos à contaminação e também propiciam a disseminação dessa microbiota para outros setores.

MATERIAL E MÉTODOS Procedimentos

A fim de adquirir as informações necessárias para cumprir com os objetivos desta pesquisa, os seguintes procedimentos foram adotados:

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 Realizou-se um amplo levantamento bibliográfico em literaturas especializadas no assunto abordado para proporcionar fundamentação teórica às posteriores etapas do trabalho;

 O trabalho de laboratório, que compreendeu desde a assepsia das bancadas, preparação de meios de cultivo e esterilização dos materiais utilizados (placas de Petri e meios de cultura), até a identificação final dos gêneros fúngicos, foi desenvolvido no Laboratório de Microbiologia do Departamento de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba;

 Realização das coletas do material (poeira ambiental) nos 24 setores selecionados do CCBS, em três diferentes épocas do ano;

 Acompanhamento diário do crescimento dos fungos nas placas de Petri, com a análise e a identificação do gênero das diversas colônias fúngicas desenvolvidas em cada coleta. Amostragem

Amostragem

A pesquisa foi realizada em 24 setores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Os setores pré-selecionados para a execução desta pesquisa foram enumerados e identificados como:

Setor 1 (S1): Laboratório de Microbiologia; Setor 2 (S2): Laboratório de Parasitologia; Setor

3 (S3): Laboratório de Farmacobotânica; Setor 4 (S4): Laboratório de Farmacognosia; Setor 5 (S5):

Laboratório de Farmacotécnica; Setor 6 (S6): Coordenação do Curso de Farmácia; Setor 7 (S7):

Departamento do Curso de Farmácia; Setor 8 (S8): Secretaria do Curso de Farmácia; Setor 9 (S9):

Secretaria do Curso de Biologia; Setor 10 (S10): Sala dos Professores do Departamento de Farmácia;

Setor 11 (S11): Central Telefônica; Setor 12 (S12): Direção do Centro (sala do diretor); Setor 13

(S13): Direção do Centro (sala do secretário); Setor 14 (S14): Biblioteca; Setor 15 (S15): Livraria;

Setor 16 (S16): Lanchonete 1; Setor 17 (S17): Central de Xérox; Setor 18 (S18): Lanchonete 2; Setor

19 (S19): Confeitaria; Setor 20 (S20): Lanchonete 3; Setor 21 (S21): Laboratório de Anatomia; Setor

22 (S22): Cozinha dos Funcionários; Setor 23 (S23): Almoxarifado; Setor 24 (S24): Laboratório de

Bioquímica.

Isolamento e identificação

Este trabalho foi realizado em três etapas, sendo as coletas realizadas nos meses de setembro de 2002, fevereiro e junho de 2003, para que se observasse a ocorrência dos fungos anemófilos em diferentes estações climáticas paraibanas: na primavera, no verão e no inverno, respectivamente.

Em cada coleta foi utilizado um total de 48 placas de Petri, contendo, cada uma, Ágar Sabouraud Dextrose simples (DIFCO Laboratories Ltda.). Todas as coletas foram realizadas em duplicata e sempre pelo período da manhã.

Para o microcultivo utillizou-se uma placa de Petri contendo lâminas, lamínulas, Ágar Sabouraud Dextrose e papel de filtro, sendo necessário posteriormente o emprego do corante azul de metileno ou lactofenol para a observação das estruturas fúngicas através da microscopia óptica seguindo a metodologia de Riddel (1950).

A coleta dos fungos em cada setor foi feita através do método de exposição ao ar, em duplicatas, de placas de Petri contendo Ágar Sabouraud Dextrose, meio específico para crescimento fúngico. Essas placas ficaram abertas durante um período de 10 minutos, situadas a 10 centímetros acima do piso e distante das paredes e em locais opostos no setor pesquisado. Transcorrido o tempo da coleta, essas placas foram fechadas, levadas de maneira segura até o laboratório de análise e acondicionadas de 7 a 14 dias à temperatura ambiente. Para o microcultivo, as placas foram

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acondicionadas à temperatura ambiente, por um breve período de incubação, que variou de 4 a 5 dias (LACAZ, 1991).

As colônias fúngicas representativas formam-se, em ágar Sabouraud, à temperatura ambiente (37°C), entre o 7º e o 14º dia após a coleta (ASH e ORIHEL, 1998).

A identificação do fungo foi realizada pelo estudo de sua macromorfologia (através da pigmentação, textura, consistência e forma do verso e reverso das colônias desenvolvidas e da velocidade de crescimento das mesmas) e de sua micromorfologia (através do microcultivo em lâmina, onde são visualizadas as estruturas fúngicas de reprodução, como as hifas vegetativas, os conídios e os esporos, o que proprociona uma correta identificação das colônias selecionadas nas placas de coleta, que foram inicialmente identificadas pela macromorfologia).

A identificação fúngica macroscópica em nível de gêneros foi feita segundo Raper et al. (1949), Booth (1971), Raper e Fennell (1977), Hawksworth e Pitt (1983) e Pitt et al. (2000). Quando necessário, para melhor visualização das microestruturas, utilizou-se o método de cultura em lâmina ou microcultivo, sendo as estruturas visualizadas na microscopia óptica, comparadas com as fotografias presentes em atlas especializados. O microcultivo estimula a esporulação que às vezes é insuficiente ou ausente nas placas (RIDDELL, 1950; ALMEIDA, 1988; LACAZ, 1998; ROTOR FILHO, 2002).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na 1ª coleta, realizada em setembro de 2002, foram identificados 14 gêneros fúngicos, sendo observado a prevalência dos gêneros Penicillium spp., Rhizopus spp. e de Leveduras, respectivamente com 95,8%, 87,5% e 83,3% de ocorrência no total de setores pesquisados. Os outros 11 gêneros identificados e sua respectiva percentagem de ocorrência estão ilustrados na Figura 1.

Figura 1. Prevalência dos gêneros fúngicos identificados na 1ª coleta (setembro/2002).

4,2% 4,2% 25,0% 87,5% 95,8% 8,3% 12,5% 8,3% 83,3% 8,3% 12,5% 25,0% 25,0% 16,7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Acremonium spsp. Alternaria spp. Aspergillus spp. Cladosporium spp. Fusarium spp. Leveduras Microsporum spp. Mucor spp. Paecilomyces spp. Penicillium spp. Rhizopus spp. Rhodutorula spp. Scopulariopsis spp. Ulocladium spp.

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Neste período, o setor mais contaminado por fungos anemófilos foi a Biblioteca (S14), com

identificação de 7 gêneros distintos (Acremonium spp., Alternaria spp., Aspergillus spp.,

Cladosporium spp., Penicillium spp. e Rhizopus spp., além de ter sido detectado uma grande

presença de fungos leveduriformes), seguido pelo Laboratório de Parasitologia (S2), da Sala da

Coordenação do Curso de Farmácia (S6) e da Sala do Diretor do Centro (S12), todos com 6

diferentes gêneros identificados (Figura 2). No Laboratório de Parasitologia, os seguintes gêneros foram encontrados: Aspergillus spp., Fusarium spp., Microsporum spp., Penicillium spp.,

Scopulariopsis spp. e fungos leveduriformes. Na Sala da Coordenação do Curso de Farmácia foram

isolados fungos dos gêneros: Fusarium spp., Leveduras, Microsporum spp., Paecilomyces spp.,

Penicillium spp. e Rhizopus spp. Já na Sala do Diretor do Centro, foram encontrados fungos dos

gêneros: Mucor spp., Paecilomyces spp., Penicillium spp., Rhizopus spp., Rhodutorula spp. e Leveduras. Os demais setores também apresentaram contaminação fúngica, o que pode ser observado na Tabela 1. 1ª COLETA S 1 (4 )* S 2 (6 ) S 3 (3 ) S 4 (5 ) S 5 (1 ) S 6 (6 ) S 7 (5 ) S 8 (3 ) S 9 (5 ) S 10 ( 3) S 11 ( 5) S 12 ( 6) S 13 ( 5) S 14 ( 7) S 15 ( 5) S 16 ( 4) S 17 ( 4) S 18 ( 3) S 19 ( 3) S 20 ( 3) S 21 ( 2) S 22 ( 4) S 23 ( 4) S 24 ( 4) 22 ,2 % 33 ,3 % 16 ,7 % 27 ,8 % 5, 6% 33 ,3 % 27 ,8 % 16 ,7 % 27 ,8 % 16 ,7 % 27 ,8 % 33 ,3 % 27 ,8 % 38 ,9 % 27 ,8 % 22 ,2 % 22 ,2 % 16 ,7 % 16 ,7 % 16 ,7 % 11 ,1 % 22 ,2 % 22 ,2 % 22 ,2 % 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Índice de contaminação fúngica por setor

V al o re s p er ce n tu ai s

Figura 2. Prevalência de contaminação fúngica por setor pesquisado na 1ª coleta. *(n) – número de gêneros fúngicos identificados em cada setor.

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* (+) indica presença do gênero fúngico no setor pesquisado.

Como pode ser observado nesta tabela, foram encontrados 100 colônias fúngicas no total de setores pesquisados na 1ª coleta, o que podemos relacionar à época em que esta coleta foi realizada, pois setembro, por ser um mês de transição entre o inverno e a primavera, tem clima ameno, com baixa temperatura e umidade, o que em muito favorece o desenvolvimento dessa microbiota.

Na 2ª coleta, realizada em fevereiro de 2003, observou-se a prevalência dos seguintes gêneros: Penicillium spp. (75% dos setores), Leveduras (41,7% dos setores) e Rhizopus spp. (37,5% dos setores), fungos que coincidentemente também foram os que predominaram na 1ª coleta. Nesta etapa ainda foram identificados 10 outros distintos gêneros fúngicos, como pode ser visto na Figura 3. Nota-se que houve uma menor ocorrência fúngica neste período, o que pode ser explicado pela época em que foi realizada a 2ª coleta, numa estação mais seca (verão), fator que dificulta o desenvolvimento desses microorganismos.

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Tabela 1 – Resultado da presença de fungos anemófilos nos 24 setores pesquisados na 1ª coleta (setembro/2002). _______________________________________________________________________________ GÊNEROS IDENTIFICADOS _____ SETORES A cr em o n iu m s p p . A lt er n a ri a s p p . A sp er g il lu s sp p . B ip o la ri s sp p . C la d o sp o ri u m s p p . C u rv u la ri a s p p . F u sa ri u m s p p . G eo tr ic h u m s p p . G io cl a d iu m s p p . L ev ed ur as M ic ro sp o ru m s p p . M u co r sp p . P a ec il o m yc es s p p . P en ic il li u m s p p . R h iz o p u s sp p . R ko d u to ru la s p p . S co p u la ri o p si s sp p . U lo cl a d iu m s p p . T O T A L S1 + + + + 4 S2 + + + + + + 6 S3 + + + 3 S4 + + + + + 5 S5 + 1 S6 + + + + + + 6 S7 + + + + + 5 S8 + + + 3 S9 + + + + + 5 S10 + + + 3 S11 + + + + + 5 S12 + + + + + + 6 S13 + + + + + 5 S14 + + + + + + + 7 S15 + + + + + 5 S16 + + + + 4 S17 + + + + 4 S18 + + + 3 S19 + + + 3 S20 + + + 3 S21 + + 2 S22 + + + + 4 S23 + + + + 4 S24 + + + + 4 TOTAL 4 3 6 0 2 0 6 0 0 20 2 3 2 23 21 6 1 1 100

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Figura 3. Prevalência dos gêneros fúngicos identificados na 2ª coleta (fevereiro/2003).

Como pode ser observado na Figura 4, neste período, o setor com maior índice de contaminação por fungos anemófilos foi a Sala do Secretário do Centro (S13), onde foram

identificados seis gêneros distintos: Acremonium spp., Fusarium spp., Leveduras, Penicillium spp.,

Rhizopus spp., Ulocladium spp., seguido do Laboratório de Farmacognosia (S4), com quatro

gêneros identificados: Aspergillus spp., Leveduras, Penicillium spp., Rhizopus spp. e da Sala dos Professores (S10), com os seguintes: Aspergillus spp., Giocladium spp., Leveduras, Penicillium spp..

Não pode-se deixar de ressaltar que o restante dos setores pesquisados também foi acometido pela microbiota fúngica, conforme apresentado na Tabela 2.

4,2% 4,2% 8,3% 37,5% 75,0% 41,7% 16,7% 8,3% 4,2% 8,3% 25,0% 4,2% 8,3% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Acremonium spp. Alternaria spp. Aspergillus spp. Cladosporium spp. Curvularia spp. Fusarium spp. Giocladium spp. Leveduras Mucor spp. Penicillium spp. Rhizopus spp. Rhodutorula spp. Ulocladium spp.

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ISSN 1983-4209 – Numero 2- Volume 2 – 2008.2 2ª COLETA S 1 (2 )* S 2 (2 ) S 3 (2 ) S 4 (4 ) S 5 (2 ) S 6 (3 ) S 7 (2 ) S 8 (3 ) S 9 (2 ) S 10 ( 4) S 11 ( 2) S 12 ( 2) S 13 ( 6) S 14 ( 2) S 15 ( 2) S 16 ( 2) S 17 ( 2) S 18 ( 2) S 19 ( 3) S 20 ( 1) S 21 ( 2) S 22 ( 2) S 23 ( 3) S 24 ( 2) 11 ,1 % 11 ,1 % 11 ,1 % 22 ,2 % 11 ,1 % 16 ,7 % 11 ,1 % 16 ,7 % 11 ,1 % 22 ,2 % 11 ,1 % 11 ,1 % 33 ,3 % 11 ,1 % 11 ,1 % 11 ,1 % 11 ,1 % 11 ,1 % 16 ,7 % 5, 6% 11 ,1 % 11 ,1 % 16 ,7 % 11 ,1 % 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Figura 4. Prevalência de contaminação fúngica por setor pesquisado na 2ª coleta. *(n) – número de gêneros fúngicos identificados em cada setor.

Índice de contaminação fúngica por setor

V al or es p er ce nt ua is

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* (+) indica presença do gênero fúngico no setor pesquisado.

Na 2ª coleta foi detectado um total de 59 colônias nos 24 setores acometidos por contaminação fúngica, valor esse bem inferior ao que foi encontrado na 1ª coleta. Este fato deve-se, muito provavelmente, à estação em que essa coleta foi realizada: no verão paraibano. Essa época caracteriza-se principalmente pela elevada temperatura e pelo ar quente e seco, o que em muito dificulta o desenvolvimento da flora fúngica.

Na 3ª coleta, realizada em junho de 2003, constatou-se elevada ocorrência do gênero

Penicillium spp., que foi identificado em todos os setores pesquisados, o que demonstra absoluta

prevalência desse gênero fúngico nesta etapa da pesquisa. Em seguida vieram as Leveduras, com 91,7% e o gênero Rhizopus spp., com 75% de prevalência nos setores pesquisados, além dos outros 11 gêneros identificados nesta coleta e ilustrados na Figura 5.

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Tabela 2 – Resultado da presença de fungos anemófilos nos 24 setores pesquisados na 2ª coleta (fevereiro/2003). ______________________________________________________________________________ GÊNEROS IDENTIFICADOS ____ SETORES A cr em o n iu m s p p . A lt er n a ri a s p p . A sp er g il lu s sp p . B ip o la ri s sp p . C la d o sp o ri u m s p p . C u rv u la ri a s p p . F u sa ri u m s p p . G eo tr ic h u m s p p . G io cl a d iu m s p p . L ev ed ur as M ic ro sp o ru m s p p . M u co r sp p . P a ec il o m yc es s p p . P en ic il li u m s p p . R h iz o p u s sp p . R ko d u to ru la s p p . S co p u la ri o p si s sp p . U lo cl a d iu m s p p . T O T A L S1 + + 2 S2 + + 2 S3 + + 2 S4 + + + + 4 S5 + + 2 S6 + + + 3 S7 + + 2 S8 + + + 3 S9 + + 2 S10 + + + + 4 S11 + + 2 S12 + + 2 S13 + + + + + + 6 S14 + + 2 S15 + + 2 S16 + + 2 S17 + + 2 S18 + + 2 S19 + + + 3 S20 + 1 S21 + + 2 S22 + + 2 S23 + + + 3 S24 + + 2 TOTAL 1 2 6 0 2 1 2 0 4 10 0 2 0 18 9 1 0 1 59

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Figura 5. Prevalência dos gêneros fúngicos identificados na 3ª coleta (junho/2003).

Nesta última etapa da pesquisa, o setor com maior índice de contaminação foi a Central de Xérox (S17), com identificação de 8 gêneros distintos, seguido da Livraria (S15) e da Confeitaria

(S19), ambos com 6 diferentes gêneros fúngicos identificados (Figura 6). Na Central de Xérox, os

gêneros identificados foram: A1ternaria spp., Aspergillus spp., Bipolaris spp., Curvularia spp., Leveduras, Mucor spp., Penicillium spp., Rhizopus spp.. Na Livraria, constatou-se os seguintes gêneros: Acremonium spp., Curvularia spp., Leveduras, Paecilomyces spp., Penicillium spp.,

Rhizopus spp.. Já na Confeitaria, identificou-se: Acremonium spp., Aspergillus spp., Mucor spp.,

Leveduras, Penicillium spp., Rhizopus spp.. Vale ressaltar que todos esses estabelecimentos estão localizados na Praça de Alimentação do CCBS, que é um local completamente aberto e bastante movimentado, o que propicia a contaminação e disseminação da microbiota fúngica.

Nos outros 21 setores também constatou-se ocorrência e contaminação por fungos anemófilos, conforme apresentado na Tabela 3.

75,0% 100% 4,2% 12,5% 91,7% 4,2% 29,2% 4,2% 25,0% 4,2% 20,8% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Acremonium spp. Alternaria spp. Aspergillus spp. Bipolaris spp. Curvularia spp. Geotrichum spp. Leveduras Mucor spp. Paecilomyces spp. Penicillium spp. Rhizopus spp.

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3ª COLETA S 1 (3 )* S 2 (3 ) S 3 (3 ) S 4 (5 ) S 5 (3 ) S 6 (5 ) S 7 (5 ) S 8 (4 ) S 9 (3 ) S 10 ( 3) S 11 ( 5) S 12 ( 3) S 13 ( 2) S 14 ( 3) S 15 ( 6) S 16 ( 4) S 17 ( 8) S 18 ( 2) S 19 ( 6) S 20 ( 2) S 21 ( 4) S 22 ( 2) S 23 ( 3) S 24 ( 2) 16 ,7 % 16 ,7 % 16 ,7 % 27 ,8 % 16 ,7 % 27 ,8 % 27 ,8 % 22 ,2 % 16 ,7 % 16 ,7 % 27 ,8 % 16 ,7 % 11 ,1 % 16 ,7 % 33 ,3 % 22 ,2 % 44 ,4 % 11 ,1 % 33 ,3 % 11 ,1 % 22 ,2 % 11 ,1 % 16 ,7 % 11 ,1 % 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Figura 6. Prevalência de contaminação fúngica por setor pesquisado na 3ª coleta. *(n) – número de gêneros fúngicos identificados em cada setor.

Índice de contaminação fúngica por setor

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* (+) indica presença do gênero fúngico no setor pesquisado.

Foram encontrados 89 colônias fúngicas no total de setores pesquisados na 3ª coleta, o que demonstra um aumento em relação à 2ª coleta.

Percebe-se que, do total de coletas realizadas, as de maior ocorrência fúngica foram as realizadas na primavera (1ª coleta) e no inverno (3ª coleta), com identificação respectivamente de 100 e 89 colônias, prevalência esta correlacionada ao clima mais frio e úmido e à temperatura mais baixa dessas épocas, que propiciam o desenvolvimento e facilitam a disseminação de vários microorganismos, especialmente dos fungos.

Os fungos isolados em diferentes setores do CCBS da UEPB são anemófilos e ubiquitários e alguns gêneros (Penicillium spp., Rhizopus spp., Aspergillus spp., Fusarium spp.), de acordo com Silva (1983), podem causar alergias respiratórias e infecções oportunistas em condições especiais do hospedeiro.

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Tabela 3 – Resultado da presença de fungos anemófilos nos 24 setores pesquisados na 3ª coleta (junho/2003). ________________________________________________________________________________ GÊNEROS IDENTIFICADOS _____ SETORES A cr em o n iu m s p p . A lt er n a ri a s p p . A sp er g il lu s sp p . B ip o la ri s sp p . C la d o sp o ri u m s p p . C u rv u la ri a s p p . F u sa ri u m s p p . G eo tr ic h u m s p p . G io cl a d iu m s p p . L ev ed ur as M ic ro sp o ru m s p p . M u co r sp p . P a ec il o m yc es s p p . P en ic il li u m s p p . R h iz o p u s sp p . R ko d u to ru la s p p . S co p u la ri o p si s sp p . U lo cl a d iu m s p p . T O T A L S1 + + + 3 S2 + + + 3 S3 + + + 3 S4 + + + + + 5 S5 + + + 3 S6 + + + + + 5 S7 + + + + + 5 S8 + + + + 4 S9 + + + 3 S10 + + + 3 S11 + + + + + 5 S12 + + + 3 S13 + + 2 S14 + + + 3 S15 + + + + + + 6 S16 + + + + 4 S17 + + + + + + + + 8 S18 + + 2 S19 + + + + + + 6 S20 + + 2 S21 + + + + 4 S22 + + 2 S23 + + + 3 S24 + + 2 TOTAL 5 1 6 1 0 7 0 1 0 22 0 3 1 24 18 0 0 0 89

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A microbiota fúngica encontrada nos 24 setores pesquisados do CCBS da UEPB mostrou-se bastante rica, com uma diversidade de 18 gêneros, o que aproxima-se bastante dos resultados obtidos por Faria (1967), em cujo trabalho foram identificados 20 gêneros distintos, sendo os fungos mais prevalentes em Belo Horizonte: Penicillium sp. (100%), Rhizopus sp. (77,7%) e Mucor

sp. (55,5%), e equivalendo-se com os achados de Furtado (1998), em Manaus, cujos dados obtidos

mais recentemente mostram a prevalência dos gêneros: Penicillium sp. (98,6%), Leveduras (82,3%), Rhizopus sp. (76,9%), Aspergillus sp. (25,0%), Fusarium sp. (21,1%) e Mucor sp. (21,1%).

A maior parte dos fungos anemófilos isolados e identificados nesta pesquisa (Penicillium

spp., Rhizopus spp., Aspergillus spp., Fusarium spp., Acremonium spp., Curvularia spp.,

Geotrichum spp.), são capazes, segundo Gaumann (1992), de provocar infecções oportunistas no

hospedeiro em condições normais e principalmente em condições especiais, tais como: pacientes imunodeprimidos, pacientes hospitalizados, crianças e idosos, já que o poder patogênico e, por conseqüência, o desenvolvimento das doenças infecciosas provém do binômio virulência do microorganismo + resistência do organismo infectado.

Pode-se observar na Tabela 4 que o gênero mais freqüente foi o Penicillium spp., com prevalência média de 90,26% nas 3 coletas realizadas, seguido dos fungos leveduriformes (72,23%) e dos gêneros Rhizopus spp. (66,66%), Aspergillus spp. (25%) e Acremonium spp. (13,9%).

Tabela 4. Prevalência média dos fungos anemófilos identificados nos 24 setores do CCBS da UEPB.

GÊNEROS

COLETA COLETA 2ª COLETA 3ª PREVALÊNCIA MÉDIA

Acremonium spp. 16,7% 4,2% 20,8% 13,9% Alternaria spp. 12,5% 8,3% 4,2% 8,33% Aspergillus spp. 25% 25% 25% 25,00% Bipolaris spp. 0 0 4,2% 1,40% Cladosporium spp. 8,3% 8,3% 0 5,53% Curvularia spp. 0 4,2% 29,2% 11,13% Fusarium spp. 25% 8,3% 0 11,10% Geotrichum spp. 0 0 4,2% 1,40% Giocladium spp. 0 16,7% 0 5,56% Leveduras 83,3% 41,7% 91,7% 72,23% Microsporum spp. 8,3% 0 0 2,76% Mucor spp. 12,5% 8,3% 12,5% 11,10% Paecilomyces spp. 8,3% 0 4,2% 4,16% Penicillium spp. 95,8% 75% 100% 90,26% Rhizopus spp. 87,5% 37,5% 75% 66,66% Rhodutorula spp. 25% 4,2% 0 9,73% Scopulariopsis spp. 4,2% 0 0 1,40% Ulocladium spp. 4,2% 4,2% 0 2,80%

Como podemos observar na Figura 7, houve ocorrência dos gêneros Acremonium spp.,

Alternaria spp., Aspergillus spp., Leveduras, Mucor spp., Penicillium spp. e Rhizopus spp. em todas

as coletas realizadas, enquanto Bipolaris spp. e Geotrichum spp. incidiram apenas na 3ª coleta,

Microsporum spp. e Scopulariopsis spp. apenas na 1ª coleta, Giocladium spp. apareceu unicamente

na 2ª coleta e os gêneros Cladosporium spp., Curvularia spp., Fusarium spp., Paecilomyces spp.,

Rhodutorula spp. e Ulocladium spp. incidiram em duas das coletas realizadas. Desperta-se a

atenção para o fato de que o fungo do gênero Aspergillus spp. incidiu nas três coletas com a mesma percentagem, o que mostra que sua ocorrência não dependeu do clima nem da temperatura da época em que as coletas foram realizadas.

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ISSN 1983-4209 – Numero 2- Volume 2 – 2008.2 75% 100% 25% 25% 25% 25% 25% 20,8% 4,2% 4,2% 29,2% 4,2% 91,7% 12,5% 4,2% 8,3% 4,2% 8,3% 16,7% 41,7% 8,3% 37,5% 4,2% 75% 4,2% 8,3% 4,2% 12,5% 8,3% 83,3% 8,3% 12,5% 8,3% 95,8% 87,5% 4,2% 4,2% 16,7% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Ulocladium spp. Scopulariopsis spp. Rhodutorula spp. Rhizopus spp. Penicillium spp. Paecilomyces spp. Mucor spp. Microsporum spp. Leveduras Giocladium spp. Geotrichum spp. Fusarium spp. Curvularia spp. Cladosporium spp. Bipolaris spp. Aspergillus spp. Alternaria spp. Acremonium spp. 1ªCOLETA 2ª COLETA 3ª COLETA Valores percentuais

Figura 7. Relação percentual dos gêneros fúngicos isolados e identificados em cada coleta.

Os setores e seus respectivos percentuais de contaminação fúngica estão expostos na Tabela 5, destacando-se a Biblioteca (S14), a Central de Xérox (S17), a Livraria (S15), a Confeitaria (S19), a

Coordenação do Curso de Farmácia (S6), o Departamento do Curso de Farmácia (S7), a Central

Telefônica (S11) e o Laboratório de Farmacognosia (S4), locais estes com pouca luminosidade, que

não favorecem a troca e a circulação do ar, com grande acúmulo de poeira, papel e outros materiais de expediente, que favorecem a retenção de umidade e de poeira. Vale ressaltar que esses locais recebem um grande fluxo de pessoas, que expõem-se diariamente à contaminação e propiciam a disseminação dessa microbiota.

G ên er o s n g ic o s id en ti fi ca d o s

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Tabela 5. Prevalência média de contaminação por setor pesquisado no CCBS da UEPB.

SETORES 1ª COLETA 2ª COLETA 3ª COLETA MÉDIA

S1 22,2% 11,1% 16,7% 16,7% S2 33,3% 11,1% 16,7% 20,4% S3 16,7% 11,1% 16,7% 14,8% S4 27,8% 22,2% 27,8% 25,9% S5 5,6% 11,1% 16,7% 11,2% S6 33,3% 16,7% 27,8% 25,9% S7 27,8% 11,1% 27,8% 22,3% S8 16,7% 16,7% 22,2% 18,5% S9 27,8% 11,1% 16,7% 18,5% S10 16,7% 22,2% 16,7% 18,5% S11 27,8% 11,1% 27,8% 22,3% S12 33,3% 11,1% 16,7% 20,4% S13 27,8% 33,3% 11,1% 20,4% S14 38,7% 11,1% 16,7% 22,3% S15 27,8% 11,1% 33,3% 24% S16 22,2% 11,1% 22,2% 18,5% S17 22,2% 11,1% 44,4% 25,9% S18 16,7% 11,1% 11,1% 12,9% S19 16,7% 16,7% 33,3% 22,3% S20 16,7% 5,6% 11,1% 11,2% S21 11,1% 11,1% 22,2% 14,8% S22 22,2% 11,1% 11,1% 14,8% S23 22,2% 16,7% 16,7% 18,5% S24 22,2% 11,1% 11,1% 14,8%

É surpreendente o fato de que uma área como o almoxarifado (S23) tenha demonstrado,

segundo a pesquisa, índice de contaminação não tão elevado quanto esperava-se, já que é neste local onde encontra-se armazenada, por longos períodos de tempo, grande quantidade e diversidade de produtos que abastecem todo o CCBS. Então a baixa contaminação desse setor pode ser atribuída, possivelmente, às substâncias químicas que lá estão armazenadas, exalando odores químicos que podem ser capazes de inibir o desenvolvimento fúngico.

Esse estudo foi o primeiro passo para conhecermos a microbiota fúngica anemófila da Universidade Estadual da Paraíba, tendo em vista a ocorrência e a variedade do grande número de colônias fúngicas identificadas nas diversas coletas efetuadas. Sendo assim, enfatiza-se a importância de estudos e pesquisas sobre os fungos anemófilos não apenas em nossa universidade, mas também em nossa cidade e em nosso país.

CONCLUSÕES

A partir da análise dos dados obtidos nesta pesquisa, pode-se concluir que:

 Houve uma grande ocorrência de fungos anemófilos nos 24 setores pesquisados, tendo em vista o isolamento e a identificação de 18 gêneros distintos, o que demonstra a variada biodiversidade dessa flora;

 Observou-se a maior prevalência fúngica nas estações da primavera (1ª coleta) e do inverno (3ª coleta);

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 O gênero mais freqüente observado durante a pesquisa foi o Penicillium spp., seguido dos fungos leveduriformes e dos gêneros filamentosos Rhizopus spp.,

Aspergillus spp., Acremonium spp., Curvularia spp., Fusarium spp. e Mucor spp.;

 Nas três coletas realizadas, constatou-se contaminação fúngica em todos os setores pesquisados, o que demonstra uma ampla distribuição dessa microbiota anemófila;  Os setores com maior prevalência de contaminação fúngica foram: Biblioteca,

Central de Xérox, Livraria, Confeitaria, Coordenação do Curso de Farmácia, Departamento do Curso de Farmácia, Central Telefônica e Laboratório de Farmacognosia.

AGRADECIMENTOS

A todos os setores da Universidade Estadual da Paraíba, pela disponibilidade e acesso durante as coletas de material e aos professores, funcionários e estagiários do Laboratório de Microbiologia, onde desta pesquisa foi executada.

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