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Levantamento da Mastofauna da Reserva Ecológica da Vallourec e Mannesmann Tubes – V&M do Brasil, localizada na Região do Barreiro em Belo Horizonte/MG

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Academic year: 2020

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Trabalho de Conclusão de Curso

Levantamento da Mastofauna da Reserva Ecológica da

Vallourec e Mannesmann Tubes – V&M do Brasil,

localizada na Região do Barreiro em Belo Horizonte/MG

Natália Miranda Marques Curso de Ciências Biológicas

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Natália Miranda Marques

Trabalho de Conclusão de Curso

Levantamento da Mastofauna da Reserva Ecológica da

Vallourec e Mannesmann Tubes – V&M do Brasil,

localizada na Região do Barreiro em Belo Horizonte/MG

Trabalho de conclusão de curso apresentado junto ao Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, como requisito parcial para obtenção do titulo de licenciado no curso de Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Ms. Fernando Alves de Oliveira

Belo Horizonte – MG. 2010

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Agradecimentos

A Deus, pelo cumprimento de mais uma meta. Aos Mestres Fernando Oliveira, Fábio Silva e Karen Paglia pela colaboração e apoio. Ao mestre e orientador Fernando Oliveira pela compreensão e dedicação. À Paula França pela determinação e esforço para que esse projeto acontecesse. A amiga Natacha por todo incentivo e carinho. A todos aqueles que me apoiaram e acolheram nos momentos de aflição e ansiedade.

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Levantamento da Mastofauna da Reserva Ecológica da Vallourec

e Mannesmann Tubes – V&M do Brasil, localizada na Região do

Barreiro em Belo Horizonte/MG

Natália Miranda Marques

Graduanda em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Resumo

Neste estudo pretende-se inventariar as espécies de mamíferos existentes na Reserva Ecológica da V&M do Brasil, localizada no bairro Milionários, região do Barreiro em Belo Horizonte/MG, estudando sua diversidade e ecologia, objetivando seu conhecimento para melhor manejo e conservação, permitindo ainda o monitoramento futuro das espécies.

Introdução

A Reserva Ecológica da V&M do Brasil está localizada à Avenida Waldir Soeiro Emrich (Via do Minério), n°1001, bairro Milionários, região do Barreiro em Belo Horizonte/MG. Criada em 1994, possui uma área verde de 206.295 m2 (Scolforo et al., 2009), apresentando uma vegetação nativa de Cerrado Sensu

Stricto e espécies introduzidas para enriquecimento da área. Encontram-se no

local, representantes de Mata Atlântica e Mata de Transição, sendo registradas 221 espécies divididas em 60 famílias. Destacam-se as famílias Myrtaceae e Fabaceae faboideae, como sendo as que apresentam o maior número de espécies encontradas (Scolforo et al., 2009).

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O Cerrado é um dos „hotspots‟ para a conservação da biodiversidade mundial. É o segundo maior bioma brasileiro, sendo superado em área apenas pela Amazônia (Klink & Machado, 2005). Ocupa uma área total de cerca de 2 milhões de Km2, em que se encontra uma flora bastante distinta, distribuída em formações que vão desde campos abertos até florestas de galeria e matas semidecíduas (Marinho-Filho, 1994).

Segundo Alho (1993), citado por Oliveira (2006) “como a vegetação do cerrado é marcadamente heterogênea, a fauna associada às várias fitofisionomias do cerrado é também largamente distribuída de maneira heterogênea”.

Considerada a savana mais rica do mundo, o Cerrado apresenta 1.268 espécies de vertebrados, das quais 117 são endêmicas (IBAMA, 2002). Minas Gerais abriga uma boa parte dos mamíferos de ocorrência no Brasil, cerca de 243 espécies (46% do total do Brasil) pertencentes a 9 das 11 ordens presentes no país (Oliveira, 2006). Do total de espécies de mamíferos existentes no Estado de Minas Gerais, 45 fazem parte da Lista de Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção de Minas Gerais (Biodiversitas, 2007), o que provavelmente reflete o avançado grau de destruição e fragmentação dos ecossistemas do estado e de forma particular do bioma Cerrado (Mesquita, 2009). A fragmentação de habitats e a falta de informações básicas sobre as espécies é uma das principais ameaças à perda da biodiversidade (Botelho et al, 2007).

Em vista da rápida transformação e ocupação do bioma do Cerrado, estudos sobre a sua fauna e a flora tornaram-se prioridade para embasar estratégias de conservação e utilização sustentável destas áreas (Ribeiro & Marinho-Filho, 2005).

Segundo Carvalho et al. (2005), citado por Botelho et al (2007), “o conhecimento de padrões de diversidade e distribuição geográfica de pequenos mamíferos pode auxiliar a traçar estratégias de conservação”.

Trabalhos pontuais realizados em diferentes regiões de Cerrado demonstram a presença de espécies endêmicas, mas a diversidade de sua mastofauna (mamíferos de pequeno e médio porte) ainda não é muito conhecida

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Pequenos mamíferos têm um importante papel em um ecossistema florestal como predadores, presas e dispersores de sementes (Botelho et al, 2007).

Para uma conservação adequada da biodiversidade do Cerrado, e em especial dos pequenos mamíferos, é necessária a obtenção de informações básicas sobre composição das comunidades, densidade das espécies, e variação desses parâmetros associadas às diferentes formações de Cerrado e também a diferentes regiões deste extenso bioma (Becker et al., 2007)

Os resultados obtidos, complementados por consultas a coleções científicas e literatura, permitirão avaliar quais e quantas espécies de mamíferos, principalmente de pequeno e médio porte, ocorrem na Reserva, objetivando seu conhecimento para melhor manejo e conservação. Este inventário também poderá servir no futuro como base para o monitoramento de várias espécies.

Metodologia

Entre as espécies de mamíferos existe uma grande variação de comportamento, utilização de habitats, tamanho corpóreo, dentre outras características que tornam difícil a padronização de uma única metodologia de levantamento, principalmente para as famílias de mamíferos de hábitos predominantemente noturnos, bem como espécies que ocorrem em densidades baixas, como os carnívoros em geral (Mesquita & Passamani, 2009). Dessa forma, serão adotadas metodologias diversas para o registro da mastofauna, com ênfase no método de captura - marcação - recaptura para pequenos mamíferos.

 Pequenos mamíferos não voadores

Captura - marcação - recaptura. Os animais capturados serão marcados com uma anilha numerada, além de serem pesados e medidos (medição da orelha, pé, cauda e corpo). Também serão feitas anotações com relação ao possível desenvolvimento do animal (infante, jovem, adulto). Para captura dos pequenos mamíferos não-voadores serão utilizadas gaiolas ou, ainda, gaiolas de grade de arame galvanizado (Mangini & Nicola, 2006).

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 Pequenos mamíferos voadores

Para os mamíferos voadores serão usadas redes de neblina (Mangini & Nicola, 2006).

 Mamíferos de médio e grande porte

Os mamíferos de médio e grande porte serão identificados através de observação direta, vocalização, pegadas e excrementos (Pardini et al. 2006).

As armadilhas serão alocadas em trilhas ou transectos. Alguns espécimes serão taxidermizados e posteriormente depositados na Coleção Científica da UFMG.

As coletas se darão mensalmente durante um ano, possibilitando a observação dos hábitos da fauna em questão tanto nos períodos de seca como nos períodos chuvosos.

Conclusão

Estudos acerca das comunidades de pequenos mamíferos do Cerrado vêm se acumulando com o passar dos anos, pois compõem um grupo que apresenta facilidade de captura e abundância relativamente alta, podendo fornecer resultados confiáveis e mais robustos sobre seus padrões de distribuição, riqueza e abundância (Ribeiro et al. 2005).

Pequenos mamíferos têm sido considerados bons instrumentos de estudo para a Biologia da Conservação por se tratar de um grupo diversificado quanto à exploração do ambiente, podendo ser sensíveis ou resistentes às atividades antrópicas. Desta forma, a presença ou não de certas espécies de pequenos mamíferos pode indicar o nível de impacto causado pela ação humana no ambiente. Daí se dá a importância e a necessidade da preservação de fragmentos de matas em áreas urbanas, principalmente quando objetiva-se a instalação de empreendimentos em ambientes florestais.

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Referências Bibliográficas

1. BECKER, Rafael G.; PAISER, Gabriela; BAUMGARTEN, Leandro C.; VIEIRA, Emerson M. Estrutura de comunidades de pequenos mamíferos e densidade de Necromys lasiurus (rodentia, sigmodontinae) em áreas abertas de Cerrado no Brasil Central. Mastozoologia Neotropical, 14(2):157-168, Mendoza, 2007.

2. BOTELHO, H. A.; BORGES, E. C.; LOPES, M. O. G.; WACHLEVSKI, M.

Pequenos mamíferos terrestres em um fragmento em Divinópolis, MG:

composição, abundância relativa e razão sexual. In: CONGRESSO DE

ECOLOGIA DO BRASIL, 8, 2007, Caxambú - MG. Anais do VIII Congresso

de Ecologia do Brasil, Caxambú – MG. Disponível em: <

http://www.seb-ecologia.org.br/viiiceb/pdf/906.pdf >. Acesso em: 14 nov. 2009.

3. BOVINCINO.C.R., LEMOS, B., WEKSLER, M. Small mammals of chapada dos Veadeiros National Park (Cerrado of Central Brazil): Ecologic, Karyologic, and Taxonomic Considerations. Braz. J. Biol.v.65 n.3p. 395-406, 2005.

4. COUTINHO, Leopoldo M. Aspectos do cerrado. Fauna. Disponível em: <http://eco.ib.usp.br/cerrado/aspectos_fauna.htm>. Acesso em: 04 out. 2009.

5. Ecossistemas brasileiros. Cerrado. Disponível em: < http://www.ibama.gov.br/ ecossistemas/cerrado.htm >. Acesso em: 04 out. 2009.

6. KLINK, Carlos A.; MACHADO, Ricardo B. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, v. 1, n. 1. Jul. 2005.

7. MANGINI, Paulo Rogério; NICOLA, Patrícia Avello. Captura e marcação de animais silvestres. In: RUDRAN, Rudy; CULLEN JR., Laury; VALLADARES-PADUA, Claudio. Métodos de Estudos em Biologia da Conservação &

Manejo da Vida Silvestre. 2 ed. Curitiba: UFPR. 2006. p. 91-124.

8. MARINHO-FILHO, Jader. Informações prévias para o grupo temático “Mastozoologia”. In: Whorkshop Ações prioritárias para a conservação da biodiversidade do bioma Cerrado. Brasília, 1994.

9. MESQUITA, A. O.; PASSAMANI, M. Levantamento de mamíferos não voadores no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE ECOLOGIA, 2009. Anais do III

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Congresso Latino Americano de Ecologia,São Lourenço - MG. Disponível em: <http://www.seb-ecologia.org.br/2009/resumos_clae/327.pdf>. Acesso em: 04 out. 2009.

10. OLIVEIRA, Fernando Alves. Análise de riqueza, diversidade e abundância

de Pequenos mamíferos não-voadores em três áreas de Cerrado e floresta estacional semidecidual em Minas Gerais. 2006. 9 f. Projeto de Mestrado

(Zoologia dos Vertebrados) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte.

11. PARDINI, Renata; et al. Levantamento rápido de mamíferos terrestres de médio e grande porte. In: RUDRAN, Rudy; CULLEN JR., Laury; VALLADARES-PADUA, Claudio. Métodos de Estudos em Biologia da

Conservação & Manejo da Vida Silvestre. 2 ed. Curitiba: UFPR. 2006. p.

181-202.

12. Revisão das Listas das Espécies da Flora e da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado de Minas Gerais. Disponível em: < http://www.biodiversitas.org.br/listas-mg/>. Acesso em: 11 out. 2009.

13. RIBEIRO, R. & MARINHO-FILHO Estrutura da comunidade de pequenos mamíferos (Mammalia, Rodentia) da Estação Ecológica de Águas Emendadas, Planaltina, Distrito Federal, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 22, n.4, p.898-907, 2005.

14. SCOLFORO, J. R. S.; MELLO, J. M.; ALMEIDA, C. R. S.; MARTINS, J. C. Levantamento Florístico da Reserva Ecológica V & M do BRASIL. Relatório Técnico. Lavras, MG. 2009.

Referências

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