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Produção de Biocombustíveis: um panorama sobre o discurso ambiental e econômico

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Produção de Biocombustíveis: um panorama sobre o

discurso ambiental e econômico

Said Azevedo Ulhoa Orientadora: Marina Neiva Alvim

Resumo

As questões ambientais mostram-se cada vez mais urgentes, devido aos sinais de exaustão de seus recursos naturais e da saturação de sua capacidade de regeneração, que é muito menor que o consumo em geral. Os biocombustíveis surgem nesse cenário como um importante aliado na redução de poluentes, gases do efeito estufas e como um natural substituto para combustíveis fosseis, por ser uma fonte renovável. Os biocombustíveis indiscutivelmente mostram-se uma excelente alternativa e solução quanto à emissão de poluentes na atmosfera, entretanto quando se analisa todo o seu ciclo produtivo varias questões suscitam dúvidas. Problemas gerados pelo plantio extensivo de seus insumos, altos custos de produção, aumento da fome mundial gerada pela substituição de áreas de plantação de alimentos pelos insumos usado na produção de biocombustíveis, surgem como justifica contraria ao seu uso, inclusive por grupos de ambientalistas. O presente estudo objetiva discutir a gênese do uso dos biocombustíveis, seu desenvolvimento, as experiências positivas em outros países, os benefícios e problemas econômicos, sociais e ambientais gerados pelo seu uso e processamento.

Palavras chave: diesel, etanol, biodiesel, óleo vegetal. 1 Introdução

No inicio do século XX vê-se o surgimento do motor a combustão, gerada pela queima do óleo diesel, que inicialmente funcionava com óleo de amendoim e logo após com óleos extraídos de diversas outras oleaginosas (MONBIOT, 2004). Entretanto, o alto custo de produção desta matéria prima, a abundância, e a rápida disponibilidade do diesel de petróleo, fez com que os óleos vegetais fossem preteridos pelo óleo derivado de petróleo e com isso entre as décadas de 1930 e

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1940 os óleos vegetais figuravam apenas como reservas emergenciais (HANNA, 1999).

O biodiesel, por suas características únicas, mostra-se uma excelente opção na substituição do diesel de petróleo. Contudo o biocombustível mais difundido no Brasil é o etanol proveniente da cana-de-açúcar que apresenta como principal vantagem, quando comparado aos combustíveis derivados do petróleo, a menor poluição gerada durante a combustão (RAMOS, 2003).

Os biocombustíveis mostram-se uma excelente alternativa quanto à emissão de poluentes na atmosfera, entretanto quando se analisa todo o seu ciclo produtivo varias questões suscitam dúvidas. Problemas gerados pelo plantio extensivo de seus insumos, altos custos de produção, aumento da fome mundial gerada pela substituição de áreas de plantação de alimentos pelos insumos usado na produção de biocombustíveis, surgem como justifica contraria ao seu uso, inclusive por grupos de ambientalistas. Assim, no presente trabalho buscou-se entender as barreiras econômicas, a influência de políticas públicas que incentivam a agricultura familiar para que produzam matéria prima que alimente a cadeia produtiva do Biodiesel, além de esclarecer se as vantagens ambientais tão amplamente divulgadas são de fato um ganho ambiental que justifique os investimentos e incentivos. A partir destes levantamentos, busca-se construir um esboço do cenário futuro que esta sendo delineado pelas decisões do governo, das empresas e das pesquisas.

2 Metodologia

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos que abrangem o tema Produção de Biodiesel, Benefícios Ambientais e Econômicos sendo estes artigos buscados, preferencialmente, no banco de dados SCIELO e internet, no período de fevereiro a outubro de 2013. Pesquisou-se ainda as leis federais e estaduais que normatizam a instalação e operação destas empresas, bem como os incentivos para produção de matéria prima e beneficiamento do diesel. A necessidade de dados mais abrangentes conduziu a pesquisa ainda a buscar informações estatísticas junto ao IBGE, Petrobras e EMBRAPA, que corroboraram de forma substancial para as análises do cenário científico, político e econômico envolvido na cadeia produtiva do biodiesel.

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3 Origem e evolução do uso dos biocombustíveis

3.1 Conceituando biocombustíveis

Define-se como biocombustíveis todo combustível derivado de matéria orgânica, a chamada biomassa, oriundos de fontes renováveis, podendo ser de origem vegetal ou animal. Citando algumas das principais fontes, as mais conhecidas são a cana-de-açúcar, soja, milho, semente de girassol, madeira, material orgânico em decomposição e até os esgotos das grandes cidades. Todos, pelas características intrínsecas, são biodegradáveis e provocam menor impacto à natureza, além de serem fontes renováveis, ou seja, irão se recompor após sua utilização sem o risco de esgotamento de sua fonte (BIODIESEL BRASIL, 2013).

3.2 Tipos de biocombustíveis existentes

Conforme dito anteriormente os biocombustíveis possuem diversas fontes para sua produção. O etanol, pode ser produzido a partir da cana-de-açúcar, do milho ou beterraba e isto garante a diversos países implementarem a tecnologia de beneficiamento, já que a matéria prima poderá ser conseguida a partir de diversas culturas, que se adaptam às diversas características de climas e solos de cada região. Semelhantemente, o biodiesel pode ser produzido a partir de diversas sementes oleaginosas, gorduras animais ou óleos resultantes de frituras domésticas ou industriais (MACEDO, 2005). Outro biocombustível, que vem ganhando importância é o biometano, ou simplesmente gás metano, que por ser proveniente de matéria orgânica degradada também é um biocombustível e, por isso pode substituir o uso de alguns combustíveis fósseis, pois possui grande potencial produtivo, inclusive podendo ser obtido de matéria orgânica com grande potencial poluidor como esgotos e resíduos orgânicos urbanos. Porém, este ainda depende de desenvolvimento de novas tecnologias para que seja utilizado com maior eficiência (HANDBOOK ON BIOGAS UTILIZATION, 1988).

3.3 O surgimento da tecnologia e o Diesel

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Paris um motor com inovador sistema de funcionamento, chamado de “ciclo Diesel”. Este motor tinha como fonte de energia para gerar movimento o óleo de amendoim e, nas décadas iniciais do século XX, foram empregados óleos extraídos de diversas outras espécies vegetais para seu funcionamento (MONBIOT, 2004). Neste período, cientistas de todo o mundo, passaram a pesquisar sobre o uso destes óleos vegetais. Concluindo-se nestes estudos que devido a seu alto índice de cetano e um elevado poder calorífico, os óleos in natura seriam altamente indicado para combustão em motores do ciclo diesel (LOVATELLI, 2001).

Porém o alto custo de produção de óleo a partir de sementes, desde aquela época se mostrou um fator complicador para implementação do motor Diesel. O grande volume de petróleo descoberto, também do início do século XX, subsidiado pelo baixo custo para refino, criou o cenário ideal para que os óleos vegetais fossem preteridos pelo óleo derivado de petróleo, que então foi denominado de óleo diesel. Os óleos vegetais entre as décadas de 1930 e 1940, já figuravam apenas como reserva para serem utilizados exclusivamente em caso de emergência (HANNA, 1999).

3.4 Tecnologia do álcool combustível

No Brasil, o álcool começou a ser usado como combustível no inicio da década de 1920, tendo seu pico na década de 1970, com o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) que incentivava tanto a produção de álcool pelos usineiros, como a produção de carros com motores adaptados ao combustível. Toda via o programa chegou a quase extinção em meados 1980, devido aos preços praticados e as dificuldades técnicas apresentadas pelos veículos movidos a etanol. Porém, por volta do ano de 2003 o cenário muda drasticamente, com o setor sucroalcooleiro passando por uma revolução tecnológica e com a retomada da produção de carros bicombustíveis, ou seja, aptos a funcionarem com qualquer concentração de álcool ou gasolina (UNICA, 2005). A favor da retomada da produção do álcool, tem-se o apelo ambiental, já que sua queima produz basicamente água e dióxido de carbono, e a flexibilidade na produção de açúcar, que passa a ajustar sua produção com as demandas e preços de mercado, levando a uma expansão do plantio de cana-de-açúcar para além das fronteiras agrícolas tradicionais, tanto do interior paulista como do Nordeste. Hoje a opção de carros com motor bicombustível é oferecida para

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praticamente todos os modelos da indústria automobilística brasileira e, suas vendas ultrapassaram em muito a venda de veículos movidos exclusivamente com gasolina (NOGUEIRA et al., 2005).

3.5 Tecnologia da gasolina

A gasolina é composta pela mistura de hidrocarbonetos, produtos formados por hidrogênio e carbono, derivados do refino do petróleo. Além de seu uso como combustível em motores de combustão interna ela é largamente usada na indústria, com solvente orgânico (OLIVEIRA, 2004). Originalmente, considerada um subproduto indesejado na indústria de refinamento de petróleo, que estava interessada principalmente no querosene, as refinarias desprezavam toda a gasolina obtida. Entretanto com o advento dos motores de combustão interna, a gasolina foi logo identificada como a melhor opção como combustível, devido as suas características de alta taxa de liberação de energia responsável pelo funcionamento do motor. Outras características são sua volatilidade, pois a gasolina ao mistura-se facilmente como ar no interior do motor gera um gás altamente inflamável e sua alta taxa de compressão no interior do motor durante seu funcionamento. Em suma percebeu-se que a gasolina possui os três pré-requisitos básicos de um combustível, possui alta energia de combustão, volatilidade e sua alta taxa de compressibilidade (QMCWEB, 2003).

No Brasil o uso da gasolina possui um agravante ambiental, pois por lei nossa gasolina deve conter uma proporção de 22% ou mais de álcool e, está mistura pode provocar uma mudança de comportamento em alguns dos compostos da gasolina como no caso do benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno, que se tornam mais solúveis, mais móveis e monos biodegradáveis, fazendo com que permaneçam por mais tempo no solo, e ou atinjam mais facilmente os lençóis freáticos (CORSEUIL et al., 1996).

4 Biocombustíveis no Brasil e no mundo

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O Biodiesel é o combustível derivado de óleos vegetais ou de gordura animal que pode ser usado para substituir de forma total ou parcial o óleo diesel que é derivado de petróleo. Pelos critérios definidos pela National Biodiesel Board (1998), biodiesel é definido como o derivado mono-alquil éster de ácidos graxos de cadeia longa, produzido a partir de fontes renováveis como óleos extraídos de vegetais ou gordura animal, cuja utilização destina-se à substituição de combustíveis derivados de petróleo em motores de ignição por compressão que utilizam o diesel. O biodiesel, por suas características únicas, é naturalmente uma excelente opção na substituição do diesel de petróleo e pode ser produzido a partir de uma grande variedade de fontes renováveis como óleos vegetais, gorduras animais ou óleos utilizados na fritura de alimentos. O óleo vegetal, principalmente o extraído da soja, é a fonte mais comum de biodiesel, conforme mostrado na tabela 1, e em sua fabricação pode ser utilizadas diversas oleaginosas como, mamona, babaçu, canola, algodão, girassol, côco e amendoim (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2005).

Tabela 1 – Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel (B100) no Brasil – 2006-2012

Fonte: ANP/SPP, conforme Resolução ANP nº 17/2004.

Quando se pensa em biocombustível a associação imediata que se faz é com o Biodiesel, porém, o biocombustível mais difundido no Brasil é o etanol, proveniente da cana-de-açúcar. Sendo sua principal vantagem, quando comparado aos combustíveis derivados do petróleo, a menor poluição gerada durante a combustão. A cana-de-açúcar é essencialmente um produto completo por produzir açúcar, álcool e a queima do bagaço gerar energia em termoelétricas (MEDINA, 1996). O álcool derivado da cana-de-açúcar mesmo sendo o biocombustível que encabeça a política brasileira de incentivo a energias que substituam o uso do petróleo, ainda não

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consegue resolver o problema da dependência do petróleo, principalmente devido à inflexibilidade em seu processo de refino (RUSSO, 2006).

O que levou os biocombustíveis ao posto de destaque nos últimos anos foi, acima de tudo, uma substancial melhora na tecnologia para produção e utilização desses combustíveis e, o continuo aumento internacional no preço do petróleo, além é claro do crescente apelo ambiental (GREENE et al., 2006).

Desde os últimos anos do século XVIII, quando James Watt aprimorou o motor a vapor, que utilizava unicamente o carvão como combustível (ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA ONLINE, 2005), as fontes renováveis de energia, que até então se limitavam a utilização de madeira como lenha e alguns poucos e ineficientes mecanismos que utilizavam como fonte de energia a água e o vento, foram sendo abandonadas. E mesmo depois que Henry Ford e Rudolf Diesel conceberam seus inventos, respectivamente o automóvel e o óleo diesel, que visavam à utilização de combustíveis desenvolvidos a partir de fontes renováveis, a tecnologia já na época tornava o uso de combustíveis produzidos a partir do refino do petróleo muito mais fácil e menos dispendiosas do que qualquer outra fonte de energia. Com a consolidação da Revolução Industrial, a demanda pelo carvão apresentou aumento ainda mais vigoroso, declinando apenas com advento do petróleo já no século XX. Com o contínuo aumento do uso dos combustíveis fósseis, nos anos de 1970, os Estados Unidos, aprovaram a lei federal que regula as emissões atmosféricas provenientes de fontes fixas e móveis, conhecida como Clean Air Act - Ato Institucional do Ar Limpo, que iniciou uma serie de discussões em torno da busca por combustíveis que poluem menos e o estabelecimento de padrões para aditivos de combustíveis automotivos (CLEAN AIR ACT, 1971). Em 1973, com a maior crise mundial no abastecimento de petróleo até então, é que se começou a discutir com mais afinco a utilização de diversas outras fontes de energia. Desde então o álcool vem se consolidando como a melhor alternativa ao uso da gasolina, tendo em vista que ele já é produzido, pesquisado e comercializado em diversos países, além de gerar uma substancial redução nos níveis de poluição (FURTADO, 1985).

Tendo como base a Alemanha, que é o maior produtor de biodiesel do mundo, é possível perceber que um planejamento bem feito leva a resultados bastante positivos. Além da criação de grandes empresas, a intervenção do governo foi essencial, pois entre 2002 e 2008 isentou o biodiesel de impostos, o que reduziu

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seu custo final, criando um atrativo para introdução no mercado. A iniciativa alemã mostrou-se muito positiva tendo em vista o ganho ambiental, a derrubada da idéia errônea de que o novo combustível reduz a vida útil do motor e principalmente demonstra que o preço deixa de ser um entrave quando se produz biodiesel em larga escala (CUNHA, BARBOSA, 2005).

4.2 Etanol e suas vantagens

O etanol, mesmo com seu apelo ambiental enfrenta oposição de muitos ambientalistas que argumentam que a grande desvantagem ao seu uso se encontra no fato de que um dos componentes da cadeia produtiva seja o processo de colheita da cana, devido à utilização da queimada para desfolhagem do canavial. No Brasil o cultivo da cana-de-açúcar está distribuído em praticamente todo o território nacional, porém pesquisas indicam uma acentuada concentração destas lavouras nas regiões Sudeste, Centro Oestes e Sul, conforme figura1.

Figura 1 - Produção de etanol anidro e hidratado, segundo grandes regiões e unidades da Federação – 2002 – 2011 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 M il M e tr o s C ú b ic o s

TOTAL NORTE-NORDESTE TOTAL CENTRO-SUL

Fonte: ANP - MAPA/Sapcana

Estudos feitos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, mostram um aumento de mais de 50% no rendimento da colheita manual, gerado justamente pela queima da palha. Ainda de acordo com estas pesquisas a quantidade de matéria seca encontrada nas folhas foi de 12,4 t/ha, com eficiência de

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oxidação de 79%. Considerando-se os gases de efeito estufa, a queima de 47,3 toneladas de palha produzida pela colheita, gerou a emissão de 77 x 106 toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente. Desse total, somente 3,57 x 106 toneladas

tem efeito sobre o aquecimento global, já que todo CO2 será reabsorvido pela

lavoura no processo de fotossíntese, na safra seguinte (LIMA et al.,1999). O etanol, cuja fórmula é C2H5OH, tem em sua molécula um átomo de oxigênio e por isto

necessita de menos ar para realizar uma combustão estequiométrica. Assim, a produção de CO2, por quilograma de álcool, é menor do que dos outros

combustíveis (LIMA et al.,2010).

Inexoravelmente, o etanol apresenta-se como um combustível praticamente isento de outros componentes, o que resulta em uma combustão mais limpa, com melhor qualidade ambiental que a gasolina. De um modo geral, não existe vantagem ambiental relevante quando se compara os dois combustíveis, mas estratégias de intervenção na combustão permitem reduzir drasticamente as emissões do óxido nítrico, quando se utiliza o etanol (VIANNA et al., 2005). É importante salientar que apesar da baixa toxicidade do óxido nítrico, na atmosfera ele é oxidado em dióxido de nitrogênio, que ataca as mucosas, vias respiratórias, além de formar chuva ácida e destruir a camada de ozônio (LOPES, 1997).

Incentivados pelos diversos benefícios e tamanho potencial do mercado, laboratórios nos Estados Unidos buscam uma nova geração de biocombustíveis, concentrando-se em estudos do etanol de celulose, proveniente do capim, da palha do milho, de lascas de madeira e diversas de outras fontes. Inclusive estão fazendo grandes investimentos governamentais e privados neste setor para construção das primeiras usinas de etanol de celulose (SILVA, FAGUNDES, 2006).

Dentro destas perspectivas citadas acima o Brasil deve ficar atento, para não perder uma oportunidade importante de crescimento, tanto internamente quanto externamente. As razões para isto já se fazem presente, e são reveladas pelo Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio que tem mostrado crescimento superior à média nacional, indicando assim que o incentivo aos biocombustíveis indica um viés de melhora ainda mais significativa no desempenho do agronegócio. Dentre os diversos fatores que da ao Brasil ligeira vantagem frente a outros países, destaca-se a liderança como maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com 74 toneladas por hectare em 2006, enquanto a produtividade mundial segundo projeções deve atingir 71 toneladas por hectare em 2017 (MAPA, 2007).

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O mercado mundial de bicombustíveis está em expansão, destacando-se os Estados Unidos e o Japão, sendo este último um dos mercados mais promissores tendo em vista uma lei que obriga a adição de etanol à gasolina e sua dificuldade para produção em larga escala, porém é fundamental alterações nos tributos para exportação já que as taxas cobradas no Brasil figuram entre as maiores do mundo. Em suma, estas oportunidades só poderão ser aproveitadas caso ocorra mudanças que priorizem as pesquisas, novas tecnologias, redução de custos e disponibilidades de insumos (MACEDO, NOGUEIRA, 2005).

5 Políticas públicas para o Biodiesel e o importante viés social

O Brasil conta com o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), programa este que objetiva: i) implantar de forma sustentável, técnica e econômica, a produção e o uso do biodiesel, priorizando a inclusão social e o desenvolvimento regional, através de geração de emprego e renda; ii) buscar novas fontes oleaginosas, em varias regiões; e iii) garantir a competitividade dos preços, bem como a qualidade e contínuo suprimento (MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA, 2004).

Com a definição da mistura mínima de 2% para adição do biodiesel ao diesel, o PNPB fez gerar uma demanda anual de aproximadamente 840 milhões de litros, valor que já passa de 420 milhões de litros desde o ano de 2008, quando o aumento do percentual da mistura passou para 3%, conforme Resolução n. 04/2008 do Conselho Nacional de Política Energética, publicada no Diário Oficial da União de 14 de março de 2008 (DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 2008). Com a determinação da cadeia produtiva do biodiesel, o Governo Federal direcionou o foco do PNPB para agricultura familiar e para os agricultores das regiões mais desfavorecidas do país, conforme figura 2. Para isso lançou o Selo Combustível Social, plano de incentivo ao produtor de biodiesel para adquirir da agricultura familiar a matéria-prima para a produção, em proporções definidas de acordo com as características econômicas de cada região. Tendo como vantagens abatimentos no recolhimento de PIS/PASEP e COFINS, além de garantir sua participação em leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e melhores condições de financiamentos junto ao Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2011).

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A partir do empenho do governo, torna-se crucial analisar os impactos sociais que a introdução desta nova cadeia produtiva proporcionará, quanto à geração de emprego e renda. Estimativas iniciais do governo indicam que pelo menos 250.000 famílias passarão a ter emprego no meio rural, considerando tanto a agricultura familiar, quanto os investimentos em expansão da indústria nacional de equipamentos e de pesquisa. Essa inserção social, gerada pelo maior número de empregos, será percebida nas regiões com maior potencial para cultivo de oleaginosas, em especial as regiões Norte e Nordeste (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2005).

Figura 2 - Potencialidade brasileira para produção e consumo de combustíveis vegetais

Fonte: Biodiesel Brasil - 2006

Entretanto o que ainda tem desestimulado os investimentos, principalmente da iniciativa privada, é o alto custo de beneficiamento do biodiesel que continua se mostrando como um obstáculo para o incremento de sua produção. Este custo esta em aproximadamente US$ 0,51/L, ao passo que o óleo diesel derivado do petróleo tem custo aproximado de US$ 0,36/L. Como solução a este entrave, a reutilização de óleo de fritura, domestica ou industrial, mostra-se como uma ótima alternativa de

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redução do custo na produção, além de minimizar o problema de descarte destes produtos (ZHANG et al., 2003).

6 Considerações sobre a produção de Biodiesel

Contando com seu apelo ambiental, vem corroborando resultados de análises laboratoriais que mostram a total eliminação do dióxido de enxofre SO2, diminuição

em 60% da fuligem, emissão de monóxido de carbono e os hidrocarbonetos reduzido em 50%, os hidrocarbonetos poliaromáticos apresentam queda superior a 70% e os gases aromáticos são reduzidos em 15% (BARNWAL, SHARMA, 2005). Porém destaca-se uma questão negativa e pouco comentada que é o consumo de água no processo de purificação do biodiesel. Na fase final de produção, o processo de purificação através da lavagem do produto, com posterior filtração e secagem do biodiesel, faz deste rejeito de lavagem um carreador saturado de resíduos de sabões de sódio ou potássio, alguns ácidos graxos, glicerina, alcoóis e vários outros contaminantes (NOUREDDINI, 2001). Utilizando métodos tradicionais de lavagem, na produção de cada litro de biodiesel, são empregados no mínimo 3 litros de água no processo lavagem, de fato este processo deve ser questionado e ter seu custo ambiental avaliado (DE BONI et al., 2007).

Relatório recente mostra que as reservas de petróleo disponíveis no mundo totalizam 1.383,20 bilhões de barris, sendo o consumo anual está estimado em 87 milhões de barris/dia, chegando à conclusão que estas reservas de petróleo se esgotarão por volta do ano de 2050, apesar destes dados se mostrarem bastante imprecisos (BP, 2011). Além disso, é importante ressaltar que nesse cálculo não foram contabilizados o viés de alta no crescimento do consumo e a possibilidade de não ocorrerem novas descobertas de campos de extração de petróleo, neste caso esse tempo tenderia a diminuir substancialmente. Diante deste cenário que se desenha, a obtenção de energia a partir da biomassa, vem apresentando uma projeção crescente perante a matriz energética mundial, mostrando as estimativas de que até o ano de 2050 o uso de biomassa com combustível deverá dobrar (FISCHER, 2001). Entendendo biomassa como todos os organismos biológicos que podem ser utilizados como fontes de energia: a cana-de-açúcar, o eucalipto, a beterraba, o biogás, lenha e carvão vegetal, além dos óleos vegetais (RAMOS, 2003).

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A Alemanha, além de ser a principal produtora de Biodiesel no mundo, também possui um avançado sistema de regulação ambiental e apresenta diversos avanços na utilização de energia renovável. Contudo, comissários da União Européia (UE), responsáveis pelo clima e energia apresentaram projeto de lei que sugere a redução da porcentagem de biocombustíveis, que tinha como meta atingir 10% até 2020 e com a aprovação da lei não poderia ultrapassar 5%, sendo um projeto desestimulante para a indústria do biocombustível, especialmente a alemã, pois enquanto a média da EU é de 4% de mistura ao combustível convencional a Alemanha já tingiu 6,5% (MARTIN, 2012).

Apesar de parecer um contrassenso, organizações ambientais se mostram muito favoráveis à nova lei, pois para eles o aumento mundial dos preços de alimentos tem relação direta com o aumento de áreas plantadas destinadas à produção de biocombustíveis, o que tem levado a um agravamento da fome mundial. Eles ainda seguem dizendo que áreas destinadas ao pasto contribuem mais para preservação do clima e que plantas destinadas a produção dos biocombustíveis, além de destruírem estas áreas, apresentam balanço climático negativo, ficando assim de fora das estratégias de preservação do clima (MARTIN, 2012).

Considerações finais

Os biocombustíveis mostram-se uma excelente alternativa quando a intenção é exclusivamente a redução de emissão de poluentes na atmosfera, entretanto perde a unanimidade de seus benefícios quando se analisa todo o seu ciclo produtivo. O balanço climático negativo de várias de suas culturas, a sua influência no aumento da fome mundial devido à substituição da área de plantio de alimentos pelos insumos dos biocombustíveis, são questionamentos que ainda carecem de avaliação mais aprofundadas e geram dúvidas quanto aos indiscutíveis benefícios propalados. Diante da impossibilidade de uma solução perfeita mostra-se fundamental um aprofundamento das pesquisas no sentido de melhora a eficiência produtiva, buscando sempre minimizar os efeitos negativos. Em face disso, intervenções dos governos se mostram imprescindíveis, pois os custos de produção, pesquisa e desenvolvimento, ainda se mostram altos para que apenas a iniciativa privada faça os investimentos necessários.

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Imagem

Tabela 1 – Matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel (B100) no Brasil – 2006-2012
Figura 1 - Produção de etanol anidro e hidratado, segundo grandes regiões e unidades da Federação  – 2002 – 2011  05.00010.00015.00020.00025.00030.000 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11
Figura  2  -  Potencialidade  brasileira  para  produção  e  consumo  de  combustíveis  vegetais

Referências

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