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Diagnóstico da atividade pesqueira praticada por pescadores filiados a colônia de pescadores Z-66, do município de Curuá-PA./ Diagnosis of fishing activity practiced by fishermen affiliated with fishermen colony Z-66, from the city of Curuá-PA.

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 2,p.8780-8794 feb. 2020. ISSN 2525-8761

Diagnóstico da atividade pesqueira praticada por pescadores filiados a

colônia de pescadores Z-66, do município de Curuá-PA.

Diagnosis of fishing activity practiced by fishermen affiliated with

fishermen colony Z-66, from the city of Curuá-PA.

DOI:10.34117/bjdv6n2-258

Recebimento dos originais: 30/12/2019 Aceitação para publicação: 21/02/2020

Jaciara da Costa Marinho

Graduanda em Engenharia de Pesca/UFOPA E-mail:jacimrnhep@gmail.com.

Charles Hanry Faria Júnior

Doutor em Ciências Pesqueiras nos Trópicos/UFAM. Professor da Universidade Federal do Oeste do Pará/UFOPA

E-mail:charlesufopa@gmail.com

RESUMO

Na Amazônia, especificamente na região norte do estado do Pará, a pesca artesanal se configura como uma atividade extrativista tradicional, empregada para subsistência e geração de renda a partir da comercialização da produção nos centros urbanos regionais. Portanto, o conhecimento da dinâmica dessa atividade é fundamental para entender os benefícios que proporciona aos usuários diretos e aos pescadores artesanais. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico da pesca do município de Curuá-PA. As informações obtidas foram fornecidas pela Colônia de Pescadores de Curuá (Z-66) e fazem parte dos Relatórios de Exercício de Atividade Pesqueira (REAP's) dos anos de 2018 e 2019, declarados anualmente pelos pescadores a partir da data do seu aniversário. Os dados foram analisados com técnicas da estatística descritiva. Foram analisados 253 relatórios dos pescadores, onde predomina o gênero masculino (66,4%). A idade dos pescadores observada variou de 23 a 60 anos, com média de 42,86 ± 8,78 anos, que declaram trabalhar em regime de economia familiar (96,8%) e em regime de parceria (3,2%). Explotam comercialmente de 50 a 580 kg/mês de peixes, o que resultou em uma média de 333,24 ± 79,06 kg/pescado ao mês e uma produção total declarada de 428.354 kg/ano. Levando em conta o número de pescadores filiados a colônia Z-66 e a quantidade de pescadores do município que possuem Registro Geral da Pesca, a estimativa de produção pesqueira de Curuá é de 3.732 a 6.665 kg de peixes por ano. As capturas foram direcionadas a 29 etnoespécies (duas ou mais espécies no mesmo gênero), com destaque para Leporinus sp., Myleus spp., Mylossoma spp.,

Osteoglossum bicirrhosum, Prochilodus nigricans e Schizodon spp., que correspondem a

51,6% da produção capturada em ambientes de lagos e rios localizados no perímetro do município. Os apetrechos de pesca empregados nas capturas foram as malhadeiras (89,7%), a linha de mão com anzol (7,1%) e a tarrafa (3,2%), sendo a produção comercializada diretamente para os consumidores (86,9%) ou intermediários (13,1%). No processo de captura,

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pescam entre os meses de abril a outubro, e a cada mês dedicam entre 12 a 16 dias na pesca, com média de 12,53 ± 1,37 dias, o que resulta em uma captura por unidade de esforço estimado em média de 26,99 ± 6,86 kg/pescador/dia. A comercialização da produção viabiliza uma receita de R$ 150,00 a R$ 2.455,00 mensal, com média de R$ 1.235,37 ± 357,93/mês. Com base no salário mínimo para o ano de 2018, 42 pescadores podem ter obtido receita inferior a um salário mínimo mensal, 196 entre 1 e 2 salários mínimos e 15 acima de 2 salários mínimos mensais no período estudado. Esses resultados são referenciais para a pesca no município de Curuá e podem auxiliar na gestão do uso dos recursos pesqueiros.

Palavras-chave: Produção declarada; Pesca artesanal; Baixo Amazonas.

ABSTRAT

In the Amazon, specifically in the northern region of the state of Pará, artisanal fishing is

configured as a traditional extractive activity, used for subsistence and income generation from the commercialization of production in regional urban centers. Therefore, knowledge of the dynamics of this activity is fundamental to understand the benefits it provides to direct users and artisanal fishers. In this sense, this work has as objective to a diagnosis of fishing in the city of Curuá-PA. The information obtained was provided by the Curuá Fishermen's Colony (Z-66) and is part of the Fishery Activity Exercise Reports (REAP's) from the years 2018 and 2019, declared annually by the fishermen from the date of their birthday. Data were analyzed using descriptive statistic technique. Were analyzed 253 fishermen reports, where the male gender predominates (66,4%). The age of the fishermen varied was from 23 to 60 years old, with an average of 42,86 ± 8,78 years, who declare working in family economy regime (96,8%) and in parnership regime (3,2%). They commercially exploit of 50 to 580 kg/month of fishs, resulting in an average of 333,24 ± 79,06 kg/fishs per month and a declared total production of 428.354 kg / year. Considering the number of fishermen ffiliated with the Z-66 colony and the number of fishermen in the municipality who have the General Fisherie Register, Curuá's estimated fishery production is 3.732 to 6.665 kg of fishs per year. Catches were directed to 29 ethnospecies (two or more species of the same genus), with spotlight for

Leporinus sp., Myleus spp., Mylossoma spp., Osteoglossum bicirrhosum, Prochilodus nigricans and Schizodon spp. which corresponds to 51,6% of the production captured in lakes

and river environments located in the perimeter of the municipality. The most commonly used fishing gears used in the catch was gillnet (89,7%), line of hand with fish hook (7,1%) and the tarrafa (3,2%), with production being sold directly to consumers (86,9%) or intermediates (13,1%). In the capture process, they fish in between the months from April to October, and each month they devote between 12 to 16 days in fishing, with an average of 12,53 ± 1,37 days, resulting in an estimated catch per unit of effort in average of 26,99 ± 6,86 kg/fisherman/day. The commercialization of the production allow a revenue of R$ 150,00 to R$ 2.455,00 monthly, with an average of R$ 1.235,37 ± 357,93/month. Based on the minimum wage for the year 2018, 42 fishermen may have earned less than one minimum monthly wage, 196 between 1 and 2 minimum wages and 15 above 2 monthly minimum wages in the period studied. These results are referential for fishing in the municipality of Curuá and may help in managing the use of fishing resources.

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1 INTRODUÇÃO

O histórico da pesca na Amazônia remete ao período pré-colonial, quando as populações indígenas se beneficiavam do produto da pesca como uma de suas principais fontes de subsistência e quando o arco e a flecha se destacavam como principal aparelho de captura (SMITH, 1979). A partir da segunda metade do século XX, em decorrência da crise da borracha e da juta (produtos que movimentavam a economia amazônica), aliada ao aumento da demanda de pescado resultante do crescimento demográfico nos grandes centros urbanos, a pesca se consolidou como importante atividade fornecedora de proteína de origem animal, gerando emprego e renda na região (ISAAC e BARTHEM, 1995; RUFFINO, 2005).

Na Amazônia, especificamente na região norte do estado do Pará, a pesca artesanal se configura como uma atividade extrativista tradicional, empregada tanto para subsistência quanto para a comercialização da produção nos centros urbanos regionais. Essa região abriga uma grande diversidade íctica e viabiliza a explotação de um grande quantitativo de pescado, resultado do emprego de multitécnicas de capturas adaptadas ao longo do tempo, de acordo com a necessidade e objetivo da pesca (FURTADO, 1993; FREITAS e RIVAS, 2006; BORCEM et al., 2011, SILVA et al., 2012; COSTA et al., 2013).

O resultado da pesca, o pescado, é considerado a principal fonte proteica empregada na alimentação das populações ribeirinhas amazônicas, sendo o consumo direto estimado em mais de 400g/dia (CERDEIRA et al., 1997; BATISTA et al., 1998; BRAGA et al., 2008). Além disto, exerce uma importância não apenas por ser uma fonte de alimento, mas também pela representatividade social e cultural, com expressiva comercialização do produto em âmbito municipal e regional. Desta forma, a pesca está ligada ao setor produtivo primário também como fonte de emprego e renda, além de fornecer um alimento de boa qualidade nutricional para as populações de baixo poder aquisitivo (SANTOS e SANTOS, 2005; INOMATA e FREITAS, 2015; COELHO et al., 2017).

A compreensão dessa atividade na Amazônia brasileira ainda representa um desafio, sobretudo, quanto aos aspectos da gestão dos recursos pesqueiros e a definição de políticas de

manejo devido as lacunas de informações, o que dificultam a avaliação dos benefícios e

impactos da pesca, tendo em vista a conservação dos recursos pesqueiros (RUFFINO, 2004;

BATISTA et al., 2012; ESPÍRITO-SANTO e ISAAC, 2012).

Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo apresentar um diagnóstico da atividade pesqueira do município de Curuá-PA, levando em consideração a grande escassez

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de informações socioeconômicas da pesca, que podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias de manejo e gestão.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 ÁREA DE ESTUDO

O estudo foi realizado na Colônia de Pescadores (Z-66), localizada na rua Nova de Santana, Centro, S/N, no município de Curuá/PA, mesorregião do Baixo Amazonas, pertencente a microrregião de Santarém (Latitude 1°53’17” Sul e longitude 55°10’11” Oeste), onde residem 12.254 habitantes, distribuídos em uma área de 1431 km2 (IBGE, 2017).

Figura 1. Mapa de localização do município de Curuá/PA. Fonte: Júnior Miranda e Jaciara Marinho (2019).

2.2 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

Os dados foram obtidos com a colaboração da Colônia de Pescadores de Curuá (Z-66), que possibilitou a compilação dos dados contidos nos Relatórios de Exercício de Atividade Pesqueira (REAP's) dos anos de 2018 e 2019, que são declarados anualmente pelos pescadores a partir da data do seu aniversário. Nos relatórios foram selecionadas as informações socioeconômicas do pescador, forma de atuação na pesca, espécies capturadas, produção por espécie, apetrecho utilizado, ambiente de pesca, tempo gasto nas expedições de pesca, valor de comercialização e destino da produção.

Os dados foram armazenados em planilhas eletrônicas do Software Excel 2013 para Windows e analisados com técnicas da estatística descritiva (ZAR, 1999). A determinação da

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captura por unidade de esforço (CPUE) foi realizada segundo a metodologia descrita por Petrere Jr. (1978).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Colônia de Pescadores do município de Curuá (Z-66) possui 1.400 pescadores cadastrados, porém se estima que atuem no município cerca de 2.500 pescadores que possuem o Registro Geral da Pesca (RGP). Desse montante, foram analisados 253 REAP's de pescadores filiados a Colônia Z-66.

Nesse universo amostral predomina a participação masculina (66,4%), uma característica da atividade, como observado por Santos et al. (2018) no município de Viseu-PA. Esse predomínio é resultante da faina exigida na atividade, que demanda esforço físico, além de sujeitar o pescador aos perigos relacionados à saúde e segurança, fatores que podem estar limitando uma maior participação das mulheres, porém elas participam indiretamente na atividade executando o beneficiamento do pescado e auxiliando na manutenção ou confecção de apetrechos de pesca (SANTOS et al., 2011).

A partir da data de nascimento dos pescadores contidos nos REAP's, foi observada que a idade dos pescadores vinculados a Z-66 varia de 23 a 60 anos com média de 42,86 ± 8,78 anos. Um estudo por intervalo de classe de idade confirma o resultado expresso na média de idade dos pescadores e evidencia que a atividade de pesca está sendo desenvolvida por pescadores mais experientes, com pouca participação dos jovens (Figura 2).

Figura 2. Faixa etária dos pescadores filiados a Z-66. Fonte: Autores (2019).

Estudos realizados no lago Juá, distrito do Arapixuna e comunidade Surucuá, em Santarém e na Vila Flexal no município de Óbidos (SILVA e BRAGA, 2016; BRELAZ et al.,

18 76 87 72 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

20 30 anos 30 40 anos 40 50 anos 50 60 anos

F re qu ên ci a abs ol ut a

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2018; CAMPOS, 2018; CORRÊA et al., 2018) apresentaram resultados semelhantes, o que sinaliza que as novas gerações tendem a buscar a inserção em outras atividades laborais, ficando a pesca como opção para os que gostam da atividade, os que desejam permanecer residindo em áreas rurais ou, que não possuem qualificação para buscar outras fontes de renda devido as dificuldades de acesso à educação e, a necessidade de ter iniciado seu aprendizado na pesca desde muito jovens, motivador mais comum em relatos de pescadores mais experientes na atividade pesqueira. Portanto, essa mudança pode resultar do maior acesso que as novas gerações têm em ingressar nas escolas, se qualificar e exercer uma profissão com melhor remuneração, situação que pode levar à desvalorização da atividade, como apontado por Zacardi et al. (2014). Além disso, é comum no relato dos pescadores, o desejo de que seus filhos possam estudar para que exerçam atividades fora da pesca.

Os pescadores de Curuá praticam a pesca no regime de economia familiar (96,8%), onde participa um membro da família ou em regime de parceria (3,2%), quando o pescador conta com a participação de uma pessoa externa a família. No estudo realizado por Lima et al. (2012), nesta atividade é frequente a participação de outros membros da família, geralmente a esposa ou o filho, que é remunerada a partir da divisão do lucro, visto que todos dependem financeiramente da atividade.

Os dados contidos nos REAP's demonstram que os pescadores explotaram comercialmente de 50 a 580 kg/mês ao longo de 8 meses de trabalho entre os anos de 2018 a 2019, o que indica que durante o período de defeso passam 4 meses sem pescar. Esse montante resulta em média 333,24 ± 79,06 kg/pescador a cada mês.

A somatória da produção anual total declarada foi de 428.354 kg de peixes para o universo de pescadores estudados, porém a partir dessas informações e tomando por base a quantidade de pescadores filiados a Z-66 (1.400) e os atuando no município com RGP (2.500), se estima que são produzido anualmente de 3.732 a 6.665 kg de peixes em Curuá.

As capturas se direcionaram a 29 etnoespécies (duas ou mais espécies no mesmo gênero), com destaque para Leporinus sp., Myleus spp., Mylossoma spp., Osteoglossum

bicirrhosum, Prochilodus nigricans e Schizodon spp., que correspondem a 51,6% da produção

capturada no Lago Tucunaré, Lago do Jauari, Lago do Curuá e no Rio Amazonas, de acordo com a variação sazonal do nível das águas. São comercializadas a preços diferenciados, de acordo com a espécie, ao preço de R$ 1,00 a R$ 8,00/kg (Tabela 1).

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Tabela 1. Percentual de captura e valor de comercialização por etnoespécies explotada por pescador da Z-66.

Etnoespécies Nome científico

% de quantidad e mês Preço mínimo/k g Preço máximo/ kg Preço médio ± DesPad/kg Acará Geophagus spp. 0,07 R$ 3,50 R$ 3,50 R$ 3,50 ± 0,00 Acará-açu Astronotus ocelatus 2,29 R$ 1,20 R$ 6,00 R$ 3,51 ±

1,04 Acari-bodó Liposarcus pardalis 0,12 R$ 1,00 R$ 1,00 R$ 1,00 ±

0,00 Aracu Leporinus sp. 10,34 R$ 1,00 R$ 5,00 R$ 2,93 ± 0,76 Aracu Schizodon spp. 10,27 R$ 1,00 R$ 5,00 R$ 2,93 ± 0,76 Aruanã Osteoglossum bicirrhosum 0,76 R$ 1,80 R$ 4,00 R$ 3,39 ± 0,78 Barbado Pirinampus pirinampu 0,06 R$ 2,00 R$ 2,00 R$ 2,00 ±

0,00 Branquinha Curimata amazonica 3,12 R$ 1,50 R$ 5,00 R$ 3,04 ±

0,70 Branquinha Curimata latior 3,12 R$ 1,50 R$ 5,00 R$ 3,02 ±

0,71 Branquinha Curimata inornata 3,12 R$ 1,50 R$ 5,00 R$ 3,04 ±

0,70 Curimatã Prochilodus nigricans 10,56 R$ 2,00 R$ 8,00 R$ 4,65 ±

0,91 Dourada Brachyplatystoma rousseauxii 0,56 R$ 5,00 R$ 8,00 R$ 5,63 ± 1,06 Filhote Brachyplatystoma filamentosum 0,06 R$ 5,00 R$ 5,00 R$ 5,00 ± 0,00 Jaraqui escama fina Semaprochilodus insignis 0,21 R$ 4,00 R$ 5,00 R$ 4,67 ± 0,58 Jaraqui escama grossa Semaprochilodus taeniurus 0,34 R$ 2,50 R$ 5,00 R$ 3,50 ± 1,00 Jatuarana Argonectes scapularis 0,57 R$ 4,00 R$ 7,00 R$ 4,78 ±

0,97 Jatuarana Hemiodopsis argenteus 0,77 R$ 1,00 R$ 7,00 R$ 4,25 ± 1,42 Jatuarana Hemiodus unimaculatus 0,63 R$ 3,00 R$ 7,00 R$ 4,60 ± 1,07 Mapará Hipophthalmus marginatus 7,31 R$ 1,00 R$ 5,00 R$ 1,91 ± 0,50 Matrinxã Brycon amazonicus 0,14 R$ 3,00 R$ 5,00 R$ 4,00 ±

1,41

Pacu Myleus spp. 10,21 R$ 1,50 R$ 6,00 R$ 3,16 ±

0,76 Pacu Mylossoma spp. 10,21 R$ 1,50 R$ 6,00 R$ 3,16 ±

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 2,p.8780-8794 feb. 2020. ISSN 2525-8761 Pescada Plagioscion

squamosissimus 3,60 R$ 1,00 R$ 6,00

R$ 3,36 ± 1,01 Piaba Leporinus piapara 0,38 R$ 1,00 R$ 2,00 R$ 1,43 ±

0,43 Piramutaba Brachyplatystoma vaillantii 0,72 R$ 1,20 R$ 1,50 R$ 1,33 ± 0,13 Pirapitinga Piaractus brachypomus 1,17 R$ 2,00 R$ 8,00 R$ 4,76 ± 1,52 Surubim Pseudoplatystoma spp. 3,64 R$ 3,00 R$ 8,00 R$ 5,35 ± 1,11 Tambaqui Colossoma macropomum 5,45 R$ 3,00 R$ 8,00 R$ 6,11 ± 1,36 Tucunaré Cichla temensis 6,95 R$ 3,00 R$ 8,00 R$ 5,84 ±

1,22

Os pescadores declaram utilizar nas capturas a malhadeira (89,7%), a linha de mão com anzol (7,1%) e a tarrafa (3,2%), direcionando a produção comercializada para os consumidores (86,9%), moradores das comunidades de origem dos pescadores e da cidade de Curuá ou para intermediários (13,1%), atravessadores que têm pontos de comercialização na cidade de Curuá, além das geleiras (barco de pesca comprador) que destinam a produção principalmente ao município de Santarém.

O pulso unimodal de flutuação no nível das águas, característico da Região Amazônica (JUNK et al., 1989), influencia na distribuição dos organismos aquáticos nos diferentes ambientes. Segundo Barthem e Fabré (2004), Cardoso e Freitas (2007), os ambientes de florestas alagadas, como se denominam as áreas de vegetação periodicamente inundadas pelas águas brancas, com exceção dos ambientes de lagos, são os ambientes de pesca mais procurados durante a enchente e principalmente durante a cheia, uma vez que é nesse período em que as águas atingem seu nível máximo, havendo o domínio do ambiente aquático sobre a planície de inundação, e quando os peixes se dispersam a procura de refúgio e alimentação entre a vegetação inundada. Os pescadores detêm conhecimento tradicional sobre o comportamento dos peixes nesses ambientes e buscam executar a pesca próxima as áreas de alimentação, utilizando apetrechos de pesca de acordo com o ambiente e espécie alvo.

O uso das malhadeiras é um fator predominante nas pescarias amazônicas, por ser considerada um instrumento de fácil uso, baixo custo, e dependendo do local de pesca e a espécie alvo, permite a realização de outras atividades produtivas como a agricultura, ou o uso de outro aparelho de pesca, enquanto a malhadeira esta afixada em um determinado ponto do ambiente aquático (BRELAZ et al., 2018; LAURIDO e BRAGA, 2018). Na composição das

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capturas, a maior participação no desembarque das etnoespécies de pacu e aracu são marcantes na região pelo fato de ocorrerem em grandes cardumes, ter sua ecologia conhecida pelos pescadores e ter boa aceitação pela população (LIMA et al., 2016; SILVA e BRAGA, 2016; CORRÊA et al., 2018; LOPES e FREITAS, 2018), porém, o direcionamento da pesca, difere dos resultados obtidos por Zacardi et al. (2014), onde 80,0% dos pescadores da comunidade de Miritituba, município de Itaituba, comercializam sua produção para os atravessadores, enquanto os pescadores de Curuá direcionam suas capturas principalmente para os consumidores.

Como relatado anteriormente, no período de defeso (15 de novembro a 15 de março), estabelecido com base no ciclo reprodutivo das espécies reofílicas (ZACARDI et al., 2015), não há registros de capturas nos REAP's, uma vez que os pescadores relatam praticar a atividade de pesca entre os meses de abril a outubro, desse modo indicando respeitar o período de defeso.

Nos meses que atuam na pesca, dedicam entre 12 a 16 dias nas pescarias, sem dados quantitativos da duração de cada viagem ou de diferença entre períodos sazonais, dessa forma, resultando em uma média de 12,53 ± 1,37 dias pescando a cada mês. Assim, com base na produção individual declarada e do número de dias dedicados a pesca, foi estimada uma captura por unidade de esforço (CPUE) mínima de 4,17 kg/pescador/dia, máxima de 48,33 kg/pescador/dia e média de 26,99 ± 6,86 kg/pescador/dia. Em termos comparativos aos resultados de pescarias descritas para a Região Amazônica (Benjamin Constant, Humaitá, Iranduba, Manicoré e Parintins, no estado do Amazonas, bem como em Alenquer e Óbidos, estado do Pará e Manuel Urbano no Acre), o valor mínimo determinado para a CPUE dos pescadores filiados a Z-66 são inferiores, porém tanto o valor máximo como médio estão entre os referenciados para a região (CARDOSO e FREITAS, 2007; SILVA e CARDOSO, 2014; LIMA et al., 2016; OVIEDO, 2017; BRELAZ, et al., 2018; LAURIDO e BRAGA, 2018; LOPES e FREITAS, 2018), uma medida de produtividade para as pescarias realizadas por pescadores de pequeno porte.

A comercialização da produção viabilizou uma receita total de R$ 314.294,00 ao longo dos 8 meses de pesca, o que representa uma receita mínima de R$ 150,00, máxima de R$ 2.455,00 e média de R$ 1.235,37 ± 357,93/mês por pescador. Tomando como base o salário mínimo para o ano de 2018 (Decreto 9.255/2017), correspondente a R$ 954,00, foi observado que 42 pescadores podem ter obtido receita inferior a um salário mínimo mensal, 196 entre 1 e 2 salários mínimos e 15 acima de 2 salários mínimos mensais no período estudado. Essa

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amplitude na renda, bem como a remuneração em torno de um salário mínimo mensal é uma característica das pescarias realizadas por pescadores de pequena escala, que geralmente atuam no regime de parceria em canoas motorizadas, com baixa autonomia e capacidade de armazenamento da produção (ZACARDI et al., 2014; LIMA et al., 2016; CARDOSO e FARIA-JUNIOR, 2017; SOUSA et al., 2017; RABELO et al., 2017).

4 CONCLUSÃO

Entre os pescadores filiados a Z-66 predomina a participação masculina, com idade média elevada e pouca participação de jovens, o que aponta para a desvalorização da atividade pesqueira.

Na faina da pesca, a mão de obra familiar é a mais empregada, mantendo o rendimento da pesca em benefício familiar, uma vez que a maioria dos pescadores aufere receita entre 1 e 2 salários mínimos mensal.

A produção pesqueira é direcionada para etnoespécies diversas, estimada em mais de 3 toneladas anuais, voltada sobretudo para a população do município. Entre as espécies exploradas predominam os peixes de escama, capturados com malhadeiras, sendo estimada uma CPUE média ajustada aos padrões observados para a pesca de pequena escala na Amazônia, o que mostra o potencial pesqueiro do município.

Os resultados obtidos demostram a importância do pescado no município de Curuá, sendo um dos principais recursos explorados para subsistência e comercialização. O conhecimento gerado sobre aspectos sociais envolvendo a prática pesqueira na região estudada, e com os dados obtidos podem subsidiar o gerenciamento dos recursos pesqueiros, garantindo a sua sustentabilidade.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Colônia de Pescadores Z-66 que permitiu o acesso às informações e apoiou a execução deste estudo.

REFERÊNCIAS

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Imagem

Figura 1. Mapa de localização do município de Curuá/PA. Fonte: Júnior Miranda e Jaciara Marinho (2019)
Figura 2. Faixa etária dos pescadores filiados a Z-66. Fonte: Autores (2019).
Tabela 1. Percentual de captura e valor de comercialização por etnoespécies explotada por pescador da Z-66

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