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Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão sistemática / Pharmaceutical care for private community pharmacy users: Systematic review

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Academic year: 2020

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Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão

sistemática

Pharmaceutical care for private community pharmacy users: Systematic

review

DOI:10.34117/bjdv6n10-340

Recebimento dos originais: 16/09/2020 Aceitação para publicação: 16/10/2020

Wilcléa Mendes da Cruz

Discente. Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Pará. Campus Universitário do Guamá. Rua Augusto Corrêa, 01

Guamá. CEP: 66075-110. Belém, Pará. Fone: (91) 3201-7201 E-mail: cruzwilclea@gmail.com

Luana Melo Diogo de Queiroz

Professora. Doutora. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Pará

E-mail: luka_queiroz@yahoo.com.br

Orenzio Soler

Professor. Doutor. Faculdade de Farmácia. Programa de Pós-Graduação em Assistência Farmacêutica. Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Pará. Campus Universitário do Guamá. Rua Augusto Corrêa, 01. Guamá. CEP: 66075-110. Belém, Pará. Fone: (91) 3201-7201

E-mail: orenziosoler@gmail.com

RESUMO

Introdução: A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte, como resposta

ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica observado na sociedade. Objetivo: Sintetizar evidências sobre intervenções farmacêuticas que proporciona aos utentes de farmácia comunitária privada tratamentos eficientes e com a melhoria da qualidade de vida. Método: Revisão Sistemática e síntese narrativa. Resultado: Observou-se redução da prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados, melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros, melhoria da adesão ao tratamento, redução de eventos adversos a medicamentos, de interações medicamentos-medicamentos e de resultados negativos em saúde associados a medicamentos-medicamentos, redução de consultas ambulatoriais, de visitas a serviços de urgências e emergências, de internações hospitalares, de morbidade, mortalidade, melhoria do estado de saúde, da qualidade de vida e redução de custos de medicamentos. Conclusão: Os achados neste estudo quanto as intervenções farmacêuticas (profissionais, organizacionais, financeiras, governamentais e multifacetadas) permitem afirmar que há evidências quanto aos desfechos clínicos, de acesso e equidade aos serviços, epidemiológicos, humanísticos e econômicos.

Palavras-chave: Revisão sistemática, Farmácia Comunitária, Assistência Farmacêutica,

Intervenções farmacêuticas, Cuidado Farmacêutico.

ABSTRACT

Introduction: The expansion of the pharmacist's clinical activities occurred, in part, as a response to

the phenomenon of demographic and epidemiological transition observed in society. Objective: To synthesize evidence on pharmaceutical interventions that provides users of private community

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pharmacies with efficient treatments and with the improvement of quality of life. Method: Systematic review and narrative synthesis. Result: There was a reduction in the prescription of potentially inappropriate drugs, improved use of appropriate and safe drugs, improved adherence to treatment, reduction of adverse drug events, drug-drug interactions and negative results associated with medications, reduction of outpatient visits, visits to urgent and emergency services, hospital admissions, morbidity, mortality, improvement of health status, quality of life and drug cost reduction. Conclusion: The findings in this study regarding pharmaceutical interventions (professional, organizational, financial, governmental, and multifaceted) allow us to affirm that there is evidence regarding the clinical, access and equity of services, epidemiological, humanistic, and economic.

Keywords: Systematic review, Community pharmacy, Pharmaceutical care, Pharmaceutical

interventions, Pharmaceutical Care.

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que na década de 1960 houve um movimento denominado Farmácia Clínica conduzido por estudantes e professores da Universidade de São Francisco (EUA), objetivando a aproximação do farmacêutico ao paciente e à equipe de saúde, possibilitando o desenvolvimento de habilidades relacionadas à farmacoterapia no âmbito hospitalar.

Em função da transição demográfica e do perfil de morbimortalidade relativo aos agravos transmissíveis e não transmissíveis, o campo da saúde exigiu um novo perfil do farmacêutico. Nesse contexto, a filosofia do Pharmaceutical Care vem sendo incorporada nos níveis de atenção à saúde a partir da década de 1970. O farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto ao paciente, promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias em saúde, redefinindo sua prática a partir das necessidades dos pacientes, família, cuidadores e sociedade(1).

Compreende-se a Atenção Farmacêutica ou Cuidado Farmacêutico como um modelo de prática profissional que consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos em resposta à terapêutica prescrita, que melhorem a qualidade de vida do paciente. Busca prevenir ou resolver os problemas farmacoterapêutico de maneira sistematizada e documentada. Envolve o acompanhamento do paciente com dois objetivos principais: a) responsabilizar-se junto com o paciente para que o medicamento prescrito seja seguro e eficaz, na posologia correta e resulte no efeito terapêutico desejado; b) atentar para que, ao longo do tratamento, as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis e quando surgirem, que possam ser resolvidas imediatamente(3, 4).

A partir do século XXI, em função do novo cenário demográfico e epidemiológico, surgiu a necessidade de se ampliar a cobertura dos serviços de saúde, incrementando sua capacidade de resolução. Assim, sendo, houve uma reorientação dos perfis dos profissionais da saúde, em especial dos farmacêuticos. Esse movimento vem demandando alterações nos marcos de regulação sanitária

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em vários países. Hoje se permite que o farmacêutico intervenha nas estratégias farmacoterapêuticas dos pacientes(3, 4).

Hoje a Farmácia Comunitária é um estabelecimento de prestação de Serviços Farmacêuticos de interesse público e/ou privado, articulada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e destinada a prestar assistência farmacêutica e orientação sanitária individual ou coletiva, onde se processe a manipulação e/ou dispensação de produtos e correlatos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnósticos(4, 5, 6).

O ambiente destinado aos Serviços Farmacêuticos deve ser distinto daquele destinado à dispensação e à circulação de pessoas em geral, devendo o estabelecimento dispor de espaço específico para esse fim. O consultório farmacêutico deve garantir a privacidade e o conforto dos usuários, possuindo dimensões, mobiliário e infraestrutura compatíveis com as atividades e serviços a serem oferecidos(4, 5, 6).

Os Serviços Farmacêuticos são realizados por meio de Intervenções Farmacêuticas. Isto ocorre quando o profissional realiza o monitoramento farmacoterapêutico; ou seja, é um processo contínuo, que identifica e resolve problemas relacionados com os medicamentos, realizando intervenções que visam aumentar a efetividade e diminuir os riscos da farmacoterapia(8).

Neste contexto, o objetivo deste estudo foi sintetizar evidências sobre intervenções farmacêuticas que proporcionem aos utentes de farmácias comunitárias privadas tratamentos eficientes e com a melhoria da qualidade de vida.

2 MÉTODOS

Trata-se de uma Revisão Sistemática e Síntese Narrativa, que se fundamenta na identificação, seleção e avaliação da qualidade de evidências(12; 13). A busca foi elaborada com base na pergunta

“Há evidências sobre os efeitos da intervenção farmacêutica, quanto a eficiência e a melhoria da qualidade de vida de utentes de farmácia comunitária privada?”. Para isso, montou-se uma estratégia de busca nas bases Cochrane Library, Epistemonikos, Health Evidence, Health Systems Evidence, Biblioteca Virtual de Saúde e Google Scholar; incluindo Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). 2015 a 2019 foi o recorte temporal. Os idiomas foram restritos para português, espanhol e inglês.

A busca incluiu os domínios “Pharmaceutical Care”, “Pharmaceutical Interventions”, “Follow up Pharmaceutical”, “Pharmaceutical Services” e “Private Community Pharmacy”, sendo adaptada para as distintas bases eletrônicas, utilizando-se dos operadores booleanos OR e AND. As estratégias de buscas estão detalhadas e disponíveis no Material Suplementar 1.

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O acrônimo PICO foi utilizado para filtrar os critérios de inclusão: População (P): População adulta de 35 a 59 anos; Intervenção (I): Intervenções farmacêuticas (organizacionais, profissionais, regulatórias, financeiras e multifacetadas) visando o uso com qualidade de medicamentos, melhor eficiência do tratamento e aumento da qualidade de vida; Controle (C): Não intervenção farmacêutica ou qualquer outro tipo de intervenção; Desfecho (O): Evidências clínicas, epidemiológicas, de acesso (output), humanísticas e econômicas. A triagem dos títulos e resumos recuperados foram selecionados de forma independente pelos autores, respeitando-se os critérios de inclusão. Quaisquer incertezas ou desentendimentos remanescentes foram resolvidos por consenso através do diálogo entre os autores. Os artigos de texto completo foram recuperados, os dados extraídos e a qualidade dos artigos avaliada. Definições relacionadas a assistência farmacêutica e cuidado farmacêutico estão disponível no Material Suplementar 2.

O Mendeley Desktop® foi utilizado como gerenciador de referências. A Plataforma Rayyan® foi utilizada para fazer a triagem e seleção dos artigos. O Prisma Flow Diagram® foi utilizado para descrever o fluxo de informações através das diferentes fases da revisão sistemática (Figura 1). O PROGRESS® foi utilizado para identificar determinantes sociais e de equidade. Uma planilha Excel® foi utilizada para organizar dados e informações do artigo; tais como: Nome do artigo; Nome dos autores; Revista e ano de publicação; Objetivo do estudo; Desenho ou método do estudo; Métodos estatísticos utilizados; Tipos de intervenções avaliadas; Resultados (desfechos); Avaliação da qualidade do artigo; Identificação de Vieses; Inclusão de países de alta, média e baixa renda; em especial o Brasil; Determinantes sociais e de equidade; Conclusão e contribuição do estudo; Uso de referências atualizadas; Lacunas e limitações do estudo; Perguntas não respondidas pelos autores; Conflitos de interesse, facilitando, assim a síntese narrativa. As referências excluídas estão relacionadas no Material Suplementar 3.

A avaliação da qualidade dos estudos incluídos foi realizada através das ferramentas AMSTAR (Avaliação da Qualidade de Revisões Sistemáticas Múltiplas), AEAE (Avaliação de Estudos de Avaliação Econômica), AQET (Avaliação de Qualidade de Estudos Transversais), AECR (Avaliação de Estudo Controlado Randomizado), AQRI (Avaliação de Qualidade de Revisão Integrativa) e AECNR (Avaliação de Qualidade de Estudo Controlado Não Randomizado). Os quadros de avaliação da qualidade dos artigos selecionados estão disponível no Material Suplementar 4.

De acordo com a Resolução do CNS n° 466, de 12 de dezembro de 2012 e da Resolução CNS nº 510, de 07 de abril de 2016, não foi necessário o registro no Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos (SISNEP) via Plataforma Brasil.

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3 RESULTADOS

4 Estudos clínicos controlados randomizados, 3 Estudos transversais, 2 Revisões Integrativas, 4 Revisões sistemáticas e 1 Revisão sistemática com metanálise. Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canada, China, Emirados Árabes Unidos, Escócia, Espanha, EUA, Holanda, Hong Kong, Índia, Itália, Jordânia, Malásia, Nigéria, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça, Tailândia e Taiwan; ou seja, há estudos feitos nos cinco continentes em países de baixa, média e alta renda. O perfil, qualidade e características dos artigos selecionados estão apresentados na Tabela 1.

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Tabela 1 - Qualidade, perfil e características dos artigos selecionados (Continua) ARTIGO

QUALIDADE OBJETIVO MÉTODO CONCLUSÃO

Ahumada-Canale et al, (2019)(11)

AMSTAR: 8/10

Avaliar as evidências econômicas da saúde com base em ensaios clínicos

randomizados de

medicamentos liderados por farmacêuticos revisão em fatores de risco para doenças cardiovasculares gerenciadas por farmacoterapia, especificamente hipertensão, diabetes mellitus Tipo-2. e dislipidemia.

Revisão sistemática

A revisão de utilização de medicamentos liderada por farmacêuticos provou ser rentável em vários estudos em diferentes contextos. Os tomadores de decisão são aconselhados a realizar avaliações econômicas locais, refletindo as lacunas observadas nesta revisão sistemática.

Asayuta et al (2018)(12).

AMSTAR: 7/11

Identificar custos, desfechos e perspectivas associadas à incorporação dos serviços de farmácia comunitários no Sistema Nacional de Seguro de Saúde da Tailândia.

Revisão sistemática

Os serviços comunitários de farmácia melhoraram os resultados para pacientes diabéticos e hipertensos. Esta revisão apoia a viabilidade de incorporar farmácias comunitárias no Sistema Nacional de Saúde da Tailândia.

Manfrin et al (2017)(13).

AQECCR: 10/14

Avaliar a eficácia e custo-efetividade das Revisões de Uso de Medicamentos fornecidas por farmacêuticos comunitários em asma.

Estudo clínico controlado randomizado

Esta intervenção farmacêutica comunitária demonstrou eficácia e custo-efetividade. Desde então, foi implementado como o primeiro serviço cognitivo de farmácia comunitária na Itália.

Aguiar et al (2016)(14). AMSTAR: 9/11 Avaliar o efeito de intervenções farmacêuticas no controle glicêmico em pacientes diabéticos Tipo-2.

Revisão sistemática

As intervenções farmacêuticas melhoram o controle glicêmico em pacientes com diabetes Tipo-2 em comparação com os cuidados usuais, sugerindo que pacientes mais jovens ou com níveis mais altos de HbA1c na linha de base podem ser os principais beneficiários do tratamento farmacêutico.

Malet-Larrea et al (2016)(15).

AQECLR: 8/14

Avaliar o impacto da revisão de medicamentos fornecido pelo serviço de acompanhamento em farmácia comunitária a pacientes idosos polimedicados. Ensaio clínico controlado randomizado A revisão de medicamentos fornecido por farmacêuticos comunitários é uma estratégia eficaz para equilibrar a garantia do benefício medicamentos e prevenção de hospitalizações relacionadas a medicamentos em pacientes idosos em uso de polifarmácia.

Messerli et al (2016)(16).

EQCCNR: 9/12

Avaliar o impacto de serviços cognitivos com foco no uso de medicamentos e adesão ao tratamento. Ensaio clínico controlado não randomizado Os serviços cognitivos demonstraram ter efeitos positivos, em especial para a adesão ao tratamento. Luisetto et al (2015)(17). AQRI: 4/11 Relatar a importância de farmacêuticos clínicos na equipe médica. Revisão integrativa Recomenda-se que os

farmacêuticos devem assumir um papel mais ativo e ajudar os médicos a usar seus conhecimentos quando ao trabalho terapêutico de uma maneira mais racional.

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Meid et al (2015)(20).

AMSTAR: 11/11

Realizar uma metanálises de ensaios controlados para avaliar o impacto de intervenções de assistência farmacêutica em pacientes idosos. Revisão sistemática e metanálise As intervenções de assistência farmacêutica, incluindo análises de medicamentos, podem reduzir significativamente a subutilização de medicamentos em idosos. O uso de instrumentos de triagem clínica ,isoladamente ou em combinação, é altamente recomendável para a prática clínica. Nazar et al (2015)(21). AMSTAR: 9/11 Avaliar e quantificar sistematicamente os efeitos de intervenções em farmácias comunitárias para pacientes em alta hospitalar.

Revisão sistemática

Há evidências de que intervenções, incluindo um farmacêutico comunitário, podem melhorar os problemas relacionados a medicamentos após a alta. No entanto, o impacto em outros desfechos não são consistentes.

Rose et al (2015)(22).

AQECCR: 11/14

Fornecer dados sobre os efeitos de um gerenciamento

de terapias com

medicamentos em relação à qualidade da terapia, qualidade de vida, custos e custo-efetividade. Estudo clínico controlado randomizado Revisão de Medicamentos e Gerenciamento de Terapia com Medicamentos está evoluindo como os serviços mais importantes em assistência farmacêutica e tem um forte potencial para fornecer um grande benefício para os pacientes e a sociedade. Gerenciamento de Terapia com Medicamentos só pode ser executado em um ambiente interprofissional e colaborativo. Para a Alemanha, os dados ainda são insuficientes.

Scott et al (2015)(23).

AQRI: 4/11

Minimizar a polifarmácia e melhorar os resultados dos pacientes.

Revisão Integrativa

Regimes de descontinuação de prescrições e monitoramento de pacientes melhora os resultados e minimiza o aparecimento de efeitos adversos a medicamentos. A adoção de um protocolo de prescrição nos cuidados clínicos tem seus desafios, mas também um potencial considerável para aliviar sofrimento e incapacidade desnecessários em pacientes idosos. Silva et al (2015)(24). AQET: 4/7 Avaliar a necessidade de implementação de cuidados farmacêuticos em idosos institucionalizados e polimedicados. Estudo transversal Os resultados reforçam a necessidade de implementação de serviços de assistência farmacêutica a idosos institucionalizados, necessários para melhorar a eficácia dos medicamentos

segurança, melhores resultados clínicos e redução de custos.

Wood et al (2015)(25)

AQET: 5/7

Explorar opiniões dos idosos sobre o fornecimento atual de serviços farmacêuticos em farmácias comunitárias, identificando potenciais melhoria. Estudo transversal

Este estudo contribui com alguns dados qualitativos sobre as opiniões de idosos acerca das farmácias comunitárias. Pode haver implicações de planejamento para o tamanho das futuras farmácias comunitárias e a gama de serviços prestados. As

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farmácias comunitárias talvez precisem assumir um papel mais proativo na promoção de serviços inovadores para idosos que possam se beneficiar com esses serviços.

Wright et al (2015)(26).

AQET: 5/7

Avaliar o efeito do serviço de farmácia comunitária em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica.

Estudo transversal

Os resultados sugerem que o serviço melhorou a efetividade dos medicamentos nos pacientes e que foi rentável.

Fonte: Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão sistemática, 2020.

SÍNTESE DAS EVIDÊNCIAS SOBRE INTERVENÇÕES RELACIONADAS A DESFECHOS CLÍNICOS

Intervenções Profissionais

Manfrin et al (2017)(13) e Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções junto aos

prescritores por meio da análise e/ou avaliação de casos clínicos proporciona melhoria da adesão ao tratamento.

Meid et al (2015)(18) e Nazar et al (2015)(19) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da análise e/ou avaliação de casos clínicos proporciona a redução de Resultados Negativos de Saúde Associados a Medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12), Rose et al (2015)(20), Scott et al (2015)(21) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a redução de prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados e a melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros.

Manfrin et al (2017)(13), Aguiar et al (2016)(14), Messerli et al (2016)(16), Scott et al (2015)(21) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Scott et al (2015)(21) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções junto aos prescritores

por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a redução de eventos adversos a medicamentos e reações adversas a medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Scott et al (2015)(21) registram que intervenções junto aos

prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a redução de interações medicamentos-medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Aguiar et al (2016)(14), Meid et al (2015)(18), Nazar et al (2015)(19), Rose et al (2015)(20), Scott et al (2015)(21) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

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Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções junto aos prescritores por meio de intervenções educativas proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Asayuta et al (2018)(12) registram que intervenções educativas para os usuários e/ou cuidadores proporciona a melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros.

Aguiar et al (2016)(14) e Messerli et al (2016)(16) registram que intervenções educativas para

os usuários e/ou cuidadores proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Asayuta et al (2018)(12) registram que intervenções

educativas para os usuários e/ou cuidadores proporciona a redução de interações medicamentos-medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12) e Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções educativas para os usuários e/ou cuidadores proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Intervenções Organizacionais

Malet-Larrea et al (2016)(15) e Messerli et al (2016)(16) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio da busca ativa de dados e informações do utente proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Meid et al (2015)(18) e Nazar et al (2015)(19) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio da busca ativa de dados e informações do utente proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a redução da prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados e melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros.

Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio de

sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Aguiar et al (2016)(14) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a redução de interações medicamentos-medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Aguiar et al (2016)(14), Meid et al (2015)(18) e Nazar et al (2015)(19) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

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Rose et al (2015)(20) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio do uso de ferramentas de triagem de risco proporciona a redução de prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados e a melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros e da adesão ao tratamento.

Meid et al (2015)(18), Nazar et al (2015)(19) e Rose et al (2015)(20) registram que intervenções utilizando TI + Comunicação por meio do uso de ferramentas de triagem de risco proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Aguiar et al (2016)(14) e Rose et al (2015)(20) registram que

o cuidado farmacêutico proporciona a redução de prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados e a melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros.

Asayuta et al (2018)(12), Aguiar et al (2016)(14), Malet-Larrea et al (2016)(15), Messerli et al (2016)(16), Rose et al (2015)(20) e Wright et al (2015)(24) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a melhoria da adesão ao tratamento.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12) e Aguiar et al (2016)(14) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a redução de interações medicamentos-medicamentos. Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12), Aguiar et al (2016)(14), Meid et al (2015)(18), Nazar et al (2015)(19), Rose et al (2015)(20) E Silva et al (2015)(22) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Intervenções Financeiras

Nazar et al (2015)(19) registram que intervenções financeiras proporciona a redução de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Intervenções multifacetadas

Rose et al (2015)(20) e Scott et al (2015)(21) registram que intervenções multifacetadas

proporciona a redução de prescrição de medicamentos inapropriados, melhora do uso de medicamentos apropriados e seguros e da adesão ao tratamento e a redução de eventos adversos a medicamentos, de reações adversas a medicamentos e de resultados negativos de saúde associados a medicamentos.

Gestão Técnica de Medicamentos

Não registrado evidências.

Intervenções Governamentais

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Tabela 2 - Intervenções e evidências de desfechos clínicos INTERVENÇÕES DESFECHOS CLÍNICOS Polifarmácia: Erros de Medicação Adesã o

Problemas Relacionados aos Medicamentos Redução da Prescriçã o de MPI* Melhor a do Uso de MAS* * Melhor a da Adesão Reduçã o de EAM** * Reduçã o de RAM+ Reduçã o de IMM+ + Redução de RNSAM++ + In te r ve n ç õe s P r of is si on ai s Prescritores ± Análise e/ou Avaliação de Caso Clínico (-) (-) (13) (14) (-) (-) (-) (18) (19) Revisão da Utilização de Medicament os (11) (12) (20) (21) (22) (11) (12) (20) (21) (22) (13) (14) (16) (21) (22) (21) (22) (21) (22) (11) (21) (11) (14) (18) (19) (20) (21) (22) Intervenções Educativas para os Prescritores (-) (-) (14) (-) (-) (-) (-) Usuários e cuidadores± ± Intervenções Educativas para os Usuários e/ou Cuidadores (-) (11) (12) (14) (16) (-) (-) (11) (12) (11) (12) (14) In te r ve n ç õe s O r gan iz a c ion a is TI + Comunicaçã o Busca Ativa de Dados e Informações do Utente (-) (-) (15) (16) (-) (-) (-) (18) (19) Serviços de Informações sobre Medicament os (-) (-) (-) (-) (-) (-) Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (11) (14) (11) (14) (14) (-) (-) (11) (14) (11) (14) (18) (19) Uso de Ferramentas de Triagem de Risco (20) (22) (20) (22) (20) (22) (-) (-) (-) (18) (19) (20)

(12)

Cuidado Farmacêutico (11) (14) (20) (11) (14) (20) (12) (14) (15) (16) (20) (24) (-) (-) (11) (12) (14) (11) (12) (14) (18) (19) (20) (22) Gestão Técnica de Medicamentos† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) Intervenções Financeiras†† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (19) Intervenções Governamentais††† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) Intervenções multifacetadas (20) (21) (20) (21) (20) (21) (20) (21) (20) (21) (20) (21) (20) (21) Legenda: ( ) = Referências e suas evidências. * = Não foi estudado e/ou não há evidências. * = Medicamentos Potencialmente Inapropriados. ** = Medicamentos Apropriados e Seguros. *** = Eventos Adversos a Medicamentos. + = Reações Adversas a Medicamentos. ++ = Interações Medicamentos-Medicamentos. +++ = Resultados Negativos de Saúde Associados a Medicamentos. † Logística do Medicamento. †† = Programas de incentivo para mudanças na prática da prescrição. ††† = Intervenções regulatórias: políticas governamentais que regulam a prescrição de medicamentos. ± = Direcionadas aos prescritores. ± ± = Direcionadas aos usuários e cuidadores. ± ± ± = Uso de tecnologia de informação e de comunicação.

Fonte: Fonte: Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão sistemática, 2020.

SÍNTESE DAS EVIDÊNCIAS SOBRE INTERVENÇÕES RELACIONADAS A DESFECHOS EPIDEMIOLÓGICOS, HUMANÍSTICOS, ECONÔMICOS E DE ACESSO A SERVIÇOS

Intervenções Profissionais

Manfrin et al (2017)(13) e Meid et al (2015)(18) registram que intervenções junto aos

prescritores por meio da análise e/ou avaliação de casos clínicos proporciona a melhoria do estado de saúde.

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da análise e/ou avaliação de casos clínicos proporciona a melhoria da qualidade de vida e a redução de custos de medicamentos.

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a redução de internações hospitalares e o tempo de internação.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Manfrin et al (2017)(13) e Silva et al (2015)(22) registram que

intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de medicamentos proporciona a melhoria do estado de saúde e da qualidade de vida.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Manfrin et al (2017)(13), Malet-Larrea et al (2016)(15) e Silva et al (2015)(22) registram que intervenções junto aos prescritores por meio da revisão da utilização de

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Asayuta et al (2018)(12) registram que intervenções educativas para os usuários proporciona a melhoria do estado de saúde e da qualidade de vida.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) e Asayuta et al (2018)(12) registram que intervenções educativas para os usuários proporciona a redução de custos com medicamentos.

Intervenções Organizacionais

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que o uso de TI + Comunicação por meio da busca

ativa de dados e informações do utente proporciona a redução de internações hospitalares e o tempo de internação.

Meid et al (2015)(18)) registram que o uso de TI + Comunicação por meio da busca ativa de dados e informações do utente proporciona a melhoria do estado de saúde.

Meid et al (2015)(18)) registram que o uso de TI + Comunicação por meio de serviços de informações sobre medicamentos proporciona a melhoria do estado de saúde.

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que o uso de TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a redução de internações hospitalares e o tempo de internação.

Meid et al (2015)(18) registram que o uso de TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a melhoria do estado de saúde.

Asayuta et al (2018)(12) registram que o uso de TI + Comunicação por meio de sistemas de suporte à decisão clínica proporciona a redução de custos com medicamentos.

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que o uso de TI + Comunicação por meio do uso de ferramentas de triagem de risco proporciona a redução de internações hospitalares e o tempo de internação.

Meid et al (2015)(18) registram que o uso de TI + Comunicação por meio do uso de ferramentas

de triagem de risco proporciona a melhoria do estado de saúde.

Asayuta et al (2018)(12) registram que o uso de TI + Comunicação por meio do uso de

ferramentas de triagem de risco proporciona a redução de custos com medicamentos.

Malet-Larrea et al (2016)(15) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a redução de internações hospitalares e o tempo de internação.

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12), Manfrin et al (2017)(13), Aguiar et

al (2016)(14), Wood et al (2015)(23) e Wright et al (2015)(24) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a melhoria da qualidade de vida.

(14)

Ahumada-Canale et al, (2019)(11), Asayuta et al (2018)(12), Malet-Larrea et al (2016)(15), Luisetto et al (2015)(17) e Wright et al (2015)(24) registram que o cuidado farmacêutico proporciona a

redução de custos com medicamentos.

Luisetto et al (2015)(17) registram queGestão Técnica de Medicamentos proporciona a redução de custos com medicamentos.

Intervenções multifacetadas

Ahumada-Canale et al, (2019)(11) registram que intervenções multifacetadas proporciona a

redução de custos com medicamentos.

Intervenções Financeiras

Não registrado evidências.

Intervenções Governamentais

Não registrado evidências.

Tabela 3 - Intervenções e as evidências de desfechos de acesso aos serviços, epidemiológicos, humanísticos e econômicos

INTERVENÇÕES

DESFECHO DE ACESSO AOS SERVIÇOS (Output) DESFECHOS EPIDEMIOLÓG ICOS DESFECHOS HUMANÍSTICOS DESFECH OS ECONÔM ICOS Cons ultas * Visi tas ** Urgên cia *** Internaç ões hospital ares ∞ Tempo de internaç ão ∞∞ Reduç ão de Morbi dade Redução de Mortalid ade Melhoria do Estado de Saúde± Melhori a da Qualida de de Vida±± Redução de Custos com Medicamen tos In te r ve n ç õe s P r of is si on ai s Pre sc ri to r e s Análise e/ou Avaliação de Caso Clínico (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (13) (18) (13) (13) Revisão da Utilização de Medicamentos (-) (-) (-) (15) (15) (-) (-) (11) (13) (22) (11) (13) (22) (11) (13) (15) (22) Intervenções Educativas† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) U su ár i os †† Intervenções Educativas†† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (12) (12) (11) (12) In te r ve n ç õe s O r gan iz a c ion ai s TI + C omu n ic a ç ão ††† Busca Ativa de Dados e Informações do Utente (-) (-) (-) (15) (15) (-) (-) (18) (-) (-)

(15)

Serviços de Informações sobre Medicamentos (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (18) (-) (-) Sistemas de Suporte à Decisão Clínica (-) (-) (-) (15) (15) (-) (-) (18) (-) (12) Uso de Ferramentas de Triagem de Risco (-) (-) (-) (15) (15) (-) (-) (18) (-) (12) Cuidado Farmacêutico (-) (-) (-) (15) (15) (-) (-) (-) (11) (12) (13) (14) (23) (24) (11) (12) (15) (17) (24) Gestão Técnica de Medicamentos (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (17) Intervenções Financeiras†††† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) Intervenções Governamentais††††† (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) Intervenções multifacetadas (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (-) (11)

Legenda: ( ) = Referências e suas evidências. (-) = Não foi estudado e/ou não há evidências. * = Redução de Consultas ambulatoriais. ** = Redução de visitas domiciliares. *** = Redução de visitas aos serviços de urgência e emergência. ∞ = Redução de internações hospitalares. ∞ ∞ = Redução de Tempo de Internação Hospitalar. ± = Em relação aos desfechos clínicos e desfechos substitutos. ±± = Relacionada à Saúde HRQoL. † = Direcionadas aos prescritores. †† = Direcionadas aos usuários e/ou cuidadores. ††† = Tecnologia da informação + comunicação. †††† = Programas de incentivo para mudanças na prática da prescrição. ††††† = Intervenções Regulatórias: políticas governamentais que regulam a prescrição.

Fonte: Fonte: Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão sistemática, 2020.

Determinantes sociais e de equidade

Quanto aos determinantes sociais e de equidade, observa-se que os parâmetros apresentados abordam predominantemente local de residência; sem mencionar se vivem em zona urbana ou rural, raça/etnia/cultura/idioma e sexo/gênero (Tabela 4). Assim, em geral, os estudos incluídos não apresentam a análise de subgrupos quanto aos determinantes sociais e equidade.

(16)

Tabela 4 - Determinantes sociais e de equidade.

ARTIGO

DETERMINANTES SOCIAIS E DE EQUIDADE

P R O G R E S S Ahumada-Canale et al, (2019)(11) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Asayuta et al (2018)(12) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Manfrin et al (2017)(13) (+) (-) (+) ♀♂ (-) (+) (-) (-) Aguiar et al (2016)(14) (+) (-) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Malet-Larrea et al (2016)(15) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Messerli et al (2016)(16) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Luisetto et al (2015)(17) (+) (-) (+) ♀♂ (-) (+) (-) (-) Meid et al (2015)(18) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Nazar et al (2015)(19) (+) (-) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Rose et al (2015)(20) (+) (+) (+) ♀♂ (-) (+) (-) (-) Scott et al (2015)(21) (-) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Silva et al (2015)(22) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Wood et al (2015)(23) (+) (+) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-) Wright et al (2015)(24) (+) (-) (-) ♀♂ (-) (-) (-) (-)

Legenda: P = Local de residência; R= Raça/Idade; O = Ocupação; G = Sexo/gênero; R = Religião; E = Educação; S =

Estado socioeconômico; S = Capital social. ♂ = masculino; ♀ = feminino. (+) = aborda; (-) = não.

Fonte: Cuidado farmacêutico para utentes de farmácia comunitária privada: Revisão sistemática, 2020.

4 DISCUSSÃO

O papel do farmacêutico vem passando por profundas mudanças nos últimos anos. Há uma tendência de que os farmacêuticos estão deixando de ter suas atribuições orientadas para os medicamentos enquanto produtos para estarem direcionados para os serviços de cuidados farmacêuticos. Hoje, observa-se uma série interessante de artigos descrevendo serviços relacionados as farmácias comunitárias em vários países(25, 26, 27).

Martins et al., (2015)(24), em estudo transversal feito em 27 (100%) países europeus, relatam

que em 19 (70,4%) há serviços farmacêuticos. Destes, 17 (62,9%) seguem critérios demográficos para a oferta de serviços de cuidado farmacêutico, em especial pelo serviço público de saúde. Em adição, 93,8% disponibilizam programas de cessação do tabagismo, 81,3% de gerenciamento de resíduos de medicamentos e 77,8% de assistência farmacêutica para doenças específicas. Por fim, informam que ainda existe diferenças entre as práticas do cuidado farmacêutico na Europa;

(17)

justificadas pelas diferenças relacionadas aos aspectos jurídicos e questões de remuneração, impactando no rol de serviços disponíveis pelas farmácias comunitárias em cada país.

Há que se aprimorar o papel do farmacêutico, privilegiando o seu saber integrado contemporâneo das políticas de saúde, fortalecendo sua práxis profissional responsável e engajada com a realidade social e seu impacto social e econômico para a sociedade. Mudar o foco da prática farmacêutica para garantir uma farmacoterapia racional e segurança para o paciente aumenta o nível de responsabilidade do farmacêutico e da farmácia comunitária, exigindo filosofias e mudanças estruturais, organizacionais e funcionais(27). Perpassa, também, pela inteligência racional, emocional

e espiritual; em especial pela atividade cognitiva do farmacêutico devendo ser aplicada para a efetividade do tratamento e melhoria da qualidade de vida do paciente(17).

Implicações para a pesquisa

Encoraja-se novos estudos que permitam comparar os distintos tipos de intervenções e seus respectivos desfechos, predizendo melhor a análise de custo-utilidade a partir da perspectiva social.

Preconiza-se que seja explicitamente indicado nos métodos, os recursos envolvidos em todo o processo; ou seja, custos diretos, como farmacêuticos, o tempo de outros profissionais ou técnicos, custos com medicamentos, intervenções, visitas às urgências, internações, treinamento, exames laboratoriais e, custos indiretos; tais como, perda de produtividade, transporte de pacientes e de prestadores de cuidados, entre outros. Para representar com a maior precisão possível os custos de oportunidade para a população-alvo, uma análise de incerteza precisa ser realizada para garantir que as informações entregues aos tomadores de decisão acrescentaram valor para a seleção de intervenções em saúde.

Não foi encontrado evidências quanto as intervenções governamentais e financeiras. Estudos precisam ser aprimorados visando consubstanciar novos marcos regulatórios e implementos financeiros para o contínuo aperfeiçoamento dos serviços de cuidados farmacêuticos no contexto das farmácias comunitárias privadas.

Implicações para as políticas e programas

Observa-se que há literatura evidenciando tipos de intervenções farmacêuticas que proporciona aos utentes de farmácias comunitárias tratamentos eficientes e com a melhoria da qualidade de vida entre outros desfechos clínicos, epidemiológicos, de acesso e equidade aos serviços, humanístico e econômicos. Encoraja-se a implantação e implementação de políticas informadas por evidências; em especial, aquelas fundamentadas na eficácia dos fármacos, efetividade do medicamentos e eficiência dos tratamentos.

(18)

Limitações e viés

Como limitação, pode-se registrar fatores relacionados aos distintos desenhos de pesquisas, qualidade das evidências, dificuldade de comparação dos achados e a possibilidade de se ter perdido estudos potencialmente elegíveis devido as distintas sinonímias dos descritores e/ou palavras-chave, não estando isenta de viés de publicação; pois, pode haver ensaios com resultados negativos que não tenham sido publicados intencionalmente em periódicos revisados por pares ou como geralmente é observado, resultados negativos são menos prováveis de serem publicado. Há artigos que não registraram ausência de conflitos éticos.

5 CONCLUSÃO

Os achados neste estudo quanto as intervenções farmacêuticas (profissionais, organizacionais, financeiras, governamentais e multifacetadas) permitem afirmar que há significativos desfechos clínicos, de acesso e equidade aos serviços, epidemiológicos, humanísticos e econômicos quanto a redução da prescrição de medicamentos potencialmente inapropriados, melhoria do uso de medicamentos apropriados e seguros, melhoria da adesão ao tratamento, redução de eventos adversos a medicamentos, de reações adversas a medicamentos, de interações medicamentos-medicamentos e de resultados negativos em saúde associados a medicamentos, redução de consultas ambulatoriais, de visitas domiciliares, de visitas a serviços de urgências e emergências, de internações hospitalares, de tempo de internação hospitalar, de morbidade, mortalidade, melhoria do estado de saúde, da qualidade de vida e redução de custos de medicamentos.

Contribuições dos autores

WMC concebeu a estratégia de pesquisa em conjunto com LMDQ e OS. WMC fez as buscas bibliográficas nas bases de dados, a seleção dos artigos e a extração de dados sob a colaboração e supervisão de LMDQ e OS. Os autores leram e aprovaram a versão final do manuscrito para submissão.

Declaração de conflito de interesses

Os autores declaram que a pesquisa foi conduzida na ausência de quaisquer relações comerciais ou financeiras que possam ser interpretados como potencial conflito de interesses.

(19)

Material Suplementar 1 - Estratégias de busca.

Material Suplementar 2 - Definições de assistência farmacêutica e cuidado farmacêutico Material Suplementar 3 - Relação dos artigos excluídos.

Material Suplementar 4 - Quadros de avaliação da qualidade dos artigos selecionados. Material Suplementar 5 - Distribuição dos estudos por países e continentes.

Observação: Para ter acesso, por favor, entrar em contato com os autores.

REFERÊNCIAS

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4. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. DOU de 11.8.2014 (Edição extra). Brasília. Distrito Federal.

5. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). RDC/ANVISA nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas. Brasília. Distrito Federal.

6. CFF (Conselho Federal de Farmácia). Resolução Nº 586 de 29 de agosto de 2013. Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Brasília. Distrito Federal.

7. CFF (Conselho Federal de Farmácia). Resolução Nº 357 de 27 de abril de 2001. Boas práticas em farmácias. Brasília. Distrito Federal.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 108 p.: il. – (Cuidado farmacêutico na atenção básica; caderno 1). ISBN 978-85-334-2196-7).

(20)

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10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: elaboração de revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012. 92 p.: il. – (Série A: Normas e Manuais Técnicos). ISBN 978-85-334-1951-3

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Imagem

Tabela 1 - Qualidade, perfil e características dos artigos selecionados (Continua)  ARTIGO
Tabela 2 - Intervenções e evidências de desfechos clínicos  INTERVENÇÕES  DESFECHOS CLÍNICOS Polifarmácia:  Erros de  Medicação  Adesão
Tabela 3 - Intervenções e as evidências de desfechos de acesso aos serviços, epidemiológicos, humanísticos e  econômicos
Tabela 4 - Determinantes sociais e de equidade.

Referências

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