• Nenhum resultado encontrado

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE REDES DE MAPAS CONCEITUAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE REDES DE MAPAS CONCEITUAIS"

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

Edição 19, volume 1, artigo nº 5, Outubro/Dezembro 2011

D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/1905

www.interscienceplace.org - Páginas 55 de 189

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE REDES DE

MAPAS CONCEITUAIS

Hamilton Chaiben1, José Edmilson de Souza-Lima2, Maria do Rosário Knechtel3, Sandra Mara Maciel-Lima4

1

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, hamilton@ufpr.br

2

FAE Centro Universitário Franciscano, Curitiba, Paraná, Brasil, edmilson@fae.edu

3

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, mknechtel10@gmail.com

4

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil, sandralima@ufpr.br

Resumo – O processo de construção do conhecimento interdisciplinar na

Educação Ambiental subentende a necessidade de promover transformações nas atitudes e valores do ser humano e em sua relação com a natureza. As tecnologias de informação e comunicação constituem um fator importante para o desenvolvimento das pessoas e das comunidades em âmbito global. Acredita-se, assim, que o uso adequado destas tecnologias poderá contribuir para mudar a realidade da educação, democratizando a produção, o acesso, a distribuição de informações, além de promover a interação entre as pessoas e o intercâmbio de conhecimentos e experiências. A proposta aqui é refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem e a construção do conhecimento em Educação Ambiental com criação de mapas conceituais interligados e compartilhados através da Internet.

Palavras-chave: Educação Ambiental, mapas conceituais, tecnologias de

aprendizagem, construção do conhecimento.

Abstract – The process of construction of the interdisciplinary knowledge in

the Ambient Education understands the necessity to promote transformations in the attitudes and values of the human being and in its relation with the nature. The technologies of information and communication constitute an important factor for the development of the people and the communities in global scope. This research believes that the adequate use of these new technologies will be able to contribute significantly to change the current reality of the education, being democratized the production, the access and the distribution of information, beyond promoting the interaction between the people and the interchange of knowledge and experiences. The proposal of this study is to make a reflection on the process of teach-learning and the

(2)

www.interscienceplace.org - Páginas 56 de 189

construction of the knowledge in Ambient Education with the creation of linked and shared conceptual maps through the Internet.

Keywords: Ambient education, conceptual maps, learning technologies,

construction of the knowledge.

1. Introdução

As novas tecnologias de informação e comunicação constituem hoje um fator importante para a interação e integração entre pessoas e comunidades em âmbito global. Isto tem favorecido o surgimento de novos espaços sociais definidos por vários autores como “sociedade do conhecimento”, “sociedade em rede” (Castells, 1999; Gadotti, 2004) ou ainda “cibercultura” (Lévy, 1999).

Dessa forma, essas tecnologias passam a ter grande importância também devido à quantidade exponencial de informações geradas e compartilhadas a cada instante. Consequentemente, a forma de tratar ou agir seletivamente com estas informações é hoje fator determinante para o desenvolvimento, inovação e geração de novos conhecimentos.

Neste cenário, acelerado pelas tecnologias atuais, surgem então novos ambientes de interação, aquisição e compartilhamento de conhecimentos que servem de subsídios para que as pessoas possam atuar com maior discernimento no local onde vivem, embora não mais tão sujeitas aos limites tradicionais de tempo e espaço. Dessa forma, o limiar entre o “pensar globalmente” e o “agir localmente” torna-se cada vez mais tênue, exigindo também dos educadores ambientais uma avaliação constante sobre quais problemas devem ser abordados e com quais prioridades e abrangência devem ser tratados.

Com relação ao processo de construção do conhecimento em Educação Ambiental, é necessário haver uma transformação nos modos de compreensão e inter-relação das pessoas com o meio-ambiente. Nesse sentido, “saber o que se sabe” talvez seja uma grande tarefa que cabe a todos refletir, seja o indivíduo, uma organização ou até o país. Assim, ter consciência do que é capaz, do potencial e conhecimento individual são importantes para a valorização e auto-estima, fatores imprescindíveis no processo de ensino e aprendizagem.

Portanto, uma das questões para reflexão é: - Será possível construir novos conhecimentos a partir da criação e compartilhamento de mapas conceituais

(3)

www.interscienceplace.org - Páginas 57 de 189

relacionados às práticas da Educação Ambiental? O importante é despertar a criatividade, inovação e aprendizagem através de ambientes facilitadores da troca de conhecimentos e experiências valorizando as pessoas e assim abrindo o espaço necessário para que uma transformação efetiva possa acontecer.

Nesse sentido, o presente artigo visa a construção e o compartilhamento do conhecimento através das redes digitais. Uma das características destas redes de mapas conceituais reside na possibilidade de servir como um importante instrumento no processo de ensino-aprendizagem. Parte-se do pressuposto que o uso racional destas tecnologias poderá contribuir significativamente para mudar a atual realidade educacional no Brasil, democratizando os meios de produção, acesso e distribuição do conhecimento e servindo principalmente como importante meio de comunicação, interação e integração entre as pessoas.

2. Questões ambientais

A questão do aquecimento global, presente em reportagens e publicações recentes é, sem dúvida, resultado do contínuo desrespeito ao meio ambiente, causado pelas atividades econômicas do ser humano. Segundo o diretor do projeto Vital Signs 2006-2007 (ASSADOURIAN, 2007), elaborado pelo Worldwatch Institute, “Se todo mundo consumisse como os países mais ricos, o planeta poderia suportar de maneira sustentável somente 1,8 bilhão de pessoas, não a população atual de 6,5 bilhões”. O relatório desse projeto alerta sobre esse desequilíbrio na relação entre crescimento econômico e uso dos recursos naturais.

Entretanto, há um consenso cada vez maior acerca da necessidade de mudança de postura da sociedade, inclusive com relação a costumes e estilo de vida das pessoas, para que possa atingir um desenvolvimento de forma sustentável considerando sempre uma relação de respeito com a natureza. Atualmente existe uma maior compreensão de que os recursos naturais são finitos. No Brasil, por exemplo, uma pesquisa nacional, realizada pelo ISER (Instituto de Estudos da Religião) e o Ministério do Meio Ambiente (ISER/MMA, 2007), comprova o crescimento da consciência ambiental em todo o país, apesar do conceito de “meio ambiente” continuar a ser percebido como o reino dos animais, plantas e elementos naturais, deixando os seres humanos ainda fora deste contexto.

(4)

www.interscienceplace.org - Páginas 58 de 189

Entretanto, a sociedade também terá que enfrentar muitos outros desafios e novas oportunidades neste início do século. Uma revolução nas tecnologias de informação e comunicação está criando um verdadeiro “mundo digital”1

, remodelando rapidamente a maneira de viver das pessoas. Assim, presume-se que um dos fatores de maior importância hoje está na busca contínua por novas informações visando um aumento crescente da produtividade através de inovação e geração de novos conhecimentos. Dentro desse contexto, é importante salientar que a Educação Ambiental terá papel fundamental, pois essa produção de conhecimento deverá cada vez mais contemplar as inter-relações socioambientais.

3. A sociedade em rede

Durante o século XX, a visão mecanicista de fragmentar o saber para conhecer o todo, trouxe grandes progressos no campo das especializações das diversas áreas. Porém, estes progressos estão hoje dispersos, desunidos, devido justamente à fragmentação dos contextos, da globalidade e das complexidades (MORIN, 2000).

Capra (2003) argumenta que uma abordagem sistêmica sobre a vida está baseada na compreensão de que as redes constituem o padrão básico de organização de todos os sistemas vivos, o que ele chamou de teia da vida (CAPRA, 1996). Esse é o pensamento também de Serres (1991, p. 59), para o qual “a natureza hoje se define por um conjunto de relações cuja rede unifica a Terra inteira”.

Ainda segundo Capra (2004), a sociedade também pode ser compreendida em termos de redes, sendo que nas sociedades humanas são basicamente redes de

comunicação. Cada comunicação, cada informação, cada conexão, cria novos

pensamentos que abrem oportunidades para mais comunicação e, assim, toda a rede se mantém de forma autogeradora, sendo a dimensão dos significados de grande importância para a compreensão dessas redes sociais.

Nesse contexto, os elementos tangíveis como o capital, o trabalho e os recursos naturais que antes praticamente compunham a força principal do

1 Em seu livro “A vida digital”, Nicholas Negroponte, diretor do Media Lab. do MIT (Massachusetts Institute of Technology) faz uma análise completa e interessante sobre o “mundo digital” abordando o futuro e a influência na vida das pessoas.

(5)

www.interscienceplace.org - Páginas 59 de 189

desenvolvimento, de agora em diante, dão espaço para que elementos intangíveis como informação, conhecimento e criatividade possam compor, cada vez mais, o novo perfil de desenvolvimento orientado para a sustentabilidade do planeta.

Segundo Castells (1999, p. 22), uma transformação tecnológica de dimensões históricas está ocorrendo com a integração de vários modos de comunicação, na qual “as redes interativas de computadores estão crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação, moldando a vida e, ao mesmo tempo, sendo moldadas por ela”.

Sendo assim, não se pode deixar de considerar que, embora a estrutura tecnológica de informação e comunicação represente um espaço – o ciberespaço (LÈVY, 1999) - repleto de novas oportunidades, é na verdade o julgamento dessas informações, realizado pelas pessoas, que poderá realmente indicar o seu nível de importância, pois ainda segundo Morin (2000, p. 35) “(...) este será o problema universal de todo cidadão do novo milênio: como ter acesso às informações sobre o mundo e como ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las?”.

4. A Internet e a Web

As transformações da sociedade face às novas tecnologias foi possível, em grande parte, por causa da rápida evolução da Internet. A Internet é uma rede mundial de redes de computadores, cuja principal característica é democratizar o acesso às informações de qualquer natureza, localizadas em qualquer lugar e a qualquer hora. Assim, pode-se dizer que sua arquitetura é baseada principalmente no compartilhamento de informações. Nasceu da necessidade de se agilizar a troca de informações entre a comunidade científica internacional. No início, as informações podiam ser acessadas somente na forma de textos. Mas, a partir de 1989, com o avanço tecnológico, o barateamento dos microprocessadores e a evolução das interfaces gráficas, as informações passaram a ser visualizadas de forma muito mais atraente, com a possibilidade também da utilização de gráficos, imagens, sons e vídeos. Esse novo ambiente passou a ser conhecido como World Wide Web ou

WWW, ou simplesmente Web que utiliza o conceito de rede de documentos

interconectados, sempre em expansão, ou seja, não existe ponto inicial e nem um ponto final.

(6)

www.interscienceplace.org - Páginas 60 de 189

Uma das principais tecnologias que dá suporte a toda essa infraestrutura de funcionamento do ambiente Web é o hipertexto ou hipermídia2 como preferem distinguir alguns autores. Para isso, utiliza uma linguagem chamada HTML (acrônimo para HyperText Markup Language) que possibilita a apresentação visual-gráfica das informações na Internet.

4.1. O hipertexto

As formas tradicionais de mídia, tais como filmes, áudios, vídeos e livros, são normalmente organizadas e acessadas de modo linear. Ao contrário, os sistemas hipertexto podem representar um conjunto de documentos interconectados em uma grande rede de informações. Os usuários são livres para “navegar” através dessas informações utilizando diversos caminhos não sequenciais cujas ligações são previamente estabelecidas. Assim, os sistemas hipertexto podem ser definidos como sendo sistemas de informações nos quais os dados estão armazenados em redes de nodos ou nós (ou ainda, unidades de informações) interconectados através de “links” ou ligações. Dessa forma, as informações são armazenadas e organizadas separadamente, embora inter-relacionadas.

A figura 1 ilustra a estrutura de um documento hipertexto no qual cada palavra sublinhada em negrito representa uma ligação para outro nodo de informação. As setas indicam o alvo de cada ligação. Um nodo geralmente representa uma única idéia ou conceito contido em uma ou mais telas de informação. Nesse exemplo, embora a rede hipertexto ilustre somente informações na forma de texto, cada nodo da rede poderia representar uma imagem, vídeo, som ou qualquer outra mídia suportada pelo sistema hipertexto.

2 Alguns autores preferem conceituar o termo “hipermídia” como o resultado da integração de “hipertexto” com “multimídia”. Neste trabalho utilizaremos o termo original “hipertexto” como sinônimo, considerando a utilização de outras mídias simplesmente como resultado da evolução tecnológica.

(7)

www.interscienceplace.org - Páginas 61 de 189 Figura 1:Parte de uma rede hipertexto relacionando conceitos na área da

neurofisiologia.

Fonte: (CHAIBEN, 1996, p.51).

Assim, quando milhões desses documentos ou páginas estão interligados em diferentes computadores espalhados por todo o mundo, esse sistema de ligações e documentos lembra uma verdadeira teia (“web”) ou rede de informações.

4.2. Aspectos cognitivos para a estruturação de hipertexto

A característica principal do hipertexto é baseada na apresentação visual das informações de forma não linear. Por “não linear”, subentende-se o movimento ou salto de um ponto do texto para outro, baseado nas necessidades dos usuários e nos padrões de relações explicitamente definidos pelo autor.

Fiderio (1988) acredita que o hipertexto reproduz a capacidade do cérebro particularmente na qualidade associativa de guardar e recuperar as informações de forma rápida e intuitiva. Entretanto, o hipertexto também pode ser definido como um

(8)

www.interscienceplace.org - Páginas 62 de 189

ambiente de trabalho de cooperação, comunicação, representação e aquisição de conhecimento.

Outrossim, a ciência cognitiva tem estudado e desenvolvido teorias a respeito da estrutura ou organização do conhecimento na memória humana. As teorias e modelos de organização são derivadas da neurologia (neurônios, axônios, dendritos, sinapses), da psicologia (representações proposicionais, associações de ideias, esquemas), e da inteligência artificial (redes semânticas, regras) (WAGMAN, 1991). Assim, muitas dessas teorias apoiam de alguma forma, a ideia de redes de memória associativa descritas por Bush. Em seu artigo precursor, ele afirma

A mente humana (...) opera por associação. Com um item em seu poder, ela aceita instantaneamente o próximo que é sugerido pela associação de pensamentos, de acordo com alguma intrincada teia de trilhas mantidas pelas células do cérebro (BUSH, 1945, p. 43).

Além disso, muitas teorias e concepções sobre a aprendizagem são hoje baseadas em princípios da ciência cognitiva. Segundo Jonassen (1988), de acordo com essas concepções, a aprendizagem é a reorganização das estruturas do conhecimento. Essas estruturas são representações da organização de ideias em nossa memória semântica. Cada estrutura existe como um objeto, ideia, ou evento, e também como um conjunto de atributos que se conectam às outras estruturas de conhecimento. À medida que se aprende, somam-se novas estruturas e conexões, adicionando informações às já existentes ou alterando estas estruturas através de um processo de reestruturação. Nesse contexto, o conhecimento existe em uma memória semântica representada por uma rede de conceitos inter-relacionados conhecida na área da inteligência artificial como redes semânticas.

Portanto, uma rede semântica é uma estrutura para representação do conhecimento em sistemas computacionais. Mas, uma determinada rede semântica pode refletir o conhecimento modelado em um sistema hipertexto (CHAIBEN, 1996), assim como pode também representar e ser representada explicitamente através de uma técnica derivada das teorias cognitivas da aprendizagem e utilizada na área da Educação – os Mapas Conceituais.

(9)

www.interscienceplace.org - Páginas 63 de 189

5. Mapas Conceituais: uma estratégia para a construção do conhecimento em Educação Ambiental

Contrapondo-se a atual racionalidade social, Leff (2002,p. 233) propõe uma racionalidade ambiental que “(...) orienta a reconstrução de conhecimentos, saberes e práticas, a partir da crítica da racionalidade formal e instrumental da civilização moderna”. O pressuposto principal é que sem a reconstrução dos conhecimentos, valores e atitudes, não será possível reverter este quadro de problemas sócio-ambientais (KNECHTEL, 2001).

Nesse cenário, surge então a educação ambiental que está originalmente associada a uma nova relação do ser humano com a natureza.

No Brasil, a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, em seu 1° artigo conceitua a educação ambiental como:

(...) os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Dessa forma, o campo de atuação da educação ambiental é amplo e traz consigo uma complexidade inerente, tanto por não haver um consenso geral sobre quais são os conceitos centrais que devem ser abordados, como também porque essa educação emerge como uma resposta aos problemas ambientais. Sendo assim, os educadores ambientais nem sempre estão em comum acordo sobre quais são as reais questões ambientais a serem tratadas. Assim, faz parte também de suas atribuições estarem atentos às prioridades e abrangência desses problemas, que poderão ser globais, mas muitas vezes poderão também ter características muito específicas e locais.

Portanto, tais problemas são complexos e tentar amenizá-los requer a integração e cooperação entre as diversas áreas do saber. Nesse sentido, Knechtel (2001) acredita que o profissional de educação ambiental terá que incorporar em seus conhecimentos essas questões ambientais atuais e a prática interdisciplinar. Assim, a autora afirma ser possível a busca por respostas e propostas de solução, através da interação com o saber ambiental, pois ensinar e aprender são processos complementares.

(10)

www.interscienceplace.org - Páginas 64 de 189

Dentro desse contexto, pela própria característica em potencializar ações interdisciplinares, participativas e de fortalecimento da cidadania, a educação ambiental tem sido um componente importante para repensar as teorias e práticas que fundamentam as ações educativas, quer nos contextos formais ou informais (SPAZZIANI & GONÇALVES, 2005). Além disso, nessa sociedade em rede, é importante aprender a construir o conhecimento de forma colaborativa para resolver problemas, incluindo os problemas ambientais (ÅHLBERG et al., 2001).

5.1. A construção do conhecimento

Muitas são as referências hoje que compreendem o processo cognitivo como uma construção do mundo, dinâmica e inseparável da vida e do processo de viver. Morin (2002, p. 490) argumenta que “(...) todo conhecimento é uma tradução a partir dos estímulos que recebemos do mundo exterior e, ao mesmo tempo, reconstrução mental, primeiramente sob forma perceptiva e depois por palavras, ideias, teorias”. Dessa forma, a cognição é tida como uma construção dinâmica e, portanto, inseparável do histórico de vida e do processo de viver resultante da interação do ser humano com o seu mundo. Segundo Lima “(...) nós o percebemos à medida que o construímos e enquanto somos por ele construído” (MORIN, 2001, p. 16).

5.2. Mapas conceituais e a teoria da aprendizagem significativa

A teoria da aprendizagem significativa foi descrita pela primeira vez em 1963, por Ausubel em seu livro The Psychology of Meaningful Verbal Learning. Trata-se do processo de formação e assimilação de símbolos, conceitos, ou proposições, de maneira ordenada e hierarquizada na estrutura cognitiva dos indivíduos, envolvendo assim a aquisição de novos significados. A hierarquização de conceitos, ideias e proposições ocorrem em função do grau crescente de generalidade dos significados que são adquiridos nas interações com o ambiente ao longo da vida.

Assim, a essência desse processo é que as ideias expressas simbolicamente estão relacionadas às informações previamente adquiridas pelo indivíduo através de algum aspecto relevante existente em sua estrutura cognitiva, como por exemplo, uma imagem, um símbolo, um conceito, ou uma proposição. Entretanto, a

(11)

www.interscienceplace.org - Páginas 65 de 189

aprendizagem significativa pressupõe que o aprendiz manifeste uma predisposição, ou seja, uma disposição para relacionar o novo material à sua estrutura cognitiva (AUSUBEL; NOVAK & HANESIAN, 1980).

5.3. Os conceitos

Conceitos são abstrações dos atributos essenciais comuns a uma determinada categoria de objetos, eventos, ou fenômenos. É uma palavra ou frase que serve como uma unidade de pensamento ou um significado. Os conceitos incluem um largo espectro de objetos, ideias, e características variando do concreto ao abstrato. Portanto, os conceitos padronizam e simplificam a realidade, facilitando consequentemente a aprendizagem receptiva, a solução de problemas e a comunicação. Ausubel, Novak e Hanesian (1980, p.73) afirmam que:

(...) vivemos, antes de tudo, num mundo de conceitos, e não num mundo de objetos, eventos e situações. A realidade que vivenciamos psicologicamente está relacionada somente indiretamente às propriedades físicas de nosso meio e aos nossos correlatos sensoriais. A realidade, falando de modo figurativo, é percebida através de um filtro conceitual ou categórico.

Dessa forma, grande parte da aprendizagem escolar envolve o desenvolvimento e elaboração de significados de conceitos, o que implica a necessidade dos estudantes estarem constantemente identificando os conceitos principais e os conceitos secundários numa determinada área de estudo.

5.4. A técnica de mapeamento conceitual

A técnica de mapas conceituais foi desenvolvida em 1972 por Joseph Novak, em um programa de pesquisa da Cornell University que tinha como objetivo compreender as mudanças na estrutura do conhecimento das crianças quanto ao ensino de Ciências. Os mapas conceituais originalmente utilizavam os recursos do lápis e papel. A técnica está baseada em grande parte na teoria de aprendizagem da

assimilação descrita por Ausubel, Novak e Hanesian (1980). Esta teoria pertence à

família das teorias cognitivas de aprendizagem e, de acordo com seus princípios, as novas informações são relacionadas aos aspectos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz.

(12)

www.interscienceplace.org - Páginas 66 de 189

De acordo com essa teoria, as estruturas de conhecimento estão organizadas hierarquicamente, com os conceitos mais gerais abrangendo os conceitos mais específicos. Dessa forma, os conceitos também são definidos e descritos através de proposições que identificam as relações existentes entre eles. Assim, uma rede de conceitos e proposições inter-relacionados pode ser um fator importante no processo de aprendizagem.

Nesse contexto, os mapas conceituais constituem uma representação explícita dessas redes de conhecimento integradas, auxiliando no processo de aprendizagem significativa, ou seja, relacionando explicitamente o conhecimento já possuído pelo aprendiz com as novas informações a serem incorporadas em sua estrutura cognitiva. Portanto, os mapas conceituais também refletem questões muito particulares de como as pessoas organizam suas estruturas de conhecimento em um determinado domínio através da modelagem de como o conhecimento é representado e inter-relacionado em um contexto específico.

FIGURA 2 - Exemplo de mapa conceitual sobre a questão do aquecimento

(13)

www.interscienceplace.org - Páginas 67 de 189

Assim, tecnicamente, os mapas conceituais oferecem um método para representar a estrutura da informação dentro de um determinado domínio. Por exemplo, a figura 2, ilustra as inter-relações entre as ideias e conceitos em torno de uma questão central – aquecimento global - sendo que a apresentação da informação de forma visual facilita o processo de formação de significados pelo cérebro.

A utilização dos mapas conceituais em sala de aula tem sido destaque em vários trabalhos de pesquisa trazendo consideráveis contribuições para a área educacional. Têm sido amplamente pesquisados em várias partes do mundo, existindo hoje muitos trabalhos publicados que atribuem a essa técnica uma diversidade de aplicações na área educacional. Destaca-se os trabalhos Bartoszeck (1996), da Universidade Federal do Paraná, que tem aplicado a técnica há muitos anos no ensino de Fisiologia. Åhlberg (2004), da University of Helsinki, na Finlândia, também tem aplicado, desde 1992, os mapas conceituais tanto para monitorar quanto para promover uma educação para o desenvolvimento sustentável. E, Novak (2006), professor da Cornell University e pesquisador do Florida Institute for Human

and Machine Cognition (IHMC), que é o criador desta técnica e incentivador de sua

utilização nas várias áreas do conhecimento.

Nesse sentido, propõe-se que os mapas conceituais sejam utilizados como um meio de construção do conhecimento em educação ambiental. O processo de construção do mapa requer que o indivíduo desempenhe um papel ativo no processo de aprendizagem, ao invés de permanecer como um receptor passivo da informação. A técnica auxilia a compreender e contextualizar o material a ser aprendido, clarificando as relações entre os conceitos em determinado domínio do conhecimento.

5.5. Software de mapas conceituais e a colaboração à distância

Existem vários softwares especializados para a criação e compartilhamento de mapas conceituais ligados em rede, neste trabalho utiliza-se o software CmapTools para mostrar os exemplos e a funcionalidade do uso dos mapas conceituais. Com este software é possível a construção dos mapas conceituais de forma colaborativa e à distância. Além disso, o software permite que o aprendiz faça ligação entre os

(14)

www.interscienceplace.org - Páginas 68 de 189

vários recursos multimídia, como textos, fotos, gráficos, vídeos, tabelas, páginas

web, ou até mesmo outros mapas conceituais. A figura 3 mostra um exemplo de um

mapa conceitual desenvolvido com o software CmapTools e disponibilizado para acesso no espaço de domínio público do IHMC Public Cmaps. Nesse exemplo, observa-se o mapa conceitual construído sobre o Sistema Solar, relacionando vários conceitos que fazem ligação hipertextual com outros conceitos e também com imagens e anotações, permitindo ainda ligações com outras mídias.

Figura 3 - Exemplo de um mapa conceitual sobre ”O Sistema Solar” desenvolvido por estudantes, usando o CmapTools e disponibilizado para

compartilhamento no IHMC Public Cmaps.

5.6. O uso dos mapas conceituais na educação ambiental

Como descrito anteriormente, a educação ambiental tem uma ampla abrangência de atuação, pois envolve o domínio de conceitos em diversas áreas do saber,

(15)

www.interscienceplace.org - Páginas 69 de 189

geralmente em resposta aos mais variados problemas ambientais. Entretanto, esses conceitos precisam ser identificados, compreendidos e validados pelo indivíduo, tarefa não tão simples quanto parece, pois subentende a mudança de ideias e conceitos pré-concebidos pelas pessoas. Um exemplo disso é o estudo (NOVAK; CAÑAS, 2006, p. 7-8) realizado pelo projeto Private Universe Project (PUP) da Universidade de Harvard. Um grupo de pesquisadores desse projeto entrevistou vinte e três alunos graduados de Harvard, perguntando para cada um: “Porque nós temos as estações do ano?”. Somente onze conceitos apropriadamente organizados seriam necessários para poder responder a esta questão, sendo que um dos arranjos desses conceitos é mostrado no mapa conceitual da figura 4. Os entrevistadores do projeto concluíram que vinte e um dos vinte e três entrevistados não sabiam explicar adequadamente este tópico.

Uma das conclusões desse estudo foi a constatação de que existem falhas na compreensão dos conceitos envolvidos, dentro do contexto avaliado. Os vinte e um alunos se valeram da experiência real, de senso comum, de que quando se está perto do fogo, de uma labareda ou de uma lâmpada, o calor é mais intenso do que quando se está mais afastado. Entretanto, os estudantes não souberam reconhecer que este mesmo fenômeno não opera no caso das estações na Terra, ou seja, eles transferiram um determinado conhecimento de um contexto para outro, mas de forma incorreta. Uma das soluções para resolver esse problema é ajudar os alunos a aprender significativamente, sendo este o objetivo principal para a utilização dos mapas conceituais.

(16)

www.interscienceplace.org - Páginas 70 de 189

Figura 4 - Exemplo de mapa conceitual cuja questão foco é “Porque nós temos as estações do ano?”

Fonte: NOVAK & CAÑAS, 2006, p. 8

6. Considerações finais

Segundo Leff (2002), “o saber ambiental se constitui a partir de uma nova percepção das relações entre os processos naturais, tecnológicos e sociais”. Nesse contexto, os educadores ambientais necessitam compreender essas relações e trabalhar no sentido de criar ambientes de aprendizagem que facilitem novas abordagens de ensino.

Assim, essa pesquisa propõe o uso dos mapas conceituais na educação ambiental como uma técnica que pode ser utilizada através da Internet e da World

Wide Web, proporcionando um ambiente ideal para a interação e construção do

(17)

www.interscienceplace.org - Páginas 71 de 189

Por outro lado, devido à interdisciplinaridade do tema que envolve este estudo, algumas conexões tiveram que ser estabelecidas entre os pensamentos de grandes autores e intelectuais da atualidade, o que resultou na construção do mapa conceitual da figura 5. Este mapa reflete a representação do conhecimento interdisciplinar abordado neste artigo, mostrando as inter-relações dos conceitos principais aqui retratados. Obviamente uma leitura inicial do mapa pode ser feita de diversas maneiras, mas uma forma sugerida é imaginar que a relação entre os conceitos centrais - Educação-Meio Ambiente-Desenvolvimento-Tecnologia - subentende a necessidade de haver um equilíbrio entre essas partes, cabendo ao

Ser Humano / Sociedade o papel principal neste processo de mediação. Assim, por

exemplo, o mapa pode auxiliar na compreensão de que um desequilíbrio na relação

Meio Ambiente-Desenvolvimento pode agravar os problemas ambientais em

decorrência do aumento ou mau uso na exploração dos Recursos naturais, assim como um desequilíbrio na relação Desenvolvimento-Educação pode inviabilizar o crescimento de um país. Da mesma forma, o mapa pode ser útil na compreensão de outros aspectos multifacetados da complexidade atual, servindo ainda como um importante dispositivo pedagógico aos educadores ambientais.

Entretanto, é possível ainda fazer uma releitura desse mesmo mapa observando-se (através dos conceitos expressos na forma de círculos sombreados) as inter-relações e os contextos nos quais os pensamentos dos autores que serviram de referência a esta pesquisa estão atuando. Assim, por exemplo, Morin aborda a necessidade de uma “educação na era planetária” que leve em conta a complexidade do mundo atual e a crescente fragmentação dos saberes. Capra argumenta que o pensamento sistêmico sobre a vida está baseado na compreensão de que as redes constituem o padrão de organização de todos os sistemas vivos, incluindo a organização das sociedades humanas. Leff considera necessária uma nova racionalidade - uma “racionalidade ambiental”. Maturana e Varela ensinam as bases biológicas para a compreensão e a aprendizagem humana. Castells analisa a economia, a sociedade e a cultura na era da informação. Lévy destaca a importância do ciberespaço afirmando que o ator essencial do desenvolvimento humano é a inteligência coletiva, ou seja, a capacidade dos membros da sociedade de pensar e agir em conjunto. Ausubel propõe a teoria da aprendizagem significativa e Novak, a técnica dos mapas conceituais.

(18)

www.interscienceplace.org - Páginas 72 de 189

Esse trabalho também procurou abordar a problemática ambiental sob a ótica do papel que as novas tecnologias da informação e comunicação têm a oferecer como possibilidade de utilização em ambientes educacionais. Entretanto, como resultado, conclui ser ainda necessário aprofundar as pesquisas sobre o uso dos mapas conceituais aplicados à Educação Ambiental, observando os resultados de sua aplicação e a interação tanto na questão da construção de conhecimentos e avaliação do aprendizado dos alunos, quanto na formação de comunidades de aprendizagem na área ambiental.

(19)
(20)

www.interscienceplace.org - Páginas 74 de 189 Referências

ÅHLBERG, M. et al Collaborative knowledge building to promote in-service teacher training in environmental education. Journal of Information Technology for Teacher Education, 10(3), 2001. pp.227-238.

ÅHLBERG, M.. Concept mapping for sustainable development. In: International Conference on Concept Mapping, 1. Pamplona, Spain: Universidad Pública de Navarra. Concept Maps: Theory, Methodology, Technology - Proceeedings of the First International Conference on Concept Mapping, 2004.

ASSADOURIAN, E. Vital Signs 2006-2007: Economic Gains Mask Underlying Crisis. Worldwatch Institute, 2006. Retirado em 13/04/2007 no http://www.worldwatch.org/node/4345, 2007.

AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; & HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

BARTOSZECK, A. B. Promoting Active Learning of Neurophysiology Aided by Concept Mapping. Basic Science Teacher, 2, 1996. pp. 2-6.

BUSH, V. As we may think. The Atlantic Monthly, Boston, MA, jul. 1945. Reprinted in: ACM Interactions Magazine, 3 (2), 1996. pp. 35–46.

CAPRA, F. A Teia da Vida: Uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.

_____. Alfabetização Ecológica: O Desafio para a Educação do Século 21. In: TRIGUEIRO, A. Meio Ambiente no Século 21. São Paulo: Sextante, 2003. pp.18-33.

_____. Palestra sobre Humanização, Desenvolvimento, e Modelo Econômico do Mundo. Curitiba, 21 out, 2004.

CASTELLS, M. A sociedade em rede (A era da informação: economia, sociedade e cultura). (Vol. 1) Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CHAIBEN, H. Um ambiente computacional de aprendizagem baseado em redes semânticas. Dissertação de Mestrado, Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-Pr), Curitiba, 1996.

FIDERIO, J. A Grand Vision: Hypertext mimics the brain’s ability to access information quickly and intuitively by reference. Byte Magazine, 13 (10), 1988. pp. 237-244.

(21)

www.interscienceplace.org - Páginas 75 de 189

GADOTTI, M. Informação, conhecimento e sociedade em rede: que potencialidades?. In: Fórum Paulo Freire – IV Encontro Internacional: Caminhando para uma Cidadania Multicultural. Universidade do Porto, 2004. ISER/MMA. Pesquisa Nacional: O que os brasileiros pensam do meio ambiente e do

desenvolvimento sustentável. Retirado em 18/04/2007 em<http://www.iser.org.br, 2007.

JONASSEN, D. H. Designing Structured Hypertext and Structuring Access to Hypertext. Educational Technology, pp.13-16, Nov, 1988.

KNECHTEL, M. do R. Educação Ambiental: uma prática interdisciplinar. Desenvolvimento e Meio Ambiente. Curitiba: Editora da UFPR, 3, pp.125-139, jan/jun., 2001.

Leff, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

_____. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

LIMA, M. P. Reformas Paradigmáticas na Velhice do Século XXI. In: KACHAR, V. (org.). Longevidade: Um Novo Desafio para a Educação. São Paulo: Editora Cortez, pp.15-26, 2001.

MATURANA, H. R., VARELA, F. G. A árvore do conhecimento: As Bases Biológicas do entendimento humano. São Paulo: Editorial Psy, 1995.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Unesco/Cortez Editora, 2000.

_____. A religação dos saberes: O desafio do século XXI. Jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. NOVAK, J.D., CAÑAS, A. J. The Theory Underlying Concept Maps and How to

Construct Them, Technical Report IHMC CmapTools 2006-01, Florida Institute for Human and Machine Cognition, 2006. Disponível em: <http://cmap.ihmc.us/Publications/ResearchPapers/TheoryUnderlyingConceptMap s.pdf. Acesso 2006.

(22)

www.interscienceplace.org - Páginas 76 de 189

SPAZZIANI, M. De L. & GONÇALVES, M. F. C. Construção do Conhecimento. In: FERRARO JÚNIOR, L. A. (org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005. pp. 103-114.

WAGMAN, M. Cognitive Science and Concepts of Mind - Toward a General Theory of Human and Artificial Intelligence, Praeger Publishers, USA, 1991.

Imagem

FIGURA 2 - Exemplo de mapa conceitual sobre a questão do aquecimento  global.
Figura 3 - Exemplo de um mapa conceitual sobre ”O Sistema Solar”

Referências

Documentos relacionados

 Ao clicar no botão Congurar Apresentação de Slides , uma caixa de diálogo será aberta (gura 59), para que congurações sejam estabelecidas, tais como tipo

Desenvolvimento do agir com intencionalidade Capacidade de traduzir idéias abstratas em símbolos (prontidão para a alfabetização) Mantém pensamento mágico.. Corporalmente, é

 Hai unha mostra na que as células carecen dunha parte fundamental para a vida?. Copie

É importante lembrar que os controles de equalização do Concerta 2 B10 podem minimizar ou eliminar picos em frequências abaixo da frequência de crossover do subwoofer, mas

descrição do sítio, a sequenciação arqueológica das unidades de ocupação de Zaballa, o estudo dos materiais arqueológicos, o estudo da arquitectura das estruturas da aldeia, a

Ela pode trazer uma solução da questão do desestímulo, mas como eu entendo que é uma hipótese de não incidência, a tributação e a utilização do prejuízo fiscal é uma

Neste contexto, o docente-pesquisador vivencia angústias, quando experiencia: estar dividido entre a apreensão do mundo de forma ingênua e corriqueira e o modo de apreensão

de 50 mM AmBic. Obs: Essa solução de descoloração é utilizada para o caso de spots de géis corados com Coomassie. Géis corados com prata devem ser descorados