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TÍTULO: EM NOME DA TERRA: ESTUDO COMPARADO DAS PRODUÇÕES EM CERÂMICA DO ALTO DO MOURA E DO VALE DO JEQUITINHONHA.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: ARTES VISUAIS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): CAMILA DE OLIVEIRA FERREIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): SIMONE ROCHA DE ABREU ORIENTADOR(ES):

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Camila de Oliveira Ferreira

EM NOME DA TERRA: ESTUDO COMPARADO DAS PRODUÇÕES EM

CERÂMICA DO ALTO DO MOURA E DO VALE DO JEQUITINHONHA.

Pesquisa de Iniciação Científica desenvolvida sob orientação da Profa. Dra. Simone Rocha de Abreu

FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS

SÃO PAULO

2015

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RESUMO

Esta pesquisa procura discutir, sob o título "Em nome da terra: estudo comparado das produções em cerâmica do Alto do Moura e do Vale do Jequitinhonha", os conceitos de identidade nacional, cultura popular, bem como, a significância da valorização da natureza através do reconhecimento da produção em argila. Como suporte para as discussões, aborda-se duas produções brasileiras de relevância em cerâmica, são elas: a produção do Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais) e do Alto do Moura (Pernambuco). Destacou-se de cada região três artistas, são eles: Izabel Mendes da Cunha, Noemisa Batista dos Santos, Maria José Gomes da Silva, Vitalino Pereira dos Santos, Manuel Eudócio Rodrigues e Luiz Antônio da Silva. A pesquisa se desenvolveu através do método científico dedutivo a partir de conceitos teóricos inferidos e da bibliografia existente sobre essas produções, bem como as entrevistas já realizadas com os artistas. Como principais conclusões aponta-se que é significativa e espelha-se nos temas abordados nas peças de cerâmica a diferença de gênero dos artistas, uma vez que no Vale, encontramos mais preponderante um fazer feminino enquanto no Alto do Moura, os artistas são preponderantemente homens, apesar desta propensão de gênero vir mudando com o passar do tempo. Em consequência observamos que os temas recorrentes no Vale são aqueles ligados ao fazer feminino e também aos ritos de passagem importantes no universo da mulher, tais como, o cozer, o casamento, a amamentação e a família, enquanto no Alto do Moura os artistas retratam as profissões, a caçada, as festas populares e as diversões do povo. Ambos, no entanto se aproximam, pois espelham o que os artistas veem em seu entorno, trazendo para essas peças um importante caráter regional. Outra aproximação é o caráter figurativo e narrativo das obras, por fim, outra importante aproximação é o material, ou seja, a terra, material abundante e que o uso não causa dano ao meio ambiente. A pesquisa sugere que a preservação ambiental também passa pela valorização do que o homem pode elaborar simbolicamente com os recursos naturais, no caso, a terra.

INTRODUÇÃO

A produção de cerâmica no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais é realizada em sua maioria por mulheres que esculpem além de vasos e panelas, bonecas noivas e esculturas de animais e plantas. Tiram deste trabalho seu sustento e o sustento de suas famílias. Com pouca influência tecnológica e industrial, fazem seus fornos a lenha e utilizam como ferramentas de trabalho aquilo que a natureza lhes oferece, como espigas de milho, pedaços de pau, penas, entre outras coisas. Dentre essas ceramistas merece destaque Izabel Mendes da Cunha (1924 – 2014) que produziu inúmeras bonecas, muitas delas do gênero feminino durante os ritos do casando ou da amamentação. Segundo depoimento da artista, ela iniciou-se buscando fazer as bonecas para brincar na infância, com as sobras de barro da produção de louças que a sua mãe fazia em casa.

Também usando as sobras de barro do trabalho de louceira de sua mãe, iniciou-se Vitalino Pereira dos Santos (1909 – 1963), conhecido como Mestre Vitalino. Homem simples, sertanejo, começou a moldar o barro com seis anos de idade, através desta brincadeira de criança moldou também o seu destino e de toda a região do Alto do Moura, em Pernambuco. Vitalino se tornou Mestre, pois ensinou a muitos na região a arte de trabalhar como barro.

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A produção do Mestre Vitalino, abrangeu um vasto leque de temas, que podem ser agrupados em “Ciclos da Vida”, “cenas do trabalho”, as festas ou momentos de diversão para o povo e os cangaceiros.

Hoje em Alto do Moura, bairro da cidade de Caruaru, considerada a segunda cidade mais desenvolvida de Pernambuco, a maioria da produção em cerâmica dialoga com o legado de Vitalino, mostrando lendas folclóricas, como bumba-meu-boi, e a história e o cotidiano do povo, como os retirantes da seca, os cangaceiros, Lampião e Maria Bonita, mulheres cosendo, crianças brincando, casamentos e muitas outras coisas. A produção de cerâmica também garante o sustento das famílias que vivem na comunidade. Influenciados por Mestre Vitalino, sua esculturas figurativas levam milhares de turistas por ano ao bairro que é considerado pela UNESCO como o maior centro de arte figurativa das Américas.

A cerâmica produzida nestas duas regiões tem aspectos estéticos muito diferentes, mas ambas são resultados de uma herança cultural e familiar. Feitas em locais considerados interioranos e com pouco acesso às tecnologias, muitas vezes não são valorizadas como arte e como parte de nossa historia, consideradas “arte popular”, ficam restritas a um pensamento limitado baseado em um juízo de valor que prioriza outro tipo de produção que melhor se encaixe em conceitos de arte e classificações previamente definidos pela historiografia de Arte europeia.

A moradia das artesãs/artistas, no caso das mulheres do Jequitinhonha, pode ser determinada pela localização do barreiro ao qual extraem sua matéria-prima. Por outro lado a escolha de morar em um centro já intitulado como o “maior centro de arte figurativa das Américas”, pode determinar aos artesãos de Alto do Moura o tipo de cerâmica que devem produzir para conseguir vender e atrair os turistas. Desta forma como o local interfere em suas obras? Portanto, essa pesquisa parte do pressuposto que a análise comparada desses dois casos de produção em cerâmica pode nos revelar mais do que o estudo dos casos em separado, acerca da produção em arte popular.

OBJETIVOS

Os objetivos desta pesquisa são delimitar os conceitos de identidade e de cultura popular, associada à arte popular, explorando aspectos como a referência ao entorno do artista na escolha dos temas a serem abordados na obra, discutir a relação desta produção com a identidade nacional e regional, fazendo um paralelo entre a produção do Vale do Jequitinhonha e do Alto do Moura. Busca-se também argumentar que a valorização da produção simbólica usando a terra como matéria-prima pode colaborar para valorização da preservação do meio-ambiente.

METODOLOGIA

Revisão bibliográfica e documental acerca da produção cerâmica do Vale do Jequitinhonha e do Alto do Moura, bem como revisão bibliográfica acerca dos conceitos de arte popular e cultura brasileira. Resgate e análise das entrevistas já realizadas com os artistas enfocados.

DESENVOLVIMENTO

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O Vale do Jequitinhonha, situado no Nordeste de Minas Gerais, é uma região banhada pelo Rio Jequitinhonha que possui, segundo o site da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)1, uma população de aproximadamente 980 mil habitantes, da qual mais de dois terços vive na zona rural.

O nome Jequitinhonha é uma herança indígena que, segundo Dalglish (2008, p.59) significa: “’Jequi’ é o nome de um instrumento usado pelos índios, antigos habitantes do Vale, para pegar peixe; e ‘onha’ quer dizer peixe. O Jequi tem Onha, isto é, está cheio de peixe”.

Até a década de 1970 as peças produzidas no Vale, em sua maioria, eram panelas e potes. A partir desta década, com o apoio da Codevale (Comissão do Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha), um órgão do governo de Minas Gerais, as mulheres passaram a investir na produção de objetos cerâmicos figurativos, focado no consumo das grandes cidades. A Codevale foi responsável por incentivar “a produção artesanal como um meio de sobrevivência – facilitando o escoamento do produto através de feiras e exposições” (DALGLISH, 2008, p. 81), impulsionando e divulgando a cerâmica do Vale. O retorno financeiro aumentou o número de artesãos da região e diminuiu a migração dos jovens para áreas urbanas.

Atualmente a produção de cerâmica, feita pelas artesãs, é classificada por elas como objetos cerâmicos escultóricos, como as bonecas (que veremos mais adiante) e objetos decorativos, chamados também de enfeites, que medem até 30 cm. Além disso, também tem a produção de peças utilitárias com formas de animais ou cabeças humanas.

Estudaremos mais a fundo a produção de três ceramistas do Vale: Isabel Mendes da Cunha, Noemisa Batista dos Santos e Maria José Gomes da Silva.

Isabel Mendes da Cunha, conhecida por Dona Isabel, nasceu no dia 03 de Agosto de 1924, no município de Itinga em Minas Gerais, e faleceu em 30 de Outubro de 2014, em Ponto de Volantes, aos 90 anos.

Desde cedo aprendeu a trabalhar o barro com sua mãe, Dona Vitalina, que produzia peças utilitárias para vender. Segundo Mattos (2007, p. 195) aos oito anos de idade Isabel já produzia suas primeiras peças de barro. Com as sobras das peças da mãe ela criava brinquedos (bonequinhas e panelinhas) para si e para os irmãos.

Depois de casada, segundo Dalglish (2008, p. 169), Dona Isabel “além de ajudar o marido nas pequenas lavouras da família e trabalhar nos afazeres domésticos, [ela] passou a fazer peças utilitárias, que vendia nas feiras locais para colaborar com o orçamento da família”. Ficou viúva cedo e para criar os filhos, intensificou sua produção de cerâmica, que além de panelas e potes, passou a ter esculturas de bonecas e animais.

Em entrevista dada por Dona Isabel em 1997, segundo Mattos (2007, p.194) ela conta que:

(...) antes fazia bonecas, filtros grandes, jogos de xícara, jarra grande, muitos tipo de peça, presépios. Mas eles [compradores, colecionadores, turistas] começaram a valorizar mais as bonecas grandes. Então eu passei mais a fazer elas e ensinei pros filhos, pros vizinhos a fazer. Isabel Mendes da Cunha ficou conhecida por suas bonecas, que mediam quase 1 metro de altura, e retratavam, além de casais de noivos bem vestidos com

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ternos, buquês e grinaldas, mães amamentando, carregando os filhos no colo ou em cenas de batizado.

Atualmente boa parte de sua família continua produzindo bonecas no mesmo estilo que o seu, sendo seu genro João Pereira Andrade considerado o principal seguidor de sua arte.

Isabel Mendes da Cunha Fonte: Livro “Noivas da seca”, Dalglish (2008, p. 168)

Noemisa Batista dos Santos nasceu em 1947, em Ribeirão do Capivara, município de Caraí em Minas Gerais, local onde vive atualmente.

Assim como Dona Isabel, Noemisa aprendeu a trabalhar o barro com sua mãe, Joana Gomes dos Santos, “ceramista respeitada e tida como responsável pela criação do núcleo cerâmico de Caraí” (Dalglish, 2008, p. 140). Aos sete anos começou modelando cavalos e boizinhos, passando depois a fazer outras figuras, como cavalo com homem montado, caçador, profissões, etc.

Noemisa Batista dos Santos. Cena de Casamento. Fonte: Livro “Noivas da seca”, Dalglish (2008, p. 101)

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Maria José Gomes da Silva, mais conhecida como Zezinha, nasceu em 14 de junho de 1968, no município de Campo Alegre, em Turmalina – Minas Gerais. O foco nas peças de Zezinha é a mulher. Dalglish (2008, p.116) relata que as esculturas desta artesã, em 1997, “eram, em geral, figuras de mulheres nas funções de mães e noivas; não existia a figura masculina na sua obra”, passando a produzir mais tarde mulheres mais sofisticadas, joviais e bem-vestidas.

Maria José Gomes da Silva. Mãe amamentando e mãe segurando o filho, 1997. Fonte: Livro “Noivas da seca”, Dalglish (2008, p. 116)

A cerâmica do Alto do Moura

Alto do Moura é um bairro localizado na região agreste do município de Caruaru, no Estado de Pernambuco. A região recebeu este nome, segundo Vitorino (2013, p.35), por causa da família Moura que ocupou a parte alta da vila, construindo casebres e desenvolvendo aquela área.

Vitalino Pereira dos Santos nasceu em 1909, na Vila de Ribeira dos Campos, zona rural de Caruaru, e faleceu em 1963 na sua casa em Alto do Moura, aos 53 anos de idade vítima de varíola.

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Os temas de suas obras eram voltados para o seu entorno, ele retratava cenas da vida cotidiana, ritos de passagem, crenças populares, etc. No site do Museu Casa do Pontal2, as obras de Mestre Vitalino estão divididas e subdivididas em: Cangaceiros e retirantes, ciclo da vida (casamento, nascimento, infância, velhice e morte), diversões (caça e pesca), festas (côco, bandas e violeiros) e trabalho (profissões, trabalho coletivo e trabalho no campo).

Manuel Eudócio, discípulo de Vitalino, conta que:

Minha avó trabalhava em panelinha para vender na feira. Entre as bolinhas de barro, comecei a fazer cavalinho pequenininho para eu brincar de fazenda, eu e meus amigos. Mas chegou um tempo que minha avó disse: “Meu filho, não quebre seus bichinhos todos não, porque vende na feira, pra você comprar doce." Aí eu mesmo fui para a feira com ela, levei uns bichinhos e vendi a tostão! Eu fiquei tão contente naquele tempo... Estava com nove anos de idade. Só sei que fui trabalhando, fui aumentando mais os animais. (MARTINS; LUZ; BELCHIOR, 2013, p. 139)

Aos 17 anos, conhece Mestre Vitalino, quando este muda-se para Alto do Moura. Observando as peças figurativas do Mestre, Manuel Eudócio inspira-se então nas cenas de seu cotidiano, como padres confessando, pessoas indo para a roça, mulher rendeira, entre outras coisas, para começar sua produção. Ele relata, em várias entrevistas, que certa vez levou alguns de seus bonecos para a feira de Caruaru, e pediu a Vitalino para coloca-los próximo de sua barraca, quando um doutor do Rio de Janeiro passou e se interessou por suas peças, levando cinco por setenta e cinco mil réis, e ainda disse a Vitalino: “Ensine esse menino, viu? Porque ele vai ser um artista do barro!” (MARTINS, LUZ, BELCHIOR, 2013, p. 140). Eudócio é considerado o primeiro discípulo do Mestre.

Manuel Eudócio. Teatro Mamulengo do Alto do Moura.

2 Disponível em: http://www.museucasadopontal.com.br/pt-br/mestre-vitalino. Acesso em: 06 de

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Luiz Antônio da Silva nasceu em 1935 em Alto do Moura, cidade de Caruaru – Pernambuco. Sua mãe era louceira, e como praticamente todas as crianças de Alto do Moura, começa na infância a modelar brinquedinhos com as sobras do barro da mãe. Foi contemporâneo de Mestre Vitalino e atribui a ele sua iniciação profissional e o aprimoramento da técnica.

Suas obras tem um enfoque maior em temas urbanos e nas profissões, como fotógrafo, eletricista consertando transformadores, fábrica de telha, entre outros, recebendo destaque por seus temas se diferenciarem dos outros artesãos.

Luiz Antônio – Radialista.

RESULTADOS

A partir da pesquisa foi possível estabelecer o paralelo entre as tônicas de produção dos seis artistas enfocados e a partir dessas tecer as considerações finais que seguem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir deste estudo foi possível observar os pontos divergentes e convergentes das produções das duas regiões estudadas. Em oposição podemos destacar a diferença de gêneros, na qual no Vale do Jequitinhonha foi identificado uma preponderância no fazer feminino, enquanto em Alto do Moura os artesãos são em sua maioria homens. Isso se reflete nos temas abordados, pois no Vale as obras giram em torno do universo feminino, do materno e do ciclo da vida da mulher. Já em Alto do Moura podemos observar que as obras mostram temas relacionados a vida rural e urbana sob o ponto de vista masculino, retratando as profissões (tanto rurais quanto urbanas), festejos, lutas e animais.

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Em comum, porém, podemos destacar que ambas as produções são figurativas e retratam seu entorno, mostrando aspectos sociais, culturais e políticos de seu tempo, dando a estas peças um caráter regional e narrativo.

Se levarmos em conta que a identidade cultural de um povo pode ser definida pelo o que ele tem de diferente dos outros, e em comum consigo mesmo, e entendermos que o que é considerado arte depende da cultura que estamos inseridos, bem como o termo “arte popular” foi construído de forma a desvalorizar um tipo de arte para valorizar outro, exclusivamente de conceito europeu, podemos concluir que as obras destes artistas / artesãos fazem parte de nossa identidade e história enquanto brasileiros, pois elas retratam nossa realidade, falam de nossas culturas, de nossas festas, nossos sonhos e sofrimentos. Que mulher não se identifica com as belas bonecas do Vale do Jequitinhonha? Ou quem não sabe, ao ver uma escultura de um casal de cangaceiros, que são Lampião e Maria Bonita?

Como herança indígena, a cerâmica sobrevive até os tempos atuais, sendo transformada a todo o momento em uma narrativa de nossa história, por exemplo, Mestre Vitalino retratou os trabalhadores na lavoura, e Luiz Antônio já em seu tempo, retrata o eletricista consertando os transformadores, ela, portanto mostra o que é e o que foi.

O barro, material abundante em nosso país, é uma matéria-prima barata, de fácil acesso e cuja modelagem não causa danos ao meio ambiente, sendo também um material mítico, associado a criação do homem, usado pelos homens desde a descoberta do fogo na pré-história. Desta forma é considerável refletir que através da valorização das peças cerâmicas, é possível incentivar o crescimento do trabalho com barro, o que é significativo em dois sentidos: o primeiro que evita a forte migração nos períodos de seca; e o segundo que através do trabalho com bens materiais sustentáveis é possível preservar o meio ambiente.

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Referências

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