Programa de PósGraduação em Físi a e Matemáti a Apli ada
ESTUDO DO 16
o
PROBLEMA DE HILBERT
COM ÊNFASE NO CASO ALGÉBRICO
Fernando Félix Oliveira e Silva
Programa de PósGraduação em Físi a e Matemáti a Apli ada
Fernando Félix Oliveira e Silva
ESTUDO DO 16
o
PROBLEMA DE HILBERT
COM ÊNFASE NO CASO ALGÉBRICO
Dissertação submetida ao Programa de Pós
Graduação em Físi a e Matemáti a Apli ada omo
parte dos requisitos para obtenção do Título de
Mestre em Ciên ias em Físi a e Matemáti a
Apli- ada.
Área de Con entração: Matemáti a Apli ada
Orientador: Prof. Dr. Luis Fernando de Osório
Mello
Setembro de 2013
Programa de Pós-Graduação em Físi a e Matemáti a Apli ada
Fernando Félix Oliveira e Silva
ESTUDO DO 16
o
PROBLEMA DE HILBERT
COM ÊNFASE NO CASO ALGÉBRICO
Dissertação aprovada por ban a examinadora em 10 de
setembro de 2013, onferido aoautor otítulode Mestre em
Ciên ias em Físi a e Matemáti a Apli ada.
Ban a examinadora:
Prof. Dr. LuisFernando de OsórioMello (Orientador)
Prof. Dr. JaumeLlibre
Prof. Dr. FábioS al o Dias
Itajubá
Dedi o este trabalho aos meus pais Félixe Cida, a meus irmãos Daniel e Lívia, pois sem
Gostariadeagrade eratodosque, diretamenteounão, ontribuíramparaqueeu hegasse
até aqui e para queeste trabalho fosserealizado. Em espe ial, agradeço:
ADeus pelavida,porter me dadoforças para superaras di uldadese assimrealizar
este sonho, por tudo.
Aos meus pais: Félix Ferreira e Maria Apare ida, por serem meu maior exemplo de
superação, orgulho e de pessoas batalhadoras. Agradeço pela edu ação, por todos os
sa rifí ios que zeram para que nada faltasse nessa minha aminhada, pelo apoio e por
todoo arinho em todas asvezes em que eu estiveem Montes Claros. Agradeçotambém
aos meus irmãos Daniel Oliveira e Lívia Oliveira pelos vários momentos des ontraídos.
Não poderia esque er da minha avó maria e meus outros avós, v Mário, vó tutu em
memória. Muito obrigado, vo ês são o meu pilar entral, sem o qual eu desabaria em um
instante. Amovo ês! Obrigado porexistirem.
AosmeusfamiliaresdeMonteAzul-MGquesempremeapoiarametor erampelomeu
su esso.
Ao meu orientador Prof. Dr. LuisFernando Osório Mello,pelos ensinamentos queme
propor ionou, peloexemplopessoale prossionalqueé, pelas di as valiosasque
possibili-taram a realização deste trabalho.
ÀminhanamoradaKellyJa iara,peloamor, arinho,in entivo, ompreensãoe
pa iên- ianos váriosmomentosemqueostresseomauhumormedominaram,peloombroamigo
nashorasdifí eisedealegria. Agradeçotambémasuafamília,seupaiNelson,suamãe
Lu- iene,seus irmãosMi hael (Bura),Luisim,AlbaninhaePedroAnésio (Peu) pelaamizade,
e sua avó Albânia pelos momentos de des ontração.
Pedro Anésio e Hugo Costa pela onança, amizade, ensinamentos, et do primeiro e
amizade dos demais.
Aosprofessores dodepartamentode matemáti adaUNIMONTES(emparti ular,
Ro-sivaldo, Rosina, Grazi, Sebastião (Tiãozinho), Edson, Carine, Ezequiel Barbosa, Sérgio),
pelaamizadee pelaparti ipação na onstrução domeu onhe imento.
Aos professores dodepartamento de matemáti adaUNIFEI (em parti ular, LuisF
er-nando, Alexander, Antnio Fernandes, Ja son, Mariza, Már io, Fábio), pela amizade,
pelos onhe imentos e atenção.
Aosprofessores detodaminhavida,dapré-es ola àpós-graduação,queme inspiraram
e in entivaram.
Aos meus olegas de mestrado, Adriana, Adriano Braga, Alexandre (Limoeiro),
An-tnioMelo,Cleuber,Edson(Pelé),FernandoGuimarães,Filipe,Fran o,Gian arlo,Hemily,
Hugo Costa, Jarne, Luiz Fernando, Mariane, Marina, Marlon (Pindu a), Paulo Henrique
(PH), Thais, Cléia Niz, Tatiane e Warley Cunha, Tiago Ribeiro uja onvivên ia me foi
muito enrique edora.
Aos amigos de Itajubá, Adriano Braga, Celso, Cleuber, Edson, Elaine, Fernando
Guimarães, Fran o, Gian arlo, Hugo, Jarne, José Lu as, Néia, Paulo Henrique e Tiago
Ribeiro,pelaamizadee onvívio.
Agradeçoàban aexaminadora: Prof. Dr. JaumeLlibre eprof. Dr. FábioS al oDias
peladisponibilidade.
À CAPES, peloapoio nan eiro.
Podemosfa ilmenteperdoaruma riança quetem medo do es uro;a real tragédiada
vida équando os homenstêm medoda luz."
O objetivo desta dissertação é apresentar um estudo do 16 o
Problema de Hilbert
enfa-tizando o aso algébri o. Ini iamos om a teoria geral. Estudaremos os i los limites
algébri os enão algébri os, posteriormenteestudaremos arealização de uma onguração
de i los limitesenalizamos omoestudo de umaprova parao16 o
Problemade Hilbert
para i loslimitesalgébri osqueestão ontidosem urvasalgébri asinvariantesgenéri as.
Palavras have: 16 o
Problemade Hilbert, i lo limitealgébri o, urva algébri a
Theobje tiveofthisdissertationistopresentastudy ofthe 16thHilbertProblem
empha-sizing the algebrai ase. We begin with the general theory. We will study the algebrai
and not algebrai limit y les, later we willfo us on the study of a realization of a
on-gurationof limit y les. Finally,wegiveaproofof the 16thHilbertProblemfor algebrai
limit y les that are ontainedin generi invariant algebrai urves.
Agrade imentos ii Resumo v Abstra t vi Índi e vii Lista de Figuras ix 1 Introdução 1
2 Denições e resultados preliminares 3
3 Sistemas de equações diferen iais om i los limites não algébri os 15
3.1 O i lolimite da equaçãode vander Pol énão algébri o . . . 15
3.2 Apli açãode Poin aré . . . 21
3.3 Compa ti ação de Poin aré . . . 25
3.4 Exemplo de um sistema om i lo limite não algébri oexplí ito . . . 30
4 Realização de uma onguração de i los limites 37 4.1 Realizaçãode uma onguração de i los limites, 1 a versão . . . 38
4.2 Realizaçãode uma onguração de i los limites, 2 a versão . . . 44
4.3 Apli açõesdos Teoremas 4.1.2 e4.2.1 . . . 45
5 Sobre o 16 o
Problema de Hilbert para i los limites algébri os 51
2.1 Trajetórias do ampo
χ
. . . 42.2 Esboçodo retratode fasedo sistemaasso iado ao ampo(2.2). . . 7
2.3 Conguração de i los
C =
{C
1
, C
2
, C
3
}
do Exemplo2.0.5. . . 133.1 Grá o da transformaçãode Poin aré em i loslimitesestáveis e instáveis. . . . 22
3.2 Grá o da transformaçãode Poin aré em i loslimitessemi-estáveis. . . 23
3.3 Esboçoda transformaçãode Poin aré doExemplo 3.2.1. . . 24
3.4 Projeção entral. . . 26
3.5 Retrato defase nodis o de Poin aré do sistema(3.18). . . 36
4.1 Esboçodo retratode fasedo sistemadoExemplo 4.3.1. . . 47
4.2 Esboçodo retratode fasedo sistemadoExemplo 4.3.2. . . 48
Introdução
Considere a equação diferen ialnoplano
dx
dt
= P (x, y),
dy
dt
= Q(x, y),
(1.1)
onde
P
eQ
são polinmiosnas variáveisx
ey
.Ograu dosistema (1.1) é omáximo entre os graus dos polinmios
P
eQ
, ou seja, sed
1
= grau(P )
ed
2
= grau(Q)
,então ograu dosistema (1.1) é igual aomáximo entred
1
ed
2
.EmParis,noanode1900,Hilbert[10℄noSegundoCongressoInterna ionalde
matemáti- os propósuma listade 23problemas relevantes para serem resolvidos. Na segunda parte
do 16 o
problema da lista proposta por Hilbert ele pergunta sobre o número máximo e a
posiçãorelativados i loslimitesdosistema
(1.1)
. Seo graudosistema(1.1)é1,ouseja,(1.1)
é um sistemalinear, então elenão tem i lo limite. Este tem sido um dos prin ipais problemas na teoria qualitativa das equações diferen iais planares no sé ulo XX. Nestetrabalho enfatizaremosa versão algébri adeste problema.
Em[14℄, J. Llibre, R. Ramirez e N. Sadovskaia perguntam: É
1 + (n
− 1)(n − 2)/2
o número máximo de i los limites algébri os que um ampo vetorial polinomialde graun
pode ter?Anoção de i lo limite apare eu nos anos 1891 e1897 nos trabalhos doPoin aré [18℄.
Em1986, Bamon[1℄ demonstroupara o aso de amposde vetores quadráti os, queo
sistema
(1.1)
tem nitos i los limites. Em 1991, (e 1992), Ilyashenko [11℄, (e É alle [8℄) mostraram em trabalhos independentes quequalquer ampo vetorial polinomialtem umaquantidade nita de i los limites, mas não provam a existên ia de um limitante
supe-rior uniforme. Esse problema permane e aberto até para o ampo de vetores polinomial
quadráti o. Esses resultados (Bamon, e prin ipalmente Ilyashenko e É alle) tem sido os
prin ipaisresultados nessa área.
A dissertaçãoestá disposta daseguinte forma:
No Capítulo 2 será feita uma abordagem geral da teoria fundamental utilizada na
dissertação e será baseada em [7℄e [15℄.
Neste trabalho enfatizaremos o aso algébri o, porém no Capítulo 3 trataremos os
i los limites não algébri os. K.Odani em [16℄ foi oprimeiroa mostrar queo i lo limite
da equação de van der Pol é não algébri o, no entanto a expressão do i lo limite não é
dadaexpli itamente. EsteassuntoserátratadonaSeção3.1. J.LlibreeR.Benterkiem[2℄
exibem um sistema diferen ialpolinomialde grau três om um i lo limite não algébri o
explí ito. Este assuntoserá tratado naSeção 3.4.
Será estudado no Capítulo 4 uma espé ie de re ípro a do 16 o
Problema de Hilbert,
isto é, dado um onjunto nito de urvas de Jordan disjuntas no plano é possível exibir
um sistema diferen ial polinomial tendo essas urvas omo i los limites. Dois teoremas
(Teorema 4.1.2 e Teorema 4.2.1) exibem ampos vetoriaispolinomiaisrealizando a
on-guraçãode i loslimites dadaa menos de um homeomorsmo. Esses resultados estãoem
[13℄e [17℄, respe tivamente.
Em [14℄, J. Llibre, R. Ramirez e N. Sadovskaia provam que para um ampo vetorial
polinomial planar de grau
n
≥ 2
om urvas algébri as invariantes genéri as o número máximo de i los limitesalgébri os é1 + (n
− 1)(n − 2)/2
,quandon
épar, e(n
− 1)(n −
2)/2
, quandon
é ímpar e que, além disso, esses limitantes superiores são al ançados, ou seja, resolvem o 16o
Problema de Hilbert para a lasse das urvas algébri as invariantes
genéri as. Este assunto será tratadono Capítulo5.
Por m, teremos uma on lusão, onde iremos sugerir alguns trabalhos a serem feitos
Denições e resultados preliminares
Neste apítuloenun iaremosasdeniçõesmaisutilizadasem nossotexto, tais omo i los
limites algébri os, ongurações de i los limites, et . Apresentaremos alguns resultados
relevantes paranossotrabalho. Conven ionaremosquefunçõesapli adasem letras
maiús- ulas denotará funções apli adas em vetores e funções apli adas em letras minús ulas
denotará funções apli adasem númerosreais. Este apítulo será baseado em [7℄e [15℄.
Considere osistema diferen ial
˙x = P (x, y),
˙y = Q(x, y),
(2.1)onde
P
eQ
são polinmiosreais de grausm
en
, respe tivamente nas variáveisx
ey
,˙x
e˙y
denotam derivadas om respeito avariável independentet
;x
′
e
y
′
também denotarão
derivadas om respeito avariável independente
t
.Denição 2.0.1. O grau do sistema
(2.1)
é o máximo entre os grausdos polinmiosP
eQ
, ou seja, é o máximo entre os valores m e n.Exemplo 2.0.1. Considere o sistema
˙x = P (x, y) = x
2
+ y
3
,
˙y = Q(x, y) = y
5
.
O grau deste sistema é o máximo entre o graus dos polinmios
P
eQ
, logo é 5.Denição 2.0.2. Um ampo de vetores de lasse
C
r
,r
≥ 1
emR
n
é uma apli açãoχ : U
⊂ R
n
→ R
n
, ondeU
é aberto emR
n
.PSfrag repla ements
I
t
R
U
ϕ
ϕ(t)
ϕ
′
(t) = χ(ϕ(t))
Figura2.1: Trajetóriasdo ampo
χ
.Ao ampovetorial
χ
está asso iado a equação diferen ialautnomaX
′
= χ(X)
, onde
X
′
=
dX
dt
e re ipro amente, à equação diferen ial autnoma está asso iado o ampo de vetores
χ
, ondeX
∈ U
eU
é aberto emR
n
. As soluções desta equação, isto é, as apli ações
diferen iáveis
ϕ : I
→ U
(I
intervalo dareta) taisqueϕ
′
(t) =
dϕ
dt
(t) = χ(ϕ(t))
para todo
t
∈ I
, são hamadas trajetórias ou urvas integrais deχ
. Veja Figura 2.1.Denição 2.0.3. Seja
χ : U
⊂ R
n
→ R
n
um ampo de vetores emR
n
, ondeU
é um aberto emR
n
e
X
0
∈ U
,X
0
é dito ponto singular ou ponto de equilíbrio do ampoχ
seχ(X
0
) = 0
eX
0
é dito ponto regular deχ
seχ(X
0
)
6= 0
.Denição 2.0.4. Um ponto singular
X
0
de um ampo vetorialχ : U
⊂ R
n
→ R
n
, de
lasse
C
r
,
r
≥ 1
, hama-se hiperbóli o se todos os autovalores da matriz ja obiana deχ
emX
0
,Dχ(X
0
)
, tem partes reais diferente de zero.O próximo teorema garantirá que o omportamento numa vizinhança de um ponto
singular hiperbóli oé sempre modeladopelo omportamento daparte linear.
Teorema 2.0.1 (Hartman-Grobman). Sejam
χ : U
→ R
n
um ampovetorial de lasse
C
1
no aberto
U
⊂ R
n
e
X
0
um ponto singular hiperbóli o. Então existem vizinhanças V deX
0
em U eW
de0
emR
n
A demonstração deste teorema, assim omo a teoria para entendê-lo, podem ser
en- ontrados em [20℄, página
294
.Denição2.0.5. Seasolução
X(t) = (u(t), v(t))
dosistema(2.1)
éumafunçãoperiódi a não onstante de t, ela é dita periódi a. O lugar geométri o desta solução em U é umatrajetória fe hada do sistema.
Denição2.0.6. Seja
U
umsub onjunto aberto deR
2
e
χ
∈ C
1
(U)
um ampode vetores.
Para
X
0
∈ U,
onsiderea soluçãoφ(t, X
0
)
de umproblemade valor ini ial(PVI) denido sobre seu intervalo maximal de existên ia I. Então a apli açãoφ : ∆
⊂ R × U → U
é hamada de uxo da equação diferen ialou uxo gerado pelo ampo de vetoresχ
.Exemplo 2.0.2. O sistema linear
˙x = 2x,
˙y =
−y
tem uxo dado por
φ : R
× R
2
→ R
2
φ(t, (x, y)) = (xe
2t
, ye
−t
).
Denição 2.0.7. Um i lo limite do sistema (2.1) é uma solução periódi a isolada do
onjunto de todas as órbitas periódi as do sistema (2.1), maispre isamente,
γ
é um i lo limite quando existe uma vizinhança V deγ
tal que, em V,γ
é a úni a órbita periódi a do sistema (2.1). Se um i lo limiteestá ontida em uma urva algébri a do plano,entãoele é algébri o, aso ontrário é hamado não algébri o.
Exemplo 2.0.3. Considere o ampo
χ(x, y) = (
−y − x(−1 + x
2
+ y
2
), x
− y(−1 + x
2
+ y
2
)).
(2.2)
Fazendo a mudança de oordenadas polares
x = r cos θ
ey = r
senθ
, obtemos quex = r cos θ
⇒ x
′
= r
′
cos θ
− rθ
′
senθ,
y = r
senθ
⇒ y
′
= r
′
senθ + rθ
′
cos θ.
Mas,x
′
=
−y − x(−1 + x
2
+ y
2
) =
−r
senθ
− r cos θ(−1 + r
2
),
y
′
= x
− y(−1 + x
2
+ y
2
) = r cos θ
− r
senθ(
−1 + r
2
),
e assim,temos−r
senθ
− r cos θ(−1 + r
2
) = r
′
cos θ
− rθ
′
senθ,
r cos θ
− r
senθ(
−1 + r
2
) = r
′
senθ + rθ
′
cos θ.
Multipli ando(
−r
senθ
− r cos θ(−1 + r
2
) = r
′
cos θ
− rθ
′
sen
θ)
por
cos θ
e
(r cos θ
− r
senθ(
−1 + r
2
) = r
′
sen
θ + rθ
′
cos θ) por
sen
θ
e em seguida somando as duasequações obtidas, temos
r
′
=
−r(−1 + r
2
).
Agora multipli ando a equação
(
−r
senθ
− r cos θ(−1 + r
2
) = r
′
cos θ
− rθ
′
sen
θ)
por
−
senθ
e
(r cos θ
− r
senθ(
−1 + r
2
) = r
′
sen
θ + rθ
′
cos θ)
por
cos θ
e em seguida somando as duasequações obtidas, temos
θ
′
= 1.
• θ
′
= 1 > 0
, portanto, a omponente angular é res ente.
• r
′
=
−r(−1 + r
2
)
, portanto, a omponente radial é res ente para
0 < r < 1
e de res ente parar > 1
. Ser = 1
, temosr
′
= 0
, e portanto, des revemos um ír ulo
C
de raio 1, já que a omponenteradial é onstante.O retrato de fase é des rito na Figura
2.2
.Denição 2.0.8. Considere o aso planar. Dizemos que um i lo limite
γ
é um i lo limite estável se existir um abertoU
0
⊂ U
tal queγ
⊂ U
0
e ω(X) = γ
para adaX
∈ U
0
.γ
é um i lo limite instável se existir um abertoU
0
⊂ U
tal queγ
⊂ U
0
e α(X) = γ
para adaX
∈ U
0
.γ
é um i lo limite semi-estável se existir um abertoU
0
⊂ U
tal queγ
⊂ U
0
e ω(X) = γ
para adaX
∈ U
0
∩ extγ e α(X) = γ
, para adaX
∈ U
0
∩ intγ
ou entãoω(X) = γ
, para adaX
∈ U
0
∩ intγ
eα(X) = γ
, para adaX
∈ U
0
∩ extγ
, ondePSfrag repla ements
x
y
C
Figura2.2: Esboço do retratodefase dosistemaasso iadoao ampo (2.2).
Observação 2.0.1. O i lo limite
γ
é dito estável quando para todoX
0
∈ U
0
tivermoslim
t→+∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0.
γ
será instável quando para todoX
0
∈ U
0
tivermoslim
t→−∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0.
Finalmente
γ
será semi-estável quando para todoX
0
∈ U
0
∩ extγ
tivermoslim
t→+∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0
e para todo
X
0
∈ U
0
∩ intγ
tivermoslim
t→−∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0,
ou para todo
X
0
∈ U
0
∩ intγ
tivermoslim
t→+∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0
e para todo
X
0
∈ U
0
∩ extγ
tivermoslim
t→−∞
d(φ(t, X
0
), γ) = 0.
Denição 2.0.9. Sejam
χ
um ampo de vetoresC
1
denido em um abertoU
deR
2
eH : U
→ R
,C
1
(U)
não onstante. Dizemosque
H
é uma integral primeira deχ
emU
seH
permane e onstanteao longo das trajetórias deχ
ontidas emU
.Denição 2.0.10. SejamU umsub onjunto abertodo
R
2
eH : U
→ R
umaapli ação de lasseC
2
. Um sistema da formax
′
=
∂H
∂y
,
y
′
=
−
∂H
∂x
,
(x, y)
∈ U
é hamado um sistema Hamiltoniano.
Exemplo 2.0.4. Considere o sistema
x
′
= y,
y
′
=
−kx.
TomemosH(x, y) =
1
2
(y
2
+ kx
2
).
Segue que∂H
∂x
(x, y) = kx e
∂H
∂y
(x, y) = y.
Logo, o sistema a ima pode ser rees rito da seguinte forma
x
′
=
∂H
∂y
,
y
′
=
−
∂H
∂x
,
ou seja, é Hamiltoniano.
Denição2.0.11. Um difeomorsmo
h : E
→ E
, ondeEéum sub onjuntoaberto doR
n
,
preserva volume quando, para qualquer aberto limitado
E
1
⊂ E
, os onjuntosh(E
1
) e E
1
tem o mesmo volume.Opróximoresultado pode ser en ontrado em [6℄, p. 266.
Teorema 2.0.2. Um difeomorsmo
h : E
→ E
de lasseC
1
de um aberto
E
⊂ R
n
preservavolume se, e somente se,o determinanteja obiano de
h
tem valor absoluto ons-tante e igual a1
, ou seja se, e somente se,| det(Dh(X
0
))
| = 1.
Demonstração: Usaremos vol para indi ar volume, por exemplo: vol
U =
volume deU
.Ademonstraçãoseguedadeniçãodevolumeem
R
n
edoteoremademudançadevariáveis
emintegraismúltiplasparaabertoslimitados
U
⊂ E
edifeomorsmosh : E
→ E
de lasseC
1
. Valevol U =
Z
U
dX =
Z
h
−1
(U )
| det(Dh(X))|dX
e, portanto,em parti ular,vol h(U) =
Z
h(U )
dX =
Z
U
| det(Dh(X))|dX
(notequees revemosasintegraismúltiplasem onjuntosdo
R
n
omumsinaldeintegração
sóe om
dX
em vez do ostumeirodx
1
...dx
n
do ál ulo,masissonãodeve ausar onfusão om as integrais em uma variável).Se
| det(Dh(X
0
))
| = 1
para qualquerX
0
∈ E
, então temosvol h(U) =
Z
U
| det(Dh(X))|dX =
Z
U
dX = vol U,
ou seja,
h
preserva volume. Re ipro amente, supondo que| det(Dh(X))|
não é ons-tante igual a1
emE
, por exemplo| det(Dh(Y
0
))
| > 1
para algum pontoY
0
∈ E
, pela ontinuidade dedet(Dh(X))
, obtemosa > 1
e um aberto limitadoU
⊂ E
tal que| det(Dh(Y ))| ≥ a > 1
para adaY
∈ U
e, portanto,vol h(U)
≥
Z
U
a.dX = a.vol U > vol U,
ou seja,
h
não preserva volume.Agora, onsidere
χ : R
n
→ R
n
um ampode vetores polinomial ujo uxo
φ
t
: E
→ E
está denido para todot
real.Denição 2.0.12. Dizemos que o uxo do ampo
χ
preserva volume A seA(φ
t
(E
1
)) = A(E
1
),
Seja
χ : U
⊂ R
n
→ R
n
,U
aberto emR
n
,χ(x
1
, x
2
, ..., x
n
) = (f
1
(x
1
, ..., x
n
), f
2
(x
1
, ..., x
n
), ..., f
n
(x
1
, ..., x
n
))
um ampo vetorialC
1
(U)
. Re orde quea divergên ia (denotado pordiv) do ampo
χ
no pontoX
∈ U
éo traço (tr) damatriz ja obianadeχ
apli adoemX
, ouseja,divχ(X) = trDχ(X) =
∂f
1
∂x
1
(X) + ... +
∂f
n
∂x
n
(X).
O teorema a seguir (Teorema de Liouville) garante que a divergên ia de um ampo
determina ataxade variaçãodovolume pelaaçãodouxo do ampo. Para maisdetalhes
veja [6℄, p. 267.
Teorema 2.0.3 (Teorema de Liouville). Se um ampo de lasse
C
1
tem divergên ia
nula, então seuuxo preserva volume.
Demonstração: Pelafórmulade Liouville,
det(Dφ
t
(X)) = exp
Z
t
0
trDχ(φ
s
(X))(X)ds
.
Como div
χ = 0
, temosA(φ
t
(E
1
)) =
Z
E
1
det(Dφ
t
(X))dX =
Z
E
1
exp
Z
t
0
trDχ(φ
s
(X))(X)ds
dX =
Z
E
1
dX = A(E
1
).
Portanto,o uxo preservavolume.
O Teorema de Liouville assegura que o volume de
φ
t
(E
1
)
é onstante emt
, de modo que não é possível que todas estas trajetórias se afastem umas das outras, pois, istoausaria uma expansão do volume de
E
1
: se existiruma direção em queas trajetórias se afastem umasdas outras,deveria também existirumaoutradireçãoem queastrajetóriasse aproximamumas das outras.
Opróximoresultado garanteque o uxo de ampos Hamiltonianospreserva volume.
Proposição 2.0.1. O uxo de um ampo Hamiltoniano preserva volume.
Demonstração: Consideremos um sistema Hamiltoniano
χ
,ou seja,x
′
=
∂H
∂y
,
y
′
=
−
∂H
PeloTeoremade Liouville,basta mostrarmosquediv
χ = 0
. Noteque, deH
ser de lasseC
2
, segue∂
∂x
∂H
∂y
=
∂
2
H
∂x∂y
=
∂
2
H
∂y∂x
=
∂
∂y
∂H
∂x
,
portanto,divχ = trDχ =
∂
∂x
∂H
∂y
+
∂
∂y
−
∂H
∂x
= 0.
Logo,todo ampoHamiltonianotemdivergên ianula,oqueimpli aqueouxodo ampo
χ
preserva volume.Denição 2.0.13. Seja
χ
um ampo de vetores omo no sistema(2.1)
,C
1
denido em um abertoU
deR
2
. Então,χ
é exato emU
se∂P
∂x
=
−
∂Q
∂y
para todo
(x, y)
∈ U
. Além disso, seU
é simplesmente onexo, então existe uma funçãoH : U
→ R
satisfazendo:P =
−
∂H
∂y
,
Q =
∂H
∂x
.
Portanto, a função
H
é a Hamiltoniana do ampo de vetores Hamiltonianoχ
.Denição 2.0.14. Sejam
χ
um ampo vetorial denido em um abertoU
eV : U
→ R
uma função de lasseC
1
. Denimos a derivada de
V
na direção do ampoχ
no pontoX
∈ U
, denotadoporχV
, porχV =
∇V (X) · χ(X).
Proposição 2.0.2. Se um sistema é Hamiltoniano, então a apli ação
H
é uma integral primeira do sistema Hamiltoniano, ou seja,H(x, y)
permane e onstante ao longo das trajetórias do sistema.Demonstração: Observe que
˙
H =
∂H
∂x
dx
dt
+
∂H
∂y
dy
dt
=
∂H
∂x
∂H
∂y
+
∂H
∂y
−∂H
∂x
= 0.
Denição 2.0.15. Uma função
R : U
→ R
,C
1
(U)
,
U
⊂ R
2
é um fator integrante do
ampo de vetores
χ = (P, Q)
, quando∂(RP )
∂x
=
−
∂(RQ)
∂y
.
Uma funçãoV : U
→ R
,C
1
(U)
é um fator integrante inverso do ampo de vetores
χ
quando satisfaz a equaçãoP
∂V
∂x
+ Q
∂V
∂y
=
∂P
∂x
+
∂Q
∂y
V
emU
.Proposição 2.0.3. Se
V
é umfator integrante inverso do sistema(2.1)
, então o sistema asso iado ao ampo1
V
(P, Q)
é Hamiltoniano.
Demonstração: Como
V
é um fator integrante inverso do sistema(2.1)
,V
é solução da equaçãodiferen ial par iallinearP
∂V
∂x
+ Q
∂V
∂y
=
∂P
∂x
+
∂Q
∂y
V,
(x, y)
∈ U.
TomemosH(x, y) =
Z
1
V
P dy + c,
onde
c
éuma onstante. Daí,∂H
∂x
=
Z
∂
∂x
1
V
P
dy =
Z
−
1
V
2
∂V
∂x
P +
1
V
∂P
∂x
dy =
Z
−
1
V
2
P
∂V
∂x
−
∂P
∂x
V
dy.
De
V
ser um fatorintegranteinversoP
∂V
∂x
−
∂P
∂x
V =
∂Q
∂y
V
− Q
∂V
∂y
,
assim,∂H
∂x
=
Z
−
1
V
2
∂V
∂x
P
− V
∂P
∂x
dy =
Z
−
1
V
2
∂Q
∂y
V
− Q
∂V
∂y
dy =
=
Z
1
V
2
∂V
∂y
Q
−
1
V
∂Q
∂y
dy =
Z
∂
∂y
−
V
1
Q
dy =
−
1
V
Q.
PSfrag repla ements
x
y
C
1
C
2
C
3
−1
1
Figura 2.3: Conguraçãode i los
C =
{C
1
, C
2
, C
3
}
doExemplo 2.0.5. Poroutro lado, temos∂H
∂y
=
Z
∂
∂y
1
V
P
dy =
1
V
P.
Porm, omo
H
é de lasseC
2
, osistema asso iado ao ampo
1
V
(P, Q)
é Hamiltoniano.
Denição 2.0.16. Uma onguração de i losé um onjunto nito
C =
{C
1
, ..., C
n
}
de urvas simples, fe hadas e disjuntas do plano.Denição 2.0.17. Dada uma onguração de i los
C =
{C
1
, ..., C
n
}
, a urvaC
j
é dita primária se não existe uma urvaC
i
∈ C
no interior da região limitada porC
j
.Exemplo 2.0.5. Considere
C =
{C
1
, C
2
, C
3
}
, ondeC
1
= (x + 1)
2
+ y
2
− 1, C
2
= (x + 1)
2
+ y
2
−
1
2
e C
3
= (x
− 1)
2
+ y
2
−
1
2
.
As urvas
C
2
eC
3
são primárias, visto que não existeuma urvaC
i
∈ C
, no interior da região limitada porC
2
eC
3
. Veja Figura2.3
.Denição 2.0.18. Duas ongurações de i los
C =
{C
1
, ..., C
n
}
eC
′
=
{C
′
1
, ..., C
m
′
}
são (topologi amente) equivalentes se existe um homeomorsmoh : R
2
→ R
2
tal queh
n
[
i=1
C
i
!
=
m
[
i=1
C
′
i
!
.
Proposição 2.0.4. Sejam
C =
{C
1
, ..., C
n
}
eC
′
=
{C
′
1
, ..., C
m
′
}
duas ongurações equi-valentes de i los, entãon = m
.Demonstração: Sejam
C =
{C
1
, ..., C
n
}
eC
′
=
{C
′
1
, ..., C
m
′
}
duas ongurações equi-valentes de i los e suponha quem
6= n
, ou seja,m < n
oum > n
. Faremos o asom > n
, ooutro aso éanálogo. Como adaC
i
, 1
≤ i ≤ n
, é ompa to e onexo eh
éum homeomorsmo, temos queh(C
1
), ..., h(C
n
)
é ompa to e onexo e omoh
n
[
i=1
C
i
!
=
m
[
i=1
C
′
i
!
segue que o número de urvas no domínio deve ser igual ao número de urvas no
on-tradomínio, oque é uma ontradição om nossa hipótese.
Denição2.0.19. Dizemosqueumaequaçãodiferen ialpolinomialrealizaa onguração
Sistemas de equações diferen iais om
i los limites não algébri os
Neste apítulotrataremosos i loslimitesnão algébri os. Naprimeiraseçãomostraremos
que o i lolimitedaequação de vander Polénão algébri oenãoexplí ito. Naverdadeo
resultado queserámostrado naprimeiraseçãoémais amplo. NaSeção3.4 exibiremosum
sistema diferen ial polinomial de grau três om i lo limite não algébri o explí ito. Tal
i lo limite será também estável e hiperbóli o e ilustraremos seu retrato de fase no dis o
de Poin aré. As seções 3.2 e 3.3 (Apli ação de Poin aré e Compa ti ação de Poin aré)
serão úteispara entendermosmelhor i lolimite hiperbóli o, estabilidadede i loslimites
e ompa ti ação de Poin aré. Com a ompa ti ação de Poin aré é possível fazer um
estudo das órbitas de um ampo polinomial no innito e om a apli ação de Poin aré
podemosestudara estabilidadede i los limites. A Seção3.1 ébaseada em [16℄e aSeção
3.4 ébaseada em [2℄.
3.1 O i lo limite da equação de van der Pol é não
al-gébri o
Nesta seçãomostraremosqueas urvassoluçõesde sistemasdeLiénardsatisfazendo
algu-mas exigên ias,queserãoespe i adas, são nãoalgébri as. Como oroláriodesseteorema
limite daequação de vander Polé não algébri o.
f
x
ef
y
denotará derivada om respeito a variávelsubs rita. Nesta seção apenas teremos omo variáveisx
ey
.Teorema 3.1.1. Se um sistema polinomial de Liénard
˙x = y,
˙y =
−f(x)y − g(x),
(3.1)satisfaz:
(i)
f, g
6= 0
,(ii) grau(
f
)≥
grau(g
),(iii)
g/f
6=
onstante,então, o sistema 3.1 não tem urvas soluções algébri as.
Olema a seguirserá essen ialpara a provado Teorema
3.1.1
.Lema 3.1.1. Se a urva solução do sistema polinomial
˙x = P (x, y),
˙y = Q(x, y),
(3.2)está ontida em uma urva algébri a irredutível
Φ = 0
, então existe um polinmioh(x, y)
satisfazendoP (x, y)Φ
x
(x, y) + Q(x, y)Φ
y
(x, y) = h(x, y)Φ(x, y).
(3.3)Re ipro amente,se aequação
(3.3)
ésatisfeita,entãoa urvaalgébri aΦ = 0
éuma urva invariante do sistema(3.2)
.Demonstração: Diferen iando a equação
Φ = 0
, temosΦ
x
˙x + Φ
y
˙y = 0
, ou seja, o lado esquerdo daequação(3.3)
é identi amentenulo. Isto impli aque o produto interno(Φ
x
, Φ
y
).( ˙x, ˙y)
é identi amente nulo, e portanto,(Φ
x
, Φ
y
)
é ortogonal a( ˙x, ˙y)
em todo ponto. Logo o lado esquerdo temΦ
omo fator omum pelo Teorema III.3.1 de [23℄, isso prova a primeiraparte dolema.A re ípro a pode ser feita de maneiraanáloga.
Demonstração: Assumamosque uma urva solução dosistema
(3.1)
está ontida em uma urva algébri airredutívelΦ = 0
,então usandoo Lema3.1.1
obtemosh(x, y)Φ(x, y)
− yΦ
x
(x, y) + yf (x)Φ
y
(x, y) + g(x)Φ
y
(x, y) = 0.
(3.4)Rees reveremos
Φ(x, y)
eh(x, y)
daseguinteforma:Φ(x, y) =
k
X
j=0
Φ
j
(x)y
j
, onde Φ
k
(x)
6= 0,
h(x, y) =
l
X
j=0
h
j
(x)y
j
,
M = grau(f ) e N = grau(g).
Rees revendo agora a equação
(3.4)
e olo andoo termoy
i
,
0
≤ i ≤ k + l
, em evidên ia onseguimos0 = y
0
[Φ
0
(x)h
0
(x) + g(x)Φ
1
(x)] + y[h
0
(x)Φ
1
(x) + h
1
(x)Φ
0
(x)
− Φ
′
0
(x) + 2g(x)Φ
2
(x))]
+... + y
k+l−1
[Φ
k
(x)h
l−1
(x) + Φ
k−1
(x)h
l
(x)] + y
k+l
[Φ
k
(x)h
l
(x)].
Como
Φ
k
(x)
6= 0
, temos queh
l
(x) = 0
. Continuando analisando os termos dey
k+j
,
2
≤ j ≤ l
,vemos queh
j
(x) = 0, j = 2, ..., l.
Analisando agorao termo de
y
k+1
, temos
−Φ
′
k
(x) + h
1
(x)Φ
k
(x) = 0.
Como
h
1
(x)
é um polinmio onseguimos queh
1
(x) = 0
eΦ
′
k
(x) = 0
, o que impli aΦ
k
(x) =
onstante. Assim, obtemos queh(x, y) = h
0
(x)
.A partir de agora omitiremos a variável
x
nas funções. Comparando os termos dey
j
,
temos
−Φ
′
j−1
+ h
0
Φ
j
+ jf Φ
j
+ (j + 1)gΦ
j+1
= 0.
(3.5)Sejam
m
ograumáximo dospolinmiosΦ
j
en
osuxotalquegrau(Φ
n
) = m
. Colo andoj = n
naequação(3.5)
,temosNote que olado direito da equação
(3.6)
tem grau menor doquem + N
. ComoM
≥ N
, o lado direito da equação(3.6)
tem grau menor do quem + M
− 1
. Assim, obtemos grau(h
0
+ nf ) < M
e, portanto, grau(h
0
+ jf ) = M
, paraj
6= n
.Colo ando
j = k
naequação(3.5)
, temosΦ
′
k−1
= [h
0
+ kf ]Φ
k
.
Como
Φ
k
é onstante não nulo, temos que grau(Φ
′
k−1
) =
grau([h
0
+ kf ]) = M
. Portanto, grau(Φ
k−1
) = M + 1
. Colo andoj = k
− 1
naequação(3.5)
, temosΦ
′
k−2
= [h
0
+ (k
− 1)f]Φ
k−1
+ kgΦ
k
,
assim, grau
(Φ
′
k−2
) =
grau([h
0
+ (k
− 1)f]Φ
k−1
) = M + M + 1
. Portanto, grau(Φ
k−2
)) =
2(M + 1).
Repetindoesse pro esso,temosgrau(Φ
k−j
) = j(M + 1), 0
≤ j ≤ k − n.
(3.7)Colo ando
j = k
− n
na equação(3.7)
, temosgrau(Φ
n
) = (k
− n)(M + 1), portanto, m = r(M + 1), onde r = k − n.
Apli ando
(3.7)
omj = k
− (n + 1)
,temos quegrau(Φ
n+1
) = m
− M − 1
. Assim, o grau do lado direitode(3.6)
émenor ouigual am
− 1
. Portanto,h
0
=
−nf
.Agora suporemos que
Φ
k
= 1
, ou seja,esteja normalizado em erto sentido. Colo andoj = k
em(3.5)
, temosΦ
′
k−1
= [h
0
+ kf ]Φ
k
= [
−nf + kf]Φ
k
= rf.
De
Φ
′
k−1
= rf
,temos, por integração,Φ
k−1
= rF + R
0
, onde F
′
= f.
Denotaremos
R
j
porum polinmio de grau atéj
. Colo andoj = k
− 1
em(3.5)
, onseguimosΦ
′
k−2
= [h
0
+ (k
− 1)f]Φ
k−1
+ kgΦ
k
= r(r
− 1)fF + (r − 1)fR
0
+ kg,
onde integrando, temos
Φ
k−2
=
r(r
− 1)
2
F
2
+ R
M +1
.
Repetindo esse pro edimento,temos
Φ
k−j
= C
j
F
j
+ R
(j−1)(M +1)
, 1
≤ j ≤ r, C
j
=
j!(r−j)!
r!
.
(3.8)Colo ando
j = n
em(3.5)
e lembrandoqueh
0
=
−nf
, temosΦ
′
n−1
= (n + 1)gΦ
n+1
.
Usando
(3.8)
omj = k
− (n + 1) = r − 1
, temosΦ
n+1
= r[F
r−1
] + R
(r−2)(M +1)
,
e, portanto,
Φ
′
n−1
= r(n + 1)gF
r−1
+ R
m−M −2
.
(3.9)Poroutro lado, olo ando
j = n
− 1
em(3.5)
, onseguimosΦ
′
n−2
= [h
0
+ (n
− 1)f]Φ
n−1
+ ngΦ
n
=
−fΦ
n−1
+ ngΦ
n
,
o queimpli a que
Φ
n−1
=
ngΦ
n
− Φ
′
n−2
f
.
Usando(3.8)
, temosΦ
n
= F
r
+ R
m−M −1
eassim, onseguimosΦ
n−1
=
ngF
r
+ R
M −1
− Φ
′
n−2
f
,
logoΦ
n−1
=
ngF
r
+ R
M −1
f
,
já que ograu(Φ
′
n−2
) < m.
Agora diferen iando,temosΦ
′
n−1
=
f [ngF
r
+ R
M −1
]
′
− [ngF
r
+ R
M −1
]f
′
f
2
,
logof
2
Φ
′
n−1
= nf g
′
F
r
+ rngf
2
F
r−1
− ngf
′
F
r
+ R
m+M −2
.
(3.10) Usando(3.9)
e(3.10)
,obtemosnf g
′
F
r
+ rngf
2
F
r−1
− ngf
′
F
r
+ R
m+M −2
= f
2
(r(n + 1)gF
r−1
+ R
m−M −2
),
portanto,
rf
2
gF
r−1
+ nF
r
[gf
′
− fg
′
] = R
m+M −2
.
Comparando ostermos de maior grau onseguimos
r(M + 1) + n(M
− N) = 0,
omo
n(M
− N) ≥ 0
er(M + 1) = m
é não negativo,temosr(M + 1) = m = 0.
Análise a ima impli a que
Φ
j
(x) = 0
, para todoj = 1, ..., k
, portanto,Φ(x, y)
depende apenas davariávely
,ouseja,Φ(x, y) = Φ(y)
. ArmamosqueΦ
pode seres rito daformaΦ(y) = y + C,
onde
C
é uma onstante, de fato,Φ
é irredutível em uma só variável sobre o orpo dos reais, suponha queΦ
possa ser es rito naformaay
2
+ by + c
, om
a
6= 0
, entãob
2
− 4ac < 0.
(3.11)
Usando essa es rita de
Φ
em (3.3), temos2af = naf,
(3.12)f b + 2ag = nf b,
(3.13)gb = nf c.
(3.14)Portanto, de (3.12), temos
n = 2
, já quea
6= 0
ef
6= 0
. De (3.14), temos que seb = 0
, entãoc = 0
, mas isso é uma ontradição om (3.11). Então,b
6= 0
ec
6= 0
. De (3.13) e (3.14), onseguimos,respe tivamente,g =
f b
2a
e g =
2f c
b
,
portanto,f b
2a
=
2f c
b
.
Logo,4ac = b
2
. Issoimpli aque
b
2
−4ac = 0
,queéuma ontradição om(3.11). Portanto
a = 0
. Ou seja,Φ
é um polinmiode grau 1da seguinte formaUsando
(3.4)
, temosg/f = C,
o queé uma ontradição om
(iii)
doteorema.Corolário 3.1.1. O sistema de van der Pol
˙x = y,
˙y =
−µ(x
2
− 1)y − x,
µ
6= 0,
não tem urvas soluções algébri as. Em parti ular, seu i lo limite é não algébri o.
3.2 Apli ação de Poin aré
A transformação de Poin aré asso iada a uma órbita fe hada
γ
de um ampo vetorial é um difeomorsmoπ
quedes reve o omportamentodo ampo em uma vizinhançadeγ
.Sejam
{ϕ(t, p) : 0 ≤ t ≤ T }
uma órbita periódi a de períodoT
de um ampoχ
de lasseC
r
,r
≥ 1 ou r = ω
, denido no abertoU
⊂ R
2
eP
uma seção transversal a
χ
emp
. Em virtude da ontinuidade do uxoϕ
deχ
, para todo pontoq
∈
P
próximo de
p
a trajetóriaϕ(t, p)
permane e próxima aγ
, omt
em um intervalo ompa to pré-xado, por exemplo,[0, 2T ]
. Dene-seπ(q)
omo o primeiro ponto onde esta órbita inter eptaP
. SejaP
0
o domíniodeπ
. Naturalmentep
∈
P
0
eπ(p) = p
. Épossívelmostrarqueπ :
P
0
→
P
éumdifeomorsmode lasseC
r
, r
≥ 1 ou r = ω
,sobre sua imagem
P
1
= π(
P
0
)
.Observação 3.2.1. Rela ionaremos i los limites om a apli ação de Poin aré:
γ
será um i lo limite deχ
passando porp
se, e somente se,p
é um ponto xo isolado deπ
. Ainda,1.
γ
é estável se, e somente se,| π(x) − p |<| x − p |
, para todox
6= p
su ientemente próximo de p.2.
γ
é instável se, e somente se,| π(x) − p |>| x − p |
, para todox
6= p
su ientemente próximo de p.22
γ
γ
P
P
Estavel
y
y
x
x
y = x
y = x
graf π
graf π
Instavel
Figura3.1: Grá o datransformação dePoin aré em i los limitesestáveis einstáveis.
3.
γ
é semi-estável se, e somente se,| π(x) − p |<| x − p |
, para todox
∈
P ∩extγ
su ientementepróximode pe| π(x)−p |>| x−p |
,paratodox
∈
P ∩intγ
su ien-temente próximo de p, ou o ontrário, (int denota interior e ext denota exterior).Emparti ular, se
χ
é analíti oeπ(x)
não é aidentidade,entãoπ(x) = p + a
k
(x
− p)
k
+ ...,
om
a
k
6= 0
.Portanto, se
k
é ímpar, entãoγ
é estável sea
k
< 0
e instável sea
k
> 0
. Sek
é par, entãoγ
é semi-estável. Seπ(x) = x
, isto é, todos osa
k
são zero, entãoγ
está no interior de um anel de órbitas periódi as deχ
.No aso em que
χ
éC
1
, se
π
′
(x) < 1
, podemos apli ar o teorema do valor médio e
on luir que
γ
é estável. Por outro lado,γ
é instável seπ
′
(x) > 1
. As Figuras 3.1 e 3.2
ilustram asapli ações de Poin aré e seus grá os.
Oresultado a seguir forne e aexpressão de
π
′
(x)
.
Teorema 3.2.1. Sejam
U
umsub onjunto aberto doR
2
e
χ = (P, Q)
∈ C
1
(U)
um ampo
de vetores. Sejam
γ
umaórbitaperiódi ado sistemadiferen ial orrespondentede períodoT
eπ :
P
0
→
P
a apli ação de Poin aré em uma seção transversal
P
emx
∈ γ
. Entãoπ
′
(x) = exp
Z
T
0
divχ(γ(t))dt
.
Em parti ular, seZ
T
0
divχ(γ(t))dt < 0,
PSfrag repla ements
γ
γ
P
P
semi
− estaveis
y
y
x
x
y = x
y = x
graf π
graf π
Figura3.2: Grá o da transformaçãode Poin aré em i loslimites semi-estáveis.
então,
γ
é um i lo limite estável e seZ
T
0
divχ(γ(t))dt > 0,
então,
γ
é um i lo limiteinstável. No aso do valor da integral serzero, podemoster um i lo limiteestável, instável ou semi-estável, ou perten er a um anel de i los.A demonstração deste teorema não será feita aqui, mas pode ser en ontrada em [21℄,
página 30.
Denição3.2.1. Sejam
U
umsub onjuntoabertodoR
2
e
χ = (P, Q)
∈ C
1
(U)
um ampo
de vetores. Sejam
γ
umaórbitaperiódi ado sistemadiferen ial orrespondentede períodoT
eπ :
P
0
→
P
aapli açãodePoin aréemumaseçãotransversal
P
em
x
∈ γ
. Dizemos queγ
é hiperbóli o quandoπ
′
(x)
6= 1
, quando
π
′
(x) = 1
dizemos que
γ
é não hiperbóli o.Exemplo 3.2.1. Considere o sistema
x
′
=
−y + x(1 − x
2
− y
2
),
y
′
= x + y(1
− x
2
− y
2
).
Fazendo as mudanças de oordenadas polares e os devidos passos, obtemos
r
′
= r(1
− r
2
),
θ
′
= 1,
que possui um i lo limite
γ
parametrizado porγ(t) = (cos(t),
sen(t))
. Analisemos, então a apli ação de Poin aré do sistemaPSfrag repla ements
x
y
r
0
π(r
0
)
1
0
γ
θ
0
Figura3.3: Esboço datransformação dePoin aré do Exemplo3.2.1.
Consideremosqueno tempo ini ial
t
0
= 0
, temos a ondição ini ialr(0) = r
0
eθ(0) = θ
0
. Resolvendo o sistema ( oordenadas polares), obtemosr(t, r
0
) =
1 +
1
r
2
0
− 1
e
−2t
−1/2
,
θ(t, θ
0
) = t + θ
0
.
SeP
é o raio que passa pela origem om o ângulo
θ = θ
0
, então,P
é perpendi ular à
γ
e a órbita passando pelo ponto(r
0
, θ
0
)
emt = 0
, ruza o raio novamente emt = 2π
, onforme a Figura 3.3.Portanto, a apli ação de Poin aré é dada por
π(r
0
) =
1 +
1
r
2
0
− 1
e
−4π
−1/2
,
θ(t, θ
0
) = t + θ
0
.
Vemos que
π(1) = 1
orresponde ao i loγ
e segue queπ
′
(r
0
) = e
−4π
r
−3
0
1 +
1
r
2
0
− 1
e
−4π
−3/2
,
eπ
′
(1) = e
−4π
< 1
, o que omprova que
γ
é estável e hiperbóli o. Por outro lado, em oordenadas artesianas, omoγ(t) = (cos t,
sent)
, segue quedivχ(γ(t)) = 2
− 4 cos
2
t
− 4
sen2
t,
eZ
2π
0
divχ(γ(t))dt =
Z
2π
0
(2
− 4 cos
2
t
− 4
sen2
t)dt =
−4π.
Assim, pelo Teorema 3.2.1, temos
π
′
(x
0
) = e
−4π
,
que onfere om o ál ulo direto.
3.3 Compa ti ação de Poin aré
Faremos agora uma dis ussão sobre a ompa ti açãode Poin aré.
Denição 3.3.1. Chamaremosa esfera
S
2
=
{(y
1
, y
2
, y
3
)
∈ R
3
: y
2
1
+ y
2
2
+ y
2
3
= 1
}
de esfera de Poin aré. O plano
T
P
N
S
2
=
{(x
1
, x
2
, x
3
)
∈ R
3
; x
3
= 1
}
é tangentea esferaS
2
emP
N
= (0, 0, 1)
.Nesta seção onven ionaremosqueas oordenadas
y
i
sereferirão àesferaS
2
eas oor-denadasx
i
aoplanoT
P
N
S
2
. Denição 3.3.2. DeniremosH
+
=
{(y
1
, y
2
, y
3
)
∈ S
2
; y
3
> 0
}
omo sendo o hemisfério norte,
H
−
=
{(y
1
, y
2
, y
3
)
∈ S
2
; y
3
< 0
}
omo sendo o hemisfério sul e
S
1
=
{(y
1
, y
2
, y
3
)
∈ S
2
; y
3
= 0
}
PSfrag repla ements
p = (x
1
, x
2
, 1)
y
1
f
+
(p)
f
−
(p)
y
2
T
P
N
S
2
Figura3.4: Projeção entral.
A ompa ti açãodePoin arédeum ampodevetores
χ
onsisteemfazerduas ópias do uxo deχ
, uma sobreH
+
e a outra sobreH
−
, usando a projeção entral. Para isso onsideremos uma retaL(t)
queune a origem aum pontodoT
P
N
S
2
,
L(t) = (0, 0, 0) + t(x
1
, x
2
, 1), t
∈ R.
Esta reta inter epta aesfera
S
2
em dois pontos, um no hemisférionorte e o outro nosul.
Veja Figura3.4.
Agora onsiderandoaprojeçãodo ampovetorial
χ
deR
2
≈ T
P
N
S
2
paraS
2
dadapelasprojeções entrais, temos dois difeomorsmos
f
+
: T
P
N
S
2
→ H
+
,
f
−
: T
P
N
S
2
→ H
−
istoé,f
+
(p)
,(respf
−
(p)
)éainterse ção daretaquepassa peloponto
p
ligandoaorigem om o hemisférionorte, (resp. sul), deS
2
, ujas expressões são dadas por
f
+
(x
1
, x
2
, 1) =
(x
1
, x
2
, 1)
△(x)
,
f
−
(x
1
, x
2
, 1) =
−
(x
1
, x
2
, 1)
△(x)
,
onde△(x) =
px
2
1
+ x
2
2
+ 1
.Semperdade generalidade,podemos onsideraro ampo
χ
denidonoplanotangente à esfera, isto é,χ : T
P
N
S
2
→ T
P
N
S
2
e assim, é possível denir um novo ampo em
S
2
. O
ampo
χ
¯
induzidoemS
2
,apartirde
χ
,atravésdos difeomorsmosf
+
e
f
−
será dadopor
¯
χ(y) = Df
+
(x)
· χ(x) se y = f
+
(x)
∈ H
+
¯
χ(y) = Df
−
(x)
· χ(x) se y = f
−
(x)
∈ H
−
.
Desta amosque
χ
¯
éum ampovetorialemS
2
\S
1
,queétangenteàesfera. Paraestudar
o omportamento assintóti o das órbitas não limitadas de
χ
analisandoχ
¯
, é ne essário estenderχ
¯
para o equadorS
1
, obtendo um ampona esfera.
O estudo de
χ
¯
em uma vizinhança do equador nos dará informações sobre o om-portamento do ampoχ
no innito. Entretanto, nem sempre é possível estenderχ
¯
ao equador. Veremosadiante que, quandoχ
for um ampo polinomial, podemos estenderχ
¯
analiti amenteaoequador.Antes de estudar a extensão de
χ
¯
ao equador, vamos es olher um sistema de oorde-nadas onveniente paraS
2
e al ular aexpressão de
χ
¯
nessas oordenadas. ParaS
2
usamos seis artas lo ais dadas por
U
k
=
{y ∈ S
2
: y
k
> 0
}, V
k
=
{y ∈ S
2
: y
k
< 0
},
para
k = 1, 2, 3
. As apli ações lo ais orrespondentes são dadas porφ
k
: U
k
→ R
2
eψ
k
: V
k
→ R
2
edenidas omoφ
k
(y) =
−ψ
k
(y) =
y
m
y
k
,
y
n
y
k
,
param < n e m, n
6= k
.Iremos agora en ontrar a expressãodo ampo na arta lo al
(U
1
, φ
1
)
. Sejay
∈ U
1
∩ H
+
, então,y = f
+
(x), x
∈ T
P
N
S
2
:(φ
1
◦ f
+
)(x) = φ
1
(f
+
(x)) = φ
1
x
1
△(x)
,
x
2
△(x)
,
1
△(x)
=
x
2
△(x)
△(x)
x
1
,
1
△(x)
△(x)
x
1
=
x
2
x
1
1
x
1
.
Portanto,φ
1
(x
1
, x
2
, 1) = (u, v), onde u =
x
2
x
1
e v =
1
x
1
.
Observeque omo
y
∈ U
1
∩ H
+
,
seguequex
1
6= 0
. Comoχ(y) = Df
¯
+
(x)
· χ(x)
quando
y = f
+
(x)
, temos