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Academic year: 2021

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TÍTULO: ACIDENTES ENVOLVENDO CRIANÇAS E O CONTEXTO DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): PAULO RICARDO RODRIGUES, HIGOR MATHEUS JOSÉ CONDE, RENAN KRUNISKI MALERBA, WALLISON DA COSTA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ADEMIR TESTA JUNIOR ORIENTADOR(ES):

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1. RESUMO

As aulas de Educação Física constituem-se pela presença constante de vivências motoras que podem ocasionar acidentes derivados de diversos fatores e tipos. Nesse contexto, é importante que se conheça quais são e em que situações determinados tipos de acidentes ocorrem. O objetivo foi compreender os riscos de acidentes com crianças e fazer apontamentos para a prevenção no contexto das aulas de Educação Física escolar. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foi encontrado que os casos em acidentes de transito, que incluem os atropelamentos, representaram 1038 (33%) dos casos de acidentes, e outros tipos

de acidentes, tais como afogamento, sufocação, queimadura, queda,

envenenamento, armas de fogo, representam 3142 (77%) com crianças de zero a nove anos em 2012. As hospitalizações por acidentes nessa mesma faixa etária apresentaram aumento de 11%. Este aumento pode ser consequência de diversas razões, entre elas os aspectos e conhecimentos acerca de processos preventivos de acidentes, das pessoas na sociedade atual. É preocupante que 48% dos casos de hospitalizações em 2012, ocorreram por consequência de quedas. Considerando que as quedas são rotineiras no ambiente escolar onde a prática motora é comum, conclui-se que os professores de Educação Física devem preocupar-se em estabelecer ações preventivas para evitar qualquer tipo de acidente.

2. INTRODUÇÃO

Crianças e adolescentes tendem a passar aproximadamente meio período na escola. O Censo Escolar de 2006, realizados pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) contabilizam aproximadamente 55,9 milhões de crianças e adolescentes matriculadas nas diferentes etapas da educação básica (LAFFITE et al., 2014).

Quando falamos a respeito de escola, prevalece uma idéia de ambiente seguro, entretanto, muitos recintos na escola, como as escadas, os corredores, piscinas, o pátio e, principalmente, a quadra esportiva, são palco de diversos acidentes (LAFFITE et al., 2014).

Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil, na faixa etária de zero a nove anos, os acidentes foram responsáveis, em 2012, por 3.142 mortes e mais de 75 mil hospitalizações de meninos e meninas, o que caracteriza o acidente como um grave problema de saúde pública. Estudos da ONG Safem Kids World Wide

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mostram que pelo menos 90% dessas lesões podem ser evitadas com informações simples e importantes atitudes de prevenção (LAFFITE et al., 2014).

3. OBJETIVO

Compreender os riscos de acidentes com crianças e fazer apontamentos para a prevenção no contexto das aulas de Educação Física escolar.

4. METODOLOGIA

O estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa e transversal, que consistiu na análise das teorias e dados publicados sobre acidentes com crianças em diferentes contextos.

5. DESENVOLVIMENTO

O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura. Foi feito o levantamento em diferentes bases de dados, utilizando os descritores: acidentes com crianças, incidência de acidentes em crianças, crianças e acidentes. A busca foi realizada nos idiomas inglês e português. Todo o material foi lido e comparado através da leitura crítica de revisão bibliográfica.

6. RESULTADOS

Foi observado que apenas sufocação não mostrou redução significativa nos números de mortes neste período (2012). Por outro lado, envenenamento apresentou redução de 39%, seguida de queimadura (37%), trânsito (29%), afogamento (26%) e quedas (20%). O trânsito ainda representa a principal causa de mortes e, em números absolutos, mostrou uma redução de 430 mortes nesta faixa etária (LAFFITE et al., 2014).

Em 2012, 3.142 crianças de zero a nove anos morreram em decorrência de acidentes. Os acidentes de trânsito, que incluem atropelamentos, passageiros de veículos, motos e bicicletas, representaram 33% destas mortes, seguidos de afogamento (23%), sufocação (23%) queimaduras (7%), quedas (6%) e outros (6%). Há dez anos, dados de 2003 mostram que os acidentes na Primeira Infância foram responsáveis por 4.141 mortes. Os acidentes de trânsito representaram 35% destas mortes, seguidos de afogamento (24%), sufocação (18%) queimaduras (8%), quedas (5%) e outros (6%), seguindo a divisão apresentada no quadro 1 (LAFFITE et al., 2014).

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Quadro 1 – Prevalência dos tipos de acidentes com crianças de 0 a 9 anos de idade em 2012.

Fonte: Datasus/Ministério da Saúde

Em 2012, mais de 75 mil crianças de zero a nove anos foram hospitalizadas em decorrência dos acidentes. Ao analisarmos os últimos cinco anos, dados de 2008 mostram que, ao contrário da mortalidade, as hospitalizações por acidentes nesta faixa etária apresentaram aumento de 11%. Este aumento pode ser consequência de diversas razões, entre elas os aspectos e conhecimentos acerca de processos preventivos de acidentes, das pessoas na sociedade atual (LAFFITE, 2014).

Gráfico 2 – Prevalência de causas de hospitalizações por acidentes com

crianças de 0 a 9 anos de idade em 2012.

Fonte: Datasus/Ministério da Saúde

Segundo a definição do dicionário acidente significa: “acontecimento “Casual, fortuito, imprevisto”. Nesse sentido se um risco é previsível e providências não foram tomadas para evitá-lo, o evento que venha a Acontecer, não será acidente, mas sim

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e, no mínimo, negligência. No caso de ocorrência de acidente deve-se prestar socorro imediato à vítima para evitar uma maior gravidade diante do caso (OLIVEIRA et al., 2012).

Voltando para o ambiente escolar os riscos estão expostos em vários pontos no qual o profissional de educação física deve estar atento, evitando consequentemente que sua aula tenha algum acidente com os alunos. Casos de negligencia não devem existir em um ambiente escolar, o professor deve estar altamente preparado pra qualquer contra tempo (OLIVEIRA et al., 2012).

Considerando o contexto das aulas de Educação Física escolar e sua relação com prováveis acidentes decorrentes da prática de atividades motoras das crianças, cabe ao professor de educação física verificar a quadra de jogo antes de qualquer atividade. Verificar se há sujeira, pisos escorregadios ou quebrados, superfície gastas pelo jogo, fios de alta voltagem soltos ou desencapados, se há pedrinhas na quadra, cacos de vidro e uma infinidade de outros problemas que possam vir a causar algum tipo de lesão seja ela grave ou não (FLEGEL, 2015).

Para evitar riscos é preciso verificar se na quadra há pisos adequados e em bom estado de uso, iluminação funcionando adequadamente, se no telhado não há vazamentos e se não está quebrado, se nas escadas ou rampas de acesso a quadra não há nada que possa oferecer riscos, verificar se as cestas de basquetebol estão bem fixadas na tabela e se não há risco de queda e até mesmo se a própria tabela está em boas condições de uso, verificar sempre dentro da quadra se há algo que oferece risco para alguns alunos durante as aulas e até mesmo ao redor da quadra. Essas certamente são precauções que promoverão a prevenção de acidentes no ambiente escolar, durante as aulas de Educação Física (FLEGEL, 2015).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os riscos estão presentes no ambiente escolar como em todos os lugares, portanto é importante que o profissional de educação física esteja atento, prevenindo acidentes durante a prática motora dos alunos.

Além de atento a qualquer tipo de acidente em suas aulas, o professor sempre deve vistoriar o local da aula antes da prática, pois o ambiente pode oferecer riscos diversos aos alunos. A escola também deve garantir uma boa manutenção em seus equipamentos e estruturas para a prevenção de acidentes, como iluminação adequada, telhado em condições sem riscos de queda, escadas ou rampas de acesso seguras, cestas de basquetebol em bom estado, dentre outras.

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Caso houver algum acidente em aula, é de suma importância que o profissional de educação física esteja preparado, para que siga corretamente os procedimentos para a realização do primeiro atendimento ao aluno acidentado. Ele deve tomar as medidas cabíveis e recomendáveis para que mantenha o aluno em segurança até a chegada do socorro especializado.

8. FONTES CONSULTADAS

FLEGEL, M. J. Primeiros Socorros no esporte. 5 Ed. Barueri: Manole, 2015.

LAFFITE, L. T. G., TUBELIS, P., VIEIRA, S. Mapeamento da ação finalística

evitando acidentes na primeira infância. Rede Nacional Primeira Infância, 2014.

Disponível em:

http://primeirainfancia.org.br/wp- content/uploads/2015/01/RELATORIO-DE-MAPEAMENTO-EVITANDO-ACIDENTES-versao-4-solteiras.pdf Acesso em 02/09/2016.

OLIVEIRA, A. D. S. et al. Atuação dos professores às crianças em casos de acidentes na escola. Revista Interdisciplinar UNINOVAFAPI, Teresina. v.5, n.3, p.26-30, Jul-Ago-Set. 2012.

Referências

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