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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS QUEIMADOS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: FISIOTERAPIA

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE RIO CLARO

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ADRIANA CRISTINA HEBLING

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DENISE CRISTINA ZUZZI MITO

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A importância da fisioterapia na reabilitação de indivíduos queimados

Resumo

As lesões por queimadura são comuns entre adultos e crianças, dentre as queimaduras podemos classificadas em grau 1, 2, 3 ou 4. Cada grau é classificado pelo tecido comprometido ou área queimada. O tratamento destes pacientes vem sendo estudado e aprimorado anualmente. A reabilitação depende do grau de comprometimento e da área lesada. Dentre os profissionais que atuam na recuperação de pacientes queimados o fisioterapeuta tem um papel fundamental na recuperação dos movimentos e do tecido epitelial. O fisioterapeuta é um integrante importante dentro da equipe multidisciplinar, além dos médicos, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O fisioterapeuta trabalha focando a recuperação e cicatrização destes tecidos comprometidos. O objetivo deste estudo é verificar a atuação do fisioterapeuta nestes casos e trazer melhores informações sobre a reabilitação, tanto para os pacientes quanto aos profissionais da saúde. A metodologia é baseada na busca computacional de artigos referentes ao assunto e livros sobre a reabilitação destes pacientes.

Introdução

As lesões por queimadura são consideradas como lesão traumática dos tecidos orgânicos, que podem ser causada por agentes térmicos, elétricos, químicos ou radioativos. Ela pode causar a destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, como tecido subcutâneo,

músculos, tendões e ósseos (GREVE, 2007).

Na década de 1960, desenvolveu-se fórmulas de sobrevida, que repunham a grande perda líquida, fator que mais contribui para a mortalidade em queimados. Com a sobrevivência aumentada surgiu a necessidade de se desenvolverem métodos que reduzissem o prejuízo funcional, as incapacidades e a melhora na qualidade de vida. Após a sobrevida, abordou-se a infecção, que de local, pode tornar-se sistêmica e levar à morte. E em seguida estudou-se o tratamento de sequelas funcionais e estéticas resultantes das lesões por queimaduras (DELISA e GANS, 2002).

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No início da década de 1970, descobriu-se que o alongamento mantido, minimizava as contraturas sobre as principais articulações, evitavam a formação de colágeno anormal, no período e cicatrização. E que com o uso de talas as cicatrizes ficavam menos descoloridas mais lisas. À partir daí o uso do alongamento e pressão, passaram a fazer parte central do tratamento das lesões por queimaduras (DELISA e GANS, 2002).

O paciente queimado necessita de um tratamento multidisciplinar, e de uma assistência que vai desde a admissão no hospital, até o tratamento ambulatorial, que pode estender-se por até 2 anos, ou enquanto for necessário. As queimaduras são classificadas em primeiro, segundo e terceiro graus, levando-se em consideração a espessura da pele atingida (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

Figura 1- Classificação de Queimaduras em Graus

Fonte: http://www.mdsaude.com/2010/11/queimaduras-grau.html

As Queimaduras de Primeiro Grau: são superficiais comprometendo à epiderme apresentando hiperemia local, sem bolhas ou flictenas, é um quadro doloroso.

Queimaduras de Segundo Grau: são intermediário atingem a epiderme e algumas espessuras da derme, com formação de bolhas ou flictenas, também

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apresenta dor. Aqui pode- se dividir a queimadura em segundo grau superficial e profundo.

Queimaduras de Terceiro Grau: Lesão mais grave que atinge toda epiderme e derme e em alguns casos também atinge a tela subcutânea, tecido muscular e ósseo. Não apresenta dor. Ainda pode-se, incluir a queimadura de quarto grau, queimadura elétrica, pois envolve a destruição completa de todos os tecidos.

Há duas formas para se determinar o percentual de superfície atingida pela queimadura: Regra dos Nove, geralmente utilizada em serviços e emergência não especializados, porque é um sistema rápido, embora impreciso.

O outro método é a Tabela de Lund Browder, é simples, porém exige a presença da tabela, para a avaliação. Este estudo tem como objetivo evidenciar a atuação da Fisioterapia, durante a reabilitação de queimados.

Desenvolvimento

Reabilitação em queimados

A reabilitação do paciente queimado se inicia no momento em que ele é admitido no hospital. O processo de reabilitação pode sofrer mudanças constantes e até mesmo diárias, seguindo sempre as necessidades do paciente (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

É imprescindível que a unidade de terapia intensiva disponha de uma boa equipe de profissionais e possa contar com médicos clínicos e cirurgiões, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e técnicos, entre outros (GREVE, 2007).

O Profissional Fisioterapeuta está inserido em todas as etapas do tratamento e reabilitação do paciente queimado. Segundo Greve (2007), é cada vez mais comum o fisioterapeuta realizar uma sessão de fisioterapia sob narcose, no centro cirúrgico, no período imediato entre a anestesia e a operação, durante a sessão é feito a mobilização articular e a realização de movimentos passivos nos grupos musculares envolvidos. É importante a realização desses movimentos estando o paciente sedado, pois de outra forma seria impossível em razão da dor muito intensa sofrida pelo paciente. Entre os benefícios dessa sessão, inclui-se o fato de que os exercícios de amplitude de movimento, na sala de cirurgia permite a avaliação verdadeira devido à falta de resistência do paciente (DELISA e GANS, 2002).

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Pacientes com grandes queimaduras em que o sistema respiratório é envolvido por aquecimento ou inalação de fumaça, a fisioterapia respiratória é de fundamental importância, utilizando-se de ventilação invasiva e não invasiva, atuando na broncodesobstrução, na desinsuflação pulmonar, na reexpansão e reeducação da função muscular. (BORGES, 2006)

Intervenção fisioterapêutica na prevenção e tratamento de contraturas cicatriciais.

O ideal é pacientes com queimaduras iniciem a fisioterapia no mesmo dia da admissão hospitalar, tão logo seja feita a avaliação e análise, avaliação essa que

determinará o que deve ser tratado primeiro – geralmente são prioridades da

fisioterapia, o controle de edemas e preservação da ADM, e a prevenção de contraturas nas cicatrizes (DELISA e GANS, 2002).

Posicionamento e colocação de talas.

A perda da elasticidade da pele em pacientes queimados, geralmente contribui para o surgimento de contraturas, cicatrizes hipertróficas, retrações e deformidades, e ainda há o fato de que a dor causa grande desconforto para esses pacientes, que buscam encontrar alivio em posições que removam o estiramento do tecido queimado (DELISA e GANS, 2002).

Uma vez que as contraturas se desenvolvem muito rápido em tais pacientes, o programa de posicionamento deve ser posto em prática imediatamente, enfatizando a abdução e a extensão, sempre alternando as posições para que não ocorra deformidades de oposição. Outro fato importante a ser levado em consideração é o tipo de leito usado, pois o paciente geralmente na sua busca de uma melhor posição, acaba afundando na cama e assumindo posição fetal, o que, também causa contraturas de tecidos moles. (DELISA e GANS, 2002).

No caso de pessoas idosas, crianças ou com deficiências mentais que não conseguem cooperar para o posicionamento voluntário, pode-se contar com o uso de talas ou órteses, observando esses itens:

- Quando a amplitude de movimento normal está sendo mantida, não há necessidade do uso de talas, porém há duas exceções: Tendões expostos,

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devem ser imobilizados nas talas em posições frouxas, para a prevenção de rupturas; e articulações expostas recebem a tala para proteção.

- O uso prolongado de talas, também pode criar deformidades opostas, por isso a avaliação frequente da amplitude de movimento articular é necessária (DELISA e GANS, 2002).

Exercícios e deambulação

No período de convalescência é mais eficaz o alongamento delicado e constante do que movimentos repetitivos. A frequência dos exercícios podem variar entre 3 à 4 vezes ao dia, e o paciente deve se exercitar entre as sessões de fisioterapia. De acordo com O’Sullivan e Schmitz, (2004) os exercícios ativos devem começar no mesmo dia da admissão, e o melhor momento para se realizar as sessões de exercícios é na troca de curativos, pois assim o fisioterapeuta pode avaliar a ferida e verificar se há possibilidade de se realizar ou não a sessão. Se o paciente tiver recebido enxerto os exercícios serão suspendidos por até 5 dias.

Antes dos exercícios deve se fazer uso de algum tipo de lubrificante para se manter a área já cicatrizada hidratada, quando as feridas já estiverem bem cicatrizadas, então já se pode utilizar de modalidades térmicas como: parafina, ultrassom, que servem para aumentar a maleabilidade dos tecidos, antes do exercício (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

Conforme vai ocorrendo a recuperação do paciente, também vai progredindo o programa de reabilitação, e deve ser incluído exercícios resistidos e de condicionamento, para melhora e ganho de força muscular, uma vez que os pacientes com grandes queimaduras podem perder peso corporal e massa magra. Com o início dos exercícios de fortalecimento ou resistência física (inclusive para áreas não queimadas) os sinais vitais devem ser monitorados constantemente pelo fisioterapeuta, antes, durante e após os exercícios (DELISA e GANS, 2002).

A deambulação deve ser iniciada o quanto antes, ou em caso de enxerto nos membros inferiores, deve se iniciar somente quando for seguro.

Quando o paciente não consegue tolerar a posição ortostática por muito tempo, por causa da hipotensão ortostática ou da dor, usa-se a mesa ortostática, que ajudará prepará-lo para ficar em pé. No inicio poderá ser necessário o uso de

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algum dispositivo para ajudar o paciente na deambulação, mas é importante motivá-lo a andar sem acessório algum o mais cedo possível. (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

Cuidados com as cicatrizes

Após a alta hospitalar, isto é, no tratamento ambulatorial Borges (2006) afirma que o aspecto que mais necessita de atenção e monitoramento, é a Cicatriz Hipertrófica, que é o resultado de remodelamento do colágeno e da proliferação da derme. A cicatriz hipertrófica se caracteriza por ser um tecido conjuntivo denso, inelástico em tom vermelho-violáceo, é um tecido rico em fibroblásto e de comportamento dinâmico (GREVE, 2007).

Segundo (DELISA e GANS, 2002) vários fatores contribuem para agravar a cicatrização hipertrófica:

- a profundidade da queimadura;

- o tempo que demora para a cicatrização; - enxertos;

- idade do paciente e condições prévias da pele.

Deve-se combater a cicatriz hipertrófica com o uso de malha elástica, feita sobre medida e com capacidade de exercer pressão de no mínimo 25 mmHg, pressão que deve ser mantida constante e usada 23hrs ao dia, durante todo o processo de amadurecimento da cicatriz.

Para que o seja mais eficaz o tratamento, o uso da malha compressiva deve ser feito junto com a cinésioterapia . Toda ferida que leve mais de 14 dias para fechar, ou necessite de enxertia, precisa do uso da malha compressiva o quanto antes, e nas áreas côncavas faz-se necessário o uso de placas em gel, sistemas infláveis de silicone, plastazote ou elastômeros, para potencializar o efeito da malha. (GREVE, 2007)

Durante os exercícios de ADM a massagem mostra ser uma intervenção útil, pois torna o tecido maleável. Usando-se a massagem juntamente com os exercícios de ADM, as cicatrizes em fase imatura, se alongam mais facilmente e corrige-se as contraturas também com mais facilidade. Já a massagem feita com fricção mais profunda é capaz de soltar o tecido cicatricial (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

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O fisioterapeuta deve estar muito atento á qualidade do tratamento das contraturas, pois se este, for inadequado, pode causar limitações nas atividades de vida diária (AVD’s), ou o uso de posições compensatórias por parte do paciente, o que leva à perda funcional , diminuição da coordenação e agrava em muito a saúde psicológica do paciente. É importante que o fisioterapeuta, por estar mais tempo em contato com o paciente, consiga juntamente com a família motivar o paciente durante todo o processo de reabilitação, que é um processo lento e por vezes muito doloroso. (GREVE, 2007).

Objetivos

Através da revisão bibliográfica descreve a atuação da fisioterapia em pacientes queimados, visando a importância deste profissional na reabilitação de pacientes queimados, principalmente no ganho de amplitude de movimento, elasticidade do tecido e força muscular.

Metodologia

O projeto será realizado através de uma busca bibliográfica sobre a atuação do fisioterapeuta na reabilitação dos pacientes queimados, usando como palavras chaves para busca: queimados, fisioterapia, cinesioterapia, equipe multidiciplinar.

A Busca será em bases acadêmicas como Sielo, Birene, Mediline além de livros relacionados a queimaduras e a reabilitação.

Considerações Finais

A pesquisa ainda precisa de mais buscar sobre o assunto para podermos finalizar e concluir sobre o tema em questão. A busca estará completa no momento do artigo final.

Fontes Consultadas

BORGES, F. S. Dermato Funcional – Modalidades Terapêuticas nas Disfunções

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DELISA, J. A, GANS, B. M. Tratado de Medicina de reabilitação: princípios e prática. Barueri: Manole, 2002.

GREVE, J. M. A. Tratado de medicina de reabilitação. São Paulo: Roca, 2007.

O’Sullivan, S. B, Schmitz, T. J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 4ª edição. Editora Manole, São Paulo – SP, 2004.

Referências

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