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EXEMPLO ARTIGO RASCUNHO 5 ADM 15 01 2011

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Bruno Silva de Jesus

Discente do Curso de Administração de Empresas UNAERP Campus Guarujá

brunotma@hotmail.com Pedro Campos Rix

Discente do Curso de Relações Internacionais e Comércio Exterior UNAERP Campus Guarujá

pecari88@gmail.com Rubens Carneiro Ulbanere

Orientador e docente do curso de Administração UNAERP Campus Guarujá

rulbanere@unaerp.br

Resumo

A cidade de Guarujá, conhecida pelo seu talento turístico, tem aproximadamente 318.000 habitantes, conforme a Fundação Seade (2010). O município não contava com um indicador de preços e específico do custo de vida, sendo que os empresários e demais usuários utilizavam outros índices para planejar o custo dos seus produtos e serviços. Há uma discussão histórica quanto à flutuação dos preços durante a temporada, pois há argumentos de que nesse período os preços ofertados são elevados de forma indiscriminada. O principal objetivo deste projeto foi conceber e instalar o cálculo do índice do custo de vida para a cidade, divulgando-o de forma sistemática. No meio empresarial, o objetivo é sensibilizar os formadores de preços, no sentido de manter a credibilidade da população e principalmente do turista. Outros objetivos são igualmente relevantes, como a inserção dos alunos da UNAERP Campus Guarujá, na prática da pesquisa científica. O indicador criado e implantado foi intitulado ICV-UNAERP JR, tendo sido montado conforme a metodologia consagrada para cálculos de índices de preços. Os principais resultados mostram que o custo de vida na cidade de Guarujá vem sendo equiparado à média dos indicadores de preços consagrados no Brasil. No período de agosto de 2009 até julho de 2010, o ICV UNAERP JR alcançou 4,62%, inferior à média dos indicadores, a qual atingiu 5,01%. Os demais indicadores de preços utilizados para a comparação, acumulados no período, apresentaram flutuação entre 4,34% (IPC-FGV) e 5,98% (IGP-DI-FGV).

Palavras-chave: Custo de vida, indicadores de preços, inflação.

1. Introdução

Conforme mostra KIRSTEN (1985), quando o governo publica o resultado de um indicador de inflação, há a nítida constatação de que na

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prática, o desgaste monetário é maior. E essa questão é que preocupa a sociedade, pois há perda real no poder aquisitivo do trabalhador, segundo os estudos de BARBOSA (1999), ESCODA (2001) e MININE (2003).

A inflação assumida pelo órgão público tem seu efeito a partir dos aumentos de preços aos consumidores, mas, seu alcance e influência são variáveis segundo as rendas de cada grupo de pessoas e seus usos e costumes, além de outros fenômenos econômicos e sociais que estão envolvidas no processo, como evidenciam os estudos de BAER (1987), FGV (1998) e (2003) e o COFECON (2003).

O embasamento teórico da pesquisa pode ser explicado mediante os seguintes e principais argumentos, que de forma constante e freqüente, são apresentados pelos trabalhadores em discussões sobre seus dissídios coletivos de trabalho: a) O cálculo da inflação adotado pelos órgãos públicos para o universo nacional, pode não representar a variação do custo de vida em um universo local e regional, conforme comentam o DIEESE (2003) e CITARA (1991); b) O dispêndio inicial de uma família nas rubricas básicas se altera de modo a comprometer os níveis de alimentação, que distancia cada vez mais os salários da evolução dos preços; c) Há significativa movimentação dos pesos entre as rubricas básicas geradas pelos efeitos e distorção da política econômica, provocando dificuldades sociais à população de baixa renda e d) A identificação de um indicador de preços equilibrado (para correção salarial), poderia atenuar os indesejáveis efeitos da inflação (teórica e prática) sobre as famílias de baixa renda, no sentido de que elas poderiam reaver parte dos níveis de compras, especialmente na rubrica alimentação.

Outra questão relevante se refere a permanente discussão de que, em época de temporada, uma vez que a cidade de Guarujá tem o seu talento natural apoiado no turismo, os custos de produtos e serviços são elevados, ocasionando o afastamento do turista das compras.

Esses contínuos questionamentos e a importância desses indicadores para os profissionais e administradores, conforme mostra PAIXÃO (2002), é que motivaram a realização deste trabalho, que contém pelo menos quatro objetivos principais.

a) Instalar um indicador de custo de vida para a cidade de Guarujá, que seja compatível com os preços reais que interferem na vida cotidiana dos moradores e turistas;

b) Comparar os resultados com os principais índices de preços oferecidos pelas instituições consagradas no Brasil;

c) Desenvolver a cultura e o potencial da pesquisa científica dos alunos da UNAERP Campus Guarujá, possibilitando um aprendizado prático, permitindo a manipulação de indicadores econômicos e sociais;

d) Divulgar os resultados, sistematicamente, na mídia regional, eletrônica, falada e escrita, conscientizando a população guarujaense sobre a inflação real da cidade. Estudar os efeitos desse índice sobre a faixa de renda em estudo.

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Embora com 318.000 habitantes, segundo a Fundação Seade (2010), a cidade de Guarujá não contava com um índice que permitisse a medição do incremento de preços.

Com a instalação da UNAERP Campus Guarujá, no ano de 1999, diversas pesquisas foram implementadas, sendo que aquelas de caráter sócio-econômicas tiveram a implantação a partir do ano de 2003.

Além dos objetivos específicos sobre o ICV-UNAERP JR este artigo tem também o caráter de registro histórico, sobre o aspecto inédito desta pesquisa, assumida pela UNAERP Campus Guarujá, com a qual procura atender os interesses dos munícipes, classe empresarial e turistas, mantendo o indicador em operação, desde sua implantação.

2. Metodologia.

Foram considerados os seguintes elementos para a determinação do índice do custo de vida da cidade de Guarujá. O índice foi implantado com a nomenclatura ICV - UNAERP JR.

2.1. Renda familiar. Os cálculos foram baseados em famílias com renda de até cinco salários mínimos.

2.2. Rubricas para a pesquisa de preços. Foram consideradas as seguintes rubricas consagradas para a determinação de indicadores de preços: Alimentação, Despesas Pessoais, Educação, Habitação, Saúde, Transporte e Vestuário. Podem ser destacados os seguintes grupos de produtos e serviços que compõem cada rubrica: Alimentação - cereais, vegetais, enlatados, embutidos e carnes em geral; Despesas Pessoais -lazer e higiene pessoal; Educação - mensalidades e materiais escolares; Habitação - produtos de limpeza, hotelaria, aluguel, gás de cozinha e eletrodomésticos; Saúde - medicamentos, consultas médicas e planos de saúde; Transporte - combustível, passagem aérea, ônibus urbano e preços de carros populares e Vestuário - calçados e roupas em geral. Os produtos e serviços inclusos nesses grupos são considerados essenciais para a sobrevivência dos guarujaenses, possuidores de renda mensal até cinco salários mínimos.

2.3. Produtos, serviços e preços. Para a pesquisa no mercado fornecedor, foram definidas três fontes dos produtos e serviços catalogados, instalados na região de consumo da preferência das famílias na faixa de renda estipulada. Dessas fontes, foram obtidas as médias de preços, os quais foram comparados de um mês para o outro.

2.4. Pesos dos produtos, serviços e rubricas. Foram considerados os pesos das rubricas, de acordo com os cálculos do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, conforme a Tabela 1.

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Tabela 1 – Rubricas e Pesos Rubrica Peso (%) Alimentação 30,00 Habitação 27,00 Educação 3,00 Transporte 17,00 Despesas Pessoais 9,00 Saúde 9,00 Vestuário 5,00 TOTAL 100,00 Fonte: IBGE (2.000)

2.5. Coleta de dados, cálculo e divulgação dos resultados. A coleta dos dados é realizada mensalmente, em geral, no final do mês. Em seguida, são realizados os cálculos e divulgados até o dia 15 do mês subsequente. Foram catalogadas três fontes de preços para as regiões conhecidas como “centro e orla” da cidade de Guarujá e do Distrito de Vicente de Carvalho.

3. Resultados e discussão.

Nesta seção serão apresentados os resultados de acordo com o padrão das informações divulgadas no formato mensal. Como se trata da análise de um período – de agosto do ano de 2009 até o mês de julho do ano de 2010, foram considerados alguns trechos das análises, para que os leitores possam ter contato com as principais possibilidades de interpretação.

3.1. Análise dos principais indicadores brasileiros. Inflação acumulada

de agosto de 2009 até o mês de julho do ano de 2010.

Conforme pode ser verificado na Tabela 2, a média de inflação no Brasil atingiu 5,01% no período. O índice geralmente utilizado pelo governo brasileiro – IPCA-IBGE atingiu valor acima da média, alcançando 4,60%.

Conforme o índice IGP-DI-FGV, a inflação atingiu 5,98%, representando o indicador mais elevado no período.

O ICV-UNAERP JR apresentou uma elevação de preços da ordem de 4,62%.

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Tabela 2. Principais indicadores, acumulado e média, (%), Agosto de 2009 à Julho de 2010.

INDICADORES Ago/09 Set/09 Out/09 Nov/09 Dez/09 Jan/10 Fev/10 Mar/10 Abr/10 Mai/10 Jun/10 Jul/10 IGP-DI FGV 0,09 0,34 0,30 0,37 0,26 1,27 2,38 3,02 3,76 5,39 5,75 5,98 IGPM - FGV -0,36 0,06 0,11 0,21 -0,05 0,58 1,76 2,75 3,51 4,74 5,63 5,79 INPC - IBGE 0,08 0,24 0,48 0,85 1,09 1,98 2,70 3,43 4,18 4,63 4,52 4,44 IPCA - IBGE 0,15 0,39 0,67 1,08 1,46 2,22 3,02 3,55 4,14 4,59 4,59 4,60 IPC FIPE 0,48 0,64 0,89 1,18 1,37 2,73 3,49 3,84 4,24 4,47 4,51 4,69 IPC FGV 0,20 0,38 0,39 0,65 0,89 2,19 2,89 3,77 4,56 4,78 4,56 4,34 ICV DIEESE 0,30 0,57 1,10 1,71 1,79 3,54 4,15 4,65 4,88 5,04 5,07 5,21 MÉDIA 0,13 0,37 0,56 0,86 0,97 2,07 2,91 3,57 4,19 4,81 4,95 5,01 ICV UNAERP JR. -0,52 -0,38 -0,29 -0,26 -0,10 0,99 1,66 2,38 3,10 4,11 4,51 4,62

3.2. Interpretação dos resultados e principais ocorrências. 3.2.1. Mês de agosto de 2009.

De acordo com as informações principais disponibilizadas na Tabela 2 e complementadas com os dados da Tabela 3, o custo de vida para famílias que tem renda média de R$ 2.233,70 teve uma baixa de 0,52% nos preços de produtos e serviços comercializados no mês de agosto de 2009. Nesse período, a rubrica “Alimentação”, apresentou uma redução de preços de 1,75%, o que representa uma economia para as famílias de 0,53%, uma vez que o peso dessa rubrica no orçamento corresponde a 30,0%. A rubrica “Despesas Pessoais” que representa um peso de 9,0% sobre os gastos da família apresentou uma alta de preços da ordem de 0,63%. A rubrica “Educação” contribui com o peso de 3,0% sobre os gastos familiares. Essa despesa apresentou uma redução de preços de 0,05%. A rubrica “Habitação” é a segunda com o maior peso de contribuição no orçamento doméstico, correspondendo a 27,0% da renda familiar. Os materiais de limpeza apresentaram uma alta de 0,43%. A rubrica “Saúde” tem o peso de 9%. Nesse quesito, os “medicamentos” apresentaram redução nos preços de 0,06%. O “Transporte” onera a renda familiar em 17,0%. As principais ocorrências nessa rubrica mostram que houve baixa de 1,91% nos preços dos combustíveis. Em relação aos preços de “ônibus”, a tarifa se manteve estável. Nas passagens aéreas e táxi, não houve alteração de preços. Com o peso de 5,0%, a rubrica “vestuário” apresentou uma baixa nos preços de 0,13%.

Observa-se que a média da inflação no Brasil no mês de agosto de 2009, foi de 0,13%, segundo os indicadores adotados na comparação. (Tabela 2)

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Tabela 3. ICV UNAERP JR, renda inicial corrigida conforme o acumulado de agosto de 2009 a julho de 2010, (%), base R$, Guarujá, SP.

Renda Índice do mês (%)

Renda Inicial R$ 2.233,70 - Acumulado (%) Agosto 2009 R$ 2.222,08 -0,52 -0,52 Setembro 2009 R$ 2.225,20 0,14 -0,38 Outubro 2009 R$ 2.227,20 0,09 -0,29 Novembro 2009 R$ 2.227,64 0,02 -0,26 Dezembro 2009 R$ 2.231,43 0,17 -0,10 Janeiro 2010 R$ 2.255,75 1,09 0,99 Fevereiro 2010 R$ 2.270,64 0,66 1,66 Março 2010 R$ 2.286,76 0,71 2,38 Abril 2010 R$ 2.302,77 0,70 3,10 Maio 2010 R$ 2.325,34 0,98 4,11 Junho 2010 R$ 2.334,17 0,38 4,51 Julho 2010 R$ 2.336,74 0,11 4,62 3.2. Mês de Setembro de 2009.

O custo de vida para famílias que tem renda média de R$ 2.222,08 no mês de agosto de 2009, teve uma alta de 0,14% nos preços de produtos e serviços comercializados no mês de setembro de 2009, conforme o ICV-UNAERP JR.

3.3. Mês de outubro de 2009.

O custo de vida para famílias que tem renda média de R$ 2.225,20 teve um aumento de 0,09% nos preços de produtos e serviços comercializados no mês de outubro de 2009. A rubrica “Alimentação” apresentou uma redução de preços de 0,17%, o que representa uma economia para as famílias de 0,05%. A rubrica “Despesas Pessoais” apresentou um aumento de preços da ordem de 0,33%. A rubrica “Educação” apresentou estabilidade de preços no período. Dentro da rubrica “Habitação” os materiais de limpeza apresentaram um aumento de 1,39%. Nos itens “Transporte” e “Vestuário”, houve estabilidade nos preços.

3.4. Mês de novembro de 2009.

Para famílias que tem renda média de R$ 2.227,64, ocorreu um aumento de apenas 0,02% nos preços de produtos e serviços.

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A rubrica “Alimentação” apresentou um aumento de preços de 0,12%, o que representa um custo para as famílias de 0,04%. Os materiais de limpeza apresentaram uma redução de preços de 0,08%.

3.5. Mês de dezembro de 2009.

O custo de vida para famílias que tem renda média de R$ 2.231,43 teve um acréscimo de 0,17% nos preços.

A rubrica “Alimentação” apresentou um aumento de preços de 0,16%, o que representa um custo para as famílias de 0,05%. Considerando-se a renda familiar de R$ R$ 2.227,64 no mês de novembro, essa redução de preços representa uma economia de R$ 3,79. Os Planos de saúde apresentaram inflação de 2,15%; os Exames médicos apresentaram alta de preços de 1,11%. A rubrica Vestuário apresentou inflação de 0,21%; a Educação, de 0,48% e os Veículos subiram 0,35%. 3.6. Mês de janeiro de 2010.

A inflação em janeiro foi de 1,09%. Considerando-se a renda familiar de R$ R$ 2.231,43 no mês de dezembro de 2009, esse aumento de preços representa uma perda de R$ 24,32. O resumo da análise mostra a elevação de preços nas seguintes rubricas: Alimentação - 1,87%; Educação - 3,94%; Planos de saúde - 3,33%; Exames médicos – 4,00%; Medicamentos - 1,16% e Combustíveis – 5,01%. A rubrica Vestuário apresentou redução de preços de 0,40%.

3.7. Mês de fevereiro de 2010.

O custo de vida nesse mês foi inflacionado em 0,66%. Considerando-se a renda familiar de R$ 2.255,75 no mês de janeiro, esse aumento de preços representa uma perda de R$ 14,89. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual em fevereiro deveria ser de R$ 2.270,64.

3.8. Mês de março de 2010.

Em março, o custo de vida aumentou em 0,71%. Esse acréscimo corresponde a uma perda na renda da ordem de R$ 16,12. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual deveria ser de R$ 2.286,76.

3.9. Mês de abril de 2010.

Foi de 0,70% o aumento nos preços. Considerando-se a renda familiar de R$ 2.286,76, no mês de março, esse aumento de preços representa uma perda de R$ 16,01. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual deveria ser corrigida para R$ 2.302,77.

3.10. Mês de maio de 2010.

A inflação no mês de maio foi de 0,98%. Considerando-se a renda familiar de R$ 2.302,77 no mês de abril, essa inflação representa uma

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perda de R$ 22,57. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual deveria ser de R$ 2.325,34.

3.11. Mês de junho de 2010

No mês de junho, a inflação foi de 0,38%. Com base na renda familiar de R$ 2.325,34 no mês de maio, esse aumento de preços representa uma perda de R$ 8,83. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual deveria corrigida para R$ 2.334,17.

3.12. Mês de julho de 2010.

Foi de 0,11% o aumento de preços no mês de julho. Isso significa que houve uma perda de R$ 2,57. Para manter o mesmo poder de compra, a renda atual deveria ser de R$ 2.336,74.

Conforme pode ser verificado, a renda da família, no início do período era de R$ 2.233,70. Com a inflação acumulada no período de 12 meses, alcançando 4,62%, houve perda real de R$ 103,04. Para corrigir essa perda, a renda passaria para R$ 2.336,74.

4. Significado da inflação acumulada na cidade de Guarujá, no período

de janeiro à julho de 2010.

Conforme pode ser constatado na Tabela 4, o índice acumulado de maior percentual foi o IGPM-FGV, alcançando 5,85% nos primeiros sete meses do ano de 2010. Em seguida, foi anotado o indicador IGP-DI-FGV, com 5,71%. A média do custo de vida, conforme os vários indicadores estudados atingiu 4,00%.

A menor média foi constatada na cidade de Guarujá, representando o ICV-UNAERP JR de 1,21%.

Os demais indicadores de preços utilizados para a comparação, apresentaram flutuação entre 3,10% (IPCA-IBGE) e 3,42% (IPC-FGV), superiores ao indicador ICV-UNAERP JR, de 1,21%.

O acompanhamento na formação dos preços na cidade de Guarujá permitiu o destaque das seguintes análises sobre o mercado e da própria conjuntura econômica. Nos últimos anos, isto é, a partir do ano de 2004 até o final do ano de 2009, inúmeras redes de supermercados foram instaladas na cidade de Guarujá. Esse fato é relevante, pois com a população residente em torno de 318.000 habitantes, como mencionado, o equipamento de oferta de produtos e serviços disponível torna-se de grande envergadura, para suprir os efeitos da demanda apenas em épocas de temporada. Com esse efeito, as redes e o mercado instalaram verdadeiras guerras de preços, para a conquista da preferência do consumidor.

Como essas ocorrências são permanentes, tem sido observadas flutuações de preços muito expressivas. Há produtos na área de laticínios e embutidos, cujas diferenças de preços ultrapassam 70,0% entre os mercados.

Outro ponto relevante nessas apreciações é que a renda da cidade de Guarujá pode ser considerada baixa, se comparada com outros

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municípios próximos, como é o caso da vizinha cidade de Santos. Conforme a Fundação Seade (2010), a cidade de Santos conta com aproximadamente 433.000 habitantes. Enquanto essa cidade apresenta o PIB per capita de R$ 47.108,41, representando 6,00206% sobre as exportações do estado de São Paulo, a cidade de Guarujá perfaz 0,290700%, com o PIB per capita de R$ 9.800,14. Esse indicador representa que a renda da cidade de Guarujá é 4,8 vezes inferior a renda da cidade de Santos. Portanto, o esforço em obter a preferência do cliente – em todas as faixas – faz com que os empresários apliquem de forma permanente campanhas oferecendo descontos.

Tabela 4. Principais indicadores, acumulado e média, (%), janeiro a julho de 2010.

INDICADORES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

IGP-DI FGV 1,01 2,11 2,75 3,49 5,12 5,48 5,71 IGPM - FGV 0,63 1,82 2,77 3,57 4,80 5,69 5,85 INPC - IBGE 0,88 1,59 2,31 3,05 3,50 3,38 3,31 IPCA - IBGE 0,75 1,54 2,06 2,65 3,09 3,09 3,10 IPC FIPE 1,34 2,09 2,44 2,84 3,06 3,10 3,28 IPC FGV 1,29 1,98 2,86 3,64 3,86 3,64 3,42 ICV DIEESE 1,72 2,32 2,80 3,03 3,18 3,20 3,35 ICV UNAERP JR. 1,09 1,66 2,38 3,10 4,11 4,51 4,62 MÉDIA 1,09 1,76 2,48 3,20 4,21 4,60 4,72 4. Conclusões.

Conforme o cronograma e metodologia adotados para a realização desta pesquisa, observa-se que no período de doze meses, entre agosto de 2009 e julho de 2010, o ICV UNAERP JR apresentou o acumulado de 4,62%, inferior à média nacional, que foi de 5,01%.

Para o período de janeiro a julho do ano de 2010, a média do custo de vida, conforme os vários indicadores estudados foi de 4,00%, sendo que o ICV UNERP JR atingiu 4,62%.

Os demais indicadores de preços utilizados para a comparação, apresentaram flutuação entre o mínimo de 3,10% (IPCA-IBGE) e 5,85 (IGPM-FGV).

O ICV-UNAERP JR. foi de 4,62% adequado à média nacional, que foi de 4,00%.

5. Referências aplicadas e selecionadas.

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