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A percepção dos profissionais em administração de Ijuí/RS quanto as suas efetivas competências para gerir organizações

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Campus Ijuí Junho de 2013

UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO RS

DACEC - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DE COMUNICAÇÃO – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO –

BACHARELADO – MODALIDADE PRESENCIAL

A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM

ADMINISTRAÇÃO DE IJUÍ/RS QUANTO AS SUAS

EFETIVAS COMPETÊNCIAS PARA GERIR ORGANIZAÇÕES

Aluna: Camila Raquel Wagner Orientador: Marcos Paulo Dhein Griebeler

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Campus Ijuí Junho de 2013

A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM

ADMINISTRAÇÃO DE IJUÍ/RS QUANTO AS SUAS

EFETIVAS COMPETÊNCIAS PARA GERIR ORGANIZAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

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Ijuí/RS quanto a suas efetivas competências para gerir organizações. 2013. 70 folhas. Trabalho de Conclusão do Curso de Administração – Bacharelado. Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e de Comunicação, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2013.

RESUMO EXPANDIDO

PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUANTO AS SUAS COMPETÊNCIAS PARA GERIR ORGANIZAÇÕES

Resumo: o presente trabalho tem o objetivo de conhecer a percepção de

profissionais de administração quanto as suas próprias competências para gerir as Organizações. A pesquisa utilizou questionários para coletar os dados necessários para responder tais objetivos. E os resultados foram satisfatórios, pois mostram que os administradores de Ijuí estão aptos quanto às capacidades exigidas.

Palavras-chave: Administrador; Mercado; Atual; Administração.

Introdução

Este trabalho respondeu a uma questão relacionada às percepções dos profissionais em Administração da cidade de Ijuí/RS quanto as suas efetivas competências para gerir Organizações. Dutra (2010) diz que muitos estudiosos compreendem a competência como o conjunto de três elementos: conhecimentos (saber), habilidades (saber fazer) e atitudes (saber agir) necessárias para que o indivíduo desenvolva suas atribuições e responsabilidades.

Os objetivos deste trabalho verificam as aptidões e o perfil dos profissionais em administração, expor a importância do administrador e recomendar as competências exigidas aos profissionais da atualidade.

Metodologia

A metodologia consiste em pesquisa de campo, através de questionários respondidos pelo público-alvo da pesquisa, investigação documental, busca de documentos que regem a profissão do administrador e pesquisa bibliográfica, por meio de pesquisa em livros, artigos e material disponibilizado na internet.

O CRA (Conselho Regional de Administração) do Estado do Rio Grande do Sul possui 15.905 registrados, destes 97 possuem registro junto a delegacia de Ijuí, foram retornados 32 questionários respondidos por profissionais registrados no CRA, Delegacia de Ijuí/RS e bacharéis em administração, formados na Unijuí dentre os anos de 2010 e 2012.

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O estudo inicia-se nas Organizações, que estão buscando cada vez mais profissionais qualificados para seus colaboradores, segundo Chiavenato (1999) uma “Organização é uma entidade social composta de pessoas que trabalham juntas e deliberadamente estruturada em uma divisão de trabalho para atingir um objetivo comum”. Uma Organização bem administrada sobrevive ao mercado competitivo atual, por isso que a Administração e um Administrador competente fazem a diferença dentro da empresa. Silva (2005) de forma clara e objetiva define que a função da Administração está relacionada com o alcance de objetivos por meio dos esforços de outras pessoas.

É importante destacar a função do administrador, ele deve cumprir as quatro funções específicas, citadas pela primeira vez por Fayol, sofreram algumas alterações mais tarde, atualmente se resumem em: função de planejar, organizar, dirigir e controlar, se resumem em pensar antecipadamente nos objetivos a serem alcançados e o modo de atingi-los; designar tarefas e alocar o trabalho e as funções; influenciar as pessoas e liderar as pessoas para realizarem tais trabalhos; e certificar-se de que os atos de seus colaboradores estão sendo conduzidos para a realização da tarefa planejada. De acordo com Siqueira (2002) a gestão profissional será cada vez mais indispensável para a sobrevivência e o desenvolvimento das pessoas.

Resumindo o perfil do administrador e bacharel em administração de Ijuí/RS ficou assim definido, segundo a análise dos questionários respondidos: de gênero masculino, idade entre 22 e 30 anos, formados na Unijuí, dentre os anos de 2010 e 2011, com um tempo de curso de cinco anos. Grandiosa maioria buscou continuidade de estudos após a graduação.

Metade dos respondentes possuem registro junto ao CRA. As áreas de uma empresa estão bem distribuídas dentre as “preferências” nenhuma que tenha se sobreponha muito as demais, mas as duas com maior percentual são área financeira e produção, operações e logística, e 50% dos ex-alunos praticam as teorias aprendidas em sala de aula dentro das Organizações. Apesar de atuarem em nível estratégico são empregados em outras empresas e não empreendedores em negócios próprios. A média salarial dos respondentes ficou entre acima de um até três salários mínimos.

O artigo 40 das Diretrizes Nacionais do Curso de Administração segurem oito competências bem importantes aos administradores e a maioria dos respondentes possuem tais competências, relacionadas a solução de problemas, estratégia, atuar de forma preventiva, tomada de decisão, comunicação, ter atuação sobre a produção, desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico, ter iniciativa, criatividade, determinação, capacidade de repassar conhecimentos e experiências cotidianas, consolidar projetos e realizar consultorias.

Cada tipo de Organização busca aptidões diferentes para seus colaboradores, dentre as mais requeridas estão as já citada acima pelo artigo das Diretrizes Nacionais do Curso de Administração, ainda mais liderança; trabalho em Equipe; flexibilidade/adaptabilidade e ética.

Conclusão

Este trabalho conclui-se com os objetivos alcançados, o perfil do administrador formado, as competências mais procuradas pelas empresas expostas e a função do administrador e da Administração dentro de uma Organização apresentadas. Os resultados são bons, mostram profissionais capazes para estarem frente às empresas e servirem a sociedade.

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graduação, isso acontece devido as amplas oportunidades de emprego que esta área possui, também apresenta conhecimento de várias funcionalidades, finanças,

marketing, gestão de pessoas, produção e operações, dentre outras, por isso o

mercado fica mais competitivo, devido ao aumento que há de profissionais na área, aqueles que possuem técnica e conhecimentos, habilidades e atitudes que se destaquem são os que serão buscados primeiro pelo mercado de trabalho, mas não devem deixar de continuar a busca por conhecimento, pois aprendizagem deve ser contínua e a vontade de crescimento profissional deve estar presente em todo profissional, de todos os segmentos.

Referências Bibliográficas:

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1999. DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de

pessoas na empresa moderna, 1.Ed., São Paulo: Atlas, 2010.

SILVA, Reginaldo O. Teorias da Administração. São Paulo: Thompson, 2005. SIQUEIRA, Wagner. Administração: Oportunidades, desafios e ameaças. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002.

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INTRODUÇÃO ... 9 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 10 1.1 Apresentação do tema ... 10 1.2 Questão de estudo ... 10 1.3 Objetivos ... 11 1.3.1 Objetivo geral ... 11 1.3.2 Objetivos específicos ... 11 1.4 Justificativa ... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 13 2.1 As organizações ... 13 2.2 A função da administração ... 16 2.3 A função do administrador ... 22

2.4 As competências exigidas ao administrador no atual contexto ... 23

3 METODOLOGIA ... 28

3.1 Classificação da pesquisa ... 28

3.2 Sujeitos da pesquisa e universo amostral ... 28

3.3 Coleta de dados ... 29

3.4 Análise e interpretação de dados ... 29

3.5 Sistematização do estudo ... 30

4 A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM ADMINISTRAÇÃO DE IJUÍ/RS QUANTO AS SUAS EFETIVAS COMPETÊNCIAS PARA GERIR ORGANIZAÇÕES ... 31

4.1 A percepção da amostra quanto às competências para gerir organizações .. 31

4.1.1 Espaço para comentários espontâneos sobre a profissão ... 43

4.2 A importância da profissão do Administrador no atual contexto ... 44

4.3 Recomendação aos profissionais em Administração as competências exigidas pelo mercado ... 46 CONCLUSÃO ... 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 50 ANEXOS / APÊNDICES ... 53 ANEXO A ... 54 APÊNDICE...61

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 01 – Demonstrativo das áreas funcionais da Administração. ... 14

Quadro 02 – Funções específicas da Administração ... 17

Quadro 03 – Relação objetivos específicos X metodologia ... 30

Tabela 01 – Gênero ... 31

Tabela 02 – Faixa etária ... 32

Tabela 03 – Motivo que levou à escolha do curso de Administração ... 34

Tabela 04 – Universidade, ano e tempo para a conclusão do curso de graduação .. 35

Tabela 05 – Busca por especialização após a conclusão da graduação ... 36

Tabela 06 – Registro junto ao CRA (Conselho Regional de Administração) ... 37

Tabela 07 – Área de maior interesse ... 38

Tabela 08 – Utiliza as teorias de sala de aula dentro das organizações ... 38

Tabela 09 – Nível do cargo ocupado ... 39

Tabela 10 – Média salarial ... 40

Tabela 11 – Oito competências sugeridas aos administradores ... 33

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus pela vida, por ter iluminado meu caminho, ter-me guiado e protegido durante esta trajetória.

Agradeço aos meus pais Helio e Hedi, inicialmente por terem me ensinado valores e princípios que me fazem um a pessoa melhor, por terem arcado com todas as despesas de minha graduação, pelo incentivo, apoio nos momentos difíceis e por comemorarem todas minhas vitórias como se fossem suas.

Ao meu namorado Diogo, pela compreensão, estímulo e disposição para o que pudesse ajudar.

As minhas amigas mais queridas, com as quais eu pude contar sempre.

Aos meus amigos, a Gurizada mais “Buena” que já conheci, pela torcida, pelos momentos de alegria, por me mostrarem que jamais estaria sozinha. Assim como as minhas colegas de trabalho, que me escutaram dia-a-dia falar dos mesmos assuntos: TCC e formatura. Bem como todos os profissionais com os quais trabalhei e que me ensinam muito do que sei.

Agradeço aos professores, os quais souberam passar seus conhecimentos e experiências e contribuíram para minha formação profissional, em especial ao Prof. Marcos Paulo Dhein Griebeler, meu orientador neste estudo, pela paciência, dedicação a este trabalho e confiança por acreditar nesta pesquisa. Também ao Prof. Gustavo Arno Drews, pela disponibilidade e dicas antes mesmo de iniciar o Projeto de TCC.

Ainda, meu muito obrigada ao CRA de Ijuí e aos colaboradores do DACEC, que disponibilizaram dados importantes a esta pesquisa, pela atenção e presteza e aqueles profissionais que dedicaram minutos do deu tempo para responder o questionário referente a essa pesquisa.

Obrigada a toda a minha família e aqueles que contribuíram de alguma forma para que eu atingisse o objetivo da conclusão de curso..

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“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém...”.

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INTRODUÇÃO

Os administradores são habilitados para tomarem decisões e estar frente às empresas na busca de seus objetivos, para isso devem possuir competências, habilidades e atitudes que lhes permitam assumir tamanha responsabilidade. É necessário entender toda a empresa, as áreas funcionais, processos e a função que precisa desempenhar. Esta pesquisa buscou entender se esses profissionais sabem sobre seu ofício, o registro profissional e ainda se conhecem e possuem competências necessárias.

Este trabalho apresenta competências consideradas importantes para os profissionais de administração, buscando averiguar se estas têm sido estimuladas nas Universidades e Organizações onde trabalham. Está dividido em quatro capítulos, o primeiro apresenta a contextualização do estudo que relata o tema abordado, a questão de estudo respondida neste trabalho, os objetivos que busca-se atingir com a referente indagação e a justificativa que visa explicar a importância e para que é interessante esta pesquisa.

No segundo capítulo, o referencial teórico busca conceitos e teorias necessárias para melhor entendimento deste tema, tais como: o que são as Organizações e tudo que está a ela relacionado, as funções específicas da administração, a função do administrador frente às organizações e as competências exigidas para tal profissional.

Após destaca-se a metodologia, que apresenta o tipo de pesquisa, que são: pesquisa de campo, investigação documental e bibliográfica. Sujeitos da pesquisa e universo amostral, os profissionais em administração que responderam o questionário referente a esta pesquisa. A coleta de dados, feita através de questionários. Análise e interpretação de dados, busca explicar a forma como os dados foram tratados a fim de chegar ao resultado final. E sistematização de estudos, que recorda aquilo que vai ser visto no decorrer deste trabalho.

Por fim, apresentação das respostas dadas pelos participantes da pesquisa a fim de responder a questão problema deste trabalho, analisar e emitir o perfil dos profissionais de Ijuí/RS

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Para contextualizar o estudo segue a delimitação do tema, a questão de estudo, os objetivos e a justificativa, isto com o propósito de mostrar as intencionalidades com a referida pesquisa.

1.1 Apresentação do tema

Num rápido retrospecto do progresso teórico da administração e organização, pode-se observar que os antecedentes já abordavam aspectos que ainda hoje são tratados quando o debate diz respeito a “competências”. O homem percebeu desde cedo que estava condicionado à convivência com o grupo, para que fossem possíveis suas realizações pessoais e profissionais. A história comprova a vivência de grupos formados de pessoas em volta de um fim, que podem ser: proteger-se de ataques inimigos, dos imprevistos do tempo, lazer, convivência social, arranjar mantimentos (caça, pesca, etc.), são exemplos de aptidões que sugerem ter existido planos formais, coordenações de tarefas e liderança. Atualmente, ainda mais, necessita-se de profissionais competentes e com iniciativas inovadoras para encarar os desafios do mercado contemporâneo.

Para conhecer as competências exigidas aos gestores é preciso entender as Organizações e sua estruturação, descobrir qual a função da administração dentro das empresas e sua influência na sociedade envolvida e, para melhor entendimento, é preciso buscar as Teorias da Administração e os autores que mais bem as explicam. Eis que se busca mostrar o papel do administrador e as competências que este deve ter no atual contexto.

1.2 Questão de estudo

O assunto discutido refere-se às aptidões do gestor, a visão dele em tempos modernos e as competências exigidas pelo mercado atual. Para isto, foram analisadas as percepções dos Administradores registrados e não registrados no CRA de Ijuí/RS, onde se buscou entender o que é preciso para estar dentro do

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mercado competitivo.

Com vista no conceito de administrar empresas e na busca de conhecer mais sobre as competências necessárias aos profissionais em administração, respondeu-se a seguinte questão: Qual a percepção dos Profissionais em Administração de Ijuí/RS quanto as suas efetivas competências para gerir as Organizações?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Conhecer a percepção dos Bacharéis em Administração e Administradores quanto as suas efetivas competências para gerir Organizações.

1.3.2 Objetivos específicos

1. Conhecer a percepção dessa amostra quanto às competências para gerir Organizações;

2. Descrever a importância da função do Administrador no atual contexto;

3. Comparar o perfil do Profissional de Ijuí/RS, com os profissionais estaduais e federais;

4. Recomendar aos Bacharéis e Profissionais em Administração as competências exigidas pelo mercado.

1.4 Justificativa

O que levou a escolha deste tema foi o fato perceber a necessidade de profissionais competentes e comprometidos com o trabalho, que atendam as exigências do mercado atual. Buscou-se então verificar nos profissionais de Administração suas competências para gerir organizações de Ijuí/RS.

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Este trabalho justifica-se pela necessidade de entendimento sobre o assunto da sociedade em geral, pois visa explicitar as funções daqueles que gerenciam as empresas em que se trabalha, que criam e vendem os bens e serviços que a sociedade utiliza, é importante também a comunidade acadêmica, aos alunos que buscam saber sobre o curso de administração e também para os que já estão inseridos nele tomarem conhecimento de seus compromissos quanto administradores.

É importante também aos que já são formandos no curso de administração, para reverem conceitos e as competências exigidas pelo mercado a estes profissionais, ao CRA que terá cópia deste trabalho disponível àqueles administradores registrados, com pesquisa atualizada sobre as percepções dos gestores de administração.

Este é um Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Administração, é de suma relevância, principalmente, à acadêmica formanda do curso por representar a conclusão da graduação, mas, sobretudo, por esse tema apresentar competências cotidianas, teorias e conceitos que a mesma irá enfrentar no dia-a-dia profissional.

Este foi o tema escolhido pela formanda, pois ao prestar vestibular para o curso de Administração na Unijuí, este não era sua primeira opção de profissão, mas após ingressar no curso e participar das primeiras aulas, tomar conhecimento de toda a dimensão de conteúdo, de funções que a administração traz e competências que ela exige que se tenha, esta se encantou pela carreira que em breve a fará Bacharel em Administração. Então, este trabalho ficará disponível a todos que interessar, aos que tiverem dúvidas sobre a função do Administrador e também aqueles que desejam seguir a profissão e conhecê-la ainda mais.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, foi exposta a sustentação teórica para o estudo, através do resgate de conceitos e teorias pesquisadas. Serão abordados temas considerados relevantes para a compreensão deste trabalho, como: o que são Organizações, sua estruturação e áreas funcionais. A função da Administração, as teorias que contam a evolução de pensamentos divididos em quatro períodos e ainda os processos administrativos. Finaliza-se este capítulo com a descrição da profissão do Administrador e as competências que este precisa para enfrentar os desafios do cotidiano.

2.1 As organizações

Desde bem cedo as pessoas perceberam que tarefas simples como as de caça trariam melhores resultados caso fossem realizadas coletivamente, uns espantando os animais, outros os dirigindo para armadilhas onde eram mortos por terceiros. Nascia, assim, uma associação de pessoas com a função de alcançar a meta de obter carne para atender à necessidade básica de alimentação dos membros da tribo, isso parece o inicio das atividades organizadas, segundo Bernardes e Marcondes (2004).

Nas sociedades modernas, quase toda a história acontece dentro de Organizações. Como observa Chiavenato (1994) “o homem moderno passa a maior parte do seu tempo dentro de organizações, das quais depende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita”. O que fica evidente é a relação de dependência que se estabelece entre as Organizações como um todo e as pessoas em geral. Maximiano (2012) ressalta que na sociedade humana, as organizações fornecem os meios para atender as necessidades das pessoas. São elas que fornecem tudo o que as pessoas precisam, pois esta é a finalidade de qualquer organização, produzir produtos ou serviços para satisfazer necessidades ou desejos dos consumidores.

Segundo Chiavenato (1999) “uma organização é uma entidade social composta de pessoas que trabalham juntas e deliberadamente estruturada em uma divisão de trabalho para atingir um objetivo comum”. Já para Lacombe e Heilborn

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(2003) a organização é vista como um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos, que seriam mais difíceis de serem alcançados por cada um individualmente, por isso a ideia do coletivo no sentido de unir habilidades e competências individuais para a agregação de um maior valor e assim atingir mais eficaz e eficientemente os objetivos propostos.

Embora não haja uma única forma de estruturar as organizações, há consenso sobre algumas áreas funcionais que lhe são típicas:

Quadro 01 – Demonstrativo das áreas funcionais da Administração.

Área Funcional Conceito

Produção e Operações

- Trata da forma como as empresas se organizam para produzir seus bens e serviços e atender as expectativas e exigências dos clientes.

- Atua como impulsionadora da estratégia empresarial, na medida em que busca consolidar vantagem competitiva no longo prazo, segundo Slack (1997).

- De acordo com Sobral e Peci (2008) a principal razão de ser de uma organização é a produção de bens ou a prestação de serviços. Por esse motivo, o sistema de operações é o centro ou “coração” de sua atividade.

Gestão de

Pessoas

- É uma função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais, de acordo com Gil (2001). - A gestão de pessoas faz com que as demais áreas funcionais se relacionem. Sem as pessoas não existem as organizações. Finanças

- Para Sobral e Peci (2008) a área financeira é o “sangue” da organização e envolve qualquer decisão tomada na empresa que envolva a aquisição ou aplicação de recursos financeiros.

Logística

- O Professor da Unijuí, Edemar José Zanon (s. a., s. p.), explica que é ela que estabelece e coordena uma política a ser adotada em relação a compras, controles, armazenamento, manuseio e transporte de bens.

Marketing

- Para Kotler (2000) marketing é um processo social e gerencial por meio dos quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.

- Para Sobral e Peci (2008) o principal foco da área de marketing é captar e manter clientes, satisfazê-lo e procurar influenciar seu comportamento, buscando o alcance dos objetivos da empresa.

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Para Bernardes e Marcondes (2004) a Organização é uma coletividade formada por pessoas que: tem a função de produzir bens e prestar serviços à sociedade, bem como atender as necessidades de seus participantes; possui uma estrutura formada por indivíduos que se relacionam, colaborando e dividindo o trabalho para transformar insumos em bens e serviços.

De acordo com Moraes (2000), as organizações são necessárias por que: (a) servem a sociedade, (b) visam transformar o mundo em um lugar melhor, (c) além de permitirem que sejam supridas as necessidades sociais; (d) realizam objetivos, promovem o aumento de habilidades; (e) preservam o conhecimento; (f) proporcionam carreiras; (g) influenciam um ambiente em rápida mudança; (h) criam valor para seus proprietários, clientes e empregados; (i) lutam com os atuais desafios. Silva (2005) complementa que organizações bem administradas desenvolvem consistência, crescimento e prosperidade; as aquelas mal administradas declinam e, muitas vezes, morrem.

As organizações podem estar divididas em três níveis operacionais: estratégico, tático e operacional, de acordo com o tipo de trabalho que é desenvolvido por cada nível:

 Nível Estratégico (Institucional): para Chiavenato (1999) o nível mais elevado da organização, pessoas que tomam as principais decisões da organização. Está em contato direto com o ambiente externo, com o mundo que rodeia a organização e recebe o impacto das mudanças e pressões ambientais. O administrador nesse nível deve possuir uma visão estratégica, para definir a missão e os objetivos fundamentais do negócio. Silva (2005) acrescenta que corresponde a alta administração, pois determina os objetivos de longo prazo e a direção para a organização como um todo.

 Nível Tático (Intermediário): Recebe as decisões globais tomadas no nível institucional e as transformam em programas de ação para o nível operacional, isso segundo Chiavenato (2004). Para Silva (2005) corresponde a média administração, pois coordena e decide que produtos ou serviços serão produzidos.

 Nível Operacional: Para Silva (2005) este nível corresponde à supervisão, pois coordena a execução das tarefas de todo pessoal

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operacional. É o nível que administra a execução e realização das tarefas e atividades cotidianas, diz Chiavenato (2004).

2.2 A função da administração

Em um mundo cada vez mais competitivo, o sucesso ou fracasso de uma organização depende da qualidade de sua administração. São os administrantes que formam objetivos e orientam a empresa de modo a alcançá-los, a organiza para mudanças, buscando centrá-la num espaço cada vez mais dinâmico.

O pensamento de Silva (2005) sobre o assunto de forma bem clara, é que existem quase tantos conceitos de administração quanto livros sobre o assunto. Todavia, a grande maioria das definições de administração compartilha uma ideia básica: a administração está relacionada com o alcance de objetivos por meio dos esforços de outras pessoas.

Conforme Aktouf (1996) se trata de uma atividade, ou de uma série de atividades integradas e interdependentes, destinadas a permitir que certa combinação de meios (financeiros, humanos, materiais, etc.) possa gerar uma produção de bens ou serviços econômica e socialmente úteis e com finalidade lucrativa e rentável para a empresa.

Sobre a Administração diz Koontz et al (1986) que talvez não exista área mais importante de atividade humana do que a administração, pois a tarefa básica de todos os administradores é projetar e manter um ambiente no qual indivíduos, trabalhando juntos em grupos, possam cumprir missões e objetivos preestabelecidos Administração é um processo de tomada de decisão sobre estratégias, processos, atividades, através da cooperação das pessoas para que a missão, os objetivos e as metas da organização possam cumprir-se de forma mais “correta” possível, com agilidade, flexibilidade, confiabilidade, respeitando a cultura organizacional do seu tempo e do seu espaço, explicou a Professora da Unijuí, Neyta Belato (s.d, s.p.).

A administração, na verdade é tanta coisa, que nenhuma definição foi globalmente aceita ou considerada satisfatória. Chiavenato (1999) descreveu administração como maneira de utilizar os diversos recursos organizacionais – humanos, materiais, financeiros, de informação e tecnologia – para alcançar

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objetivos e atingir elevado desempenho. Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz. Na opinião de Maximiano (2012) administração é o processo de tomar decisões que faz as organizações serem capazes de utilizar corretamente seus recursos.

A partir do século XX tornou-se corriqueiro determinar a administração em torno de suas quatro funções específicas: planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos disponíveis da organização para alcançar os objetivos.

Quadro 02 – Funções específicas da Administração

Função Objetivo

Planejar

- Significa que os gestores pensam antecipadamente em seus objetivos e ações e que seus atos são baseados em algum método, plano ou lógica, e não em palpites. É fixar metas e descobrir modos de atingi-las (OLIVEIRA, 2006).

- Para Koontz et al (1986) é sinônimo de tomada de decisões, pois envolve a escolha dentre alternativas.

- Para Silva (2005) é a fase de determinação de objetivos e metas para o desempenho organizacional futuro, e decisão das tarefas e recursos utilizados para alcance daqueles objetivos.

Organizar

- Para Oliveira (2006) é o processo de arrumar e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre os membros de uma organização, de modo que eles possam alcançar eficientemente os objetivos.

- “Processo de designação de tarefas, de agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos para os departamentos” (SILVA, 2005, p. 10).

Dirigir

- Trata de liderar e influenciar os funcionários a realizar tarefas essenciais, para Oliveira (2006).

- Para Silva (2005) é a influência para que outras pessoas realizem suas tarefas de modo a alcançar os objetivos estabelecidos, envolvendo energização, ativação e persuasão daquelas pessoas.

Controlar

- O gerente deve acompanhar se certificar de que os atos dos membros da organização conduzem-na de fato em direção aos objetivos estabelecidos, diz Oliveira (2006).

- Silva (2005, p. 10) diz ser a função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado.

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Nada seria da Administração se alguém, algum dia não tivesse iniciado os estudos e pesquisas sobre ela, para isso tanto são estudadas as teorias da Administração, é por onde se conhece toda a trajetória, períodos e autores reconhecidos que ajudaram na evolução desta ciência. Maximiano (2012) explica que teorias da administração são conhecimentos organizados, produzidos pela experiência prática das organizações. As teorias são divididas em quatro períodos:

Escola Clássica: eficiência nos processos produtivos, combate ao desperdício, administração como processo e eficiência do modo burocrático de organização, são citadas como ideias principais a esta escola no entender de Maximiano (2012).

Nogueira (2007) lembra que Taylor, Fayol e Ford são os maiores representantes do paradigma técnico-administrativo. Sua obra e experiência prática marcaram não apenas o nascimento da administração técnica e científica como também originou a figura do administrador racional e profissional no âmbito das atividades organizacionais das primeiras décadas do século XX.

Maximiano (2012) ajuda a entender que a administração científica foi à primeira abordagem da teoria da administração, surgiu com a ideia de melhorar a eficiência do trabalhador, que começou com Frederick Winslow Taylor. Ele adotou um sistema conhecido como pagamento por peça, onde os trabalhadores eram pagos de acordo com a quantidade produzida, quanto mais produzia maior seria sua remuneração.

O objetivo básico da administração científica era incrementar a produtividade do trabalhador por meio de uma análise científica sistemática do trabalho do empregado, atingindo uma “maneira melhor” de realizar tal trabalho, assegurando prosperidade para o empregador, conjugada com a máxima prosperidade para os trabalhadores. O segundo aspecto da abordagem da administração científica foi a motivação dos empregados para trabalhar o mais rapidamente possível, enquanto utilizavam “a melhor maneira” para produzir, que lhes foi ensinada. A especialização do operário foi, para Taylor, um dos principais pontos para o desenvolvimento do processo de produção na administração científica, isso quem conta é Silva (2005).

Quem mais se destacou na área da administração nas organizações foi Henry Fayol, Vianna (2006) diz que para Fayol a empresa poderá atingir mais facilmente o seu objetivo pela melhoria do rendimento, o que só se consegue

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mediante uma direção eficiente. Os valores básicos seriam autoridade, comando único, hierarquia, divisão do trabalho, segurança social e centralização de poder. Também foram dele as ideias iniciais sobre as funções organizacionais, que eram: previsão, organização, comando, coordenação e controle, que mais tarde sofreram alterações e são descritas logo após. Fayol defendeu que os administradores necessitavam de certas qualificações e habilidades que deveriam ser ensinadas em escolas e não apenas no local de trabalho.

Maximiano (2012) conta que Henry Ford introduziu a linha de montagem no processo de produção de automóveis Ford, padronizados e baratos. Ao atender a crescente demanda da sociedade de consumo, seu sistema de produção em massa parecia à fórmula ideal para garantir a satisfação e a prosperidade do homem moderno. Ford via na classe trabalhadora não apenas mão de obra, mas também fonte de consumo. Henry Ford foi quem elevou ao mais alto grau os dois princípios da produção em massa, através de peças padronizadas e trabalhador especializado. Vianna (2006) diz que a grande contribuição de Ford foi o desenvolvimento da tecnologia necessária para a eficácia e eficiência de trabalhos industriais constituídos por tarefas que tinham duas características: repetições sucessivas e continuadas, na execução de certo produto, ou em parte dele. Ford é o autor do trabalho em série, que veio a se tornar o grande trunfo das grandes indústrias, nos tempos modernos.

Esse período acaba com as observações de Max Weber, inspirador de Taylor, Ford e Fayol, Maximiano (2012) descreve que Weber lançou as bases para o estudo das organizações e da burocracia. As organizações formais modernas baseiam-se em leis, que as pessoas aceitam por acreditarem que são racionais. Elas possuem três características principais que as diferenciam dos grupos informais, são elas: (a) Formalidade, com base em normas e leis, que estimulem os direitos e deveres dos participantes. (b) Impessoalidade, significa que na burocracia nenhuma pessoa é empregada de outra, as relações entre as pessoas que integram as organizações burocráticas são governadas pelos cargos que elas ocupam e pelos direitos e deveres investidos nesses cargos. (c) Profissionalismo, de forma geral, os cargos oferecem a seus ocupantes carreira profissional e meios de vida, além de formação.

Segundo Silva (2005) os estudos de Weber procuravam estabelecer estrutura, estabilidade e ordem às organizações por meio de uma hierarquia

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integrada de atividades especializadas, definidas pro regras sistemáticas.

Segundo Maximiano (2012) alguns autores nomearam a seguinte fase da história da administração como “escola neoclássica”, foi o movimento em que a ênfase se deslocou da eficiência para a competitividade. Destacaram-se as ideias de Pierre Du Pont e Alfred Sloan, defendiam estruturação das grandes corporações em unidades de negócios, para oferecer produtos específicos para cada tipo de mercado, planejamento estratégico, avaliação de desempenho da empresa como um todo, unidades centrais de apoio.

Conforme Maximiano (2012) iniciou-se uma busca sobre o fator humano no trabalho, foi então que George Elton Mayo fez uma experiência buscando encontrar a relação entre produtividade e condições físicas de trabalho. A conclusão foi a de que a produtividade depende mais de aspectos informais e sociais dos grupos de trabalho do que de fatores físicos como iluminação, ambiente, limpeza, etc. Para quem adota a perspectiva comportamental, o importante em uma organização é o sistema social, formado por pessoas e suas necessidades, sentimentos e atitudes, bem como por seu comportamento. Essa abordagem enfatiza que a administração eficaz virá de uma compreensão do trabalhador.

As áreas do enfoque comportamental eram: (a) Características e diferenças individuais, entendimento das pessoas como entes singulares. (b) Motivação, impulso interior. (c) Liderança, capacidade de influenciar o comportamento alheio. (d) Ética e responsabilidade social, estudo e disseminação dos valores que governam as relações entre as pessoas. (e) Cultura Organizacional, estudo de hábitos, valores e símbolos que singularizam as sociedades, disse Maximiano (2012).

O enfoque comportamental tem longa história, tem como antecedentes: o movimento pelo bem-estar dos trabalhadores, a psicologia industrial, o estudo do fator humano no papel dos gerentes, o estudo da dinâmica de grupo e da liderança e o experimento de Hawthorne, segundo Maximiano (2012).

Alguns autores contribuíram para formar esse paradigma, dentre eles Mary Parker Follet, sua pesquisa era voltada para o trabalho social, destacando as pessoas como componentes centrais das organizações. Segundo Silva (2005) Follett tentou implementar uma filosofia de administração baseada na tese de que qualquer sociedade duradora, produtiva, deveria se fundamentar no reconhecimento dos desejos motivacionais do indivíduo do grupo.

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Abraham Maslow contribuiu com o estudo das motivações humanas e teve destaque no trabalho sobre hierarquia das necessidades, das básicas as de auto realização e Silva (2005) as aponta: quais são e o que elas significam: necessidades fisiológicas, relacionadas às necessidades humanas de sobrevivência (comida, abrigo, água, condições básicas), necessidades de segurança, são relacionadas à busca de proteção (doenças, roubo, segurança no emprego, salário), necessidades sociais, surgem no comportamento humano (participação em grupos, inserção na sociedade, aceitação, amizade), necessidades de estima, relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e avalia (prestígio, reconhecimento, status, autoconfiança) e necessidades de auto-realização, são as necessidades humanas mais elevadas, onde alguns têm de realizar o seu potencial (autonomia, autodesenvolvimento).

Para Maximiano (2012) a trilha de teorias da administração termina com ideias de pensamento sistêmico, que enquadra sistemas e complexidade. A ideia de sistemas, elementos que interagem e se influenciam, agregados em conjuntos ou todos complexos, é a essência do enfoque sistêmico. Ele oferece ao administrador uma visão integrada das organizações e do processo administrativo.

Três são as mais importantes dessa linha de pensamento: (a) Gestalt (Teoria da forma), desenvolvida por Max Wertheimer, que escreveu o fenômeno phi, a ilusão de movimento criado por imagens em sucessão rápida, como acontece no cinema e nos letreiros luminosos. (b) Cibernética, contribuição do matemático Norbet Wiener, sua ideia central é o autocontrole dos sistemas, visando ao alcance de um objetivo. (c) Teoria Geral dos Sistemas, desenvolvida por Ludwig von Bertalanffy, é o método que procura entender como os sistemas funcionam e ainda classificar os sistemas segundo a maneira como seus componentes se organizam e identificam os padrões característicos de comportamento de cada categoria de sistemas.

Koontz et al (1986) acrescentam sobre enfoque sistêmico que um sistema é essencialmente um conjunto ou combinação de objetos interligados, ou interdependentes, de modo a formar uma unidade complexa. Todos os sistemas, com exceção talvez do universo, interagem com seus ambientes e são por eles influenciados.

(23)

2.3 A função do administrador

O curso superior de administração é um dos mais procurados no Brasil e a demanda ainda cresce. O argumento dos estudantes é que o curso proporciona formação abrangente além da possibilidade de rápida colocação no mercado de trabalho. De acordo com Siqueira (2002) nenhuma outra profissão avançou tanto no País quanto a de administrador. A gestão profissional será cada vez mais indispensável para a sobrevivência e o desenvolvimento das pessoas.

O trabalho do administrador é atípico, por isso torna-se difícil descrevê-lo, é desafiador, deve trabalhar com acontecimentos imprevisíveis e tomar decisões na busca dos melhores resultados. “São os administradores, como funcionários públicos, ou como políticos, ou como funcionários de empresas privadas, que direcionam, através de suas decisões e dos meios cada vez mais avançados de que dispõem nossa vida cotidiana, e direcionam nosso futuro a partir de seus conceitos e de suas maneiras de conceber a realidade”. (AKTOUF, 1996, p.14)

O papel de administrador Koontz, et al (1986) dizem sobre esse assunto que “administrar, afinal de contas, é uma cadeia sistemática de tarefas, e não uma sequência ordenada”. Na opinião de Aktouf (1996) o trabalho do administrador não pode ser mais concebido em função, exclusivamente, de cálculos, de técnicas, de ferramentas ou de receitas. Ele é, mais do que nunca, uma prática social, uma capacidade em fazer viver juntos e em harmonia e cooperação, todos os atores da empresa.

Um bom administrador deve entender de todas as áreas funcionais de uma organização, ele é responsável pelo desempenho das pessoas que ali trabalham, sua função é de planejar, organizar, dirigir e controlar as direções que a empresa deve seguir. Siqueira (2002), cita também o outro lado do papel do administrador, o de reduzir custos, racionalizar a produção e os estoques, dinamizar as vendas, encontrar novas formas de otimização da produção, das vendas e dos lucros, em caso de crise econômica.

Drucker (1981) observa que o administrador é o elemento dinâmico e vital e toda e qualquer empresa. Estabelecimento de objetivos, organização e comunicação, avaliação, desenvolvimento de pessoas, essas conjuntos formais que somente a experiência de um administrador torná-las-ão vivas, concretas e significativas.

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Henry Mintzberg apud Chiavenato (1999) no ano de 1973 fez uma pesquisa e verificou que as atividades necessárias ao administrador podem ser organizadas em dez papéis, separadas em três categorias:

 Os Papéis Interpessoais: relativos ao relacionamento com as pessoas, mostra como o administrador interage com seus subordinados. Dividido em três papéis: (a) Representação: representa a função de estar presente em locais e momentos importantes. (b) Liderança: dirige, motiva e treina as pessoas. (c) Ligação: relacionamentos que auxiliam o desenvolvimento de sua empresa, dentro e fora da organização.

 Os Papéis Informacionais: descrevem as atividades usadas para manter e desenvolver uma rede de informações. Destacam-se três papéis: (a) Monitoração: busca as informações dentro e fora das organizações, procura se informar o máximo possível nas mais variadas fontes de informação. (b) Disseminação: Envia informações para os membros de outras organizações e faz contato com esses. (c) Porta-voz: quando se faz necessário comunicar-se com pessoas de fora da organização.

 Os Papéis Decisórios: envolvem todas as situações em que o administrador deve tomar uma decisão, essas são de responsabilidade total dos administradores, por isso é necessário cautela e preparo para tomá-las. São apresentados quatro papéis dentro dessa categoria: (a) Empreende: propõe projetos, novas ideias, inovação, assume riscos a fim de impulsionar a organização. (b) Resolve Conflitos: deve atuar identificando problemas e apresentando soluções. (c) Alocação de Recursos: deve encontrar o equilíbrio para alocar a quantidade correta de recursos e sua utilização. (d) Negociação: representa os interesses da organização objetivando os melhores resultados.

2.4 As competências exigidas ao administrador no atual contexto

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exigências no mercado quanto às competências do administrador, as empresas buscam colaboradores que visem o sucesso da empresa, procuram crescimento profissional e sejam capazes de competir cotidianamente por suas Organizações.

O artigo 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração (DCN) sugere que sejam incentivadas as seguintes competências:

I. reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão;

II. desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais;

III. refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento;

IV. desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais;

V. ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional;

VI. desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável;

VII. desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e

VIII. desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais.

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De forma sucinta, Silva (2005, p. 12) diz “as competências são „exigências‟ além das funções de planejamento, organização, direção e controle”. Percebe-se por competência o emprego de conhecimentos e de habilidades contraídos para a concretização de uma dada tarefa, atividade ou função. O ser humano apanha um conjunto de informações, um conjunto de aptidões que lhe permitem ser competente na performance de determinadas funções, tarefas ou atividades. “Competência pode ser definida como a qualidade de quem é capaz de analisar uma situação, apresentar soluções e resolver assuntos ou problemas.” (CHIAVENATO, 2003).

Na visão de Fleury e Fleury (2004) competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um alto desempenho, fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas. Inteligência prática de situações que se apoiam nos conhecimentos adquiridos. Capacidade de a pessoa assumir iniciativas, ir além das atividades prescritas, ser capaz de compreender e dominar novas situações no trabalho, ser recompensado e reconhecido por isso. Para Sobral e Peci (2008) são definidas como o conjunto de conhecimentos, aptidões e atitudes relacionados com o desempenho eficaz de um administrador. Ainda colabora nesse assunto Zarifian (2001), que diz que competência é a inteligência prática de situações que se ampara nos conhecimentos adquiridos e os transforma com tanta força quanto for a complexidade das situações. Tomar iniciativa e assumir responsabilidade do indivíduo diante de situações profissionais com as quais depara.

A seguir constam competências principais necessárias ao profissional de administração, destacadas pelo CFA (2010, s.p.) em dois artigos e por Siqueira (2013, s.p.) em outro artigo relacionado ao assunto: (a) Liderança, é fazer com que um grupo de pessoas trabalhe em equipe e gerem os resultados desejados pela empresa. Maximiano (2012) utiliza dentre outros conceitos de liderança que esta é realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades específicas é líder. A liderança é uma função, papel, tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa precisa desempenhar quando é responsável pelo desempenho de um grupo. Petracca (1992) define líderes como aqueles que ocupam, dentro de um grupo, uma posição de poder que tem condições de influenciar, de forma determinante, todas as decisões de caráter estratégico.

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Houve destaque também sobre (b) Empreendedorismo, iniciativa, visão de futuro, capacidade de inovar, de organizar demandas e gerenciar equipes. Firmeza e determinação. Essas são algumas características e talentos fundamentais para um bom empreendedor.. Na visão de Marques (1994) a dádiva do empreendedor é acreditar no potencial, aproveitar do limite e fazer da vontade para alcançar o objetivo desejado. Bernardes e Marcondes (2004) é toda pessoa que identifica necessidades de clientes potenciais e, como oportunidade de negócio para satisfazê-las, cria uma empresa ou modifica a já existente.

Ainda (c) Trabalho em equipe, é desenvolver trabalhos em conjunto tem sido um das qualidades mais exigidas nos processos de contratação. Trabalhar em equipe significa criar um esforço coletivo para resolver um problema, onde cada um desempenha uma função específica, mas todos estão unidos buscando o mesmo objetivo. Garrido (2004) vê o trabalho em equipe como a capacidade de gerar um clima saudável que estimule a sinergia intra-equipes e inter-equipes pela prática de habilidades e comportamentos voltados à confiança, ao respeito mútuo, ao bom humor, à amizade, ao comprometimento e cooperação. Para Pierce e Newstrom (2002) a maioria das pessoas reconhece a capacidade das equipes e a maioria tem o bom senso de pôr equipes para trabalhar, são mais flexíveis e produtivas.

A (d) Empatia para Garrido (2004) é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de seus sentimentos, necessidades e expectativas, de praticar identificar a escuta ativa utilizar e perceber as não verbais com eficácia e ter consciência das diferenças expressões de personalidade entre as pessoas, a fim de assegurar uma interação harmoniosa em seus relacionamentos.

De forma importante, a (e) Comunicação é saber se expressar e utilizar as palavras, de uma maneira bem clara e nítida para que as pessoas entendam corretamente aquilo que você esta querendo dizer. Diz Silva (2005) que é, simplesmente, habilidade de expressar-se claramente, é o processo de troca de informações e o respectivo entendimento do significado pelos envolvidos. Montana e Charnov (1999) ressaltam que a comunicação eficaz é absolutamente essencial para o sucesso gerencial e organizacional: se um gerente não conseguir se comunicar com seus subordinados, as funções gerenciais terão pouco sucesso.

A (f) Criatividade consiste em apresentar soluções originais a problemas e situações com as quais se deparam. Ter habilidade de adaptar-se a novas situações, enxergar oportunidades e disposição de buscar soluções inovadoras. É a

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capacidade que todos nós temos de criar, iniciar projetos e conceber novas ideias, significa tomar uma decisão desafiadora, agir com antecedência, na confiança de um resultado. Para Chiavenato (1999) criatividade significa a aplicação da engenhosidade e imaginação para proporcionar uma nova ideia, uma diferente abordagem ou uma nova solução para um problema. Ela é essencial às organizações que enfrentam demandas de um ambiente instável e mutável.

Muito requerida nas Organizações, a (g) Ética de uma companhia pressupõe transparência em seus contatos profissionais, sejam eles com empregados, fornecedores ou clientes. Não se trata de revelar segredos corporativos ou planos de negócios, mas sim de construir e evidenciar um relacionamento pautado pelo diálogo, pela justiça e pelo respeito. Sobre esse assunto, Sobral e Peci (2008) ressaltam que a adoção de comportamentos baseados em princípios morais passou a ser uma exigência desse assunto: a ética diz ao homem como e dentro de que parâmetros ele deve agir. Para Silva (2005) é um conjunto de valores e regras que definem a conduta dos indivíduos como certa ou errada. A contribuição de Maximiano (2012) sobre tal assunto é de que “ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações. Significa hábitos e costume, no sentido de normas de comportamento que se tornam habituais.”.

Finalizando essa lista de competência, a (h) Flexibilidade é saber que algumas vezes precisamos dizer "Sim", mas em outras também será necessário um "Não". Para Sobral e Peci (2008) é a capacidade de adaptar-se a novas situações. Na análise de Vergara (2000) refere-se a adaptabilidade necessária para lidar com as mudanças rápidas do ambiente, o que permitirá ser capaz de lidar com processo, em vez de regras e procedimentos. Segundo Silva (2005) é a habilidade de modificar o comportamento pessoal para alcançar uma meta.

A pesquisa do CRA, realizada em 2011 vai auxiliar na análise deste estudo relata os atributos mais procurados nos administradores, entre os principais estão: liderança, espírito de equipe, iniciativa, administração de conflitos, negociação, criatividade, espírito inovador e adaptabilidade. O mercado de trabalho busca profissionais com competências, habilidades e atitudes competitivas, que sejam diferenciais, pois procuram pessoas qualificadas, que além de um currículo bom sejam capazes de tomar decisões sábias, reconhecer problemas e solucioná-los e ainda liderar pessoas.

(29)

3 METODOLOGIA

A Metodologia é o estudo dos métodos, ou então as etapas a seguir num determinado processo, a maneira utilizada para atingir o objetivo.

3.1 Classificação da pesquisa

 Pesquisa de campo: Se enquadrou nesse tipo de pesquisa, pois houve questionário para a análise das competências dos profissionais entrevistados, segundo Vergara (2009) é uma investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo.

 Investigação documental: Foram apresentadas circulares que regem a profissão do Administrador. Pesquisa realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas.

 Pesquisa bibliográfica: a pesquisa contou com muitos livros e autores, que foram pesquisados para melhor compreender o assunto. Contribui para melhor explicar essa modalidade de pesquisa Gil (2010) que diz que é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e canais de eventos científicos bem como o material disponibilizado pela Internet.

3.2 Sujeitos da pesquisa e universo amostral

Para esta pesquisa foram requisitados bacharéis em administração, formados pela Unijuí dentre os anos de 2010 e 2012 e administradores registrados no CRA, atuantes na cidade de Ijuí/RS, foram coletas as respostas de trinta e dois profissionais, que se encaixavam dentro de um desses grupos.

(30)

3.3 Coleta de dados

Vergara (2009) orienta que na coleta de dados, o leitor deve ser informado como se pretende obter os dados de que se precisa para responder o problema.

Os dados foram coletados através de pesquisa de campo, documental e bibliográfica. Foram interrogadas profissionais em administração através de questionários, a fim de saber suas percepções quanto às competências de gestor. Será apresentada aos leitores deste trabalho a Lei 4.769 (em anexo no final deste trabalho), que regula a profissão do administrador. Além da leitura de livros e pesquisa nos meios eletrônicos.

3.4 Análise e interpretação de dados

Os dados receberam análise profunda e trabalhada para que atenda as necessidades exigidas por este estudo para resposta a questão proposta, responder sobre as competências dos administradores atuantes no marcado atual. O questionário para a pesquisa foi encaminhado para os administradores registrados junto ao CRA, delegacia de Ijuí/RS e também aos bacharéis em administração, formados pela Unijuí, dentre os anos de 2010 e 2012.

A análise dos dados buscou o perfil do profissional em Administração, atuante em Ijuí/RS e compara-lo com o perfil dos administradores registrados no CRA e CFA.

Para conseguir os dados necessários para completar a pesquisa, foi necessária a ajuda de profissionais do DACEC da Unijuí e do CRA, ambos foram muito atenciosos, o que facilitou.

Desde o início do projeto, algumas pessoas perguntavam sobre o tema da pesquisa e este interessou muitas delas. Este estudo tem intenção de continuidade, resumos publicados e apresentados, buscando chegar ao conhecimento que tem interesse em cursar administração e mesmo os que já estão inseridos, assim como os bacharéis e administradores, também reitores de universidades para que esses saibam sobre a opinião de tal curso.

(31)

Quadro 03 – Relação objetivos específicos X metodologia

OBJETIVO ESPECÍFICO METODOLOGIA USADA

A) Conhecer a percepção dos profissionais quanto às competências para gerir Organizações

Aplicação de questionários e análise dos dados recebidos.

B) Descrever a importância da função do Administrador no atual contexto

Análise dos dados, busca bibliográfica, conhecimentos da autora.

C) Recomendar aos Bacharéis e Profissionais em Administração as competências exigidas pelo mercado.

Teoria comparada com a prática, ou seja, pesquisa de campo e referencial teórico.

Fonte: elaborado pela autora.

3.5 Sistematização do estudo

Sistematizar o estudo é retomar o que já foi visto. O estudo, então, inicia-se com a introdução, adentrando o estudo, a contextualização apreinicia-sentou o tema, a questão foco deste estudo, os objetivos para tal pesquisa e a justificativa. Tem-se ainda o referencial teórico que auxiliou com temas pertinentes para a concretização deste trabalho. Ainda a metodologia, que contou os métodos usados, como foi classificada a pesquisa, quem foram os entrevistados e onde se localizaram, como foi a coleta e análise dos dados. Após este primeiro momento, terá um banco de dados, onde todas as respostas dos participantes, apresentado o resultado das entrevistas feitas, analisados os dados coletados e apontadas às conclusões e aprendizagens obtidas com esse trabalho.

(32)

4 A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM ADMINISTRAÇÃO DE IJUÍ/RS QUANTO AS SUAS EFETIVAS COMPETÊNCIAS PARA GERIR ORGANIZAÇÕES

O estudo buscou verificar com os próprios bacharéis em administração e administradores como atuam no dia-a-dia em seu trabalho, conhecer um pouco do perfil do administrador e compará-lo as teorias aprendidas em sala de aula, averiguar se possuem as competências necessárias para a prática da profissão. Para então os relatar como é vista e o que se procura na profissão do administrador nos dias atuais. Esse capítulo de análise busca responder os objetivos específicos, citados ao início deste trabalho.

4.1 A percepção da amostra quanto às competências para gerir organizações

Abaixo segue todos os dados coletados através de questionários respondidos por profissionais de administração da cidade de Ijuí/RS, que responderam a pergunta que incentivou este estudo: “Qual a percepção dos

Profissionais em Administração de Ijuí/RS quanto as suas efetivas competências para gerir as Organizações?”. Estes respondentes fazem parte do

público-alvo buscado para a pesquisa, administradores registrados junto ao CRA/RS, Delegacia de Ijuí e/ou formados da Unijuí dentre os anos de 2010 e 2012. Auxiliaram nesta análise as pesquisas feitas pelo CFA e pelo CRA/RS ambas no ano de 2011.

Tabela 01 – Gênero Gênero Número de participantes Frequência Masculino 21 66% Feminino 11 34% Total 32 100%

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Tabela 02 – Faixa etária Idade Número de participantes Frequência Até 21 anos 00 0% De 22 a 30 anos 15 47% De 31 a 45 anos 10 31% Acima de 46 anos 07 22% Total 32 100%

A pesquisa contou com as respostas de trinta e duas pessoas, residentes na cidade de Ijuí/RS. O questionário apontou uma maioria de homens dentre os profissionais de administração, apontando 66% dos respondentes, a pesquisa do CRA/RS, realizada em maio de 2011, remeteu 16.041 questionários (endereços válidos cadastrados no TI) e teve 1.090 respondidos. Apontou uma maioria masculina, num total de 60,1%, o que foi decrescente se analisado a mesma pesquisa feita em 2000, onde a margem era de 68,6% homens. Isso é contrário ao número de mulheres, que apesar de minoria teve um aumento do ano de 2000 até a data da pesquisa de 8,5%, chegando a 39,9% dos respondentes do CRA.

A pesquisa no CFA obteve respostas de todos os Estados brasileiros, possui 17.982 respondentes, destes 11.675, quase 65%, são do sexo masculino, também maioria, e isso é uma consequência de tempos mais antigos, quando iniciou o que parecia uma organização, trabalho em equipe como forma de sobrevivência, onde os homens caçavam, buscavam alimento para sua tribo, algumas mudanças ocorreram e atualmente as mulheres possuem espaço no mercado de trabalho e estão o procurando cada vez mais também, exemplo disso é as matrículas feitas no 1º/2013, num total de 134, 70 matrículas são de pessoas de gênero feminino e 64 masculino, destes, 56 mulheres ainda estão estudando e 49 homens, os demais fizeram trancamento da matrícula.

A pesquisa apontou um número bastante jovem, 47% dos respondentes com idade entre 22 a 30 anos. Na pesquisa realizada pelo CRA os jovens são maioria entre os respondentes, cerca de 52% possuem idade até 35 anos. A pesquisa do CFA apontou 6.250 administradores com idade até 35 anos, aproximadamente 35% dos respondentes. O vasto campo de oportunidades é

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grande atrativo a juventude, que vê muitas ofertas de estágios, jovem aprendiz e a grande empregabilidade que a profissão oferece, alguns sites na internet explanam que há mais de 800 mil alunos no curso de graduação de Administração espalhados pelo Brasil.

Tabela 03 – Motivo que levou à escolha do curso de Administração

Resposta Número de

participantes Frequência

Amplo campo de atuação 10 32%

Relação com vinculo empregatício

atual 06 18%

Por ser a “única” opção no

vestibular 02 6%

Curso proporciona amplo conhecimento e visão de diferentes ângulos

02 6%

Já possuía competências

relacionadas à área 02 6%

Outros diversos motivos 10 32%

Total 32 100%

Escolher atuar como administrador, na opinião da maioria dos respondentes, são as oportunidades geradas, atualmente a demanda por administradores é bastante grande, empresas, bancos, cooperativas, muitas são as empresas que buscam esses profissionais. Também teve boa margem de respostas aqueles que tinham algum vínculo com a administração no emprego atual.

O questionário do CRA obteve como respostas: 29,9% compatibilidade com o projeto de vida, 22,7% vocação, 19,2% necessidade profissional, 11,8% melhoria, 6,5% influência de parentes e amigos, dentre outros com menores margens.

O motivo da escolha do curso de Administração, segundo a pesquisa do CFA, que em 2003 era o sonho de abrir ou ampliar o próprio negócio para 26,84%

(35)

se manteve como a opção mais votada em 2006, atualmente é a causa da preferência de apenas 5,75%. Isso reflete na questão da maioria dos formados trabalharem como empregados de outras empresas e estarem deixando para trás o lado empreendedor que deveria ser motivado durante a graduação. De tal maneira, na pergunta sobre sugestão de novos conteúdos nos cursos de administração, a mais recomendada foi de desenvolvimento do empreendedorismo. A pesquisa de 2011 revela que a preferência dos ingressos no curso de Administração é devido à formação generalista e abrangente e pela existência de amplo mercado de trabalho.

Tabela 04 – Universidade, ano e tempo para a conclusão do curso de graduação

Universidade Nº de participantes Ano conclusão Nº de participantes Tempo de conclusão Nº de participantes Unijuí 28 Década de 2010 a 2012 10 Até 05 anos 12 IESA 01 Década de 2000 a 2009 06 De 06 até 10 anos 12 Unilasalle 01 Década de 1990 a 1999 03 Não informou 08 UNOPAR 01 Década de 1980 a 1989 02 URI 01 Década de 1970 a 1979 01 Não informou 10

Total 32 Total 32 Total 32

Uma das Universidades mais conhecidas de Ijuí e da região, a Unijuí, foi a mais mencionada entre formadora de administradores, uma frequência de quase

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88%, a maioria formados após 2010 (32%), o que faz acreditar que as pessoas estão buscando cada vez mais o ensino superior e a maioria ainda, parece cursar em tempo regular, média de cinco anos (estimativa de tempo de duração do curso na Unijuí).

Na pesquisa do CRA e CFA, foi apontado que os administradores, em número superior, concluíram o curso de administração em universidades particulares, após o ano de 2000, o que o CRA justifica que acontece devido ao aumento de pessoas do sexo feminino que buscaram esta área após o referido ano.

Tabela 05 – Busca por especialização após a conclusão da graduação

Resposta Número de

participantes Frequência

Sim 20 62,5%

Não, mas tem interesse 07 22%

Não 04 12,5%

Iniciou mas interrompeu 01 3%

Total 32 100%

O mercado competitivo, cada vez mais exigente, faz os graduados buscarem algum tipo de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, isso é expresso por 62,5% que já fizeram algum curso extra após a conclusão da graduação, além de outros 22% que possuem o interesse de prosseguir o estudo em administração.

Ambos os conselhos de Administração apontam supremacia de respostas daqueles respondentes que procuraram algum tipo de especialização/MBA, mestrado, doutorado ou algo a mais que a graduação, esses dados são explanados de uma maneira empolgante, pois contribuem para o melhoramento da profissão.

O CRA aponta as áreas mais buscadas pelos administradores, e dentre as cinco mais estão: recursos humanos, administração geral, marketing, finanças e estratégia. A pesquisa do CFA perguntou a opinião sobre o programa mais importante após a graduação e 7.609, de 10.101 que responderam a questão optaram por especialização/MBA, da mesma forma que os respondentes da pesquisa, como mostram os comentários deles acima.

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