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A percepção da amostra quanto às competências para gerir organizações

4 A PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM ADMINISTRAÇÃO DE IJUÍ/RS

4.1 A percepção da amostra quanto às competências para gerir organizações

Abaixo segue todos os dados coletados através de questionários respondidos por profissionais de administração da cidade de Ijuí/RS, que responderam a pergunta que incentivou este estudo: “Qual a percepção dos

Profissionais em Administração de Ijuí/RS quanto as suas efetivas competências para gerir as Organizações?”. Estes respondentes fazem parte do

público-alvo buscado para a pesquisa, administradores registrados junto ao CRA/RS, Delegacia de Ijuí e/ou formados da Unijuí dentre os anos de 2010 e 2012. Auxiliaram nesta análise as pesquisas feitas pelo CFA e pelo CRA/RS ambas no ano de 2011.

Tabela 01 – Gênero Gênero Número de participantes Frequência Masculino 21 66% Feminino 11 34% Total 32 100%

Tabela 02 – Faixa etária Idade Número de participantes Frequência Até 21 anos 00 0% De 22 a 30 anos 15 47% De 31 a 45 anos 10 31% Acima de 46 anos 07 22% Total 32 100%

A pesquisa contou com as respostas de trinta e duas pessoas, residentes na cidade de Ijuí/RS. O questionário apontou uma maioria de homens dentre os profissionais de administração, apontando 66% dos respondentes, a pesquisa do CRA/RS, realizada em maio de 2011, remeteu 16.041 questionários (endereços válidos cadastrados no TI) e teve 1.090 respondidos. Apontou uma maioria masculina, num total de 60,1%, o que foi decrescente se analisado a mesma pesquisa feita em 2000, onde a margem era de 68,6% homens. Isso é contrário ao número de mulheres, que apesar de minoria teve um aumento do ano de 2000 até a data da pesquisa de 8,5%, chegando a 39,9% dos respondentes do CRA.

A pesquisa no CFA obteve respostas de todos os Estados brasileiros, possui 17.982 respondentes, destes 11.675, quase 65%, são do sexo masculino, também maioria, e isso é uma consequência de tempos mais antigos, quando iniciou o que parecia uma organização, trabalho em equipe como forma de sobrevivência, onde os homens caçavam, buscavam alimento para sua tribo, algumas mudanças ocorreram e atualmente as mulheres possuem espaço no mercado de trabalho e estão o procurando cada vez mais também, exemplo disso é as matrículas feitas no 1º/2013, num total de 134, 70 matrículas são de pessoas de gênero feminino e 64 masculino, destes, 56 mulheres ainda estão estudando e 49 homens, os demais fizeram trancamento da matrícula.

A pesquisa apontou um número bastante jovem, 47% dos respondentes com idade entre 22 a 30 anos. Na pesquisa realizada pelo CRA os jovens são maioria entre os respondentes, cerca de 52% possuem idade até 35 anos. A pesquisa do CFA apontou 6.250 administradores com idade até 35 anos, aproximadamente 35% dos respondentes. O vasto campo de oportunidades é

grande atrativo a juventude, que vê muitas ofertas de estágios, jovem aprendiz e a grande empregabilidade que a profissão oferece, alguns sites na internet explanam que há mais de 800 mil alunos no curso de graduação de Administração espalhados pelo Brasil.

Tabela 03 – Motivo que levou à escolha do curso de Administração

Resposta Número de

participantes Frequência

Amplo campo de atuação 10 32%

Relação com vinculo empregatício

atual 06 18%

Por ser a “única” opção no

vestibular 02 6%

Curso proporciona amplo conhecimento e visão de diferentes ângulos

02 6%

Já possuía competências

relacionadas à área 02 6%

Outros diversos motivos 10 32%

Total 32 100%

Escolher atuar como administrador, na opinião da maioria dos respondentes, são as oportunidades geradas, atualmente a demanda por administradores é bastante grande, empresas, bancos, cooperativas, muitas são as empresas que buscam esses profissionais. Também teve boa margem de respostas aqueles que tinham algum vínculo com a administração no emprego atual.

O questionário do CRA obteve como respostas: 29,9% compatibilidade com o projeto de vida, 22,7% vocação, 19,2% necessidade profissional, 11,8% melhoria, 6,5% influência de parentes e amigos, dentre outros com menores margens.

O motivo da escolha do curso de Administração, segundo a pesquisa do CFA, que em 2003 era o sonho de abrir ou ampliar o próprio negócio para 26,84%

se manteve como a opção mais votada em 2006, atualmente é a causa da preferência de apenas 5,75%. Isso reflete na questão da maioria dos formados trabalharem como empregados de outras empresas e estarem deixando para trás o lado empreendedor que deveria ser motivado durante a graduação. De tal maneira, na pergunta sobre sugestão de novos conteúdos nos cursos de administração, a mais recomendada foi de desenvolvimento do empreendedorismo. A pesquisa de 2011 revela que a preferência dos ingressos no curso de Administração é devido à formação generalista e abrangente e pela existência de amplo mercado de trabalho.

Tabela 04 – Universidade, ano e tempo para a conclusão do curso de graduação

Universidade Nº de participantes Ano conclusão Nº de participantes Tempo de conclusão Nº de participantes Unijuí 28 Década de 2010 a 2012 10 Até 05 anos 12 IESA 01 Década de 2000 a 2009 06 De 06 até 10 anos 12 Unilasalle 01 Década de 1990 a 1999 03 Não informou 08 UNOPAR 01 Década de 1980 a 1989 02 URI 01 Década de 1970 a 1979 01 Não informou 10

Total 32 Total 32 Total 32

Uma das Universidades mais conhecidas de Ijuí e da região, a Unijuí, foi a mais mencionada entre formadora de administradores, uma frequência de quase

88%, a maioria formados após 2010 (32%), o que faz acreditar que as pessoas estão buscando cada vez mais o ensino superior e a maioria ainda, parece cursar em tempo regular, média de cinco anos (estimativa de tempo de duração do curso na Unijuí).

Na pesquisa do CRA e CFA, foi apontado que os administradores, em número superior, concluíram o curso de administração em universidades particulares, após o ano de 2000, o que o CRA justifica que acontece devido ao aumento de pessoas do sexo feminino que buscaram esta área após o referido ano.

Tabela 05 – Busca por especialização após a conclusão da graduação

Resposta Número de

participantes Frequência

Sim 20 62,5%

Não, mas tem interesse 07 22%

Não 04 12,5%

Iniciou mas interrompeu 01 3%

Total 32 100%

O mercado competitivo, cada vez mais exigente, faz os graduados buscarem algum tipo de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, isso é expresso por 62,5% que já fizeram algum curso extra após a conclusão da graduação, além de outros 22% que possuem o interesse de prosseguir o estudo em administração.

Ambos os conselhos de Administração apontam supremacia de respostas daqueles respondentes que procuraram algum tipo de especialização/MBA, mestrado, doutorado ou algo a mais que a graduação, esses dados são explanados de uma maneira empolgante, pois contribuem para o melhoramento da profissão.

O CRA aponta as áreas mais buscadas pelos administradores, e dentre as cinco mais estão: recursos humanos, administração geral, marketing, finanças e estratégia. A pesquisa do CFA perguntou a opinião sobre o programa mais importante após a graduação e 7.609, de 10.101 que responderam a questão optaram por especialização/MBA, da mesma forma que os respondentes da pesquisa, como mostram os comentários deles acima.

Tabela 06 – Registro junto ao CRA (Conselho Regional de Administração)

Resposta Número de

participantes Frequência

Sim 25 78%

Não 05 16%

Não, mas tem interesse 02 6%

Total 32 100%

O Administrador é aquele bacharel ou tecnólogo em Administração, diplomado em cursos superiores de Administração devidamente reconhecidos, atendidas as exigências legais, que possui o registro junto ao CRA, a pesquisa exibe um bom número de pessoas com o registro, vinte e cinco pessoas (78%) dos respondentes são administradores de empresas.

O CFA, segundo dados fornecidos no site oficial, em setembro do ano de 2010 o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Administração (CFA/CRAs) alcançou a marca de 305.512 profissionais registrados. O CRA do Estado do Rio Grande do Sul possui 15.905 registros, destes 97 estão registrados na Delegacia de Ijuí.

Em entrevista a Agência Rádio Web, de Brasília, o então Presidente do CFA, Sebastião Mello (2012, s.p.) falou sobre o registro dos profissionais que a sociedade, muitas vezes, não tem a percepção da importância do registro, é ele que legaliza que dá a condição ética, moral, cívica, e que também é lei.

O CRA/RS é o quarto maior (segundo a pesquisa) em número de registros, 1.201 dos respondentes, atrás dos CRA de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esses profissionais, em sua grande maioria, responderam que possuem registro junto ao CRA pela importância do registro profissional para o Administrador, e acreditam que as principais contribuições do sistema CFA/CRA são: defesa dos interesses profissionais do administrador, fiscalização da atividade profissional e conscientização da sociedade para a importância do administrador.

A profissão do administrador só pode ser desempenhada por profissional credenciado junto ao registro do CRA, caso contrário, o profissional estará praticando de forma ilegal a ocupação, sujeito a punições. Optar por registrar-se é um passo para o administrador mostrar que possui a competência ética e

comprometimento, citada no referencial teórico deste trabalho.

Tabela 07 – Área de maior interesse

Área preferencial Número de

participantes Frequência

Financeiro 10 22%

Produção, operações e logística 10 22%

Gestão de Pessoas 09 20%

Marketing 07 15%

Outro, não especificado 10 22%

Total 32 100%

É comum encontrar nas salas de aula uma divisão de opinião entre os alunos sobre o componente curricular favorito, estes são na verdade setores, ou áreas dentro de uma empresa, às vezes não são dividas formalmente, mas para o funcionamento de uma Organização todas elas são fundamentais. No questionário não há uma área que se destaque mais do que as outras, estão em números muito semelhantes.

Como disseram Sobral e Peci (2008) à área financeira é como o sangue de uma empresa, é o que movimenta, envolve e está presente em toda Organização, vem sendo na pesquisa uma das preferidas para os respondentes. Junto a finanças, destaca-se produção, operação e logística, é o modo como à empresa se estabelece para a produção de bens e serviços e atende seus compradores. Ainda é possível citar a gestão de pessoas, é o que move uma Organização, sem as pessoas não há empresa, se voltar algumas páginas, até o capítulo 2 é possível observar que todos os autores que deixaram seus pensamentos sobre Organizações falam sobre pessoas.

De acordo com o CRA, as áreas funcionais mais procuradas pelo mercado são: finanças, marketing, administração geral, vendas e RH. O questionário do CFA teve como pergunta: “A qual área funcional você dedica a maior parte do seu tempo na organização onde trabalha?” dentre as três opções mais escolhidas estão administração geral, financeira e recursos humanos.

Tabela 08 – Utiliza as teorias de sala de aula dentro das organizações Resposta Número de participantes Frequência Sim 16 50% Em parte 15 47% Não 01 03% Total 32 100%

As teorias aprendidas em sala de aula são bastante usadas dentro das Organizações, isso mostra a importância do curso superior, pois ele prepara para o exercício da profissão no cotidiano. A pesquisa do CFA, na pergunta sobre avaliação da graduação em Administração diz que o curso atendeu satisfatória ou completamente as expectativas dos respondentes.

Tabela 09 – Nível do cargo ocupado

Resposta Número de participantes Frequência Estratégico 16 50% Tático 06 19% Operacional 10 31% Total 32 100%

Exatamente metade dos entrevistados atuam em nível estratégico, são responsáveis pela tomada de decisões e definição de objetivos da empresa, o mais alto dos três níveis, que respalda a importância dos conhecimentos adquiridos dentro do curso superior, como citado anteriormente, onde a maioria dos ex-alunos utilizam as teorias aprendidas em sala de aula.

Apesar da preparação que os estudantes recebem na Universidade para implementação do próprio negócio e competências para tornar-se um empreendedor, grande parte dos entrevistados responderem trabalharem como empregados dentro de empresas de terceiros, 28 dos 32 respondentes. Nenhum deles trabalha como profissional liberal, que é aquele profissional de nível superior ou técnico que pode exercer sua profissão, no caso da administração pode ser

citado os consultores e apenas 04 atuam como empresário/empreendedor.

A pesquisa do CRA indica que os cargos mais adequados aos recém- formados são de: assistente, assessor, supervisor e técnico. Cargos que podem ser desempenhados por administradores de empresas de grande porte: gerente, analista, supervisor, consultor e assistente. E em empresas de pequeno porte, esses profissionais podem exercer funções de: gerente, assistente, empresário, consultor e supervisor.

Tabela 10 – Média salarial

Resposta Número de

participantes Frequência

Até um salário mínimo 01 3%

Acima de um até três salários mínimos

10 31%

Acima de três até cinco salários mínimos

09 28%

Acima de cinco até dez salários mínimos

08 25%

Acima de dez salários mínimos 04 13%

Total 32 100%

Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA) não existe um piso salarial para a categoria, mas sua sugestão é: valor do ingresso R$ 2.000,00 para profissional recém-formado, e de R$ 4.500,00 para profissional com mais de três anos de experiência.

Dentro da pesquisa há bastante formados há menos de três anos, cerca de 32%, e conforme a tabela acima parece que a sugestão dada pelo CFA é quase que regra, 66% dos entrevistados recebem acima de três salários mínimos, o que atualmente é equivalente há R$ 2.034,00 e profissionais com mais de três anos no mercado de trabalho somam 68%.

A pesquisa do CRA aponta que 40,6% dos respondentes recebem uma faixa salarial mensal de até cinco salários mínimos, 32,5% recebem de seis até dez salários mínimos e 45,9% recebem de dez até mais de cinquenta salários mínimos.

O questionário do CFA a maioria recebe entre três e até dez salários mínimos mensais.

Tabela 11 – Oito competências sugeridas aos administradores

O artigo 4º das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração (DCN) sugere que sejam incentivadas algumas competências, mencionadas na página 24, foram perguntadas aos participantes da pesquisa sobre elas, quanto a possuir ou não tais competências.

De acordo com a resolução CNE/CEB N.º 04/99 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, o Art. 6º Entende-se por competência profissional a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho.

Essas oito competências parecem mais voltadas ao nível estratégico, da

Competência Possui Não Possui Não Possui, mas crê

ser Importante Total

Competência I 30 01 01 32 94% 3% 3% 100% Competência II 31 00 01 32 97% 00 3% 100% Competência III 24 02 06 32 75% 6% 19% 100% Competência IV 28 00 04 32 88% 00 19% 100% Competência V 32 00 00 32 100% 00 00 100% Competência VI 30 01 01 32 94% 3% 3% 100% Competência VII 22 01 09 32 69% 3% 28% 100% Competência VIII 19 00 13 32 59% 00 41% 100%

forma que metade dos respondentes exercem cargo de tal nível, devem realmente possuir essas capacidades citadas. A competência I é referente a reconhecer problemas, pensar de forma estratégica soluções e tomar a decisão correta. Dos participantes da pesquisa 30 a possuem, número excelente, são capacidades essenciais ao profissional, bastante mencionadas em sala de aula e, segundo a pesquisa, captadas pelos respondentes.

A competência II é sugestiva a comunicação, muito importante a toda profissão, pois consiste em conseguir transmitir informações de forma clara, para que os receptores da mensagem entenda o que se quer dizer. Foram 31 respostas “possui” esta aptidão de expressão, e 01 que acha importante, mas, muitas vezes, o obstáculo timidez atrapalha para o desenvolvimento de tal habilidade.

De uma maneira importante a competência III indica participar sobre a esfera da produção, de extrema importância para a empresa, pois elas existem para produzir algo, podem ser bens ou serviços, mas estes devem estar bem organizados e gerenciados para que atendam as expectativas dos clientes. São 24 profissionais que possuem essa competência, é possível que aqueles que não a possuem trabalhem em áreas que não os “permita” aprofundar o campo da produção, mas é sempre importante estar atento a tudo que acontece na Organização.

A competência IV refere-se ao desenvolvimento de raciocínio lógico, crítico e analítico, 28 respondentes a possuem, os demais acham uma aptidão importante, está ligada ao contexto atual de mercado, dinâmico e competitivo, necessária para manter-se ativo junto aos concorrentes.

Na competência V encontram-se habilidades e atitudes que profissionais capacitados possuem, como iniciativa, criatividade, determinação, flexibilidade, ética. É a única das oito competências onde todos os respondentes marcaram “possui”.

A análise da competência VI possui 30 respondentes que desenvolveram a capacidade de transferir conhecimentos e experiências cotidianas para o ambiente de trabalho, mostrando-se profissional adaptável.

A competência VII está relacionada a projetos, afirmaram elaborar, implementar e consolidar planos 22 respondentes, capacidade relacionada a função do administrador de planejar, organizar, dirigir e controlar, mais extensa que algumas outras, requer maiores conhecimentos e habilidades, ficou com um número menor de respostas positivas, apesar de sua importância.

competência VIII refere-se à capacidade para realizar consultorias. Apenas 19 participantes da pesquisa alegaram possuir esta habilidade, neste estudo nenhum respondente exercia a profissão liberal de consultor, ou são colaboradores de outras empresas ou, em menor número, empreendedores. Consultoria refere-se a uma prestação de serviço oferecido a um cliente, onde o consultor diagnostica os gargalos da empresa solicitante do serviço, identifica soluções e sugere ações, ou mesmo busca evitar problemas futuros. Também pessoas físicas podem buscar um consultor, para auxílio em problemas financeiros, por exemplo.

Para Zarafian (2002) há três elementos complementares para a definição de competência, são eles: competência é a tomada de iniciativa e responsabilidade do indivíduo em situações profissionais com as quais se confronta. Competência como inteligência prática das situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma, à medida que a diversidade das situações aumenta. E ainda competência é faculdade de mobilizar redes de atores em volta das mesmas situações, de compartilhar desafios e assumir áreas de responsabilidade.

Competências são conjunto de conhecimentos, habilidade e atitudes, ouvidas de forma incansável dentro da Universidade, estas oito sugeridas aos profissionais de administração, como aponta o estudo deste trabalho, estão sendo atendidas pelos administradores, onde todas as alternativas ultrapassam 50% da resposta “possui”, e essas aptidões podem ser adquiridas junto ao curso superior e também no trabalho cotidiano.

Perceber que os profissionais não possuem, mas conhecem a importância de certas competências já é um avanço, pois reconhecer uma fraqueza é o que impulsiona para a busca de saná-la. Os bons profissionais buscam sempre adaptar- se ao mercado de trabalho cada vez mais competitivo, aqueles que não buscarem atualização podem “perder” importantes posições dentro das empresas.

É essencial ler sobre as atualidades da profissão, há um vasto número de artigos, textos, experiências de administradores e palestrantes disponíveis na internet, por exemplo que valem a pena para ficar atualizado, também os trabalhos e estudos disponibilizados nos sites oficiais do CRA e do CFA, são importantes aos administrador.

Tabela 12 – Relação entre a atividade profissional com a demanda do mercado

Resposta Número de

participantes Frequência

Qualificação (competências e

especialização) 21 66%

Mercado de trabalho (saturação e

oportunidades) 08 25%

Remuneração (salários baixos) 02 6%

Não respondeu 01 3%

Total 32 100%

Os participantes da pesquisa, inseridos no mercado de trabalho, percebem a necessidade de profissionais preparados/qualificados, é por isso que a sua maioria já buscou estudar além da graduação. Acreditam que a demanda no mercado é para profissionais aptos e preparados para o ambiente competitivo que é percebido atualmente, precisam possuir competências em conjunto com conhecimento que vai além da graduação.

Alguns respondentes acreditam que o mercado já está saturado de administradores, isso pode ser reflexo do amplo campo de oportunidades que a profissão oferece. Atualmente um profissional em administração pode atuar em uma empresa de qualquer porte e segmento, pode ser na administração geral ou em uma das áreas funcionais da Administração (produção e operações, logística, finanças, marketing e/ou gestão de pessoas). Devido a tal aumento de profissionais na área, alguns reclamam os salários baixos, por haver tanta disponibilidade, mas exatamente para isso é que os formandos não devem ficar parados, deve-se buscar aprender, conhecer e buscar sempre mais para ser valorizado dentro do mercado.

4.1.1 Espaço para comentários espontâneos sobre a profissão

Foi concedido um espaço ao final do questionário para que os profissionais pudessem fazer comentários espontâneos sobre o que pensam da Administração, do mercado ou daquilo que acreditassem relevante para o estudo. Através disso, foi elaborada uma análise sobre o que escreveram os respondentes

que contribuíram para o estudo.

A demanda por profissionais da Administração está em crescimento, mas juntamente é necessário atualização do conhecimento, aprendizagem continuada, busca por especialização em área específica. É uma profissão de desafios diários, mas também de aprendizagem, um apontamento interessante enviado por um dos respondentes diz: “A profissão de administrador tem se mostrado como uma das mais completas da atualidade, uma vez que nos proporciona diversos conhecimentos e experiências, conseguimos atingir um amplo campo de trabalho, bem como visualizamos as Organizações de forma geral, possibilitando maiores resultados, e resultados que proporcionam o crescimento não só da Organização mas do bem comum entre as partes envolvidas no meio”.

A Administração é de extrema importância para o desenvolvimento de uma Nação, a falta dela pode ser um obstáculo para o crescimento das Organizações. Apesar de quase todos os comentários serem direcionados a importância da profissão, alguns também citam a desvalorização dela pela sociedade e sugerem que sejam feitas fiscalização nas empresas e além disso, o estabelecimento de um piso salarial por parte do CRA, para que a ocupação de administrador seja feita por tal profissional, recomendam também, que as Universidades preparem mais os alunos para os desafios práticos diários não se detenham muito as teorias.

Às vezes os calouros ingressam no curso de Administração sem certeza do que queriam para o futuro mesmo, “por falta de outra opção”, mas acaba por

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