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A socialização de alunos dos anos iniciais da escola Padre Antônio Sepp através de jogos de cooperação

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DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO – DHE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

DAYANE AZAMBUJA DE OLIVEIRA

A SOCIALIZAÇÃO DE ALUNOS DOS ANOS INICIAIS DA ESCOLA PADRE ANTÔNIO SEPP ATRAVÉS DE JOGOS DE COOPERAÇÃO

IJUÍ/RS 2015

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ANTÔNIO SEPP ATRAVÉS DE JOGOS DE COOPERAÇÃO

por

DAYANE AZAMBUJA DE OLIVEIRA

Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, como requisito final para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física.

Orientadora: Ms. Fabiana Ritter Antunes

IJUÍ/RS 2015

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, e em segundo aos meus pais e meu noivo que estão sempre me incentivando a lutar pelo meu ideal; aos meus professores da graduação, pois sem suas influências não teria chegado até aqui; Muito obrigada a todos pelo apoio.

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RESUMO

A pesquisa consiste em analisar a influência da realização de jogos nas aulas de Educação Física, bem como identificar sua relevância com alunos do 2º ano do Ensino Fundamental. Foi proposta a prática de seis encontros, sendo que, em cada encontro era realizado um jogo, e, além disso, observações, anotações de campo e por fim um questionário. A abordagem do estudo foi qualitativa e o tipo de foi o estudo de caso, que consiste em um estudo profundo de alguns objetos, permitindo um detalhado conhecimento. Os sujeitos participantes foram os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Educação Básica Padre Antônio Sepp da cidade de São Miguel das Missões-RS, e a professora regente da turma, a faixa etária dos alunos é de 7 a 9 anos. Primeiramente realizou-se a prática dos seis encontros, sendo estes observados e registrados através de anotações e quadros resumos. Por último foi realizada a entrevista escrita com a professora regente da turma, que objetivou saber a sua opinião sobre a prática realizada, bem como saber se ela percebeu alguma mudança no comportamento e no desempenho intelectual dos alunos em sala de aula. Assim, pode-se considerar que através da aplicação e análise das práticas realizadas através dos jogos de cooperação, obtivemos uma diminuição da agressividade entre os alunos, bem como a melhora nos valores da vida em sociedade.

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SUMÁRIO

APONTAMENTOS INICIAIS... 7

1. REFERENCIAL TEÓRICO...11

1.1 A FUNÇÃO DA ESCOLA... 11

1.2 A EDUCAÇÃO FÍSICA... 12

1.3 CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO... 13

2. EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS ANICIAIS...14

2.1 DEFINIÇÃO DE JOGO...16

2.2 AS DIFERENÇAS ENTRE JOGOS COOPERATIVOS E JOGOS COMPETITIVOS....18

2.3 OS JOGOS COOPERATIVOS NO ESPAÇO ESCOLAR...19

2.4 SOCIALIZAÇÃO E JOGOS COOPERATIVOS...21

3. CAMINHO METODOLÓGICO... 24

3.1 Abordagem da Pesquisa... ... 24

3.1.1 Tipo de Pesquisa ... 24

3.1.2 Contexto da Pesquisa... ... 24

3.1.3 Sujeitos da Pesquisa... 24

3.1.4 Instrumentos e Procedimentos de Análise... 3.1.5 Análise e Interpretação dos Resultados...25

3.1.6 Aspectos éticos da Pesquisa...25

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES... 27

5. APONTAMENTOS FINAIS ...33

REFERÊNCIAS ...34

APÊNDICES...36

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APONTAMENTOS INICIAIS

A escola é um espaço que reflete muito o comportamento atitudinal e emocional dos alunos, consequentemente esse comportamento será reproduzido fora da escola, na vida social de cada aluno.

É muito difícil alterar essa realidade, essa tarefa é árdua e exige tempo, paciência e persistência dos professores que pretendem iniciar essa mudança, através de inúmeras possibilidades de atividades que possuem esse objetivo.

Em momento algum podemos afirmar que essa mudança é fácil, podemos ressaltar que todos os professores devem lutar por essa modificação juntos, pois só assim conseguirão alcançar os êxitos esperados.

O interesse por este tema deu-se pelo fato de esse tipo de comportamento entre os alunos estar muito presente na realidade da escola onde trabalho, e isso causa muita preocupação, pois a agressividade e o desrespeito entre os alunos vêm aumentando cada vez mais e está presente desde as séries iniciais.

Cogitar o aumento da agressividade dentro do contexto escolar faz-nos repensar métodos que possam mudar essa realidade. Segundo Brotto (1999) é importante encontrar subsídios para resgatar o valor do jogo e do esporte como caminhos de descoberta pessoal, bem como, para o exercício de convivência social, onde se enfatiza a cooperação.

O equilíbrio entre cooperação e competição é algo que os autores Lovisolo; Borges; Muniz (2010) trazem em debate, mas neste caso em questão onde a agressividade é um elemento muito presente nessa realidade escolar o objetivo principal é desmistificar a relação entre esporte x competição, sem negar a presença desse elemento, porém dando ênfase ao elemento cooperação que pode ser trabalhado com jogos dentro da Educação Física e que é um caminho possível para iniciar a transformação desse fato que vem sendo evidenciado nas escolas.

Esse problema prejudica o desenvolvimento intelectual e motor dos alunos e também impede o professor de desenvolver um trabalho mais eficiente, pois as brigas são muito frequentes.

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Com a realização de jogos de integração, partindo especialmente da ação do professor, das séries iniciais e do professor de Educação Física, pode – se iniciar uma mudança no comportamento dos alunos e na realidade escolar.

Com isso a questão problematizadora deste estudo é como promover a socialização de alunos dos anos iniciais da Escola Padre Antônio Sepp, da cidade de São Miguel das Missões através de jogos de integração?

Justificando assim, esse trabalho busca resgatar a cooperação entre os alunos, e a realização de jogos nas séries iniciais, pois através desses jogos de integração, pode ser uma forma muito eficaz de iniciar esse movimento, sendo esse um processo que deve continuar por toda a vida escolar, pois é através da socialização que os indivíduos desenvolvem também a sua personalidade.

Objetivo Geral

Verificar se ocorrem mudanças na socialização dos alunos do 2º ano da escola Padre Antônio Sepp, através da participação nos jogos de integração.

Objetivos Específicos

Identificar se houve alguma mudança no comportamento atitudinal dos alunos do 2º ano da Escola Padre Antônio Sepp;

Verificar se é possível desenvolver valores como respeito e cooperação, através dos jogos de cooperação;

Compreender a opinião dos alunos do 2º ano da escola Padre Antônio Sepp sobre os jogos de cooperação;

Compreender a opinião da professora regente da turma do 2º ano da escola Padre Antônio Sepp a respeito dos jogos de cooperação.

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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1. A Função da Escola

Quando nos remetemos a pensar e refletir sobre o verdadeiro sentido/função da escola em uma sociedade democrática e republicana, podemos afirma que, segundo Scaglia (2003), o homem diferentemente dos animais sente a necessidade de criar, construir e acumular conhecimento constante por agir sobre o ambiente em que vive.

As interações com o meio e as relações que o homem constrói em sociedade vão com o passar do tempo sendo alteradas, construindo-se assim a história e a cultura dos povos.

A escola passa a ser uma instituição responsável para introduzir e conduzir a criança no conhecimento produzido pela sociedade. No entanto, conforme Cortella (2001), a educação tem resultados vãos desde o século XVII até a atualidade.

Isto se deve, segundo o autor, a uma compreensão política que se tem finalidade do trabalho pedagógico, ou seja, da concepção que se tem sobre a relação entre sociedade e escola.

Segundo o autor, a escola passa pela concepção do otimismo ingênuo, e que persiste até hoje com algumas superações, que atribui à escola a missão do desenvolvimento e do progresso do país, como se ela fosse capaz de extinguir a pobreza e a miséria.

Esta é vista como ingênua por atribuir à escola uma autonomia absoluta. A escola é vista como algo extremo à sociedade, e por isto ser capaz de alavancá-la. A escola seria neutra, não servindo a nenhum grupo social, político ou partidário. Como se sabe, uma sociedade de desiguais está repleta de tensões, conflitos e confrontos, a escola exerceu uma inocência útil.

Conforme Fensterseifer (2005, p. 151), “a razão de ser da escola está fora de si(...) e o melhor que podemos fazer está no seu interior não é independente do seu exterior”.

O autor recorre a Clifford Geertz, que toma a cultura como teia de significados na qual o ser humano se insere, tecendo-a, e a educação o insere nesta cultura, potencializando-o para tecê-la. Ao professor cabe tornar acessível às novas gerações um conhecimento que as possibilite sentir-se em casa no mundo.

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Este “sentir-se em casa” significa apreender os conhecimentos, pelo menos em parte, produzidos pelo homem, para poder agir de forma coerente e sensata na sociedade. A atividade profissional e institucionalizada na escola pressupõe a transmissão de um conteúdo específico dentro de um contexto hierarquizado pela posse de conhecimentos e papel social do professor muito diferenciado entre este e os seus alunos. (CARVALHO, 1996 apud FENSTERSEIFER, 2005).

A relação pedagógica é fundada no poder argumentativo que certos conhecimentos propiciam ao professor, os quais não estão disponíveis igualitariamente entre alunos e professores, porém, o objetivo é a paulatina redução dessa desigualdade fundante.

Na ideia de Gonzalez apud Libâneo (2006, p.74) apresenta os principais objetivos da escola:

“Primeiro, colocar a Educação Escolar no conjunto das lutas pela democratização da sociedade, que consiste na conquista, pelo conjunto da população, das condições materiais, sociais, politicas e culturais através das quais se assegura a ativa participação de todos na direção da sociedade. Segundo, consiste em garantir a todas as crianças, sem nenhuma discriminação, uma solida preparação cultural e cientifica, através do ensino das matérias. Terceiro, assegurar a todas as crianças o máximo de desenvolvimento de suas potencialidades, tendo em vista auxiliá-las nas superações das desvantagens decorrentes das condições socioeconômicas desfavoráveis. Quarto, formar nos alunos a capacidade critica e criativa em relação às matérias de ensino, à aplicação dos conhecimentos e às habilidades em tarefas teóricas e praticas. Quinto, atender à função educativa do ensino, ou seja, formação de convicções para a vida coletiva. Formação e qualidades humanas, modos de agir em relação ao trabalho, ao estudo, à natureza, em concordância com os princípios éticos”.

Concorda-se também com González (2006) quando escreve que a escola tem a função de introduzir o aluno no mundo sociocultural que a humanidade tem construído, para que este possa se incluir no projeto, sempre renovado, de (re) construção desse mundo.

Segundo o autor, os alunos, para tanto, precisam aprender três coisas: Neste processo de construção a humanidade tem criado formas de representar o mundo por vezes mais confiável que outras, e por isso são privilegiadas no procelo de conservação cultural; A humanidade tem promovido formas de convívio social, mais defensáveis pela maioria e, portanto, mais dignas de estímulos e compreensão; a humanidade tem construído maneiras de validar essas formas de conhecer e conviver e, portanto, precisam ser entendidas para continuarmos nos perguntando sobre o seu valor.

Enfim, como escreve Fenstrseifer (2005), cabe à escola colocar-se como ponte entre o passado e o futuro das gerações humanas que é o presente dos adultos, e pelo qual são

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responsáveis. Portanto não podemos pautar atividades sobre o futuro dos alunos, mas torna-los contemporâneos ao nosso mundo.

1.2. A Educação Física

A Educação Física possui uma história de pelo menos um século e meio. Suas origens militares e médicas contribuíram, para que a prática e a teoria se restringissem aos conceitos de corpo e movimento.

Fundamentalmente é necessário que se separe a Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da luta profissional.

É por isso que a educação deve preocupar-se na análise das relações sociais e da estrutura que as suportam, ou seja, trata-se da relação entre homens e mulheres, na diferenciação dos papéis sociais de ambos. Na prática pedagógica isto se reflete na discriminação de ações do professor para com o aluno e entre meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres.

A relação entre homens e mulheres vem de uma educação familiar e uma história cultural, e isso deve passar pela escola e pela Educação Física. Pois a Educação Física tem se desenvolvido como uma atividade, em que o movimento é considerado a partir das disponibilidades e possibilidades físicas que seus executantes oferecem.

Sabe-se que o esporte é o paradigma da Educação Física escolar, onde suas práticas não deixarão de ser comtempladas nas aulas de Educação Física, pois sabemos que há um grande esforço, por parte dos professores, de uma prática pedagógica que deve ser investida nela.

Como confirma (KUNZ, 1991),

Pelas avaliações realizadas pelos alunos a respeito da Educação Física e dos esportes praticados fora do contexto escolar, pode-se concluir que a Educação Física contribui para reforçar uma socialização especifica em relação ao sexo(...). Neste sentido, a educação Física poderia ter a chance de sensibilizar para uma futura superação da contribuição social em relação aos diferentes papeis assumidos pelo homem e pela mulher na sociedade concentrando sua temática de movimentos e jogos na aprendizagem social e co-educativa.

Segundo Grespan (2002), a Educação Física escolar constitui um excelente espaço para que ocorra a harmonia dos seus domínios, ao oportunizar aos alunos vivenciar, através

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do movimento corporal, variadas formas de organização, resolução de problemas, emoções e sentimentos. Sua pratica conforme a autora favorece através do jogo, da dança e da ginastica, o autocontrole, a autonomia, a cooperação, o respeito às regras, o respeito às diferenças e às limitações individuais, possibilitando também a formação da personalidade e da cidadania.

1.3. Cultura Corporal de Movimento

Segundo Bracht (1989 apud BORGES, 1991, p. 64), “a Educação Física é entendida como uma prática pedagógica, desenvolvida na escola, que se ocupa de uma área de conhecimento que se chama de cultura corporal, que se entendem como todas as manifestações corporais que são socialmente produzidas”.

Nas colocações Bracht vê-se a importância dos jogos e das brincadeiras infantis por serem elementos primordiais na construção da cultura corporal da criança, pois através destes consegue informações do mundo e passa a atuar nele como um sujeito.

Conforme Borges (1991) deve-se pensar a Educação Física como um espaço onde se dá a possibilidade de intervir no desenvolvimento da criança via movimento, que é a expressão da sua cultura corporal. Assim, a Educação Física contribuirá na apreensão e compreensão de signos e também na intervenção e transformação da sociedade e consequentemente, dos signos que marcarão os corpos.

Para Freire (1992), “a Educação Física é educação de corpo inteiro, devendo-se entender o corpo em relação a outros corpos e objetos no espaço”, pois para a criança o mundo é uma extensão de seu corpo.

Continua o autor a afirmar que educar corporalmente uma pessoa não significa somente provê-la de movimentos qualitativamente melhores, significa também educá-la para não se movimentar, sendo necessário para isto promoverem-se tensões e relaxamentos, fazer e não - fazer.

Em Piccolo (1993 apud GRESPAN, 2002) encontra-se uma colaboração importante da Educação Física para o ser humano. Segundo a autora, é através da exploração dos movimentos variados que se pode aperfeiçoar o sucesso da criança em tarefas intelectuais.

É por meio dos movimentos corporais que a criança vai construindo seu outo conhecimento que vai levá-la à capacidade de lidar com problemas e conhecer suas potencialidades. É no desenvolvimento das atividades corporais que a criança vai aumentando e aperfeiçoando seu repertório de capacidades.

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2. Educação Física nos Anos Iniciais

As crianças de hoje estão em um processo acelerado de mudanças, pois estão desenvolvendo as potencialidades precocemente.

Segundo Hurtado (1985) as crianças das séries iniciais - 6 a 10 anos - possuem características que variam conforme a idade, seus interesses e suas necessidades.

Nas séries iniciais, a criança tem sua marca característica, a intensidade da atividade motora e a fantasia. Segundo Borges (1987), “a criança que está ingressando nas séries iniciais, está despertando para a realidade do mundo”.

Ela aprende a explorar, cada vez mais o meio que a rodeia, possui habilidades para compreender e utilizar a linguagem, seu vocabulário está crescendo, quer saber a respeito de tudo que a cerca.

A formação inicial do professor de Educação Física, implica levar em consideração, além das particularidades do currículo, da formação inicial e dos programas de formação permanente, outros elementos, como a experiência acumulada dos professores e sua prática cotidiana nas escolas e ainda o constante movimento de refletir sobre a sua própria prática para que a partir dessa reflexão ocorra a transformação.

Entendemos que a aula de Educação Física é o lugar de produzir, (re) construir culturas, onde os sujeitos dessa produção são os professores e os alunos.

Considerando que a acriança passa por diferentes fases de desenvolvimento, é possível perceber no educando das séries iniciais duas forças associadas: o desejo de mostrar-se grande, de igualar-se ao adulto a quem admira, sendo em muitas ocasiões o professor; e a busca de prazer resultante de uma dificuldade vencida.

Assim, o jogo passa a ter a importância de um empreendimento, no qual a criança concentra suas forças no objetivo de vencer, afirmando sua personalidade pelo êxito conferido aos seus jogos.

Para as crianças das séries iniciais, jogo é brincadeira, diversão, pois é uma forma de entender a vida dos adultos com responsabilidade, sendo uma preparação para a vida futura. Assim, contribui para que as atividades que envolvem o seu fazer na escola se desenvolvam num processo mais harmonioso e menos rígido, canalizando os ensinamentos sérios e importantes através do dinamismo, do prazer e da alegria.

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O professor precisa se dar conta que a criança de hoje é extremamente questionadora. Ela quer saber o porquê e o para quê. Portanto, a preocupação do educador deve ser muito mais em saber como a criança aprende do que como ensinar.

Por isso, com o jogo na educação física é possível relacionar, de forma lúdica e com objetivos precisos, alguns conteúdos e conceitos às vivências das crianças, podendo desenvolver potencialidades, descobrir a aplicabilidade do que aprenderam ou precisam aprender e, principalmente, desenvolver a liberdade para criar.

O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna sujeito ativo do processo. O aluno das séries iniciais precisa muito tocar, verificar, construir. Por isso, a própria confecção dos jogos é ainda mais emocionante do que jogar apenas.

Nas aulas de Educação Física, os professores e alunos podem criar e recriar tais práticas e, principalmente produzir novas práticas culturais da sociedade. Ou seja, devemos pensar em uma Educação Física que possa participar na construção dos “corpos” das crianças dos adolescentes, dos trabalhadores, enfim dos homens e das mulheres, que com eles sentem, desejam, pensam, produzem, brincam e jogam.

2.1. Definição de Jogo

Para se conceituar o “jogo”, é importante trazer as considerações a cerca da história dos jogos, segundo a Enciclopédia Britânica do Brasil (1994). Acredita-se que desde a antiguidade, todos os povos praticavam jogos, cuja origem estava relacionada à cerimônia, a rituais religiosos e de fertilidade, ligados ao passado agrário do homem.

Entre outras causas de sua permanência e amplitude, incluem-se a ludicidade e a necessidade de comunicação. Da qual as brincadeiras infantis são as primeiras manifestações e contribuem para o desenvolvimento físico e espiritual dos sujeitos.

Piaget (1978) entende que a inteligência é uma forma de adaptação ao meio, e, o jogo é basicamente uma forma de relação da criança com o contexto em que está inserida, a criança elabora e desenvolve suas estruturas mentais através das diversas atividades lúdicas.

Segundo este autor, do ponto de vista intelectual, o jogo estimula o desenvolvimento das capacidades de pensamentos e a criatividade infantil, do ponto de vista psicomotor é o principal fator no desenvolvimento da força, do controle muscular, do equilíbrio e dos sentidos em geral.

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Já do ponto de vista afetivo, é uma atividade de treinamento que permite à criança expressar-se livremente, e do ponto de vista da sociabilidade, é uma atividade que implica relação comunicação entre os iguais, ajudando as crianças a conhecerem-se e a aprenderem normas de comportamento social.

Os jogos despertam o prazer da execução, são de grande importância nas aulas principalmente nas turmas de séries iniciais. São atividades individuais e em grupo, que desafiam o raciocínio, as tentativas de práticas e a socialização, oportunizando o desenvolvimento do conhecimento.

O jogo é muito poderoso, pois pode ser adaptado as diversas situações no contexto escolar, proporcionando entre colegas de diferentes níveis de desenvolvimento motor, a compreensão do sentido do jogo, que é a cooperação, solidariedade e o respeito às diferenças.

Nas séries iniciais o elemento “jogo” é muito presente e cabe ao professor ter o discernimento de escolher o tipo de jogo que ele deve realizar de acordo com as necessidades que sua turma apresenta (BROTTO, 1999).

Sabemos que o brinquedo e o jogo são um resultado natural do processo íntimo da criança com o desenvolvimento da capacidade simbólica do pensamento. Assim, o jogo ou a brincadeira podem ser considerados as atividades principais da criança, pois, através delas, a criança avança em suas condições de pensamento.

Os brinquedos podem ser entendidos como suporte que ajudam a criança a crescer de modo saudável, atingindo padrões considerados como adequados na área física, social, intelectual e emocional, sem as quais fica prejudicado o processo de desenvolvimento infantil. O jogo oferece elementos e oportunidades para que se promova a educação moral da criança. O jogo organizado disciplina a criança. No entanto, tal disciplina, não deve ser imposta, e sim voluntária. Trata-se de autodisciplina.

O jogo é uma atividade por excelência da criança, uma atividade vital que possibilita a criança se conhecer e a formar conceitos sobre o mundo.

Na medida em que entendemos o jogo como uma atividade de ocupação voluntária com regras consentidas, portanto obrigatórias, é fácil perceber nos jogadores um sentimento de tensão, alegria e de uma consciência de vivencia diferente da realidade do seu cotidiano.

Pelo jogo a criança mostra sua inteligência, sua vontade, seu traço dominante, sua personalidade e cabe ao educador estar atento às maneiras de brincar do educando, sendo essencial para isso colocar-se no lugar da criança.

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Possui uma função lúdica, do prazer da diversão, e às vezes da decepção e do desprazer, e também uma função educativa, estimulando a criança a melhorar seu relacionamento com o próximo, ativando seu senso de responsabilidade e companheirismo com os colegas.

Para Brotto (1999, p. 19) “a importância do jogo como elemento educacional é um fato reconhecido e que não necessita ser mais discutido, embora deva ser sempre lembrado”. O autor sustenta a ideia de que o jogo e a vida estão totalmente interligados, compreendendo que ambos são reflexos um do outro.

Por isso, o jogo é importante em qualquer idade. Brotto (1999) denomina arquitetura de jogo o campo em que há exercícios de potencialidades humanas, pessoais e coletivas, com intuito de solucionar problemas, superar crises e alcançar objetivos comuns.

Segundo Brotto (1999, p 19) a ideia seria repensar “será que os jogos e brincadeiras realizados contribuem para um mundo melhor?”. É importante refletir em até que ponto o planejamento do professor está de acordo com a realidade de sua escola, pois o jogo não é u m elemento isolado dos demais, ele deve estar de acordo com aquilo que se propõem em sala de aula.

O jogo é uma prática que incentiva muitos valores, positivos e negativos, dependendo de como for conduzido, e na sociedade em que vivemos devemos trabalhar a fundo naquilo que irá melhorar o desenvolvimento do aluno.

É muito presente nas escolas o elemento “competição” dentro dos jogos, pois é algo que desperta nos alunos o prazer em vencer, humilhar o outro. Obviamente que a competição não deve ser excluída da vida do aluno, até porque este é um componente característico do esporte (LOVISOLO; BORGES; MUNIZ, 2013).

Assim, a experiência de jogar é sempre uma oportunidade aberta, não determinada, para um aprender relativo. Dependendo dos princípios, valores, crenças e estruturas que estão por trás dessa "minissociedade-jogo", podemos tanto aprender a sermos solidários e cuidar da integridade uns dos outros, como, ao contrário, podemos aprender que jogando podemos ser mais importantes que alguém, e se importar muito pouco, com o bem-estar dele (BROTTO, 1999, p. 28).

No momento em que uma criança torna-se um aluno, ou seja, começa sua vida de aprendizado dentro de um espaço escolar, onde ele deve respeitar limites, deve aprender a conviver com o outro, onde irá desenvolver e aprimorar suas habilidades físicas e intelectuais é essencial que o professor valorize esses elementos (socialização e cooperação) em seu planejamento.

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Esse jogo contribui para o aluno aprender a viver, de forma efetiva, em sociedade. Ou seja, o aluno é orientado para conseguir algo para o bem comum, é levado a aprender a viver em sociedade, a juntar forças para conseguir os mesmos objetivos (ROCHA, 2006, p. 10).

O professor de Educação Física possui papel fundamental durante o processo de aprendizagem com condições de dialogar com os educandos e oportunizar possibilidades de adaptar os jogos com as necessidades, comprovando através do jogo, propriamente dito, que o respeito e a participação são indispensáveis.

Portanto, é importante que o professor discuta com os alunos a diferença entre os jogos cooperativos com os jogos competitivos, enfatizando que a cooperação ocorre a todo o tempo antes e durante o jogo.

2.2. As Diferenças entre Jogos Cooperativos e Jogos Competitivos

A competição é algo muito presente na sociedade capitalista, e os jogos cooperativos possuem uma ação pedagógica, em que não há méritos individuais. Não se discrimina a presença de valores como solidariedade em jogos competitivos (NETO, 2005).

O autor menciona que “[...] a hipótese que aqui se levanta é a de que, na dialética entre sujeito e estrutura do jogo, há uma forte diferença entre as duas formas de jogo em questão quanto à ênfase em determinados valores” (NETO, 2005, p. 39).

Conforme Neto (2005), a primeira característica que torna os jogos cooperativos paralelos entre si é a ausência de vencedores e perdedores ao término de sua prática, enquanto que a presença desses elementos constitui a principal relação estrutural referente aos jogos competitivos.

Na obra de Batista (2006) apud Gomes (2008), o autor descreve as principais características de um jogo cooperativo:

Todos os participantes são colegas, não inimigos; O objetivo é vencer o desafio (coletivamente) e não aos outros; As regras são adaptáveis, flexíveis e construídas coletivamente, para que seja contemplada a participação de todos, igualmente; A preocupação está no processo, não no resultado, ou seja, há a possibilidade de maior criatividade, pois o desempenho não será medido no final (BATISTA, 2006 apud GOMES, 2008, p. 19).

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Assim, como cita Brown (1995) apud Correia (2006) também elenca algumas características relevantes sobre os jogos cooperativos, como podemos visualizar:

Libertam da competição, porque o interesse se volta para a participação, eliminando a pressão de ganhar ou perder produzida pela competição;

Libertam da eliminação, porque procura incluir e integrar todos, evitar a eliminação dos mais fracos, mais lentos, menos habilidosos etc.;

Libertam para criar, porque criar significa construir, exigindo colaboração. Permitindo a flexibilização das regras e mudando a rigidez destas, facilitam a participação e a criação;

Libertam da agressão física, porque buscam evitar condutas de agressão, implícita ou aceita, em alguns jogos (BROWN, 1995 apud CORREIA, 2006, p. 157).

2.3. Os Jogos Cooperativos no Espaço Escolar

Os jogos cooperativos possuem papel importante na construção da personalidade de uma criança, podendo desenvolver a consciência de igualdade e solidariedade na realização das tarefas, valorizando a participação de todos os integrantes da equipe, contribuindo futuramente para um adulto menos egoísta e individual.

As escolas cada vez mais estão preocupadas em buscar uma alternativa para minimizar a competição desenfreada no contexto escolar. Essa tendência traz como proposta os jogos cooperativos que pode ser uma forma de educação transformadora (CORREIA, 2006).

O professor de Educação Física, com relação à exclusão, tem papel fundamental e transformador, fazendo com que a criança aprenda brincando e se desenvolva de maneira a valorizar o seu aprendizado deixando de lado a questão “vencer é o mais importante” (NETO; ALVES, 2008, p. 35).

Segundo Correia (2006), os jogos cooperativos não mudam a realidade competitiva de uma escola isoladamente, mas são como sementes que se regadas, germinam e podem gerar frutos cooperativos.

O compromisso dos educadores é buscar o desenvolvimento e a transmissão de valores que estimulem à solidariedade, o respeito mútuo, a compaixão e muitos outros, mas sem, com isso, incentivar os alunos à resignação, à conformação e a subserviência. Ao contrário, o papel do educador, trabalhando com jogos cooperativos, é o de despertar o senso crítico para as questões sociais (BROWN, 1995 apud CORREIA, 2006, p. 161).

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Os alunos estão apresentando cada vez mais cedo um comportamento inapropriado para o espaço escolar, há um desrespeito que se alastra desde o momento em que entra na escola. O contato físico é com puxões, tapas, pontapés e muitas ofensas verbais e o contato afetivo é totalmente deixado de lado.

O ser humano necessita aperfeiçoar suas habilidades de se relacionar e aprender a viver uns com os outros ao invés de um contra os outros. Utiliza-se os jogos cooperativos como um exercício de convivência fazendo assim o jogo e o esporte um meio extremamente rico para desenvolvimento pessoal e social do indivíduo (BROTTO, 1999 apud DA SILVA, DOHMS, CRUZ E TIMOSSI, 2012, p. 196-197).

O jogo cooperativo nada mais é do que uma forma divertida dos professores enfatizarem o convívio social entre pessoas com habilidades motoras diferenciadas, compreendendo e respeitando as dificuldades dos outros, mas convivendo em harmonia e integração independente de diferenças motoras ou físicas.

“Jogos cooperativos propõem novas formas de diminuir a agressividade dos indivíduos, tenta resgatar atitudes de solidariedade, sensibilidade, cooperação, comunicação e alegria” (DA SILVA; DOHMS; CRUZ e TIMOZZI, 2012, p. 197).

Esses valores essenciais para o ser humano devem ser incansavelmente resgatados pelos professores, e o planejamento do professor em aulas de Educação Física, ou enquanto professor de currículo deve objetivar a mudança dessa realidade escolar.

Diante a realidade escolar que a sociedade brasileira vive, junto com o descrédito da educação, a situação de escolas, evidenciam um quadro de alta agressividade entre os alunos, e a preocupação, de acordo com que presencio em algumas escolas é que esse comportamento prejudica muito o desenvolvimento educacional dessas crianças, e poucas ações são feitas para mudar essa realidade, e a partir de estudos de diversos autores constata-se que um caminho muito plausível seria trabalhar com crianças que estão iniciando sua vida escolar, uma educação corporal aos jogos cooperativos.

Desde que contextualizada, a proposta dos jogos cooperativos pode ser uma forma de educação transformadora (CORREIA, 2006, p. 160). Segundo o autor, ele afirma que os jogos cooperativos não mudam a realidade competitiva de uma escola isoladamente, mas que são como sementes que se regadas, germinam e podem gerar frutos cooperativos.

Os valores essenciais para o ser humano devem ser incansavelmente resgatados pelos professores, e o planejamento do professor deve objetivar a mudar a realidade competitiva

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escolar. A sociedade é competitiva, mas cabe aos formadores de opiniões mudarem essa realidade, e utilizar os jogos cooperativos neste caminho.

2.4. Socialização e Jogos Cooperativos

Diversos valores podem surdir de situações de cooperação, como a troca de ideias, amizade, ajuda mútua, sendo assim o jogo cooperativo é capaz de proporcionar isto a seus participantes, melhorando a compreensão de sermos solidários com os outros, independente de serem da mesma equipe ou não, o proposito mais importante desse jogo deve ser o desejo de socialização, integração com os colegas, com o intuito de melhorar nossas dificuldades em conjunto com outras pessoas.

“Por meio dos jogos, a Educação Física pode ensinar muito mais do que gestos, técnicas, táticas e outras habilidades especificas. Em nossos dias, deve promover e aperfeiçoar as habilidades humanas essenciais” (BROTTO, 1999, apud, MAIA; MAIA; MARQUES, 2007, p. 128).

Essas habilidades essenciais devem ser enfatizadas aos alunos desde os anos iniciais, pois são valores que eles incorporam automaticamente, sendo cultivado desde o inicio, assim o espirito de solidariedade e união tornasse um processo natural.

Através do jogo cooperativo é possível despertar valores, que às vezes ficam em segundo plano, por não serem enfatizados no ambiente social em que vivemos, sendo assim devem ser enfatizados no ambiente escolar pelos professores, que querendo ou não são responsáveis pela base do aprendizado das crianças.

Na maioria das vezes essas crianças levam muito a sério o que os professores lhes transmitem. Sendo futuramente adolescentes e adultos mais sociáveis e flexíveis com as diversas situações do cotidiano, dispostos a colaborar com o crescimento, motor, psicológico e afetivo dos seus próximos. Tornando se pessoas mais críticas e reflexivas com atitudes contra a socialização que ocorrem em seu cotidiano.

Conforme Freire (1992, p.117), o jogo de regras surge de forma estruturada como uma característica do ser suficientemente socializado, que pode, portanto, compreender uma vida de relações mais amplas enquanto o jogo representa as coordenações sociais, as normas a que as pessoas se submetem para viver em sociedade.

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Assim, pode-se dizer que a criança brinca de forma séria, pois está se adaptando, através dos jogos, à vida adulta, aprendendo a conviver com o semelhante, construindo e obedecendo a regras necessárias a uma boa convivência entre os seres.

O pensamento concreto consiste em se viajar numa situação vivida da chegada até ao ponto de partida e novamente à chegada, prestando atenção em todo o caminho. Pensar é ter paciência de ir e vir por um caminho viajado tantas vezes quantas forem necessárias para se compreender a ação vivida (FREIRE, 1992, p.124).

Numa ação pedagógica é importante que o professor interfira apenas no sentido de fornecer pistas para não tirar a autonomia da criança e para que o esforço de chegar a um bom resultado leve a criança a voltar sua atenção para os meios de ação, o que resultara em tomada de consciência (FREIRE, 1992, p.129).

Continua o autor afirmando que um dos principais objetivos da Educação Física deve ser o de estabelecer relação entre o ato e o pensamento, entre ação e compreensão. Uma ação em Educação Física deverá significar movimento que o homem realiza intencionalmente.

Concordando com Freire, a Educação Física precisa enxergar o movimento carregado de intenções, de sentimento, de inteligência. Assim, todas as habilidades desenvolvidas serão significativas, pois é uma promoção de relações aperfeiçoadas do sujeito com o mundo, mesmo que no desenvolvimento dessas habilidades haja atividades de competição.

A competição não deve ser negada pela escola, porém, esta deve dar-lhe outras dimensões, como por exemplo, não supervalorizando a vitória e a derrota, mas sim valorizar as relações construídas no jogo.

Valorizar as equipes, que mesmo não ganhando no jogo, tiveram méritos em sua organização ou superação de dificuldades, que eram talvez maiores que na equipe campeã. Enfim, numa competição salutar todos ganham, pois, apesar de todos terem por objetivo a vitória no jogo, há a integração, a confraternização, o aprendizado com as equipes adversárias.

Seria possível neste estágio, já que a criança no inicio da segunda infância ainda não dá muito valor à competição, introduzir jogos cooperativos onde mesmo havendo competição entre indivíduos ou equipes esta é amenizada por estratégias e regras adaptadas, em que as próprias crianças podem ser e/ou devem participar da formulação das regras (FREIRE, 1992).

É na segunda infância - 7 a 11 anos - que a regra tal como deve ser usada, se manifesta com evidência. É por isso que a Educação Física tem no jogo um espaço privilegiado de manifestação, já que este regulado por normas aceitas pelo grupo.

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Ao professor cabe estimular as crianças a usarem as regras como recurso de convívio (FREIRE, 1992). Conforme o autor nesta hora é normal à discussão mais acirrada entre os alunos, como alguma alteração da voz. O professor deve orientar a discussão e organizar os debates para se chegar às conclusões necessárias.

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3.CAMINHO METODOLÓGICO

3.1 Abordagem da Pesquisa

Este estudo teve uma abordagem qualitativa, que segundo o autor Demo (1998), a informação qualitativa não busca ser neutra ou objetiva, mas permeável à argumentação consensual e crítica, a pesquisa qualitativa impõe-se sempre que se trate de temas que se interessem mais pela intensidade do que pela extensão dos fenômenos, como é o caso da participação, comunicação e aprendizagem.

3.1.1 Tipo de Pesquisa

O tipo de pesquisa utilizado foi o estudo de caso que consiste em um estudo profundo de alguns objetos, desta forma, permitindo um detalhado conhecimento. É o tipo de pesquisa mais indicado para os assuntos contemporâneos no contexto real.

Segundo Gil (2007) uma pesquisa deve ser “[...] desenvolvida mediante o curso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos”, para que uma reflexão e análise da problemática possam ser possíveis.

3.1.2 Contexto da Pesquisa

O contexto em que a pesquisa realizou-se foi a Escola Estadual de Educação Básica Padre Antônio Sepp, localizada na cidade de São Miguel das Missões, município com aproximadamente 7.700 habitantes, que localizasse na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – RS.

3.1.3 Sujeitos da Pesquisa

Os sujeitos participantes da pesquisa, foi os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Educação Básica Padre Antônio Sepp localizada na cidade de São Miguel das Missões-RS, sendo composta por sete meninos e sete meninas, com faixa etária

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entre 7 e 9 anos. A escola não possui nenhum aluno com deficiência identificada nos registros de matrículas conforme a secretaria.

Também foi participante deste estudo a professora regente da turma do 2º ano do Ensino Fundamental. Os alunos receberam codinomes, que foram representados por uma letra e um número (exemplo: X1, X2, X3...).

3.1.4 Instrumentos e Procedimentos de Análise

Os instrumentos utilizados nessa pesquisa se construir a partir da necessidade de respondera o questionamento inicial, assim foram observadas algumas aulas, os alunos e a professora regente foram entrevistas através de um questionário, e após foi realizado uma intervenção com aplicação de jogos de integração.

3.1.5 Análise e a Interpretação das Informações

Primeiramente foram analisados os dados coletados a partir da observação do comportamento dos alunos durante a aplicação das aulas. Em seguida, foi realizado um questionário misto com a professora.

Essa análise observou alguns critérios a priori como: a reação dos alunos frente a cada jogo proposto; o comportamento dos alunos corporalmente e intelectualmente entre si; o entusiasmo dos alunos durante cada jogo; as preferências dos alunos; as dificuldades do grupo e individualmente; a opinião dos alunos sobre os jogos; as sugestões dos alunos durante as aulas; a opinião do professor sobre a proposta de ensino e principalmente analisar se houve alguma mudança em relação ao comportamento entre os alunos.

3.1.6 Aspectos Éticos da Pesquisa

A pesquisa teve o cuidado ético em toda a sua fase de elaboração, execução e conclusão, sendo respeitados todos os critérios do Comitê de Ética e Pesquisa, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

O contato com a Escola Estadual de Educação Básica Padre Antônio Sepp se deu através de uma autorização institucional. (ANEXO 1). A pesquisa contou com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento (ANEXO 3) o qual explicita aos sujeitos da pesquisa

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(professora regente e alunos do 2º ano) informações referentes à pesquisa como objetivos do estudo; descrição dos procedimentos que serão utilizados, os riscos para o participante; os benefícios para o participante; a liberdade da desistência por parte do participante; o compromisso do pesquisador de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa, bem como, se houver a necessidade, a existência de registro fotográfico e de vídeo.

As fotos, planilha de observação, e o questionário respondido pela professora regente foram devolvidos aos participantes para que procedessem à leitura da transcrição, sendo que, caso achassem necessário, poderiam alterar (incluindo ou excluindo) as informações antes das mesmas serem analisadas.

Vale ressaltar que todas as informações coletadas nesta pesquisa foram utilizadas única e exclusivamente com caráter científico, preservando o anonimato dos indivíduos, Autorização do Uso de Imagem (ANEXO 2) envolvidos, as quais estarão somente ao acesso dos pesquisadores desse estudo conforme o Termo de Confidencialidade (ANEXO 4).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

As aulas constituíram-se de seis encontros, onde foram desenvolvidos jogos de cooperação, de duração mínima de quarenta minutos e máxima de uma hora. Todos os encontros foram realizados no pátio da escola e em sala de aula em horário agendado com a professora regente dentro do período de aula da turma.

Inicialmente foi realizado um diagnóstico da turma através de perguntas semiestruturadas, e em sequência a realização de seis aulas que tiveram enfoque em jogos de integração.

Em cada aula os alunos foram observados e analisados, conforme podemos visualizar na tabela abaixo os comportamentos a partir da participação dos jogos desenvolvidos em cada aula.

NUMERO DA AULA ATITUDES

Nunca Poucas vezes Algumas vezes Muitas vezes Sempre AULA 1 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X AULA 2 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X AULA 3 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X

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AULA 4 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X AULA 5 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X AULA 6 Respeito X Tolerância X Paciência X Autocontrole X Confiança X Honestidade X Humildade X

Tabela 3: QUADRO GERAL DAS ATITUDES NAS AULAS

Após a realização das aulas foi realizado com a professora regente o questionário misto (APÊNDICE 1).

Os resultados obtidos nesse estudo se organizaram da seguinte maneira: a análise coletiva foi feita na primeira etapa da pesquisa, por meio da análise discriminante pretendendo conhecer a turma; após, foram analisadas as planilhas de observação compostas por dois quadros de que avaliaram o comportamento e o desempenho dos alunos individualmente, coletivamente e de todas as aulas realizadas.

A segunda análise discriminante foi com propósito de avaliar se houve alguma mudança no comportamento da turma e por último foi analisado o questionário escrito com a professora regente, o qual fundamentou a análise e interpretação dos dados.

Foi realizada uma planilha de observação chamada de quadro avaliativo de atitudes nas aulas (APÊNDICE 2) e o quadro de aspectos do grupo observados por aula (APÊNDICE 3) e quadro geral das atitudes das aulas (APÊNDICE 4).

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Dentre as ferramentas utilizadas nesse estudo, podemos considerar a reação dos alunos frente a cada jogo proposto, o comportamento corporalmente e afetivamente entre si, o entusiasmo durante cada jogo, as preferências, as dificuldades e as facilidades do grupo, as opiniões sobre os jogos, as sugestões durante as aulas, a opinião do professor sobre a proposta de ensino e, principalmente, se houve alguma mudança em relação ao comportamento agressivo de alguns dos alunos.

Nesta primeira etapa da pesquisa pode-se averiguar a opinião dos alunos sobre o comportamento da turma, especialmente em momentos de recreação ou aulas de Educação Física. Ao iniciar a pesquisa tomou-se cuidado em oportunizar um ambiente tranquilo no espaço da sala de aula, com os alunos organizados em uma roda para que ficassem à vontade e dessa forma transpusessem maior sinceridade em suas informações.

Os alunos não se opuseram em aparecer nas fotos e demonstraram muita objetividade em suas respostas. A maioria não gosta quando X1 e X3 brigam, não apoia quando X7 é impaciente com os colegas. Muitas brigas ocorrem e geralmente envolvem os mesmos alunos e essas brigas são motivadas por disputa por lugar na fila e disputa por atenção. O aluno X3 é muito inquieto, e em alguns momentos possui uma agressividade com os colegas provocando-os para brigas.

Os desentendimentos dos meninos são caracterizados por empurrões, chutes, puxões de roupa, e as meninas sentem-se muito ofendidas com as atitudes desses meninos. Os alunos desejam que as aulas sejam sem brigas, que não falem mais palavrões. Todos os alunos entraram em um consenso de que o respeito depende das atitudes de cada e de que a professora poderá os ajudar nessa mudança de comportamento.

Esse relato fez-nos entender que toda a turma admite e tem consciência desses conflitos interpessoais que ocorrem nas aulas, indicam nomes de colegas que causam a maioria das brigas, relatam com clareza o motivo pelo qual ocorrem as brigas e descrevem como essas brigas acontecem.

Os alunos dizem entender que respeito é um valor muito cobrado pela professora regente da turma e descrevem esse valor como o ato de aprender a conviver com o outro e com as diferenças sem brigar. A maioria não soube responder o que é cooperação, porém quando indagados em definir o que é ajudar o outro eles disseram que essa ação é algo que ocorre em alguns momentos da aula, e quando desafiados a vivenciar mais esses valores em aulas de Educação Física eles comprometeram-se em colaborar e se esforçar.

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Os depoimentos dos alunos ocorreram em conjunto de modo que todos responderam, complementaram e concordaram com a opinião do outro. Esses relatos da análise discriminante apontaram para a necessidade de se criar atividades esportivas diversificadas com bases nos jogos integração, tentando dar um enfoque para o contato com o outro, valorizando esse contato corporal nas aulas de Educação Física ou Recreação de uma forma respeitosa, valorizando e explorando o jogo que une e que não discrimina dando valor às qualidades de cada um, fazendo com que o aluno auxilie o colega a superar suas limitações através de seu apoio, de seu exemplo e de sua amizade.

A turma encontra-se na fase motora especializada no estágio transitório, em que a maioria dos alunos ainda não tem total controle e coordenação sobre os seus movimentos, estando assim na tentativa da combinação dos movimentos fundamentais.

A maioria consegue distinguir delimitações de espaço, todos conhecem bem as cores e formas e ainda possuem dificuldades de organização como fila e roda. Quase a totalidade ainda realiza movimentos descoordenados em algumas atividades, porém conseguem entender as regras dos jogos se bem esclarecidas.

O grupo é bem participativo com uma boa convivência entre si e parecem bastante receptivos e carinhosos. A maioria dos alunos têm características condizentes com o estágio motor que se encontram.

Os alunos possuem comportamento hostil uns com os outros é cada vez maior, principalmente dos meninos para com as meninas nas aulas de educação física. Em sala de aula esse problema ocorre com menor frequência, pois a professora regente possui um espírito de liderança que faz com que a aula mantenha-se permanentemente organizada.

Esse fato ocorre especialmente em momentos como recreio, aulas no turno oposto em oficinas do Projeto Mais Educação como Letramento, Recreação, Hora do Conto, momentos em que há muita troca de professores e eles não sabem a quem obedecer.

As observações das aulas por meio de planilhas são uma ferramenta que facilitou e organizou melhor esse processo para tornar mais esclarecedor a análise e interpretação dos dados. “A observação direta ou participante é obtida por meio do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado, para recolher as ações dos atores em seu contexto natural, a partir de sua perspectiva e seus pontos de vista.” (CHIZZOTTI, apud NETO, 2005 p. 44). Esse processo de observação é muito utilizado em pesquisas qualitativas e facilita ao pesquisador organizar os seus registros.

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Podemos analisar que o respeito é uma ação que esteve presente em todas as aulas. Esse elemento foi muito abordado durante as aulas e é algo muito difícil de conquistar porque depende muito da ação individual e da harmonia entre os professores que passam por essa turma durante a rotina escolar. Não houve nenhum momento de falta de respeito com a professora aplicadora das aulas-laboratório, essas ações ocorrem somente entre eles.

A tolerância esteve presente nas seis aulas, mas com exceções de alguns sendo essa atitude um elemento muito presente naqueles alunos que exercitam esse valor especialmente com aqueles colegas que testam sua paciência. É admirável ver em alguns alunos que conseguem evitar brigas porque são tolerantes uns com os outros, os alunos que não são tolerantes algumas vezes dificultam o convívio em grupo tornando a aula muitas vezes estressante.

A paciência esteve presente nas aulas com a mesma igualdade numérica que a tolerância, pois esses dois valores são muito próximos um do outro. Ser paciente é algo muito importante em aulas recreativas, pois o aluno faz parte de um grupo e precisa entender que cada um tem a sua vez e essa talvez foi a maior dificuldade encontrada nas aulas. A criança, de um modo geral, é muito ansiosa e curiosa e nessa situação vivenciada era necessário explorar valores e atitudes em grupo, cada atividade realizada e muitos alunos não tinham paciência para tal ação.

O autocontrole esteve presente em quatro aulas algumas vezes e em duas muitas vezes. Essa atitude foi algo muito preocupante durante as aulas porque os alunos X3, X6 e X9 em especial tinham atitudes muito impulsivas e quando menos se esperava agiam de maneira agressiva com os colegas. A professora regente relatou que essa reação destes alunos ocorre com frequência nas aulas.

A confiança esteve presente em todas as aulas. Essa atitude foi algo muito presente nos alunos durante as aulas e comprova que apesar de ocorrerem problemas de convivência entre os alunos ainda há muita pureza em acreditar no outro e confiar no que o outro diz ou faz. Especialmente as meninas hesitavam em alguns momentos em que tinham de confiar nos meninos, mas isso foi fácil de resolver, pois apenas a conversa com professora convencia as meninas de que podiam confiar em seus colegas.

A honestidade esteve presente em cinco aulas sempre em uma aula muitas vezes. Esta atitude esteve muito presente nas aulas, pois os alunos agiam com honestidade na condução das atividades, e quando indagados em algumas situações falavam a verdade, não omitindo fatos.

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A humildade ocorreu em duas aulas algumas vezes e em quatro aulas muitas vezes. Essa atitude é algo muito presente na turma com exceção dos alunos X1 e X7 que na maioria das aulas aplicadas queriam exercer superioridade com o restante da turma, e cada um exercia esse papel autoritário de maneira negativa, muitas vezes humilhando os colegas. A ação de ser humilde e entender que todos possuem os mesmos direitos, foi muito cobrada durante as aulas.

Os alunos compreenderam as atividades propostas durante as aulas em seis aulas sempre o que mostra que a turma possuía facilidade de entendimento sobre aquilo que era proposto, sendo que antes de cada atividade era feita uma explicação oral para a turma, em seguida era realizada uma demonstração daquilo que se pretendia com a atividade e por último era aberto um espaço para possíveis perguntas.

A participação dos alunos durante as aulas ocorreu seis vezes sempre, e ocorria com bastante entusiasmo. Nas atividades realizadas os alunos respeitavam as regras do jogo em seis aulas muitas vezes. Dessa forma pode-se perceber que eram poucos os momentos que os alunos tentavam burlar as regras do jogo e quando esse fato ocorria era sempre resolvido facilmente.

O ato de cooperação se fez muito presente nas atividades em que essa atitude era exigida. Em todas as aulas foi explorada a cooperação e em cinco aulas ela esteve presente muitas vezes, e somente em uma aula foi algumas vezes, a partir disso podemos observar que os jogos conseguem despertar o espírito cooperativo em praticamente todos os alunos.

O ato de respeitar e interagir com os colegas independentemente dos aspectos físicos, sociais, culturais ou de gênero ocorreu em seis aulas muitas veze. Ação de desrespeito entre os alunos ocorreu em algumas aulas, umas com maior e outras com menor intensidade, mas nunca foi por discriminação social ou cultural, de gênero sexual, mas essas situações nunca geraram muito conflito nas aulas.

Os jogos e atividades propostos nessas seis aulas sempre tiveram enfoque na cooperação e nunca objetivava um vencedor unânime, portanto os alunos sempre aceitaram o resultado do jogo.

Em relação à criatividade dos alunos eles apresentaram essa característica em uma aula muitas vezes, e em cinco aulas sempre. Isso demonstra que a turma foi muito dinâmica e conseguiu explorar muito bem a capacidade de criar novas ideias e novas soluções durante as atividades realizadas.

(33)

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final deste trabalho, consideramos uma melhora no comportamento dos alunos, pois estavam mais pacientes e solidários com os colegas. Também verifiquei que os valores trabalhados nas aulas estavam mais presentes nas atividades da turma, fazendo assim com que a convivência entre eles fosse cada vez mais agradável e “negociada”.

Observamos que com o passar dos dias, após os encontros, os alunos obtinham uma maior compreensão em relação aos jogos de integração, e entenderam melhor qual o seu proposito. É possível constatar também que a professora regente, após os encontros, conseguiu observar a melhora na convivência e socialização dos alunos.

O que foi possível notar por meio desse trabalho, especialmente durante a aplicação das aulas, é que os jogos foram um recurso que estimulou em todas as atividades realizadas a cooperação, o respeito, a solidariedade.

Em vários momentos que não puderam ser expressos por números ou por imagens foi visto atos de cooperação e de amizade entre os alunos, gestos de coleguismo e respeito, atitudes dignas de uma criança.

O diagnóstico e o questionário com a professora regente identificaram claramente as dificuldades de convivências de alguns alunos e a partir da análise e interpretação das informações, mostra que tem por objetivo ajudar o outro a atingir metas ocasionando prazer em ajudar, auxilia muito nesse processo de educação transformadora.

Essa proposta é muito desafiadora para um professor de qualquer área, independentemente de ser um profissional da Educação Física ou não. Podemos incluir essa reeducação do jogo em qualquer disciplina escolar, porém devemos reconhecer que não é um caminho fácil porque a mudança em muitas realidades escolares é sinônimo de transformação e isso torna o caminho mais árduo, mas o papel do professor é justamente de transformar a realidade em algo melhor.

A mudança pode ser mínima, mas certamente será gratificante na vida de cada aluno que pôde vivenciar em uma escola situações onde o jogo despertou valores sociais que levará para sua vida inteira.

Consideramos que as aulas de Educação Física são espaços que auxiliam na mudança de comportamento dos alunos por ser um lugar onde os alunos vivenciam e problematizam valores sociais importantes para a formação humana.

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Acreditamos assim, que a Educação Física na escola precisa investir na proposta da utilização de jogos de cooperação, e dessa forma incentivar uma prática saudável para corpo e mente, entendendo sempre a função da escola e consequentemente o objetivo da Educação Física como componente curricular obrigatório.

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REFERÊNCIAS

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FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: Teoria e pratica da Educação física. 3ª Ed. São Paulo. Editora Scipione, 1992.

Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª Edição. São Paulo. Editora atlas, 2007. GOMES, A. C. S. Jogos Cooperativos: Questionamentos Rumo a uma Transformação. Monografia (Graduação) – Curso de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

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GRESPAN, M. R. Educação Física no Ensino Fundamental: Primeiro ciclo. São Paulo. Editora Papirus, 2002.

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MAIA, R. F; MAIA, Jucelma Ferreira; MARQUES, Maria Teresa da Silva Pinto. Jogos Cooperativos X Jogos Competitivos: Um Desafio Entre o ideal e o Real. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 2, n.4, p.125-139, dez. 2007.

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APÊNDICE 1 - QUESTIONÁRIO COM A PROFESSORA

Nome: Formação:

Nível de Ensino que atua: ( ) Educação Infantil ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio

Tempo em que atua na área:

1. Você trabalha Jogos Cooperativos em suas aulas?

2. Quais as atividades que você como educador desenvolve/realiza nas aulas de Educação Física?

3. Descreva a aceitação dos alunos diante das atividades propostas e relate a reação dos mesmos na aplicação dos Jogos.

4. Que metodologia você acha adequada para se trabalhar no Ensino Fundamental nos anos iniciais?

5. Que valores você como educador acredita que poderão ser trabalhados através da prática dos jogos cooperativos?

6. Quais sugestões você deixaria para que ocorram propostas pedagógicas inovadoras como a dos Jogos Cooperativos, na realidade do contexto escolar?

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APÊNDICE 2 - QUADRO 1: AVALIAÇÃO DAS ATITUDES NAS AULAS

ALUNOS ATITUDES DESENVOLVIDAS PELO GRUPO

RESPEITO TOLERANCIA PACIENCIA AUTO-CONTROLE

CONFIANÇA HONESTIDADE HUMILDADE X1 X2 X3 X4 X5 X6 X7 X8 X9 X10 X11 X12 X13 X14

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APÊNDICE 3 - QUADRO 2: ASPECTOS DO GRUPO OBSERVADOS POR AULA

ASPECTOS DO GRUPO A SEREM OBSERVADOS Nunca Poucas vezes Alguma s vezes Muitas vezes Sempre Compreenderam as atividades propostas?

Participaram das atividades propostas?

Respeitaram as regras das atividades?

Cooperaram com seus colegas nas atividades?

Respeitam e interagem com seus colegas independentemente dos aspectos físicos, sociais, culturais ou de gênero?

Aceitam o resultado do Jogo? Foram criativos?

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APÊNDICE 4 – QUADRO 3: ATITUDES NAS AULAS

NUMERO DA AULA ATITUDES Nunca Poucas

vezes Algumas vezes Muitas vezes Sempre AULA 1 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança Honestidade Humildade AULA 2 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança Honestidade Humildade AULA 3 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança Honestidade Humildade AULA 4 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança Honestidade Humildade AULA 5 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança

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Honestidade Humildade AULA 6 Respeito Tolerância Paciência Autocontrole Confiança Honestidade Humildade

(43)
(44)

ANEXO 1 – AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO TCC

Eu, , RG , matrícula , venho por meio deste, requerer à a autorização para realização da pesquisa referente ao desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso.

O período da realização das atividades da pesquisa será de _____________________________________________________________.

O desenvolvimento da referida pesquisa, não acarretará qualquer ônus para a instituição. É garantido a Srª. Diretora o direito de receber esclarecimento e informações a qualquer dúvida relacionada com a pesquisa no decorrer da mesma, bem como, ter acesso a qualquer momento da análise e interpretação das informações obtidas e aos resultados finais.

São Miguel das Missões, ____ de ____________de 2015.

__________________________ __________________________ (Orientador) (Pesquisadora)

__________________________ (Assinatura - responsável)

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