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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Karine Fernandes Possebon

Ijuí, RS, Brasil

2015

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Karine Fernandes Possebon

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária, Área de Grandes Animais, da Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção

do grau de Médica Veterinária.

Orientadora: Profª. Med. Vet. MSc. Luciane Ribeiro Viana Martins

Supervisor: Med. Vet. MSc. Gabriela Vicensi da Costa

Ijuí, RS, Brasil

2015

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do

Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

Relatório de Estágio da Graduação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

elaborado por

Karine Fernandes Possebon

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________________

Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________

Denize da Rosa Fraga, MSc. (UNIJUÍ)

(Banca)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me iluminado e seguido comigo nessa caminhada até aqui, e que em todos os momentos difíceis me deu forças para não desistir.

Aos meus pais João Renato e Noeli que sempre me derem todo o apoio necessário para que esse sonho se tornasse realidade, não medindo esforços para isso. As minhas queridas irmãs Sabrine e Caroline pelo carinho e compreensão durante todos esses anos de faculdade e a toda a minha família que em vários momentos foram o meu refúgio, o meu porto seguro e graças à união dela que conseguimos vencer os obstáculos que a vida nos proporcionou e permanecemos juntos. Ao meu namorado Guilherme, pela paciência, carinho e positividade dedicados nos momentos mais necessários.

Agradeço também à minha companheira de caminhada Tassiéli, desde o primeiro dia de faculdade e acredito que para a vida, pelo companheirismo e cumplicidade durante todas as matérias e trabalhos em que realizamos juntas, fazendo com que as coisas se tornassem mais fáceis. Obrigada por ter aumentado a família!

Agradeço a minha querida orientadora Luciane Ribeiro Viana Martins que apostou em mim e me acompanha desde o início da vida acadêmica, sempre incentivando o crescimento pessoal e intelectual, tornando-se uma grande amiga.

Em especial agradeço a todos os mestres que participaram da minha formação acadêmica, cada um com sua contribuição que jamais será esquecida. Não poderia deixar de agradecer aos animais seres puros de coração que se fizeram tão importante nessa fase e é por eles também essa conquista.

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RESUMO

Relatório de Graduação Curso de Medicina Veterinária Departamento de Estudos Agrários

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTORA: KARINE FERNANDES POSSEBON ORIENTADORA: LUCIANE RIBEIRO VIANA MARTINS

Data e Local da Defesa: Ijuí, 04 de dezembro de 2015.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo – UPF localizada na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. O estágio foi realizado no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015, totalizando 150 horas de atividades desenvolvidas com a supervisão interna da Médica Veterinária Gabriela Vicensi da Costa. O estágio teve como objetivo principal aliar os conhecimentos adquiridos durante a graduação com a rotina clínica e cirúrgica encontrada dentro de um Hospital Veterinário de grandes animais, criando a oportunidade do graduando praticar e interagir com o corpo clínico da Universidade, através do acompanhamento de casos clínicos, dos exames solicitados e realizados e condutas terapêuticas mais utilizadas. As atividades desenvolvidas são especificadas em tabelas, bem como os atendimentos clínicos, cirúrgicos e os ambulatoriais. Serão relatados dois casos acompanhados, o primeiro sobre Tétano e o segundo caso sobre Compactação de cólon maior por restrição hídrica e parasitismo intestinal, em equinos. O estágio curricular supervisionado proporcionou um grande crescimento tanto pessoal quanto profissional, criando a oportunidade de interagir com profissionais que já atuam na área há muitos anos, facilitando a troca de conhecimentos, aprimorando os já adquiridos na graduação além de colocá-los em prática.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das atividades desenvolvidas e acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015. ... 9

Tabela 2 - Atendimentos clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015. ... 9

Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos e necropsia acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015. ... 10

Tabela 4 - Solicitações de exames laboratoriais acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015. ... 10

Tabela 5 - Procedimentos ambulatoriais realizados e acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015. ... 11

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 9

3 RELATO DE CASO 1 ... 12

3.1 Tétano em equinos ... 12

4 RELATO DE CASO 2 ... 20

4.1 Compactação de cólon maior por restrição hídrica e parasitismo

intestinal em equino ... 20

5 CONCLUSÃO ... 28

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 29

ANEXOS ... 32

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1 INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado é de suma importância na formação profissional, visto que é o momento em que o conhecimento acadêmico adquirido durante a graduação é reunido e colocado em prática de forma sistemática, proporcionando uma oportunidade ao graduando de preparar-se para o exercício profissional acompanhando a rotina clínica e as ferramentas disponíveis para a sua utilização nos diagnósticos e tratamentos.

O estágio curricular foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, UPF, na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul na área de clínica e cirurgia de grandes animais. O período de estágio foi de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015 totalizando 150 horas. A orientação foi realizada pela MSc. Médica Veterinária Luciane Ribeiro Viana Martins e a supervisão interna pela Médica Veterinária Gabriela Vicensi da Costa.

Em 1986 começou a história do Hospital Veterinário junto com a proposta de criação do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo. Expressou-se a intenção de oferecer oportunidades de atualizações aos profissionais da área, disponibilizando a esses a infraestrutura necessária ao desenvolvimento das áreas clínica e cirúrgica. Além de aliar ao desenvolvimento do agronegócio, da agroindústria e da indústria leiteira na região, valeu-se também da estimativa de crescimento do interesse pela área pet e pela valorização dos animais de estimação.

Em 1996, a criação do curso foi aprovada na Universidade e, a partir desse momento, os esforços se concentraram na busca pela construção do Hospital Veterinário (HV), que em 2000, foi inaugurado. O Hospital Veterinário serve prioritariamente às atividades de ensino da Medicina Veterinária da Universidade. Além de auxiliar alunos, profissionais, pesquisadores e produtores rurais nos diagnósticos e nas pesquisas, é também reconhecido como um apoio para todas as áreas do conhecimento nas ciências veterinárias.

Optou-se por realizar o estágio curricular supervisionado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo na área de grandes animais para obter uma visão mais ampla e prática sobre as possibilidades de tratamentos tanto terapêuticos como cirúrgicos dentro de um hospital para grandes animais, além da utilização dos exames complementares que nem sempre são realizados a campo devido à limitação dos recursos.

O estágio realizado teve como objetivo principal acompanhar os casos clínicos junto à utilização da conduta terapêutica ou cirúrgica mais adequada e evolução dos mesmos dentro de uma rotina clínica estabelecida sempre visando à ética profissional e preconizando o bem

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estar animal. Assim proporcionando a capacitação do graduando de atuar como profissional da área através da aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o processo de formação.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas e acompanhadas no Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária em clínica e cirurgia de grandes animais estão apresentadas resumidamente a seguir na Tabela 1, e especificadas nas Tabelas 2 a 5.

Tabela 1 - Resumo das atividades desenvolvidas e acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015.

Resumo das atividades Total %

Procedimentos ambulatoriais 274 71,9 Solicitação de exames laboratoriais 75 19,7 Ocorrências clínicas 17 4,5 Atendimento cirúrgico e necrópsia 15 3,9

Total 381 100

Tabela 2 - Atendimentos clínicos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015.

Ocorrências clínicas Espécie Total %

Cólica Equina 4 23,5

Laminite Equina 3 17,6 Tétano Equina 2 11,8 Sarcóide Equina 2 11,8 Edema de prepúcio e miíase Equina 1 5,9 Diarreia alimentar Equina 1 5,9 Enterite Equina 1 5,9 Suspeita de doença dos músculos brancos Bovina 1 5,9 Diarreia alimentar Ovina 1 5,9 Urolítiase Ovina 1 5,9

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Tabela 3 - Atendimentos cirúrgicos e necrópsia acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015.

Atendimento cirúrgico e necropsia Espécie Total %

Enterotomia para retirada de enterólitos/ fecalomas Equina 3 21,4 Orquiectomia Equina 2 14,3 Cesariana Equina 1 7,1 Remoção de sarcóide Equina 1 7,1 Necrópsia Equina 1 7,1 Ressecção parcial da muralha do casco Equina 1 7,1 Retirada de tecido de granulação Equina 1 7,1 Debridamento de tecido necrosado Equina 1 7,1 Caudectomia Ovina 2 14,3 Orquiectomia Ovina 1 7,1 Rumenotomia Bovina 1 7,1

Total 15 100

Tabela 4 - Solicitações de exames laboratoriais acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015.

Solicitação de exames laboratoriais Espécie Total %

Exame coproparasitológico de fezes Bovina 23 30,3 Hemograma Bovina 8 10,5 Leucograma Bovina 5 6,6

Ureia Bovina 4 5,3

Creatinina Bovina 4 5,3 Fosfatase alcalina Bovina 4 5,3 Creatinofosfoquinase Bovina 4 5,3 Gama Glutamil Transpeptidase Bovina 4 5,3 Alanino Aminotransferase Bovina 4 5,3 Albumina Bovina 1 1,3 Hemograma Equina 2 2,6 Leucograma Equina 2 2,6 Exame para diagnóstico de Mormo Equina 2 2,6 Exame para Anemia Infecciosa Equina Equina 2 2,6

Ureia Equina 1 1,3

Creatinina Equina 1 1,3 Albumina Equina 1 1,3

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Fosfatase alcalina Equina 1 1,3 Gama Glutamil Transpeptidase Equina 1 1,3 Alanino Aminotransferase Equina 1 1,3

Total 75 100,0

Tabela 5 - Procedimentos ambulatoriais realizados e acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS, no período de 03 de agosto a 04 de setembro de 2015.

Procedimentos ambulatoriais Espécie Total %

Curativos Equina 85 31,0 Aplicação de medicação Equina 67 24,5 Aplicação de medicação Bovina 31 11,3 Coleta de fezes para exame parasitológico Bovina 23 8,4 Coleta de sangue Bovina 12 4,4 Aplicação de medicação Ovina 10 3,6 Crioterapia nos cascos Equina 8 2,9 Sondagem nasogástrica Equina 8 2,9 Eutanásia Equina 5 1,8 Raio-x latero medial da falange distal membro anterior

direito Equina 4 1,5

Raio-x latero medial da falange distal membro anterior

esquerdo Equina 4 1,5

Paracentese Equina 4 1,5 Coleta de sangue Equina 3 1,1 Palpação retal e ultrassonografia Equina 2 0,7 Retirada de pontos Ovina 2 0,7 Transfusão de sangue Bovina 2 0,7 Raio-x latero medial da falange distal membro posterior

direito Equina 1 0,4

Raio-x latero medial da falange distal membro posterior

esquerdo Equina 1 0,4

Retirada de pontos Bovina 1 0,4 Sondagem uretral Ovina 1 0,4

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3 RELATO DE CASO 1

3.1 Tétano em equinos

Karine Fernandes Possebon; Luciane Ribeiro Viana Martins

Introdução

O tétano é uma doença infecciosa que pode ser fatal, causada pela toxina do

Clostridium tetani, bactéria anaeróbia, formadora de esporos e Gram-positiva (GREEN et al.,

1994; RADOSTITS et al., 2010; THOMASSIAN, 2005). O Clostridium tetani é encontrado em todo o mundo e, apesar de habitar o solo, o bacilo também é encontrado nas fezes dos animais. Pela capacidade de formar esporos, ele é muito resistente aos métodos rotineiros de desinfecção (THOMASSIAN, 2005).

Todas as espécies de animais domésticos são susceptíveis ao tétano, sendo o equino a espécie mais sensível. A infecção pode ocorrer como resultado da contaminação de feridas profundas e penetrantes. Nestes locais, formam-se as condições de necrose ideais, permitindo a multiplicação do Clostridium tetani e, posteriormente produção de toxinas. Em alguns casos, não é possível visualizar o ponto de entrada da bactéria, já que o próprio ferimento pode ser pequeno ou estar cicatrizado (GOMES, 2013; KAHN, 2008; OGILVIE, 2000).

Segundo Gomes (2013) e Riet-Correa (2001), a bactéria produz três diferentes toxinas a tetanoespasmina, tetanolisina e toxina não-espasmogênica. A tetanolisina promove a disseminação da infecção ao ampliar a quantidade de necrose tecidual local. A tetanospasmina é uma exotoxina que se difunde, a partir do local de produção, até o sistema vascular, onde se distribui até a área pré-sináptica das placas motoras, interferindo, provavelmente, na liberação de neurotransmissores, glicina e ácido gama aminobutírico (GABA), que provoca hiperexcitabilidade. Supõe-se que os fenômenos autônomos, resultantes da hiperestimulação do sistema nervoso simpático, resultem da atividade da toxina não-espasmogênica.

O período de incubação da doença varia de 10 a 14 dias. Os sinais clínicos observados são rigidez muscular, cauda rígida e afastada do corpo (cauda em bandeira), trismo com limitação do movimento da mandíbula, prolapso de terceira pálpebra, espasmos musculares generalizados, hiperestesia, convulsões e morte por parada respiratória (GREEN et al., 1994; RADOSTITS et al., 2010; SMITH, 2006; THOMASSIAN, 2005).

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O diagnóstico é realizado com base nos sinais clínicos encontrados que são característicos, pois a concentração de toxina tetânica no sangue é geralmente muito baixa para ser detectada. Pode também se tentar isolar a bactéria do ferimento utilizado como suposta porta de entrada da bactéria no organismo do animal (KAHN, 2008; RADOSTITS et al., 2010; SMITH, 2006).

A taxa de mortalidade pode chegar a 50% em bovinos e 80% em equinos e a velocidade de progressão dos sinais clínicos está diretamente relacionada ao prognóstico. A utilização correta de um programa de vacinação para conferir imunidade aos animais é o manejo ideal para a prevenção da enfermidade, além dos cuidados com a higiene e antissepsia nos procedimentos realizados (KAHN, 2008; SMITH, 2006).

O objetivo deste trabalho é relatar dois casos de tétano em equinos acompanhados durante estágio curricular supervisionado realizado no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo.

Metodologia

Dois equinos sem raça definida, uma fêmea e um macho, foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo. A fêmea com 23 anos, pesando 370kg, de pelagem alazã, foi encaminhada para atendimento. A principal queixa do proprietário era o fato do animal não estar se alimentando. Na anamnese o proprietário informou que o animal estava solto em um piquete onde recebia alimentação exclusivamente de pasto verde, com acesso livre a água não existindo histórico de vacinação e everminação. Ao exame clínico foram observados sinais neurológicos como prolapso de terceira pálpebra, rigidez muscular, cola em bandeira, além de um corte na região da cabeça, próximo ao occipital. Os parâmetros fisiológicos foram aferidos as frequências cardíaca e respiratórias estavam um pouco aumentadas.

Então, devido aos sinais característicos da doença aliado a existência da porta de entrada para a bactéria se chegou ao diagnóstico presuntivo de tétano. Foi instituído tratamento com dimetilsulfóxido (DMSO)1 na dose de 0,25g/kg em uma solução a 10% duas vezes ao dia (B.I.D), flunixin meglumine2 na dose de 0,25mg/kg três vezes ao dia (T.I.D), fenilbutazona3 na dose de 2,2 mg/kg (B.I.D), soro antitetânico4 no volume de 10.000 UI (B.I.D), dexametasona5 na dose de 0,11 mg/kg uma vez ao dia (S.I.D), diazepam6 na dose de 0,05 mg/kg a cada duas horas, metronidazol7 na dose de 15 mg/kg (B.I.D) todos

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administrados por via intravenosa e aporte de fluidoterapia com 10 litros de solução fisiológica de cloreto de sódio (NaCl) 0,9%8, 10 litros de ringer lactato de sódio9 e 2 litros de glicose 5%10. Esse tratamento durou quatro dias, mas o animal não apresentou melhora, apenas observou-se o agravamento dos sinais clínicos, então se optou pela eutanásia.

O segundo paciente atendido foi um equino, macho, de 9 anos, pesando 430kg, apresentando apenas sinais de cólica, sem lesões aparentes. No primeiro momento realizou-se o exame clínico, onde a frequência cardíaca se encontrava em 68 batimento por minuto, a frequência respiratória em 56 movimentos respiratórios por minuto, os movimentos intestinais estavam diminuídos, a mucosa estava rosada e a temperatura retal 37°C. Foi realizada a sondagem nasogástrica e a retirada do conteúdo do estômago, este animal recebeu 12 ml intravenoso de analgésico composto de hioscina e dipirona11 e aporte com fluidoterapia, o mesmo apresentava fezes com muco e salivação em excesso além de dificuldade de permanecer em estação.

Na manhã seguinte foi realizada uma nova avaliação, constatando sinais evidentes de tétano como prolapso de terceira pálpebra, rigidez muscular, sensibilidade a estímulos e aumento dos reflexos e com o passar do dia apresentou trismo, assumindo uma posição de cavalete com a base da cauda elevada. Foi instituído tratamento com uma dose de vacina antitetânica12, fenilbutazona3 na dose de 2,2 mg/kg (B.I.D), flunixin meglumine2 na dose de 0,25 mg/kg (T.I.D), metronidazol7 na dose de 15mg/kg (B.I.D), soro antitetânico4 no volume de 20.000 UI (B.I.D), diazepam6 na dose de 0,05 mg/kg a cada 4 horas, dexametasona5 na dose de 0,11 mg/kg ml (S.I.D), xilazina13 na dose de 0,5 mg/kg quando necessário, todos os medicamentos foram administrados por via intravenosa, além de fluidoterapia com 10 litros de solução fisiológica de NaCl a 0,9%8, 10 litros de ringer lactato de sódio9 e 2 litros de glicose a 5%10. O caso teve evolução de 48 horas, o animal apresentou decúbito e foi necessária a eutanásia. A necropsia foi realizada e não foram encontradas lesões.

Ambos pacientes quando diagnosticados foram colocados em baias escuras e isoladas, além de tampões de algodão nos ouvidos para evitar a estimulação desses animais e a eles não foi fornecido alimento nem água, pois não estavam em condições de ingestão.

Resultados e discussões

A porta de entrada para a bactéria é geralmente uma ferida perfurante profunda. Nos equinos feridas perfurantes nos cascos são locais mais comuns de penetração do Clostridium

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tetani proporcionando um ambiente anaeróbio adequado (RADOSTITS et al., 2010; SMITH,

2006). Nos casos acompanhados a fêmea possuía claramente a porta de entrada da bactéria, na região do occipital apresentava uma ferida profunda, já o macho não possuía nenhuma lesão que pudesse caracterizar o local da infecção pelo Clostrdium e mesmo depois na necropsia não foi encontrada. Segundo Radostits et al., (2010), existe a possibilidade de surtos de tétano idiopático que ocorrem sem evidências de feridas aparentes, associado ao consumo de alimentos grosseiros, sendo provável a produção de toxinas em feridas na boca ou no trato gastrointestinal.

O período de incubação do tétano varia de três dias a algumas semanas, podendo ocorrer casos eventuais de alguns meses após a introdução da infecção. Os sinais clínicos são semelhantes em todas as espécies, inicialmente há um aumento na rigidez muscular, acompanhada de tremor e os animais tornam-se relutantes em se locomover, apresentam rigidez do pescoço e membros posteriores. Um a três dias depois, aparecem contrações musculares generalizadas o que faz com que altere a frequência cardíaca e respiratória. A cabeça e pescoço ficam estendidos, a cauda levantada projetando-se para fora da fossa isquiorretal e os membros assumem uma posição de cavalete, com a evolução da doença, há trismo com limitação dos movimentos da mandíbula, diafragma e prolapso de terceira pálpebra. Estímulos sensoriais podem causar reação com aumento das contrações tônicas levando o animal à queda (GOMES, 2013; KAHN, 2008; RADOSTITS et al., 2010; SMITH, 2006).

A maioria desses sinais foi encontrada em ambos os casos acompanhados, variando apenas no tempo de evolução do quadro clínico, pois o primeiro animal apresentou os sintomas clássicos da doença foi diagnosticado e já se iniciou o tratamento. Já o segundo paciente chegou com a queixa principal de cólica sem sinais nervosos e lesão aparente o que num primeiro momento dificultou e atrasou o diagnóstico de tétano, assim protelando o tratamento correto. Em estudos relatados por Raymundo (2010) e Smith (2006) equinos afetados por tétano também poderão desenvolver cólica, assim como o segundo equino atendido.

O diagnóstico para a enfermidade pode ser presuntivo baseado em sinais clínicos, no contexto de um histórico de vacinação deficiente contra o tétano (STRINGER, 2014). Segundo Radostits et al., (2010), nenhum teste ante-mortem tem valor para confirmação do diagnóstico, a concentração da toxina tetânica no sangue é geralmente muito baixa para ser detectada. Alguns autores acreditam que pode ser feita a tentativa de isolamento do

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Clostridium tetani, com o material colhido do suposto local de penetração da bactéria

(KAHN, 2008; SMITH, 2006). A tetanoespasmina pode ser detectada, através do bioensaio em camundongos segundo Gomes (2013) e Green et al., (1994). Em ambos os casos acompanhados o diagnóstico foi realizado com base somente nos sinais clínicos característicos da doença, no caso da fêmea aliado a porta de entrada para bactéria.

O tratamento da doença tem alguns fundamentos importantes como eliminar a bactéria produtora de toxina, neutralizar a toxina residual, controlar os espasmos musculares até a toxina ser eliminada ou destruída, manter a hidratação e nutrição, e a instituição do tratamento de suporte (RADOSTITS et al., 2010; SMITH 2006).

Sabe-se que o Clostridium tetani se multiplica em locais avascularizados e por isso, a infecção é eliminada mais eficientemente com a realização da debridamento cirúrgico da área acometida. Entretanto, a maioria dos autores indica a utilização de antibióticos como penicilina tanto no local do ferimento, como intravenosa para a eliminação da fonte de produção da toxina (GREEN et al., 1994; PEDROSO et al., 2012; RIET-CORREA, 2001; SILVA, 2010; SMITH, 2006; THOMASSIAN, 2005). Nos casos acompanhados não foi utilizado penicilina como a maioria dos estudos indicam, e sim metronidazol. Faria et al., (2014) e Naranjo & Rojas (2014) em seus relatos também utilizaram esse antibiótico na terapêutica do tétano em equinos associado a penicilina, e obtiveram bons resultados recuperando os animais tratados, o primeiro autor utilizou por via intravenosa na dose de 15 mg/kg sendo a mesma dose utilizada nos casos relatados e o segundo utilizou por via oral. Ogurin (2009), relata a eficiência do metronizadol, pois em estudos comparando a utilização da penicilina com o metronidazol, se obteve uma maior taxa de sobrevivência e menor tempo de internação no grupo que utilizou o metronidazol.

Com relação a doses do soro antitetânico não se tem um padrão estabelecido, variando de 5.000 UI até 300.000 UI. Sua aplicação pode ser pela via intravenosa e/ou a aplicação intratecal, pois a aplicação do soro antitetânico por via intravenosa não atravessa a barreira hematoencefálica e tem efeito apenas nas toxinas que estão circulantes que ainda não ligaram-se aos receptores no sistema nervoso central. Além disso, também existem relatos da utilização de tranquilizantes para a sedação e alívio dos espasmos musculares (GREEN et al., 1994; RIET-CORREA, 2001; REICHMANN, 2008; SMITH, 2006; THOMASSIAN, 2005).No presente relato em ambos os casos foi utilizada a aplicação de soro antitetânico embora em doses diferentes, apenas por via intravenosa, concordando com alguns dos autores

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mencionados, porém, as doses utilizadas estão em desacordo com as recomendadas pelo fabricante, de 100.000 a 300.000 UI/animal (SORO ANTITETÂNICO, 1997). No segundo paciente ainda foi utilizada a vacina antitetânica no primeiro dia de tratamento, o que também foi utilizado por Green et al. (1994), que com essa prática observou nos pacientes que morreram um maior tempo de internação, sugerindo que esta prática aumentou o tempo de sobrevivência desses animais. Relata também que nem sempre são necessárias altas doses de soro antitetânico, justificando com a melhora de animais que foram tratados com baixas doses concordando assim com as doses utilizadas neste trabalho. Além disso, Green et al., (1994) e Radostits et al., (2010) também relatam a utilização de diazepam (0,01 a 0,4 mg/kg) e xilazina (0,5 a 1 mg/kg) como tranquilizantes, assim como administrado em ambos os casos acompanhados.

Arrivabene et al., (2014) utilizou em sua terapêutica para tratamento de suporte em um equino com tétano DMSO1, flunixin meglumine2 e dexametasona5 que também foram utilizados nos casos relatados. Segundo Papich (2009), o DMSO1 é utilizado em equinos com lesões no sistema nervoso central, o flunixin meglumine2 neste relato foi utilizado em uma dose baixa, de 0,25 mg/kg que segundo o mesmo autor é utilizada como tratamento adjunto da sepse pois inibe a síntese de prostaglandina, e a dexametasona5 foi utilizada pela sua ação antiinflamatória.

O curso clínico e o prognóstico dependem do estado imunológico do animal, da vacinação prévia, da dose de toxina produzida e absorvida e da duração e disponibilidade de tratamento (GREEN et al., 1994). Nos casos acompanhados, a doença apresentava-se em fase avançada e, além disso, o estado imunológico dos animais não era conhecido.

Um longo período de incubação geralmente é associado a uma síndrome moderada, de curso longo e prognóstico favorável. Nos casos em que existe a recuperação ela é lenta, e a rigidez desaparece progressivamente. Quando os sinais progridem rapidamente, o prognóstico é desfavorável (RADOSTITS et al., 2010; SMITH, 2006), como os casos acompanhados.

Segundo Radostits et al., (2010), pode-se evitar a maioria dos casos de tétano mediante adequadas medidas de desinfecção dos equipamentos e antissepsia da pele no momento dos procedimentos. Além da utilização de vacinação dos animais que induzem a imunidade de longa duração e aplicação preventiva de soro antitetânico em equinos que

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tiverem feridas propensas ao aparecimento da doença. Prevenção essa que acredita-se não ter ocorrido em nenhum dos dois casos acompanhados.

Conclusão

Com o presente relato pode-se perceber que apesar de o tétano ser uma doença conhecida, que pode ser prevenida ele ainda se faz presente entre os animais domésticos, sendo uma das causas de mortalidade entre os equinos. Quando o caso evolui rapidamente ou os sinais clínicos já estão avançados é difícil obter a recuperação do animal através do tratamento terapêutico. A melhor forma de controle ainda é a prevenção, através da vacinação dos animais e o cuidado com a higiene e limpeza dos ferimentos.

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4 RELATO DE CASO 2

4.1 Compactação de cólon maior por restrição hídrica e parasitismo intestinal em equino

Karine Fernandes Possebon; Luciane Ribeiro Viana Martins

Introdução

A doença gastrintestinal, que produz sinais de dor abdominal em equinos, é comumente referida como cólica. A síndrome cólica é uma causa frequente e importante de morte, sendo considerada a enfermidade de equinos de maior ocorrência (COHEN et al., 1999; RADOSTITS et al., 2010). A dor intensa provoca alterações no comportamento dos equinos que auxiliam no reconhecimento de um episódio de Síndrome Cólica. Eles passam a ter atitudes que indicam esta dor, como deitar e levantar constantemente, se jogar no chão e rolar sem maiores cuidados ou apresentam dificuldade de locomoção (LARANJEIRA & ALMEIDA, 2008).

Várias podem ser as causas da cólica como a dieta, infecções, parasitismo, ulceração, obstruções ou deslocamentos de vísceras. A maioria dos casos leves de cólica não tem a causa conhecida, e frequentemente, não se pode determinar qual a localização do trato gastrointestinal que causou a dor (WHITE, 1999). Algumas classificações podem ser feitas, pois cada área anatômica do sistema digestório apresenta os tipos principais de alterações. Dentre as doenças do intestino grosso, destacam-se as torções, os deslocamentos, as compactações e as obstruções por corpos estranhos ou enterólitos (CORRÊA et al., 2006).

A compactação no cólon maior ocorre pelo acúmulo de digesta que resseca, em qualquer segmento do cólon maior, resultando em obstrução total ou parcial ao livre trânsito intestinal. As condições predisponentes para a compactação são a quantidade e qualidade do alimento volumoso e a disponibilidade de água, além do parasitismo intestinal (THOMASSIAN, 2005).

Segundo Laranjeira & Almeida (2008), a multiplicidade das causas, a complexidade dos casos clínicos e o alto índice de insucesso nos tratamentos, principalmente daqueles que demandam procedimentos cirúrgicos, são apenas algumas das dificuldades na resolução dos casos de cólica em equinos. Para o controle desta afecção são recomendadas correções no

(22)

manejo alimentar, o controle parasitário e a adoção de cuidados dentários (RADOSTITS et al., 2010).

O objetivo deste trabalho é relatar um caso de compactação do cólon maior provavelmente causada por restrição hídrica e parasitismo intestinal que teve correção cirúrgica, acompanhado durante estágio curricular supervisionado.

Metodologia

Uma égua, de quatro anos de idade, pesando 400 kg, da raça crioula, de pelagem colorada foi encaminhada até o Hospital Veterinário com sinais de desconforto abdominal. Conforme a anamnese com o proprietário, no dia anterior a égua apresentava sinais de dor e inquietação e até o movimento de rolar, o animal alimentou-se apenas de pasto e não quis comer a aveia e a ração fornecida e as fezes estavam ressecadas. Também foi informado que o animal tinha acesso restrito à água.

No exame clínico, a frequência cardíaca estava em 80 batimentos por minuto e a respiratória 24 movimentos por minuto, as mucosas estavam congestas, não havia movimentos intestinais, a temperatura retal 37,9ºC e ainda apresentava uma desidratação leve. A égua apresentava distensão abdominal bilateral. Na palpação retal pode-se perceber distensão das alças intestinais, e na paracentese o líquido abdominal coletado apresentava-se na coloração amarelo palha. Na sondagem nasogástrica retirou-se aproximadamente 30 litros de conteúdo gástrico composto por pasto digerido e fermentado com odor forte.

Após o exame clínico foi então instituída a fluidoterapia com solução fisiológica de cloreto de sódio (NaCl) 0,9%8 e 20 ml de analgésico composto por hioscina e dipirona11 via intravenosa, a avaliação dos parâmetros era realizada a todo momento, como não se obteve melhora da distensão abdominal, optou-se então pelo tratamento cirúrgico.

Na realização da laparatomia exploratória encontraram-se alterações como a compactação do colón maior e foram necessárias três enterotomias também no colón maior na região da flexura pélvica e cólon dorsal para retirada de quatro fecalomas, que tinham o núcleo formado por larvas do parasita Parascaris equorum.

As medicações prescritas foram enrofloxacina15 na dose de 5mg/kg uma vez por dia (S.I.D), gentamicina16 6,6 mg/kg (S.I.D), metronidazol7 15mg/kg (T.I.D), meloxicam17 0,6 mg/kg duas vezes por dia (B.I.D), flunixin meglumine2 de 0,25 mg/kg (T.I.D), todas por via

(23)

intravenosa, heparina18 60 UI/kg (B.I.D) via subcutânea e por via intramuscular 2 mg/kg de meperidina19 (B.I.D).

Após a realização do procedimento cirúrgico que durou em torno de três horas a paciente se recuperou da anestesia e passou a receber aporte de fluidoterapia. Por ela apresentar hipomotilidade intestinal foi necessária a administração de 0,022mg/kg de neostigmina20 via subcutânea além de infusão contínua de 1,3mg/kg de lidocaína21 diluída em um litro de solução fisiológica de NaCl 0,9%8. Durante esse processo o animal apresentava refluxo pela sonda nasogástrica e junto ao refluxo expeliu alguns exemplares do parasita

Parascaris equorum.

Passadas 24 horas da cirurgia não se observou melhora no quadro clínico do animal, sendo necessário a eutanásia que foi realizada com xilazina13 na dose de 1mg/kg, cetamina14 na dose de 2mg/kg e diazepam6 0,05 mg/kg via intravenosa e com 60 ml de lidocaína21 na cisterna magna. Na necropsia foram observadas as seguintes alterações: o peritônio encontrava-se hiperêmico e congesto principalmente nas alças intestinas e com aderências entre elas. Foram encontrados exemplares de Parascaris equorum no estômago e intestino delgado. No intestino grosso foram encontrados mais dois fecalomas, nas serosas uma severa hiperemia, congestão e hemorragia, presença de conteúdo alimentar na cavidade seguida de uma ruptura intestinal no colón maior onde havia pus e fibrina na serosa com aderência entre as alças intestinais. O provável diagnóstico é que o animal estivesse com uma peritonite severa e estava entrando em choque séptico devido à ruptura de alça intestinal.

Resultados e discussão

Alguns estudos identificaram uma série de fatores que estão associados ao aumento do risco de cólica incluindo carga parasitária, alimentação, falta de acesso a pasto e água, exercício e transporte (ARCHER & PROUDMAN, 2005; COHEN et al., 1999). No presente relato o acesso restrito a água e a presença de parasitas podem ter sido os fatores relacionados com o episódio de cólica, além dos fecalomas, visto que não existia histórico de mudanças recentes no manejo do animal.

Radostits et al., (2010) relata que existem várias formas de classificar a cólica equina, tais como um método baseado na doença, que classifica a causa de cólica como obstrutiva, obstrutiva e estrangulante, infartante não-estrangulante e inflamatória. Dentro da cólica obstrutiva temos a compactação do cólon maior. As compactações são afecções mais comuns

(24)

de abdômen agudo, sendo caracterizadas pela distensão intestinal decorrente da estagnação do bolo fecal no intestino, podendo ocorrer mais comumente no ceco ou cólon (DANEZE, 2015).

Segundo Thomassian (2005), a compactação no cólon maior de equinos pode ocorrer devido a várias condições predisponentes entre elas a qualidade e quantidade de alimento volumoso e a disponibilidade de água além de parasitismo intestinal, fatores esses que foram encontrados no presente relato, visto que o animal tinha acesso restrito à água e parasitas foram encontrados. O cavalo olha para o flanco com frequência, apresenta tenesmo, pateia o solo e pode até rolar, sinais clínicos que foram apresentados pela égua desde o dia anterior da internação. O abdômen vai estar abaulado bilateralmente quando estiver comprometendo todos os segmentos do colón maior. A palpação retal pode indicar que o reto encontra-se vazio, ou com fezes escassas, ressecadas ou cobertas por muco, o colón pode estar distendido. Os exames do líquido peritoneal praticamente não demonstram resultados anormais (KAHN, 2008; SMITH, 2006). Todos esses indícios foram encontrados na paciente, ela apresentava distensão das alças intestinais na palpação retal e fezes ressecadas, distensão bilateral no exame visual e na paracentese se obteve líquido com coloração amarelo palha. Além disso, foram encontrados parasitas Parascaris equorum no refluxo nasográstrico, o que é relatado, em impactação por ascarídeo em equinos jovens (KAHN, 2008).

O diagnóstico rápido e preciso é fundamental para a sobrevivência do equino, e é uma das maiores dificuldades porque os fatores que causam o distúrbio da cólica são muitos e variam de caso para caso (CAMPELO & PICCININ, 2008). No entanto, no caso clínico acompanhado o animal já chegou ao Hospital Veterinário no mínimo 12 horas depois dos primeiros sinais clínicos apresentados, com um quadro avançado de dor, com distensão abdominal e não respondendo à terapêutica e não sendo possível estabelecer um diagnóstico, então encaminhando o paciente para a laparatomia exploratória.

O tratamento clínico de equinos com compactação envolve administração de analgésicos conforme necessário e fluidoterapia. Se não houver a resolução e o equino passar a apresentar dor incontrolável, distensão gasosa do colón, aumento da frequência cardíaca e ausência dos movimentos intestinais indica-se a intervenção cirúrgica (KAHN, 2008; RADOSTITS et al., 2010; SMITH, 2006; WHITE II, 2005). Conduta essa adotada com a paciente deste relato, a partir do momento em que ela passou a não responder a terapia com analgésicos e aumentou a distensão abdominal.

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Quando o animal foi submetido à cirurgia foram encontrados quatro fecalomas que provavelmente evoluiriam para enterolítos, onde o núcleo destes era formado por larvas do parasita Parascaris equorum. Durante a cirurgia o cólon foi esvaziado por enterotomia na flexura pélvica como é indicado por Kahn (2008) e Smith (2006). Pelo mesmo acesso foram retirados dois fecalomas, sendo necessárias mais duas enterotomias, uma próxima a flexura pélvica e outra no cólon dorsal para retirar os outros dois fecalomas. Segundo Radostits et al., (2010), na obstrução simples a distensão pode ser causada pela presença de concreções como fecalomas, enterólito, corpo estranho no cólon maior, concordando com o presente relato, onde havia fecalomas que poderiam ser responsáveis pela distensão das alças intestinais.

O Parascaris equorum é o parasita mais patogênico de equídeos jovens, a infecção ocorre após a ingestão de ovos embrionados do ambiente que eclodem no intestino delgado do hospedeiro. As larvas penetram na mucosa intestinal e migram para o fígado e os pulmões. Elas, então, migram até a árvore brônquica, são engolidas, e se desenvolvem em ascarídeos adultos e maduros no intestino. A parasitose pode causar no hospedeiro o crescimento deficiente, perda de peso, cólica e posterior morte por impactação ou perfuração no intestino delgado, pois os parasitas podem causar obstrução do lúmen intestinal. A maioria dos cavalos torna-se imune durante o primeiro ano de vida, de modo que infecções por ascarídeos raramente são diagnosticados em cavalos com mais de dois anos de idade (FORTES, 2004; KAHN, 2008; REINEMEYER, 2009).

No caso acompanhado o animal tinha quatro anos de idade e possuía a presença deste parasita, sugerindo uma possível resistência das defesas imunológicas e também do anti-helmíntico utilizado, no entanto apresentava bom escore corporal sem indícios de desenvolvimento deficiente. Segundo a literatura a maior ocorrência de impactação por ascarídeos é em animais com menos de dois anos de idade e ocorre no intestino delgado diferindo do caso acompanhado, porém sugerindo que a presença do Parascaris equorum auxiliou para a ocorrência da compactação, mas com sua causa provável sendo a restrição hídrica, que levou a formação dos fecalomas com o núcleo formados pelas larvas.

Com relação ao tratamento, segundo Radostits et al., (2010), os antibióticos são frequentemente administrados em equinos com cólica grave devido à suposta bacteremia. Os antibióticos recomendados devem ter um amplo espectro, atuando em bactérias Gram-negativas e positivas, bem como em bactérias anaeróbicas. Um tratamento apropriado consiste em um aminoglicosídeo e uma penicilina combinados a metronidazol. No caso acompanhado

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foi administrado a gentamicina16 que é um aminoglicosídeo junto com o metronidazol7, além da enrofloxacina15 que é um antibiótico de amplo espectro e é utilizada para infecção de tecidos moles em equinos (PAPICH, 2009).

Além disso, também foram utilizados o flunixin meglumine2 que em dose menor é auxiliar em casos de sepse, o meloxicam17 como antinflamatório, como analgésico foi utilizada a meperidina19 que tem ação similar a morfina, mas produz menores efeitos sobre a motilidade do trato gastrointestinal. Após a cirurgia para reestabelecer a motilidade intestinal foram utilizadas a lidocaína21 em infusão contínua que é analgésico, antinflamatório, utilizado para o tratamento da hipomotilidade intestinal e a neostigmina20, que aumenta a motilidade do cólon maior, no entanto com relatos de ruptura do cólon ao redor da compactação em alguns casos (PAPICH, 2009; RADOSTITS et al., 2010).

Com relação a isso, pode-se sugerir que a ruptura encontrada no cólon maior após a cirurgia possa ter ocorrido em decorrência da existência de dois fecalomas, que não foram encontrados e retirados cirurgicamente, que só foram encontrados na necrópsia, aliados a utilização da neostigmina20, fatos que levaram o animal a peritonite e ao choque séptico. Papich (2009) não recomenda sua utilização quando se tem obstrução do trato gastrointestinal. Segundo Radostits et al., (2010), a motilidade gastrintestinal ausente é associada distensão do cólon maior por líquido e gás e causa dor intensa, podendo provocar ruptura do mesmo. Em casos fatais de cólica, nos quais a víscera afetada se rompe secundariamente à distensão e a morte se deve a absorção sanguínea de toxinas do lúmen intestinal. O extravasamento de bolo alimentar ou de conteúdo fecal na cavidade peritoneal causa choque e morte dentro de poucas horas. Fatos esses que ocorreram após a cirurgia, onde o animal passou a apresentar sinais de dor intensa sem movimentos intestinais e as mucosas congestas sugerindo a possível ruptura que foi confirmada na necropsia.

Quando há ruptura intestinal nota-se início repentino de choque e toxemia, a dor aguda que o precedeu desaparece e o equino torna-se apático e imóvel. Os estágios terminais, após a ruptura do intestino, ou devido à toxemia intensa, são muito dolorosos. O equino pode ficar em decúbito, porém muitos deles continuam em estação até os últimos minutos. A respiração apresenta-se soluçante, nota-se tremor muscular e transpiração abundante. A eutanásia deve ser realizada antes que esse estágio seja alcançado (RADOSTITS et al., 2010). No caso acompanhado o animal passou pelos sinais de dor intensa sem os movimentos intestinais,

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quando a paciente apresentou apatia e mucosas congestas foi decidido pela eutanásia, ele não chegou a apresentar nenhum desses outros sinais agonizantes relatados.

A taxa de sobrevivência de equinos submetidos à cirurgia depende da natureza da afecção, localização e duração da doença. As taxas variam de 50 a 75%, retornando aproximadamente dois terços dos equinos ao seu desempenho normal (RADOSTITS et al., 2010). Segundo Plummer (2009), o prognóstico é melhor para os cavalos tratados apenas com medicamentos do que para aqueles tratados cirurgicamente. Neste relato, não foi possível o sucesso da cirurgia devido à ruptura do cólon maior que ocorreu após o procedimento realizado.

A prevenção de episódios de cólica pode ser realizada com atenção a fatores como manejo alimentar, acesso à água, tratamento dentário, controle parasitário adequado. No entanto a maioria dos casos de cólica não atribuíveis aos parasitas ou aos fatores alimentares não pode ser evitada (KAHN, 2008; RADOSTITS et al., 2010).

Conclusão

Diante do acesso restrito a água e a um suposto programa de vermifugação deficiente o animal apresentou o quadro de compactação do cólon maior e a presença dos fecalomas, que precisaram de correção cirúrgica. No entanto, não foi possível a retirada cirúrgica de todos os fecalomas, sendo que os remanescentes podem ter sido responsáveis pela ruptura no cólon maior que levou o animal a endotoxemia, sendo necessária a eutanásia.

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5 CONCLUSÃO

O estágio curricular supervisionado foi muito importante para a formação acadêmica, complementando o conhecimento que foi adquirido durante a graduação. Além de trazer oportunidades para o acadêmico de ter experiências práticas dentro de um Hospital Veterinário para grandes animais, aprendendo a prezar sempre a ética profissional e o bem estar dos animais nas escolhas dos tratamentos terapêuticos e cirúrgicos. Ainda o estágio permitiu ter acesso à boa parte de ferramentas e tecnologias em diagnósticos e tratamentos que muitas vezes não se tem acesso a campo. Mas pode-se perceber que com materiais e conhecimentos adequados pode-se fazer um bom trabalho a campo também.

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WHITE, B. The Epidemiology Of Colic. In: The Horse Media Group LLC. 1999. Disponível em: http://www.thehorse.com/articles/10336/the-epidemiology-of-colic. Acesso em: 15 set. 2015.

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ANEXOS

Fontes de aquisição

1. Dimesol ® injetável. Marcolab. Ernesto Ferreira Alegria, 35, Duque de Caxias – RJ. 2. Banamine ® injetável. MDS Saúde Animal. Av. Sir Henry Wellcome, 335 - Moinho

Velho - Cotia – SP

3. Equipalazone ®. Marcolab. Ernesto Ferreira Alegria, 35, Duque de Caxias – RJ. 4. Soro Antitetânico Liofilizado. Lema Injex Biologic. Av. Mario Fonseca Viana, n°

800-A, Vespasiano – MG.

5. Dexaflan®. Lema Injex Biologic. Av. Mario Fonseca Viana, n° 800-A, Vespasiano – MG.

6. Dizepam genérico injetável. União Química Farmacêutica Nacional S/A. Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90, Embu-Guaçu – SP.

7. Metronidazol genérico solução injetável. Isofarma Industria Farmacêutica LTDA - Rua Manoel Mavignier, 5000 – Precabura Eusébio – CE.

8. Solução Fisiológia de Cloreto de Sódio 0,9%. Eurofarma Laboratórios S.A - Av. Ver. José Diniz, 3465, Campo Belo, São Paulo - SP

9. Ringer lactato de sódio. Laboratório Sanobiol Ltda. Av. das Quaresmeiras, 451 - Distrito Industrial, Pouso Alegre – MG.

10. Glicose 5%. Laboratório Sanobiol Ltda. Av. das Quaresmeiras, 451 - Distrito Industrial, Pouso Alegre – MG.

11. Buscofin®. Agener União Saúde Animal. Av. dos Bandeirantes, Planalto Paulista, São Paulo – SP.

12. Tetanovac ®. Lema Injex Biologic. Av. Mario Fonseca Viana, n° 800-A, Vespasiano – MG.

13. Anasedan ®. Ceva Saúde Animal Ltda - Rua Manoel Joaquim Filho, 303, Paulínia – SP.

14. Dopalen®. Ceva Saúde Animal Ltda - Rua Manoel Joaquim Filho, 303, Paulínia – SP. 15. Zelotril® 10%. Agener União Saúde Animal - Av. dos Bandeirantes - Planalto

Paulista - São Paulo – SP.

16. Gentamicin ®. Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda. Av. Brasil Norte, 1255, Anápolis – GO.

17. Maxicam® 2%. Ouro fino. Rod. Anhanguera, s/n - Distrito Industrial, Cravinhos – SP.

18. Heparin ®. Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. Rodovia Itapira-Lindóia, Km 14 - Itapira – SP.

19. Dolantina ®. Sanofi Aventis Farmacêutica Ltda. Rua Conde Domingos Papaiz, 413 - Vila Areião, Suzano – SP.

20. Prostigmine ®. Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A. Estrada dos Bandeirantes, 2020 - Rio de Janeiro – RJ.

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21. Cloridrato de lidocaína genérico injetável. Hypofarma. Rua Dr. Irineu Marcellini, 303, Bairro São Geraldo Ribeirão das Neves – MG.

Referências

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