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Proposição de um sistema de custos, formação de preços e análise de recursos na produção de secadores de grãos

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Aline Estefanio de Souza

PROPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTOS, FORMAÇÃO

DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADOS NA PRODUÇÃO

DE SECADORES DE GRÃOS

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUI (RS)

2012

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Aline Estefanio de Souza

PROPOSIÇÃO DE UM SISTEMA DE CUSTOS, FORMAÇÃO

DE PREÇOS E ANÁLISE DE RESULTADOS NA PRODUÇÃO

DE SECADORES DE GRÃOS

Trabalho apresentado para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, junto a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Profª Orientadora: Ms. Eusélia Paveglio Vieira

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LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS

Figura 1: Organograma da empresa...9

Figura 2: Desenho do secador de grãos completo ...38

Gráfico 1: Tempo ocupado para a produção do equipamento em relação ao tempo disponível (minutos)...43

Gráfico 2: Participação dos custos do equipamento ...50

Gráfico 3: Participação dos custos das partes do equipamento na composição do produto final...51

Gráfico 4: Participação dos custos do equipamento pelo método de custeio variável ...52

Gráfico 5: Comparativo entre os métodos de custeio por absorção e custeio variável ...53

Gráfico 6: Comparativo entre PV Orientativo, o PV Mínimo e o PV Praticado...56

Gráfico 7: Margem de Contribuição em Percentual...58

Gráfico 8: Comparativo entre o PE orientativo e o PE praticado...60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Base para Cálculo do Custo com Pessoal...19

Quadro 2: Número de horas que o trabalhador oferece a empresa...19

Quadro 3: Paralelo entre os sistemas por Ordem de produção e por Processo... .24

Quadro 4: Custeamento variável x Custeamento por absorção...27

Quadro 5: Apuração dos custos dos Materiais Diretos ...40

Quadro 6: Apuração dos custos da Mão de Obra Direta ...41

Quadro 7: Tempo disponível para produção ...42

Quadro 8: Cálculo da Mão de Obra por minuto ...42

Quadro 9: Distribuição do tempo em minutos da produção no mês de Outubro de 2012 ...43

Quadro 10: Custo total da Mão de Obra Direta ...44

Quadro 11: Cálculo do Custo da Mão de Obra Indireta ...45

Quadro 12: Cálculo da Depreciação Mensal ...46

Quadro 13: Cálculo dos Custos Indiretos de produção ...46

Quadro 14: Cálculo do Custo Indireto Fixo do Equipamento ...48

Quadro 15: Cálculo do Custo Indireto Variável ...49

Quadro 16: Apuração do Custo Total pelo Método por Absorção ...50

Quadro 17: Apuração do custo total pelo método de custeio variável ...52

Quadro 18: Composição das taxas para formação do Mark-up ...54

Quadro 19: Cálculo do Preço de Venda ...55

Quadro 20: Cálculo do Preço de Venda Mínimo ...55

Quadro 21: Comparativo entre Pv Orientativo, PV Mínimo e PV Praticado ...56

Quadro 22: Cálculo da Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Orientativo 57 Quadro 23: Cálculo da Margem de Contribuição pelo Preço de Venda Praticado ..57

Quadro 24: Ponto de Equilíbrio pelo Preço de Venda Orientativo ...59

Quadro 25: Ponto de Equilíbrio pelo Preço de Venda Praticado ...59

Quadro 26: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Orientativo 60 Quadro 27: Margem de Segurança Operacional com Preço de Venda Praticado ..61

Quadro 28: Apuração do Resultado pelo Preço de Venda Orientativo ...62

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS ... 3

LISTA DE QUADROS ... 4 1 INTRODUÇÃO ... 7 1.1 Tema ... 8 1.2 Caracterização da Organização ... 8 1.3 Problematização ... 10 1.4 Objetivos ... 11 1.4.1 Objetivo Geral ... 11 1.4.2 Objetivos Específicos ... 11 1.5 Justificativa ... 11 2. REFERENCIAL TEÓRICO ... 13 2.1 Contabilidade ... 13 2.2 Contabilidade de custos ... 14

2.3 Classificação Dos Custos ... 16

2.4 Custos Com Pessoal ... 18

2.5 Custos com Depreciação ... 20

2.6 Sistemas de Custeio ... 22

2.7 Métodos de Custeio ... 25

2.8 Análise do Custo, Volume e Resultado ... 28

3 METODOLOGIA ... 34

3.1 Classificação da Pesquisa ... 34

3.2 Coleta de Dados ... 36

3.3 Instrumento de Coleta de Dados ... 36

3.4 Análise e Interpretação dos Dados ... 37

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 38

4.1 Descrição Do Processo De Produção ... 38

4.2 Levantamento Dos Custos Diretos De Produção ... 39

4.2.1 Custos com materiais diretos ... 39

4.2.2 Custo com Mão de Obra Direta ... 40

4.2.2.1 Tempo disponível para produção ... 41

4.2.2.2 Tempo Disponível para Produção do Equipamento ... 43

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4.3 Apuração Dos Custos Indiretos De Produção ... 44

4.3.1 Mão de Obra Indireta... 45

4.3.2 Depreciação ... 45

4.3.3 Demais Custos Indiretos de Produção ... 46

4.3.4 Rateio dos Custos Indiretos ... 47

4.4 Apuração Do Custo Total ... 49

4.4.1 Método de Custeio por Absorção ... 49

4.4.2 Método de Custeio Variável ... 51

4.4.3 Comparativo entre os métodos de Custeio por Absorção e Custeio Variável .. 53

4.5 Análise E Formação De Preços ... 54

4.5.1 Preço de Venda Orientativo ... 54

4.5.2 Preço de Venda Mínimo (Lucro Zero) ... 55

4.5.3 Comparativo entre os Preços de Venda ... 56

4.6 Análise Da Margem De Contribuição ... 57

4.7 Análise do Ponto De Equilíbrio ... 58

4.8 Análise da Margem De Segurança Operacional ... 60

4.9 Demonstração do Resultado do Produto Secador de Grãos... 62

4.10 Definição de Políticas de Preço e de Comercialização ... 63

CONCLUSÃO ... 64

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, vive-se num mundo em que a exige que as empresas busquem instrumentos capazes de auxiliar e proporcionar tomada de decisões, proporcionando resultados mais precisos e com maior segurança e eficácia na elaboração dos planos

A contabilidade de custo visa gerenciar custos e preços, e ajuda o administrador a interpretar adequadamente os dados de gastos, investimentos, despesas, perdas, desperdícios e custos. Todos esses dados bem interpretados e classificados, auxiliam nas tomadas de decisões corretas.

Neste sentido, o trabalho de conclusão de curso tem como objetivo apresentar os aspectos que dão suporte a essas empresas que necessitam de auxilio para a gestão de custos, formação de preço de venda e na análise dos resultados da produção de um secador de grãos.

O Sistema de Custos é indispensável nos processos de produção das empresas, pelo fato de apresentar os custos, formar preços ideais e auxiliar na tomada de decisão.

Para atingir esses objetivos, o trabalho apresenta no primeiro capítulo o tema onde é identificada a área que foi trabalhada, a caracterização da empresa objeto deste estudo, a problematização, os objetivos e a justificativa.

No segundo capítulo é apresentado o referencial teórico, onde consta o estudo feito sobre o tema objeto da pesquisa, que buscou-se em diferentes materiais conceituando e explicando todos os assuntos necessários para o desenvolvimento do estudo aplicado.

No terceiro capítulo apresenta-se a metodologia utilizada para a elaboração do estudo, onde definen-se a classificação da pesquisa, a coleta de dados, instrumento, análise e interpretação dos dados.

No quarto capítulo é apresentado o estudo aplicado que se realizou na empresa AMM Equipamentos LTDA. Primeiramente foi descrito o processo de produção do equipamento e em seguida apurou-se todos os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis de fabricação e também o custo total pelos métodos de custeio por absorção e variável. Logo depois, realizou-se a análise do custo, volume e resultado, que efetuou-se com os cálculos da margem de contribuição, ponto de

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equilíbrio e margem de segurança operacional com base no preço de venda orientativo e preço de venda praticado pela empresa. Por fim, elaborou-se a demonstração do resultado do produto, utilizando-se como base o preço de venda orientativo e praticado e, ainda algumas definições sobre políticas de preços.

Este trabalho também apresenta a conclusão e a bibliografia onde foram efetuadas as consultas para a sua realização.

1.1 Tema

A Contabilidade de Custos é um dos campos de atuação do profissional da área Contábil, envolvendo os dados da Contabilidade Financeira e transformando em sistemas de custos, que tem o propósito de subsidiar a gestão de um produto ou negócio.

Assim também Leone (2008, p. 21) assemelha a contabilidade de custos a um centro processador de informações, pelo fato de que recebe os dados acumulando-os de forma organizada, efetuando uma análise e interpretando-acumulando-os, para produzir informações de custos, as quais serão transmitidas para os diversos níveis gerenciais existentes.

“A Contabilidade de Custos é uma das responsabilidades do controlador da empresa.” Leone (2008, p. 22).

Neste sentido, o estudo se propôs a elaborar um sistema de custos, formação de preço e a análise dos resultados na industrialização de secadores, com o intuito de auxiliar na melhoria dos controles internos de custos pelo fato de que estas informações servem de suporte nas tomadas de decisões.

1.2 Caracterização da Organização

A elaboração do sistema de custos, formação de preço e a análise dos resultados na produção de secadores, efetivou-se na empresa AMM Equipamentos LTDA, a qual iniciou suas atividades no ano de 2002 na cidade de Santa Bárbara do Sul/RS, onde está localizada até hoje.

É uma empresa familiar, composta por dois sócios, a qual atualmente possui seis colaboradores na fabricação (produção) e quatro colaboradores na parte

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administrativa, financeira, engenharia e planejamento. O enquadramento fiscal é o Simples Nacional.

Tem seu ramo focado no setor metal-mecânico, tendo como objetivo oferecer soluções para secagem e movimentação de grãos com qualidade, profissionalismo e rentabilidade, visando à satisfação dos sócios, clientes e colaboradores.

Seu principal produto hoje é o Secador de grãos, o qual é objeto deste estudo, mas trabalha ainda com equipamentos na linha de secagem, transporte/movimentação e armazenagem de grãos, que são: elevadores, correias transportadoras, rosca transportadora, redler, fornalha entre outros. A empresa também trabalha com prestação de serviços de montagem e manutenção de equipamentos de armazenagem.

Seus principais fornecedores hoje são Gerdau, Panatlântica, Frefer, Ciser, Wurth, Irotec, entre outros. A seguir apresenta-se o organograma da empresa.

Figura 1: Organograma da empresa

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Conforme organograma apresentado na figura 1, a empresa é composta por dois sócios diretores. Possui os setores de vendas, compras, estoques, financeiro, fiscal e contábil, RH, engenharia, setor de produção composto por corte, estampa, dobra, preparação, solda e pintura, e setor de montagem.

1.3 Problematização

Nos dias de hoje ainda existem empresas que não fazem uso de um bom sistema de custos, muitas vezes pelo fato de não terem conhecimento do quanto é indispensável para que haja um real controle e formação de preços, fazendo com que os resultados encontrados estejam mais próximos da realidade.

A contabilidade de custos transforma os dados em informações que subsidiam a gestão de uma indústria que permite uma melhor tomada de decisões, no sentido de apurar o custo de produção de um produto, formar o preço ideal e preços mínimos, bem como analisar a relação entre o custo, o volume de vendas e o resultado obtido no negócio.

Um bom sistema de custos é muito importante para uma empresa pelo fato de que facilita e traz respostas para muitas questões. De acordo com Hansen e Mowen (2001, p. 37) o sistema de informações de custos auxilia a moldar uma empresa, e assim também Bruni e Famá (2004, p. 29) descrevem que os custos influenciam no resultado de uma empresa tanto no Balanço Patrimonial como também na Demonstração do Resultado do Exercício. E para que haja a formação dos preços dos produtos, novamente os custos são extremamente necessários, assim como também para obter o resultado. Na verdade um resultado depende de outro e todos dependem dos custos.

Neste contexto, a empresa objeto do estudo não possui um sistema atualizado que apure o custo da produção e formação de preços e resultado, fazendo um orçamento para cada demanda existente, sem uma metodologia técnica/cientifica definida. Essa falta dificulta no momento da formação dos preços do secador, tornando assim uma grande perda de tempo toda vez em que é preciso coletar os dados para formar os custos e depois o preço.

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Diante do exposto questiona-se: qual a contribuição do desenvolvimento de um sistema de custos, preços e resultados na fabricação de secadores, subsidiando a gestão diante do gerenciamento da atividade?

1.4 Objetivos

Os objetivos são classificados como geral e específicos, onde apresenta-se os parâmetros nos quais a pesquisa foi desenvolvida.

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral, deste trabalho é desenvolver um sistema de custos que propicie a formação do preço de venda e a análise dos resultados na produção do secador de grãos da empresa AMM Equipamentos LTDA.

1.4.2 Objetivos Específicos

- Buscar através da leitura, conceitos, aplicações de sistemas e métodos de custeio, formação de preços e análise do custo volume e resultado;

- Mapear o processo de produção do secador; - Levantar os custos de produção;

- Apurar custo total utilizando métodos e sistemas de custeio; - Formar preço de venda;

- Analisar a relação custo, volume e resultado, identificando as informações gerenciais.

1.5 Justificativa

O motivo de escolher a Contabilidade de Custos para esta pesquisa foi por considerar que custos é indispensável para que haja controle, planejamento, organização e tomadas de decisões por meio de dados corretos e ideais em qualquer empresa.

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Para a empresa propiciou, além de auxiliar nos controles, planejamento e formação de preços, trará resultados mais concretos que possam ajudar a agilizar as atividades desenvolvidas na área.

Acredita-se, ser importante para a o Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, pelo fato de que pode ser base para outros acadêmicos que tiverem interesse em efetuar suas pesquisas nessa área e ainda, proporciona um conhecimento específico ao acadêmico.

Para a acadêmica, estudar a Contabilidade de Custos, é muito mais que aprender, é crescer profissionalmente. Este campo de atuação da Contabilidade é muito amplo e proporciona um aprendizado que vai muito além da teoria, podendo aprofundar os estudos obtidos por meio das pesquisas e leituras efetuadas para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresentou-se a pesquisa bibliográfica com a visão geral da contabilidade de custos, realizou-se com base em livros de vários autores, onde o objetivo foi buscar conceitos e explicações do conteúdo abordado, que serviram de base para melhor entender o desenvolvimento deste estudo.

2.1 Contabilidade

Para um melhor entendimento da Contabilidade, alguns conceitos estudados contribuem para apresentar esta ciência.

A Contabilidade foi concebida para gerar informações aos seus vários usuários, inicialmente bem sucinta e hoje, diante das novas e modernas tecnologias da informação, cada vez mais pormenorizada e, por conseguinte, cada vez mais útil e imprescindível na tomada de decisões dos seus usuários, (BASSO 2005, p. 27).

De acordo com Basso (2005, p. 26), a Contabilidade só tem sentido quando gerar informação relevante ao usuário.

A Contabilidade consiste no processo sistemático e ordenado de registrar as alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade. Todavia, a depender do usuário e do tipo de informação requerida, a contabilidade pode assumir diferente formas, apresentadas como contabilidade financeira, contabilidade gerencial e contabilidade de Custos, (BRUNI e FAMÁ 2004, p. 22).

Conforme Toigo citado por (BASSO 2005, p. 22), “Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio sob o ponto de vista econômico-financeiro, observando e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele sofridas”.

Através dos conceitos citados acima, entende-se o quanto a Contabilidade é importante em uma empresa, pois ela estuda e controla o patrimônio, gerando informações mais sucintas que facilitam nas tomadas de decisões.

Segundo Basso (2005 p. 24), a finalidade fundamental da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento.

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Existem vários campos de atuação onde a Contabilidade pode ser aplicada como: Contabilidade Industrial, Pública, Comercial, Bancária, Rural, de Cooperativas, de Seguradoras, de Fundações, de Construtoras e ainda a Contabilidade de Custos, a qual é objeto deste estudo.

Tendo como objetivo o patrimônio, pode-se afirmar que o campo da Contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio definido e preferencialmente delimitado, pode também estar ai se definindo um campo de aplicação da Contabilidade: micros, pequenas, médias e grandes empresas públicas e privadas, entidades de fins ideais (sociais, culturais, recreativas, desportivas e outras), propriedades rurais e pessoas físicas em geral representam o amplo campo de aplicação da Contabilidade, (BASSO 2005, p. 27).

A informação contábil, conforme Basso (2005, p. 28), deve satisfazer as necessidades comuns a um grande número de diferentes usuários, sem privilegiar nenhum, considerando o fato de que nem sempre são coincidentes.

2.2 Contabilidade de custos

A Contabilidade de Custos possui um conceito muito amplo e fornece dados indispensáveis para o controle de uma empresa. Para que uma empresa possa desenvolver na área de custos é preciso entender seus conceitos e fazer uso de suas práticas e de seus princípios.

De acordo com Leone (2000, p. 21), a Contabilidade de Custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, onde os dados são recepcionados, acumulados de forma organizada, analisados e interpretados, após todos esses processos são produzidas as informações de custos para os diversos níveis gerenciais.

Fundamentalmente, a Contabilidade de Custos refere-se hoje as atividades de coleta e fornecimento de informações para as necessidades de tomada de decisão de todos os tipos, desde as relacionadas com operações repetitivas até as de natureza estratégica, não repetitivas, e, ainda, ajuda na formulação das principais políticas das organizações, (LEONE, 2000, p. 22).

A Revista Contabilidade e Informação traz o artigo de Brandli, Klein e Vieira (2003, p.16), onde apresenta que a Contabilidade de Custos é um instrumento de geração de informações importantes para a gestão dos estabelecimentos,

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principalmente quando é pensada e processada para gerar informações adequadas aos interesses e necessidades da empresa.

Segundo Leone (2000, p. 19):

A Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxilio as funções de determinação de desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões.

Bertó e Beulke (2006, p. 3) descrevem que as principais aplicações contábeis do custo estão relacionadas a três elementos:

 avaliação dos estoques e custos de produtos vendidos;

 avaliação de imobilizações próprias;

 avaliação de bens de fabricação própria para uso futuro na empresa.

A Contabilidade de Custos tem como objetivo fornecer informações para diversos níveis gerenciais para fins de controle e planejamento.

Os objetivos da Contabilidade de Custos serão fixados de acordo com as necessidades apresentadas pelos diversos níveis gerenciais. Embora o contador de custos não estabeleça previamente quais são os objetivos de sua atividade, a grande maioria dos estudiosos do assunto os estabelece apenas para atender as exigências de ordem didática, uma classificação de objetivos em três grandes grupos, já citados anteriormente. São eles: (a) o objetivo da determinação da rentabilidade, esta num sentido bem amplo, que considera o desempenho da entidade e de seus componentes em todos os sentidos; (b) o objetivo que se traduz pelo controle dos custos das operações de cada atividade no sentido de minimizá-los pela comparação constante entre os dados previamente estabelecidos (como orçamentos, estimação e padrões) e os dados que realmente ocorreram. A procura pela redução de custos deve passar obrigatoriamente pela análise das causas das variações ocorridas. Tais causas sempre são decorrências de disfunções operacionais. O objetivo final é descobrir esses erros, avalia-los economicamente e propor medidas corretivas; (c) o objetivo de fornecer informações, normalmente não recorrentes, aos diversos níveis gerenciais que as solicitam para atender a suas funções de planejamento e de tomada de decisões, (LEONE 2000, p. 21).

Sobre os objetos da Contabilidade de Custos, Leone (2000, p. 29) menciona:

A Contabilidade de Custos atua sobre a empresa, seus produtos, seus serviços, os componentes operacionais e administrativos que compõem sua estrutura funcional e sua estrutura objetiva, os seus segmentos de distribuição às atividades especiais, sobre planos alternativos, programas e promoções.

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Para que a Contabilidade de Custos seja melhor compreendida, é preciso entender alguns conceitos básicos de gastos, investimentos, despesas, custos, perdas e desembolsos.

Segundo Bruni e Famá (2004, p. 25):

Gastos: consistem no sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer. (...)

Investimentos: representam gastos ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Ficam temporariamente “congelados” no ativo da entidade e, posteriormente e de forma gradual, são “descongelados” e incorporados aos custos e despesas;

Custos: representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela entidade. (...)  Despesas: correspondem a bem ou serviço consumido direta ou

indiretamente para a obtenção de receitas. (...)

Desembolsos: consistem no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço foi ou será consumido. (...)

Perdas: representam bens ou serviços consumidos de forma anormal. (...).

Após a compreensão dos conceitos e objetivos da Contabilidade de Custos, podem-se classificar corretamente os custos proporcionando uma melhor qualidade nas informações geradas para serem apresentadas.

2.3 Classificação Dos Custos

Existem, na literatura, várias maneiras de classificar os custos onde deve-se gerar informações para atender a diferentes necessidades gerenciais.

Os custos são classificados segundo Wernke (2005, p. 7), quanto a facilidade de identificação no produto (diretos ou indiretos) e quanto ao volume produzido no período (variáveis ou fixos).

A classificação dos custos da empresa, dos produtos, das operações, enfim, do objeto que está sendo examinado e analisado, em diretos e indiretos destina-se a fornecer informações para a determinação do montante mais realístico do custo desse objeto, bem como para o controle dos custos dos centros de responsabilidade e, de modo geral, de todos os segmentos que tiverem seus custos identificados e acumulados. Em resumo, o que se quer dizer é que a diferenciação entre custos diretos e indiretos é necessária para o cálculo mais realístico do custo de qualquer objeto, para a verificação da rentabilidade e da eficiência das várias atividades da empresa (LEONE 2000, p. 58).

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Os Custos Diretos são aqueles gastos diretamente atribuíveis a cada produto fabricado no período e ainda não há necessidade para sua identificação, de critério de rateio.

Bruni e Famá (2004, p. 30) definem:

Diretos: são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na fabricação do produto e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade de serem perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva.

De acordo com Leone (2000, p. 59), “custos diretos são todos os custos que se conseguem identificar com as obras, do modo mais econômico e lógico.”

Os Custos Indiretos são aqueles gastos que não estão atribuídos a um único produto, pois são atribuídos a vários produtos ao mesmo tempo.

Segundo Bruni e Famá (2004, p. 30), os custos indiretos necessitam de aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem atribuídos aos produtos.

Os Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção, como por exemplo, matéria prima e embalagem.

Custos Variáveis são gastos cujo total do período está proporcionalmente relacionado com o volume de produção: quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais do período, isto é, o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado a quantidade produzida pela empresa (...) (WERNKE 2005, p. 8).

Os Custos Fixos são aqueles que não variam independente do volume de produção.

Custos Fixos são aqueles cujos valores totais tendem a permanecer constantes mesmo havendo alteração no nível de atividades operacionais do período. São os custos que tem seu montante fixo independentemente de oscilações na atividade fabril, não possuindo qualquer vinculação com o aumento ou redução do numero de unidades produzidas no mês (...) (WERNKE 2005, p. 8)

São exemplos de Custos Fixos aluguel e seguros, que podem variar mas não estão ligados ao volume de produção.

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2.4 Custos Com Pessoal

Os custos com pessoal são os gastos que a empresa tem com mão-de-obra para a transformação do produto, os quais são classificados em mão-de-obra direta e mão-de-obra indireta.

A mão-de-obra é o elemento humano utilizado para a transformação dos materiais diretos em um produto. As horas necessárias do pessoal ou da quantidade de funcionários diretos, utilizados no processo de fabricação é que determina o custo com mão-de-obra. É muito variável a participação da mão-de-obra no processo produtivo, pois depende do ambiente em que se utiliza. A mão de obra pode ser classificada em de-obra direta e mão-de-obra indireta (...) (VIEIRA 2010, p. 18).

A mão-de-obra direta pode ser conceituada da seguinte maneira:

Mão-de-obra Direta é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, desde que seja possível a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta de rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões proporcionais, passa a desaparecer a característica de “direta” (MARTINS 2006, p. 133).

Mão-de-obra direta, conforme Vieira (2010, p. 18), é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto o qual está sendo elaborado, desde que possa haver a mensuração de quem executou o trabalho, sem haver necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio.

Pode ser citado como um exemplo de mão-de-obra direta um operário que movimenta uma prensa, o qual trabalha uma peça ou componente de cada vez, está ligado diretamente a produção.

Para ser efetuado o cálculo da mão-de-obra direta, de acordo com Vieira (2010, p. 19), é preciso calcular qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho, baseado na legislação e no contrato de trabalho. Deve ser levado em consideração para os fins deste cálculo os direitos dos trabalhadores: repouso semanal remunerado, férias, 13º salário, contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas abonadas, FGTS, e outros garantidos por acordos ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais. O Quadro 1 apresenta como encontrar o total de custo com mão-de-obra direta, considerando os direitos do trabalhador.

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Quadro 1: Base para Cálculo do Custo com Pessoal DESCRIÇÃO VALORES Salário Base (+) Adicionais (+) Insalubridade ou Periculosidade SUB TOTAL

(+) Custos com Férias (+) Custos com 13° salário (+) Custos 1/3 s/ férias SUB TOTAL (+) FGTS (+) INSS (+) Outros (+) Previsões

CUSTO TOTAL MOD Fonte: Vieira (2010, p. 19)

O Quadro 2 mostra como encontrar o número de horas que o trabalhador oferece à empresa, considerando o número total de dias no ano ou mês, descontados os repousos semanais remunerados, férias e feriados e depois considerando a jornada máxima diária do empregado.

Quadro 2: Número de horas que o trabalhador oferece a empresa

Fonte: Martins (2006, p. 135)

De acordo com Martins, citado por Vieira (2010, p. 20), se a ociosidade esteja sendo normal e o operário mantido parado, o mais comum é a acumulação desse tempo como Tempo Improdutivo dentro dos Custos Indiretos para rateio à produção geral. Caso houver paradas apenas em determinadas épocas do ano, a empresa precisa utilizar um sistema de provisionamento para rateio desses custos indiretos a

Nº total de dias no ano ou mês

( - ) Repousos semanais remunerados ( - ) Férias

( - ) Feriados

( = ) Nº máximo de dias à disposição do empregador ( x ) jornada máxima diária (em horas)

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todos os produtos feitos no ano, e não somente aos elaborados no mês ou nos poucos meses em que houver o tempo não utilizado da mão-de-obra.

Define ainda Vieira (2010, p. 20), que caso esta parada seja obrigatória pelo tipo de produto, pode ser interessante que esse valor seja apropriado diretamente ao produto ou a ordem de produção, claro que se realmente o produto tiver em sua programação tal parada para preparação. Se a preparação ou outro tempo parado se dever não ao produto que vai ser elaborado, e sim ao que acabou de ser produzido, deve então ser atribuído a este. A mão-de-obra indireta tem o seguinte conceito:

A mão-de-obra indireta poderia ser sempre subclassificada como, por exemplo: a) aquela que pode, com menor grau de erro e arbitrariedade, ser alocada ao produto, como a de um operador de grupo de máquinas; b) aquela que só é apropriada por meio de fatores de rateio, de alto grau de arbitrariedade, como o das chefias de departamentos etc. Quando falamos em operador ou supervisor de máquinas, só podemos tratar a mão-de-obra como indireta se estiverem sendo elaborados diversos produtos; e fosse produzido apenas um, logicamente seria mão-de-obra direta dele, (MARTINS 2006, p. 133).

Vieira (2010, p. 20), define que se for necessário rateio sob qualquer critério para distribuir o custo da mão-de-obra, devemos classificá-la como indireta. Considera-se mão-de-obra indireta todo o trabalho que não pode ser perfeitamente identificado como de um determinado produto.

Pode-se perceber que a mão-de-obra, seja ela direta ou indireta, possui uma grande importância na composição dos custos, pois ela permite identificar todos os custos existentes com pessoal envolvidos no processo de produção da empresa.

2.5 Custos com Depreciação

Os custos com depreciação correspondem à desvalorização dos bens imobilizados os quais devem ser registrados periodicamente.

Para ser efetuado o registro da depreciação devem ser obseraos os seguintes aspectos:

- obrigatoriedade do seu reconhecimento;

- valor da parcela que deve ser reconhecida como variação passiva independente da execução orçamentária;

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- circunstância que podem influenciar seu registro.

De acordo com a NBC T 16.9 do CFC (2012), a Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência e o valor depreciável de um ativo é o seu valor original deduzido do seu valor residual, quando for possível ou necessária sua determinação. O valor residual é o montante líquido que a entidade espera obter por um ativo ao final de sua vida útil econômica, deduzindo os gastos esperados para sua alienação.

Vida útil econômica, conforme a NBC T 16.9 do CFC (2012), é o período de tempo definido ou estimado tecnicamente, durante o qual se espera obter fluxos de benefícios futuros de um ativo e, o valor líquido contábil é o valor do bem registrado na contabilidade, em uma determinada data, que é deduzido da correspondente depreciação acumulada.

Os critérios de mensuração e reconhecimento da depreciação são definidos pela NBC T 16.9 da seguinte forma:

O valor depreciado, amortizado ou exaurido, apurado mensalmente, deve ser reconhecido nas variações patrimoniais do exercício durante sua vida útil econômica.

O valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no final de cada exercício; quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as alterações devem ser efetuadas.

A depreciação, amortização e exaustão devem ser reconhecidas até que o valor contábil do ativo seja igual ao valor residual.

A depreciação, amortização ou exaustão de um ativo começará quando o item estiver em condições de uso.

A depreciação, amortização ou exaustão não cessa quando o ativo torna-se obsoleto ou é retirado temporariamente de operação.

Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil econômica de um ativo:

(a) a capacidade de geração de benefícios futuros;

(b) o desgaste físico decorrente de fatores operacionais ou não; (c) a obsolescência tecnológica;

(d) os limites legais ou contratuais sobre o uso ou exploração do ativo. A definição da vida útil econômica se dará com base em parâmetros e índices admitidos em norma específica ou laudo técnico.

Nos casos de bens reavaliados, a depreciação, a amortização ou a exaustão deve ser calculada e registrada sobre o novo valor, considerada a vida útil econômica indicada em laudo técnico, (CFC, 2012).

Os Métodos de depreciação, de acordo com a NBC T 16.9 do CFC (2012), são:

(22)

Os métodos de depreciação, amortização e exaustão utilizados devem estar compatíveis com a vida útil econômica do ativo e serem aplicados uniformemente.

Sem prejuízo da utilização de outros métodos de cálculo dos encargos de depreciação, podem ser utilizados:

(a) o método linear;

(b) o método dos saldos decrescentes; (c) o método das unidades produzidas.

A depreciação dos bens imóveis é calculada com base exclusivamente no valor das construções, que deverá estar segregado do valor dos terrenos.

2.6 Sistemas de Custeio

Os sistemas de custeios referem-se aos tipos dos processos de produção, os quais dependem das características dos processos produtivos de cada empresa, onde o sistema poderá variar de uma para outra.

De acordo com Leone (2000, p. 234),

O termo “sistema” é aqui empregado para definir o conjunto de componentes administrativos, de registro, de fluxos, de procedimentos e de critérios que agem e interagem de modo coordenado para atingir determinado objetivo, que, no caso, é o custeio da produção e do produto.

Os sistemas de custeios podem ser por ordem de produção, por processo ou conjunta.

O sistema por ordem de produção é utilizado por empresas que possui um processo de produção não repetitivo, onde cada produto ou serviço atende as necessidades especificas de cada cliente.

Conforme Bruni e Famá (2004, p. 155), quando o processo produtivo de uma empresa for de diferentes produtos e serviços que são elaborados e comercializados, o sistema por processo isolado dificulta o processo de gestão de custos e de preços, como são diferentes os pedidos atendidos o processo por ordem de produção permite a melhor gestão e acompanhamento individual dos pedidos colocados, processados e vendidos.

Ainda, Bruni e Famá (2004, p. 155) definem, “A produção de entidades, que apresentam grandes variações de produtos ou serviços comercializados, pode ser classificada em produção por estoques ou produção sob encomenda”.

A produção para estoques ocorre quando os produtos são elaborados, estocados e depois colocados em comercialização. Como exemplo de empresa que produz para estoques pode-se citar uma fábrica de roupas

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que elabora diferentes peças de diferentes tamanhos, empregando mesma linha de produção. Nesse caso, para poder gerenciar melhor os custos e insumos utilizados, além dos preços praticados, cada lote de peças produzidas deve ter um controle individualizado (BRUNI e FAMÁ 2004, p. 155-156).

A produção sob encomenda ocorre quando um serviço ou produto específico é comercializado antes ou durante a elaboração. Geralmente, a elaboração ocorre segundo as especificações do comprador (...) (BRUNI e FAMÁ 2004, p. 157).

A empresa objeto deste estudo possui um sistema de custeio por ordem de produção sob encomenda, pois fabrica seus produtos através de encomenda ou pedido de acordo com a necessidade e especialidades de cada cliente.

No sistema de custos por ordem de produção, segundo Bruni e Famá (2004, p. 157), os custos são acumulados em folhas denominadas Ordem de Produção, Serviço ou de Fabricação. Estas ordens identificam a individualização do controle da conta de produtos ou serviços em elaboração.

Em relação ao processo contábil da ordem de produção Bruni e Famá (2004, p. 157-158) relatam que:

No sistema de controle de custos por ordens de produção, existe o detalhamento da conta de produtos em processos. A soma das ordens de produção em aberto representa o estoque de produtos em processo total. Quando os produtos ou serviços são completados, as ordens são encerradas e os custos são transferidos para o estoque de produtos acabados, ou pra conta dos produtos vendidos, a depender da situação (BRUNI e FAMÁ 2004, p. 157-158).

De acordo com Vieira (2010, p. 3), os custos diretos de mão–de-obra e materiais gastos em determinada ordem são alocados a partir de registros mantidos para este propósito. Já os custos indiretos (aluguel, seguro, eletricidade, etc.) são normalmente aplicados às ordens por taxas predeterminadas, baseado em horas de mão de obra direta. Exemplos: móveis sob medida, carros sob encomenda, etc.

Quando no setor produtivo, que é o local da empresa onde são executados os processos de transformação de materiais em produtos finais, apresentar um processo de produção estável, segundo Bruni e Famá (2004, p. 149), no qual os produtos que foram fabricados não apresentarem grande variação, usa-se o sistema de acumulação de custos por processos.

O sistema de custos por processo, ou continuo, não se preocupa em contabilizar os custos de itens individuais ou grupos de itens. Ao invés

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Características Produção por Ordem Produção por Processo

1. Desenvolvimento do Produto Especificação do cliente Especificação do fabricante 2. Contratação do fornecimento Relação subjetiva (concorrência) Seleção objetiva (amostra) 3. Produção Limitada pelo cliente Planejada pelo fabricante 4. Dimensão da Produção Número de unidades contratadas Número de unidades planejadas

5. Mercado Poucos compradores Diversificado

6. Vendas Procura pelo cliente Oferta pelo fabricante

7. Produto Sob medida Seriado

8. Necessidade do produto Específica do cliente Global do mercado 9. Estoque de matéria-prima Temporal e específico Permanente

10. Estoque de produtos Indesejável Necessário

11. Prazos de produção

Geralmente longo Geralmente longo Curto

12. Acumulação dos custos Por ordem de produção Por processo, atividades, etc. 13. Apuração do custo unitário Custo específico Custo médio de produção (Custo

total/unidades) 14. Requisição de materiais Indica o número de ordem de

produção

Indica o departamento e o código da produção

15. Período de apuração dos

custos finais Início - término da produção Início - término do período contábil

disso, todos os custos são acumulados por fase do processo, por operação ou por departamento (centros de custos) e alocados aos produtos em bases sistemáticas (ou bases contínuas) (VIEIRA 2010, p. 3).

Conforme já comentado, a empresa objeto deste estudo possui um processo produtivo por ordem de produção e não por processo por ter as seguintes características, as quais estão sendo citadas e comparadas entre os dois sistemas no quadro a seguir.

Quadro 3: Paralelo entre os sistemas por Ordem de produção e por Processo.

Fonte: Adaptado de Leone (2000) e Martins (2001) citado Vieira (2010, p. 4)

Existe ainda a Produção Conjunta, onde algumas empresas podem fabricar dois ou mais produtos a partir de uma única matéria-prima ou um único processo produtivo, onde a partir da mesma matéria-prima são formados diversos produtos, mas surgem custos indivisíveis que não são identificáveis com os produtos.

Quando uma empresa elabora diferentes produtos com base em um mesmo conjunto de matérias-primas, surge o problema relativo à composição dos custos desses diferentes produtos. Processos de produção conjunta podem estar presentes tanto em processos contínuos como em produção por encomenda, (BRUNI e FAMÁ 2004, p. 197).

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De acordo com Vieira (2010, p. 5), depois de certa etapa no processo de manufatura, denominado ponto de separação, são identificado os produtos finais separadamente, e para cada um deles se acumulam os custos.

2.7 Métodos de Custeio

A Contabilidade de Custos utiliza diferentes métodos de custeio para apropriar seus custos, conforme a necessidade e os objetivos de cada usuário. Podem ser citados, como exemplo, o Custeio por Absorção, Variável ou Direto, ABC, RKW e o Custeio Padrão.

Define Wernke (2005, p. 17), “custeio significa atribuir valor de custo a um produto, mercadoria ou serviço. Para efetuar tal atribuição de valor utiliza-se a ficha técnica (para os custos diretos e variáveis) ou recorre-se a métodos de custeio (no caso dos custos indiretos ou fixos)”.

Referente aos métodos de custeio mencionados, cada um possui suas vantagens e desvantagens, cabendo à empresa definir qual se adapta melhor as necessidades e as peculiaridades das operações executada.

O Método de Custeio por Absorção é o mais utilizado pelas empresas brasileiras, pelo fato de ser aceito pela legislação comercial e fiscal e respeitar os Princípios Fundamentais De Contabilidade.

Segundo Wernke (2001), citado por Vieira (2010, p. 8), este é o método mais tradicional de custeio e é empregado quando se deseja atribuir um valor de custo ao produto, atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta, mediante critérios de rateio.

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço) absorve parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação, (LEONE 2000, p. 242).

As principais vantagens e desvantagens do método de custeio por absorção, de acordo com Vieira (2010, p. 10), são:

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Principais Vantagens:

 Deve ser usado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado à Contabilidade e atende a legislação fiscal;

 Permite a apuração dos custos por centros de custos, quando os custos forem alocados aos departamentos de forma adequada, possibilitam o acompanhamento do desempenho de cada área;

 Considera o total dos custos por produto;

 Forma custos para estoques. Principais Desvantagens:

 Pode elevar artificialmente os custos de alguns produtos;

 Não evidencia a capacidade ociosa da entidade;

 Os critérios de rateios são sempre arbitrários, portanto nem sempre justos. O Método de Custeio Variável ou Direto é utilizado para fins gerenciais, auxiliando no processo de gerenciamento da empresa fornecendo ferramentas para isto. Neste método apenas são alocados aos produtos aqueles custos que variam diretamente com o volume de produção. De acordo com Wernke (2005, p. 89), “esse método assume que somente os gastos variáveis de produção e de comercialização do produto ou serviço devem ser considerados no custeamento da produção”.

O custeamento variável pode ser aplicado a qualquer sistema de determinação de custos. Ele oferece vantagens quando aplicado ao sistema de custeio por ordens de produção, por processo, pela responsabilidade e, sobretudo, quando a estes sistemas é articulado o sistema de custos estimados ou padronizados, (LEONE 2000, p. 390).

Principais Vantagens:

 Destaca o custo fixo;

 Não ocorre a prática do rateio, por vezes errôneo;

 Evita manipulações;

 Fornece o ponto de equilíbrio;

 Possui Enfoque gerencial;

 São rapidamente obtidos os dados necessários para a análise da relação custo/volume/lucro;

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Principais Desvantagens:

 No caso dos custos mistos nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da parcela variável;

 Não é aceito pela auditoria externa das entidades que tem capital aberto e nem pela legislação do imposto de renda, bem como por uma parcela significativa de Contadores, pois fere os princípios fundamentais de contabilidade, em especial aos princípios de realização de receitas, de confrontação e da competência. Estes princípios estabelecem que os custos associados aos produtos só podem ser reconhecidos na medida em que são vendidos, já que, somente quando reconhecida a receita (por ocasião da venda), é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários à sua obtenção (custos e despesas). Como o custeio variável admite que todos os custos fixos sejam deduzidos do resultado, mesmo que nem todos os produtos sejam vendidos, ele violaria tais princípios: O valor dos estoques não mantém relação com o custo total; Isoladamente, não se aplica para formação do preço de venda.

Quadro 4: Custeamento variável x Custeamento por absorção

Fonte: Leone (2000, p. 406)

Custeamento variável Custeamento por absorção Classifica os custos em fixos e variáveis Não há preocupação por essa classificação Classifica os custos em diretos e indiretos Também classifica os custos em diretos e indiretos Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado,

apenas os custos que são diretos ao segmento e variáveis em relação ao patrimônio escolhido como base.

Debita o segmento, cujo custo está sendo apurado, os seus custos diretos e também os custos indiretos através de uma taxa de absorção. Os resultados apresentados sofrem influência direta

do volume de vendas.

Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

É um critério administrativo, gerencial, interno É um critério legal, fiscal, externo Aparentemente sua filosofia básica contraria os

preceitos geralmente aceitos na contabilidade, principalmente os fundamentos de “regime de competência”.

Aparentemente, sua filosofia básica alia-se aos preceitos contábeis geralmente aceitos, principalmente do “regime de competência”. Apresenta a Contribuição Marginal – diferença entre

as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado.

Apresenta a Margem Operacional – diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis do segmento estudado.

O custeamento variável destina-se a auxiliar, sobretudo, a gerência no processo de planejamento e tomada de decisões.

O custeamento por absorção destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial. Como o custeamento variável trata dos custos

diretos e variáveis de determinado segmento, o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa não é bem explorado.

Como o custeamento por absorção trata dos custos diretos e indiretos de determinado segmento, sem cogitar de perquirir se os custos são variáveis ou fixos, apresenta melhor visão para o controle da absorção dos custos da capacidade ociosa.

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O Quadro 4 apresenta as características dos métodos de custeio variável e por absorção comparativamente para ser analisados, o que na prática facilita sua utilização. Os dois métodos apresentam vantagens e desvantagens, assim como características em comum. Importante é saber classificar as informações e utilizá-las de maneira correta.

2.8 Análise do Custo, Volume e Resultado

Um dos aspectos financeiros mais importantes de uma empresa é o processo de determinação do preço de venda.

O processo de determinação de preços de venda deverá merecer a atenção da alta administração da empresa dado importância que o assunto representa, inclusive em termos de obtenção de resultados, grau de retorno do investimento, fatia de mercado desejado pela empresa e demais fatores de caráter empresarial (VIEIRA 2010, p. 27).

Segundo Martins (2006, p. 218), “Além do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços dos produtos concorrentes, os preços dos produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa, etc.”.

Um dos problemas enfrentados pelas empresas é encontrar o melhor preço de venda ou o preço certo de venda, onde pode-se encontrar situações em que o preço fixado internamente é o melhor preço para a empresa, porém não encontra plena aceitação em termos de mercado.

Segundo Vieira (2010, p. 27), a relação existente entre o preço fixado e o volume obtido em termos de vendas, devemos ter sempre presente um princípio básico em preços que determina que:

 quanto maior o preço de venda de um produto, menor o número de unidades a ser comprada;

 quanto menor o preço de venda de um produto, maior o número de unidades a ser comprada.

Para a formação do preço precisa uma análise realizada tendo como ponto de comparação as demais empresas do setor no mercado, pois é esse resultado obtido que representará a real posição da empresa em termos de mercado.

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Mas é inadmissível a venda de um produto com seu preço de venda fixado a um valor abaixo ao de custo de produção da empresa, exceto em situações de caráter temporário, quando é preciso conseguir uma melhora, em uma fixação de marca nova, entre outras razões existentes.

Cabe destacar as seguintes estratégias básicas de preços que poderão ser objeto de aplicação pela empresa, segundo Cogan (1994), Bernardi (1996) e Sartori (2004) citados por Vieira (2010, p. 29):

 obter alto grau de lucratividade a curto prazo;

 fixar-se de forma eficiente, dentro de um volume razoável de operações sem, porém, comprometer os objetivos da empresa a longo prazo;

 encorajar a entrada de outras empresas no mercado e estimular a demanda do produto;

 estimular o crescimento do mercado a fim de conseguir um aumento em seu grau de participação firmando-se como uma empresa de porte significativo;

 manter os eventuais concorrentes fora do mercado ou ainda eliminar aqueles atualmente existentes.

Para calcular os preços o primeiro paço é a apuração do custo do produto ou serviço segundo um dos métodos de custeio. Sobre este custo encontrado, agrega-se ao custo uma margem a qual é denominada Mark-up, que é estimada para cobrir os gastos que não foram incluídos no custo, como a comissão e os impostos incidentes sobre o preço e o lucro desejado pela empresa.

O Mark-up pode ser definido como um valor que deve ser adicionado ao custo para o preço de venda ser obtido.

A formação do mark-up, de acordo com Santos (1991) citado por Vieira (2010, p. 35) tem a seguinte definição: o mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um produto ou serviço para a formação do preço de venda. Mark-up também é definido como sendo um valor adicionado ao custo. Usualmente expresso como um percentual do preço de venda, ou ainda, como um aumento sobre um preço de varejo originalmente estabelecido.

Ainda segundo Vieira (2010, p. 35), o Mark-up tem a finalidade de cobrir os custos das seguintes contas:

 impostos sobre venda;

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 despesas administrativas fixas;

 despesas de vendas fixas;

 custos indiretos de produção fixos;

 margem de lucro.

Buni e Famá (2004, p. 341-342) apresentam duas formas para encontrar o markup, que são: multiplicador, que é o mais usado, representa por quanto devem ser multiplicados os custos para se obter o preço de venda a praticar; e divisor, que é menos usado, representa percentualmente o custo em relação ao preço de venda. Acompanhamos as fórmulas a seguir.

Mark-up multiplicador

Mark-up = Preço de venda ou Mark-up = 1

Custo Variável 1 – soma das taxas percentuais Mark-up divisor

Mark-up = Custo Variável ou Mark-up = 1 - soma das taxas percentuais Preço de venda

Onde a soma das taxas percentuais é igual a soma dos valores expressos em percentuais que influenciam no processo de formação de preços, como percentual de lucro desejado, taxa percentual de despesas diversas, etc.

A análise do custo, volume e lucro pode ser considerada uma das mais importantes ferramentas da área de custos, devido às informações gerenciais a qual proporciona a empresa.

De acordo com Wernke (2005, p. 97-98), a análise Custo, Volume e Lucro, também conhecida como Análise CVL, possibilita prever o impacto, no lucro do período ou no resultado projetado, de alterações ocorridas no volume vendido, nos preços de venda vigentes e nos valores de custos e despesas.

(31)

Para que as informações de análise Custo, Volume e Lucro estejam disponíveis aos gestores, devem ser utilizados os conceitos de Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio e Margem de Segurança.

A Margem de Contribuição tem como objetivo demonstrar para a empresa quanto cada unidade a ser vendida contribuirá para a formação do lucro.

A expressão „Margem de Contribuição” designa o valor resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos, do preço de venda respectivo, os custos e as despesas variáveis associados ao produto comercializado. A Margem de Contribuição pode ser conceituada como o valor que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da empresa e, posteriormente, gerar o lucro do período, (WERNKE 2005, p. 100).

Vieira (2010, p. 39) apresentam duas fórmulas para encontrar a Margem de Contribuição, que são:

Fórmula Margem de Contribuição Unitária

MCu = PVu – Cvu – Dvu

Sendo:

MCu = Margem de Contribuição Unitária PVu = Preço de Venda Unitário do Produto CVu = Custos Variáveis Unitários

DVu = Despesas Variáveis Unitárias

Fórmula Margem de Contribuição Total

MC TOTAL = MCu x Quantidade Vendida

Sendo:

MC Total = Margem de Contribuição Total MCu = Margem de Contribuição Unitária

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Segundo Wernke (2005, p. 101-102), as vantagens e limitações da margem de contribuição:

a) é um instrumento que permite avaliar a viabilidade de aceitação de pedidos em condições especiais;

b) ajudam a administração a decidir que produtos devem merecer maior na divulgação ou na exposição;

c) são essenciais para auxiliar os administradores a decidirem se um segmento produtivo deve ser abandonado ou não;

d) podem ser usadas para avaliar alternativas quanto a reduções de preços, dos descontos especiais, das campanhas publicitárias e uso de prêmios para aumentar o volume de vendas;

e) a margem de contribuição auxilia os gerentes a entenderem a relação entre custos, volume, preços e lucros, fundamentando tecnicamente as decisões de venda;

f) basear o cálculo dos preços de venda somente com dados da margem de contribuição pode resultar em valores que não cubram todos os custos necessários para manter as atividades a longo prazo;

g) é útil para tomada de decisões de curto prazo, mas pode levar o administrador a menosprezar a importância dos custos fixos.

O Ponto de Equilíbrio verifica a quantidade de produto ou serviço que a empresa deve vender para cobrir seus gastos, onde as receitas totais se igualam aos custos e despesas totais dando como resultado lucro zero.

Para a formação do ponto de equilíbrio é preciso levar em conta as receitas e as despesas, calculando os parâmetros que indicam a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, sendo necessário, para tanto, saber a margem de contribuição em percentual ou em quantidades unitárias, que é provocada pela ocorrência de custos e despesas variáveis na produção e comercialização de produtos (VIEIRA 2010, p. 40).

Wernke (2005, p. 120) apresentam três tipos de Ponto de Equilíbrio, o Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Econômico e o Ponto de Equilíbrio Financeiro.

De acordo com Vieira (2010, p. 42), os Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro possuem as seguintes fórmulas para cálculo:

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Ponto de Equilíbrio Contábil: Custos Fixos + Despesas fixas /Margem de Contribuição unitária

Ponto de Equilíbrio Econômico: Custos Fixos + Despesas Fixas – Depreciações/

Margem de Contribuição unitária.

Ponto de Equilíbrio Financeiro: Custos Fixos + Despesas Fixas + Lucro desejado/margem de Contribuição unitária.

Vale ressaltar que o conceito de ponto de equilíbrio é para gestão de curto prazo da empresa, pois o ponto de equilíbrio mostra o ponto mínimo em que a empresa pode operar para obter lucro zero.

Segundo Wernke (2005, p. 135), “O conceito da Margem de Segurança representa o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio. Representa quanto as vendas, em unidades ou em valor, podem cair sem que a empresa passe a operar com prejuízo”. Complementa que a margem de segurança pode ser expressa quantitativamente, em unidades físicas ou monetárias, ou sob forma percentual.

Para a obtenção da margem de segurança podem ser utilizadas as seguintes fórmulas:

Margem de Segurança em valor (R$) = vendas efetivas (R$) - vendas do PE em valor (R$);

Margem de Segurança em unidades = vendas efetivas em unidades - vendas em unidades no PE; e

Margem de Segurança em percentual (%) = margem de segurança (R$) vendas totais ($).

Ainda, “A margem de segurança indica a distancia física em que a empresa está trabalhando em relação ao seu ponto de equilíbrio contábil” Bruni e Famá (2004, p. 264).

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3 METODOLOGIA

A Metodologia deste trabalho tem como objetivo apresentar a melhor forma de atingir os melhores resultados finais desta pesquisa.

3.1 Classificação da Pesquisa

Por meio do estudo e orientação, a pesquisa de acordo com o artigo 8º (oitavo) do Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso apresenta um relatório técnico-cientifico decorrente de relato de uma ou mais atividades práticas da profissão contábil, para a organização, sistematização e o aprofundamento da prática contábil.

Esse estudo, tem a finalidade em desenvolver um sistema de custos, formação de preços e análise de resultados na empresa em estudo.

De acordo com o ponto de vista de sua natureza, segundo Souza, Fialho e Otani (2007, p. 37) a pesquisa pode ser classificada como básica ou aplicada. Neste caso, a pesquisa a ser desenvolvida será aplicada pelo fato de que irá gerar conhecimentos para serem aplicados na prática para a solução de problemas detectados.

A pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática e dirigida a solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito resolver um problema específico, que provavelmente resultará em um produto diretamente aplicado, buscando atender demandas sociais (SOUZA, FIALHO e OTANI, 2007 p. 38).

Portanto, segundo Vergara (2009, p. 43), a pesquisa aplicada é movida pela necessidade de resolver problemas concretos, sejam eles imediatos ou não, tem finalidade prática.

Em relação ao ponto de vista de seus objetivos a pesquisa pode ser classificada em exploratória, descritiva e explicativa.

Esta pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torna-lo mais explícito ou a construir hipótese. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados

(35)

aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas: a) levantamento bibliográfico; b) entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (GIL, 1996, p. 45).

Este estudo classifica-se como pesquisa exploratória, pois busca maior familiaridade com o problema tornando-o mais claro possível. E conforme Vergara (2009, p. 42), a pesquisa exploratória é realizada em área onde há pouco conhecimento acumulado e sistematizado.

Para este estudo, do ponto de vista dos procedimentos técnicos, foram utilizados os procedimentos de pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso.

Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida com base em materiais já elaborados, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 2007, p. 44).

Pesquisa Documental: assemelha-se com a pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa (GIL, 2007, p. 45).

Estudo de caso: Modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biométricas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados (GIL, 2007, p. 54).

Neste estudo, de acordo com Vergara (2009, p. 46), os procedimentos utilizados foram a pesquisa bibliográfica pelo fato de que recorreria ao uso de material acessível ao público, foi documental porque foi feito uso de documentos de trabalho e de relatórios contábeis e gerenciais da empresa. E ainda, segundo Vergara (2009, p. 45), a pesquisa é um procedimento de estudo de caso por coletar dados primários.

(36)

3.2 Coleta de Dados

A coleta de dados efetuou-se por meio de conversas com colaboradores que atuam na área onde realizou-se a pesquisa, onde foram coletados documentos que identifiquem valores necessários para os cálculos que foram efetuados na pesquisa por meio de notas de compras, planilhas utilizadas pela empresa, relatórios do sistema de produção, entre outros, como também em livros, artigos de revistas e internet. De acordo com Roesch (1999, p. 128), é importante especificar nesta seção a fonte dos dados, quando estes foram levantados e por meio de que instrumentos.

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

A definição dos instrumentos de coleta de dados depende dos objetivos que se desejou alcançar com a devida pesquisa.

Coletar dados consiste em juntar as informações necessárias ao desenvolvimento dos raciocínios previstos nos objetivos do projeto de investigação científica. Na prática, a coleta de dados que é a pratica essencial da pesquisa trata de por em andamento os procedimentos planejados para os objetivos do trabalho de pesquisa, obedecendo ao cronograma estabelecido pelo pesquisador. Pode ser executada no campo, em laboratório ou, ainda em bibliografias ou documentos (SOUZA,FIALHO e OTANI, 2007, p. 73).

Para melhor coleta de dados, onde é necessário um bom conhecimento da empresa e de seu funcionamento, foram efetuadas observações em visitas feitas a empresa, onde também ocorrerá o acompanhamento dos processos de produção.

A coleta dos dados aconteceu por meio de entrevistas despadronizadas que foram realizadas juntamente com os colaboradores e sócios da empresa, os quais descreveram e explicaram os processos de produção, entre outros funcionamentos necessários para o desenvolvimento do estudo.

Para mapear os processos de produção, o instrumento usado para coletar os dados é a entrevista despadronizada com o a pessoa responsável pela fábrica, o qual descreveu todos os processos utilizados para a fabricação do secador.

O levantamento dos custos foi efetuado após o mapeamento da produção, sendo acompanhado pela pessoa responsável do setor de compras, orçamentos entre outros, que envolva os custos.

(37)

Após todas as coletas efetuadas, foram apurados os custos por meio dos métodos de sistema de custeio. Apurados os custos, é efetuada a formação do preço do produto e a analise do custo, volume e resultado.

3.4 Análise e Interpretação dos Dados

Segundo Roesch (1999, p. 128), o tipo de dado coletado delimita as possibilidades de análise. Neste caso pensar na análise ajuda a criticar a coleta de dados a ser feita.

A análise dos custos, volume e resultado ocorreram após todas as coletas de dados serem efetuadas, os custos apurados, e o preço formado. Nesta etapa é analisado se os valores da empresa estão dentro de um valor correto ou se é preciso ocorrer mudanças em relação a formação dos preços que a empresa utiliza.

Referências

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