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Esporotricose em cão – relato de caso

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Academic year: 2021

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Bruna Mendes Serafina

ESPOROTRICOSE EM CÃO – RELATO DE CASO

Curitibanos 2019

Universidade Federal de Santa Catarina

Campus Curitibanos

Curso de Medicina Veterinária

Trabalho de Conclusão de Curso

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Bruna Mendes Serafina

ESPOROTRICOSE EM CÃO – RELATO DE CASO

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Medicina Veterinária.

Orientadora: Prof.ª Drª. Francielli Cordeiro Zimermann.

Curitibanos 2019

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Bruna Mendes Serafina

ESPOROTRICOSE EM CÃO – RELATO DE CASO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharelado em Medicina Veterinária e aprovado em sua forma final pela seguinte banca:

Curitibanos, 01 de Julho de 2019.

________________________ Prof. Alexandre de Oliveira Tavela, Dr.

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof.ª Francielli Cordeiro Zimermann, Dr.ª

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Prof. Álvaro Menin, Dr.

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

Prof.ª Rosane Maria Guimarães da Silva, Dr.ª Universidade Federal de Santa Catarina

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“Dedico este trabalho aos meus pais, Wilson e Sirlene, e ao meu namorado Guilherme que tanto me auxiliaram nestes anos de faculdade. Agradeço a todos os meus anjos de quatro patas que já estiveram comigo nesta caminhada.”

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus, pois com ele, consegui passar por todas as dificuldades impostas nestes cinco anos de Universidade. Ele foi meu guia em muitos momentos e vai ser sempre importante em minha vida. Obrigada!

Quero agradecer imensamente pelos melhores pais do mundo, Wilson e Sirlene, sem eles esse sonho nunca poderia ser possível. Foram anos longe estudando, mas que no fim me fazem lembrar que tudo valeu a pena. Obrigada, obrigada para sempre! Vocês puderam me proporcionar o melhor que nunca tiveram, sei que não foi nada fácil para vocês, mas com muita luta, vencemos juntos, eu amo vocês. A toda minha família obrigada por me apoiarem!

Ao meu namorado Guilherme, quero lhe agradecer enormemente. Você esteve ao meu lado em todos os cinco anos de faculdade, obrigada por me ouvir e entender nos momentos mais difíceis. Você foi muito importante nesta jornada, estar morando com você nestes últimos dois anos me fez uma pessoa muito melhor!

A minha irmã Gisleine, muita gratidão por sempre estar comigo e me ajudar em vários momentos, você é meu porto seguro. Gratidão a minha amiga Lais, que apesar de estarmos longe fisicamente, nunca nos distanciamos, obrigada por tantos anos de amizade sincera, você é demais!

Obrigada as minhas amigas de faculdade Amanda, Patrine e Mical, por estarem sempre comigo, estudando, fazendo trabalhos, se divertindo. Obrigada por serem minhas melhores amigas da faculdade. Levarei vocês para sempre em meu coração!

A minha orientadora Francielli, a quem sempre tive muita admiração durante toda a minha graduação, obrigada por me ajudar neste último semestre tão difícil. Você foi muito importante para mim. Obrigada! Também quero agradecer por todos os professores que já passaram pela minha vida.

Quero agradecer as minhas companheiras de quatro patas, Aisha e Penélope, por me fazerem tão felizes, vocês são as melhores cachorras do mundo! Que alegria estar ao lado de vocês, obrigada por todo o companheirismo e carinho.

Também quero agradecer a Belinha e ao Tupi, que foram meus primeiros pets e que foram meus motivos por escolher o curso de Medicina Veterinária. Obrigada!

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“O mundo tem muitas coisas boas a oferecer para quem tem a ousadia de buscar!”

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RESUMO

A esporotricose é uma infecção fúngica causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que apresenta distribuição mundial. O presente relato busca descrever um caso de esporotricose cutânea que ocorreu em um canino, macho, de 3 anos, da raça Yorkshire. O paciente apresentava um nódulo na narina direita que tornou-se uma úlcera com secreção purulenta fétida, que posteriormente evoluiu para ambas narinas. O diagnóstico ocorreu pela cultura fúngica que evidenciou a presença do fungo. O tratamento foi realizado com itraconazol e o paciente recuperou-se totalmente da micose, apresentando como sequela uma obstrução bilateral incompleta de narinas pela cicatrização exacerbada.

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ABSTRACT

Sporotrichosis is a fungal infection caused by the fungus Sporothrix schenckii, which has a worldwide distribution. The present report aims to describe a case of cutaneous sporotrichosis that occurred in a 3 years old, Yorkshire, male, canine. The patient had a nodule in the right nostril that became an ulcer with fetid purulent secretion, which later developed into both nostrils. The diagnosis was made by the fungal culture that evidenced the presence of the fungus. The treatment was performed with itraconazole and the patient recovered completely from mycosis, presenting as a sequel incomplete bilateral obstruction of the nostrils due to exacerbated scarring.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Sporothrix schenckii (fase filamentosa). ... 15

Figura 2- Sporothrix schenckii (fase de levedura). ... 15

Figura 3- Paciente em tratamento para Esporotricose. ... 24

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Hemograma do paciente (16/01). ... 23 Tabela 2- Avaliação Bioquímica Sérica do paciente (16/01). ... 23 Tabela 3- Avaliação Bioquímica Sérica do paciente (26/02). ... 24

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ALT – Alanina Aminotransferase BID – Duas vezes ao dia

BPM – Batimentos por minuto

CHGM- Concentração de hemoglobina globular média FA – Fosfatase Alcalina

IV- Intravenosa

MPM – Movimentos por minuto PPT – Proteína Plasmática Total QID – Quatro vezes ao dia

SAME – S-Adenosil L-Metionina SC- Subcutânea

SID – Uma vez ao dia TID – Três vezes ao dia

TPC – Tempo de preenchimento capilar UFPR – Universidade Federal do Paraná VGM- Volume globular médio

Kg - Quilograma

mg/kg- Miligramas por quilograma mg/ dL- Miligramas por decilitro g/dL- Gramas por decilitro

UI/L- Unidades internacionais por litro μm³- Micrometro cúbico

/μl- Por microlitro % - Por cento

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14 2.1 ESPOROTRICOSE ... 14 2.2 EPIDEMIOLOGIA ... 14 2.3 ETIOLOGIA E FISIOPATOGENIA ... 15 2.4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ... 17 2.5 DIAGNÓSTICO ... 18 2.6 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO ... 19 2.7 PREVENÇÃO ... 21 3 DESCRIÇÃO DO CASO ... 21 4 DISCUSSÃO ... 25 5 CONCLUSÃO ... 30 REFERÊNCIAS ... 31

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1 INTRODUÇÃO

A esporotricose é uma micose subcutânea que possui como agente etiológico o fungo

Sporothrix schenckii, este fungo possui dimorfismo, ou seja, pode apresentar-se na forma

leveduriforme ou filamentosa. Em ambientes em que a temperatura média é de 25 °C apresenta-se na forma filamentosa, já em temperaturas superiores (37 °C) é leveduriforme (LARSSON, 2011).

Sporothrix schenckii pode causar infecções em diversas espécies de animais, dentre

eles, equinos, caninos, felinos, bovinos, suínos, camelos, primatas e no homem, sendo considerada uma zoonose (SOUZA et al., 2009). Dentre os animais, os gatos são os principais transmissores da esporotricose para os humanos (PAULA, 2008).

O fungo causador da esporotricose foi isolado pela primeira vez no ano de 1896, a doença ocorre principalmente em países com clima tropical ou subtropical, como o Brasil (LINHARES, 2017). Este fungo é encontrado amplamente na natureza (MASCARENHAS et

al., 2018), o microrganismo é presente em solos, plantas e debris orgânicos, sendo

considerado saprófita (FILGUEIRA, 2009). A transmissão ocorre pela inoculação direta do fungo ou pelo contato com plantas e solo (PAULA, 2008).

Em gatos e cães existem três formas em que a doença pode se manifestar, a forma cutânea, linfocutânea e a forma disseminada (PAULA, 2008). A forma disseminada é considerada rara (SOUZA et al., 2009).

Em cães a esporotricose é relatada como rara, o primeiro relato de caso de esporotricose em cão no Brasil ocorreu em 1964, onde foi relatada a forma cutânea disseminada (MADRID et al., 2007). A forma mais comum da doença em cães é a cutânea, onde podem ser observadas lesões múltiplas nodulosas e firmes, áreas de alopecia e também lesões ulceradas que geralmente não são pruriginosas nem dolorosas. As lesões em cães ocorrem principalmente nas regiões do tronco, cabeça e orelhas (SOUZA et al., 2009).

Os principais diagnósticos diferenciais dessa doença são a criptococose, neoplasias, abcessos (PAULA, 2008), leishmaniose, actinomicose, demodicose, escabiose, histoplasmose,

nocardiose, tuberculose, granulomas, dentre outros (FILGUEIRA, 2009).

Para o diagnóstico definitivo há vários métodos disponíveis, tais como, cultura fúngica, citologia e histopatologia (MASCARENHAS et al., 2018). O tratamento mais comum recomendado para humanos e animais é o itraconazol, sendo que ele pode estar

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associado a outros medicamentos, como o iodeto de potássio ou o cetoconazol (LINHARES, 2017).

O presente relato tem como objetivo descrever um caso de esporotricose em um cão. O canino foi atendido, diagnosticado e tratado por profissionais no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná, na cidade de Curitiba.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESPOROTRICOSE

O Sporothrix schenckii é um fungo hifomiceto dimórfico, causador da esporotricose, sendo considerada uma micose rara (MORAILLON et al., 2013). Atualmente outras espécies de Sporothrix foram relatadas causando esta doença, mas geralmente o Sporothrix schenckii é o principal causador (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013).

O fungo é saprófito e vive em locais como o solo, vegetais e campos úmidos, principalmente em locais com clima temperado e quente (MORAILLON et al., 2013), apresentando distribuição cosmopolita (NELSON; COUTO, 2015). A transmissão do fungo de animais para humanos ocorre por contato direto e apenas os dermatófitos e o Sporothrix

schenckii são os fungos capazes de serem transmitidos dessa forma. Outros fungos como o Histoplasma e Aspergillus podem acometer animais e humanos no mesmo ambiente, mas a

transmissão geralmente ocorre pela exposição ambiental (NELSON; COUTO, 2015).

A esporotricose é uma doença fúngica e zoonótica que pode acometer o tegumento, os vasos linfáticos e todo o corpo do animal, na forma disseminada (GRAM; PARISER, 2015). O fungo causa uma infecção granulomatosa cutaneolinfática em diversas espécies de mamíferos, apresentado característica crônica (MORAILLON et al., 2013).

2.2 EPIDEMIOLOGIA

A esporotricose ocorre esporadicamente, principalmente em locais mais quentes. Os locais onde há endemicidade são o Japão, América do Norte e América do Sul, especialmente em países como o México, Brasil, Uruguai, Peru e Colômbia (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2009).

Em humanos a infecção está associada com o contato com solo, matéria orgânica e vegetais em feridas penetrantes, já a forma zoonótica é principalmente relacionada com gatos

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infectados. Entre 1998 e 2001 ocorreu um surto de esporotricose em humanos transmitido por gatos em 178 pessoas, no Rio de Janeiro (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2009).

No Brasil a maioria dos casos ocorre na região sul e sudeste do país. Na região litorânea do estado do Rio de Janeiro, que é um local quente e úmido, ocorreu até o final do ano de 2009, 3.000 casos em gatos e cães e 2.200 casos em humanos (FARIA, 2015). Os cães da raça Doberman Pincher podem ser mais predispostos a essa infecção (GRAM; PARISER, 2015).

2.3 ETIOLOGIA E FISIOPATOGENIA

A esporotricose é causada por um fungo dimórfico. Em culturas este fungo cresce rapidamente na forma filamentosa e possui uma superfície membranosa rugosa que apresenta uma cor acastanhada a marrom. Na microscopia a forma filamentosa apresenta hifas estreitas, septadas e hialinas (Figura 1). Em sua forma de levedura apresenta-se em células esféricas, ovais ou alongadas (Figura 2). No tecido animal geralmente apresenta a forma de levedura e no ambiente a forma filamentosa (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2009).

Figura 1- Sporothrix schenckii (fase filamentosa).

Fonte: Murray; Rosenthal; Pfaller, 2009.

Figura 2- Sporothrix schenckii (fase de levedura).

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Pelo exame do DNA mitocondrial do fungo há indícios de que existem pelo menos 20 cepas diferentes de S. schenckii. A doença já foi relatada em cães, gatos, equídeos, caprinos, bovinos, ratos, camundongos, hamsters, raposas, aves, camelos, golfinhos, tatus, chimpanzés e no homem (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013).

Sporothrix schenckii está na classe de fungos que causam micoses subcutâneas. As

micoses subcutâneas são mais preocupantes que micoses cutâneas. Esse tipo de fungo vive no solo rico em material em decomposição. Eles penetram na pele em pequenos ferimentos, onde ali podem chegar até o tecido subcutâneo. A esporotricose é comum entre jardineiros, pois são pessoas que estão em contato constante com o solo. Porém, vários casos são descritos em humanos que contraem a doença após a arranhadura de gatos que continham o esporo do fungo nas unhas (TORTORA; FUNCKE; CASE, 2012).

Os gatos podem possuir esse fungo nas garras, pois apresentam o hábito de afiar as unhas em plantas e também escavar o solo. Essa prática possibilita que o fungo esteja nas unhas e cavidade oral destes animais, facilitando a transmissão da doença (FARIA, 2015).

Cão é uma espécie animal que quando infectada não produz grande quantidade do fungo nos seus exsudatos e por isso oferece um risco zoonótico menor, já os gatos eliminam grande quantidade do fungo nas fezes, tecidos e exsudatos, por isso apresentam um risco zoonótico maior. Humanos que tratam gatos com essa infecção estão em alto risco de contraírem a doença (NELSON; COUTO, 2015).

Humanos e cães geralmente se contaminam pela pele lesada. Os gatos são infectados principalmente pela arranhadura de outros gatos que possuem o fungo em suas unhas, já os seres humanos podem ser infectados quando entram em contato com as secreções de gatos infectados (NELSON; COUTO, 2015), quando entram em contato direto com o solo contaminado e também quando são arranhados por gatos (TORTORA; FUNCKE; CASE, 2012). Também pode ocorrer a inalação dos esporos levando a forma disseminada, mas essa forma da doença é muito difícil de ocorrer (FARIA, 2015).

Cães de caça são mais facilmente atingidos pela esporotricose, pois possuem maior probabilidade de possuir feridas na pele, associada a espinhos e farpas oriundos da caça. Em gatos a doença é mais comumente encontrada em gatos não castrados e que possuem acesso à rua, pois são mais predispostos a brigas com outros gatos (GRAM; PARISER, 2015).

Animais que são muito expostos a solos com o agente também são mais susceptíveis. Outros fatores de risco são o contato com animais já infectados e a imunossupressão (GRAM; PARISER, 2015).

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Na transmissão, a forma filamentar do fungo penetra na pele do animal por meio de uma inoculação traumática, depois disso no tecido transforma-se na forma de levedura. Neste local ocorre a proliferação do microrganismo, inflamação local e as lesões começam a aparecer (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013). Nos casos em que a transmissão ocorre por meio da arranhadura o fungo já é inoculado na forma de levedura (FARIA, 2015).

O fungo apresenta alguns fatores de patogenicidade além do seu dimorfismo, tais como, enzimas extracelulares, melanina e termotolerância, que dá ao fungo aderência às células, facilitando a invasão do tecido e interferindo na resposta imune do hospedeiro

(FARIA, 2015).

2.4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

São três formas de manifestação da doença nos animais, cutânea, linfocutânea e disseminada (GRAM; PARISER, 2015). A forma cutânea, como seu nome diz, limita-se à pele. A lesão apresentada é uma úlcera com borda espessa e arredondada, alopécica e não pruriginosa (MORAILLON et al., 2013). A forma cutânea ainda pode ser classificada em cutânea fixa e cutânea disseminada (BARROS et al., 2010).

Em cães a forma cutânea tem como característica a formação de vários nódulos que podem drenar secreção ou apresentar crostas. As regiões mais afetadas são a cabeça e o tronco (GRAM; PARISER, 2015). Os cães podem apresentar múltiplos nódulos, mas também podem apresentar úlceras e crostas que são localizadas principalmente no plano nasal (FARIA, 2015).

Em gatos a apresentação cutânea é diferente, geralmente aparecem feridas ou abcessos, na cabeça, região lombar ou em região distal de membros (GRAM; PARISER, 2015). Podem ocorrer também nódulos e pústulas que fistulam e liberam conteúdo serossanguinolento a purulento, essas lesões podem evoluir para grandes áreas de necrose (FARIA, 2015).

As lesões cutâneas em cães tendem a ser indolores, e sem prurido, em gatos causam prurido e normalmente se disseminam, diferentemente do cão onde a disseminação é rara

(LINHARES, 2017).

A forma linfocutânea é uma evolução da forma cutânea, onde há acometimento dos vasos linfáticos, levando à formação de mais nódulos e trajetos drenantes. O aumento de linfonodos é comum nesta apresentação. Os nódulos formados são granulomatosos e depois

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de um tempo podem ulcerar. Estes nódulos possuem em seu interior um conteúdo espesso marrom escuro que é característico da infecção por este fungo (GRAM; PARISER, 2015).

Na forma disseminada ocorrem sinais sistêmicos como febre e mal-estar nos pacientes

(GRAM; PARISER, 2015). Na forma disseminada pode ocorrer uma infecção granulomatosa em pulmões, fígado, peritônio, rins e epidídimo (MORAILLON et al., 2013).

Em cães e equinos imunocompetentes a doença apresenta-se na forma cutânea ou linfocutânea, sendo que o fungo é escasso nas lesões, já quando imunossuprimidos pode ocorrer a forma disseminada, mas é rara. Em gatos a maioria dos casos são linfocutânea ou cutânea disseminada, mesmo que sejam imunocompetentes, e há uma grande quantidade do agente nas lesões (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013).

2.5 DIAGNÓSTICO

Há vários diagnósticos diferenciais para a esporotricose, dentre elas a criptococose, blastomicose, histoplasmose, que podem apresentar nódulos e trajetos drenantes na sua manifestação, neoplasias, demodicose e escabiose (GRAM; PARISER, 2015). Nas neoplasias há os diferenciais de mastocitoma e histiocitoma. A piodermite bacteriana também pode ser um diferencial. Em gatos pode ser confundido com a lepra felina, causada pelo

Mycobacterium lepraemurium(MORAILLON et al., 2013).

O diagnóstico presuntivo pode ser obtido com a anamnese do paciente e sinais clínicos (FARIA, 2015). O diagnóstico definitivo é obtido pelos métodos de cultura, citologia de exsudatos e biopsia. (GRAM; PARISER, 2015).

Na histopatologia há uma evidenciação de infecção piogranulomatosa difusa e em meio a esta, as leveduras podem ser observadas, geralmente dentro de células de defesa. Também pode ser observada a presença de células gigantes, células epitelioides, tecido conjuntivo e algumas vezes o fenômeno de Splendore- Hoeppli (FARIA, 2015).

Na histopatologia o fungo em sua forma leveduriforme raramente é encontrado, mesmo que esta seja a forma comum no tecido animal (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2009). Desta forma se faz necessário o uso de colorações especiais como Periodic

acid-Schiff ou metenamina argênica de Gomori que podem ajudar na evidenciação deste e

assim, no diagnóstico (GRAM; PARISER, 2015).

A cultura fúngica é realizada com a secreção purulenta dos nódulos ou lesões. Há laboratórios que realizam a imunofluorescência direta em lâmina, que também pode servir para a obtenção do diagnóstico definitivo (GRAM; PARISER, 2015). Na cultura o fungo

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cresce entre dois a cinco dias (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2009). Para a obtenção do diagnóstico definitivo as duas formas, de filamento e de levedura, necessitam ser visualizadas (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013).

Na citologia o microrganismo pode ser visualizado pela coloração de Wright modificado ou azul de metileno. A citologia pode ser realizada por esfregaço direto, impressão, suabe ou por raspado de pele (SOUZA et al., 2009).

A negatividade dos exames em cães não representa um diagnóstico negativo definitivo

(GRAM; PARISER, 2015), pois os cães não produzem quantidade significativa do fungo nos exsudatos em comparação com os gatos (NELSON; COUTO, 2015).

2.6 TRATAMENTO E PROGNÓSTICO

O tratamento em cães e gatos baseia-se no uso de solução supersaturada de iodeto de potássio, cetoconazol e itraconazol, ou as associações destes (GRAM; PARISER, 2015). Segundo Faria (2015) o tratamento de eleição é o itraconazol.

Em cães o tratamento com iodeto de potássio é 40 mg/kg, TID (três vezes ao dia), via oral, sendo administrado juntamente com alimento, já em gatos a dose recomendada é de 10-20mg/kg, BID (duas vezes ao dia), via oral, junto com alimento. A recomendação é um tratamento durante 60 dias, e quando as lesões já tiverem desaparecido, deve-se continuar por mais 30 dias o medicamento (GRAM; PARISER, 2015). Entretanto o iodeto de potássio pode levar a uma intoxicação em cães e gatos. Por isso é importante a avaliação dos sinais clínicos dessa intoxicação. Em cães o paciente começa a apresentar pelagem seca, secreção nasal e ocular, vômito e depressão. Em gatos os sinais são depressão, êmese, anorexia, hipotermia e fasciculações (GRAM; PARISER, 2015).

Em gatos, caso haja intoxicação é recomendado que o tratamento seja interrompido, já em cães se os sinais de intoxicação forem leves é recomendado que o medicamento seja interrompido por uma semana e depois pode ser reiniciado na mesma dose. Já com sinais mais severos deve-se pensar em outro tratamento (GRAM; PARISER, 2015). Segundo Faria (2015) o iodeto de potássio não deve ser utilizado em gatos pela grande ocorrência de intoxicação nessa espécie.

Quanto ao uso de cetoconazol e itraconazol, ambos possuem resultados bons no tratamento da esporotricose. O itraconazol tem como recomendação para cães a dose de 5-10 mg/kg a cada 12 ou 24 horas, durante 60 dias, pelo menos. Geralmente o itraconazol possui

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menos efeitos colaterais comparados ao cetoconazol. Em gatos a dose é de 15 mg/kg, SID (uma vez ao dia), via oral, durante pelo menos um mês após a remissão dos sinais (GRAM; PARISER, 2015).

O itraconazol é o tratamento de escolha para gatos por ser mais eficaz e por possuir menos efeitos colaterais. É descrito que a suspensão oral é a formulação mais eficiente e que se o medicamento for administrado com o paciente em jejum a absorção ocorre melhor

(GRAM; PARISER, 2015).

O cetoconazol é indicado para cães na dose de 5-15 mg/kg, BID, via oral, durante no mínimo dois meses, ou até 30 dias após o desaparecimento das lesões. O cetoconazol mostra resultados dentro de três meses na média, sendo que possui poucos efeitos colaterais (GRAM; PARISER, 2015).

Em gatos a recomendação do cetoconazol é de 5-10 mg/kg, BID,via oral, por até dois meses após a resolução clínica. Em gatos ocorrem mais efeitos colaterais como alterações gastrointestinais e depressão (GRAM; PARISER, 2015).

Segundo Moraillon et al., (2013) o tratamento com cetoconazol para cães e gatos deve ser efetuado na dose de 10-15 mg/kg/dia em uma dose única, sendo que o medicamento deve ser administrado junto com gordura, por via oral. O período de tratamento descrito é de quatro a seis semanas.

Animais tratados por longo prazo com medicamentos do sufixo “azol” podem apresentar alguns efeitos adversos como anorexia, hepatopatia aguda, prurido e alopecia (BARR; BOWMAN, 2006). O acompanhamento do tratamento deve ocorrer a cada duas a quatro semanas e também é importante a avaliação das enzimas hepáticas, pelo uso destes medicamentos por longo período (GRAM; PARISER, 2015).

Esta doença pode requerer internamento médico. As pessoas que estão expostas ao paciente devem ter muito cuidado na manipulação, já que podem também ser acometidas com a doença (GRAM; PARISER, 2015).

Geralmente o tratamento induz uma boa resposta e caso não haja melhora do quadro devem ser buscadas alternativas como o uso de fluconazol e terbinafina, ou até mesmo o uso de associações, como cetoconazol+ iodeto de potássio (GRAM; PARISER, 2015). Na forma disseminada e em infecções profundas a anfotericina B e a flucitosina vem sendo utilizadas (POHLMAN; CHENGAPPA, 2013).

O prognóstico para essa doença é de favorável a reservado. Recaídas podem ocorrer ao longo do tratamento, que é longo, por isso o prognóstico pode ser reservado (HNILICA; PATTERSON, 2016).

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2.7 PREVENÇÃO

Deve-se fazer uma boa orientação aos proprietários, para que estes não se infectem com o fungo. Além disso, animais saudáveis que vivem com um animal que apresenta a doença podem ser um alvo de infecção, pelo contato constante com o doente (GRAM; PARISER, 2015).

Como forma de prevenir uma reinfecção é importante encontrar a fonte da infecção inicial, assim, evitando infecções futuras. É importante frisar que mesmo animais que não possuem feridas podem se infectar com o fungo (GRAM; PARISER, 2015).

Visto que o contágio é possível de animais para o homem, os animais, principalmente os gatos, devem ser manipulados com luvas e seus tutores devem conhecer plenamente os riscos (MORAILLON et al., 2013).

Também deve-se tomar cuidado com amostras, como as obtidas para citologia e culturas, pois também podem ser uma fonte de infecção para humanos. Outra recomendação é o isolamento dos animais que estão em tratamento até que haja a melhora completa do quadro

(FARIA, 2015).

Os animais que venham a morrer desta doença devem ser cremados para que o fungo não se difunda no solo. Os locais e utensílios que forem contaminados com o fungo devem ser limpos com hipoclorito de sódio (FARIA, 2015).

3 DESCRIÇÃO DO CASO

No dia 16 de janeiro de 2019 foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR (Universidade Federal do Paraná) em Curitiba, um canino, macho, com três anos de idade, da raça Yorkshire, com pelagem característica, pesando 3,3 kg. A queixa principal era que o paciente apresentava um nódulo na narina direita que se rompeu e tornou-se uma região despigmentada a mais ou menos 15 dias, e também que o paciente apresentava secreção e odor desagradável na narina.

O paciente já havia sido atendido por outro Médico Veterinário que havia receitado prednisolona e estava atualmente fazendo a retirada progressiva do medicamento. A tutora não soube relatar a dosagem do medicamento e citou que houve piora do quadro com o tratamento.

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Na anamnese dos sistemas orgânicos, a tutora relatou alterações no sistema digestório, descreveu que houve hiporexia, no sistema cardiorrespiratório relatou espirros com secreção purulenta, cansaço fácil e dispneia. Na história médica pregressa negou doenças anteriores, relatou vacinação e vermifugação em dia e negou a presença de ectoparasitas.

Na história referente ao ambiente e manejo, a tutora relatou que o paciente reside em casa, possui acesso à rua apenas acompanhado em passeios e negou contactantes.

No exame físico o paciente apresentou nível de consciência alerta, comportamento dócil, escore de condição corporal normal, pêlos limpos, forma abdominal normal, desidratação leve, temperatura retal 39 °C (normotermia), frequência cardíaca 88 bpm (batimentos por minuto), frequência respiratória 24 mpm (movimentos por minuto), pulso forte, mucosas normocoradas, TPC (tempo de preenchimento capilar) dois segundos, linfonodos mandibulares aumentados de volume.

A suspeita clínica inicial foi de neoplasia, infecção bacteriana e/ou infecção fúngica. Exames complementares foram solicitados, hemograma, leucograma e bioquímicos. Os resultados são apresentados na Tabela 1 e 2. Também foram solicitadas citologia nasal, cultura bacteriana, antibiograma e cultura fúngica.

O tratamento inicial prescrito via oral foi de cefalexina (25 mg/kg), a cada 12 horas, durante 21 dias, ranitidina (1 mg/kg), BID, durante 21 dias, omeprazol (1 mg/kg), SID, durante oito dias e cobavital® (4 mg/animal), BID, durante três dias.

A citologia apresentou uma sugestividade de reação inflamatória neutrofílica, além de apresentar uma pequena quantidade de cocos (bactérias), no meio intra e extracelular. Na cultura bacteriana houve crescimento profuso de Staphylococcus pseudintermedius e Escherichia coli. No antibiograma os microrganismos (ambos) foram sensíveis a:

ampililina+sulbactam, amoxicilina+clavulanato de potássio, meropenem, ceftriaxona, gentamicina, neomicina, tobramicina, amicacina, norfloxacina e enrofloxacina. A bactéria

Escherichia coli mostrou-se resistente a cefalexina, receitada anteriormente.

Após o resultado da cultura bacteriana foi descontinuado a cefalexina e o antibiótico escolhido para substituição foi a enrofloxicina (5 mg/kg) , BID, via oral, durante 20 dias. Na cultura fúngica houve positividade para Sporothrix schenckii. Após 15 dias da consulta, com o resultado da cultura fúngica, foi então receitado ao paciente itraconazol (10 mg/kg), BID, durante 30 dias, após este tratamento a dose foi diminuída para 5mg/kg, BID, por mais 45 dias, totalizando 75 dias de tratamento.

Além do itraconazol também foi adicionado ao tratamento silimarina (30 mg/ kg), SID, durante 75 dias e SAME (S-Adenosil L-Metionina) (20 mg/kg), SID, durante 75 dias,

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via oral. Foi realizado um acompanhamento de enzimas hepáticas a cada 15 dias, as enzimas não sofreram muitas alterações durante esse período.

Tabela 1- Hemograma do paciente (16/01).

Hemograma

Eritrograma Resultado Referência

Eritrócitos (milhões/μL) 8,00 5,50 a 8,50

Hematócrito (%) 53 37 a 55

Hemoglobina (g/dL) 17,70 12,00 a 18,00

VGM* (μm³) 67,00 60,00 a 77,00

CHGM* (%) 33 32 a 36

Leucograma Resultado (valor absoluto) Referência (valor absoluto)

Leucócitos totais (/μl) 14.700 6.00 a 17.000 Segmentados 12.201 3.00 a 11.500 Bastonetes 0 0 a 300 Metamielócitos 0 0 Linfócitos 2.058 1.000 a 4.800 Eosinófilos 294 100 a 1.250 Monócitos 147 150 a 1.350 Basófilos 0 Raros PPT* (g/dL) 7,20 6,00 a 8,00 Plaquetas (/μl) 244.000 200.000 a 500.000

* VGM: Volume Globular Médio. CHGM: Concentração de Hemoglobina Globular Média. PPT: Proteína Plasmática Total.

Fonte: Hospital Veterinário (UFPR), 2019.

Tabela 2- Avaliação Bioquímica Sérica do paciente (16/01).

Bioquímico Resultado Referência

Albumina (g/dL) 2,30 2,60 a 3,30 ALT* (UI/L) 18,70 21,00 a 102,00 Creatinina (mg/dL) 0,70 0,50 a 1,50 FA* (UI/L) 52,60 20,00 a 156,00 Globulina (g/dL) 4,30 2,70 a 4,40 Proteína total (g/dL) 6,60 5,40 a 7,10 Uréia (mg/dL) 26,70 21,00 a 60,00

*ALT: Alanina Aminotransferase. FA: Fosfatase Alcalina. Fonte: Hospital Veterinário (UFPR), 2019.

Após cerca de 25 dias do início do tratamento com itraconazol o paciente retornou para consulta pois estava apresentando-se apático e inapetente há 2 dias. Descreveu que o paciente piorou depois que o tratamento com enrofloxacino finalizou, além disso, relatou tosse e espirros com secreção nasal purulenta, a lesão ulcerativa evoluiu para ambas narinas (Figura 3).

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Figura 3- Paciente em tratamento para Esporotricose.

A: Paciente apresentando secreção nasal purulenta. B: Narina direita após limpeza. Fonte: Acervo próprio, 2019.

Neste dia optou-se pelo internamento para observar o paciente e dar o suporte para a estabilização do quadro. No internamento o paciente permaneceu no isolamento com os seguintes medicamentos: ondansetrona (0,5 mg/kg), TID, via IV (intravenosa), ranitidina (2 mg/kg), BID, via SC (subcutânea), enrofloxacino (5 mg/kg), BID, via SC, cefalotina (30 mg/kg), BID, via IV, itraconazol (10 mg/kg), BID, via oral e limpeza do nariz com solução fisiológica, QID (quatro vezes ao dia). Além disso, também permaneceu com fluidoterapia durante o internamento. A alimentação foi pastosa e o paciente aceitou bem o alimento.

O paciente permaneceu internado durante dois dias, neste período apresentou melhora do quadro e o tratamento para a esporotricose pode continuar em casa. A alta também foi indicada devido ao alto risco da zoonose no hospital e pela contaminação ambiental, já que o paciente apresentava muita secreção nasal.

Na tabela 3 estão apresentados os resultados dos exames solicitados na data de 26 de fevereiro de 2019. Na alta do paciente além dos medicamentos já prescritos anteriormente (itraconazol, silimarina e SAME) foi prescrito ao paciente cobavital® (4 mg/animal), BID, durante oito dias.

Tabela 3- Avaliação Bioquímica Sérica do paciente (26/02).

Bioquímico Resultado Referência

Albumina (g/dL) 2,50 2,60 a 3,30 ALT (UI/L) 13,20 21,00 a 102,00 Creatinina (mg/dL) 0,40 0,50 a 1,50 FA (UI/L) 28,00 20,00 a 156,00 Globulina (g/dL) 6,10 2,70 a 4,40 Proteína total (g/dL) 8,60 5,40 a 7,10 Uréia (mg/dL) 60,00 21,00 a 60,00

*ALT: Alanina Aminotransferase. FA: Fosfatase Alcalina. Fonte: Hospital Veterinário (UFPR), 2019.

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Cerca de 60 dias após o início do tratamento com itraconazol o paciente apresentou melhora completa do quadro, uma cultura fúngica foi repetida e mostrou-se negativa. Após a melhora do quadro houve uma exacerbada reação cicatricial em ambas narinas do paciente e ocorreu uma obstrução bilateral incompleta de narinas (Figura 4). Como ocorreu a obstrução, houve a indicação de uma rinoplastia para correção nasal. O paciente apresentava dificuldade para respirar pelas narinas.

O paciente foi encaminhado para a área de clínica cirúrgica do Hospital Veterinário, onde foi solicitada uma radiografia craniana para avaliação do paciente pré-cirúrgico. Na radiografia houve uma confirmação de má conformação da cartilagem dorsal lateral nasal, um desvio ventral na porção medial da cartilagem. Por essa razão optou-se pela não realização da rinoplastia, pois havia uma alteração conformacional. Esta alteração cartilaginosa pode ter ocorrido por conta da micose, apesar disso, o paciente apresentava-se bem clinicamente.

Figura 4- Paciente com obstrução bilateral incompleta de narinas.

Fonte: Acervo próprio, 2019.

4 DISCUSSÃO

Com o histórico do paciente, as lesões e sinais que ele apresentava juntamente com os resultados dos exames solicitados o diagnóstico definitivo foi possível e o tratamento foi realizado conforme a literatura sugere. O paciente recuperou-se totalmente com o tratamento, apesar da sequela de obstrução incompleta de ambas narinas.

No dia da consulta o paciente estava fazendo uso de prednisolona, que foi receitado por outro Médico Veterinário, possivelmente por ter suspeitado de uma infecção ou doença imunomediada. Como este medicamento causa imunossupressão o paciente piorou após o seu uso (JERICÓ, MARCO, 2011).

O uso de imunossupressores deve ser evitado durante o tratamento para esporotricose, pois já foram descritos casos em que houve recidiva do fungo após o uso destes

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medicamentos (SOUZA et al., 2009). Por isso a retirada progressiva do medicamento foi realizada e o mesmo não foi mais indicado.

Os sinais clínicos que o paciente apresentava eram bem característicos quando comparados aos descritos na literatura, sendo que a forma que o fungo se apresentou no paciente foi a cutânea. O paciente apresentava inicialmente um nódulo na narina direita que se rompeu dando origem a uma úlcera, que produzia exsudado purulento. Posteriormente, a lesão evoluiu para ambas narinas. O local da lesão é concordante com a literatura, em que as regiões mais afetadas são a cabeça e o tronco (GRAM; PARISER, 2015).

Os linfonodos mandibulares do paciente estavam aumentados de volume devido à infecção no plano nasal. Na forma linfocutânea o aumento de linfonodos é comum, mas essa forma de apresentação vem acompanhada da formação de outros nódulos no trajeto de vasos linfáticos, o que não foi evidenciado neste caso, chegando-se a conclusão de que a forma que ocorreu no paciente foi a cutânea (GRAM; PARISER, 2015).

Nos exames complementares a citologia demonstrou uma sugestiva reação inflamatória neutrofílica, não sendo observado o fungo Sporothrix schenckii na amostra.

Segundo Linhares (2017) o fungo é mais visualizado via citologia em gatos do que em cães e uma infecção supurativa e granulomatosa pode ser observada. O resultado obtido no exame citológico foi condizente com o esperado, já que em cães a positividade é mais difícil e a infecção supurativa foi observada.

Na cultura bacteriana houve crescimento profuso de Staphylococcus pseudintermedius

e Escherichia coli. Na cultura fúngica houve a identificação do fungo Sporothrix schenckii.

Isso significa que o paciente estava apresentando uma infecção mista, fúngica e bacteriana. O Staphylococcus é uma bactéria Gram-positiva, presente na pele de todos os animais. O Staphylococcus pseudintermedius é uma espécie específica que acomete cães, no entanto pode acometer outras espécies animais (SMELTZER; BEENKEN, 2013).

As bactérias do gênero Staphylococcus possuem a morfologia de cocos, estes cocos

foram evidenciados na citologia realizada. O Staphylococcus está entre as bactérias mais importantes atualmente em humanos e animais (SMELTZER; BEENKEN, 2013).

Os medicamentos mais utilizados para o tratamento das infecções estafilocócicas são as cefalosporinas e os betalactâmicos, porém como existe uma ampla resistência bacteriana entre as espécies é sempre importante a realização de exames para definir a melhor terapia (SMELTZER; BEENKEN, 2013). No presente caso o antibiograma foi realizado e mostrou os diversos antibióticos que poderiam ser usados. O tratamento de eleição, após o resultado do antibiograma foi com enrofloxacina (5 mg/kg), BID, via oral, durante 20 dias.

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Além do crescimento de Staphylococcus pseudintermedius também houve o

crescimento de Escherichia coli na amostra. O gênero Escherichia pertence a família Enterobacteriaceae. Escherichia coli apresenta várias cepas e são patógenos encontrados no sistema digestório, principalmente no intestino grosso. Essa bactéria é característica de ser oportunista (MOXLEY, 2013).

A Escherichia coli é um bastonete Gram-negativo, que vive no sistema digestório de animais e também no ambiente, onde é considerado o seu habitat secundário. A transmissão ocorre por via fecal-oral (MOXLEY, 2013). No caso em questão, a bactéria foi encontrada na cultura bacteriana da secreção nasal do paciente, o que mostra que pode ter ocorrido uma contaminação fecal- oral visto que essa bactéria foi isolada em amostras obtidas em seu plano nasal.

Nos resultados dos exames hematológicos solicitados no dia da consulta (16 de janeiro) não houve alterações do eritrograma, já o leucograma apresentou uma leve neutrofilia, mas os leucócitos totais apresentavam-se dentro dos padrões de referência e não havia desvio á esquerda. Isso pode ter ocorrido fiosiologicamente por dois motivos, pelo uso de corticóides, que o paciente estava utilizando, ou por um estresse agudo no momento da coleta que levou a uma neutrofilia transitória (GONZÁLEZ; SILVA, 2008).

O aumento de neutrófilos de forma fisiológica ocorre pela resposta a liberação de adrenalina, fazendo com que o compartimento marginal de neutrófilos seja mobilizado para a circulação geral, aumentando a contagem de neutrófilos. Os glicocorticóides sejam eles endógenos ou exógenos levam tipicamente a uma neutrofilia, que normalmente não possui desvio a esquerda (GONZÁLEZ; SILVA, 2008).

Nos resultados da bioquímica sérica observou-se diminuição dos níveis de albumina e ALT. O paciente apresentava uma hipoalbuminemia leve, mas não havia hipoproteinemia. A hipoalbuminemia pode ocorrer por várias causas, dentre elas a diminuição da ingestão protéica, isso pode ter ocorrido já que o paciente estava com hiporexia (LOPES; BIONDO; SANTOS, 2007).

A hipoalbuminemia também pode ocorrer por dano hepático, mas as enzimas hepáticas do paciente estavam normais. Pode ocorrer também por parasitismo, em casos de má absorção, catabolismo aumentado de albumina, ou até mesmo em hemorragias (GONZÁLEZ; SILVA, 2008).

A enzima ALT (alanina aminotransferase) é uma indicadora de doença hepática aguda em cães e gatos quando aumentada. Ela pode estar diminuída por diversas causas, dentre elas

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processos crônicos de hepatopatia, na gestação, em pacientes com uma nutrição ruim ou na falha renal (GONZÁLEZ; SILVA, 2008). No presente relato o paciente não apresentava alterações em outras enzimas hepáticas, mas estava com hiporexia, podendo ser a causa da diminuição da ALT, o paciente não apresentava aumento em ureia e creatinina, evidenciando que não havia falha renal, concluindo que esta não seria a causa da diminuição da ALT.

Na avaliação bioquímica sérica do paciente após 25 dias de tratamento houve diminuição do valor de creatinina, hiperproteinemia e hiperglobulinemia. Os resultados dos exames após 25 dias de tratamento foram no período em que o paciente apresentou uma piora no quadro clínico e ficou internado durante dois dias.

As causas de diminuição de creatinina são dietas pobres em proteína e em casos de caquexia com perda muscular (GONZÁLEZ; SILVA, 2008). A causa descrita para hiperproteinemia é a desidratação, já para a hiperglobulinemia é a doença inflamatória aguda, que podia estar ocorrendo neste caso, já que o paciente estava em tratamento para esporotricose (LOPES; BIONDO; SANTOS, 2007).

No tratamento prescrito no dia 16 de janeiro estavam os medicamentos cefalexina, ranitidina, omeprazol e cobavital®. A cefalexina é um antibiótico da classe das cefalosporinas de primeira geração. A cefalexina é indicada para infecções de pele, tecidos moles, trato urinário e em pneumonias, foi escolhida neste caso por ser um antibiótico usado para infecções de pele (PAPICH, 2012).

A ranitidina é um antagonista dos receptores H2 da histamina, é utilizada no tratamento de úlcera e esofagite de refluxo, inibindo a secreção de ácido gástrico (RANG et

al., 2012). O omeprazol é um inibidor da bomba de prótons utilizado no tratamento de úlceras

e também na prevenção de úlceras hemorrágicas (NAGEL; SHIELDS, 2009). Estes medicamentos foram utilizados como preventivos de lesões que o antibiótico poderia causar no trato digestório do paciente.

O cobavital® apresenta em sua fórmula o cloridrato de ciproeptadina que é um fenotiazínico usado como estimulante do apetite (PAPICH, 2012). Utilizado neste caso, pois o paciente apresentava-se com hiporexia.

Após o resultado do antibiograma, a enrofloxacina substituiu a cefalexina. A enrofloxacina é uma quinolona, considerada bactericida de segunda geração, com ação principalmente contra bactérias Gram-negativas (VIANA, 2000).

Com o resultado da cultura fúngica o itraconazol foi prescrito por 75 dias. Além do itraconazol, também foi prescrito SAME e silimarina. O itraconazol é um antifúngico triazólico, com amplo espectro, possuindo como principal efeito adverso a hepatotoxicidade

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(ARMSTRONG; TAYLOR, 2009). Por esse motivo, a cada 15 dias do tratamento com itraconazol foi realizado o acompanhamento das enzimas hepáticas do paciente e os exames não apresentaram alterações.

O SAME é um nutracêutico, utilizado para o tratamento de hepatopatias, já a silimarina é um nutracêutico fitoterápico hepatoprotetor (VIANA, 2014). Foram utilizados para prevenir a hepatotoxicidade que o itraconazol poderia ao paciente.

No dia 26 de fevereiro, durante o internamento de dois dias, o paciente permaneceu com os seguintes medicamentos: ondansetrona, ranitidina, enrofloxacina, cefalotina e os outros medicamentos receitados anteriormente (SAME, silimarina e itraconazol).

A ondansetrona é uma medicação com ação antiemética, também capaz de controlar náuseas (RANG et al., 2012). A cefalotina é uma cefalosporina de primeira geração, possuindo ação principal contra bactérias Gram-positivas (VIANA, 2000). Os outros medicamentos citados já foram descritos.

Após a melhora do quadro o paciente teve alta do internamento e permaneceu em tratamento com cobavital®, SAME, silimarina e itraconazol, nas doses já descritas anteriormente.

Estima-se que o cão do presente relato pode ter contraído o fungo em diversos locais, dentre eles, nos passeios em que fazia com possível contato com solo, plantas e materiais que continham o fungo ou mesmo, no local em que vivia. O paciente não tinha contato com outros animais, então essa forma de transmissão não ocorreu.

Houve uma obstrução bilateral incompleta de narinas e o paciente apresentava dificuldade respiratória. Foi indicada uma rinoplastia para restabelecer a respiração fisiológica do paciente. Uma radiografia foi solicitada anteriormente à cirurgia, mas a mesma apresentou alterações. Na radiografia craniana do paciente houve um desvio ventral na porção medial da cartilagem dorsal lateral nasal, sendo assim, a intervenção cirúrgica não foi realizada pela dificuldade da reconstrução nasal. O paciente apresentava-se bem clinicamente apesar da obstrução respiratória nas narinas.

Segundo Paula (2008) já houve relatos de gatos que tiveram deformação do espelho nasal por conta da esporotricose. Whittemore e Webb (2007) já relataram um caso de esporotricose nasal em um canino que apresentava uma obstrução nasal crônica por conta de uma massa interna formada pelo fungo.

O proprietário foi informado sobre a infecção fúngica do paciente e que o mesmo deveria tomar cuidado já que a doença é uma zoonose, apesar dos cães apresentarem um

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potencial zoonótico menor, em comparação com gatos. Até o final do tratamento do paciente o tutor não apresentou nenhum sintoma da doença, não sendo evidenciada transmissão para humanos, neste caso.

5 CONCLUSÃO

A esporotricose é uma infecção fúngica que acomete diversas espécies de animais. O conhecimento da doença é de imensa importância para Médicos Veterinários e Médicos, já que é uma zoonose.

Os cães apresentam um potencial zoonótico menor em comparação com gatos quando apresentam a infecção, pois produzem menor quantidade do fungo em suas excreções. Apesar disso, deve-se estar atento e sempre utilizar equipamentos de proteção individual com pacientes que apresentam esta micose, evitando assim a zoonose.

O diagnóstico dessa enfermidade deve ser rápido e preciso já que a transmissão para outros animais e para o homem pode ocorrer. A esporotricose é uma infecção fúngica subcutânea, sendo mais preocupante que uma micose cutânea, mas com o tratamento correto a terapia mostra-se eficiente frente a infecção.

O tratamento é longo e precauções devem ser tomadas já que vários antifúngicos podem causar hepatotoxicidade. Por isso a avaliação periódica de enzimas hepáticas é necessária durante o tratamento para esporotricose.

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