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Qualidade de vida de agentes comunitários de saúde

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Academic year: 2021

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(1)1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL INTEGRADA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE. Naiane Machado Fontoura. QUALIDADE DE VIDA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE. Santa Maria, RS 2018.

(2) 2. Naiane Machado Fontoura. QUALIDADE DE VIDA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE. Trabalho de Conclusão de Residência apresentado ao Programa de Pós-graduação em Residência Multiprofissional Integrada no Sistema Público de Saúde, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Sistema Público de Saúde, Área de Concentração: Atenção Básica/Saúde da Família.. Orientadora: Profª Drª Vera Regina Real Lima Garcia. Santa Maria, RS 2018.

(3) 3. Naiane Machado Fontoura. QUALIDADE DE VIDA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE. Trabalho de Conclusão de Residência apresentado ao Programa de Pós-graduação em Residência Multiprofissional Integrada no Sistema Público de Saúde, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Sistema Público de Saúde, Área de Concentração: Atenção Básica/Saúde da Família. Aprovado em 28 de fevereiro de 2018. _________________________________________ Vera Regina Real Lima Garcia, Dra. (UFSM) (Presidente/Orientador) _________________________________________ Amanda de Lemos Mello, Mestre (UFSM) __________________________________________ Aline Dalcin Segabinazi, Especialista (SMS – Santa Maria). Santa Maria, RS 2018.

(4) 4. RESUMO. QUALIDADE DE VIDA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE AUTORA: Naiane Machado Fontoura ORIENTADORA: Profª Drª Vera Regina Real Lima Garcia. O Agente Comunitário de Saúde é um elemento essencial na aliança entre a população e as equipes de saúde, em virtude da sua atuação diferenciada que se caracteriza pela maior aproximação e envolvimento nas diversas questões que permeiam a vida na comunidade. Dessa forma, esses profissionais ficam expostos a inúmeras condições no seu ambiente de trabalho que podem afetar negativamente a sua saúde e, consequentemente, a sua Qualidade de Vida no Trabalho. Este estudo tem como objetivo avaliar e analisar a qualidade de vida no trabalho dos agentes comunitários de saúde do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado de dezembro de 2017 a janeiro de 2018, com uma amostra de 51 agentes comunitários de saúde que atuam na rede pública municipal. Os dados foram coletados por meio de instrumentos de autopreenchimento: questionário sociodemográfico e o questionário de Qualidade de Vida no Trabalho (Quality of Working Life Questionnaire). A análise estatística do questionário sociodemográfico foi realizada através do software Statistical Package for Social Sciences e o outro questionário possui sintaxe exclusiva de tabulação e análise em planilha eletrônica gratuita. Em relação as características sociodemográficas, 90,20% dos participantes são do sexo feminino, com idade média de 45,26 anos, casadas(os) (68,63%) e com filhos (84,31%). O tempo médio de profissão foi de 10,84 anos e o tempo médio de trabalho na unidade de saúde foi de 9,5 anos. Em relação ao instrumento de Qualidade de Vida no Trabalho, obteve-se no domínio Físico/Saúde o menor escore (49,78), em sequência, os domínios Psicológico e Profissional, todos considerados neutros, e o maior escore no domínio Pessoal (62,98), o único domínio considerado satisfatório bem como a Qualidade de Vida no Trabalho também satisfatória (55,40). Portanto, é importante a realização dessa pesquisa para investigar as condições de saúde e incentivar atitudes que promovam qualidade de vida laboral desse profissional tendo em vista os valores medianos apresentados no presente estudo, bem como promover a valorização desse profissional e melhoria na assistência a população. É importante destacar a necessidade de realização de outros estudos futuros sobre essa temática.. Palavras-chave: Qualidade de Vida. Agente Comunitário de Saúde. Saúde do Trabalhador..

(5) 5. ABSTRACT. QUALITY OF LIFE OF COMMUNITY HEALTH AGENTS AUTHOR: NAIANE MACHADO FONTOURA ADVISOR: VERA REGINA REAL LIMA GARCIA The Community Health Agent is an essential element in the alliance between the population and the health teams, due to their differentiated performance characterized by the greater approximation and involvement in the various issues that permeate community life. In this way, these professionals are exposed to numerous conditions in their work environment that can adversely affect their health and, consequently, their Quality of Life at Work. This study aims to evaluate and analyze the quality of life in the work of community health agents in the interior of Rio Grande do Sul, Brazil. It is a cross-sectional descriptive study, carried out from December 2017 to January 2018, with a sample of 51 community health agents who work in the municipal public network. The data were collected through self-filling instruments: a sociodemographic questionnaire and the Quality of Working Life Questionnaire. Statistical analysis of the sociodemographic questionnaire was performed through the Statistical Package for Social Sciences software and the other questionnaire has a unique tabulation and analysis syntax in a free spreadsheet. Concerning the sociodemographic characteristics, 90,20% of the participants are female, with a mean age of 45,26 years, married (68,63%) and with children (84,31%). The average time of profession was 10,84 years and the average time of work in the health unit was 9,5 years. Regarding the Quality of Work at Work instrument, the lowest score (49,78) was obtained, in sequence, the Psychological and Professional domains, all considered neutral, and the highest score in the Personal domain (62,98), the only domain considered satisfactory as well as the Quality of Life at Work (55,40). Therefore, it is important to carry out this research to investigate health conditions and to encourage attitudes that promote the quality of working life of this professional in view of the median values presented in the present study, as well as to promote the valorization of this professional and improve the assistance to the population. It is important to point out the need for further studies on this subject.. Key-words: Quality of Life. Community Health workers. Occupational Health..

(6) 6. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................7 2. RESUMO...............................................................................................................................8 3. INTRODUÇÃO...................................................................................................................10 3.1. OBJETIVOS......................................................................................................................11 4. MÉTODOS..........................................................................................................................11 5. RESULTADOS....................................................................................................................13 6. DISCUSSÃO........................................................................................................................18 7. REFERÊNCIAS..................................................................................................................26 8. ANEXOS..............................................................................................................................30 8.1. NORMAS DA REVISTA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE.......................................31 8.2. PARECER FAVORÁVEL DO CÔMITE DE ÉTICA EM PESQUISA...........................42 8.3. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA QVT QWLQ-78............................................46 9. APÊNDICES.......................................................................................................................53 9.1. ROTEIRO DO QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO..........................................54 9.2. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.......................................55 9.3. TERMO DE CONFIDENCIALIDADE............................................................................57.

(7) 7. APRESENTAÇÃO. A residência multiprofissional em Saúde Pública na área de concentração Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família da UFSM foi realizada do ano de 2016 a 2018, devido afinidade pessoal e profissional da residente com esse campo de trabalho, também por ser uma área relativamente nova dentro da saúde devido a criação do Sistema Único de Saúde, com ações mais focadas no coletivo, na promoção de saúde e prevenção de doenças, o que ainda é bastante inovador e pouco explorado campo de atuação profissional do fisioterapeuta. Através dos vários locais de saúde percorridos nesse período, foi observado o complexo e desgastante trabalho do agente comunitário de saúde, que é um profissional que não é da área da saúde, mas tem de lidar com situações nesse sentido, bem como outras questões difíceis que determinam e condicionam a situação de saúde das pessoas do seu território. Por esses motivos, bem como a constante observação das lamúrias desses profissionais quanto a sua própria saúde e suas dificuldades em relação ao trabalho que houve a motivação para a realização desse estudo. Este Trabalho de Conclusão de Residência será apresentado em formato de artigo a ser submetido para a Revista de Atenção Primária à Saúde, que é uma publicação científica trimestral do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde (NATES), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Rede de Educação Popular em Saúde, a revista possui qualis B5 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e este projeto está estruturado de acordo com as normas da revista (ANEXO A)..

(8) 8. QUALIDADE DE VIDA DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE. Fontoura, Naiane Machado¹; Desconsi, Eduarda²; Kretzmann, Laura Kettermann³; Garcia, Vera Regina Real Lima⁴.. RESUMO: O Agente Comunitário de Saúde é um elemento essencial na aliança entre a população e as equipes de saúde, em virtude da sua atuação diferenciada que se caracteriza pela maior aproximação e envolvimento nas diversas questões que permeiam a vida na comunidade. Dessa forma, esses profissionais ficam expostos a inúmeras condições no seu ambiente de trabalho que podem afetar negativamente a sua saúde e, consequentemente, a sua Qualidade de Vida no Trabalho. Este estudo tem como objetivo avaliar e analisar a qualidade de vida no trabalho dos agentes comunitários de saúde do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Trata-se de um estudo descritivo transversal, realizado de dezembro de 2017 a janeiro de 2018, com uma amostra de 51 agentes comunitários de saúde que atuam na rede pública municipal. Os dados foram coletados por meio de instrumentos de autopreenchimento: questionário sociodemográfico e o questionário de Qualidade de Vida no Trabalho (Quality of Working Life Questionnaire). A análise estatística do questionário sociodemográfico foi realizada através do software Statistical Package for Social Sciences e o outro questionário possui sintaxe exclusiva de tabulação e análise em planilha eletrônica gratuita. Em relação as características sociodemográficas, 90,20% dos participantes são do sexo feminino, com idade média de 45,26 anos, casadas(os) (68,63%) e com filhos (84,31%). O tempo médio de profissão foi de 10,84 anos e o tempo médio de trabalho na unidade de saúde foi de 9,5 anos. Em relação ao instrumento de Qualidade de Vida no Trabalho, obteve-se no domínio Físico/Saúde o menor escore (49,78), em sequência, os domínios Psicológico e Profissional, todos considerados neutros, e o maior escore no domínio Pessoal (62,98), o único domínio considerado satisfatório bem como a Qualidade de Vida no Trabalho também satisfatória (55,40). Portanto, é importante a realização dessa pesquisa para investigar as condições de saúde e incentivar atitudes que promovam qualidade de vida laboral desse profissional tendo em vista os valores medianos apresentados no presente estudo, bem como promover a valorização desse profissional e melhoria na assistência a população. É importante destacar a necessidade de realização de outros estudos futuros sobre essa temática.. Palavras-chave: Qualidade de Vida. Agente Comunitário de Saúde. Saúde do Trabalhador.. ABSTRACT: The Community Health Agent is an essential element in the alliance between the population and the health teams, due to their differentiated performance characterized by the greater approximation and involvement in the various issues that permeate community life. In this way, these professionals are exposed to numerous conditions in their work environment that can adversely affect their health and, consequently, their Quality of Life at Work. This study aims to evaluate and analyze the quality of life in the work of community health agents in the interior of Rio Grande do Sul, Brazil. It is a cross-sectional descriptive study, carried out from December 2017 to January 2018, with a sample of 51 community health agents who work in the municipal public network. The data were collected through.

(9) 9. self-filling instruments: a sociodemographic questionnaire and the Quality of Working Life Questionnaire. Statistical analysis of the sociodemographic questionnaire was performed through the Statistical Package for Social Sciences software and the other questionnaire has a unique tabulation and analysis syntax in a free spreadsheet. Concerning the sociodemographic characteristics, 90,20% of the participants are female, with a mean age of 45,26 years, married (68,63%) and with children (84,31%). The average time of profession was 10,84 years and the average time of work in the health unit was 9,5 years. Regarding the Quality of Work at Work instrument, the lowest score (49,78) was obtained, in sequence, the Psychological and Professional domains, all considered neutral, and the highest score in the Personal domain (62,98), the only domain considered satisfactory as well as the Quality of Life at Work (55,40). Therefore, it is important to carry out this research to investigate health conditions and to encourage attitudes that promote the quality of working life of this professional in view of the median values presented in the present study, as well as to promote the valorization of this professional and improve the assistance to the population. It is important to point out the need for further studies on this subject.. Key-words: Quality of Life. Community Health workers. Occupational Health..

(10) 10. INTRODUÇÃO. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi consolidado no Brasil no final do século XX, através do reconhecimento da saúde como direito universal garantido pela Constituição Federal de 1988, bem como a necessidade de reorientação do modelo de atenção à saúde, destacando a Atenção Primária à Saúde (APS) como modelo prioritário para organização e eixo norteador desse sistema de saúde. Nesse contexto, fez-se a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF), que mais tarde foi denominado Estratégia Saúde da Família (ESF), constituindo políticas importantes que impulsionaram mudanças em todo o país¹. A inserção do Agente Comunitário de Saúde (ACS) na ESF é um elemento essencial na aliança entre a comunidade e as equipes de saúde², em especial, por esse indivíduo estar presente no cotidiano dos lares, constituindo vínculo e vivenciando os problemas sociais e de saúde da sua população3,4. Também é um profissional que realiza ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, através de ações educativas baseadas nas diretrizes do SUS4,5, ampliando o acesso às ações e serviços através da informação e cidadania, sendo merecedor de destaque pelo seu trabalho na APS4. A atuação do ACS é diferenciada dos demais membros da equipe pela forma como se envolvem nas diversas questões que permeiam a vida das pessoas da comunidade, de maneira mais aproximada e acolhedora6. Entretanto, esses profissionais são expostos a inúmeras condições prejudiciais de trabalho, que podem resultar em acidentes e/ou doenças, evidenciando o impacto laboral sobre a saúde do ACS7. Também salienta-se outros aspectos como sobrecarga de trabalho, dificuldades no cuidado dos usuários, dores musculares, entre outros, que tem efeito insalubre a sua saúde e consequentemente, afetam a Qualidade de Vida (QV)8. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a QV é conceituada como a percepção do indivíduo a respeito de sua vida, considerando seus aspectos culturais e seus valores dentro do seu contexto, bem como os seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações9. O assunto da presente pesquisa é a qualidade de vida (QV), tendo como tema mais específico a qualidade de vida no trabalho (QVT). A QVT, apesar da nomenclatura, não representa apenas o indivíduo dentro da organização, mas sim uma relação entre a QV dentro e fora do ambiente de trabalho, a QV está relacionada diretamente ao trabalho, mas sem estar isolada da vida do indivíduo fora da empresa10..

(11) 11. Assim, observando o trabalho como determinante das condições da vida e de saúde, a QV dos profissionais está assegurada pela na Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (PNSST)11, do ano de 2011, do qual é um marco histórico na abordagem nas relações trabalho-saúde-doença no Brasil, atribuindo responsabilidade a rede pública de saúde no cuidado de seus trabalhadores, prestando assistência integral à saúde12. Tendo como objetivo a promoção da saúde, a melhoria da QV, bem como a redução dos riscos e acidentes laborais11. Com isso, convém que o trabalho desses profissionais seja realizado em condições que não prejudiquem sua integridade física e mental, bem como contribuam para a melhoria da QV13. A realização do estudo decorre da preocupação com a saúde dos ACS, considerando a inserção deste trabalhador no processo de trabalho em saúde e o número expressivo de desses profissionais no cenário brasileiro. Além do seu processo de trabalho que é determinante de diversas formas de adoecimento e a escassez na literatura de estudos que focam sua análise no desgaste decorrente do trabalho do ACS7. Assim, é importante conhecer a QV dos ACS afim de buscar melhorias nas condições de saúde e de trabalho desses profissionais, implicando na revisão e/ou reforço de condições laborais satisfatórias8. Diante da complexidade e relevância da ação dos ACS, o presente estudo teve como objetivo avaliar e analisar a Qualidade de Vida no Trabalho dos ACS de um município do interior do Rio Grande do Sul.. MÉTODOS. Trata-se de um estudo de campo do tipo transversal com abordagem quantitativa descritiva, realizado com os profissionais de saúde das ESF de um município do interior do Rio Grande do Sul. As coletas dos dados da pesquisa foram realizadas no período de dezembro de 2017 a janeiro de 2018, através da aplicação de questionários de autopreenchimento: um Sociodemográfico e outro de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Quality of Working Life Questionnaire (QWLQ-78)10. O Questionário Sociodemográfico demonstra as características dos participantes da pesquisa, contendo questões relacionadas a idade, sexo, estado civil, profissão, tempo de serviço entre outras questões acerca dos hábitos de saúde dos profissionais (APÊNDICE A). Já o instrumento de avaliação da QVT - QWLQ-78 (ANEXO C), desenvolvido por Reis Júnior10, foi baseado no questionário WHOQOL-100 da OMS, no qual define os indicadores que influenciam na QVT. O instrumento é composto por 78 questões, que se distribuem em 4.

(12) 12. domínios, que avaliam os aspectos: Físico/Saúde (17 questões), Psicológico (10 questões), Pessoal (16 questões) e Profissional (35 questões), analisado pela escala Likert, que classifica a QVT através de índices: “muito insatisfatório” (0 a 22,5), “insatisfatório” (22,5 a 45) “neutro” (45 a 55), “satisfatório” (55 a 77,5) e “muito satisfatório” (77,5 a 100)10. Ressalta-se que maioria dos artigos encontrados e utilizados nessa pesquisa avaliam a QV através do WHOQOL, avaliando nesse caso a QV e não a QVT. O questionário sobre a QVT QWLQ-78 é baseado no WHOQOL-100, no qual os domínios Físico/Saúde e Psicológico se assemelham com os domínios Físico e Psicológico no WHOQOL. Já os domínios. nível. de. independência,. relações. sociais,. meio. ambiente. e. espiritualidade/religião/crenças pessoais do WHOQOL foram agrupados e originaram o domínio Pessoal do QWLQ-78. Como é um instrumento que avalia a QVT, o QWLQ-78 criou outro domínio, denominado Profissional, não existente no WHOQOL10. Sobre o município no qual foi realizado o estudo esse apresenta um território dividido em 7 microrregiões de saúde, das quais as 17 unidades de saúde estão inseridas, em um total de 21 equipes de ESF que fizeram parte da atual pesquisa. Inicialmente, foram convidados a participar do estudo todos os profissionais integrantes das 21 equipes de ESFs do referido município, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal, totalizando 93 participantes que aceitaram participar do estudo, de uma população total de 153 profissionais. A partir dos critérios de exclusão, 25 foram excluídos por estarem de férias, de laudo ou licença, os demais recusaram a participação na pesquisa. Para a realização do presente estudo, foram selecionados apenas os ACS da pesquisa inicial para compor a amostra. A população pré-selecionada de ACS para esse estudo era composta por 93 ACS, que representam a totalidade de ACS do município. A partir disso, 18 desses foram excluídos da pesquisa pelos seguintes motivos: período de férias (8) e atestado médico (10), bem como aqueles que se recusaram a participar da pesquisa (24). Totalizando 51 participantes do estudo. Os critérios de inclusão eram: servidores públicos integrantes das ESF, nesse caso os ACS, em atuação durante período da coleta de dados da pesquisa. Os critérios de exclusão, eram profissionais contratados que não fossem do quadro efetivo do município ou aqueles que tivessem de atestado de saúde ou afastamento do trabalho no período da coleta de dados. Em relação a coleta dos dados, primeiramente foi realizado contato telefônico com as ESF, no qual um profissional de cada das unidades ficou responsável de orientar e entregar os questionários aos demais profissionais componentes da equipe. Depois, as pesquisadoras.

(13) 13. foram a cada uma das unidades ao encontro das equipes entregar os questionários ao profissional responsável, esclarecendo os objetivos, a metodologia e importância do estudo, deixando os instrumentos em sua responsabilidade para a entrega, orientação e o recolhimento dos mesmos. Também foram entregues junto aos questionários instruções de como realizá-los e duas cópias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B), para todos os profissionais do serviço de saúde. Posteriormente, as pesquisadoras foram novamente as equipes de saúde para o recolhimento dos questionários. Todos os profissionais que participaram da pesquisa foram esclarecidos sobre os objetivos, riscos e benefícios da mesma, através do TCLE, respeitando os princípios éticos de pesquisa com seres humanos, conforme os preceitos da Resolução Nº 466, do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisadora responsável também garantiu a confidencialidade das informações obtidas através do Termo de Confidencialidade (APÊNDICE C). O projeto de pesquisa obteve consentimento institucional pelo Núcleo de Educação Permanente (NEPeS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e autorização pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) sob o CAAE 79938017.4.0000.5346 e parecer número 2.453.853 (ANEXO B). Em relação a análise estatística, os dados do questionário sociodemográfico foram obtidos através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0. Já a tabulação e análise dos dados do instrumento QWLQ-78 foi realizada por sintaxe exclusiva em planilha eletrônica, disponibilizada de forma gratuita.. RESULTADOS. Sobre as características sociodemográficas, do total de 51 participantes da pesquisa, pode-se observar o predomínio de ACS 46 (90,20%) do sexo feminino, com idade média de 45,26 anos (DP ±7,14), casadas(os) 35 (68,63%) e com filhos 43 (84,31%). O tempo médio de profissão como ACS foi de 10,84 anos (DP ±52,21), sendo o tempo médio de trabalho na unidade de saúde de 9,5 anos (DP ±42,29). Todos os ACS apresentam a mesma carga horária semanal de 40 horas. Em relação aos hábitos que interferem a saúde, 44 ACS (86,27%) não são fumantes e, não etilistas, 49 profissionais (96,1%). Sobre as doenças crônicas, 30 ACS referem não apresentarem nenhuma patologia (58,82%), enquanto 21 afirmam que sim (41,18%), sendo as mais citadas: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) 15 (71,42%), Diabetes Mellitus (DM) 6.

(14) 14. (28,57%), Hipotireodismo 4 (19,05%), entre outras doenças 5 (23,81%). Também é importante ressaltar que 7 (13,73%) dos ACS apresentam mais de uma doença crônica. O uso de medicação contínua é comum a 28 ACS (54,9%) e auto-medicação não é realizada pelo predomínio desses profissionais 44 (86,27%). As informações mais detalhadas sobre as características sociodemográficas dos ACS estão a seguir, na Tabela 1. Tabela 1 - Caracterização dos Agentes Comunitários de Saúde de um município do interior do Rio Grande do Sul, 2018. N (ACS). %. Sexo Feminino. 46. 90,20. Masculino. 5. 9,80. Solteira(o). 11. 21,57. Casada(o). 35. 68,63. Separada(o). 4. 7,84. Viúva(o). 0. 0. Não respondeu. 1. 1,96. 43. 84,31. 8. 15,69. 7. 13,73. 44. 86,27. Sim. 0. 0. Não. 49. 96,10. Não respondeu. 2. 3,90. Sim. 21. 41,18. Não. 30. 58,82. HAS. 15. 71,42. DM. 6. 28,57. Estado Civil. Filhos Sim Não. Tabagista Sim Não. Etilista. Doenças Crônicas.

(15) 15. Hipotireoidismo. 4. 19,05. Outras. 5. 23,81. Sim. 28. 54,90. Não. 23. 45,10. Sim. 7. 13,73. Não. 44. 86,27. 51. 100. Medicação Contínua. Auto-medicação. TOTAL Fonte: As autoras.. Sobre a QVT, foi utilizado o instrumento QWLQ-78, no qual seus resultados são calculados através da pontuação de cada uma das questões, que pode variar de 1 a 5, sendo analisadas em cada um dos seus domínios e obtendo um escore geral de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). Também foram calculados a média, desvio-padrão, coeficiente de variação, valor mínimo, valor máximo e amplitude, conforme a Tabela 2. Tabela 2 – Medidas descritivas do QWLQ-78 para ACS. DOMÍNIO. MÉDIA. DESVIO. COEFICIENTE. VALOR. VALOR. PADRÃO. DE VARIAÇÃO. MÍNIMO. MÁXIMO. AMPLITUDE. Físico/Saúde. 2,991. 0,547. 18,278. 2,000. 4,118. 2,118. Psicológico. 3,168. 0,430. 13,570. 2,200. 4,100. 1,900. Pessoal. 3,519. 0,433. 12,291. 2,625. 4,563. 1,938. Profissional. 3,185. 0,383. 12,019. 2,412. 4,029. 1,617. QVT. 3,216. 0,382. 11,894. 2,523. 4,005. 1,482. Fonte: sintaxe QWLQ-78.. Em relação aos resultados obtidos no instrumento QWLQ-78, originou-se o Gráfico 1, que ao analisar seus dados através da classificação de Reis Júnior10 na Tabela 3, pode-se observar que o domínio Físico/Saúde apresentou o menor escore 49,78 (M=2,991; DP±0,547), seguido dos domínios Psicológico 54,19 (M=3,168; DP±0,430) e Profissional 54,63 (M=3,185; DP±0,383), dos quais todos apresentaram valores de classificação “neutra”, ou seja, não são considerados nem insatisfatórios, nem satisfatórios. O maior escore e o único domínio considerado satisfatório foi o Domínio Pessoal 62,98 (M=3,519; DP±0.433). A QVT dos ACS também apresentou resultado satisfatório 55,40 (M=3,216;DP±0,382), apesar do seu resultado ter ficado próximo ao índice “neutro”..

(16) 16. Gráfico 1 – Resultado do instrumento QWLQ-78 geral e conforme domínios.. Fonte: Sintaxe QWLQ-78. Tabela 3 – Classificação dos índices da QWLQ-78. QWLQ-78 Muito. Insatisfatório. Neutro. Satisfatório. Muito Satisfatório. 22,5 a 45. 45 a 55. 55 a 77,5. 77,5 a 100. Insatisfatório 0 a 22,5. Fonte: Reis Júnior, 2008, p.80.. Observando o Quadro 1, podemos inferir que todos os domínios possuem forte correlação com o resultado geral da QVT, porém o domínio Psicológico que possui maior correlação com a QVT, seguido do domínio Pessoal, Profissional e por último, o domínio Físico/Saúde. Percebe-se também que os domínios Pessoal e Profissional têm alta correlação em relação aos demais. O domínio Físico/Saúde é o que possui menor índice de correlação com os outros domínios, sendo o menos influenciado e o que menos influência os demais. Quadro 1 – Correlação entre os domínios do instrumento QWLQ-78 e o resultado final da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). 1. 2. 3. 4. Físico/Saúde (1) Psicológico (2). 0,691723. Pessoal (3). 0,519712. 0,764074. Profissional (4). 0,408204. 0,701093. 0,804862. QVT (5). 0,800803. 0,919628. 0,884534. Fonte: Sintaxe QWLQ-78.. 0,820649. 5.

(17) 17. Também no Quadro 2 é destacado as diversas questões da QWLQ-78 que apresentaram respostas medianas a negativas em relação aos domínios do questionário sobre a QVT. Quadro 2 – Questões destacadas sobre os domínios da QWLQ-78. Questões do Domínio. Respostas. Domínio Físico: “Você sofre com cefaleias?”. 33,34% “mais ou menos” 27,45% “bastante” 13,73% “extremamente”. “Você sofre de dores estomacais?”. 57% “mais ou menos” 25,49% “bastante” 1,96% “extremamente”. “Em que medida suas dores e/ou. 35,29% responderam “mais ou menos”. saúde o impede de realizar o que. 19,61% “bastante”. você precisa?”. 3,92%“extremamente”. “Quanto você se preocupa com. 35,29% “mais ou menos”. dores ou desconfortos?”. 39,22% “bastante” 7,84% “extremamente”. “Você. prática. exercício. físico. regular?”. 29,41% “mais ou menos” 21,57% “muito pouco” 31,37% “nada”. “Você pratica ginástica laboral ou. 5,88% “mais ou menos”. outro tipo de atividade física na. 11,76% “muito pouco”. empresa?”. 72,54% “nada”. “Você tem alguma dificuldade para. 25,49% “mais ou menos”. dormir?”. 37,25% “bastante” 5,88% “extremamente”. “Em que medida você avalia o seu. 31,37% “médio”. sono?”. 29,41% “ruim” 5,88% “muito ruim”. “Em que medida algum problema. 27,45% “mais ou menos”. com. 33,34% “bastante”. seu. sono. prejudica. seu. trabalho?” “Ao final da jornada de trabalho, o. 25,49% “médio”. quanto você se sente cansado?”. 31,37% “muito” 31,37% “completamente”. Domínio Psicológico: “Em que medida algum sentimento. 33,34% “mais ou menos”.

(18) 18. negativo interfere no seu trabalho?”. 35,29% “bastante”11,76% “extremamente”. “Em que medida você avalia sua. 49,02% “média”. motivação para trabalhar?”. 29,41% “baixa” 3,92% “muito baixa”. “Como você avalia a segurança no. 45,09% “média”. seu ambiente de trabalho?”. 31,37% “baixa” 11,76% “muito baixa”. Domínio Profissional: “O quanto você está satisfeito com a. 62,75% “médio”. sua qualidade de vida no trabalho?”. 23,73% “pouco” 1,96% “nada”. “Em que medida você se sente. 49,02% “médio”. seguro quanto a prevenção de. 27,45% “pouco”. acidentes de trabalho?”. 15,69% “muito pouco”. “A sua organização possibilita a. 27,45% “as vezes”. construção de uma carreira e/ou de. 29,41% “raramente”. avanços salariais?”. 25,49% “nunca”. “Com que frequência você necessita. 21,57% “as vezes”. de outras fontes de dinheiro para se. 23,53% “frequentemente”. sustentar?”. 31,38% “sempre”. “Como. você. avalia. a. sua. remuneração pelo seu trabalho?”. 33,34% “médio” 41,18% “ruim” 5,88% “muito ruim”. “Você se sente satisfeito com os. 58,82% “médio”. treinamentos. 27,45 “pouco”. dados. pela. sua. organização?”. 1,96% “nada”. Domínio Pessoal: “Em que medida tem os meios de. 11,76% “médio”. transporte. 31,37% “muito pouco”. adequados. trabalhar?”. para. 45,09% “nada”. Fonte: As autoras.. DISCUSSÃO Em relação as características sociodemográficas, o estudo de Ferreira14 sobre QV de 212 ACS, apresentou resultados semelhantes, no qual apresentou predomínio de profissionais do sexo feminino (91,5%), com idade média de 44 anos, em sua maioria casadas(os) (55,5%) e tinham filhos 76%, com tempo de trabalho mais observado de 11 a 15 anos de profissão.

(19) 19. (47,6%). Dados similares foram encontrados em diversas pesquisas7,. 15-19. , porém com. profissionais mais jovens e com menor tempo de serviço7,18-19. Diferentemente, em outro estudo com 24 ACS20, a maioria também era mulher (87,5%) e com filhos (56,5%), porém a com idade média de 29 anos, solteiras(os) (54,2%) e com tempo médio de serviço de 3,5 anos. Outro estudo, apresentou dados semelhantes, mas com profissionais com maior tempo de trabalho21. Foi observado que o perfil socioeconômico dos ACS desse estudo foi semelhante ao encontrado em outras regiões do Brasil e alguns países, sendo caracterizado por mulheres, casadas, com faixa etária adulto jovem. Esses dados que refletem a participação da mulher no mercado de trabalho, possibilitando maior renda familiar e avanço social feminino, bem como o desempenho instintivo do papel de cuidador na sociedade8,16. A prevalência de mulheres atuando na área da saúde, se dá também pela expansão e elevação dos níveis de escolaridade, pela redução da taxa de fecundidade, bem como as mudanças econômicas no Brasil que propiciaram um mercado de trabalho aberto para essa mulher, principalmente no setor terciário da economia13. Porém, é válido destacar que profissões associadas ao papel feminino geralmente apresentam questões de precarização de condições de trabalho e instabilidade quanto a profissão2. Também foi constatado que as participantes dessa pesquisa apresentaram tempo de atuação superior ao encontrado em diversos estudos7,18-20, envolvendo atividades quanto ACS. O maior tempo de trabalho promove um maior contato com a comunidade, favorecendo o diagnóstico do perfil dos usuários, facilitando o entendimento do seu papel quanto ACS através das suas práticas cotidianas14,16. Ademais, favorece na maior flexibilidade para mudanças, proporcionando satisfação nas relações interpessoais e sociais18. Outro aspecto facilitador é a prevalência da faixa etária de adultos jovens observada na pesquisa bem como em outros estudos, sendo provável que os ACS com mais idade tenham maior conhecimento da comunidade, implicando em facilidades no estabelecimento de vínculos e desempenho de suas funções17-18. Corroborando com o presente estudo, Ferreira14 observou que 85,5% apresentavam a mesma carga horária da presente pesquisa. Assim como para Jorge et al.18, na qual a totalidade de ACS apresentava o mesmo tempo de trabalho semanal, o que pode influenciar na alta taxa de profissionais com vínculo empregatício e a estabilidade no exercício da função14. Para tanto, a jornada de 40 horas/semanais pode ser considerada desgastante, devido ao contato direto com os usuários e as bem como as complexas ações realizadas na APS13..

(20) 20. É importante ressaltar a sobrecarga que recai sobre a trabalhadora devido à forma com que as mulheres são incorporadas ao mercado de trabalho, bem como as diferentes atribuições que assumem pela múltipla jornada de trabalho22. Ao encontro da atual pesquisa, em outro estudo23 83,5% dos indivíduos nunca fumaram e 61,4% não consumiam bebida alcoólica, sendo aspectos positivos, considerando que o uso de álcool, tranquilizantes e outras drogas estão se tornando comuns entre os ACS24. O uso de tabaco também pode estar associado a maior predisposição para incapacidades e doenças de elevada morbidade e mortalidade, afetando a QV23. Da mesma forma que o presente estudo, a pesquisa de Lorenção et al.21 observou-se que 12 (54,50%) profissionais não referiram apresentar problemas de saúde no momento, no entanto, aqueles que relataram ter doenças crônicas, a HAS foi a patologia mais citada (9,10%). Achado também encontrado por Almeida et al.7, em 4,10% dos ACS, no qual destaca o estresse ocupacional como fator importante no desenvolvimento da HAS. Considerando esse contexto, os problemas de saúde costumam interferir na QV de modo negativo e intenso em inúmeras dimensões humans, principalmente na funcionalidade social, no relacionamento interpessoal e na execução de atividades diárias21. Outra questão relevante é sobre a dependência de medicação que também foi encontrada em outros estudos16,21,23, aspecto que afeta significativamente a QV. Apesar disso, foram encontrados baixos de auto-medicação, o que talvez se explique pelo fato dos ACS trabalharem com mobilização comunitária, cumprindo uma demanda Ministério da Saúde (MS) que faz do ACS fomentador do uso correto de medicamentos, diminuindo essa prática que tem causado tantos prejuízos a saúde das pessoas6. Em relação a QVT, foram encontrados poucos estudos que utilizaram do mesmo instrumento (QWLQ) com profissionais de saúde. Em um desses estudos25, que tratava do cuidado em saúde mental de 13 ACS, os resultados encontrados foram diferentes da atual pesquisa. No qual apresentou seu menor escore no domínio Profissional (52,11) considerado neutro, e todos os demais domínios (Físico/saúde: 60,76, Psicológico: 63,89 e Pessoal: 66,15) bem como a QVT (60,73) com valores satisfatórios25. Dessa forma, o presente estudo apresentou valores mais baixos em relação a pesquisa anteriormente citada. O outro estudo que utilizou o QWLQ, fez uma pesquisa com 49 profissionais de saúde de uma prefeitura26, também utilizando o WHOQOL abreviado, obtendo resultados satisfatórios de forma geral no WHOQOL e no QWLQ, apresentando a QVT (69,21) satisfatória, com seu menor índice no domínio Profissional (64,17) e maior escore no domínio Pessoal (75,94), assim como o presente estudo que mesmo domínio teve seu maior escore e.

(21) 21. único índice considerado satisfatório26. Dessa forma, o estudo de Medeiros26 também apresenta melhores resultados nos domínios que a atual pesquisa. No presente estudo, a QVT resultante do instrumento apresentou valor “satisfatório”, apesar de estar um pouco acima do índice considerado “neutro”. Esse resultado pouco positivo pode ser melhor explicitado pela questão do QWLQ sobre a satisfação dos ACS com sua QVT, no qual 88,24% dos profissionais apresentam opinião medianas a negativas sobre esse aspecto. De forma semelhante, outra pesquisa20 que tratava da QV dos ACS, nenhum dos domínios avaliado estavam dentro de uma faixa indicativa de uma boa QV. Assim como o estudo de Lourenção et al.21, 50% dos profissionais não eram nem satisfeitos, nem insatisfeitos com a sua QV. Corroborando com a atual pesquisa, a maioria dos estudos encontrados apresentaram uma boa QV14,19,23, porém com elevado percentual de satisfação negativa quanto a saúde geral19,23 ou valores medianos14-15, que se analisados de forma conjunta sinalizam uma avaliação da QV considerada satisfatória. Diferente do presente estudo, a pesquisa de Santana15 apontou o domínio Físico com a maior correlação com a QV geral. No entanto, mesmo afetando a QV global, o trabalho do ACS incide mais especificamente sobre a saúde física19. Assim como na atual pesquisa, na qual o domínio Físico/Saúde apresenta o menor escore, salientando que as questões as relacionadas a esse domínio interferem de forma significativa na vida dos ACS. De modo parecido, outro estudo17 que avaliou a QV de 316 ACS, os domínios que apresentaram menor escore médio foram o domínio meio ambiente (47,4) e o Físico (64,0). Assim como a maioria dos estudos que se utilizam o WHOQOL, o domínio meio ambiente apresenta quase unanimamente o menor escore13,14,16-19,21,23,27. Com isso, o domínio Físico só não é menor escore nesses estudos em por existir o domínio Meio Ambiente no WHOQOL. Corroborando com o atual estudo em outras pesquisas15,21 o Domínio Físico apresentou escore intermediário, também evidenciando que os agravos físicos estão interferindo na QV destes profissionais21. Nesse contexto, sabe-se que o domínio Físico/Saúde é influenciado pelo estresse26, que é qualquer demanda sobre o corpo que se manifesta em problemas físicos e/ou psicológicos21, desencadeado por fatores do processo de trabalho dos ACS18,27, produzindo diversos sintomas como cefaleias, dores estomacais e dores em geral, que diminuem o poder de concentração e o índice de QV dos ACS26. Ratificando as questões obtidas através do questionário da QVT do presente estudo, ao qual as ACS sofrem em algum grau com cefaleias.

(22) 22. (74,50%), com dores estomacais (49,01%), e apresentam preocupação com dores (82,35%) e essas impedem em alguma medida (58,82%) os ACS na realização de suas tarefas. De forma semelhante no estudo de Santana15, 88,5% das ACS que afirmaram que a dor atrapalhava em algum grau suas atividades diárias. Outra pesquisa17 destaca que indivíduos com dor podem apresentar limitação funcional, o que impede a realização das práticas laborais, como por exemplo, as visitas domiciliares. Ao contrário do que é observado nessa pesquisa, outro estudo21 afirma que a ausência de queixas dolorosas que diminuam a capacidade de trabalho são de alta relevância, pois a profissão do ACS está diretamente relacionada com a sua própria capacidade e aptidão física. Essa capacidade física não parece estar presente na vida dessas profissionais, no qual 82,35% dos ACS do presente estudo não praticam exercícios físicos regulares e não praticam ginástica laboral em 90,20% das respostas das participantes. Além de avaliar questões sobre atividade física e ginastica laboral, o domínio Físico/Saúde avalia aspectos como qualidade do sono, cansaço, satisfação das necessidades fisiológicas básicas e estresse10. Assim, na presente pesquisa apresentou respostas negativas dos ACS quanto ao sono, no qual 66,67% avaliavam de médio a muito ruim o seu sono, 68,62% tinham dificuldade para dormir e 60,78% referiram que o sono prejudicava seu trabalho. Corroborando com essa pesquisa, os ACS de outro estudo23 também eram acometidos pela dificuldade para dormir. Com isso, a má qualidade do sono e outras questões, podem gerar a fadiga que pode ocorrer em decorrência de situações da vida ou do trabalho ao longo do tempo, caracterizado por cansaço constante21. Ao encontro do que é observado no presente estudo, no qual ao final de uma jornada de trabalho 88,24% dos ACS se sentem cansados em alguma medida. Também é importante salientar que o domínio Físico é transversal à medida em que gera estresse e sentimentos negativos, interferindo nas relações sociais e psicológicas15. Em relação aos sentimentos negativos, assim como o presente estudo no qual 80,39% apresentam esses sentimentos, outras pesquisas também demonstram que os ACS são frequentemente acometidas15,28. Lourenção et al.21, evidencia que baixos escores no domínio psicológico devido sentimentos negativos estão relacionados as dificuldades de enfrentamento e/ou adaptação aos fatores estressores/desgastantes da profissão, observada em outro estudo20 no qual a maioria dos ACS atribuem estresse no trabalho que desempenham e acreditam que seu estado emocional interfere em suas atividades. Nesse contexto, na pesquisa de Costa et al.27 a maior parte das ACS (66,7%) apresentaram. nível. de. Burnout. considerável,. demonstrando. o. sofrimento. e. as.

(23) 23. vulnerabilidades, constantes na literatura sobre as ACS19. Aspectos que facilitam o entendimento dos motivos que determinam o domínio psicológico como o mais correlacionado com a QVT no presente estudo. O domínio psicológico também abrange indicadores como: o autocontrole, autoestima, motivação, responsabilidade, segurança, entre outros10. Assim, nessa pesquisa observou-se que 82,35% apresentam em algum nível de desmotivação para trabalhar. Essa questão que pode estar relacionada com outros aspectos negativos presentes nas em outras respostas dessas ACS. Como no estudo de Barroso e Guerra20 que explicitou que a presença de exaustão emocional pode estar associada a falta de vontade para ir trabalhar, nervosismo, sensibilidade em baixa e pouca paciência. Outra questão importante do domínio psicológico é sobre a segurança no ambiente do trabalho, no qual 88,24% dos participantes sentem algum grau de insegurança. Essas condições de insegurança e falta de proteção remetem às situações de violência urbana19, no qual os ACS estão expostos, através das visitas em famílias em vulnerabilidade, percorrendo longas distâncias em condições climáticas adversas, entre outros que destacam a penosidade do trabalho dos ACS7. O domínio profissional aponta o maior número de indicadores avaliados, como a autonomia, cooperação, educação, acidentes de trabalho, plano de carreira e aprendizagem, remuneração e treinamento10. Apresentando nesse estudo diversas questões negativas quanto aos aspectos relacionados a esse domínio como a insegurança quanto a prevenção de acidentes em 92,16% dos ACS, insatisfação pela progressão na carreria e/ou avanços salariais em 82,36% dos participantes e sobre cerca de 76,48% dos profissionais ACS necessitarem de outras fontes para o seu sustento. De forma semelhante o estudo de Ferreira14, afirma que 9% dos ACS tiveram acidentes no trabalho no último ano e refeririam, em sua maioria, que não foram fornecidos equipamentos de proteção. Fazendo-se necessário a disponibilização desses equipamentos aos ACS29. Assim como nessa pesquisa, Santana15 mostra que todas as ACS são servidoras com vínculo com empregatício estável, o que não suprime suas insatisfações, em especial pela falta de planos de carreira, cargos e salários no SUS bem como a inexistência de isonomia salarial entre as categorias14, sendo necessário a implementação de cargos no âmbito municipal15. Opondo-se a esse estudo, se destaca que a maior parte dos ACS não realizava outra atividade remunerada nas demais pesquisas14,18,23..

(24) 24. Corroborando com essa pesquisa no qual 80,39% dos participantes avaliaram negativamente sua remuneração, Mascarenhas et al.17 afirma que os ACS também acham insuficiente o salário que recebem diante do trabalho por eles desempenhado. A baixa remuneração dificulta o acesso adequado aos serviços o que interfere diretamente na QV dos indivíduos17. Sobre os treinamentos, de forma a concordar com esse estudo a pesquisa de Medeiros26 também demonstrou a insatisfação dos profissionais em relação com esse aspecto, no qual o atual estudo apresenta 88,24% dos trabalhadores insatisfeitos em algum nível com os treinamentos da sua organização. Outros artigos23,28 sugerem que a falta de capacitação específica para os ACS é um sério dificultador para realização do seu trabalho29. Outro aspecto importante de salientar é a alta correlação encontrada entre os domínios profissional e pessoal, uma vez que as questões da vida pessoal fazem parte da saúde, sendo essa é indissociável do trabalho30. Essa relação também é explicada por esse profissional morar e trabalhar no território, pois ele desempenha o papel de trabalhador na equipe de saúde e de morador da comunidade através da convivência entre as famílias, vizinhos e comunidade em geral, o que gera peculiaridades afetivas, solidárias e cuidadoras, justificando a vinculação do ACS com a comunidade pois apresentam as mesmas dificuldades da população que acompanham31. No domínio pessoal são avaliados aspectos como a auto-avaliação, lazer, moradia, questões geográficas, privacidade, realização pessoal, transporte/mobilidade, entre outros10. Dessa maneira, a questão do presente estudo que tratava sobre dispor de meios adequados de transporte para trabalhar, 88,23% das ACS apresentaram certo grau de insatisfação nesse quesito. Opondo-se a outros estudos21,26, no qual os ACS estão satisfeitos com seu meio de transporte. A única questão apontada insatisfatória no trabalho sobre o domínio ressalta o resultado o satisfatório desse domínio no presente estudo. Corroborando com essa pesquisa, o estudo da Silva et al.23 destaca que apesar do desgaste emocional, os ACS ainda estão conseguindo manter bons níveis de QV, tendo como a abrangência do construto da QV como possível contribuidor por envolver a dimensão do trabalho e outros aspectos da vida dos indivíduos. Dessa forma, conclui-se que apesar da QVT das ACS ter apresentado índice satisfatório, as percepções individuais dessas profissionais sobre esse aspecto, bem como o resultado da maioria dos domínios, demonstram que a QVT não pode ser erroneamente considerada boa. Assim, sugere-se a adoção de estratégias institucionais para melhorar a QV.

(25) 25. dos ACS, como: a promoção de atividades físicas laborais em áreas comunitárias, a criação de grupos psicoeducativos para o enfrentamento de situações complexas vivenciadas no trabalho, bem como a valorização dos processos de trabalho do ACS. Também é importante o olhar da gestão sobre esses profissionais, afim de melhores condições de trabalho. É valido ressaltar que os participantes da pesquisa foram pessoas que teoricamente estavam saudáveis, ou seja, os ACS que por ventura estivessem afastados por motivos relacionados ao trabalho (como o ocorrido no estudo no qual 10 participantes estavam de atestado médico) deixaram de contribuir com a pesquisa, omitindo dados que interfeririam de forma importante nas questões levantadas pelo estudo. Assim, considerando o importante papel dos ACS para a saúde pública brasileira, recomenda-se realização de estudos futuros que avaliem a QVT desses profissionais, com maior tempo de seguimento e ampliando os aspectos a serem investigados. Tais ações podem contribuir para a QV dos ACS e ajudar a garantir a qualidade do atendimento aos usuários assistidos por estes profissionais..

(26) 26. REFERÊNCIAS. 1. Simas PRP, Pinto ICM. Trabalho em saúde: retrato dos agentes comunitários de saúde da região Nordeste do Brasil. Cien Saude Colet. 2017; 22(6):1865-1876. 2. Fogaça CA, Tombini K, Campos R. A valorização profissional do agente comunitário de saúde. Saúde Meio Ambient. 2017; 6(2):77-93. 3. Pinto GA, Palácio MAV, Lôbo AC, Jorge MSB. Vínculos subjetivos do agente comunitário de saúde no território da Estratégia saúde da família. Trab. Educ. Saúde. 2017; 15(3):789-802. 4. Lima RCD, Galavote HS, Coelho APS, Vieira ECL, Silva RC, Andrade MAC. Agente comunitário de saúde no espírito santo: do perfil às atividades desenvolvidas. Trab. Educ. Saúde. 2017; 15(1):283-300. 5. da Silva JR. A importância do agente comunitário de saúde para a qualidade de vida da população do município de São Sebastião do Alto – Volta Redonda [dissertação]. Volta Redonda: Universidade Federal Fluminense; 2016. 6. da Silva CA, Souza DS; Lima JC, Alexandre LAC. O Exercício Cotidiano do Agente de Saúde na Unidade de Saúde da Família – Capela de São Bráz. Id on Line Rev. Psic. 2017; 11(37):133-142. 7. Almeida MCS, Baptista PCP, Silva A. Cargas de trabalho e processo de desgaste em Agentes Comunitários de Saúde*. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):95-103. 8. Sousa LP, Serra MAAO, Rocha FAC. Fatores que influenciam na qualidade de vida dos agentes comunitários de saúde. Acta Paul Enferm. 2016; 29(2):191-7. 9. Bredemeier J, Agranonik M, Perez TS, Fleck MP. Brazilian version of the Quality of Care Scale: the perspective of people with disabilities. Rev. Saude Publica. 2014; 48(4):583-93..

(27) 27. 10. Reis Junior DR, Pilatti LA, Pedroso B. Qualidade de vida no trabalho: construção e validação do questionário QWLQ-78. Revista Brasileira de Qualidade de Vida. 2008. 3(2):112. 2011 11. Brasil. Decreto nº 7.602, de 07 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política de Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2011. 12. Dias EC, Silva TL. Contribuições da Atenção Primária em Saúde para a implementação da Política Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (PNSST). Rev. bras. saúde ocup. São Paulo. 2013. 38(127):31-43. 13. Ferigollo, JP, Fedosse E, dos Santos Filha VAV. Qualidade de vida de profissionais da saúde pública. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos. 2016. 24(3):497-507. 14. Ferreira KM. Qualidade de vida dos agentes comunitários de saúde. Juiz de Fora [dissertação]. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora; 2016. 15. de Santana MCC. Avaliação da Qualidade de Vida dos Agentes Comunitários de Saúde da Família de Ipojuca, Pernambuco. Recife: Fundação Oswaldo Cruz; 2016. 16. Mascarenhas CHM, Fernandes MH, Prado FO, Oliveira LL, Costa RFG, Santos DCL. Qualidade de vida de agentes comunitários de saúde. Arq Ciênc Saúde; 2012. 19(4): 97-103. 17. Mascarenhas CHM, Prado MH, Fernandes MH. Dor musculoesquelética e qualidade de vida em agentes comunitários de saúde. Rev. salud pública; 2012. 14(4): 668-680. 18. Jorge JC, Marques ALN, Côrtes RM, Ferreira MBG, Haas VJ, Simões ALA. Qualidade de vida e estresse de agentes comunitários de saúde de uma cidade do interior de Minas Gerais. Rev Enferm Atenção Saúde;2015.4(1):28-41. 19. de Almeida MTO. Análise da qualidade de vida e trabalho dos agentes comunitários de saúde de Sobral, Ceará. Universidade Federal do Ceará. Ceará [dissertação]; 2016..

(28) 28. 20. Barroso SM, Guerra ARP. Burnout e qualidade de vida de agentes comunitários de saúde de Caetanópolis (MG).Cad. Saúde Colet.; 2013.21(3): 338-45. 21. Lourenção LG, Back CR, Santos CB, Sousa CP.Qualidade de vida de agentes comunitários de saúde de um município do interior do Estado de São Paulo. Arq Ciênc Saúde; 2012.19(1):19-27. 22. Bacurau FRS, Melo Neto AJ, Aguiar FB, Hirsch-Monteiro C.Qualidade de vida de trabalhadores de Unidades Saúde da Família. Rev. Saúde e Meio Ambiente – RESMA;2017. 5(2):127-140. 23. Mascarenhas CHM, Prado FO, Fernandes MH. Fatores associados à qualidade de vida de Agentes Comunitários de Saúde. Ciên. & Saúde Coletiva; 2013. 18(5):1375-1386. 24. da Silva MA, Lampert SS, Bandeira DR, Bosa CA. Saúde emocional de agentes comunitários:. burnout,. estresse,. bem-estar. e. qualidade. de. vida.. Revista. da. spagesp;2017.18(1): 20-33. 25. Diniz JAR. Promoção da saúde: janelas de oportunidades para reflexão e ressignificação do cuidado em saúde mental para a agentes comunitários – São Luís [dissertação]. Universidade Federal do Maranhão;2014. 26. Medeiros CH. Qualidade de vida dos profissionais do SUS da prefeitura municipal de Alegrete – Alegrete [monografia].Universidade Federal do Rio Grande do Sul;2012. 27. Costa P, Ferrareto SB, Cerveny GCO. Avaliação da qualidade de vida, nível de Burnout e enfrentamento do estresse no trabalho de agentes comunitários de uma unidade de Programa de Saúde da Família no município de Piracicaba/SP. R. bras. Qual. Vida; 2014. 6(3)164-173. 28. Ferrari GSL, Wadi JML, Ferrari CKB. Qualidade de vida em profissionais da Estratégia de Saúde da Família no Vale do Araguaia, Amazônia Legal, Brasil. Scire Salutis; 2013. 3(1):78-85..

(29) 29. 29. Hoppe AS, Santos AC, Weigelt LD, Alves LMS, Krug SBF. O contexto de trabalho de Agentes Comunitários de Saúde: a relação do conteúdo do trabalho com variáveis sociodemográficas. Rev. Jovens Pesquisadores;2017.7(1):60-73. 30. Carvalho GM. Enfermagem do Trabalho. 2ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 31. Pinto AGA, Palácio MAV, Lôbo AC, Jorge MSB. Vínculos subjetivos do agente comunitário de saúde no território da estratégia saúde da família. Trab. Educ. Saúde; 2017.15(3):789-802..

(30) 30. ANEXOS.

(31) 31. ANEXO A – NORMAS DA REVISTA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. INSTRUÇÕES PARA COLABORADORES A Revista de APS – Atenção Primária à Saúde – (impressa e on line) é uma publicação científica trimestral do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde (NATES), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e Rede de Educação Popular em Saúde, e tem por finalidades: sensibilizar profissionais e autoridades da área de saúde em APS; estimular e divulgar temas e pesquisas em APS; possibilitar o intercâmbio entre academia, serviço e movimentos sociais organizados; promover a divulgação daabordagem interdisciplinar e servir como veículo de educação continuada e permanente no campo da Saúde Coletiva, tendo como eixo temático a APS. 1. A revista está estruturada com as seguintes seções: Artigos Originais; Artigos de Revisão; Artigos de Atualização; Relato de Casos e Experiências; Entrevista; Tribuna; Atualização Bibliográfica; Serviços; Notícias. A seção “Artigos Originais” é composta por artigos resultantes de pesquisa científica, apresentando dados originais de descobertas com relação a aspectos experimentais ou observacionais, voltados para investigações qualitativas ou quantitativas em áreas de interesse da APS. “Artigos originais” são trabalhos que desenvolvem críticas e criação sobre a ciência, tecnologia e arte das ciências da saúde, que contribuam para a evolução do conhecimento humano sobre o homem e a natureza e sua inserção social e cultural. (Devem ter até 25 páginas com o texto na seguinte estrutura: introdução; material ou casuística e métodos, resultados, discussão e conclusão). A seção “Artigos de Revisão” é composta por artigos nas áreas de “Gerência, Clínica, Educação em Saúde”. Os “artigos de revisão” são trabalhos que apresentam sínteses atualizadas do conhecimento disponível sobre matérias das ciências da saúde buscando esclarecer, organizar, normatizar, simplificar abordagens dos vários problemas que afetam o conhecimento humano sobre o homem e a natureza e sua inserção social e cultural. Têm por objetivo resumir, analisar, avaliar ou sintetizar trabalhos de investigação já publicados em revistas científicas. (Devem ter até 20 páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão)..

(32) 32. A seção de “Artigos de Atualização” é compostapor artigos que relatam informações atuais ou novas técnicas das áreas cobertas pela publicação. (Devem ter até 15 páginas com texto estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão). A seção de “Relato de Casos e Experiência” é composta por artigos que relatam casos ou experiências, explorando um método ou problema através do exemplo. Os relatos de casos apresentam as características do indivíduo estudado, com indicação de sexo, idade e podem ser realizados em humanos ou animais, ressaltando sua importância na atuação prática e mostram caminhos, condutas e comportamentos para sua solução. (Devem ter até 8 páginas com a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão). As demais seções são de responsabilidade dos Editores para definição do tema e convidados: Entrevista - envolvendo atores da APS; Tribuna – debate sobre tema polêmico na APS, com opinião de especialistas (2 páginas); Atualização bibliográfica – composta de lançamentos de publicações, resenhas (1 página) e resumos de dissertações ou teses (2 páginas), de interesse na APS; Serviços informa sobre eventos e endereços úteis; Notícias – informa sobreeventos ocorridos, portarias ministeriais, relatórios de grupos de trabalho, leis de interesse na APS. 2. A. submissão. dos. trabalhos. é. realizada. online. no. endereço:. http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions. O(s) autor(es) deve(m) se cadastrar usando E-mail válido, respondendo de forma ágil às mensagens eletrônicas recebidas, podendo aí acompanhar o processo de avaliação. Os artigos devem ser elaborados utilizando o programa “Word for Windows”, versão 6.0 ou superior em formato doc ou rtf, letra “Times New Roman” tamanho 12, espaço entre linhas um e meio, com o limite de páginas descrito entre parênteses em cada seção acima citada. Devem vir acompanhados de ofício de encaminhamento (anexado em documento suplementar. no. passo. 4. da. submissão. em:. http://aps.ufjf.emnuvens.com.br/aps/about/submissions#onlineSubmissions) contendo nome dos autores e endereço para correspondência, e-mail, telefone, fax e serem endereçados à revista. Neste ofício, deverá ser explicitada a submissão exclusiva do manuscrito à Revista de APS, bem como declaração formal da contribuição de cada autor (segundo o critério de autoria do International Committee of Medical Journal Editors, autores devem contemplar todas as seguintes condições: (1) Contribui substancialmente para a concepção e.

(33) 33. planejamento, ou análise e interpretação dos dados; (2) Contribui significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e (3) Participei da aprovação da versão final do manuscrito). Ao trabalho que envolver pesquisa com seres humanos será exigido que esta tenha obtido parecer favorável de um Comitê de ética em pesquisa em seres humanos, devendo o artigo conter a referência a esse consentimento, estando citado qual CEP o concedeu, e cabendo a responsabilidade pela veracidade desta informação exclusivamente ao (s) autor (es) do artigo. 3. Os trabalhos devem obedecer à seguinte sequência de apresentação: a) título em português e inglês; deve ser conciso e explicativo, representando o conteúdo do trabalho. Não deve conter abreviaturas b) a identificação dos autores, filiação institucional e contato devem ser digitadas no SEER, cadastro dos autores. O manuscrito dever ser submetido no SEER sem autoria. c) resumo do trabalho em português em que fiquem claros a síntese dos propósitos, os métodos empregados e as principais conclusões do trabalho; d) palavras-chave – mínimo de 3 e máximo de 5 palavras-chave ou descritores do conteúdo do trabalho, apresentadas em português de acordo com o DeCS – Descritores em Ciências da Saúde da BIREME- Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde – URL: http://decs.bvs.br/ e) abstract – versão do resumo em inglês; f) key words – palavras-chave em inglês, de acordo com DeCS; g) artigo propriamente dito, de acordo com a estrutura recomendada para cada tipo de artigo, citados no item 1; h) figuras (gráficos, desenhos, tabelas) devem ser enviadas no corpo do texto, no local exato de inserção na definição dos autores; serão aceitas fotografias em preto e branco. Todas as figuras deverão ser apresentadas em preto e branco ou escalas de cinza;.

(34) 34. i) referências: Em conformidade com os “Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos Biomédicos” conhecido como Estilo de Vancouver, elaborado pelo Comitê Internacional. de. Editores. de. Revistas. Médicas. –. ICMJE disponível. <http://www.icmje.org>. em: e. <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed> (ingles) e <http://www.b u.ufsc.br/ccsm/vancouver.html> (português).. 1. Não são aceitas notas de rodapé. O conteúdo das mesmas deve ser inserido no corpo do artigo; 2. Citações no texto: as citações de autores e textos no corpo do manuscrito serão numéricas, de acordo com ordem de citação, utilizando o estilo “Vancouver” ou “Requisitos Uniformes para Originais submetidos a Periódicos Biomédicos”. Ex: Citando autor: Vasconcelos1: Citando texto: “A educação em saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que se tem ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar cotidiano da população.”1:243 (indica-se o nº da referência : e a página) Todas as referências citadas no texto, incluindo as de quadros, tabelas e gráficos deverão fazer parte das referências, apresentadas em ordem numérica no final do artigo. Regras. para. entrada. de. autores. ver. em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed&part=A32352 A seguir são apresentados alguns exemplos de referências: Artigo de Periódicos Com até seis autores: Motta MG. Programa Médico de Família de Niterói: avaliação da assistência pré-natal na Região Oceânica. Rev APS. 2005 jul./dez; 8(2):118-22. Najar AL, Peres FF. A divisão social da cidade e a promoção da saúde: a importância de novas informações e níveis de decupagem. Ciên Saúde Coletiva. 2007 maio/jun;12(3):675-82..

Referências

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