EST2 LIvT.D N A O PODE
8AiR D A BiBLiGTECA
KOITUKSNTOS HI3T(5RIC0S 33E SOUSA
MONOG-RAPIA
TERSZIIIHA EMfalO E3TRELA
CUR30 D E HISTdRlA
UTTI VERS IDA HE FEDERAL DA P A R A N A CSTTTRO DE FORMAglO DS PROFESSORES
Teresinfca Smidio E s t r e l a
I
Monumentos H i s t o r i c o s de Sousa
"Nao,nao e f a c i l escrever, l£ dure- quebrar rochas,Mas vo*-am f a i s c a s e lasoas como a-90s espeihados'* •
C l a r i c e L i 3 p e c t o r .
PENSAMBKTO
"A v i r t u d e da esperanca e o maior bem da t e r r a ; s o quern espera pode ser bom;so quern espera pode s e r1 sabio»e consegue ser f o r t e " .
SUMSlRJO
Introdugao. .... . * Pag.06 I g r e j a do Rosario - A P r i m i t i v a * ... .Pag.07
Acaua - Atragoes Monumentais. B a g . l l Pe.Luiz Jose C o r r e i a de Sa - P o l i t i c o e R e v o l u c i o n a r i o Pag. 13
Santuario E u c a r i s t i c o de Sousa* .Pag. 16
Homenagem a Oonego Bernardino V i e i r a . .Pag.20 F r e i Damiao de Bozzano - 0 K i s s i o n a r i o . , Pag.21
Anexos Pag.23 Oonclusao *. *..Pag.24
INTRQjOTJGgQ
0 presente t r a b a l h o e uma e x i g e n c i a da d i s c i p l i n a P r a t i c a de' Ensino,do Curso de l i c e n c i a t u r a Plena em Historia,Campus V da Uni' versidade Federal da Paraiba,que tern como tema:Monum©ntos H i s t o r i * cos de Sousa.A escolha deste tema s u r g i u da necessidade que s e n t f1 em o r g a n i z a r urn estudo s i s t e m a t i c o , v i s a n d o informagoes sobre a o r i gem e o v a l o r historic© de cada monumento e d i f i c a d o na cidade de '
Sousa.Atraves deste o b j e t i v a r e i , p o r t a n t o f o r n e c e r a p o s t e r i d a d e , -1 conhecimentos adequados destes e com i s s o i n c e n t i v a r o turismo -, l para a r e g i a o de Sousa.
Os monumentos h i s t o r i c o s de Sousa,em sua m a i o r i a datam do se' c u l o passado,estao r e l a c i o n a d o s com a c u l t u r a e os costumes r e g i o1 nais.Representam a r e l i g i o s i d a d e de nossos antepassados e r e f l e t e m urn enorme v a l o r historic©.Mas,por que pouco se sabe de suas o r i gens e de seu grande v a l o r h i s t o r i c o ?
Para elaboragao deste t r a b a l h o , u t i l i z e ! como f o n t e de pejs'1 auisa alguns l i v r o s , r e v i s t a s , d o c u m e n t o s , a h i s t o r i a o r a l , i l u s t r a -1 • c^oes e outros s u b s i d i o s que foram u t e i s e i m p r e s c i n d i v e i s para a • r e a l i z a g a o do mesmo.Cabe r e s s a l t a r que as f o n t e s que d i z r e s p e i t o1 a este tema sao poucas,contudo b u s c a r e i ampliar os conhecimentos 1 a t r a v e s desta pesquisa*
I
IOSSJA DC ROSjflgO - A PRIMITIVA
Na metade da segunda decada do seculo X V I I I e n t r e os sesme^i' 1 res que pisaram as t e r r a s d e v o l u t a s do A l t o Sertao do Rio do Pei«1 xe,tambem chega d a s " t e r r a s do R e iw, o i m i g r a n t e portugues Bento - 1 Bf®ire de Sousa,catolico,irmao franciscano,mxstico,sendo devoto de Nossa Senhora dos Remedios,buscou imediatamente e d i f i c a r uma cape1 l a dessa devocao e para i s s o nao mediu e s f o r c o s .
Todas as t e r r a s do Sertao do Rio do Peixe,da C a p i t a n i a da • Paraiba pertenciam ao dominio da Casa da Torre da C a p i t a n i a da • Bahia,entao Bento F r e i r e empreendeu v a r i a s viagens a pe para o b t e r
j u n t o aos senhorios e f i d a l g o s , C o r o n e l Garcia Dias D ' a v i l l a e Dona I n a c i a de Aratgo P e r e i r a , a l i c e n g a para c o n s t r u i r a Capela.
Em r e s p o s t a a C i r c u l a r do Bispo de Olinda em 29 de novembro • de l 8 8 l , e n c o n t r a d a no a r q u i v o da Paroquia dos Remedios pela e s c r i * _tora J u l i e t a Pordeus Gadelha,o v i g a r i o Jose A n t o n i o Marques da 1
S i l v a Guimaraes r e l a t a : " E r a o anno de 1740 a 100 legoas a Oeste da C a p i t a n i a ( h o j e C a p i t a l da P r o v i n c i a da Parayba do N o r t e ) e Colo'1 n i a Portuguesa na posse,e dominio da Casa da t o r r e da C a p i t a n i a 1 1 da Bahia,representada por D.Inacia d'Araujo P e r e i r a , v i u v a do Coro* n e l Garcia d » V i l a , e x i s t i a povoado o s i t i o Jardim do Rio do Peixe,1
o qual pelo Coronel e Morgado Francisco Dias d ' A v i l a aos 19 dias 1 do mez d ' a b r i l do d i t o anno f o i doada a Capela de Nossa Senhora dos Remedies,novamente e r e c t a para sua renda s e r v i r de r e c e i t a , e • despesa do guisamento,e o m a t o s d ' e l l e (•..) o d i t o s i t i o Jardim 1 do Rio do Pexe -a c i t a d a D.Inacia,mae do morgado doado em d a t a de • 20 d'agosto do anno de 1755 por vez doou a mesma Capela (•••) em 1
30 do mez de Janeiro do anno de 1756 por c a r t a datada de s i s m a r i o1 com 3 legoas de l o n g i t u d e e 1 de l a t i t u d e f o i doada mensionada Ca1 jgela pelo governador,que d i t a C a p i t a n i a da Parahyba,o Coronel - ••
f i d a l g o L u i z A n t o n i o Lemos de B r i t o a pedido do thesouro d ' e l l a • • Bento F r e i r e de Sousa"!
A p r i m i t i v a Capela de N.Sra.dos Remedios,hoje conhecida como1 I g r e j i n h a do Rosario,funcionou como Capela de N.Sri do Bom Sucesso
de Pombal de 1730 a 1784.Em 07. de margo de 1784 f o i c r i a d a a paro a u i a de N.Sr§ dos Remedios do Jardim do Rio do Peixe,a Capela f o i elevada a c a t e g o r i a de I g r e j a - M a t r i ztf u n c i o n o u como M a t r i z ate» 1884.
Nos u l t i m o s tempos a i g r e j i n h a passou por algumas reformas,e f o i no d e c o r r e r desta reforma que a l g o surpreendente pode s e r r e1 velado,resgatando assim urn passado constrangedor.A e s c r i t o r a J u l i e t a Pordeus Gadelha n a r r a este fato:"Sob o seu a l t a r ~ m o ^ , d e r, rubado para ser substituido,incompreensivelmente,por o u t r o sem 1 1 encanto e sem barroco,sem nada mesmo,sete palmos abaixo repousam* alguns dos nossos benfeitores.Como Bento F r e i r e , q u e a l l f o i sepul
t»ado.(•..)ai e s t a ele,certamente com o o l h a r v o l t a d o para as secu l a r e s paredes,inabalaveis,cobertas pelas maos de cal,corresponden t e s ao numero de v i g a r i o que p o r a l l passaram,escondendo uma es*1 toanha p i n t u r a , d e s c o b e r t a em 1965 e que t a l v e z t i v e s s e motivado 1 escandalo no entender de quern a escondeu.
"Como que cumprindo uma determinagao secular,o v i g a r i o a t u a l durante os t r a b a l h o s de limpeza da v e l h a i g r e j i n h a que mandava 1 1 r e a l i z a r , f a z v i r a l u z uma obra de arte,curiosamente r e j e i t a d a 1 • e " e n t e r r a d a " ,na capela-mor.Quern mandou f a z e r o e s t r a g o , jamais 1 1 imaginou que " a q u i l o " urn d i a fosse f a z e r sucesso no mundo a r t i s t i £O.Em 1965,quando os p e d r e i r o s raspavam o reboco das muitas cama1
das de cal,de repente v i r a m aparecer f i g u r a s e s q u i s i t a s , p a r e c i d a s
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ate com R e i Momo e demonios de asa"«
Seguindo a h i s t o r i a o r a l , t a o l o g o souberam do acontecido o 1 v i g a r i o Joao Cartaxo e o p r e f e i t o da epoca Antonio Mariz,mandaram p a r a r os s e r v i g o s , a t e que chegasse um t e c n i c o do Patrimonio H i s1• t;orico para a v a l i a r a p i n t u r a de c a r a c t e r i s t i c a e s t r a n h a , p r o j e t a1 do i n f e l i z m e n t e em um tempio sagrado.Ko desenrolar da descoberta* pode-se encontrar tambem f i g u r a s de negros,de um f r a n c i s c a n o , -1 e n f i m f i g u r a s estranhas e de um c o l o r i d o mais estranho ainda.A * 1 n o t i c i a desses achados l e v o u muita gente a v i s i t a r a i g r e j i n h a " para v e r a novidade.O p r e f e i t o f e z a comunicagao do achado ao -1 •
Patrimonio A r t i s t i c o e H i s t o r i c o em Recife.Tao l o g o souberam f o i » enviado um p r o f e s s o r da Sscola de Belas Artes,Fernando B a r r e t o . Apos a a v a l i a c a o f e i t a p e l o p r o f e s s o r , f o i enviado ao R i o de Janei* r o um parecer das p i n t u r a s , p a r a que se processasse o tombamento da i g r e j i n h a do Rosario ao Patrimonio H i s t o r i c o .
Segundo o professor,Fernando Barreto,a p i n t u r a tern predominan £ia linear,podendo d e i x a r t r a n s p a r e c e r 3uaves volumes nas encarna*
c^oesjpintadas com cores constratuosas de claro-escuro;o desenho • • sendo em g e r a l de construgao f i r m e . A t r a v e s da averiguagao f e i t a M pelo d i t o p r o f e s s o r o seu parecer e que todas as c a r a c t e r i s t i c a s • das p i n t u r a s e desenhos,sem duvida pertenciam a modelos a n t i g o s . " Naquela epoca o p r o f e s s o r s u g e r i u que a recuperacao e a c o n s e r v a1 1 cao das p i n t u r a s da Capela - mor fossem r e a l i z a d a s p e l o s e r v i g o 1 1 t e c n i c o do Patrimonio H i s t o r i c o e A r t i s t i c o Nacional,pois d i s s e 1 1 o mesmo:*1 V i s t o o seu grande valor,nao so a r t i s t i c o , m a s tambem,como pega documentaria unica,talvez,em nosso p a i s " •
A citagao que i r e i expor e da e s c r i t o r a J u l i e t a Pordeus Grade' l h a , e l a defende a i m p o r t a n c i a das p i n t u r a s para o meio a r t i s t i c o :1
e c r i t i c a a ma conservagao do mesmo^'Apesar do "grande valor,nao • so a r t i s t i c o , m a s tambem,como pega documentaria u n i c a , t a l v e z em 1 nosso pais,os murais da i g r e j i n h a f i c a r a m por a i , a merce dos m o r1 1 £egos e t e i a s de aranha,alheias a todos especialmente ao Patrimo*•
n i o H i s t o r i c o . ^
Eealmente a i g r e j i n h a do Rosario encontra-se abandonada e 1 esquecida.Pouca gente conhece o v a l o r h i s t o r i c o desta p i n t u r a .
A t r a v e s desta pesquisa pude d e t e c t a r tambem outro f a t o assus* tador*Havia nesta i g r e j a uma c o n f r a r i a de negros com seu r e s p e c t i * vo e s t a t u t o aprovado que r e a l i z a v a um r i t u a l estravagante.Durante1 as cerimonias da Semana Santa,do Rosario e de Finados,esta c o n f r a1 r i a , s e cobriam de panos brancos>munindo-se de instrumentos c o r t a n1 te,preso a um chicote,se flagelavam,de t a l maneira a t e fazerem o 1 e s c o r r e rfn a o so pelo corpo,mas tambem p e l o chao.Enquanto se r e a l i * zava o r i t u a l , o coro da i g r e j a r e c i t a v a m salmos e oragoes.Estes 1 1 " p e n i t e n t e s " como eram chamados,vinha das fazendas Jerimum,Acaua,1
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Conceigao,Pogo das Pedtfas e q u t r a s .
Estes negros p e n i t e n t e s eram trabalhadores das fazendas de ^a1 do e dos engenhos.Eles t r a z i a m para nossa r e g i a o toda r e l i g i a o 1 1 f e t i c h i s t a dos seus antepassados.A I g r e j a do Rosario passou a t e r esse nome devido a fore,a da c o n f r a r i a e o r i t u a l dos negros.E so1 bre a relagao das p i n t u r a s com a c o n f r a r i a de negros a e s c r i t o r a * L u c i o l a Marques P i n t o declara:w0bservando as p i n t u r a s g r o t e s c a s ,1
que se encontram na i g r e j i n h a do Rosario,comprovamos que foram 1 1 4
p i n t a d a s no tempo dessa c o n f r a r i a " •
£ necessario que analisemos estes f a t o s o c o r r i d o s na I g r e j a • do Rosario,para t a n t o eu p e r g u n t a r i a a voce l e i t o r . V o c e nao acha1 estranho que f a t o s desta natureza ocorram numa I g r e j a , t e m p l o sa' • grado de Deus? P a r t i c u l a r m e n t e , f i c o c o n s t r a n g i d a e a p e r g u n t a r ., ,
Onde estavam os padres,o c l e r o em g e r a l ? Porque f i c a r a m a l h e i o s 1 a t a i s fatos.Ora nao f i s c a l i z a v a m as i g r e j a s ? Para essa pergunta' posso ate dar uma resposta.Lendo o l i v r o de J u l i e t a Gadelha,ela * lamenta muito que no seculo passado a m a i o r i a dos padres procura' vam se envoiver mais na p o l i t i c a do que na r e l i g i a o , a l e m de cons1 t i t u i r a m f a m i l i a s para s i e de engajarem ate em revolugao.Talvez1 s e j a por i s s o que tudo aconteceu.
Esta a i uma h i s t o r i a de um monumento antigo,so f a l t a uma -1 9 maior divulgagao t a l v e z do poder p u b l i c o ou dos h i s t o r i a d o r e s r e g i o n a i s para que mais a d i a n t e possa t o r n a r um motivo de t u r i ^1• mo para a r e g i a o . C i r c u l a ha muito tempo a i d e i a de tornarem esta' I g r e j a num I«IU3eu Regional.
(4) - P i n t o , L u c i o l a Marques - 0 M e s t r e : V i r g i l i o P i n t o de Aragao • 1988 - Pag.
53-11
ACAUl - A TRAPSE MONglENTAlS
S e r i a impossivel f a l a r . d e raonumentos h i s t o r i e o s e nao c i t a r 1 a Fazenda Acaua,localizada aproximadamente a 18 KM de Sousa.La se' encontra um belo s a n t u a r i o , l i g a d o a casaroes seculares.Estes monu mentos constitue^uma v a l i o s a r e l i q u i a , t o m b a d a pelo Patrimonio H i s jfcorico.
Por se t r a t a r de uma das fazendas mais a n t i g a s do Kordeste,'1 discute-se muito a origem de sua data vejamos: "Estamos acostuma'• dos a o u v i r e l e r que a Fazenda Acaua data de 1757,enquanto alguns afirmam que e uma das fazendas mais a n t i g a s do Nordeste.Em 1700 conforme requerimento de 05 de agosto,n£ 19 - Datas E Sesmarias (...) requeriam t e r r a s devolutas.Tendo sido f e i t a a concessao(...) 0 n^ 450,de 06 de j u l h o de 1 7 5 7 , t r a t a de requerimento do Capitao • Jose Gomes de Sa: d i z que t i n h a s i t u a d o com fazendas de gado,os s i t i o s Acaua e Caes na r i b e i r a das Piranhas e para que p o s s u i r e 1
5 dominar as q u e r i a haver por sesmarias todos os logradouros ..
A Fazenda Acaua e contornada de m e r i t o s h i s t o r i a s . A Capela da Imaculada Conceigao e um monumento barroco da maior i m p o r t a n c i a , a1 qual desafiando o tempo,mantem a e s t r u t u r a f i s i c a i n t e r i o r com ' a l t a r e nicho talhado em madeira.O teto,com a invocagao da virgem, tem p i n t u r a da epoca.Foi propriedade e r e s i d e n c i a do padre r e v o l u1 £ionario L u i z C o r r e i a de Sa.Outro m e r i t o h i s t o r i c o de Acaua que 1 1
por a l i p a s s o u , f o i o F r e i Joaquim do Amor D i v i n o Caneca em dezem1 • bro de 1824,como p r i s i o n e i r o das forgas que sufocaram o movimento1 que f i c o u conhecido como a Confederagao do Equador.Para t a n t o - •• Acaua passou a ser b a l u a r t e de d o i s dos nossos maiores movimentos'
r e v o l u c i o n a r i o s no B r a s i l : o de 1817 e 1824»
Entre 1934 e 1950,Acaua pertenceu ao Chefe da I n s p e t o r i a de 1 Obras Contra a Seca (IFOCS),engenheiro Jose Rodrigues F e r r e i r a , o •
qual comprou a fazenda a R i t a V i l a r Suassuna,esposa do P r e s i d e n t e1 Joao Suassuna.Tendo a d q u i r i d o a propriedade por meio de meiagao.Em 1967 os donos de Acaua eram Jose Gongalve3 de A s s i s e Antonio Ajs1 •
s i s Costa.Atualmente a metade pertence aos h e r d e i r o s da f a m i l i a 1 1
12
C l o t a r i o de Baiva G-adelha«
A e s c r i t o r a J u l i e t a Gadelha n a r r a a emogao de conhecer Acaua: "Diante de Acaua,tem-se a sensagao de presengas centenarias,de -1 1
v u l t o s h i s t o r i e o s que caminham nas dependencias do s i l e n c i o s o casa rao,enquanto na Capela tem-se a impressao de o u v i r sussurro de vo1
zes que convocam a p a t r i a para um g r i t o s o l i d a r i o da independencia
no apelo das oragoes e s u p l i c a s por um B r a s i l l i v r e " . ^ Quero neste sentido,caro l e i t o r d e s p e r t a - l o a conhecer os monumentos h i s t o r i '1 £os que l a se encontram e r e v i v e r o seu passado tao r e m o t e Acaua e
realmente importante para a nossa h i s t o r i a r e g i o n a l , s e u v a l o r e 1 1 r e l a t i v a m e n t e semelhante a t a n t o s outros l u g a r e s que f i c a r a m guar1 dando f e i t o s g l o r i o s o s na v i d a i n q u i e t a do p a i s .
(6) - Idem - Pag.30
PADRE LUIS JQSJ! C0RR5IA B8 S/ - POLITICO E RSVOLUCIONifalO
Dentre os padres que s e r v i r a m a Paroquia de Nossa Senhora dos1 Remedios,um dos que mais se destacou f o i Pe.Luiz Jose C o r r e i a de 1 1
Sa,nao so como sacerdotefmais p r i n c i p a l m e n t e como p o l i t i c o a t i v o e1 l i d e r r e v o l u c i o r i a r i o . E s t e Pe.nasceu na q u i n t a decada do seculo -,-« XVIII,passando a assumir o seu m i n i s t e r i o s a c e r d o t a l em Sousa no 1 1 d i a 16 de novembro de 1799,como 3s paroco da Paroquia dos Remedies.
Como m i n i s t r o sacerdotal,Pe.Luiz se destacou por ser o i d e a l i1 zador dos t r a b a l h o s de construgao da m a t r i z dos Remedies i n i c i a d a 1 em 1814,trabalhos estes que duraram 80 anos para serem concluidos.l? sabido tambem que o mesmo marcou o l o c a l do M i l a g r e E u c a r i s t i c o de« Sousa,com uma Capelinha de tabuas.
N a t u r a l de Sousa,Pe.Luiz r e s i d i a na fazenda Acaua.Impondo-se • perante a familia,num i n s t a n t e 0 padre L u i z tomou a l i d e r a n c a , f a z e n do r e v i v e r o a n t i g o p r e s t i g i o p e l a f a m i l i a Gomes de 3a,sens descen' d e n t e s . I n i e i o u sua v i d a p o l i t i c a onde r e s i d i a ou seja,na fazenda -1 Acaua que recebera de heranga dos sens p a i s . F o i nesta fazenda que •
surgiram as p r i m e i r a s i d e i a s de independencia para l i b e r t a r a Pa-1 1 t r i a . F o i de l a que sairam as confabulagoes,e as decisoes.Sstas reso lugoes eram tomadas segundo a vontade de P e . L u i z . I n c a l c u l a v e l era 1
era o numero de pessoas que v i n h a a Padre L u i z , s o l i c i t a r do seu ~ • p r e s t i g i o ajuda para seus pequenos ou grandes problemas.
Padre Luiz,alem de p o l i t i c o m i l i t a n t e f o i l i d e r da revolugao 1 de 1817.Tambem p a r t i c i p o u desse movimento que t i n h a o b j e t i v o de &es o e r t a r a consciencia r e p u b l i c ana da P a t r i a , s e u f i l h o o sargento-mor Francisco Antonio C o r r e i a de Sa.Ambos conseguiram formar um e x e r c i * t o de 1.010 homens no i n t u i t o de a j u d a r as tropas r e v o l u c i o n a r i a s * do Ceara a pedido do cearense Padre M a r t i n i a n o de Alencar.Mas Pe.*' L u i z nao f o i bem, sucedido,pois na contra-revolugao o e x e r c i t o se • •
esfacelou e o mesmo f o i preso e remetido a Bahia onde esteve encar1 £erado a t e 1819»
Nesta citagao a e s c r i t o r a J u l i e t a Gadelha,faz uma exaltagao 1 * aos sousense que l u t a r a m nesta revolugao e f a z uma n a r r a t i v a da -*'
p r i s a o e l i b e r t a g a o de Pe.Luiz,vejamos: "Os h e r o i s de Sousa,nesse movimento,f icaram na h i s t o r i c a do m u n i c i p i o como homens de v a l o r ' que se 3 a c r i f i c a r a m em f a v o r do f u t u r o , d a posteridade que nao po' de f i c a r a l h e i a a esses v u l t b s dignos da g a l e r i a da nossa g r a t i '1 dao.Levado preso a Bahia,o Pe.Luiz esteve encarcerado a t e 1819,-' quando f o i s o l t o por Aviso Regio,em 26 de julho.Enquanto preso,-' f i c a n d o com a saude a"balada,obteve f i a n g a para tratamento. (...) ' Quando s a i u dos carceres baianos e retornando a sua t e r r a , o Pe. • L u i z f o i recuperar-se em sua fazenda, pro curando v o l t a r o p r e s t i "
7 " g i o que gozava antenormente" •
Para homenagiar Pe.Luiz,por c o n s i d e r a - l o digno das q u a l i d a ' ' des a e l e a t r i b u i d a s e para f a z e r relembrar a sua memoria,o v i g a ' r i o a t u a l Padre Joao Cartaxo Rolim,mandou e d i f i c a r um monumento • para o mesmo.Este monumento de bronze,construido ao lado da I g r e ' j a Nossa Senhora dos Remedios,no ano de 1 9 6 9 , f o i f e i t o pelo escul j t o r Arniando Lacerda.Poi um oferecimento da P r e f e i t u r a de Sousa a' Paroquia de Nossa Senhora pelo p r e f e i t o da epoca Dr.Clarence - •» P i r e s e o l i d e r p o l i t i c o Antonio Mariz.Vejamos agora a homenagem' de aprego de pe.Joao Cartaxo Rolim ao pe.Luiz: "A f e e a coragem' c i v i c a do padre p a t r i o t a L u i z C o r r e i a de Sajforam o fundamento do desenvolvimento de uma c i v i l i z a g a o na t e r r a de Bento P r e i r e de •' Sousa; e da concretizagao da i d e i a r e v o l u c i o n a r i a de um " B r a s i l ' r e p u b l i c a " •
Nao r e s t a duvida de que pe.Luiz e r a destemido e corajoso -*1 para l u t a r p e l a l i b e r t a g a o da Patria,mas esquecia-se de que como* padre sua missao era outra.Sua missao s e r i a pregar o evangelho,'1 l e v a r a Boa Nova aos paroquianos,no i n t u i t o de promover a paz,e • a^ima. tudo ser f i e l ao seu m i n i s t e r i o confiado por Deus.Como • se sabe a castidade a b s o l u t a e um d i s t i n t i v o do sacerdote.Pe,Luiz desobedeceu as normas da I g r e j a , s e i n f i l t r o u na p o l i t i c a com mui' t o f e r v o r , 1 i d e r o u a revolugao de I 8 l 7 , a l e m de t e r c o n s t i t u i d o um' filho,como sabemos.De acordo com este e o u t r o s f a t o s r e l a t i v o s a' padres,notabilizamos que no seculo passado houve um relaxamento ' do clero,,3a que os culpados nao eram suspensos da ordem.Nao s e i • se como m i n i s t r o s a c e r d o t a l pe.Luiz mereceu a homenagem r e l e v a n t e
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de um monumento.Convido-o caro l e i t o r a r e f l e t i r sobre i s s o e a 1 opinar sobre este assunto.
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SANTIL-felO EUCARJSTICO DS SOUSA
A I g r e j a do Bom Jesus Aparecido de Sousa e o C r i s t o e r g u i d o1• na Praga do Bom Jesus existem para relembrar e para que se perpe*• _tue na memoria de todos um f a t o e x t r a o r d i n a r i o : 0 M i l a g r e S u c a r i s1 ^ico.Segundo a H i s t o r i a o r a l , e s t e f a t o ocorreu no seculo XVTIIfnao
se sabe ao c e r t o o ano e o mes deste acontecimento.Por um lapso 1 1 dos p r i m e i r o s v i g a r i o s , o M i l a g r e E u c a r i s t i c o nao f o i r e g i s t r a d o . • ' I n f e l i z m e n t e os p r i m e i r o s padres se envoiviam muito na p o l i t i c a ,1 1 elegendo~se deputados,prefeitos,como o Pe.Luiz C o r r e i a de 3a,ate • l i d e r a n d o a revolugao de 1817-Como p o l i t i c o s a t i v o s e provavel que tenham esquecido o f a t o r e l i g i o s o , c o m relagao ao assentamento da 1 o c o r r e n c i a tao importante no L i v r o de Tombo da I g r e j a .
Alguns sousenses narravam a h i s t o r i a do M i l a g r e E u c a r i s t i c o ' o c o r r i d o na cidade de Sousa.Veja como ocorreu este f a t o na versao* da e s c r i t o r a J u l i e t a Pordeus Gadelha:"A h i s t o r i a que se v a i l e r 1 1 f i c p u testemunhada no monumento sagrado que ainda e x i s t e em um dos recantos da cidade#Na i g r e j i n h a do Rosario,o Venerando paroco cel^e brava o santo 3 a c r i f i c i o da missa,quando,logo apos a d i s t r i b u i g a o1 da E u c a r i s t i a , s e o u v i u um rumor estranho e n t r e os f i e i s , e s c a n d a l i ' zados com o procedimento de um negro que r e t i r a v a da boca a h o s t i a que acabava de receber.A multidao i n v e s t i u c o n t r a o profanador,en* cruanto este e s c a p u l i u apressadamente,sem se d e i x a r alcangar.
"Certo dia,Para o lado onde e hoje a I g r e j a do Bom Jesus Apa1 r e c i d o aparece um bando de ovelhas em grande b e r r e i r o , v i n d o a cha* mar a atengao do pastor,de nome Tinoco,que v e r i f i c o n , i m e d i a t a m e n *1 ^e sobre a r e l v a , a p a r t i c u l a 3agrada,que a l i se achava n i t i d a e , f
perfeita.Nao se f e z demorar e l e v o u ao conhecimento do v i g a r i o o 1 s i n g u l a r acontecimento,resultando em seguida,a procissao que f e z 1 r e c o l h e r o " p r e c i o s o achado",a i g r e j i n h a do Rosario,e onde j a z e r a ' a h o s t i a f o i erguido um e d i f i c i o que f i c a s s e na memoria do povo a1
8 reeordagao do m i l a g r e " .
Esta a i um f a t o a ser conhecido por todos,muita gente sabe 1 1 que a q u i em Sousa aconteceu um m i l a g r e e que a I g r e j a do Bom Jesus
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Aparecido f o i e d i f i c a d o para relembra-io,mas poucos sabem como -1 1 aconteceu,havendo ate quern q u e i r a t a x a - l a de lenda por nao haver''
como j a disse anteriormente r e g i s t r o do acontecido.Dessa forma t o r na-se necessaric,uma maior divulgagao e uma exata explicagao para* que este f a t o torne-se esclarecido.Para t a n t o e necessario que l e ' vem aos l e i t o r e s o testemunho de Padre Dagmar e s c r i t o em seu l i v r o
o M i l a g r e E u c a r i s t i c o de Sousa: "Depois de t a n t o s anos,sou tambem' testemunha o c u l a r desta manifestagao de Deus,pois vi,com mens pro' n r i o s olhos, juntamente com o Dr.Francisco de Sales P i n t o e o Sr.' • Sspedito Lourengo de Sousa - s a c r i s t a o da I g r e j a do Bom Jesus,um ' rebanho de ovelhas e de c o r d e i r o s subirem babando,rodeando e b a f e1 jando os escombros da Velha M a t r i z do Bom Jesus em fase de demoli' £ao.Este s i n a l e x t r a o r d i n a r i o e comovente ocorreu no d i a 20 de no' vembro de I972,as cinco horas da manha,quando me preparava para '' c e l e b r a r o Santo S a c r i f i c i o da Missa»Admirado,e ate surpreso,comen tava com o Dr.Sales e o Sr.Espedito a H i s t o r i a do M i l a g r e Eucaris'
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1;ico de Sousa apontado pelas ovelhas". Para que nao seja esqueci' do este f a t o o Pe.Dagmar o t r a n s c r e v e u no L i v r o do Tombo da Paro«' auia do Bom Jesus.
CONSTHUClO DAS CAPELAS - IG-HEJAS
0 l o c a l do M i l a g r e E u c a r i s t i c o de Sousa f o i marcado pelo Pe.' L u i z Jose C o r r e i a de Sa,com uma capelinha de tabuas no ano de 1814,0 Pe. L u i z esteve envoivido na construgao da nova M a t r i z dos' Remediostonde era paroco,ficando assim a i d e i a da Capela do Bom Jesus no obscurantismo do tempo e de um f u t u r o a ser c o n c r e t i z a d o .
Com a chegada a Sousa,em 1815 do Pe.Claudio Alvares da Costa' f o i d i l i g e n c i a d a por este uma Ermida de t a i p a em s u b s t i t u i g a o a '' pequena Ermida de tabuas.A construgao da Ermida de taipa,no entan' t o nao f o r a concluida,devido a v a r i o s motives,entre e l e s a i n d i f e ' renga dos f i e i s e inundagao do Rio-do-Peixe que levaram o m a t e r i a l
da construgao,ficando a mesma i n t e r r o m p i d a por v a r i o s anos.
Paulo Cadelha,tambem n a r r a em sua R e v i s t a BNB - Sousa e s c r i t a em 1982,a construgao da I g r e j a do Bom Jesus:"No ano de 1854,quando f o i v i g a r i o colado de Sousa o Pe.Jose Antonio Marques da S i l v a 1 G-uimaraes,este tomou a decisao de d i r i g i r , n o d i a 14 de setembro
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uma p e t i g a o a Pom Joao da Pur;Lficagao Marques Perdigao,Bispo de Pernambuco e do Oonselho de Sua Majestade,o Imperador Pedro I I , s o1 l i c i t a n d o l i c e n g a para c o n s t r u i r uma o u t r a Ermida de t i j o l o s e -'• pedras em l u g a r de o u t r a de t a i p a , p r i n c i p i a d a pelos a n t i g o s f i e i s , ha 40 ou mais anos passados: "A p e t i g a o de Pe.Guimaraes f o i d e f e r ! da pelo Bispo de Olinda.Haveria de ser construxda o u t r a Capela do1 Bom Jesus Aparecido,euja pedra fundamental f o i langada no d i a 04 •
de setembro de 1855,mas desta vez num e s t i l o mais amplo e mais ad£ quado'i Cabe r e s s a l t a r que e s t a I g r e j a f o i c o n s t r u f d a a 40 bragas1 do l e s t e da comegada Ermida.A cosntrugao da I g r e j a do Bom Jesus 1 1 pelo Pe.Guimaraes,seria o cumprimento de um voto f e i t o ao Senhor 1 Bom Jesus,por e l e t e r ouvido suas preces de a f a s t a r da r e g i a o a 1 1 t e r r i v e l peste da f e b r e amarela que se a l a s t r a v a nas r e g i o e s v i - ' • zinhaa.
A h i s t o r i a das construgoes de Capelas e I g r e j a s do Bom Jesus1 nao para por ai.Mais de um seculo depois a I g r e j a Bom Jesus cons' * t r u i d a em e s t i l o barroco por Pe.Guimaraes,teve que ser d e m o l i d a ,1 1 por se e n c o n t r a r tomando espago na A v. Cel.Jose Gomes de Sa.O que e uma pena,pois as I g r e j a s a n t i g a s devem ser preservadas estejam -*' onde estejam,ainda mais e s t a que tern uma h i s t o r i a tao extraordina* r i a a ser lembrada.
A pedra fundamental da a t u a l I g r e j a M a t r i z do Bom J e s u s , f o i 1 langada em 15 de agosto de 1967 pelo Pe.Lambert,vigario da epoca.1 Ao novo a d m i n i s t r a d o r v i g a r i o a t u a l Pe.Dagmar,que tomou posse no *
d i a 30 de Janeiro de 1972,restou o dever e a g l o r i a de levar a 1 f r e n t e a construgao do novo e d e f i n i t i v o monumento.
A praga do Bom J e s u s , l o c a l de origem do M i l a g r e E u c a r i s t i c o ,1 destaca-se p e l o monumento a l l e d i f i c a d o - 0 C r i s t o -.Tambem se en' contram nesta praga uma H o s t i a simbolica,confeccionada em marmore* e as estatue t a s de ovelhas.
Uma h i s t o r i a , c o m o a do " M i l a g r e E u c a r i s t i c o " ,e uma redagao de f e que jamais podera s a i r da lembranga do povo,para t a n t o e p r e c i '
so um d e s p e r t a r para este f a t o tao e x t r a o r d i n a r i o . ^ bem verdade 1 1 que vez por o u t r a faz-se divulgagao do fato,mas l o g o f i c a no esque cimento.Keste s e n t i d o Padre Dagmar f a z um apelo:"Pego humilde e -'
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c o n f i a n t e , a este povo gjuerido.de Sousa,conservar sempre presente na alma e s t a h i s t o r i a t r a d i c i o n a l e secular do M i l a g r e E u c a r i s t i1 ca r e l a t a d o pelos nossos antepassados,pelos senhores bispos de Cajazeiras,que por conta deste M i l a g r e E u c a r i s t i c o promoveu um Congresso E u c a r i s t i c o Diocesano em junho de 1939"
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EOMEITAGEM £0 CpNEGO BERNARDINO VIEIRA
Reconhecido como um dos padres mais v i r t u o s o s , p i e d o s o e dedi" eado a Paroquia de Nossa Senhora dos Remedios a qual era v i g a r i o ,1 assim era Conego Bernardino V i e i r a . E s t e sacerdote nasceu no S i t i o1 Quixaba,no d i a 05 de novembro'de 1 8 9 9 , f o i o decimo t e r c e i r o padre* de Sousa.Sacerdote da i l u s t r e e s t i r p e dos V i e i r a , d a Qu±xaJDatfa.m£1 %
l i a que tern dado numerosos padres.Todos eles,assim como Pe.Bemar* dino,eram f i e i s a t r a d i g a o de piedade de sua gens,*bons l e v i t a s do* Senhor,estima do povo s e r t a n e j o p e l a sua e d i f i c a n t e conduta.
Segundo a h i s t o r i a o r a l , o Conego Bernardino era o r e c o n c i l i a * dor das b r i g a s entre homens importantes de Sousa.lf tambem sabido * que e l e f o i V i g a r i o da cidade de Princeza Isabel.Se destacou p r i n * e_ipalmente por r e a l i z a r a re forma i n t e r n a da Tfe-triz de Nossa Senho r a dos Remedios.Paleceu na Capela da Casa da Caridade,hoje Colegio Nossa Senhora A u x i l i a d o r a , n o d i a 17 de dezembro de 1915 quando c e! l e b r a v a a missa.Apos consagrada a H o s t i a , c a i u a t i n g i d o por um a t a '
cue cardiaco.Seu s a c r i s t a o , V i r g i l i o P i n t o de Aragao o conhecido * * p r o f e s s o r S e n h o r z i n h o , f o i quern tomou todas as p r o v i d e n c i a s .
Para homenagea-lo,Padre Joao Cartaxo R o l i m , a t u a l v i g a r i o da * Paroquia de N03sa Senhora dos Remedios,com a cooperagao da P r e f e i *
t u r a M u n i c i p a l de Sousa,na a d m i n i 3 t r a g a o do P r e f e i t o Clarence - '* P i r e s de Sa^mandou e s c u l p i r um monumento de bronze e colocou ao • * l a d o da I g r e j a M a t r i z dos Remedios.0 E s c u l t o r convidado para escul j g i r o monumento f o i o Senhor E u c l i d e s Diniz.A inauguragao do monu* mento f o i r e a l i z a d a no d i a 09 de agosto de 1971«Cabe r e s s a l t a r que
os r e s t o s m o r t a i s do Conego Bernardino V i e i r a estao na base do mo1 numento.
Aproveitando o ensejo Pe.Joao escreveu a seguinte mensagem 1 • para o homenageado:"A pessoa humana e s a c e r d o t a l do Conego Bernar' dino V i e i r a da S i l v a c o n s t i t u i u um f o r t i s s i m o suporte do desenvol* vimento s o c i o - r e l i g i o s o da paroquia de Nossa Senhora dos Remedios*
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FREI SAMllQ I E BOSZANO - 0 MISSION&IIC
Ceralmente se homenageam pessoas queridas e importantes numa1 r e g i a o quando e l a s desaparecem do nosso c o n v i v i o . P r i n c i p a l m e n t e • quando e s t a homenagem se t r a t a de um monumento d e s t a c a v e l , v i s t o a* longa distancia.Mas Sousa teve pressa e r e t r i b u i u a atengao dada ' por F r e i Damiao a nossa cidade.Apesar de t e r nascido em Bozzano na I t a l i a , n o d i a 05 de novembro de 1898,o Hpequeno capuchinho",como e conhecido,e para os sousenses um f i l h o a d o t i v o , d e v i d o o seu c a r i n1 ho e aprego que tern com o povo desta r e g i a o .
No ponto mais a l t o de Souea#na estrada para Uirauna,ha 3 KM 1 da sede,esta c o n c r e t i z a d a e s t a homenagem.La se encontra um monumen t o ao m a i o rnl i d e r r e l i g i o s o do Nordeste:Frei Damiao de Bozzano.Com aproximadamente 6 metros de altura,este f o i construido em 1976,na* administragao do e x - p r e f e i t o G i l b e r t o Sarmento.Sm conversa com 1 pessoas que moram nas proximidades ao monumento a F r e i Damiao,elas disseram que a inauguragao deste monumento f o i para e l a s a maior 1 f e s t a r e l i g i o s a j a v i v i d a . ^ sabido que a inauguragao f o i r e a l i z a d a pelo p r o p r i o Hcapuchinho1 1,e que a mesma teve a p a r t i c i p a g a o de cen
tenas de pessoas.
Apesar de sua idade avangada F r e i Damiao,continua dedicado a* missao de l e v a r a p a l a v r a de Deus a todos os recantos do nordeste1 b r a s i l e i r o . P a r a t a n t o d e c l a r o u aos j o r n a i s : " r e g i a o de pessoas so* • f r i d a s e por i s s o e s c o l h i d a (...) Prego o evangelho,tenho muito o1 que f a z o r a missao v a i c o n t i n u a r " verdadeiramente impressionante o amor e a perseveranga que este f r e i tern a sua v i d a m i s s i o n a r i a . * Por v a r i a s vezes teve que se ausentar,para t r a t a r de sua saude de1 b i l i t a d a , m a s tao logo se r e c u p e r a , i n i c i a - s e a caminhada.
0 povo o considera santo,e onde quer que e l e se encontre,tern' sempre ao seu r e d o r uma v e r d a d e i r a romaria de f i e i s . T o d o s querem 1 t o c a - l o , se nao em sua pessoa,mas pelo menos em suas vestes.Realmen te F r e i Damiao e um a u t e n t i c o missionario,um i n t e r c e s s o r que s u p l i ca a Deus pelo povo s o f r i d o do Nordeste.Mas o povo exagera chegan* do ate que arranque f i o s de cabelo do mesmo.Muita gente desconhece
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o evangelho e a p a r t i r d a i forma em s i uma mentalidade c o n t r a d i t o ' •
r i a ao da p a l a v r a de Deus.3 notorio esta gente ohegar ate a a t r i1 1 b u i r a F r e i Damiao qual idade s que so Deus e merecedor.
Se v i s i t a r e s o monumento" o f e r e c i d o a F r e i Damiao,encontraras' aos pes deste,obgetos por promessas pagas como:c:nizes,rosarios,vej3 J;es,etc»A noite aquele lugar se torna mais v i s i v e l e a t r a t i v o
