• Nenhum resultado encontrado

Curso - Apostila Mod. B - Legisla__o Ambiental

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Curso - Apostila Mod. B - Legisla__o Ambiental"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)ISO 14000. MÓDULO B LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-1.

(2) ISO 14000 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO. 3. 2 - A NORMA ISO 14001 E A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. 3. 3 - INDUTORES DO PROCESSO LEGISLATIVO. 5. 4 - PROCESSO LEGISLATIVO BRASILEIRO - CONCEITOS. 6. 5 - EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. 7. 6 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO. 8. 7 - DIREITO INTERNACIONAL. 9. 8 - NÍVEIS DE COMPETÊNCIA. 11. 9 - PADRÃO AMBIENTAL. 12. 10 - SANÇÕES PENAIS & ADMINISTRATIVAS. 14. 11 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL FEDERAL. 17. 11.1 - O MEIO AMBIENTE NA CONSTITUIÇÃO. 17. 11.2 - POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. 18. 11.3 - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - SISNAMA. 19. 11.4 - PRINCIPAIS INSTRUMENTOS LEGAIS PARA O CONTROLE DA POLUIÇÃO AMBIENTAL. 19. 12 - TENDÊNCIA ATUAL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL INTERNACIONAL. 30. 13 - TENDÊNCIA ATUAL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL. 31. 14 - BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL. 33. 15 - PORTARIA 3214/78 - NRs - NORMAS REGULAMENTADORAS. 34. 16 - NORMAS TÉCNICAS. 36. 17 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL MUNICIPAL. 42. ÍNDICE BIBLIOGRAFICO. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. 43. B-2.

(3) ISO 14000 1. INTRODUÇÃO A conformidade com a legislação ambiental se constitui na principal garantia que uma organização possui, a longo prazo, para desenvolver suas atividades de maneira socialmente responsável, gerenciando e minimizando seus aspectos e riscos ambientais. Assim sendo, o entendimento da legislação ambiental aplicável é ponto fundamental para aqueles que irão conduzir auditorias internas sobre sistemas de gestão ambiental. Neste capítulo são apresentados os principais elementos para um adequado entendimento dos chamados requisitos legais e outros requisitos, bem como daqueles diplomas legais básicos e mais importantes. São feitas algumas considerações relativas à evolução da legislação, aos indutores do processo legislativo e aos níveis de competência. São comentados aspectos do direito internacional, abordados os principais instrumentos legais formadores da espinha dorsal da regulamentação ambiental brasileira no nível federal, aplicável ao segmento industrial, bem como alguns conceitos de Boa Prática de Gestão Ambiental.. 2. A NORMA ISO 14001 E A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL A norma ISO 14001 especifica os requisitos de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) aplicáveis a quaisquer tipos de organizações, de qualquer porte, em localizações diversas. Portanto, uma refinaria no estado de São Paulo, uma panificadora em Lisboa ou uma montadora com fábricas em diversos continentes podem utilizar a ISO 14001 para estabelecer e manter um SGA, optando inclusive pela certificação por um organismo certificador. No entanto, a ISO 14001, já em sua introdução, deixa claro que: Convém observar que esta Norma não estabelece requisitos absolutos para o desempenho ambiental além do comprometimento, expresso na política, de atender à legislação e regulamentos aplicáveis e com a melhoria contínua. Assim, duas organizações que desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis diferentes de desempenho ambiental, podem, ambas, atender aos seus requisitos. (...)Essas Normas, como outras Normas Internacionais, não foram concebidas para criar barreiras comerciais não-tarifárias, nem para ampliar ou alterar as obrigações legais de uma organização.. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-3.

(4) ISO 14000 O tema legislação é explícito nos seguintes itens ISO 14001: 4.2. Política Ambiental A alta administração deve definir a política ambiental da organização e assegurar que ela... c) inclua o comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a seus aspectos ambientais;... 4.3.2. Requisitos Legais e Outros requisitos A organização deve estabelecer e manter procedimento para identificar e ter acesso à legislação e outros requisitos por ela subscritos aplicáveis aos aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços. 4.3.3. Objetivos, Metas e Programas Ao estabelecer e revisar seus objetivos a organização deve considerar os requisitos legais e outros requisitos, seus aspectos ambientais significativos, suas opções tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais e comerciais, bem como a visão das partes interessadas. 4.4.6. Controle Operacional A organização deve identificar e planejar aquelas operações que estejam associadas com os aspectos ambientais significativos (...) para assegurar que elas sejam realizadas sob condições especificadas por meio de: c) estabelecimento, implementação e manutenção de procedimento(s) associado(s) aos aspectos ambientais significativos identificados de produtos e serviços utilizados pela organização e a comunicação de procedimentos e requisitos pertinentes a fornecedores, incluindo-se prestadores de serviço. 4.5.2. Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e Outros 4.6. Análise Crítica pela Administração (...) As entradas para análise pela administração devem incluir: a) Resultados de auditorias internas e das avaliações do atendimento aos requisitos legais e outros subscritos pela organização.... Ainda na ISO 14001, o anexo A, que procura explicar cada requisito, recomenda que a organização necessita identificar os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis aos seus aspectos ambientais e dá exemplos de tais requisitos.. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-4.

(5) ISO 14000. 3. INDUTORES DO PROCESSO LEGISLATIVO Em linhas gerais, o processo legislativo tem sua base na própria sociedade civil, onde os principais indutores podem ser identificados de acordo com os seguintes segmentos: sociedade, governo, empresas e mídia.. Figura 1: Indutores do processo legislativo A partir da divulgação de informações e criação de certos padrões de consumo, a mídia pode interferir na percepção e compreensão de partes interessadas que, por sua vez, levam suas reivindicações ambientais para os políticos, seus representantes constituídos, através de canais organizados, tais como associações, que elaboram e propõem novas leis. MÍDIA. PARTES INTERESSADAS. INDUTORES DO PROCESSO LEGISLATIVO. POLÍTICOS. LEIS. NEGÓCIOS. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-5.

(6) ISO 14000. 4. PROCESSO LEGISLATIVO BRASILEIRO - CONCEITOS Hierarquia dos Diplomas Legais*.. CONSTITUIÇÃO. LEI COMPLEMENTAR. LEI DELEGADA. EMENDAS. LEI ORDINÁRIA. DECRETO LEGISLATIVO. DECRETODECRETO-LEI MEDIDA PROVISÓRIA. DECRETO. RESOLUÇÃO. PORTARIA. DELIBERAÇÃO. INSTRUÇÃO NORMATIVA. (*) Hierarquia válida para os níveis Federal, Estadual e Municipal Municipal. O PROCESSO LEGISLATIVO ¾ DISPOSIÇÃO: Poder Legislativo estabelece a Regra Jurídica (Lei, Decreto etc.). ¾ SANÇÃO: ato de concordância do Poder Executivo com a Regra Jurídica elaborada pelo Poder Legislativo. ¾ PROMULGAÇÃO: declara a existência e ordena o seu cumprimento. ¾ PUBLICAÇÃO: torna a Regra Jurídica conhecida e vigente.. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-6.

(7) ISO 14000 5. EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL A legislação ambiental vem passando por transformações e evoluções ao longo do tempo, deixando o modelo centrado no “Comando e Controle”, que vinha vigorando desde os anos 70, e passando gradativamente para aquele denominado “AutoControle”, com ênfase na prevenção da poluição. Podemos dizer que tivemos três fases na história do Direito Ambiental Brasileiro1: ¾ Descobrimento2 até a década de 1960 - Fase da Exploração Desregrada: poucas normas legais isoladas tratavam de recursos naturais já escassos, como o paubrasil. ¾ Décadas de 1960 e 1970 - Fase Fragmentária: praticamente somente o que tivesse interesse econômico era abrangido ou tutelado, através de um "fatiamento" (fragmentação) do meio ambiente, como o Código Florestal (1965) e os Códigos de Caça, Pesca e Mineração (1967). ¾ Década de 80 em diante - Fase Holística: o meio ambiente passa a ser tutelado / protegido de maneira integral - afinal, ficou claro que não mais era possível separar artificialmente partes tão relacionadas como as florestas e a caça. Esta fase teve como marco inicial a Política Nacional de Meio Ambiente (1981), continuando com a Lei de Crimes Ambientais (1998). Além disso, com relação às organizações, o próprio entendimento e a importância da conformidade com a legislação ambiental vêm sofrendo alterações de enfoque, notadamente quando a organização deixa de operar em um modelo “reativo” e outro “pró-ativo”. A busca da Prevenção da Poluição também passou a ser uma nova prioridade, ainda que a legislação brasileira não a incentivasse efetivamente. 6. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO 1. BENJAMIM, A.H. Introdução do Direito Ambiental Brasileiro (3º Congresso Internacional de Direito Ambiental, 1999) 2 Curiosamente, já em 1603, nas Ordenações e Leis do Reino de Portugal, recompiladas per mandado Del Rei D. Filippe, o Primeiro, livro V, título LXXV, (Imprensa da Universidade, Coimbra, 12ª ed., tomo III, 1851 págs. 337/338), encontramos o seguinte dispositivo: "E mandamos, que pessoa alguma não corte, nem mande cortar Sovereiro, Carvalho, Ensinho Machieiro por o pé, nem mande fazer delle carvão, nem cinza; nem escasque, nem mande escascar, nem cernar algumas das ditas arvores, desde onde entra o Rio Elga no Termo da Villa do Rosmaninhal, até a Villa de Abrantes, e dahi até a foz do Rio Lisboa, nem até dez legoas do Tejo, contadas delle para ambas as bandas do Sertão, desde onde se mette o Rio Sever no Termo de Montalvão, até a foz do Rio de Lisboa, e donde se mette o Rio Elga, até onde entra o Rio Sever. As quaes dez legoas se contarão da banda de Portugal sómente. E fazendo o contrario, vá degradado quatro annos para Africa, e pague cem cruzados, e perca o carvão e cinza, a metade para quem o accusar, e a outra para os Captivos. E se for peão, seja além disso açoutado. Porém os que tiverem Sovereiros próprios, os poderão cortar, não sendo para carvão ou cinza; e certando para isso, incorrerão nas ditas penas. E os Juízes dos lugares dos ditos limites tirarão disso devassa ao tempo, que tiram a devassa geral, e procederão contra os culpados, como for Justiça" (sic). No Título LXXVIII, lemos (ob. cit. pág. 343): "Mandamos que se alguma pessoa comprar alguma Colmea, ou Colmeas para sómente se aproveitar da cera, e matar as abelhas, se for peão, seja açoutado, e se for pessoa, em que não caibam açoutes, será degradado dous annos para Africa. E assi o que for açoutado, como degradado pagará em autrodobro todo o que valiam as Colmeas, que assi comprou, de que matou as abelhas, a metade para quem o accusar, e a outra para os Captivos"(sic). TOUREIRO, D. Dano Ambiental. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-7.

(8) ISO 14000 Com a evolução da discussão sobre a necessidade de legislar sobre meio ambiente alguns princípios básicos, que influenciam toda a legislação, foram se consolidando, principalmente através da Declaração do Rio3, assinada na Convenção das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992. Esses princípios podem ser assim resumidos4: Princípios Fundamentais do Direito Ambiental 1. O homem tem direito fundamental a condições de vida satisfatórias, em um ambiente saudável, que lhe permitam viver com dignidade e bem-estar, em harmonia com a natureza, sendo educado para defender e respeitar esses valores. 2. O homem tem direito ao desenvolvimento sustentável, de tal forma que responda eqüitativamente às necessidades ambientais e de desenvolvimento das gerações presente e futuras. 3. Os países têm responsabilidade por ações ou omissões cometidas em seu território, ou sob seu controle, concernente aos danos potenciais ou efetivos ao meio ambiente de outros países ou de zonas que estejam fora dos limites da jurisdição nacional. 4. Os países têm responsabilidades ambientais comuns, mas diferenciadas, segundo seu desenvolvimento e sua capacidade. 5. Os países devem elaborar uma legislação nacional correspondente à responsabilidade ambiental em todos os seus aspectos. Quando houver perigo de dano grave e irreversível, a falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para adiar-se a adoção de medidas eficazes em função dos curso, para impedir a degradação do meio ambiente (princípio da precaução). 6. O Poder Público e os particulares devem prevenir os danos ambientais, havendo correção, com prioridade, na fonte causadora (princípio da prevenção). 7. Quem polui deve pagar e, assim, as despesas resultantes das medidas de prevenção, de redução da poluição e da luta contra a mesma, devem ser suportados pelo poluidor (princípio do poluidor-pagador). 8. A informação e ambientais deve ser transmitidas pelos causadores, ou potenciais causadores de poluição e degradação da natureza e repassadas pelo Poder Público à coletividade (princípio do direito de saber / acesso a informações).. 9. A participação das pessoas e das organizações não governamentais nos procedimentos de decisões administrativas e nas ações judiciais deve ser facilitada e encorajada.. 3 4. vide NBR ISO 14004, anexo A.1 MACHADO, P. A. Direito Ambiental Brasileiro. Malheiros Editores, 1998. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-8.

(9) ISO 14000 A legislação ambiental brasileira utiliza ainda pelo menos mais dois princípios: ¾ Responsabilidade objetiva: o poluidor é obrigado a indenizar e reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, independente de comprovação de culpa5. ¾ Utilização de padrões: os condicionamento e projeto universalmente6.. padrões ambientais de qualidade, emissão, refletem um mesmo contexto ambiental,. 7. DIREITO INTERNACIONAL Com a crescente discussão, preocupação e conscientização da sociedade em relação à questão ambiental ocorrida nos últimos anos, o chamado Direito Ambiental Internacional tem se desenvolvido de forma considerável. Normalmente, os chamados Tratados Internacionais, que são acordos concluídos entre Estados em forma escrita e regulados pelo Direito Internacional, englobam convenções, declarações, atos e protocolos, entre outros. Para que esses Tratados se tornem obrigatórios em uma nação, é devida, de forma geral, a adoção de etapas como ratificação, promulgação e publicação. No entanto, como tais instrumentos são limitados à regulamentação entre as nações, a aplicação direta destes acordos a nível de lei no cotidiano dos cidadãos, empresas e entidades acaba sendo questionável. Muitas vezes os países regulamentam a aplicação dos acordos internacionais através de legislação federal, pelo que tais acordos se tornam inquestionavelmente exigíveis. Nesse plano, diversos documentos foram criados ao longo do tempo. Os principais deles são os seguintes: • Declaração de Estocolmo, da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano em 1972, adotada por 113 países. • Convenção para Prevenção da Poluição do Mar por Navios (1973) - objetiva a preservação do meio ambiente marinho contra a poluição por óleo e outras substâncias, visando a diminuição de despejo incidental7. • Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio (1985) - estabelece formas de proteção da saúde humana e do meio ambiente contra os efeitos nocivos das alterações da camada de ozônio8. 5. Lei Federal 6.938/81. Art. 14, § 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. 6 Lei Federal 6.938/81. Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões da qualidade ambiental. 7 Promulgada no Brasil pelo DECRETO Nº 2.508, de 4 de março de 1998. 8. DECRETO Nº 99.280, de 6 de junho de 1990. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-9.

(10) ISO 14000 • Protocolo de Montreal sobre as substâncias que esgotam a camada de ozônio (1987) - estabelece etapas para a redução e proibição da manufatura e uso de substâncias redutoras da camada de ozônio9. • Relatório Brundtland - editado em 1987, esse relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU teve como título “Nosso Futuro Comum”, face ao seu conteúdo, que revelou informações de extrema preocupação no campo ambiental. • Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito (1989)10. • Convenção Internacional sobre Preparo, Resposta e Cooperação em Caso de Poluição por Óleo, assinada em Londres, em 30 de novembro de 199011. • Documentos gerados na Conferência das Nações Unidas no Rio de Janeiro em 1992 sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: 8Declaração do Rio para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. 8Agenda 21: voltada para órgão governamentais, estabelece diretrizes para o desenvolvimento sustentável a longo prazo, a partir de temas prioritários como desmatamento, lixo, clima, solo, desertos, água, biotecnologia etc. 8Convenção do Clima: visa estabilizar as emissões de gases do efeito estufa em um nível que evite graves intervenções com o sistema climático global e que permita o desenvolvimento sustentável12. 8Convenção da Biodiversidade: objetiva a conservação da biodiversidade, mantendo a maior variedade de organismos vivos, comunidades e ecossistemas, para atender às presentes e futuras gerações13. 8Princípios para a Administração Sustentável das Florestas: busca um consenso global sobre o manejo, conservação e desenvolvimento sustentável das florestas. • Protocolo de Kyoto sobre Mudanças Climáticas: assinado pela primeira vez em 1998, busca o comprometimento dos países industrializados no sentido de reduzirem suas emissões atmosféricas objetivando minimizar as alterações climáticas. Continua em fase de negociação.. 9. DECRETO Nº 99.280, de 6 de junho de 1990 DECRETO Nº 875, de 19 de julho de 1993 11 DECRETO Nº 2.870, de 10 de dezembro de 1998 12 Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima , DECRETO Nº 2.652, de 1 de julho de 1998 13 Convenção sobre Diversidade Biológica , DECRETO Nº 2.519, de 16 de março de 1998 10. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-10.

(11) ISO 14000 8. NÍVEIS DE COMPETÊNCIA Do ponto de vista de competências para disciplinar a matéria ambiental, são transcritos na seqüência os dispositivos previstos na Constituição de 1988, de interesse para este capítulo. “Artigo 21 - Compete à União: XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.” “Artigo 22 - Compete privativamente à União legislar sobre: IV - águas, energia.......... XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia. Parágrafo Único - Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo”. “Artigo 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. Parágrafo Único - Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional.” “Artigo 24 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário...................e urbanístico;... VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; Parágrafo primeiro - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Parágrafo segundo - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Parágrafo terceiro - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Parágrafo quarto - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-11.

(12) ISO 14000 O Município não foi mencionado no artigo 24 como detentor de competência concorrente para disciplinar as matérias ali elencadas. Porém, isto não significa que a mesma lhe tenha sido vedada. O Artigo 30 do texto constitucional coloca que compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.” Portanto, seja atendendo a assuntos de interesse local, seja complementando a legislação federal e estadual, está claramente estabelecido que é possível ao Município legislar e atuar na defesa do meio ambiente. Do ponto de vista de fiscalização do cumprimento das normas legais e o efetivo controle da poluição do meio ambiente, vem sendo mantida a política de deixar essas ações aos poderes locais, estaduais e municipais, cabendo à União - atualmente ao IBAMA - apenas a atuação supletiva nessa área. Quanto à gestão dos recursos naturais, a regra geral tem sido a celebração de convênios entre o órgão competente federal e órgãos estaduais, com o primeiro delegando aos segundos grande parte de suas atribuições de fiscalização.. 9. PADRÃO AMBIENTAL A legislação ambiental tem sido tradicionalmente calcada na conceituação de padrões (padrões de emissão, de qualidade), que são aplicáveis principalmente ao ar e às águas. Tais padrões são fixados com base em estudos toxicológicos e outros, no âmbito dos conceitos de saúde pública. Assim sendo, neste tópico são discutidos determinados aspectos envolvidos nessa matéria que mostram interesse para os auditores internos. Definições O conceito de poluição adotado na Lei Federal 6938/81, que já constava da Lei Estadual 997/76 de São Paulo, abrange cinco definições. Uma delas trata da definição de Padrão Ambiental. Essas definições são: • Poluição: é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: 8prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 8criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 8afetem desfavoravelmente a biota; 8afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 8lancem matéria ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-12.

(13) ISO 14000 Esse pressuposto legal de dano ou poluição significa que todas as vezes em que existir um padrão estabelecido não se questiona o acidente causado. Sempre existirá uma infração quando o Padrão Ambiental for desrespeitado. Como exposto, as quatro outras definições abordam o conceito dos efeitos do dano ou da poluição. Nestes casos, existindo ou não um Padrão Ambiental, todas as vezes em que uma ação humana provocar efeitos ao meio ambiente sempre existirá poluição desde que se possa demonstrar a relação de causa-efeito. A demonstração dessa relação pode ser realizada através de perícias, literatura técnica ou Normas Nacionais e/ou Internacionais. A legislação brasileira estabelece padrões legais para diversos parâmetros. Parâmetro ambiental é a relação da concentração de um componente (substância, elemento químico, íon, energia) em um meio (meio ambiente, emissões, efluentes etc.) como, por exemplo: •. OD (mg O2/ml): oxigênio dissolvido em água. •. SO2 (µg SO2/m3): dióxido de enxofre na emissão atmosférica. É importante entender a diferença entre Padrão de Qualidade e Padrão de Lançamento ou de Emissão: Padrão de qualidade: limite máximo para a concentração de um componente em um meio (ar, água, solo). Por exemplo, a Resolução CONAMA 357/05 define, dentre vários outros, os seguintes padrões de qualidade para corpos d’água Classe 1: • DBO5,20 (demanda bioquímica de oxigênio) = 3 mg/l O2; • OD: (Oxigênio dissolvido) = >6 mg/l O2; • Níquel: 0,025 mg/l Padrão de lançamento / emissão: limite máximo para a concentração de um componente no efluente líquido, emissão atmosférica, resíduo sólido etc. Por exemplo, • pH: 5 a 9 • Níquel: 2,0 mg Ni/l Um Padrão de Lançamento independe do nível pretendido de qualidade no meio. Portanto, os exemplos acima valem para lançamento em corpos d’água de qualquer classe. Uma vez que definem concentrações desejáveis no meio ambiente, os Padrões de Qualidade tendem a ser muito menores do que os Padrões de Emissão. A TABELA 1, a seguir, mostra alguns exemplos:. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-13.

(14) ISO 14000 TABELA 1: Comparação entre Padrão de Qualidade e Padrão de Emissão (Res. CONAMA 357/05). Parâmetro Arsênio Bário Cobre pH. Padrão de Qualidade (Classe 1 e 2) 0,01mg As /l 0,7mg Ba /l 0,009 mg Cu /l 6,0 a 9,0. Padrão de Emissão 0,5mg As /l 5,0mg Ba/l 1,0 mg Cu /l 5,0 a 9,0. No caso de Padrões de Qualidade do Ar, existe ainda a seguinte subdivisão: •. PADRÕES PRIMÁRIOS DE QUALIDADE DO AR - são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.. •. PADRÕES SECUNDÁRIOS DE QUALIDADE DO AR - são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.. 10. SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRATIVAS Em termos de sanções penais, o parágrafo 3º do Artigo 225 da Constituição Federal estabelece que “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”. Por outro lado, a Lei Federal 6938/81, em seu Artigo 14, diz que o Ministério Público da União e dos Estados poderá propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente. Já o Artigo 15 dessa Lei, alterado pela Lei 7804/89, dispõe que “O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal, ou vegetal ou estiver tornando mais grave a situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de um a três anos e multa de 100 (cem) a 1000 (mil) MVR, podendo tal pena vir a ser aumentada até o dobro se, entre outras, a poluição for decorrente de atividade industrial ou de transporte.” Responsabilidade civil No que se refere à responsabilidade civil, a mesma Lei 6938/81 estabeleceu que, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades, é o poluidor obrigado, independentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade. Isto coloca em definitivo o princípio da “responsabilidade objetiva”, ou seja, sem culpa. Uma vez constatada a ocorrência de danos ao meio ambiente ou a terceiros em decorrência de atividade poluidora, aparece a obrigação de reparar ou indenizar tais danos, não se questionando a existência de culpa ou dolo da fonte poluidora. Porém, é condição obrigatória a comprovação da relação de causa - efeito.. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-14.

(15) ISO 14000 Contudo, este cenário de sanções até aqui discutido sofre alteração e impõe mudanças de práticas no mercado como decorrência da promulgação da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605/98), que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. A Lei de Crimes Ambientais foi bastante inovadora e polêmica, como se vê na Tabela 2, a seguir. TABELA 2: SITUAÇÕES NO BRASIL ANTES E DEPOIS DA LEI 9605/98 Antes •Leis esparsas, de difícil aplicação.. •Pessoa jurídica não era responsabilizada criminalmente.. •Pessoa jurídica não tinha decretada liquidação quando cometia infração ambiental. •A reparação do dano ambiental não extinguia a punibilidade. •Impossibilidade de aplicação direta de pena restritiva de direito ou multa. •Aplicação das penas alternativas era possível para crimes cuja pena privativa de liberdade fosse aplicada até 02 (dois) anos. •A destinação dos produtos e instrumentos da infração não era bem definida. •Matar um animal da fauna silvestre, mesmo para se alimentar, era crime inafiançável. •Maus tratos contra animais domésticos e domesticados era contravenção. •Não havia disposições claras relativas a experiências realizadas com animais. •Pichar e grafitar não tinham penas claramente definidas. •A prática de soltura de balões não era punida de forma clara. •Destruir ou danificar plantas de ornamentação em áreas públicas ou privadas era considerado contravenção.. ISSO 14000. Depois •A legislação ambiental é consolidada; As penas têm uniformização e gradação adequadas e as infrações são claramente definidas •Define a responsabilidade da pessoa jurídica inclusive a responsabilidade penal - e permite a responsabilização também da pessoa física autora ou co-autora da infração. •Pode ter liquidação forçada no caso de ser criada e/ou utilizada para permitir, facilitar ou ocultar crime definido na lei. E seu patrimônio é transferido para o Patrimônio Penitenciário Nacional. •A punição é extinta com apresentação de laudo que comprove a recuperação do dano ambiental •A partir da constatação do dano ambiental, as penas alternativas ou a multa podem ser aplicadas imediatamente. •É possível substituir penas de prisão até 04 (quatro) anos por penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade. A grande maioria das penas previstas na lei tem limite máximo de 04 (quatro) anos. •Produtos e subprodutos da fauna e flora podem ser doados ou destruídos, e os instrumentos utilizados quando da infração podem ser vendidos. •Matar animais continua sendo crime. No entanto, para saciar a fome do agente ou da sua família, a lei descriminaliza o abate. •Além dos maus tratos, o abuso contra estes animais, bem como aos nativos ou exóticos, passa a ser crime. •Experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, são consideradas crimes, quando existirem recursos alternativos •A prática de pichar, grafitar ou de qualquer forma conspurcar edificação ou monumento urbano, sujeita o infrator a até um ano de detenção. •Fabricar, vender, transportar ou soltar balões, pelo risco de causar incêndios em florestas e áreas urbanas, sujeita o infrator à prisão e multa. •Destruição, dano, lesão ou maus tratos às plantas de ornamentação é crime punido por até 1 (um) ano. Continua.... Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-15.

(16) ISO 14000 TABELA 2: SITUAÇÕES NO BRASIL ANTES E DEPOIS DA LEI 9605/98 (contin.) Antes •O acesso livre às praias era garantido, entretanto, sem prever punição criminal a quem o impedisse. •Desmatamentos ilegais e outras infrações contra a flora eram considerados contravenções. •A comercialização, o transporte e o armazenamento de produtos e subprodutos florestais eram punidos como contravenção. •A conduta irresponsável de funcionários de órgãos ambientais não estava claramente definida. •As multas, na maioria, eram fixadas através de instrumentos normativos passíveis de contestação judicial. •A multa máxima por hectare, metro cúbico ou fração era de R$ 5 mil.. Depois •Quem dificultar ou impedir o uso público das praias está sujeito a até 05 (cinco) anos de prisão. •O desmatamento não autorizado agora é crime, além de ficar sujeito a pesadas multas. •Comprar, vender, transportar, armazenar madeira, lenha ou carvão, sem licença da autoridade competente, sujeita o infrator a até 01 (um) ano de prisão e multa. •Funcionário de órgão ambiental que fizer afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados em procedimentos de autorização ou licenciamento ambiental, pode pegar até 03 (três) anos de cadeia. •A fixação e aplicação de multas têm a força da lei. •A multa administrativa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões.. Fonte: IBAMA (www.ibama.gov.br).. A Lei de Crimes Ambientais (LCA) introduziu no Brasil o conceito de responsabilidade penal da pessoa jurídica, o que significa, que a partir de agora, as empresas que vierem a provocar degradação ambiental poderão responder civil, criminal e administrativamente. Cabe ressaltar que isto não exclui a responsabilidade das pessoas físicas que dirigem a empresa. O Art. 2º da LCA determina: “Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta lei incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la”. A empresa que cometer crime ambiental poderá ser criminalmente punida com multa, restrição de direitos e prestação de serviços à comunidade. As penas restritivas de direito são suspensão parcial ou total de atividades; interdição temporária do estabelecimento, obra ou atividade; proibição de contratar junto ao Poder Público ou obter subsídios ou subvenções por um período de até dez anos. As multas administrativas previstas nessa lei variam de R$ 50,00 a R$ 50.000.000,00. A definição do valor das multas para cada tipo de crime ambiental, sanções administrativas, foi dada pelo Decreto Nº 3.179/99, que dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Tal decreto prevê outras sanções além de multas; por outro lado, também permite, acompanhando a LCA, que multas simples sejam convertidas em serviços à comunidade. Dentre as multas previstas, cita-se: ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-16.

(17) ISO 14000 Art. 41 - Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), ou multa diária. § 1º - Incorre nas mesmas multas, quem: I- tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para ocupação humana; II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV - dificultar ou impedir o uso público das praias; V - lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos; e VI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. § 2º - As multas e demais penalidades de que trata este artigo serão aplicadas após laudo técnico elaborado pelo órgão ambiental competente, identificando a dimensão do dano decorrente da infração. ........................................................................................................................................................ Art. 44 - Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentos pertinentes: Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). ..................................................................................................................................................................... Art. 47 - Importar ou comercializar veículo automotor sem Licença para Uso da Configuração de Veículos ou Motor - LCVM expedida pela autoridade competente: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e correção de todas as unidades de veículo ou motor que sofrerem alterações.. 11. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL FEDERAL 11.1 - O Meio Ambiente na Constituição A Constituição Federal, promulgada em 05 de outubro de 1988, aborda amplamente a matéria meio ambiente, dedicando, inclusive, todo um capítulo à proteção ambiental. O artigo 225 cuida especificamente do Meio Ambiente e dispõe, em seu “caput”, o seguinte texto: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 11.2 - Política Nacional do Meio Ambiente ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-17.

(18) ISO 14000 É disciplinada pela Lei Federal 6938/81. Foi a primeira Lei Federal a abordar o meio ambiente como um todo, abrangendo os diversos aspectos envolvidos e alcançando as várias formas de degradação ambiental e não mais apenas a poluição causada pelas atividades industriais, ou o uso dos recursos naturais, como vinha ocorrendo até então. Tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (Art. 2º). Outros itens de destaque são os seguintes: Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - Meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; (...) III - Poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; (...) Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: I - o estabelecimento de padrões da qualidade ambiental; II - o zoneamento ambiental; III - a avaliação de impactos ambientais; IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidora; V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público Federal, Estadual e Municipal, tais como Áreas de Proteção Ambiental, de Relevante Interesse Ecológico e Reservas Extrativistas; VII - o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente; VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental; IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; XII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais. Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento por órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.. A Lei 6.938/81 foi alterada pela LEI Nº 10.165, de 27 de dezembro de 2000, que cria a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental TCFA, já que os diplomas legais anteriores. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-18.

(19) ISO 14000 foram objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). 11.3 - Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA - é integrado por todos os órgãos federais, estaduais e municipais responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. Definido pela Política Nacional do Meio Ambiente, atualmente obedece aos preceitos do Capítulo II do Decreto nº 99.274/90: Art. 3º - O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, constituído pelos órgãos e as entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, tem a seguinte estrutura: I-. Órgão Superior: o Conselho de Governo;. II- Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; III- Órgão Central: o Ministério do Meio Ambiente; IV- Órgão Executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA; V- Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades da Administração Pública Federal direta e indireta, as Fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam associadas às de proteção da qualidade ambiental ou àquelas que disciplinem o uso de recursos ambientais, bem assim os órgãos e entidades estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e 14 fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental ; e. VI- Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades referidas no inciso anterior, nas suas respectivas jurisdições15.. 11.4 - Principais Instrumentos Legais para o Controle da Poluição Ambiental Poluição das Águas • Resolução CONAMA nº 357 de 18/03/05: estabeleceu a classificação das águas doces, salobras e salinas do Território Nacional. As águas doces foram classificadas em 5 (cinco) classes, quais sejam: especial, 1, 2, 3 e 4. Para cada uma dessas classes são estabelecidos limites ou condições, também chamados Padrões de Qualidade. O art. 34 dessa resolução prevê que os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam a determinadas condições, também chamados Padrões de Emissão. Os Padrões de Balneabilidade foram alterados pela Resolução CONAMA 274/2000. • Portaria MINTER nº 124 de 20/08/80: estabeleceu em 200 m a distância mínima das coleções hídricas ou cursos de água para armazenamento de produtos químicos, visando a prevenção de poluição hídrica. 14. ex.: Secretarias Estaduais de Meio Ambiente, CETESB-SP, Instituto Geológico-SP, FEEMA-RJ, FEAM-MG, Instituto Estadual de Florestas (IEF)-MG, CRA-BA, IAP-PR. 15 Ex.: Secretarias/Departamentos Municipais de Meio Ambiente ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-19.

(20) ISO 14000. • Lei nº 9433 de 08/01/97: instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamentou o inciso XIX do artigo 21º da Constituição Federal e alterou o artigo 1º da Lei nº 8001 de 13/03/90. O artigo 5º define os seguintes instrumentos para implementação dessa Política: I - Os Planos de Recursos Hídricos; II - O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água; III - A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; IV - A cobrança pelo uso de recursos hídricos; V - A compensação a Municípios; VI - O Sistema de informações sobre recursos hídricos.. Em termos de outorga dos direitos, pelo Poder Público, o artigo 12 define que estão sujeitos os seguintes usos de recursos hídricos: I - Derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público ou insumo de processo produtivo; II - Extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; III - Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; IV - Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; V - Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.. O artigo 21 prevê que a fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos deve observar, entre outros, o volume retirado e seu regime de variação e o volume de efluentes lançados e seu regime de variação e as características físicoquímicas, biológicas e de toxicidade. O artigo 32 cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, o qual é integrado, conforme disposto no artigo 33, entre outros, pelos Comitês de Bacia Hidrográfica e pelas Agências de Água. •. LEI Nº 9.966, de 28 de abril de 2000: dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.. •. LEI Nº 9.984, de 17 de julho de 2000: dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Destacam-se:. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-20.

(21) ISO 14000 Art. 4º - A atuação da ANA obedecerá aos fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos e será desenvolvida em articulação com órgãos e entidades públicas e privadas integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, cabendo-lhe: (...) IX – Arrecadar, distribuir e aplicar receitas auferidas por intermédio da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio da União, na forma do disposto no art. 22 da Lei Nº 9.433, de 1997; (...) Art. 5º - Nas outorgas de direito de uso de recursos hídricos de domínio da União, serão respeitados os seguintes limites de prazos, contados da data de publicação dos respectivos atos administrativos de autorização: I – Até dois anos, para início da implantação do empreendimento objeto da outorga; II – Até seis anos, para conclusão da implantação do empreendimento projetado; III – Até trinta e cinco anos, para vigência da outorga de direito de uso. •. Resolução CONAMA 293 de 12/12/2001: dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo originados em portos organizados, instalações portuárias ou terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações de apoio, e orienta a sua elaboração.. Poluição do Ar • Portaria MINTER 100 de 14/7/1980: estabelece limites para a emissão de fumaça preta por veículos a diesel. • Resolução CONAMA nº 05 de 15/06/89: estabeleceu o PRONAR - Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar. • Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90: estabeleceu os Padrões Nacionais de Qualidade do Ar e os seus respectivos Métodos de Referência para os poluentes partículas totais em suspensão, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio, fumaça, partículas inaláveis e dióxido de nitrogênio. A Resolução faz uma distinção entre dois tipos de padrões, os primários e aqueles secundários. Os padrões primários são destinados à proteção da saúde pública, sendo que os secundários têm como objetivo prover o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população e o mínimo dano à fauna, flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Como exemplo, o quadro abaixo apresenta alguns dos Padrões de Qualidade do Ar definidos nessa Resolução:. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-21.

(22) ISO 14000. Poluente. Tempo de Amostragem (horas). Partículas Totais em Suspensão. 24 h - MGA. Dióxido de Enxofre. 24 h - MAA. Partículas Inaláveis. 24 h - MAA. Padrão Primário (µg/m3) 240 80 365 80 150 50. MGA - média geométrica anual. Padrão Secundário (µg/ m3) 150 60 100 40 150 50. Método de medição Amostrador de Grande Volume Para-rosanilina Separação Inercial / Filtração. MAA - média aritmética anual. • Resolução CONAMA nº 08 de 06/12/90: estabeleceu, a nível nacional, os limites máximos de emissão de poluentes do ar para processos de combustão externa em novas fontes fixas (caldeiras, geradores de vapor, fornos, estufas, etc.). As novas fontes são aquelas cuja Licença Prévia (LP) seja solicitada aos Órgãos licenciadores competentes após 28/12/90. Para outros combustíveis, além de óleo e carvão mineral, caberá aos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente o estabelecimento de limites máximos de emissão para partículas totais, dióxido de enxofre e, se for o caso, para outros poluentes, quando do licenciamento ambiental da atividade. • Portaria IBAMA nº 85 de 17/10/96: determina a implantação do Programa Interno de Auto-Fiscalização da Correta Manutenção da Frota de Veículos quanto à emissão de fumaça preta a toda empresa que possui frota própria de transporte de carga ou de passageiros. O artigo 2º dessa Portaria define que toda empresa contratante de serviços de terceiros será considerada co-responsável pela correta manutenção dos veículos contratados. De acordo com os termos do artigo 4º, a Escala de Ringelmann é o instrumento indicado para avaliação das emissões de fumaça preta. •. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 267, de 14 de setembro de 2000: dispõe sobre o cadastramento junto ao IBAMA das empresas que produzem, importam, exportam, comercializem ou utilizam substâncias controladas constantes no Protocolo de Montreal em quantidade superior a 200 kg/ano. Proíbe em todo território nacional a utilização das substâncias controladas especificadas nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio, constantes do Anexo desta Resolução nos sistemas, equipamentos, instalações e produtos novos, nacionais e importados. Fixa prazos para o fim da utilização e importação de substâncias controladas. Revoga a Resolução CONAMA Nº. 13, de 13/12/95 e a Resolução CONAMA Nº. 229, de 20/8/97. “Usos Essenciais”, para efeito desta Resolução, os usos e/ou aplicações permitidas para utilização das substâncias constantes do Protocolo de Montreal, quais sejam: I - para fins medicinais e formulações farmacêuticas para medicamentos na forma aerossol, tais como os Inaladores de Dose de Medida - MDI e/ou assemelhados na forma “spray” para uso nasal ou oral;. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-22.

(23) ISO 14000 II - como agente de processos químicos e analíticos e como reagente em pesquisas científicas. • Resolução CONAMA 291 de 25/10/2001: regulamenta os conjuntos para conversão de veículos para o uso do gás natural e dá outras providências. • Resolução CONAMA 315 de 29/10/2002: dispõe sobre a nova etapa do Programa de Controle de Emissões Veiculares - PROCONVE. • Resolução CONAMA 340 de 25/9/2003: dispõe sobre a utilização de cilindros para o envasamento de gases que destroem a camada de ozônio e dá outras providências. • Resolução CONAMA 342 de 25/9/2003: estabelece novos limites para emissões de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos, em observância à Resolução CONAMA 297 de 26/2/2002 e dá outras providências. Resíduos Sólidos Industriais • Portaria MINTER 53/79: dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos, estabelecendo: (...) II - O lixo “in natura” não deve ser utilizado na agricultura ou na alimentação de animais16. III - Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que contém substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras consideradas prejudiciais, deverão sofrer tratamento ou acondicionamento adequado, no próprio local de produção, e nas condições estabelecidas pelo órgão estadual de controle da poluição e de preservação ambiental. IV - Os lixos ou resíduos sólidos não devem ser lançados em cursos d'água, lagos e lagoas, salvo na hipótese de necessidade de aterro de lagoas artificiais, autorizado pelo órgão estadual de controle da poluição e de preservação ambiental. (...) IX - Não devem ser utilizados incineradores de resíduos sólidos em edificações residenciais, comerciais e de prestação de serviços. X - Os resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza não devem ser colocados ou incinerados a céu aberto, tolerando-se apenas: a) a acumulação temporária de resíduos de qualquer natureza, em locais previamente aprovados, desde que isso não ofereça riscos à saúde pública e ao meio ambiente, a critério das autoridades de controle da poluição e de preservação ambiental ou de saúde pública; b) a incineração de resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza, a céu aberto, em situações de emergência sanitária. XI - O lançamento de resíduos sólidos no mar dependerá de prévia autorização das autoridades federais competentes.. •. 16. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 358/05, estabelece normas relativas ao tratamento e disposição final de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde e dá outras providências.. Ver Art. 18 da Resolução CONAMA 5/93, no estado de São Paulo ver também Resolução SS 49/99. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-23.

(24) ISO 14000 •. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 362/05, determina que todo o óleo lubrificante usado ou contaminado será, obrigatoriamente, recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente, e dá outras providências.. •. PORTARIA ANP Nº 125 de 30/7/1999: regulamenta a atividade de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado. Aplicável a produtor, importador, revendedor e consumidor final. Prazos e quantidades para coleta e destinação final : I - A partir de 01/10/1999: 20% II - A partir de 01/10/2000: 25% III - A partir de 01/10/2001: 30% Volume mínimo de coleta e destinação de óleo lubrificante usado ou contaminado proporcionalmente ao volume total de óleo lubrificante acabado comercializado.. •. Portaria ANP nº. 127/99, alterada pela Portaria ANP 71/00: regulamenta a coleta do óleo lubrificante usado ou contaminado.. •. Portaria ANP nº. 128/99, alterada pela Portaria ANP 71/00: regulamenta a atividade de rerrefino do óleo lubrificante usado ou contaminado.. •. Resolução CONAMA Nº 257/99, alterada pela Resolução CONAMA 263/99: dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras providências.. •. Resolução CONAMA 258/99, alterada pela Resolução CONAMA 302 de 21/3/2002: obriga as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos a coletar e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às quantidades fabricadas e/ou importadas.. •. Resolução CONAMA 264/99, dispõe sobre o Licenciamento de Fornos Rotativos de Produção de Clínquer para Atividades de Co-Processamento de Resíduos.. •. Resolução CONAMA 275 de 25/4/2001: dispõe sobre coleta seletiva (facultativa para empresas privadas - obrigatória apenas para órgãos públicos e empresas estatais). ¾. •. Resolução CONAMA Nº. 307, de 5/7/2002: estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.. •. Resolução CONAMA 313, de 29/10/2002: dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Revoga a Resolução CONAMA 06/1988. O Art. 4º. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-24.

(25) ISO 14000 determina que as indústrias das tipologias previstas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE deverão apresentar aos órgãos ambientais as informações sobre geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus resíduos sólidos, segundo os Anexos I, II e III da Resolução. •. Resolução CONAMA 314 de 29/10/2002: dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação e dá outras providências.. •. Resolução CONAMA 316 de 29/10/2002: dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.. •. Resolução CONAMA 348 de 17/8/2004: altera a Resolução CONAMA 307 de 5/7/2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.. Produtos Químicos •. Decreto Nº. 2657 de 03/7/98: promulga a Convenção n° 170 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990. Determina que os fabricantes / fornecedores de produtos químicos forneçam aos seus clientes as respectivas FISPQs - Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Também determina que os empregadores forneçam as FISPQs aos empregados que manuseiam / utilizam produtos químicos.. •. Decreto Nº. 4.074, de 04/01/2002: regulamenta a Lei no. 7.802, de 11/7/89, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Merecem atenção especial os artigos 8o, 52o e 53o.. •. Decreto Nº. 2657, de 03/7/98: promulga a Convenção n° 170 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990. Determina que os fabricantes / fornecedores de produtos químicos forneçam aos seus clientes as respectivas FISPQs - Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos. Também determina que os empregadores forneçam as FISPQs aos empregados que manuseiam / utilizam produtos químicos.. Poluição Sonora • Resoluções CONAMA nº 01 e nº 02 de 08/03/90 que estabelecem as Normas a serem obedecidas no interesse da saúde, no tocante à emissão de ruídos em. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-25.

(26) ISO 14000 decorrência de quaisquer atividades, bem como instituem, nacionalmente, o Programa “Silêncio”. A referência determinada para aplicação destas Resoluções recai nas Normas NBR 10151 e NBR 10152 quando se tratar, respectivamente, de avaliação de ruídos em áreas habitadas, sejam atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas e de níveis de ruídos na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações. O critério geral para determinar o nível sonoro permitido leva em conta o uso da área (residencial, industrial, misto, etc.) e uma distinção entre os períodos do dia (diurno e noturno). •. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 01/92, estabelece para os veículos automotores nacionais e importados, exceto motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados, limites máximos de ruído com veículos em aceleração e na condição parado.. •. RESOLUÇÃO CONAMA Nº 02/92, estabelece, para motocicletas, motonetas, triciclos, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados, nacionais e importados, limites máximos de ruído com o veículo em aceleração e na condição parado.. Licenciamento Ambiental • Resolução CONAMA Nº 237 de 19/12/97: promoveu uma revisão de procedimentos e critérios utilizados no Licenciamento Ambiental e incorporou ao Sistema instrumentos de Gestão Ambiental, visando o desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua. Prevê que os empreendimentos e atividades serão licenciados em um nível único (Federal, Estadual, Municipal) de competência, bem como que deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento das atividades que implementem planos e programas voluntários de gestão ambiental. Prevê, ainda: Tipos de licença (Art. 9º): I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. III- Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.. Prazos de validade para cada tipo de licença: Art. 18 - O órgão ambiental competente estabelecera os prazos de validade de cada tipo de licença, especificando-os no respectivo documento, levando em consideração os seguintes aspectos:. ISSO 14000. Edição: Junho / 2006 - Rev.0. B-26.

Referências

Documentos relacionados

Qualquer movimento interestadual de resíduos perigosos, mesmo que promovido entre unidades de um mesmo proprietário, deve ser precedido de autorização expedida pelo IBAMA,

Análise do efeito da ANG II parácrina ou intracelular em célula mesangial de murino na ativação de vias de sinalização por proteínas fosforiladas e nas respostas mitocondriais (in

a) Foi contabilizada incorretamente como despesa, a aquisição de Licença Windows Microsoft no valor de R$ 56.000,00, realizada através da licitação de número

Cada um desses órgãos tem um lugar no Sistema e uma função e a professora sugere que os alunos gravem isso. B) CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA), órgão consultivo

II - Órgão Consultivo e Deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, adotado nos termos desta Lei, para assessorar, estudar e propor ao Conselho Superior do

III - Órgão Central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, com a finalidade de coordenar, executar e fazer executar, como órgão federal,

Órgão Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), responsável pelas políticas e diretrizes governamentais fixadas para

‘Então o antigo fez uma tábua e levou para fechar a porta de Ianana.’ 16 impa ianana beme txitmxa pykwapy-pysa. então ianana pobre tábua flechar- t