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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta (Viseu)

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Sílvia Gomes

Animação Sociocultural

Relatório de Estágio

Licenciatura em Animação Sociocultural

Nome: Sílvia Marina Martins Gomes Número de aluno: 6567

Estabelecimento de ensino: Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto

Docente Orientador: Maria de Fátima Saraiva da Silva Costa Bento

Instituição de Estágio: Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de

Côta

Rua de Beliche, n.º 2, Nogueira de Côta, 3505-234 Côta

Tutor do Estágio: Maria Manuela Rodrigues da Fonseca Duração do Estágio: 3 meses

Início a 22 de Junho

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“Canta, poeta, canta! Violenta o silêncio conformado. Cega com outra luz a luz do dia. Ensina a cada alma a sua rebeldia.” Miguel Torga

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Animação Sociocultural

Agradecimentos

Aos que me acompanharam durante este trajecto agradeço toda a ajuda, por me apoiarem nos bons momentos e por serem também porto de abrigo nas alturas mais difíceis.

Gostaria de exprimir a minha gratidão ao corpo docente da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda pela ajuda e apoio prestados no decorrer deste meu percurso académico. Agradeço com especial apreço a ajuda prestada pela professora e orientadora Fátima Bento durante o meu período de estágio.

Um muito obrigado a todas as pessoas com quem trabalhei durante o estágio, pela sua disponibilidade, motivação, paciência e interesse mostrado em ajudar-me na realização do mesmo.

Por fim, agradeço à minha família, em particular ao meu marido e filha pelo amor, carinho, compreensão e incentivo.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Índice Geral

Introdução ... 1 Capítulo I ... 3 A Animação Sociocultural... 3

1.1. A Animação Sociocultural e a Comunidade ... 4

1.2. O Animador Sociocultural enquanto agente dinamizador ... 5

1.3. O Associativismo e a participação social... 6

Capítulo II ... 8

A Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta ... 8

2.1. Enquadramento geográfico ... 9 2.2. A instituição – ASDRC ... 10 Capítulo III ... 13 O Estágio ... 13 3.1. Fundamentação ... 14 3.2. Plano de Estágio ... 14 3.3. Objectivos do Estágio ... 15 3.4. Actividades realizadas ... 15

3.4.1. Férias de Verão – Animação de Tempos Livres ... 16

3.4.2. Cicloturismo ... 18 3.4.3. Semana Cultural ... 19 3.4.4. Mostra Artesanal ... 21 3.4.5. Organização da Biblioteca ... 22 3.4.6. A Hora do Conto ... 23 3.4.7. Passeio Pedestre ... 24

3.4.8. Actividades dirigidas à população idosa ... 25

Reflexão final ... 27

Bibliografia ... 28

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Índice de Figuras

Figura 1: NUTS III ... 9

Figura 2: Freguesias do concelho de Viseu ... 9

Figura 3: Sede da ASDRC de Nogueira de Côta ... 11

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Introdução

Partilho a ideia daqueles que afirmam que a animação sociocultural não é somente animar, ocupar ou divertir um determinado grupo de pessoas, é acima de tudo intervir na mudança, na qualidade de vida e bem - estar da comunidade e dos seus cidadãos, cooperar, solucionar, interagir, dar um significado à vida em colectividade.

Assim, delinearam-se as seguintes linhas orientadoras do estágio: observação e reflexão em torno dos papéis e práticas profissionais do animador sociocultural, a partir de referenciais científicos, técnicos, pedagógicos e éticos; utilização de estratégias de intervenção e inovação social geradoras da qualidade de vida e do bem-estar dos cidadãos, nomeadamente daqueles que desfrutam das iniciativas desenvolvidas pela associação onde o estágio decorreu; recurso aos princípios estratégicos (integralidade, participação, parceria e aproximação territorial e humana) e às estratégias (assistencialistas, preventivas e emancipadoras) mais adequadas à acção do animador sociocultural nos âmbitos específicos de actuação da associação que me acolheu como estagiária; cooperação com os técnicos existentes na associação.

O estágio decorreu na Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta, no período compreendido entre 22 de Junho e 30 de Setembro.

O presente relatório tem como objectivos apresentar, descrever, analisar e reflectir criticamente sobre os contextos do estágio - as acções e metodologias utilizadas pela associação, para as implementar; as actividades que me foram sugeridas e que desenvolvi, assim como as que propus e que pude concretizar.

Este relatório estrutura-se em três capítulos. No primeiro capítulo apresento uma abordagem das principais linhas teóricas que conduziram o meu trabalho, foco a animação sociocultural nas suas vertentes comunitária e associativa, enquanto factores indutores de participação social, sendo que foram estes os âmbitos de actuação no meu estágio. Num segundo capítulo exponho o enquadramento geográfico, pois parece-me pertinente dar a conhecer o meio onde está inserida a instituição, uma vez que toda a sua actividade só tem razão de ser devido a esse mesmo contexto. Depois apresento uma breve caracterização da instituição onde foi realizado o estágio, bem como o trabalho que desenvolve junto da comunidade.

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No terceiro e último capítulo descrevo, analiso e reflicto criticamente sobre as actividades desenvolvidas durante o período de estágio.

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Capítulo I

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1.1. A Animação Sociocultural e a Comunidade

A sociedade tem vindo a sofrer sucessivas e rápidas transformações, onde os valores sociais e as relações interpessoais se encontram cada vez mais debilitados. Instituições que outrora representavam os pilares da nossa sociedade, como a família ou a escola, têm também vindo a sofrer importantes alterações provocando um desequilíbrio na transmissão de valores que norteavam o nosso comportamento enquanto cidadãos.

É importante sabermo-nos adaptar e lidar com esta realidade, sabermos agir consciente, crítica e activamente. É nos princípios da integralidade, participação, parceria e aproximação territorial (ou proximidade humana), que se baseia a animação sociocultural, orientando as suas práticas para os processos de participação, dinamização social, consciencialização e para a promoção da responsabilidade colectiva. O papel da animação sociocultural é levar o indivíduo à autonomia e à emancipação, anulando a passividade e a resignação. Como é referido por Lopes (2008: 403): “ (…) a animação sociocultural trata de superar e vencer atitudes de apatia e fatalismo em relação ao esforço por «aprender durante toda a vida» que é o substancial da educação permanente”.

Pode considerar-se um conjunto de práticas que tendo sempre em conta o meio circundante e o estudo dessa mesma realidade, em todas as suas vertentes - social, cultural, educacional e do desenvolvimento - o principal objectivo é criar dinâmicas onde a comunidade esteja amplamente envolvida, dinâmicas que integrem o mais possível os indivíduos.

Trilla (1988) defende que a animação sociocultural é um tipo de acção comunitária que tem por propósito principal a promoção nas pessoas e nos grupos de uma atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento.

Nesta perspectiva, sendo a animação sociocultural um tipo de acção comunitária, aparece como uma estratégia de intervenção assente na promoção e no desenvolvimento comunitário, com a principal preocupação de fortalecer o tecido social mediante a participação individual e colectiva, ou seja, trata-se de animação comunitária como metodologia participativa centrada na comunidade e em tudo o que lhe está subjacente (história, características, necessidades, problemas, recursos, potencialidades, entre outros).

Segundo Marchioni (1997: 66-70), a ideia de comunidade deve ter como referência um conjunto de pessoas que habitam o mesmo território, com determinados laços e interesses

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em comum, ligados sempre pela dimensão educativa e pela pertença a um mesmo sistema cultural. Este autor considera também que os elementos fundamentais de ordem estrutural que identificam uma comunidade, operando como indicadores de uma acção comunitária são o território, a população, as necessidades que esta população expressa e os recursos de que se pode dispor.

A animação comunitária deve actuar com base na solidariedade, cooperação, motivação e consciencialização dos cidadãos como forma de os tornar agentes do seu próprio desenvolvimento ou agentes de desenvolvimento local.

Na perspectiva de Silva (1992: 28), conjugando esforços em torno de projectos de interesse comum, os indivíduos ou grupos contribuem, solidária e activamente, para a satisfação das suas necessidades, sejam elas de ocupação de tempos livres ou de melhoria de qualidade de vida.

1.2. O Animador Sociocultural enquanto agente dinamizador

Considerando a opinião de vários autores (Trilla, 1988; Ander-Egg, 2000; Lopes, 2006) que partilham pontos comuns, o animador sociocultural é o profissional que intervém junto de uma comunidade ou grupo, recorrendo à utilização de várias técnicas de animação e tendo como objectivo a integração através da actividade social e cultural. Para Garcia (1987: 32) um animador é “ aquela pessoa que pela sua acção cria as condições mais favoráveis para conseguir a realização humana. O papel do animador deve ser encaminhado para conseguir que os membros do grupo se conheçam, se sintam e se esforcem para chegarem a ser pessoas comunitárias”.

Deve, como tal, estar apto a identificar as necessidades do meio onde vai actuar e perante as mesmas, aplicar planos de estratégia com o recurso a metodologias diversas. Este deve conter em si determinadas competências e qualidades humanas essenciais ao seu papel social, nomeadamente:

- Ser um bom comunicador;

- Possuir capacidade para agir e lidar com grupos;

- Ter o sentido da responsabilidade e do profissionalismo; - Ser criativo e dinâmico;

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- Ter capacidade de organização e gestão;

De forma resumida, e citando Badesa (1995: 183), pode dizer-se que o animador sociocultural, “há-de saber estar com o grupo, como um deles, criando relações de amizade, confiança e diálogo. Da sua parte há-de saber distribuir as tarefas e responsabilidades que fazem crescer os componentes do grupo. Tem sentido social e concebe o seu papel como „animador‟ ou „facilitador‟ criando um ambiente distendido e favorável ao trabalho. Esforça-se por conhecer as pessoas e trabalha como um dos elementos do grupo. Exerce um tipo de liderança distributiva, na qual as decisões não se tomam senão por consenso”.

1.3. O Associativismo e a participação social

Os movimentos associativos tornaram-se ao longo do tempo fundamentais para o desenvolvimento das sociedades modernas. Independentemente dos desígnios a que se propõe qualquer movimento deste género, tem a faculdade de aproximar indivíduos com interesses comuns proporcionando-lhes oportunidades de partilharem as suas experiências e conhecimentos, de forma a fortalecerem a prossecução de objectivos que são globais. Segundo o Guia para o Associativismo (2001), o associativismo é a expressão organizada da sociedade, apelando à responsabilização e intervenção dos cidadãos em várias esferas da vida social e constituiu um importante meio de exercer a cidadania.

A sociedade actual é constantemente fustigada por crises que levam à mudança e mesmo perda de valores que antes eram considerados fundamentais para o desenvolvimento da cidadania e da própria identidade cultural de cada comunidade. Neste âmbito o associativismo tem o condão de aproveitar o potencial de cada indivíduo conduzindo-o a uma participação colectiva de cooperação solidária na defesa dos valores que constituem a imagem da sociedade em que estão inseridos.

Este tipo de organizações acabam por ser também o sustentáculo das políticas que levam ao progresso, uma vez que incentivam normalmente os seus membros, a exercerem uma participação activa no exercício de actividades que fomentam o desenvolvimento social, cultural, educativo e económico das regiões em que estão inseridas.

O associativismo cultural e social contribui constantemente para a consolidação, dinamização e inovação do tecido social, aproveitando quase sempre o trabalho voluntário dos seus membros que procuram constantemente novas soluções para os problemas do colectivo.

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Se é verdade que nos primórdios do movimento associativo, este vivia quase sempre da “carolice” de meia dúzia de dirigentes que se recusavam a aceitar o “status quo” reinante, certo é que nos dias de hoje assistimos a uma evolução positiva destas estruturas que se organizaram, tornando-se mais eficazes na defesa dos seus objectivos, constituindo sem dúvida uma mais-valia que importa ter em conta, quando abordamos os caminhos de progresso que as sociedades modernas almejam percorrer.

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Capítulo II

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Enquanto futura animadora sociocultural uma das principais actividades a desempenhar será sempre o diagnóstico e análise da área de intervenção onde possa vir a actuar. Assim sendo, neste capítulo apresento uma breve caracterização da instituição onde foi realizado o estágio, bem como do trabalho que desenvolve junto da comunidade. Parece-me também pertinente focar o meio que a envolve, uma vez que toda a sua actividade só tem razão de ser devido ao contexto onde está inserida.

2.1. Enquadramento geográfico

A ASDRC1 de Nogueira de Côta localiza-se na freguesia de Côta, que é uma das 34 freguesias pertencentes ao concelho de Viseu (ver figura 1). Viseu é a sede de um concelho com uma área de 507,1 Km2, também é capital de distrito e insere-se na NUT II Centro e NUT III Dão-Lafões (ver figura 2). A rede viária existente, com destaque para a A25 e o IP3, mune este concelho de boas acessibilidades, o que constitui uma potencialidade com consequências imediatas na forma de comunicar, comercializar e distribuir.

1 Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural

Figura 2: Freguesias do concelho de Viseu

Fonte: http://www.portalviseu.com

Figura 1: NUTS III

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A freguesia de Côta fica situada a nordeste de Viseu, entre os rios Vouga e Paiva, sendo servida pela E.323. Tem uma área aproximada de 42 Km2 de superfície e dista, cerca de 25 km, da sede do concelho. Rodeada por uma paisagem serrana, a freguesia está isolada e longe da confusão dos grandes centros. Aqui existem condições escassas para que os jovens se possam fixar. Uma vez que as oportunidades de trabalho são raras, estes, na maior parte das vezes, optam por migrar para outros locais em busca de uma vida melhor, aumentando o processo de desertificação que tem vindo a assolar toda esta região. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, Côta tem uma população residente de cerca de 1400 habitantes, sendo que grande parte desta população é idosa.

O concelho de Viseu é maioritariamente rural e a freguesia de Côta não foge a essa realidade, a agricultura é o sector que ocupa o maior número de mão-de-obra da população e mesmo os que lidam com outros serviços a exercem a tempo parcelar.

A indústria é praticamente inexistente, subsistindo apenas pequenas empresas cujas actividades estão muito ligadas às características físicas da freguesia, como a exploração de granitos, a extracção de resinas, a serralharia e a construção civil.

Apesar de estar inserida numa região ameaçada pelo espectro da desertificação e de não ter no seu horizonte próximo sinais que indiciem um grau elevado de desenvolvimento, a freguesia de Côta tem, apesar de tudo, no seu seio uma riqueza que é importante não perder, um legado histórico constituído por esse tesouro imenso que são as boas relações humanas. A sociedade sofreu nas últimas décadas alterações profundas que modificaram de forma acentuada os valores e comportamentos sociais dos indivíduos, sendo cada vez mais importante preservar aquele sentido de comunidade, e até mesmo de humanidade, que o progresso roubou a algumas regiões.

2.2. A instituição – ASDRC

Fundada a 19 de Julho de 1994, a Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta (ADRC) dava por esta altura os primeiros passos da longa e infindável caminhada a que se propunha. Nasceu do sonho de um grupo de pessoas que ousaram olhar mais além, e desafiando todos os obstáculos naturais a um empreendimento daquela natureza, fixaram como objectivo a promoção recreativa, desportiva e cultural da comunidade onde estavam inseridos.

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Desde então, fruto do esforço de todos aqueles que com o passar do tempo partilharam o sonho inicial, a ADRC foi-se desenvolvendo, tanto na promoção das acções a que se propôs, como na criação de infra-estruturas essenciais ao crescimento da sua actividade (ver figuras 3 e 4).

Perante o aumento dos problemas sociais, característicos das sociedades desenvolvidas e como resultado da preocupação crescente dos seus fundadores e associados, a ADRC viu alterados os seus estatutos. A 18 de Julho de 2007 esta associação tornou-se numa instituição particular de solidariedade social, denominada Associação Social, Desportiva, Recreativa e Cultural de Nogueira de Côta (ASDRC).

A Associação tem como missão apoiar famílias, crianças e jovens; proteger os cidadãos na velhice e invalidez; promover a integração e o desenvolvimento social da comunidade; implementar, colaborar e acompanhar programas e projectos de âmbito local que visem a formação, educação e ocupação de tempos livres da mesma comunidade; promover actividades desportivas, recreativas e culturais; envolver a população para que esta tenha uma atitude participativa e consciente dos seus valores e das suas necessidades.

A ASDRC tem tido um papel central no desenvolvimento local, é uma escola de vida, um ponto de encontro e um centro de partilha de saberes e experiências. Além do dinamismo que esta instituição imprime, ao desenvolver eventos culturais, de desporto e lazer continuamente durante todo o ano, convém referir o apoio que presta no domínio social uma

Figura 3: Sede da ASDRC de Nogueira de Côta

Fonte: Imagem própria

Figura 4: Bar da ASDRC no parque da aldeia

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vez que começa já a auxiliar a população mais idosa na realização de algumas tarefas, preparando-se também para iniciar a sua actividade na vertente do apoio domiciliário.

No universo desta associação importa salientar todo o trabalho de voluntariado que é realizado, pois as pessoas que o praticam acreditam nos projectos da associação e acreditam também que é através da participação que podem mudar a realidade em favor de toda a comunidade. Como refere Aurélie Brossard (2003: ): “Ser voluntário é dar o seu tempo para defender o que se acredita, é participar na comunidade, exercer uma certa cidadania e tentar realizar iniciativas num espírito de cooperação, de colectividade e de solidariedade. Ser voluntário, é defender valores e opiniões, é pôr em prática utopias e sonhos.”

Parte integrante desta instituição são também o Grupo de Teatro e o grupo de “Zés Pereiras” – “Contr‟ó Bombo”, que se encontram em franca actividade, participando na animação de festas e outros eventos, um pouco por toda a região.

A ASDRC tornou-se numa realidade incontornável e inextinguível. A prova disso está patente nos seus mais de 300 associados e no imenso rol de actividades desenvolvidas para a comunidade ao longo dos anos, algumas das quais, transformadas pelo tempo em verdadeiras tradições.

Deste modo, e porque o sonho está bem vivo, a ASDRC continua a desenvolver projectos, que apesar de ambiciosos, representam no seu conjunto a alma de uma colectividade que acredita num futuro melhor.

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Capítulo III

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Neste capítulo explico a minha escolha em relação ao local de estágio, bem como os principais objectivos e as actividades desenvolvidas no decorrer do mesmo.

Algumas das actividades descritas fazem parte de um plano previamente estabelecido pela instituição, nas quais colaborei, e outras constituem actividades de iniciativa própria, que pude implementar.

3.1. Fundamentação

Com o intuito de complementar a minha formação académica optei pela realização de um estágio curricular. De entre as várias possibilidades para a realização do mesmo, a ASDRC foi o local escolhido. Trata-se de uma instituição que me é familiar, pois tenho acompanhado, sempre que possível, o seu crescimento. O meio onde está inserida e onde desenvolve trabalho também me é próximo, assim considerei que o meu estágio naquele local poderia ser uma mais-valia, tanto para mim, uma vez que já conhecia o espaço, facilitando-me desta forma a execução do meu trabalho, como para a instituição que poderia beneficiar com o meu apoio e cooperação enquanto profissional de animação sociocultural.

3.2. Plano de Estágio

O estágio na ASDRC de Nogueira de Côta decorreu sob a orientação académica da docente Maria de Fátima Saraiva da Silva Costa Bento. Na instituição a orientação foi realizada pela licenciada Maria Manuela Rodrigues da Fonseca, coordenadora do departamento recreativo e cultural. O estágio teve uma duração de 3 meses, foi iniciado a 22 de Junho e terminou a 30 de Setembro, tendo havido uma interrupção de uma semana e meia, causada pelo acidente que sofri no decorrer de uma das actividades desportivas organizadas pela instituição.

As actividades planificadas e desenvolvidas tiveram como objectivo geral o desenvolvimento social, cultural e educativo da comunidade, em que a componente lúdica e recreativa esteve sempre presente. O feedback foi essencial para a avaliação do trabalho desenvolvido.

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Durante o período de estágio tentei envolver-me e auxiliar ao máximo em tudo o que me foi proposto pela ASDRC. Foi-me também dada a possibilidade de incrementar muitas das minhas ideias, podendo realizar assim um diversificado rol de actividades.

Para além de observar e aprender, pude também colaborar e intervir junto da comunidade local. Deparei-me com experiências muito proveitosas para o meu futuro enquanto animadora sociocultural.

Não posso deixar de referir que durante o estágio tive sempre como base os conhecimentos e competências adquiridas ao longo do percurso académico.

3.3. Objectivos do Estágio

 Aplicar os conhecimentos e as competências teórico-práticas adquiridas ao longo da minha formação académica.

 Desenvolver metodologias e técnicas de intervenção.

 Incrementar actividades socioculturais de acordo com a realidade da instituição.

 Dinamizar a instituição e os seus recursos, promovendo a participação e a interacção da comunidade local.

 Proporcionar à comunidade o acesso a um vasto conjunto de experiências culturais.

 Ampliar as minhas capacidades no âmbito dos processos de planificação, organização, operacionalização e avaliação de actividades.

3.4. Actividades realizadas

As tarefas desenvolvidas ao longo destes três meses foram muito diversificadas. Durante o meu estágio colaborei e apoiei em tudo o que me foi solicitado, desde a elaboração de ofícios, a criação e distribuição de panfletos/posters publicitários, como forma de divulgação das actividades, à gestão e organização de Stocks.

Desenvolvi também uma multiplicidade de actividades de índole social, lúdico, desportivo e cultural. O público-alvo foi toda a comunidade local, desde crianças, jovens,

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adultos e idosos. Pretendeu-se dinamizar a instituição e os seus recursos, promovendo a participação e a interacção da população. Para o efeito foram utilizadas metodologias participativas, colaborativas, interventivas e reflexivas.

Neste ponto faço referência apenas às actividades mais relevantes em que me envolvi. Para uma explicação mais detalhada elaborei um diário semanal de estágio (ver anexo 1).

3.4.1. Férias de Verão – Animação de Tempos Livres

De acordo com Serrano (2008: 17-18) “Os Projectos Sociais orientam-se para a resolução de problemas, com o fim de tentar satisfazer as necessidades básicas do indivíduo. (…) tentam sempre resolver uma carência, uma necessidade e olham sempre para o futuro, que tentam melhorar.”

Uma vez que não existia qualquer ocupação orientada, durante o período de férias, para os tempos livres das crianças e querendo suprir uma lacuna de carácter social que julgou ser relevante, a ASDRC implementou durante o mês de Julho, o projecto “Férias de Verão 2010 – Animação de Tempos Livres”.

O público-alvo foram as crianças com idades compreendidas entre os seis e os doze anos e o principal objectivo foi promover uma ocupação saudável e criativa dos tempos livres das crianças, bem como o seu desenvolvimento pessoal e social.

A animação infantil é essencialmente educar através de actividades lúdicas, recorrendo à criatividade, participação, envolvência e satisfação da criança. Lopes (2008: 316) defende que qualquer acção a desenvolver no domínio da animação infantil deve obedecer a princípios que contemplem:

A criatividade - envolvimento em áreas expressivas, que considerem formas

inovadoras e processos de aprendizagem estimulando a improvisação e a espontaneidade.

A componente lúdica - prazer da acção, alegria de participar em actividades

promotoras de um permanente estado de convívio.

A actividade - geradora de dinâmicas, fruto de uma interacção resultante da acção. A socialização - encontrada a partir da envolvência com os outros.

A liberdade - fruto de acções sem constrangimentos e repressões, a procura

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A participação - todos são actores de papéis principais e não relegados para planos

secundários.

Partilhando esta linha de pensamento e no âmbito do projecto “Férias de Verão 2010 – Animação de Tempos Livres” foram desenvolvidas diversas actividades, nomeadamente:

• Ateliês de expressão físico-motora, expressão plástica e expressão dramática. • Caminhadas.

• Actividades que permitiram a interacção das crianças com pessoas idosas. • Actividades na biblioteca.

• Visitas a diferentes locais, nomeadamente à cidade de Viseu, ao Parque Botânico Arbutus do Demo, ao Museu Rural de Pendilhe, ao Auditório Municipal Carlos Paredes em Vila Nova de Paiva.

• Deslocações à piscina e à praia.

Quando obtive a confirmação sobre a realização do estágio na ASDRC, foi-me proposto desenvolver este projecto. Foi um desafio que agarrei de imediato e que se revelou bastante frutífero, uma vez que pude pôr em prática diversas técnicas e metodologias de trabalho. Apoiei e colaborei em todo o processo de elaboração do projecto, desde a planificação, organização, operacionalização e avaliação das actividades.

Ajudei na redacção de ofícios (ver Anexo 2), onde foram pedidos alguns apoios e remeti-os às devidas entidades, dirigi-me pessoalmente a algumas dessas entidades, como a junta de freguesia de Côta ou o Auditório Municipal Carlos Paredes em Vila Nova de Paiva, de forma a combinar e ajustar detalhes sobre algumas das saídas programadas. O meu trabalho passou também pela criação de um panfleto informativo alusivo ao tema Férias de Verão – Animação de Tempos Livres (ver Anexo 3) e pela respectiva distribuição. Colaborei na planificação das actividades (ver anexo 5) e na sua execução.

Trabalhar com crianças foi uma experiência que se tornou muito enriquecedora e gratificante. Foi um desafio diário que me propus superar, assim sendo, depois de estabelecer os primeiros contactos com as crianças, tentei adaptar-me às diferenças de cada uma. No decorrer das actividades esforcei-me por entusiasmar, motivar e dinamizar o grupo, dando o meu melhor enquanto profissional e enquanto pessoa. Fui sabendo construir uma relação de diálogo, amizade, confiança e respeito mútuo.

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Foi para mim uma honra poder colaborar neste projecto e fiquei também lisonjeada com a confiança depositada em mim para a realização do mesmo. Apesar de não ter sido tarefa fácil, sinto que o empenho e a determinação que incuti no meu trabalho obtiveram o único resultado que considero aceitável, a satisfação bem patente nos rostos dos participantes das actividades que desenvolvi.

3.4.2. Cicloturismo

O passeio de cicloturismo organizado pela ASDRC é, desde há já alguns anos, um acontecimento quase tradicional, que passou a ter um lugar obrigatório no calendário anual de actividades desta associação. Este passeio foi constituído por um percurso de aproximadamente 30 km, realizado na região de Côta, abarcando também uma pequena parte das Terras do Demo2. Este evento proporcionou a todos os participantes um salutar convívio, bem como o contacto com o património ali existente e o prazer de efectuar uma actividade desportiva usufruindo da beleza paisagística desta região. Seguiu-se depois um almoço, que ofereceu aos cicloturistas a possibilidade de prolongar o convívio, saboreando uma especialidade regional, o já famoso arroz de feijão e carqueja, confeccionado nos típicos tachos de ferro. Esta actividade tem trazido a esta região alguns visitantes, que têm vindo a aumentar em número com o passar dos anos.

Foi realizada com o intuito de proporcionar à comunidade a realização de uma actividade desportiva, fomentar o convívio e a interacção entre a população local e os visitantes, promover e divulgar o património da região e valorizar os produtos endógenos (neste caso a gastronomia).

Este foi um dos eventos em que colaborei e participei. Comecei por criar o poster publicitário do evento (ver anexo 4) e auxiliei na sua distribuição. Colaborei também em alguns dos preparativos, como a organização do espaço onde iria decorrer o almoço e a recolha de algum material necessário.

Foi uma actividade que me marcou, pois para além do meu envolvimento em toda a fase de planeamento, que se revelou bastante enriquecedor, pude aquando da minha participação, interagir e contactar com grande parte da população local. Infelizmente, para

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As Terras do Demo, denominadas por Aquilino Ribeiro, abrangem os concelhos de Sátão, Aguiar da Beira, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Sernancelhe e Penedono.

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mim, o término desta actividade não correu da melhor forma, uma vez que sofri um acidente quando participava na mesma. Vi-me assim obrigada a interromper o meu estágio durante uma semana e meia.

3.4.3. Semana Cultural

Conforme Ander-Egg (1989: 19), “Entendemos por necessidades culturais todas aquelas que se relacionam com os processos de auto-realização e de expressão criativa. Nutrem-se, principalmente, das actividades que favorecem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento do uso crítico ilustrado na razão, das que permitem o acesso a determinados bens, das que favorecem a expressão, constituindo, ao mesmo tempo formas de iniciação ou de desenvolvimento das linguagens criativas, das manifestações lúdicas e da criação de âmbitos de encontro e de comunicação que favorecem a vida associativa.”

Ao desenvolver um evento desta natureza, a ASDRC tentou satisfazer algumas das necessidades mencionadas. Esta foi já a VIII Semana Cultural organizada pela instituição e o programa englobou a música, o teatro, a pintura, a fotografia e as actividades lúdicas e recreativas. Tratou-se de um evento cultural que procurou oferecer à população de Côta uma semana repleta de actividades variadas. Pretendeu-se:

- Cativar e sensibilizar a comunidade para acções culturais. - Promover e valorizar as tradições locais.

- Fomentar o convívio e a interacção da população, envolvendo-a nas diversas actividades.

- Desenvolver o intercâmbio associativo.

Participar e colaborar na organização da Semana Cultural deu-me a oportunidade de planificar, executar e avaliar grande parte das actividades. Sugeri algumas delas, que desde logo foram aceites, como “Os Jogos com Fronteiras”, a tradicional malha do centeio, a exposição de pintura e de fotografia. Desenvolvi o panfleto (ver anexo 7) e o poster publicitário do evento (ver anexo 8) e auxiliei na sua distribuição. O meu envolvimento na realização deste trabalho foi uma constante, tendo colaborado em tudo o que me foi solicitado, inclusive na decoração dos espaços.

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De todo o evento, e apesar de ter apoiado todas as actividades, destaco apenas aquelas que por mim foram propostas, nomeadamente:

Jogos com fronteiras: Jogos recreativos destinados a toda a comunidade, onde a

componente lúdica foi uma constante. Tiveram como principal objectivo fomentar a participação da população local e proporcionar-lhe um salutar convívio, promovendo momentos de lazer e divertimento. Importou também sensibilizar os participantes para valores como a amizade, a cooperação, a entreajuda e o espírito de equipa.

Esta foi uma actividade que contou com muitos participantes, desde crianças, a jovens e adultos. A considerar pela satisfação demonstrada por quem participou, fui muito bem sucedida no desempenho do meu trabalho e citando alguns dos intervenientes, “esta é uma actividade a repetir!”.

Tradicional malha do centeio: Antigamente as malhas do centeio exigiam muito

esforço e trabalho, mas à mistura havia sempre muita alegria e satisfação, envolvendo cantares, danças e o verdadeiro espírito comunitário de entreajuda.

A instituição realizou pela primeira vez esta actividade e teve como finalidade recriar, reviver e preservar uma tradição local, que as novas tecnologias vieram transformar.

Durante a tarde ceifou-se o cereal, sendo posteriormente transportado para a eira, onde viria a ser malhado, primeiro com a ajuda de manguais e depois por uma antiga malhadeira que em tempos serviu toda a comunidade.

A adesão por parte da população foi total, desde os mais novos aos mais velhos, todos quiseram vivenciar este momento. Para além do trabalho, da partilha de saberes, das danças e das cantorias, as emoções foram uma constante, deixando mesmo os mais saudosistas com lágrimas no olhar.

Exposição de pintura: Neste espaço foram apresentados trabalhos da autoria de

Catarina Carreira, uma habitante da freguesia de Côta, que expressa através da pintura o seu imenso talento. Esta foi a forma de dar a conhecer a toda a comunidade parte do seu trabalho. Pretendeu-se também divulgar, promover e fomentar a arte e a cultura nesta região.

Exposição de fotografia: Depois da recolha de diverso material fotográfico junto de

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pretendeu ser uma mostra de anteriores actividades desenvolvidas pela ASDRC, onde estavam patentes rostos, memórias e vivências de toda uma comunidade.

Participação na peça de teatro: As artes teatrais são extremamente ricas no seu

conteúdo e na sua abrangência. Estas são um veículo de lazer, de divulgação e transmissão de cultura, e acima de tudo, são também capazes de estimular a consciência social da população.

Nos meios rurais, principalmente nas aldeias, ter acesso ao teatro é bastante difícil, assim sendo, e tentando inverter esta tendência, o grupo de teatro da ASDRC tem desenvolvido um importante trabalho, proporcionando à comunidade o contacto com esta arte, oferecendo-lhe momentos de partilha lúdica, divertidos, que ajudam a quebrar a rotina diária.

Depois de escrita, estudada e trabalhada a peça “A tasca é aqui”, esta foi levada à cena no palco da ASDRC. Tratou das peripécias vividas, no dia-a-dia, pelos habitantes de uma aldeia, sabendo que tinham à porta as eleições para a presidência da Junta de Freguesia.

No dia da estreia tínhamos casa cheia. O nervosismo estava bem presente nos elementos do grupo, mas determinados e confiantes pisámos o palco e pudemos confirmar, através da reacção do público, que o nosso trabalho tinha deliciado a plateia.

A organização da Semana Cultural e todo o processo de execução representou para mim uma mais-valia, pois pude aplicar e adquirir conhecimentos na área da organização e gestão de eventos, bem como desenvolver trabalho junto de toda a comunidade. Foi uma experiência que me exigiu grande esforço e dedicação, mas só assim consegui alcançar os objectivos propostos.

Em jeito de conclusão, atrevo-me a dizer que todo o trabalho desenvolvido contribuiu para o grande sucesso que foi a Semana Cultural. O feedback do público foi excelente. A população aderiu em força às actividades realizadas e foi com grande contentamento que vi, dia após dia, os espaços da associação encherem-se de pessoas animadas, satisfeitas e gratas. A transmissão destas sensações por quem vivenciou cada momento foi, sem dúvida, a melhor recompensa que poderia ter recebido.

3.4.4. Mostra Artesanal

À semelhança de muitas outras regiões, também em Côta existem artesãos que trabalham nas mais variadas artes. Os doces tradicionais, as rendas, os bordados, a cestaria, a

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pintura, os trabalhos em madeira, pedra e cerâmica são só alguns dos exemplos. Não fazendo do artesanato um modo de vida, dedicam-lhe algum do seu tempo livre, criando verdadeiras obras-primas, umas mais tradicionais outras com um cunho mais moderno.

Para que os artesãos locais tivessem a possibilidade de mostrar e divulgar o objecto do seu trabalho e porque considero importante incentivar estas práticas, valorizando os saberes, as artes e os ofícios existentes na região, propus-me desenvolver, com o total apoio da ASDRC, esta Mostra Artesanal.

O evento que decorreu no salão da instituição e contou com 13 participantes teve como principais objectivos:

- Dinamizar os espaços da associação. - Divulgar as actividades dos artesãos locais. - Valorizar os produtos endógenos.

- Fomentar o intercâmbio de experiências e a partilha de conhecimentos. - Promover o turismo e o desenvolvimento local.

De modo a tornar possível esta mostra artesanal fiz uma pesquisa sobre os artesãos locais e o trabalho que desenvolviam. Contactei directamente com cada um deles, expondo-lhes todo o projecto. Prontificaram-se a colaborar e até a criar novas peças de artesanato. Para promover o evento elaborei um poster publicitário (ver anexo 10) que foi distribuído por diversos locais.

O público, talvez movido pela curiosidade, acorreu ao local e durante dois dias foram muitas as pessoas que quiseram apreciar de perto o talento destes artistas.

Esta actividade concluiu-se de forma muito positiva, uma vez que tanto visitantes como participantes mostraram satisfação, aplaudindo a iniciativa e apelando à sua repetição.

3.4.5. Organização da Biblioteca

De acordo com o Regulamento Interno da Biblioteca da ASDRC (2010) “O acto de ler um livro é mais do que isso, é quase que um ritual. O cheiro do papel, o folhear de cada página, o desvendar de cada capítulo, são momentos únicos. Para que seja possível apreciar todas estas sensações é necessário desenvolver o gosto pela leitura e pelos livros.” Assim sendo, o objectivo primordial da biblioteca da ASDRC é facilitar o acesso à cultura, à

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informação, à educação e ao lazer de toda a comunidade. Pretende também estimular o gosto pela leitura e a compreensão do mundo em que vivemos, conservar, valorizar, promover e difundir o património escrito.

Uma vez que nesta região não existia nenhuma entidade que permitisse o livre acesso a este importante meio de informação e educação que é o livro, a ASDRC propôs-se criar uma biblioteca onde as pessoas da comunidade pudessem consultar e requisitar livros, revistas, jornais, entre outros.

Este apresentava-se como um projecto ambicioso e extremamente oneroso para a instituição, pelo que todos os apoios e doações seriam fundamentais. Ao publicitar esta iniciativa a Associação começou a receber doações de particulares e instituições, contando actualmente com um espólio de aproximadamente 4000 livros.

Uma das actividades do estágio consistiu na organização da biblioteca e na actualização da base de dados em cooperação com um técnico de biblioteca. Percebi que a organização da biblioteca deve permitir ao leitor e aos funcionários localizar o documento pretendido no menor espaço de tempo possível. Para que isto aconteça, existem duas tarefas complementares que devem ser cuidadosamente realizadas, a catalogação (autor, título, editor, ano de publicação) e a classificação (género literário a que pertencem as obras). Acima de tudo aprendi que organizar uma biblioteca é torná-la funcional, agradável, viva, capaz de ir ao encontro das necessidades da comunidade onde está inserida.

Durante este processo incentivei alguns jovens pertencentes à comunidade a colaborar nesta tarefa, entendi que seria útil terem algumas noções básicas de como funciona uma biblioteca e poderia servir também para despertar os menos interessados para o fascinante mundo do livro, para além de promover a responsabilidade, a cooperação e a entreajuda. Foi com sucesso e através de um trabalho conjunto que nos dirigimos a bom porto, a organização da biblioteca está bastante adiantada, podendo este espaço ser já utilizado pela população.

3.4.6. A Hora do Conto

Através dos contos entramos no mundo do faz de conta e no imaginário infantil, desenvolvendo a criatividade, o vocabulário, a confiança e a personalidade das crianças. Desta forma, e com vista a dinamizar a recém-criada biblioteca da ASDRC, convidaram-se os mais pequenos para assistirem e participarem numa pequena história (ver anexo 13).

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"A fada que perdeu o dente" de Ana Fonseca foi o livro escolhido e contou-nos as aventuras de uma Fada dos Dentes no seu primeiro dia de trabalho. Neste conto foram transmitidos alguns valores sociais, dando especial enfoque à amizade e ao espírito de entreajuda.

Com esta actividade pretendeu-se despertar o gosto pela leitura nas crianças, estimular a sua expressão criativa, apelar para a participação, exercitar o diálogo através da conversa e fomentar a partilha de opiniões.

Para a realização desta “Hora do Conto” pude contar com a colaboração de alguns jovens que comigo animaram a história. Depois de termos estudado e ensaiado o conto, arranjámos todo o espaço onde iria decorrer a acção. A mim coube-me a função de narradora interagindo com as personagens (fantoches) e com as crianças.

Os mais pequenos assistiram entusiasmados e com muita atenção, num espaço cheio de boa disposição. No final puderam expressar através do desenho tudo aquilo que a história lhes transmitiu. Foram momentos muito divertidos onde a curiosidade se misturou com as gargalhadas e a brincadeira.

3.4.7. Passeio Pedestre

As actividades físicas são essenciais para a nossa saúde e bem-estar, para além de poderem aumentar a nossa longevidade e o nosso desempenho intelectual, afectam de maneira positiva o convívio social. Neste âmbito foi realizada pela primeira vez na instituição um passeio pedestre. Esta foi uma iniciativa minha, que desde logo foi aceite e agendada.

A concretização do passeio pedestre pretendeu proporcionar ao público o contacto com a natureza, fomentando a prática de actividades físicas e aumentando a sensibilidade ecológica de todos os participantes, pretendeu também, estimular o convívio e a interacção entre a população local e os visitantes, bem como valorizar todo o património cultural e ambiental existente nesta freguesia através da sua correcta preservação.

Este percurso caracterizou-se pela passagem em vários pontos de interesse ligados à fauna, flora e património local, como são disso exemplo as áreas de pastagem, as casas típicas de extintos guardas florestais, os núcleos de palheiros/espigueiros/eiras, as represas, as nascentes de água, entre outros. Terminou com um almoço que ofereceu aos participantes a possibilidade de prolongar o convívio.

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O meu envolvimento na elaboração desta actividade foi muito positivo. Para além da divulgação que efectuei através de um poster publicitário (ver anexo 14), permitiu-me colocar à prova a minha capacidade de organização e execução. Deu-me também a conhecer alguns recantos da região e pude interagir com a população.

Posso concluir que a actividade decorreu com êxito, tendo em conta os elogios recebidos e a grande quantidade de participantes que se mostraram satisfeitos.

3.4.8. Actividades dirigidas à população idosa

Enquanto futura animadora sociocultural considero de grande importância o trabalho de sensibilização e intervenção realizado no âmbito da terceira idade, com vista à melhoria das condições de vida dos idosos, salvaguardando os seus laços sociais de afectividade, de convívio e de comunicação. É essencial que estes se sintam uma parte integrante da comunidade, que desempenhem um papel activo, que tenham o direito à plena participação nas actividades inerentes à vida social. Como afirma Elizasu (2001: 13) “A aparição da animação sociocultural no campo da terceira idade surge em resposta a uma ausência ou diminuição da sua actividade e das suas relações sociais. Para preencher esse vazio, a animação sociocultural trata de favorecer a emergência de uma vida centrada à volta do indivíduo ou do grupo. A animação sociocultural concebe a ideia de progresso das pessoas idosas através da sua integração e participação voluntária em tarefas colectivas…”

Desta forma, e tendo como base a animação estimulativa e valorativa propus-me desenvolver algumas actividades para a população mais idosa, procurando proporcionar-lhes um bem-estar geral, quer a nível físico, psíquico, cultural e social.

As caminhadas, os trabalhos manuais, os contos e as conversas foram algumas das actividades realizadas. Estas tiveram como objectivo:

- Proporcionar momentos de convívio, lazer e distracção. - Promover a participação e a pro-actividade.

- Quebrar a rotina diária, a monotonia e a solidão.

- Conservar as capacidades, os saberes e a cultura do idoso - Fortalecer a sua auto-estima e autoconfiança.

A ASDRC pretendeu criar um espaço de convívio que levasse as pessoas idosas a participar e interagir Infelizmente estas sessões de convívio não ocorreram tantas vezes

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quanto gostaria, pois só se realizaram durante as sextas-feiras do mês de Setembro. No entanto, a avaliação foi positiva, pois constatou-se que este trabalho foi importante para a população idosa, que aderiu com muita expectativa e vontade em fazer algo novo. Foi também a rampa de lançamento para um projecto a desenvolver pela ASDRC voltado para este público.

Das actividades realizadas, a que mais se distinguiu foi “A nossa memória é a nossa história”. Esta foi desenvolvida na biblioteca e para além do convívio e do diálogo pretendeu-se descobrir, investigar e reflectir sobre o passado, através das vivências e memórias de cada um. Deste trabalho resultou a recolha de um conjunto de saberes, de entre os quais, os remédios caseiros com que se tratam algumas doenças e os provérbios ou ditos populares e as ideias que contêm. A par desta actividade a expressão plástica revelou também a criatividade destas pessoas, que elaboraram alguns bonecos com pinhas e espigas de milho.

No início deste processo encontrei entraves por parte de alguns idosos, que se mostraram relutantes em participar, mas que com atenção e paciência fui sabendo cativar. Tudo começou durante o mês de Agosto, quando colaborei na realização de um inquérito (ver anexo 11) à população mais idosa. De casa em casa, de pessoa em pessoa fui travando conhecimentos e ganhando afinidades. As minhas visitas ao domicílio continuaram e através de uma ida ao café, de um passeio, de uma conversa, de uma reunião em casa dos vizinhos, foi possível animar a rotina desta gente. Este foi o ponto de partida para o espaço de convívio que a instituição criou, convidando a população mais idosa a participar e a interagir.

A minha convivência com os idosos ajudou-me a perceber melhor o mundo em que vivem, as dificuldades que sentem, as suas alegrias, os seus desejos, enfim, aprendi muito sobre as relações humanas, sobre os afectos e, acima de tudo, sobre a solidariedade. O que mais me tocou foi perceber a “fome” de atenção que estas pessoas sentem e o medo que têm da solidão.

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Reflexão final

A realização deste estágio representou o confronto do conhecimento apreendido na ESECD da Guarda com a prática nas diversas tarefas do dia-a-dia na ASDRC de Nogueira de Côta. Familiarizada com o ambiente de trabalho que fui encontrar neste estágio, em que as relações humanas excederam as minhas melhores expectativas, o mais gratificante foi ter desempenhado funções que me completaram profissionalmente e que me fizeram sentir extremamente útil à instituição.

Neste estágio passei por diversas etapas, desde a observação, à participação/colaboração, apresentação/sugestão, produção/criação, enfim, foi uma soma de trabalho e dedicação, de objectivos e oportunidades que fui sabendo aproveitar. Fica por isso assinalado pelo empenho e determinação que incuti no meu trabalho, bem como, pela concretização dos objectivos inicialmente traçados, que foram plenamente atingidos e até superados, face ao convite que me foi dirigido para integrar o grupo de trabalho desta instituição.

Acabou por ser uma experiência muito proveitosa e gratificante, pois tive a possibilidade de desenvolver trabalho em diferentes áreas e com diferentes públicos, podendo aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso e concretizar também as minhas próprias ideias e actividades.

Foram muitos dias, muitos rostos, muitas vivências, que sem dúvida, deixaram marcas que me enriqueceram enquanto pessoa e profissional. Comigo guardo mais do que um trabalho reconhecido, guardo as boas relações humanas, que existem, e que tive a oportunidade de vivenciar, guardo o espírito de entreajuda e de solidariedade.

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Bibliografia

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Peres, Américo Nunes e Lopes, Marcelino Sousa (2007). Animação sociocultural – Novos

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Diário Semanal de Estágio 1.ª Semana - De 22/ 06 /10 a 26/ 06 /10

Comecei o meu estágio realizando uma breve visita aos espaços da ASDRC de Nogueira de Côta, inteirando-me assim do funcionamento da associação e do respectivo plano de actividades. Foi-me dada a oportunidade de expor as minhas ideias e o trabalho que pretendia desenvolver.

Durante esta primeira semana dediquei-me essencialmente aos preparativos referentes ao projecto Férias de Verão – Animação de Tempos Livres, a desenvolver durante o mês de Julho pela ASDRC. Ajudei na redacção de ofícios (ver anexo 2) onde foram pedidos alguns apoios e remeti-os às devidas entidades. O meu trabalho passou também pela criação de um panfleto informativo alusivo ao tema Férias de Verão – Animação de Tempos Livres (ver anexo 3) e pela respectiva distribuição.

Tive ainda a oportunidade de participar nas “Brincadeiras de S. João”, actividade realizada no dia 24 de Junho, pela ASDRC, que teve como objectivo recriar uma tradição antiga realizada por alturas de S. João. Durante a tarde acompanhei as crianças numa ida aos rosmaninhos e à noite saltaram-se as fogueiras e brincou-se bastante.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural No primeiro dia desta semana foi-me pedido, que elaborasse um poster publicitário para a divulgação do XVI Cicloturismo (ver Anexo 4), actividade a realizar no dia 11 de Julho.

Ao longo da semana colaborei na planificação das actividades a desenvolver no âmbito das Férias de Verão – Animação de Tempos Livres (ver anexo 5). Redigi uma autorização de participação das crianças nas actividades (ver Anexo 6) e recebi alguns pais e encarregados de educação que fizeram a inscrição dos respectivos educandos.

3.ª Semana - De 05/ 07 /10 a 11/ 07 /10

Esta semana tiveram início as actividades no âmbito do projecto Férias de Verão – Animação de Tempos Livres. Estas actividades foram realizadas apenas no período da tarde entre as 14h00 e as 18h00. Durante as manhãs realizei diversas tarefas entre as quais a preparação das actividades a desenvolver à tarde. Colaborei também na planificação do evento “Semana Cultural” a realizar na primeira semana do mês de Agosto. A propósito deste evento, contactei e acertei pormenores com a pintora que disponibilizou os seus trabalhos para a exposição de pintura.

Ajudei ainda nos preparativos e na realização do Cicloturismo (dia 11 de Julho).

Animação de Tempos Livres - Actividades: Data: 05 de Julho

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Jogos de apresentação e conhecimento

Jogo das Rimas “Passa a bola” “Pular e chamar”

“O rei manda”

Actividades lúdico-motoras

Apresentar e integrar as crianças.

Criar sentido de pertença ao grupo.

Facilitar a descontracção e o divertimento.

Fomentar a comunicação e a

Através destes jogos foi possível unir o grupo e ajudar as crianças a memorizar o nome de cada um. Desde o início das actividades que as crianças se mostraram ansiosas e curiosas em relação ao que iriam fazer. Mostraram-se muito participativas, reagindo de forma positiva a tudo o que lhes foi proposto. No final, as crianças puderam

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural “As tocas” “Toca no pé” “A Lagarta” “Salta-pocinhas” Testar a capacidade de observação, de concentração, de entreajuda e de coordenação de movimentos.

actividades desenvolvidas, o que me permitiu perceber o que sentiram, o que mais gostaram, e também, o que gostariam de fazer.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Caminhada pela aldeia.

Elaboração de um espantalho

(iniciação).

Fomentar a actividade física. Fazer a recolha de materiais recicláveis.

Sensibilizar as crianças para a reciclagem e para a reutilização de materiais.

Promover a comunicação e a interacção com as pessoas da aldeia.

Estimular a criatividade. Possibilitar a cooperação, a entreajuda e a diversão.

Depois de explicar às crianças o que iríamos fazer durante a tarde, estas mostraram-se muito empenhadas nas tarefas que lhes foram atribuídas. Primeiro tentaram recolher o máximo de material – objectos que encontravam ou que pediam às pessoas da aldeia. Depois iniciámos a construção de um espantalho que iríamos deixar no Parque Botânico Arbutus do Demo, aquando da nossa visita àquele local. As crianças envolveram-se e divertiram-se com este trabalho. No final fizemos uma reflexão sobre as actividades e o feedback foi muito positivo.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Actividades lúdico-motoras “Passa a palavra” “As estátuas” “Jogo da mímica” “Jogo da glória” Expressão plástica Moldagem de barro e plasticina. Desenvolver a capacidade de observação, concentração e raciocínio. Valorizar a comunicação através dos gestos e do corpo.

Compreender a importância de uma boa comunicação – saber transmitir e saber ouvir.

Fomentar a autonomia, a iniciativa e a criatividade das crianças.

As crianças mostraram-se muito receptivas em relação aos jogos e brincadeiras, querendo repeti-los mais que uma vez. Em relação aos trabalhos manuais empenharam-se bastante e quiseram criar objectos variados. Durante esta actividade os pedidos de ajuda foram muitos, mas aos poucos cada um foi conseguindo construir o que desejava. No final senti que tinha conseguido atingir os objectivos a que me havia proposto – consegui cativar as crianças, fazendo com que participassem e se divertissem.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Data: 08 de Julho

Actividade Objectivos Avaliação

Actividades lúdico-motoras “Jogo do ovo” “Jogo da laranja” “Jogo da grelha” Expressão plástica Criação de barcos com carcódia de pinheiro. Incentivar a participação, a descontracção e a diversão. Fomentar a interacção. Testar a capacidade de observação, de concentração e de coordenação de movimentos. Estimular a criatividade.

As crianças aderiram muito bem às actividades, estiveram bastante participativas e divertidas. Não notei qualquer tipo de comportamento desinteressado e também não existiram momentos “mortos” ou monótonos no decorrer das actividades.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural Fonte: Autoria própria

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Visita ao Parque Botânico Arbutus do Demo em Vila Nova de Paiva - Caminhada - Actividades lúdicas - Elaboração do espantalho (conclusão) Sensibilizar as crianças para a protecção e valorização do ambiente. Perceber a importância da reciclagem e da reutilização de materiais. Incentivar para a actividade física. Proporcionar momentos de lazer e diversão.

Durante esta visita as crianças tiveram a oportunidade de realizar diversas actividades – passearam e conheceram o parque, acabaram a construção do espantalho, jogaram e brincaram. Durante toda a tarde a participação e a boa-disposição foram constantes. Depois de uma breve reflexão todos se mostraram contentes e satisfeitos com as actividades e com o passeio.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

De 11/ 07 /10 a 20/ 07 /10 – Interrupção do estágio, devido a um acidente desportivo que sofri

durante a minha participação numa das actividades da instituição - o Cicloturismo.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural Retomei as actividades no âmbito do projecto Férias de Verão – Animação de Tempos Livres. Desenvolvi o panfleto (ver anexo 7) e o poster publicitário (ver anexo 8) do evento “Semana Cultural” e auxiliei na sua distribuição. Fiz a recolha de material fotográfico para a exposição de fotografia. Iniciei os ensaios para a peça de teatro a realizar no final da “Semana Cultural”.

Animação de Tempos Livres - Actividades: Data: 21 de Julho

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Actividades na piscina

Aquecimento Jogo “Limpar o lixo”

Jogo “ O Assalto” Jogo “ O Tubarão” O regresso à calma (parte final) Promover a adaptação ao meio aquático. Desenvolver o equilíbrio e a coordenação de movimentos. Incrementar o espírito de equipa e a capacidade de competição. Proporcionar momentos de diversão.

Foi uma tarde de grande excitação para as crianças, uma vez que a grande maioria não tinha por hábito frequentar as piscinas. Mantiveram-se na água bem-dispostas e divertidas. Durante a explicação dos jogos foi complicado mantê-las atentas, tal era a euforia, mas os objectivos foram cumpridos e a satisfação foi geral.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Data: 22 de Julho

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Actividades na biblioteca

Leitura e interpretação de

provérbios e

Despertar nas crianças o gosto pelos livros e pela leitura.

Desenvolver a capacidade de

As crianças foram pela primeira vez à biblioteca, por isso pareceu-me importante fazer com que se sentissem há vontade naquele espaço. Puderam apreciar e folhear alguns livros que Fonte: Autoria própria

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Expressão plástica

Criação de fantoches de dedo.

raciocínio.

Fomentar a diversão através da leitura e interpretação de provérbios e adivinhas. Promover a partilha de opiniões. Estimular a autonomia e a criatividade.

tentaram interpretar algumas adivinhas. Mostraram-se muito participativos e comunicativos.

No que respeita à criação de fantoches, notei que os rapazes tentaram “despachar” rapidamente a tarefa, enquanto as raparigas foram mais perfeccionistas. No final quando reflectimos sobre as actividades verifiquei que as meninas gostaram muito de fazer o fantoche, já os meninos não mostraram grande entusiasmo e explicaram que preferiam fazer jogos.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural

Actividade Objectivos Descrição/Avaliação

Peddy-Paper na aldeia.

Fomentar a actividade física. Promover a comunicação e a interacção com as pessoas da aldeia. Desenvolver a cooperação, a entreajuda e o espírito de equipa. Incrementar o sentido de responsabilidade nas crianças. Proporcionar às crianças experiências relacionadas com as tradições, usos e costumes da região.

Proporcionar momentos de diversão.

Esta foi uma tarde muito divertida, mas também cansativa. As crianças foram divididas em dois grupos e tinham que ir pela aldeia à descoberta de pistas e respostas. Quem lhes fornecia as informações eram habitantes da aldeia a quem eles tinham que se dirigir. O grupo com mais respostas correctas ganhava o jogo. Durante o percurso mostraram-se sempre entusiasmados e com vontade de descobrir novas pistas. Interagiram com a população, questionaram, conversaram e realizaram as tarefas que lhes foram pedidas. No final o resultado foi o empate e todos estavam felizes e satisfeitos com a actividade, pedindo que esta fosse novamente repetida.

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Sílvia Gomes Animação Sociocultural Fonte: Autoria própria

Referências

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