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Identificação da área de preservação permanente dos recursos hídricos urbanos: uma proposta metodológica.

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IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DOS

RECURSOS HÍDRICOS URBANOS: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA

Francisca Dalila Menezes Vasconcelos 1 1; Suetônio Bastos Mota 2& Nosliana Nobre Rabelo 3 RESUMO – Apesar da delimitação das Áreas de Preservação (APPs) dos recursos hídricos estarem prevista no Código Florestal Brasileiro, instituído pela Lei nº12.651/2012, algumas localidades não consideram o imposto por esta lei ou aplicam com interpretação equivocada. O presente trabalho propõe uma metodologia de identificação e delimitação das APPs para recursos hídricos urbanos, utilizando como base uma análise sistêmica dos conceitos acerca da dinâmica dos rios e a ocupação urbana. Como metodologia utilizou-se programa de Sistema de Informações Georreferenciadas (SIG), levantamento bibliográfico e visitas de campo. Como resultado o trabalho constatou o aumento significativo da área de APP, após nova proposta de delimitação dos mananciais urbanos de Fortaleza/CE, além de oferecer uma metodologia que pode ser aplicada em outras bacias hidrográficas urbanas. O principal impacto negativo de uma delimitação subestimada da APP dos mananciais urbanos é a menor proteção dos recursos hídricos e suas margens, o que causa danos diretos à integridade dos corpos d`água. A delimitação correta das APP deve ser um instrumento de gestão ambiental adotado pelo município em prol da conservação dos mananciais urbanos e seu entorno.

ABSTRACT – Although the delimitation of the Preservation Areas (PAs) of water resources is provided for in the Brazilian Forest Code, instituted by Law nº 12651/2012, some localities do not consider the tax by this law or are applied with. The present work proposes a methodology for the identification and delimitation of PAs for urban water resources, based on a systemic analysis of the concepts about river dynamics and urban occupation. As a methodology, a georeferenced information system (GIS) program was used, as well as a bibliographical survey and field visits. As a result, the study confirmed the significant increase in the area of PAs, after a new proposal for the delimitation of the urban watersheds of Fortaleza/CE, besides offering a methodology that can be applied in other urban watersheds. The major negative impact of an underestimated PAs delimitation of urban water sources is the less protection of water resources and their banks, which causes direct damage to the integrity of water bodies. The correct delimitation of the PAs should be an instrument of environmental management adopted by the municipality in favor of the conservation of the urban springs and their surroundings.

Palavras-Chave – Área de Preservação Permanente, Recursos Hídricos Urbanos, Geoprocessamento.

1. INTRODUÇÃO

A construção de um arcabouço metodológico para delimitação/identificação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) urbanas exige um olhar pluri e multidisciplinar, analisando sistematicamente e integrando conceitos distintos de três esferas: geografia física, legislação ambiental e gestão de impactos ambientais. Visando uma construção de metodologia aprofundada e

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que abrange todos os fenômenos inerentes ao processo de identificação das APPs dos recursos hídricos urbanos, foram observados os seguintes temas e conceitos: geomorfologia de rios, gestão de bacias hidrográficas, hidrologia, hidrogeologia, sítios urbanos, sistema de drenagem urbana, ocupação urbana, legislação municipal urbana, legislação ambiental dos recursos hídricos, recursos vegetais, solo, assoreamento, climatologia, gestão territorial, leitos e demais componentes do rio urbano, transformações históricas dos rios urbanos até sua concepção atual e, finalmente, a Lei nº12.651/2012 que institui o Novo Código Florestal Brasileiro.

Os trabalhos disponíveis sobre a temática propõem a aplicação ordenada do que está instituído no Código Florestal; contudo, não oferecem o resgate e visão holística dos conceitos de geomorfologia dos rios, bem como, aspectos históricos da drenagem e paisagem, integrando com o cenário de ocupação urbana. Consideram apenas as medições a partir das margens, não incluindo estudos climáticos, eventos de cheia e dados históricos de dinâmica do leito dos rios.

O presente trabalho propõe uma metodologia sistêmica, que considera: questões de geografia física do ambiente; aprofundamento dos conceitos que definem as APPs; integração com os aspectos econômicos, sociais e políticos; além da ocupação desses espaços no meio urbano.

2. METODOLOGIA

Fortaleza é uma cidade litorânea que recebe contribuições de quatro bacias hidrográficas: Vertente Marítima, Maranguapinho, Cocó e Pacoti. Como recorte territorial, foi selecionada a microbabia B3.6, parte da sub-bacia B3, integrante da Bacia do Rio Cocó. O critério para selecionar esta microbacia é justificado por conter trechos naturais, canalizados e lagoas, o que possibilita aplicação da metodologia em várias classificações de APPs (Figura 1).

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O trabalho explorou as seguintes metodologias: (i)revisão bibliográfica e pesquisa documental, (ii)construção e sobreposição de mapas e (iii)visitas de campo.

Conforme Mathias-Pereira (2012), a pesquisa bibliográfica objetiva recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto. O levantamento bibliográfico somado à pesquisa documental propõe aumentar o nível científico do trabalho, consistindo na consulta de documentos oficiais (mapas, regulamentos, normas, etc.)

Os mapas apresentados neste trabalho foram construídos por meio do Sistemas de Informações Geográficas (SIG), software QGIS na versão 2.14.16 (Essen), que permite edição de mapas a partir dos arquivos em formato KML e KMZ. Os arquivos utilizados para elaboração dos mapas encontram-se disponíveis no site da Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF), no período de 2016 a 2018.

As visitas de campo foram realizadas de julho/2018 a abril/2019, para observer o comportamento e dinâmica dos rios urbanos de Fortaleza-CE nos períodos seco e chuvoso.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. Zona de Proteção Ambiental-1 (ZPA-1) e Áreas de Preservação Permanente (APPs) A Zona de Preservação Permanente-1 (ZPA-1) corresponde à área de influência direta dos recursos hídricos (rios, córregos, lagoas e similares). Em analogia, entre a legislação municipal e federal, a ZPA-1 corresponde às Áreas de Proteção Permanente (APPs) dos recursos hídricos estabelecidas no Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012).

A ZPA-1 foi instituída pelo Plano Diretor de Fortaleza (2009), esta lei sofreu alterações durante sua vigência. A primeira modificação foi instituída pela Lei Complementar nº 101/2011, que alterou a Zona de Preservação Ambiental (ZPA-1), correspondente às áreas de proteção dos recursos hídricos do município, dentre outras providências.

Posteriormente, a Lei Complementar nº 202/2015 alterou o Anexo V, que trata das Áreas de Preservação Permanente dos recursos hídricos de Fortaleza, atingindo 19 (dezenove) sub-bacias hidrográficas inseridas no município. Esta lei não se encontra em vigência.

Publicada no Diário Oficial do Município em 3 de julho de 2018, a Lei Complementar nº 250 foi a terceira modificação do Plano Diretor que afeta diretamente as APP dos recursos hídricos, atingindo 18 (dezoito) sub-bacias hidrográficas de Fortaleza.

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3.2. Análise sistemática e metodologia de identificação das APPs

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) não obedecem a um padrão mundial, as margens de recursos hídricos em diversos países e são regidas por legislações próprias. Desta forma, a discussão acerca das APPs, neste trabalho, se delimitará ao que se aplica no Brasil.

A priori, antes de definir uma metodologia para identificar APPs de recursos hídricos, é necessário analisar três componentes: (i) interpretar o que a Lei nº12.651/12; (ii) entender a dinâmica dos rios urbanos e (iii) compreender a relação de ocupação urbana com as APPs e seus mananciais. Somam-se a esta análise, os aspectos que afetam diretamente neste contexto, a saber: gestão territorial, planejamento urbano e ambiental, monitoramento dos recursos hídricos, aspectos econômicos e políticos (Figura 2).

Figura 2 – Sistematização dos conceitos e áreas de conhecimento analisadas para concepção da metodologia.

Na redação do Novo Código Florestal Brasileiro, instituído pela Lei nº 12.651/2012, as áreas de preservação permanente de recursos hídricos recebem o seguinte tratamento:

Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural, desde a borda da calha do leito

regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; [...]

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 30 (trinta) metros, em zonas urbanas (BRASIL, 2012).

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A seguir, o trecho destacado “I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural, desde a borda da calha do leito regular”, será discutido e interpretado, por meio de análises comparativas com a legislação vigente no município de Fortaleza.

O termo “as faixas marginas”, deixa claro que as duas margens, direita e esquerda, do trecho do curso d`água, devem obedecer a largura mínima para cada lado do rio. Contraditoriamente, as Leis Complementares nº202/2015 e nº250/2018, que afetam 19 e 18 microbacias do município, respectivamente, adotam 15 (quinze) metros para cada lado da margem, em alguns trechos dos rios, suprimindo o dobro de área prevista no Código (30 metros).

A “borda da calha do leito regular”, antes de discutir este termo, se faz necessário, inicialmente, entender o conceito de leito regular e, posteriormente, a geomorfologia e a hidrodinâmica dos recursos hídricos urbanos. Conforme Christofoletti (1980), o leito do rio pode ser classificado em leito maior sazonal, leito menor e leito vazante (Figura 3). Contudo, o Novo Código Florestal adota apenas o termo “leito regular”.

Figura 3 – Croqui da classificação de leitos do rio. Fonte: UNESP, 2019.

Compagnolo (2013), aprofundou esta análise, e concluiu que o leito regular consiste no leito menor do rio. A autora ainda ressalta que o Antigo Código Florestal considerava o leito maior e o Novo Código considera apenas o leito regular, tornando a legislação menos restritiva.

Ainda no Art. 4º, fica claro que qualquer trecho de rio natural, na zona urbana, deve obedecer aos limites estabelecidos. Contudo, mesmo nos trechos que os rios apresentam largura acima de 10 (dez) metros, a legislação municipal vigente não segue os limites estabelecidos, adotando 30 (trinta) metros para cada margem, em alguns os trechos de rios, independente da sua largura.

Em se tratando dos rios canalizados, é fato que o leito se encontra no estado de difícil identificação, diante da descaracterização total das margens. Neste caso, o que resta é a adoção integral do que está disposto no Código Florestal, com a interpretação coerente dos trinta metros mínimos para cada lado do canal.

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definição do leito regular é complexa diante de tantos fatores climáticos, pluviométricos, sazonais e outros, que afetam diretamente o regime hidrológico dos rios, os quais se somam aos fatores antrópicos de alteração hidrogeomorfológica da drenagem, comuns em zonas urbanas.

Neste contexto, apresenta-se um caminho a ser seguido para determinar estas áreas ambientalmente relevantes. No Quadro 1, é possível observar a classificação adotada para as APPs dos canais, lagos, lagoas e rios naturais.

Quadro 1 – Classificação das APP dos recursos hídricos urbanos para metodologia proposta Classificação

adotada

Área de APP para cada lado do rio

Largura dos cursos d`água APP-1 30 (trinta) metros menos de 10 (dez) metros de largura

APP-2 50 (cinquenta) metros que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura

APP-3 100 (cem) metros, que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

APP-4 200 (duzentos) metros, que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

APP-5 500 (quinhentos) metros, que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

APP-6 no entorno dos lagos e lagoas naturais

em faixa com largura mínima de 30 (trinta) metros

3.3. Aplicação da metodologia na área de estudo

Registros e medições de campo, somados aos trabalhos de geoprocessamento, deram origem às imagens abaixo, as quais apresentam exemplos de APPs identificadas aplicando a metodologia proposta neste trabalho.

A APP-3 é um caso comum nos trechos de rios em toda cidade, sobretudo, nas zonas mais urbanizadas. Em alguns cursos com largura superior a 10 (dez) metros, aplica-se o padrão de trinta metros mínimos de proteção, ou até mesmo quinze metros. Conforme registro abaixo (Figura 4), constata-se a ZPA-1 de 52 (cinquenta e dois) metros, para um curso com 120 (cento e vinte) metros de largura. Neste caso, o Código Florestal determina 100 (cem) metros mínimos para cada lado, a partir do leito regular.

Aplicando a metodologia de delimitação para os 100 (cem) metros mínimos (APP-3), é possível identificar a ocupação dentro deste intervalo. A aplicação do método, anterior a ocupação, poderia evitar a construção de edificações nessas áreas ambientalmente sensíveis. Existem vazios urbanos no entorno, com solo ainda não permeabilizado, o que evidencia ocupação recente, mais fácil de ser evitada com instrumentos de gestão que identifiquem/delimitem as áreas ambientais.

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Figura 4 – Aplicação da APP-3 no trecho do rio Cocó inserido na Microbacia B3.6.

A imagem a seguir (Figura 5) ilustra a aplicação da APP-2 no trecho do rio Cocó pertencente à microbacia B3.6. O curso d´água natural inserido em zona densamente urbanizada, fica mais estreito à medida em que se aproxima da ponte, com largura de 12 (doze) a 15 (quinze) metros neste trecho. Contudo a ZPA-1 protege somente os trinta metros mínimos, desconsiderando o determinado no Código Florestal, 50 (cinquenta) metros para cada lado quando a largura do curso hídrico medir de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros.

Desta forma, aplicando-se a APP-2 esta área de proteção se entenderia por mais 20 (vinte) metros. O que ocorre é a ocupação de toda a APP, desde a ZPA-1 incluindo a APP-2, não se configura uso residencial. A atividade estabelecida em APP é passível de Licenciamento Ambiental, ou seja, mesmo considerando apenas a legislação municipal (ZPA-1), mesmo restritiva, ainda assim a construção estaria irregular e não poderia ser licenciada. Caso a mesma fosse anterior a lei não poderia aumentar sua área construída.

APP-3 20m 30m Largura do rio 12 - 15m 120m ZPA-1 100m 52m APP-2 ZPA-1

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Nas Figuras 6 e 7, estão representadas a aplicação da APP-6 para o entrono de lagos e lagoas naturais, adotando o raio mínimo de 30 (trinta) metros. Os dois casos são recorrentes na cidade de Fortaleza. Primeiramente, a Lagoa-1 pertencente à microbacia B3.6 (Figura 6), possui ZPA-1 com média de 26 a 30 metros no seu entorno. Contudo a ZPA-1, que corresponderia também à APP, encontra-se ocupada em sua totalidade, excetuando-se a margem que se limita com outra lagoa menor. Os tipos de ocupação são residenciais, assentamentos precários, serviços e comércios. Durante as visitas de campo, os moradores citam diversos episódios de alagamento durante o período chuvoso, além da proliferação de vetores e lançamento clandestino de resíduos sólidos nas margens da lagoa.

Figura 6 – Aplicação da APP-6 em lagoa urbana pertencente a Microbacia do Rio Cocó B3.6.

A lagoa do Porangabussu (Figura 7), corpo d`água que teve sua geomorfologia totalmente alterada devido a ocupação urbana, quase não apresenta área de entorno, sendo considerada como ZPA-1, praticamente o espelho d´água. Desta forma, a área de ZPA-1 fica superestimada, afinal, não há o que se falar em área de proteção quando é considero apenas o espelho d`água. Somente um trecho das margens possui zona de proteção, apesar de impermeabilizada por equipamentos públicos de esporte e lazer, os quais encontram-se degradados e sem uso pela população circunvizinha. Em destaque, de verde (Figura 7), as APPs de trinta metros, conforme o Código Florestal e o sugerido como delimitação neste trabalho. Em visitas à lagoa é possível detectar a contribuição de efluentes, via galeria de água pluvial, lançado indevidamente; assoreamento, proliferação de macrófitas, pontos de acúmulo de resíduos sólidos e mobiliário urbano (quadras poliesportivas, bancos, guara-corpos, quiosque) em desuso e degradados.

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Figura 7 – Aplicação da APP-6 na Lagoa do Porangabussu-Bacia do Rio Cocó.

Quando aplicamos a metodologia proposta, que observa o parâmetro histórico, geográfico e hidrológico da lagoa (por meio da análise do registro fotográfico da lagoa no ano de 1972 e 2018) é possível afirmar que o formato “quadrado”, atribuído à lagoa ao longo dos anos (Figura 8), afeta diretamente nas condições ambientais. A proliferação de vetores é uma queixa da população circunvizinha, sobretudo nos locais que as margens possuem a forma de “cantos”, onde a água fica mais tempo acumulada e propicia a proliferação de vetores.

Figura 8 – Análise histórico e geomorfológico da lagoa do Porangabussu – Bacia do Rio Cocó. Fonte: Prefeitura Municipal de Fortaleza, 2018.

4. CONCLUSÕES

A construção do arcabouço metodológico de forma holística e integrada se diferencia da aplicação convencional do Código Florestal e da legislação municipal, tornando a área de APP maior em vários trechos dos rios.

21m 30m 30m 30m 30m 30m 30m

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A proposta de metodologia pode ser aplicada em qualquer trecho da bacia hidrográfica, sobretudo em outras bacias hidrográficas urbanas de demais municípios brasileiros.

Este trabalho é parte integrante de uma pesquisa de doutorado, a metodologia será replicada para toda zona urbana de Fortaleza. A identificação das APPs será ferramenta de gestão usada para subsidiar tomadas de decisão, sobretudo, para técnicos do órgão licenciador, que terão disponível um material de referência embasado na legislação federal vigente. Servirá de referência para comunidade acadêmica que estudam impactos ambientais da ocupação urbana; consulta pública para empresas que pretendem se licenciar e não sabem se existe restrição na área pretendida; e para sociedade, que por ventura venha a adquirir um lote em APP.

AGRADECIMENTOS

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES).

REFERÊNCIAS

Brasil (2012) Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Código Florestal Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília, 28 maio. 2012.

CAMPAGNOLO, K. (2013). Área de Preservação Permanente de um Rio e análise do Código Florestal Brasileiro. Dissertação de Mestrado, Programa de pós-graduação em engenharia civil. Universidade Federal de Santa Maria-RS, 97 p.

CHISTOFOLETTI, A. (1980). Geomorfologia. São Paulo. Edgard Blucher, 2º Ed, 185 p.

FORTALEZA. Lei Complementar nº 062, de 02 de fevereiro de 2009. Institui o Plano Diretor Participativo de Fortaleza. Diário Oficial do Município de Fortaleza, Fortaleza, CE, 13 mar. 2009.

FORTALEZA. Lei Complementar nº 101, de 30 de dezembro de 2011. Diário Oficial do Município de Fortaleza, CE, 23 jan. 2012.

FORTALEZA. Lei Complementar nº 202, de 13 de maio de 2015. Diário Oficial do Município de Fortaleza, CE, 18 mai. 2015. Seção 15523, p. 1-13.

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FORTALEZA. Lei Complementar nº 250, de 03 de julho de 2018. Diário Oficial do Município de Fortaleza, CE, 12 jul. 2018. Seção 16299, p. 4-21.

MATIAS-PEREIRA, J. (2012). Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. 3º Edição. São Paulo: Atlas, 195p.

UNESP, (2019). Universidade Estadual de São Paulo. Acesso em: 3 de março 2019. Disponível em: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/interacao/inter11.html.

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