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Artigo Cientifico da Africa (1)

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Bini Ngapeth Matis

Academic year: 2022

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GUERRA CIVIL EM RUANDA: CONFLITOS ETNIAS ENTRE HUTUS E TUTSIS.

Bini Kuru Matis, 167075 (B) Dirlene Elizardo Farias, 188447 (A) Leonardo Xavier Dornelas, 230990 (A) 1. RESUMO

Este trabalho tem o intuito de estudar os principais processos do genocídio de Ruanda de 1994, também conhecido como genocídio tútsis. Neste ano, episódios entre 7 de abril e 15 de julho, durante a Guerra Civil de Ruanda, levaram ao assassinato de cerca de 800.000 ruandenses, em sua maioria tútsis. Além do conflito propriamente explícito, o artigo visa refletir diferenças sócio-espaciais e antropológicas, através da análise identitária e cultural da população ruandesa no período pré-colonial, perpassando ao colonialismo belga, com a introdução da carteira de identidade e a discriminação étnica em 1931 acentuando a distinção entre os grupos tutsis e hutus.

Palavras-Chave: tútsis; hutus; genocídio; massacre; etnicidade; colonialismo belga.

2. INTRODUÇÃO

Este artigo compromete-se a estudar o período de assassinatos em Ruanda em 1994, no recorte temporal específico entre 7 de abril e 15 de julho, em que o país vivenciou momentos trágicos e históricos; o massacre de cerca de 800.000 pessoas em cem dias, sendo contabilizados em 70% tútsis, em conflito com seus vizinhos hutus.O embate entre as duas etnias data suas origens a partir de 1959, em que

“também marca o fim do reinado tutsis com a morte rei tutsi Mutara Rudahigwa, começa uma forte pressão de embates provocando a emigração de mais de 336 mil tutsis para países vizinhos” (ZHANG, 2016).

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O conflito étnico de hutus e tutsi vivenciou um grande problema que calçou uma grande turbulência na década de 50, principalmente devido ao processo de interdependência frente à Bélgica, concretizado apenas em 1962. O principal foco do estudo compõe-se da compreensão de múltiplas faces acerca da etnicidade de hutus e tutsis, envolvendo a relação construída entre os dois grupos, permeando uma análise em que corroborem a existência de um genocídio étnico no país, perpassando aspectos históricos de formação sócio-espacial com a colonização belga e alemã até os dias em que se deflagou o genocídio, fazendo uso de referências bibliográficas textuais, além de recortes de livros, documentos e artigos

O movimento emancipatório de Ruanda possibilita novas reflexões acerca da unidade nacional ruandesa e do pertencimento étnico que os hutus constróem acerca de si mesmos e acerca dos tútsis, em um movimentos que funde elementos tradicionais e modernos a partir dos costumes locais e da inserção de instituições ocidentais no país.

3. A ESTRUTURA NA ORGANIZAÇÃO DAS DIVISÕES DE CLASSES

Ruanda é um país do continente africano que está localizado na região dos grandes Lagos da África centro-oriental, com área aproximadamente de 26.338 km², fazendo fronteira com a República Democrática do Congo (-Zaire), Uganda, Tanzânia e Burundi. Os povos habitantes de Ruanda eram, antes do processo de colonização nos fins do século XIX reconhecidos entre si por uma única etnia e tronco linguístico, os Banyarwanda, população ruandesa divididos em três subgrupos étnicos: Tutsi, Twa, Hutu, que desenvolveram importantes elos para a cadeia de comando na época, como destaca Shyaka (2005).

Um político e acadêmico de Ruanda, embora existem algumas divergências na história sobre o origem desses grupos, uma vez que a história da África, não somente no caso de Ruanda era comumente oral, sem suficiência de dados comprobatórios que atestam sua versão período pré-colonial, como no caso da classificação de origem dos grupos tutsi, hutu e twa, e os embates que marcaram o atrito das diferenças entre grupos étnicos tutsis e hutus.

Os hutus que compõem a média 85% da população, maioria entre os três grupos existentes, ocupavam as camadas mais baixas e viviam do trabalho de

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campo. Os Tutsis é o segundo maior grupo, ocupavam as camadas mais altas da região, pertenciam a uma taxa média de 14% da população. Também os primeiros habitantes de Ruanda foram os Twas, que corresponde a 1% da população, que era considerado um grupo pigmeu, população de baixa estrutura, caçadores e moravam próximo a floresta.

Relatam que as referências dos Tutsis,Hutus e Twas dividiram os mesmos espaços geográficos, não havia uma região que pertencesse exclusivamente a tal grupo, mas sim uma habitação mista que partilhavam da mesma língua e cultura;

completando uns aos outros em suas necessidades diárias:

“There was no region for Hutus, no region for Tutsis or Twas. All of them had a mixed housing. They helped one another based on being neighbours (and there is a say that "neighbours give birth to children who look like each other"). In a few words, before the White People's arrival, all Rwandans had unity which was based on one King and patriotism, spoke the same language, had the same culture, the same belief and tried hard to be in peace and live together, completing each other in their daily needs.”

(REPUBLIC OF RWANDA, 1999, p.8).

Sobre a questão econômica e social entre tutsi e hutu, segundo Danilo Fonseca (2016) aborda uma definição bem clara sobre a distinção dessa distribuição e uma observação sobre a questão dos gados serem determinados como fator de presença social/ status, maior poder aquisitivo, sendo que quem possuía mais tinha maior visibilidade na sociedade como cita:

“Os Tutsis eram majoritariamente pecuaristas, os hutus eram agricultores. A posição de pecuarista dos tutsis estava mais vinculada ao seu prestígio social, já que o gado criado não era destinado ao abate e ao consumo de carne, mas sim ao imperativo de acumular, pois quanto mais gado um tutsi possuía mais prestígio ele conseguiria frente à sociedade. Já os hutus eram agricultores, produzindo os alimentos que seriam consumidos por toda a sociedade, inclusive os seus senhores tutsis. Tal posição social não lhes trazia prestígio, muito pelo contrário, já que ficavam subjugados à disponibilidade dos terrenos dos tutsis para garantir o seu sustento (FONSECA, 2016, p.226)”

No período pré-colonial o grupo que estava em dominância era os tutsis, chefes de estado o reis eram tutsis, os tutsis dominavam a área política, enquanto os hutus cuidavam em sua maioria da agricultura. Mesmo com um rei tutsi no poder, trazia a abordagem de que os grupos viviam em unidade com base do rei, o patriotismo, era proibido a dicriminação, todos deveriam se reconhecer como um corpo, família banyarwanda.

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Embora houvesse a classificação dos subgrupos, todos se viam como uma única população ruandesa, onde não se permitia distinção de cor ou traços, mas uma vivência baseada na unidade mesmo em caso de submissão aos seus senhores em função do trabalho, como citado anteriormente. Não havia guerra étnica entre eles, isso é, situando antes do período um pouco mais de 1900, era proibido manter alguém longe por causa de sua altura ou sua cor e o rei tentava assegurar a unidade entre eles. como destacamos aqui:

During the pre-colonial era, the Hutus, Tutsis and the Twas of Rwanda human groups swore allegiance to the same monarch, "Umwami", had the same culture, the same language "Ikinyarwanda" - and lived together on the same territory from time immemorial. That set of links was also an important element of social cohesion. Everybody recognized one another as being Banyarwanda and each recognized the other as having the right to be a Munyarwanda.3 (SHYAKA, 2005, p.8).

Mesmo com toda tentativa de amenizar a ideia de superioridade e propagação de igualdade aparentemente não teve tanto êxito, uma vez que o reflexo de um grupo bem favorecido era crescente, principalmente no período monárquico. Para além de uma questão social esbarra a aparencia fisica, sobre esta questão, algumas aboradgens distintas são encontradas para justificar a discriminação dos dois grupos que 60 anos depos se servem de criterio para identificação durante o genocídio dos Tutsis em 1994, onde abordaremos a seguir.

4. HUTU E TUTSI E QUESTÕES SOCIAIS

Segundo o jornalista francês Michel Sitbon, em seu livro “Un génocide sur la conscience”, traz a referência dos tutsis como uma raça superior, os chamados brancos de pele negra. Essa definição se acentua cada vez mais devido ao favorecimento pelo monopólio do poder baseado principalmente pela “herança”

monárquica e os privilégios que com colonização fortalecia o grupo que liderava o país no período.

Desde os fins do século XIX, os tutsis tinham sido descritos como uma raça superior – “brancos de pele negra”, como se dizia [...] Todavia esta alucinação antropológica não evitara que se percebesse que se tratava, sobretudo, de uma aristocracia. A colonização, ao praticar uma política de segregação em benefício dos tutsis, reforçava muitíssimo essa característica, infantilizando o “bom povo hutu” – “bom” para trabalhar – e idealizando da mesma maneira os “nobres tutsis” – bons para dirigir (SITBON, 2000, p.21).

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Durante 1884-1885 que África passa por um momento de divisão entre o processo de colonização, conhecida como a partilha da África. A primeira aparição que aconteceu foi 1894 que a Alemanha ganha a autoridade para administrá-la , mas perde o território após sua derrota na primeira guerra mundial em 1918, passando como protetorado da liga das nações para os belgas. Em (1999) com a colonização, o rei perdia destaque gradativamente, suas atividades passaram a ser contestadas pelos belgas, fazendo com que sua imagem fosse desprezada e trocada pela presença do colonizador, tornando o rei apenas uma questão simbólica, abaixo da liderança belga. Dessa maneira a colonização em Ruanda chega por meios de liderados, a presença belga servia-se do mwami , para governar indiretamente, como fica claro no mandato do mwami Mutara Rudahigwa. Portanto, no ano de 1931 marca o período colonial na história de Ruanda com a introdução das carteiras de identidade discriminando etnias. Nigel Eltringham (2015) afirma o processo de racialização que culminou no período de 1933-1934 com o censo demográfico atribuindo a um rótulo etno-racial, onde as crianças herdariam a identidade de etnia do seu pai. Essa ideia de civilização e subordinação entre grupos eram destacadas principalmente pela ideia hamítica, onde os missionários tiveram grande participação no processo de diferenciação desde a colonização alemã. A utilização do processo de identificação a colonização ao diferenciar e colocar as tutsis e evidencia atinge o propósito de fortalecer as relações com a monarquia tutsis, destaca Fonseca (2016): “A proximidade dos tutsis com os europeus no âmbito racial também é revertida em questão políticas, já que a partir de sua suposta superioridade os tutsis são postos como “conquistadores” que foram destinados a governar”.

O colonialismo nesse quesito não enfraqueceria a monarquia, mas ressalta a soberania tutsi diante dos hutus. Toda essa cordialidade belga para com os tutsis começa a mudar de intenção, quando estes passam a exprimir interesse na independência do país, fazendo com que a Bélgica mudasse sua estratégia de liderança e passasse a apoiar os hutus. A independência de Ruanda e marcada pela revolução hutu em 1959, dando incio o fim da supremacia tutsis e abertura a uma série de conflitos e perseguições, que antecederam a primeira eleição legislativa, a proclamação da independência em 1962, que seguirá uma constante até a culminação do gencidio em 1994 que ceifou mais de 800 mil vidas em Ruanda.

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5. O CONFLITO

Os conflitos de entre as duas etnias de Ruanda já existiam antes do genocídio de 1994. A rivalidade e o ódio entre os hutus e tutsis foi relatada na época da colonização alemã e belga. Além disso, a distinção no tratamento e regalias para o povos preferidos, Tutsis, e os preteridos, Hutus, que era bastante visível em Ruanda, os sentimentos do Hutus eram transmitidos ao longo das gerações.

Por motivo ao ódio alimentado pelo processo discriminatório praticado durante as colonizações e aos sentimentos hostis, o governo de Habyarimana decidiu adotar uma nova política. Contudo, essa política consistia em unir todos os hutus com objetivos de purificar a Ruanda e fazer do país um lugar melhor para viver. No início, o intuito era eliminar os hutus que não concordavam com o massacre, os chamados hutus moderados; depois, eliminar os tutsis.

O massacre iniciou-se em 06 de abril de 1994, quando o avião do presidente Habyarimana, voltando do Dar es Salaam, na Tanzânia, foi derrubado ao sobrevoar Kigali, tendo se espatifado no terreno de seu próprio palácio. O novo presidente hutu do Burundi e vários altos conselhos de Habyarimana que estavam a bordo.

Três dias após a queda do avião, as tropas interahamwe iniciaram suas primeiras expedições para saquear e incendiar casas abandonadas pelos tutsis e assassinar hutus moderados. Os assassinos eram vizinhos, colegas de trabalho e até mesmo parentes por afinidade com os mortos.

Os hutus, drasticamente mataram tutsis com armas de baixas tecnologias, tais como: porretes, facões, lanças e o tradicional masu, enorme clava com pregos espetados. Mais tarde, foram acrescidos ao arsenal chaves de fenda, martelos e guidões de bicicleta. Todavia, a arma mais utilizada no massacre foi o facão ser mais barato e também por ser um instrumento bastante utilizado pelos ruandeses na agricultura desde a infância.

O principal objetivo era exterminar o mais rápido possível, não importando como eram mortos, mas sim quantos estariam mortos em pouco tempo. Igrejas, escolas e casas foram invadidas pelas tropas interahamwe. Os tutsis buscavam refúgio em igrejas, pântanos, hospitais e hotéis, e os relatos mostraram que cerca de

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cinco mil refugiados tutsis foram mortos na igreja de Nyamata e na maternidade Sainte-Marthe.

Somente os estrangeiros conseguiram sair de Ruanda e foram transportados em segurança, após abandonarem embaixadas, empresas, hotéis, casas e afins, pois, países preocupados com seus cidadãos em Ruanda, enviaram soldados para auxiliá-los na sua locomoção. Os europeus enviaram soldados para Ruanda a fim de que seus cidadãos pudessem sair de avião, porém, a China foi o único país que não fechou sua embaixada em Kigali.

Não foi permitido a nenhum ruandês retirar-se de seu país, os que tentaram asilo em países vizinhos tiveram seus pedidos negados e, até mesmo, os ruandeses que possuíam influência e alto nível hierárquico deveriam permanecer em seu país.

Entretanto, os bens e dinheiro que os tutsis possuíam serviam para prolongar mais a morte ou escolher a forma como iria morrer. Muitas mulheres tutsis foram abusadas sexualmente e depois mortas, principalmente as tutsis grávidas de homens hutus.

Alguns tutsis foram mortos em publico, país a intenção era intimidar tanto hutus moderados quanto os fugitivos tutsis. Nem mesmo as crianças e os recém-nascidos foram poupados das mortes, já que representavam a próxima geração e o intuito dos hutus radicais era fazer o que eles consideravam como “limpeza étnica” em Ruanda.

Durante o genocidio, os assassinos não trabalharam na lavoura, visto que para eles o massacre era considerado mais importante que a colheita. Todavia, o massacre não era visto como um creme em Ruanda antes era considerado a aplicação da lei local, e cada cidadão era responsável pelo seu cumprimento. Era obrigatória a participação de todos os hutus adultos, porém, os que não poderiam participar devido a idade, pagavam uma multa para a milícia. Os assassinos mataram durante o dia todo e a noite, eles bebiam cerveja e comiam churrasco com o gado de suas vítimas.

E as mulheres hutus ficavam em casa com a responsabilidade de cuidar da casa e fazer comida para a família, e também tinha o dever de informar o esconderijo dos tutsis além de saquear os bens, tais como; dinheiro escondidos nos bolsos, saca de feijão vacas, rádios e folha de zinco.

Foi o massacre mais intenso tanto em Ruanda como também em todo mundo, os mortos se acumularam numa velocidade quase três vezes maior a que a dos

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judeus mortos durante holocausto, por isso tem sido considerado um dos mais importantes assinatsos em massa desde os bambardeios atomicos de hiroshima eNagasaki, pois se estima que pelo menos 800 mil tutsis foram mortos em apenas cem dias e durante a primeira semana estima-se que dez mil pessoas eram mortos por dia.

O genocidio terminou em 15 de julho de 1994 com a tomada de Kigali pela FPR, liderada por Paul Kagame e sua instalação de FPR no governo, tendo assumido Pasteur Bizimungu como presidente, que pôs fim às disputas, reafirmando o Acordo Arusha. Como resultado do processo, em 12 de julho, o Comitê da Cruz Vermelha declarou que 1 milhão de pessoas haviam sido mortas no genocidio.

Entretanto, mesmo após a vitória da FPR em julho, quinhentos mil hutus cruzaram a fronteira congolesa com medo de futuras represálias, fugindo de Ruanda e juntando-se aos campos de refugiados no leste do Congo, indo morrer nos campos logo após devido a falta de condições básicas e doenças.

Considerações Finais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

FONSECA, Danilo. Etnicidade de hutus e tutsis no manifesto hutu de 1957.

Cadernos de História, Belo Horizonte, v. 17, n. 26, p.221. 2016. P.2237-8871

REPUBLIC OF RWANDA, Office of the president of the republic, The Unity of Rwandans- Before the colonial period and under the colonial rule- Under the first republic- Kigali, August 1999.

SHYAKA, Anastase. The Rwandan Conflict. Origin, Development, Exit Strategies.. Kigali: The National Unity and Reconciliation Commission. 2005.

SITBON, Michel. Ruanda: Um genocídio na Consciência. Tradução: Conchita Martins. Lisboa: Dinoussauro, 2000.

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ZHANG, Yumeng. Thinking Beyond Ethnic Hatred: An Examination of the State’s Mobilizations during the Rwandan Genocide of 1994. Duke University, 2016.

Referências

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