01.01 - IDENTIFICAÇÃO
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80
1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ
35300016831 4 - NIRE
Marco Antônio Brandão Simurro
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes 00385-9
755.400.708-44 01.03 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES (Endereço para Correspondência com a Companhia)
Rui de Britto Álvares Affonso Rua Costa Carvalho, 300
05429-900 São Paulo SP
Pinheiros
11 3388-8247 - -
11 3815-4465 - -
01.04 - REFERÊNCIA / AUDITOR EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO
01/01/2005 1 - NOME
2 - ENDEREÇO COMPLETO 3 - BAIRRO OU DISTRITO
4 - CEP 5 - MUNICÍPIO
7 - DDD 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEX
12 - DDD 13 - FAX 14 - FAX 15 - FAX
01.02 - SEDE
Rua Costa Carvalho, 300 Pinheiros
05429-900 São Paulo
11 3388-8000 3388-8200 3388-8201
- -
3813-0254 011
SP
sabesp@sabesp.com.br 1 - ENDEREÇO COMPLETO
3 - CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF
6 - DDD 7 - TELEFONE 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEX
11 - DDD 12 - FAX 13 - FAX 14 - FAX
15 - E-MAIL
6 - UF
raffonso@sabesp.com.br 16 - E-MAIL
2 - BAIRRO OU DISTRITO
1 - INÍCIO 2 - TÉRMINO
TRIMESTRE ATUAL
3 - NÚMERO 4 - INÍCIO 5 - TÉRMINO
TRIMESTRE ANTERIOR
6 - NÚMERO 7 - INÍCIO 8 - TÉRMINO
31/12/2005 3 01/07/2005 30/09/2005 2 01/04/2005 30/06/2005
9 - NOME/RAZÃO SOCIAL DO AUDITOR
11 - NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO
10 - CÓDIGO CVM
12 - CPF DO RESP. TÉCNICO
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80
Sem Ressalva
30/09/2004 30/06/2005
30/09/2005
01.06 - CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA
01.07 - SOCIEDADES NÃO INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 1 - ITEM 2 - CNPJ 3 - DENOMINAÇÃO SOCIAL
Não Apresentado 6 - TIPO DE CONSOLIDADO
Empresa Comercial, Industrial e Outras 1 - TIPO DE EMPRESA
Operacional 2 - TIPO DE SITUAÇÃO
Estatal
3 - NATUREZA DO CONTROLE ACIONÁRIO
Captação,Tratam.,Distr.de Água; Coleta Tratam.de Esgoto 5 - ATIVIDADE PRINCIPAL
Número de Ações (Mil)
1 - TRIMESTRE ATUAL 2 - TRIMESTRE ANTERIOR
1 - Ordinárias 2 - Preferenciais 3 - Total Em Tesouraria 4 - Ordinárias 5 - Preferenciais 6 - Total
Do Capital Integralizado
28.479.577 0 28.479.577 01.05 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
28.479.577 0 28.479.577
0 0 0
0 0 0
116 - Saneamento, Serv. Água e Gás 4 - CÓDIGO ATIVIDADE
3 - IGUAL TRIMESTRE EX. ANTERIOR
28.479.577 0 28.479.577
0 0 0
7 - TIPO DO RELATÓRIO DOS AUDITORES
01.08 - PROVENTOS EM DINHEIRO DELIBERADOS E/OU PAGOS DURANTE E APÓS O TRIMESTRE
1 - ITEM 2 - EVENTO 3 - APROVAÇÃO 4 - PROVENTO 5 - INÍCIO PGTO. 6 - TIPO AÇÃO 7 - VALOR DO PROVENTO P/ AÇÃO
01 RCA 26/02/2004 Juros Sobre Capital Próprio 28/06/2005 ON 0,0013800000
02 RCA 16/12/2004 Juros Sobre Capital Próprio 28/06/2005 ON 0,0030000000
03 RCA 13/01/2005 Juros Sobre Capital Próprio 28/06/2005 ON 0,0009900000
04 RCA 28/04/2005 Juros Sobre Capital Próprio ON 0,0013413120
05 RCA 23/06/2005 Juros Sobre Capital Próprio ON 0,0023500000
06 RCA 20/10/2005 Juros Sobre Capital Próprio ON 0,0029900000
7 - QUANTIDADE DE AÇÕES EMITIDAS 01444-3
01.09 - CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E ALTERAÇÕES NO EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO 1- ITEM 2 - DATA DA
ALTERAÇÃO
3 - VALOR DO CAPITAL SOCIAL (Reais Mil)
4 - VALOR DA ALTERAÇÃO (Reais Mil)
5 - ORIGEM DA ALTERAÇÃO CIA SANEAMENTO BASICO DE SP
(Mil)
8 - PREÇO DA AÇÃO NA EMISSÃO
(Reais) 43.776.517/0001-80
01.10 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES
1 - DATA 2 - ASSINATURA
11/11/2005
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80 02.01 - BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Reais Mil)
1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 30/09/2005 4 - 30/06/2005
1 Ativo Total 17.256.691 17.797.010
1.01 Ativo Circulante 1.683.012 2.271.423
1.01.01 Disponibilidades 228.641 877.949
1.01.01.01 Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras 228.485 198.970
1.01.01.02 Antecipação de Câmbio 0 678.678
1.01.01.03 Outras Disponibilidades 156 301
1.01.02 Créditos 1.150.486 1.115.441
1.01.02.01 Contas a Receber, líquido 1.150.486 1.115.441
1.01.03 Estoques 26.031 25.040
1.01.03.01 Almoxarifados de Operação 26.031 25.040
1.01.04 Outros 277.854 252.993
1.01.04.01 Contas a Receber de Acionistas 196.696 174.742
1.01.04.02 Impostos e Contribuições a Compensar 442 442
1.01.04.03 Impostos e Contribuições 26.477 30.421
1.01.04.04 Demais Contas a Receber 54.239 47.388
1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.540.108 1.503.960
1.02.01 Créditos Diversos 1.540.108 1.503.960
1.02.01.01 Contas a Receber, líquido 267.179 278.687
1.02.01.02 Indenizações a Receber 148.794 148.794
1.02.01.03 Depósitos Judiciais 19.871 15.395
1.02.01.04 Contas a Receber de Acionistas 783.004 757.727
1.02.01.05 Impostos e Contribuições 288.828 272.293
1.02.01.06 Demais Contas a Receber 32.432 31.064
1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0
1.02.02.01 Com Coligadas 0 0
1.02.02.02 Com Controladas 0 0
1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0
1.02.03 Outros 0 0
1.03 Ativo Permanente 14.033.571 14.021.627
1.03.01 Investimentos 5.100 5.100
1.03.01.01 Participações em Coligadas 0 0
1.03.01.02 Participações em Controladas 0 0
1.03.01.03 Outros Investimentos 5.100 5.100
1.03.01.03.01 Ações em Outras Companhias 669 669
1.03.01.03.02 Ações em Outras Cias c/ Incent.Fiscal 4.409 4.409
1.03.01.03.03 Depósitos Compulsórios - Eletrobrás 22 22
1.03.02 Imobilizado 13.996.216 13.981.250
1.03.02.01 Imobilizações Técnicas 12.039.235 12.142.986
1.03.02.02 Obras em Andamento 1.956.981 1.838.264
1.03.03 Diferido 32.255 35.277
1.03.03.01 Despesas de Organ. e Reorganiz. 32.255 35.277
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil)
1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 30/09/2005 4 - 30/06/2005
2 Passivo Total 17.256.691 17.797.010
2.01 Passivo Circulante 1.599.034 2.136.018
2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 438.257 1.082.150
2.01.02 Debêntures 316.774 338.026
2.01.02.01 Debêntures 4ª emissão 100.001 100.001
2.01.02.02 Debêntures 5ª emissão 148.481 149.155
2.01.02.03 Juros sobre Debêntures 68.292 88.870
2.01.03 Fornecedores 58.345 46.553
2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 138.354 129.115
2.01.04.01 Programa Paes 38.629 37.856
2.01.04.02 Cofins e Pasep 33.984 30.438
2.01.04.03 Imposto de Renda Pessoa Jurídica 31.621 31.662
2.01.04.04 Contribuição Social 8.351 8.294
2.01.04.05 I.N.S.S. 16.143 17.241
2.01.04.06 Outros 9.626 3.624
2.01.05 Dividendos a Pagar 0 0
2.01.06 Provisões 37.742 30.979
2.01.06.01 Finsocial 7.872 7.872
2.01.06.02 Para Contingências Cíveis 0 976
2.01.06.03 Para Contingências com Fornecedores 13.270 10.763
2.01.06.04 Para Contingências com Clientes 16.600 11.368
2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0
2.01.08 Outros 609.562 509.195
2.01.08.01 Salários e Encargos 181.218 169.579
2.01.08.02 Serviços 79.623 71.880
2.01.08.03 Juros sobre Capital Próprio a Pagar 262.851 183.526
2.01.08.04 Impostos e Contribuições 71.371 69.980
2.01.08.05 Valores a Restituir 10.687 10.360
2.01.08.06 Outras Obrigações 3.812 3.870
2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 7.206.948 7.319.760
2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 4.101.024 4.226.698
2.02.02 Debêntures 1.776.967 1.815.267
2.02.02.01 Debêntures 4ª emissão 24.998 49.998
2.02.02.02 Debêntures 5ª emissão 148.481 149.155
2.02.02.03 Debêntures 6ª emissão 610.692 616.509
2.02.02.04 Debêntures 7ª emissão 299.546 301.085
2.02.02.05 Debêntures 8ª emissão 693.250 698.520
2.02.03 Provisões 564.071 528.084
2.02.03.01 Prov. para Indenização Trabalhista 29.517 27.731
2.02.03.02 Cíveis 58.709 48.792
2.02.03.03 Encargos Previdenciários 7.463 7.590
2.02.03.04 Com Fornecedores 181.315 182.269
2.02.03.05 Com Clientes 261.145 235.275
2.02.03.06 Ambientais 22.227 22.731
2.02.03.07 Outras 3.695 3.696
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80 02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil)
1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 -30/09/2005 4 -30/06/2005
2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0
2.02.05 Outros 764.886 749.711
2.02.05.01 Impostos e Contribuições 136.104 131.615
2.02.05.02 Programa Paes 260.749 264.998
2.02.05.03 Obrigações Previdenciárias 263.305 249.736
2.02.05.04 Valores a Restituir 72.557 72.557
2.02.05.05 Demais Contas a Pagar 32.171 30.805
2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0
2.05 Patrimônio Líquido 8.450.709 8.341.232
2.05.01 Capital Social Realizado 3.403.688 3.403.688
2.05.02 Reservas de Capital 76.306 72.824
2.05.02.01 Auxílio para Obras 60.526 57.044
2.05.02.02 Reserva de Incentivos 15.780 15.780
2.05.03 Reservas de Reavaliação 2.552.189 2.574.594
2.05.03.01 Ativos Próprios 2.552.189 2.574.594
2.05.03.02 Controladas/Coligadas 0 0
2.05.04 Reservas de Lucro 1.863.389 1.863.389
2.05.04.01 Legal 171.991 171.991
2.05.04.02 Estatutária 0 0
2.05.04.03 Para Contingências 0 0
2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 0
2.05.04.05 Retenção de Lucros 0 0
2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0
2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 1.691.398 1.691.398
2.05.04.07.01 Reserva para Investimentos 1.691.398 1.691.398
2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 555.137 426.737
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80 03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil)
1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 01/07/2005 a 30/09/2005 4 - 01/01/2005 a 30/09/2005 5 - 01/07/2004 a 30/09/2004 6 - 01/01/2004 a 30/09/2004
3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 1.323.016 3.905.260 1.148.349 3.365.812
3.01.01 Fornecimento de Água - Varejo 681.714 2.018.926 594.114 1.734.575
3.01.02 Fornecimento de Água - Atacado 60.435 176.598 54.266 160.291
3.01.03 Coleta e Tratamento de Esgoto 559.666 1.644.803 478.922 1.403.605
3.01.04 Prestação de Outros Serviços 21.201 64.933 21.047 67.341
3.02 Deduções da Receita Bruta (100.431) (292.661) (61.514) (152.651)
3.02.01 Cofins (82.516) (240.241) (50.549) (123.876)
3.02.02 Pasep (17.915) (52.420) (10.965) (28.775)
3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 1.222.585 3.612.599 1.086.835 3.213.161
3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos (600.934) (1.753.032) (554.247) (1.637.196)
3.05 Resultado Bruto 621.651 1.859.567 532.588 1.575.965
3.06 Despesas/Receitas Operacionais (341.746) (853.939) (158.505) (1.097.164)
3.06.01 Com Vendas (136.886) (381.447) (111.295) (342.546)
3.06.02 Gerais e Administrativas (84.106) (253.022) (69.754) (208.578)
3.06.03 Financeiras (120.754) (219.470) 22.544 (546.040)
3.06.03.01 Receitas Financeiras 20.668 70.183 27.059 79.934
3.06.03.01.01 Receitas Financeiras 20.668 70.183 27.462 83.035
3.06.03.01.02 Cofins/Pasep 0 0 (403) (3.101)
3.06.03.02 Despesas Financeiras (141.422) (289.653) (4.515) (625.974)
3.06.03.02.01 Despesas Financeiras (141.422) (289.653) (4.515) (625.974)
3.06.04 Outras Receitas Operacionais 0 0 0 0
3.06.05 Outras Despesas Operacionais 0 0 0 0
3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 0 0 0 0
3.07 Resultado Operacional 279.905 1.005.628 374.083 478.801
3.08 Resultado Não Operacional (10.745) (9.835) 517 (10.967)
01444-3 CIA SANEAMENTO BASICO DE SP 43.776.517/0001-80 03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil)
1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 01/07/2005 a 30/09/2005 4 - 01/01/2005 a 30/09/2005 5 - 01/07/2004 a 30/09/2004 6 - 01/01/2004 a 30/09/2004
3.08.01 Receitas 1.623 5.264 2.838 7.583
3.08.01.01 Receitas 2.015 6.343 3.113 8.363
3.08.01.02 Cofins / Pasep (392) (1.079) (275) (780)
3.08.02 Despesas (12.368) (15.099) (2.321) (18.550)
3.08.02.01 Perda na Baixa de Bens do Imobilizado (10.337) (12.669) (1.305) (17.581)
3.08.02.02 Outras (2.031) (2.430) (1.016) (969)
3.09 Resultado Antes Tributação/Participações 269.160 995.793 374.600 467.834
3.10 Provisão para IR e Contribuição Social (76.124) (309.857) (132.754) (170.864)
3.10.01 Provisão para Imposto de Renda (60.315) (246.100) (105.316) (135.622)
3.10.02 Provisão para Contribuição Social (15.809) (63.757) (27.438) (35.242)
3.11 IR Diferido 6.893 18.665 2.469 7.057
3.11.01 Imposto de Renda Diferido 10.050 34.925 9.394 15.006
3.11.02 Contribuição Social Diferida (3.157) (16.260) (6.925) (7.949)
3.11.03 Reversão do Imposto de Renda Diferido 0 0 0 0
3.12 Participações/Contribuições Estatutárias (8.780) (26.341) (8.780) (26.341)
3.12.01 Participações 0 0 0 0
3.12.02 Contribuições (8.780) (26.341) (8.780) (26.341)
3.12.02.01 Item Extraordinário (8.780) (26.341) (8.780) (26.341)
3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 0 0 0
3.15 Lucro/Prejuízo do Período 191.149 678.260 235.535 277.686
PREJUÍZO POR AÇÃO LUCRO POR AÇÃO
NÚMERO AÇÕES, EX-TESOURARIA (Mil)
0,00671 0,02382 0,00827
28.479.577 28.479.577 28.479.577 28.479.577
0,00975
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (“SABESP” ou “Companhia”) tem por objeto social a operação dos sistemas públicos de água e esgoto no Estado de São Paulo, mediante a concessão desses serviços a uma vasta rede de clientes residenciais, comerciais, industriais e governamentais. A Companhia também fornece água por atacado a municípios da Região Metropolitana de São Paulo, que não possuem sistemas de produção de água.
A SABESP opera os serviços de água e esgoto em 368 municípios do Estado de São Paulo. Na quase totalidade desses municípios atua mediante contrato de concessão, a maioria destes com prazo de 30 anos de duração, expirando 12 em 2005, 132 em 2006, 30 em 2007, 21 em 2008, 32 em 2009, 46 em 2010 e o restante entre 2011 e 2034. As concessões podem ser automaticamente renovadas por prazos iguais ao do prazo inicial, a menos que o município ou a SABESP se utilizem do direito de rescindir a concessão, mediante a comunicação de qualquer uma das partes, pelo menos seis meses antes da data de expiração da concessão.
A Companhia não detém a concessão formal para o fornecimento dos serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo, que responde por importante parcela da receita das vendas e serviços prestados. Em Santos, município da Baixada Santista e que também possui população expressiva, a SABESP opera amparada em escritura pública de autorização, situação similar a de alguns outros municípios das regiões da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, nos quais a Companhia passou a operar após a fusão das empresas que a constituíram.
2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”).
3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
(a) Apuração do resultado
(i) Receitas com vendas e prestação de serviços
A receita é reconhecida à medida em que os serviços são prestados. O fornecimento de água e os serviços de coleta e tratamento de esgotos sanitários, não faturados até a data do encerramento dos períodos, são mensurados e registrados contabilmente, em contrapartida do contas a receber de clientes, de forma a possibilitar a contraposição dos custos e das receitas no respectivo período.
(ii) Despesas e receitas financeiras
Representadas substancialmente por juros, variações monetárias e cambiais, decorrentes de empréstimos e financiamentos e aplicações financeiras, calculados e registrados contabilmente pelo regime de competência.
(iii) Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social são contabilizados pelo regime de competência. As provisões para o imposto de renda e imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais e diferenças temporárias são constituídas à alíquota-base de 15% mais adicional de 10%. As provisões para contribuição social sobre o lucro e a contribuição social diferida sobre bases negativas e diferenças temporárias são constituídas à alíquota de 9%.
(iv) Demais receitas e despesas
As demais receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.
(b) Aplicações financeiras
Representadas substancialmente por FIF – Fundo de Investimento Financeiro, são registradas pelos valores das aplicações, acrescidos dos rendimentos auferidos ("pro - rata temporis") até a data do encerramento do período, até o limite do valor de mercado.
(c) Provisão para devedores duvidosos
A Companhia constitui provisão para devedores duvidosos quando as contas superiores a R$ 5 estiverem vencidas há mais de 360 dias e para as superiores a R$ 30, vencidas há mais de 360 dias, que estejam em cobrança judicial. O montante é considerado suficiente pela Administração para cobrir perdas prováveis, com base na análise dos recebimentos, levando em consideração a expectativa de recuperação nas diversas categorias de clientes. Os valores até R$ 5, vencidos há mais de 180 dias, são baixados contra o resultado.
(d) Estoques
Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são avaliados ao custo médio de aquisição ou valor de realização, dos dois o menor, e estão classificados no ativo circulante.
Os estoques destinados a investimentos estão classificados no ativo imobilizado e avaliados ao custo médio de aquisição.
(e) Demais ativos realizáveis a curto ou longo prazos
Os demais ativos realizáveis a curto ou longo prazos são demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos.
(f) Permanente
Demonstrado ao custo corrigido até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos:
Depreciações de bens do imobilizado – calculadas pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na nota 6.a.
Reavaliação de bens do imobilizado – efetuada em duas etapas, em 1990 e 1991, com base em laudo de avaliação emitido por peritos independentes. A referida reavaliação foi contabilizada em contrapartida da
baixas dos respectivos bens, em contrapartida da conta "lucros acumulados".
Os encargos financeiros relacionados a financiamentos, obtidos junto a terceiros, destinados a obras em andamento, são apropriados ao custo das mesmas.
Amortizações do ativo diferido – calculadas pelo método linear e pelo período de cinco anos a partir da data em que os benefícios começam a ser gerados.
(g) Empréstimos e financiamentos
Atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos dos respectivos encargos incorridos até a data do encerramento dos períodos.
(h) Provisão para férias
A provisão para férias e respectivos encargos é constituída com base nos períodos incorridos.
(i) Provisão para contingências
Constituída para cobertura de eventuais perdas, avaliadas como prováveis por consultores jurídicos e de valor estimável em 30 de setembro de 2005, relacionadas a processos trabalhistas, tributários, cíveis e comerciais, nas instâncias administrativas e judiciais.
(j) Gastos ambientais
Gastos relacionados a programas ambientais contínuos são registrados no resultado à medida de sua ocorrência. Os programas contínuos são elaborados e executados visando a minimizar o impacto ambiental causado pelas operações e para a gestão dos riscos ambientais relacionados às atividades da Companhia. As provisões assim classificadas são registradas quando julgadas prováveis e razoavelmente estimáveis.
(k) Passivo atuarial
A Companhia patrocina plano de previdência privada de benefício definido. A Deliberação CVM nº 371, de 13 de dezembro de 2000, determina o reconhecimento das obrigações atuariais excedentes aos ativos dos planos. As obrigações determinadas em 31 de dezembro de 2001 vêm sendo reconhecidas, como facultado pela referida norma, no período de 5 anos, desde o exercício de 2002.
(l) Demais passivos exigíveis a curto ou longo prazos
Os demais passivos exigíveis a curto ou longo prazos são demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais.
(m) Juros sobre capital próprio
Foram contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei nº 9.249/95, para efeito de dedutibilidade, limitados à variação, pro-rata dia, da taxa de juros de longo prazo - TJLP e demonstrados contabilmente de acordo com a deliberação CVM nº 207/96.
(n) Lucro por lote de mil ações
O lucro por lote de mil ações, está calculado com base na quantidade de ações emitidas até a data do encerramento do período.
(o) Uso de estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras, são necessárias estimativas e premissas que afetam os valores de ativos e passivos registrados, bem como os valores de receitas e despesas informados para os períodos em questão. Os resultados reais poderão, no futuro, diferir dos valores estimados.
4. CLIENTES
(a) Saldos patrimoniais
Set/05 Jun/05
Particulares 944.384 926.029
Entidades Governamentais 439.219 414.524
Por atacado – Prefeituras Municipais (i)
- Guarulhos 282.871 284.688
- Santo André 247.075 239.006
- Mauá 88.110 83.304
- Diadema 71.326 70.945
- Mogi das Cruzes 3.905 3.818
- São Caetano do Sul 2.709 2.661
695.996 684.422
Fornecimento a faturar 208.795 200.983
Subtotal 2.288.394 2.225.958
Provisão para devedores duvidosos (870.729) (831.830)
Total clientes 1.417.665 1.394.128
Circulante 1.150.486 1.115.441
Longo prazo (ii) 267.179 278.687
1.417.665 1.394.128
(i) Por atacado - Prefeituras municipais - O saldo de contas a receber de clientes por atacado refere-se à venda de água tratada aos municípios, que são responsáveis pela distribuição, faturamento e arrecadação junto aos consumidores finais, vide movimentação abaixo:
3º tri/05 2º tri/05
Saldo no início do período 684.422 657.579
Faturamento por serviços prestados 60.435 58.434
Recebimentos – serviços do exercício corrente (31.840) (31.591) Recebimentos – serviços de exercícios anteriores (17.021) -
Saldo no final do período 695.996 684.422
Circulante 12.171 10.098
Longo prazo 683.825 674.324
(ii) A parcela de longo prazo consiste de contas a receber vencidas e renegociadas junto a clientes e valores vencidos de fornecimento por atacado a prefeituras municipais. Está registrada líquida da provisão para devedores duvidosos no valor de R$ 481.949 em 30 de setembro de 2005 (Jun/2005 – R$ 454.175).
(b) Sumário de contas a receber de clientes por vencimento
Set/05 Jun/05
Valores a vencer 666.807 634.072
Vencidos:
Até 30 dias 173.919 175.554
De 31 a 60 dias 66.511 67.586
De 61 a 90 dias 60.032 57.591
De 91 a 120 dias 56.989 46.717
De 121 a 180 dias 96.257 96.776
De 181 a 360 dias 203.747 212.023
Mais de 360 dias 964.132 935.639
Total 2.288.394 2.225.958
(c) Provisão para devedores duvidosos
(i) O montante do complemento da provisão no período, pode ser assim representado:
3º tri/05 2º tri/05
Saldo anterior 831.830 794.475
De particulares / entidades públicas 11.125 1.949
De permissionárias 27.774 35.406
Adições do período, líquidas 38.899 37.355
Saldo atual 870.729 831.830
Circulante 388.780 377.655
Longo Prazo 481.949 454.175
(ii) No resultado
A Companhia contabilizou prováveis perdas de créditos no contas a receber apuradas no terceiro trimestre de 2005, no montante de R$ 64.541 (líquido de créditos recuperados, sendo R$ 25.642 até R$ 5 e R$ 38.899 acima de R$ 5), diretamente ao resultado do período, registrada na rubrica despesas com vendas. No terceiro trimestre de 2004 essas perdas foram de R$ 46.209.
3º tri/05 3º tri/04
Provisões (acima de R$ 5) (38.899) (25.803)
Baixa (inferior ou igual a R$ 5) (25.642) (20.406)
Despesas (64.541) (46.209)
5. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
A Companhia participa de transações com seu acionista controlador, o Governo do Estado, e empresas a ele relacionadas.
(a) Contas a receber do Governo do Estado
Set/05 Jun/05
Circulante:
Serviços de água e esgoto (i) 149.161 126.072
Acordo Gesp 47.535 48.670
Total do circulante 196.696 174.742
Longo prazo:
Acordo Gesp 140.444 137.898
Reembolso de complementos de aposentadoria pagos (ii) 642.560 619.829 Valor bruto de longo prazo a receber do acionista 783.004 757.727
979.700 932.469
Prestação de serviços de água e esgoto 337.140 312.640 Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão 642.560 619.829
979.700 932.469
Receita bruta de vendas e serviços prestados 3º tri/05 3º tri/04
Venda de água 40.509 35.583
Serviço de esgoto 34.538 24.726
Recebimentos (51.957) (40.289)
Não é constituída provisão para devedores duvidosos contra quaisquer montantes devidos pelo Governo do Estado ou por entidades estatais, pois a Administração não espera incorrer em perdas com tais créditos.
(i) Serviços de água e esgoto
A Companhia presta serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos para o Governo do Estado e demais empresas a ele relacionadas, em condições consideradas pela Administração como normais de mercado, exceto quanto à forma de liquidação dos créditos, que poderá ser realizada nas condições a seguir mencionadas.
(ii) Reembolso de complementação de aposentadorias e pensões
Refere-se à complementação de aposentadoria e pensões pagas pela Companhia, em nome do Governo do Estado, para ex-funcionários oriundos das empresas estatais que se fundiram para a constituição da SABESP. Os montantes envolvidos devem ser ressarcidos pelo Governo do Estado, responsável primário pelo cumprimento dessas obrigações, não sujeitos a juros. A proposta orçamentária do Governo do Estado de São Paulo, aprovada pela Assembléia Legislativa, inclui os recursos referentes a essa obrigação.
(iii) Acordo GESP
Em 11 de dezembro de 2001, a Companhia assinou um acordo com o Governo do Estado (“Acordo GESP”), onde o Governo do Estado reconheceu ser devedor, entre outras coisas, de serviços prestados pela Companhia de abastecimento de água e coleta de esgotos totalizando R$ 358.207 naquela data, representando serviços prestados até 1º de dezembro de 2001, tendo igualmente concordado pagar aludidos valores devidos. Adicionalmente, o Governo do Estado reconheceu e acordou pagar valores devidos à Companhia relacionados aos complementos de aposentadorias e pensões feitos pela Companhia, em seu nome, no valor de R$ 320.623 naquela data.
O Acordo GESP prevê que o Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE transferirá, como parte de pagamento para a Companhia, a propriedade dos reservatórios de Taiacupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte Nova, que integram o Sistema do Alto Tietê, e o valor desses ativos reduzirá os valores devidos à Companhia. O valor desses reservatórios foi apurado com base na média aritmética de avaliações independentes feitas pela CPOS - Companhia de Obras e Serviços (Companhia estatal de construções selecionada pelo Governo do Estado) e pela ENGEVAL - Engenharia de Avaliação (firma independente de avaliação selecionada pela Companhia). Para os valores devidos excedentes aos valores dos reservatórios, o Governo do Estado de São Paulo fará o pagamento em 114 parcelas mensais consecutivas, indexadas em base mensal pelo IGP-M, acrescido de taxa de juros de 6% ao ano, começando na data de vencimento da primeira parcela. Nos termos do acordo, o primeiro pagamento original deveria ter sido efetuado em julho de 2002, mas foi postergado em função de pendências de acordo entre as partes quanto ao valor dos reservatórios e da conclusão da auditoria e de análises específicas dos valores devidos. Os trabalhos de avaliação dos reservatórios, estão concluídos e aprovados pelo Conselho de Administração da Companhia, com média aritmética no montante de R$ 300.880 (data base – junho de 2002), como consta nos respectivos laudos.
Adicionalmente, conforme protocolo de entendimentos e o Acordo GESP, o Governo do Estado pode autorizar a Companhia a utilizar dividendos, incluindo juros sobre o capital próprio declarados pela Companhia e qualquer outra obrigação a pagar junto ao Governo do Estado, para compensar contas a receber relacionadas à prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos ao Governo do Estado.
Com base no oficio n° 53/2005 do Conselho de Defesa dos Capitais do Estado - CODEC, datado de 21 de março de 2005, foram retomadas as negociações entre a Companhia e o Governo do Estado para o equacionamento da dívida relativa a complementação de aposentadoria e pensões, nos termos definidos no acordo GESP incluindo os valores vencidos após novembro de 2001. Essas negociações deverão ser consolidadas em um segundo aditivo ao Acordo entre o Governo do Estado e a Sabesp. A Companhia contratou a FIPECAFI para apuração dos valores efetivamente reembolsáveis pelo Governo do Estado, levando em conta a orientação jurídica da Procuradoria Geral do Estado.
Uma vez definido o valor do débito e o critério de atualização monetária, a Sabesp poderá tomar as medidas cabíveis junto ao DAEE para a transferência dos direitos de propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto Tietê, já que não existe impedimento judicial, tendo em vista que o Estado recorreu tempestivamente contra a sentença de procedência proferida na ação civil pública e obteve a suspensão dos seus efeitos.
Deverão constar ainda desse segundo aditamento os critérios para o ressarcimento mensal dos valores futuros a serem dispendidos pela Sabesp.
Como essas negociações estão em andamento, não é possível determinar os efeitos líquidos no balanço decorrentes dessa negociação A Administração não espera incorrer em perdas líquidas significativas relativamente às diferenças apuradas entre os valores considerados reembolsáveis pelo Governo do Estado e os valores efetivamente pagos pela Sabesp.
Os saldos de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto foram incluídos no 1º aditamento conforme descrito abaixo (iv).
(iv) Primeiro Aditamento ao Acordo GESP
Em 22 de março de 2004, a Companhia e o Governo do Estado aditaram os termos do Acordo GESP original, (1) consolidando e reconhecendo valores devidos pelo Governo do Estado por serviços prestados de fornecimento de água e coleta de esgoto até fevereiro de 2004, corrigidos monetariamente até aquela data; (2) formalmente autorizando a compensação de valores devidos pelo Governo do Estado com juros sobre o capital próprio declarados pela SABESP e qualquer outro débito existente junto ao Governo do Estado em 31 de dezembro de 2003, corrigido monetariamente até fevereiro de 2004 (como previsto no Acordo GESP original); e (3) definindo as condições de pagamento das obrigações remanescentes do Governo do Estado pelo recebimento da prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto.
Dentro dos termos do Aditamento, o Governo do Estado reconheceu os valores devidos para a Companhia por serviços prestados de abastecimento de água e coleta de esgoto até fevereiro de 2004, no montante de R$ 581.779 e a Companhia reconheceu valores a pagar ao Governo do Estado relacionados a juros sobre capital próprio no montante de R$ 518.732.
A Companhia e o Governo do Estado acordaram sobre a compensação recíproca de R$ 404.889 (corrigidos monetariamente até fevereiro de 2004), que até 30 de abril de 2005 foram liquidados financeiramente. O saldo da obrigação remanescente de R$ 187.979 em 30 de setembro de 2005, está sendo corrigido monetariamente pelo Índice de Preços ao Consumidor Atacado – IPCA/IBGE, acrescidos de juros de 0,5%, dos quais R$ 140.444 estão sendo registrados no realizável a longo prazo e R$ 47.535 no circulante.
A Administração acredita que os valores devidos pelo Governo do Estado serão recebidos e não espera incorrer em perdas com tais contas a receber.
(b) Disponibilidades
A Companhia tinha saldo de bancos e aplicações financeiras junto a instituições financeiras controladas pelo Governo do Estado no montante de R$ 195.818 em 30 de setembro de 2005 (R$ 169.434 em 30 de junho de 2005). As receitas financeiras oriundas dessas aplicações financeiras foram de R$ 24.582 e R$ 17.830, nos períodos findos em 30 de setembro de 2005 e 2004, respectivamente.
(c) Acordo para uso de reservatórios
A Companhia utiliza os reservatórios de Guarapiranga e Billings e uma parcela de alguns reservatórios do Sistema do Alto Tietê, que são de propriedade de outra companhia controlada pelo Estado de São Paulo. A Companhia não paga qualquer honorário pela utilização desses reservatórios, mas é responsável pela sua manutenção e pelos custos operacionais.
A Companhia tem o direito de utilizar água e explorar os reservatórios durante um período de 30 anos, a partir de 1997.
6. IMOBILIZADO
Set/05 Jun/05
Custo Depreciação Amortização
Acumulada Líquido Líquido
Em operação
Sistema de água
Terrenos 935.221 - 935.221 934.924
Estruturas 2.641.702 (1.285.487) 1.356.215 1.375.497
Ligações 799.604 (312.523) 487.081 488.940
Hidrômetros 269.284 (134.832) 134.452 132.937
Redes 3.231.245 (919.337) 2.311.908 2.332.962
Equipamentos 254.376 (154.499) 99.877 99.994
Outros 481.496 (200.966) 280.530 289.366
Subtotal 8.612.928 (3.007.644) 5.605.284 5.654.620
Sistema de esgotos
Terrenos 352.021 - 352.021 351.913
Estruturas 1.447.741 (500.244) 947.497 959.897
Ligações 842.588 (312.221) 530.367 531.754
Redes 4.621.544 (1.010.019) 3.611.525 3.623.462
Equipamentos 499.291 (340.170) 159.121 169.463
Outros 14.793 (803) 13.990 12.536
Subtotal 7.777.978 (2.163.457) 5.614.521 5.649.025
Uso geral
Terrenos 102.952 - 102.952 102.953
Estruturas 120.825 (63.781) 57.044 58.036
Equipamentos de transporte 132.164 (120.974) 11.190 12.820 Móveis, utensílios e equipamentos 286.025 (175.010) 111.015 124.602 Terrenos cedidos em comodato 25.312 - 25.312 25.312 Bens cedidos em comodato 9.618 (3.027) 6.591 6.591
Subtotal 676.896 (362.792) 314.104 330.314
Subtotal em operação 17.067.802 (5.533.893) 11.533.909 11.633.959
Em andamento
Sistema de água 614.499 - 614.499 555.964
Sistema de esgotos 1.323.218 - 1.323.218 1.263.358
Outros 19.264 - 19.264 18.942
Subtotal em andamento 1.956.981 - 1.956.981 1.838.264
Bens intangíveis 580.861 (75.535) 505.326 509.027
Total geral 19.605.644 (5.609.428) 13.996.216 13.981.250
(a) Depreciações:
A depreciação é calculada às seguintes taxas anuais: estruturas – 4%; redes – 2%; equipamentos – 10%;
hidrômetros – 10%; equipamentos de transporte – 20%; equipamentos de computação – 20%; ligações prediais – 5% e móveis utensílios e equipamentos – 10%.
A amortização dos bens intangíveis é realizada durante a vigência dos contratos de concessão dos municípios assumidos.
(b) Obras em andamento
A previsão para desembolsos a partir de outubro de 2005 até 2011, referente às obras já contratadas, é de aproximadamente R$ 1.050.000 (informação não revisada pelos auditores independentes).
(c) Baixa de bens do imobilizado
A Companhia baixou, no terceiro trimestre de 2005, bens do ativo imobilizado no valor de R$ 10.337 (2004 – R$ 1.305), sendo R$ 1.165 (2004 – R$ 1.305) relacionados ao grupo de bens em operação, motivados por obsolescência, furtos e alienação e, R$ 9.172 relacionados a obras em andamento, referentes a obras desativadas, poços improdutivos e projetos inviáveis.
(d) Desapropriações
Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de desapropriações ou instituição de servidão de passagem em propriedades de terceiros, procedidas de acordo com a legislação pertinente. Seus proprietários serão ressarcidos por meios amigáveis ou judiciais. A previsão para desembolsos a serem realizados a partir do terceiro trimestre de 2005, sem data prevista do efetivo desembolso é de aproximadamente R$ 280.200 (informação não revisada pelos auditores independentes), os quais deverão ser cobertos com recursos próprios. Os bens objeto desses processos deverão ser registrados no ativo imobilizado quando concretizada a operação. No terceiro trimestre de 2005, o valor referente às desapropriações foi de R$ 2.464 (2004 – R$ 1.054).
(e) Efeitos fiscais sobre reavaliação de ativos
Os bens do imobilizado foram objeto de reavaliação ocorrida em 1990 e 1991 e estão sendo depreciados por taxas anuais que correspondem ao tempo de vida útil remanescente, definidos nos respectivos laudos que, via de regra, se situam nos intervalos das taxas representadas.
Conforme permitido pela Instrução CVM nº 197/93, a Companhia deixou de provisionar o efeito fiscal diferido sobre a mais valia decorrente de reavaliação do ativo imobilizado ocorrida em 1990 e 1991. Caso fosse reconhecido o imposto de renda e contribuição social sobre a reserva de reavaliação, o montante não realizado até 30 de setembro de 2005 seria de R$ 468.696 (Set/2004 – R$ 499.832). Foram realizados no período de janeiro a setembro de 2005 os montantes de R$ 67.031 (janeiro a setembro de 2004 – R$ 79.937).
(f) Bens intangíveis
A partir do exercício de 1998, as negociações relacionadas a novas concessões passaram a ser realizadas considerando o resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação, emitido por peritos independentes.
O montante definido no respectivo instrumento de contratação, após a concretização do negócio junto ao município, com realização mediante subscrição de ações da Companhia ou em dinheiro, é registrado nessa rubrica e amortizado pelo período da respectiva concessão.
7. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
(i) Saldo devedor de empréstimos e financiamentos
Set/05 Jun/05
Curto prazo
Longo
prazo Total Curto prazo
Longo
prazo Total
Vencimento final
Taxa anual de juros
Atualização
monetária Garantias
País
União Federal /
Banco do Brasil 188.964 2.065.507 2.254.471 183.406 2.096.020 2.279.426 2014 8,5% UPR Gov.Est.S.
Paulo Debêntures 4ª
Emissão 100.001 24.998 124.999 100.001 49.998 149.999 2006 CDI+1,2% - - Debêntures 5ª
Emissão 148.481 148.481 296.962 149.155 149.155 298.310 2007 CDI+1,1% e
10,65% IGP-M -
Debêntures 6ª
Emissão - 610.692 610.692 - 616.509 616.509 2007 a 2010
CDI+1,75% e
11% IGP-M - Debêntures 7ª
Emissão - 299.546 299.546 - 301.085 301.085 2009 e 2010 CDI+1,5% e
10,8% IGP-M - Debêntures 8ª
Emissão - 693.250 693.250 - 698.520 698.520 2009 e 2011
CDI+1,5% e
10,75% IGP-M -
CEF 41.667 446.516 488.183 40.232 451.554 491.786 2007 a 2020 5 % a 9,5% UPR Rec.Próprios BNDES 21.039 175.223 196.262 16.273 164.730 181.003 2013 3% + TJLP - Rec.Próprios Outros 2.466 24.656 27.122 2.386 24.645 27.031 2008 a 2011
12% / CDI /
TJLP+6% UPR -
Juros e Encargos 90.120 - 90.120 111.442 - 111.442
Total do País 592.738 4.488.869 5.081.607 602.895 4.552.216 5.155.111
Exterior
BIRD
US$ 8.717 mil 9.685 9.685 19.370 10.365 10.365 20.730 2007 4,11%
Var.cesta de
moedas + US$ Gov.Federal Soc.Génerale
EUR 1.489 mil 2.579 1.399 3.978 2.747 1.490 4.237 2006 4,9% EUR Gov.Federal BID
US$ 437.733 mil 94.687 878.043 972.730 94.333 949.054 1.043.387 2007 a 2025 3 % a 7,7%
Var.cesta de
moedas + US$ Gov.Federal Euro Bônus
US$ 225.000 mil - 499.995 499.995 646.360 528.840 1.175.200 2008 12% US$ - Deutsche Bank
Luxembourg
US$ 10.000 mil 22.222 - 22.222 23.504 - 23.504 2005 11,125% US$ - Juros e Encargos 33.120 - 33.120 39.972 - 39.972
Total do exterior 162.293 1.389.122 1.551.415 817.281 1.489.749 2.307.030 Total 755.031 5.877.991 6.633.022 1.420.176 6.041.965 7.462.141
Em 30 de setembro de 2005 a Companhia não possuia saldos de empréstimos e financiamentos captados no curto prazo.
Cotação de 30 de setembro de 2005: US$ 2,2222; EUR 2,67175
UPR: Unidade Padrão de Referência TJLP : Taxa de Juros de Longo Prazo VARIAÇÃO DA CESTA DE MOEDAS: Valor referente a unidade de conta BID e BIRD EUR: Euro
CDI: Certificado de Depósito Interbancário IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado
(ii) Eurobônus
No dia 28 de julho foram integralmente liquidados os eurobônus, no montante de US$ 275 milhões, bem como os juros da última parcela, correspondentes ao valor total de R$ 699.093.
(iii) Cronograma de liquidação de empréstimos e financiamentos
O total do volume de dívidas a ser pago até o final do ano é de R$ 225.185, sendo o montante indexado ao dólar norte americano e ao euro de R$ 84.630 e o montante de R$ 140.555 refere-se a valores a vencer de juros e principal de empréstimos em reais.
out-dez 2011
INSTITUIÇÃO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 em diante TOTAL
PAÍS
União Federal/Banco do Brasil 45.753 193.020 210.089 228.668 248.890 270.901 1.057.150 2.254.471 Caixa Econômica Federal - CEF 10.100 42.511 46.043 49.610 52.638 56.520 230.761 488.183 Debêntures 25.000 248.480 380.294 - 743.734 284.691 343.250 2.025.449 BNDES 3.962 21.501 29.107 29.107 29.107 29.106 54.372 196.262
Outros 558 2.940 5.051 4.988 4.768 4.600 4.217 27.122
Juros e Encargos 55.182 34.938 - - - - - 90.120
Total País 140.555 543.390 670.584 312.373 1.079.137 645.818 1.689.750 5.081.607
EXTERIOR
BIRD 4.842 9.685 4.843 - - - - 19.370
Société Génerale 1.254 2.724 - - - - - 3.978
BID 26.892 95.149 95.149 66.223 66.223 66.223 556.871 972.730
Euro Bônus - - - 499.995 - - - 499.995
Deutsche Bank Luxembourg 22.222 - - - - 22.222
Juros e Encargos 29.420 3.700 - - - - - 33.120
Total Exterior 84.630 111.258 99.992 566.218 66.223 66.223 556.871 1.551.415 Total Geral 225.185 654.648 770.576 878.591 1.145.360 712.041 2.246.621 6.633.022
(iv) Estruturação da dívida de curto prazo
A Companhia tem como um dos objetivos principais a redução da exposição à dívida em moeda estrangeira, buscando minimizar os custos e a volatilidade sobre os resultados.
8. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES (a) Saldos patrimoniais
Set/05 Jun/05
No ativo circulante (i)
Imposto de renda diferido 7.468 5.777
Contribuição social diferida 19.009 24.644
26.477 30.421
No realizável a longo prazo (ii)
Imposto de renda diferido 211.387 198.838
Contribuição social diferida 77.441 73.455
288.828 272.293
No passivo circulante (iii)
Imposto de renda 31.621 31.662
Contribuição social 8.351 8.294
PASEP diferido 22.094 21.876
COFINS diferido 49.277 48.104
111.343 109.936
No exigível a longo prazo (iv)
Imposto de renda diferido 66.484 65.620
Contribuição social diferida 19.424 19.114
PASEP diferido 14.406 13.815
COFINS diferido 35.790 33.066
136.104 131.615
3ºtri/05 Jan-Set/05 3ºtri/04 Jan-Set/04
Do período
Imposto de renda (60.315) (246.100) (105.316) (135.622) Imposto de renda diferido 10.050 34.925 9.394 15.006
(50.265) (211.175) (95.922) (120.616)
Do período
Contribuição social (15.809) (63.757) (27.438) (35.242) Contribuição social diferida (3.157) (16.260) (6.925) (7.949)
(18.966) (80.017) (34.363) (43.191)
(b) Diferidos
(i) No ativo circulante
Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 29.870 (Jun/2005 – R$ 23.107). A base negativa de contribuição social acumulada em 30 de setembro de 2005, é de R$ 181.347 (Jun/2005 – R$ 250.719), que será realizado com lucros tributáveis até o final de 2006.
(ii) No realizável a longo prazo
Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 845.550 (Jun/2005 – R$ 795.353) relativos ao imposto de renda, e R$ 860.453 (Jun/2005 – R$ 810.257) relativos à contribuição social, que serão realizadas à medida que estas diferenças tornem-se dedutíveis para fins de imposto de renda.
A base negativa de contribuição social foi totalmente realizada até 30 de setembro de 2005; em 30 de junho de 2005 o saldo era R$ 5.906.
(iii) No passivo circulante
Calculados substancialmente sobre o faturamento a órgãos públicos, sendo a tributação realizada no momento do recebimento das faturas.
(iv) No exigível a longo prazo
- Imposto de renda e contribuição social
Calculados substancialmente com base em diferenças temporais no montante de R$ 265.934 (Jun/2005 – R$ 262.481) relativas a imposto de renda, e R$ 215.828 (Jun/2005 – R$ 212.374) relativas à contribuição social.
- PASEP e COFINS
Calculados substancialmente sobre o faturamento a órgãos públicos, sendo a tributação realizada no momento do recebimento das faturas.
(c) Conciliação da alíquota efetiva de imposto
Os valores registrados como despesa de imposto de renda e contribuição social nas demonstrações financeiras estão conciliados com alíquotas nominais previstas em Lei, conforme demonstrado a seguir:
3º tri/05 Jan-Set/05 3º tri/04 Jan-Set/04 Lucro antes dos impostos 269.160 995.793 374.600 467.834
Alíquota nominal 34% 34% 34% 34%
Despesa à taxa nominal (91.514) (338.570) (127.364) (159.064) Diferenças permanentes:
Realização da reserva de reavaliação (7.618) (22.790) (7.668) (27.179)
Juros sobre capital próprio 28.952 64.652 - 13.365
Outras diferenças 949 5.516 4.747 9.071
Imposto de renda e contribuição social (69.231) (291.192) (130.285) (163.807)
Imposto de renda e contribuição social correntes 76.124 309.857 132.754 170.864
Diferidos (6.893) (18.665) (2.469) (7.057)
(69.231) (291.192) (130.285) (163.807)
Alíquota efetiva 28% 31% 35% 37%
9. PAES – Parcelamento Especial
A Companhia solicitou o Pedido de Parcelamento Especial – “PAES”, em 15 de julho de 2003, conforme Lei nº 10.684 de 30 de maio de 2003, incluindo nesse pedido os débitos relativos a COFINS e ao PASEP envolvidos em ação judicial contra a aplicação da Lei nº 9.718/98 e o saldo remanescente do Programa de Recuperação Fiscal – “REFIS”, no montante de R$ 316.953. O débito está sendo pago em 120 meses, acrescido de juros pela TJLP, estando o valor sujeito a homologação pela Receita Federal.
O montante pago desde a opção do programa PAES, de julho de 2003 até setembro de 2005, foi de R$ 79.317, e foram provisionados R$ 61.742 referentes a encargos.
Os bens arrolados no REFIS, no montante de R$ 249.034, permanecem como garantia no programa PAES.
10. PROVISÕES E CONTINGÊNCIAS
(a) Provisões no passivo circulante
A Companhia tem provisionado no passivo circulante, na rubrica “Provisões”, o valor de R$ 37.742 (Jun/2005 – R$ 30.979) referente a processos judiciais em andamento, em fase de execução da sentença.
(i) Clientes – referem-se a ações movidas por clientes, que visam à equalização da aplicação de tarifas.
(ii) FINSOCIAL - Em julho de 1991 foi ajuizada Ação Ordinária Anulatória e Declaratória, através do processo nº. 91.0663460-5, pedindo que fossem declarados nulos os débitos de FINSOCIAL e que fosse extinta a obrigatoriedade da Companhia em contribuir com o FINSOCIAL.
abril de 1992, sendo em 30 de agosto de 1994 autorizado o levantamento de 75% desses depósitos. Os restantes 25% da importância, correspondente à alíquota de 0,5%, foram mantidos como depósito judicial e também provisionados.
Com o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal – STF da constitucionalidade do FINSOCIAL sobre a receita bruta das companhias exclusivamente prestadoras de serviços, que no entendimento dos nossos advogados tem efeito na discussão do mérito, a Companhia quitou em 26 de julho de 2002, o valor de R$ 57.016, correspondente a 1,5% do total devido, solicitando, a conversão em renda em favor da Receita Federal, do total depositado judicialmente, encerrando a demanda judicial relativa ao processo nº.
91.0663460-5, em fase de formalização.
(b) Provisões no exigível a longo prazo
A Companhia, com base em análise conjunta com seus consultores jurídicos, constituiu provisão em montante considerado suficiente para fazer face a prováveis perdas em processos judiciais, no valor de R$ 564.071 (Jun/2005 – R$ 528.084).
(i) Cíveis - Referem-se a pedidos de indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes causados a terceiros, que se encontram em diversas instâncias judiciais, devidamente provisionados, quando classificados como provável de perda.
(ii) Com fornecedores - as reclamações com fornecedores foram ajuizadas por algumas construtoras alegando pagamento a menor de ajustes de atualização monetária, retenção de valores relacionados a expurgos decorrentes do Plano Real e desequilíbrio econômico financeiro do contrato. Essas ações encontram-se em tramitação nas diversas esferas judiciais, sendo provisionadas quando a expectativa de perda é considerada provável.
(iii) Com clientes - as reclamações de clientes foram ajuizadas por clientes comerciais que pleiteiam que suas tarifas deveriam ser iguais às de outras categorias de consumidores, e conseqüentemente, a devolução de valores cobrados pela Companhia. A Companhia obteve decisões definitivas tanto favoráveis como desfavoráveis, nas diversas instâncias judiciais, sendo provisionados quando a expectativa de perda é considerada provável.
(iv) Ambientais - referem-se a vários processos administrativos instaurados por órgãos públicos, inclusive pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, que objetivam a imposição de multa por danos ambientais alegadamente causados pela Companhia.
(v) Processos trabalhistas – a Companhia está envolvida em diversos processos trabalhistas, tais como questões referentes a horas extras, adicionais de insalubridade e periculosidade, aviso prévio, desvio de função, equiparação salarial e outras, sendo que grande parte do montante envolvido encontra-se em execução provisória ou definitiva, nas diversas instâncias judiciais, dessa forma, classificada como probabilidade de perda provável e, conseqüentemente, devidamente provisionada.
(c) Processos judiciais com probabilidade de perda possível
A Companhia é parte integrante em ações judiciais e processos administrativos referentes a questões ambientais, tributárias, cíveis e trabalhistas, as quais são consideradas pelos seus consultores jurídicos como sendo possível de perda e que não estão registrados contabilmente. O montante atribuído a esses processos representa aproximadamente R$ 1.439.471 em 30 de setembro de 2005 (Jun/05 – R$ 1.363.750).
11. PLANOS PREVIDENCIÁRIO E ASSISTENCIAL
A Companhia é patrocinadora da Fundação Sabesp de Seguridade Social - SABESPREV, entidade constituída em agosto de 1990 com o objetivo principal de administrar planos de benefício previdenciário complementar e programa assistencial dos empregados da SABESP.
As contribuições mensais relativas ao plano previdenciário - benefício definido, correspondem a 2,10% da Companhia e 2,19% dos participantes.
As contribuições dos participantes apresentada acima é a média, pois o valor do desconto varia em função da faixa salarial, entre 1% e 8,5%.
O programa assistencial, que é constituído por planos de saúde optativos, de livre escolha, é mantido também por contribuições da patrocinadora e dos participantes, que no período foram as seguintes:
Da Companhia: 6,21%, em média, da folha de salários;
Dos participantes: 3,21%, sobre o salário base e gratificação, que corresponde à média de 2,25% da folha bruta de salários.
12. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
Objetivando atender ao disposto na Deliberação CVM nº 371 de 13 de dezembro de 2000, apresentamos abaixo os valores apurados dos benefícios de pensão e aposentadoria concedidos e a conceder que os empregados farão jus após o tempo de serviço.
Em 31 de dezembro de 2004, com base no relatório de atuário independente, a SABESP possuía um compromisso atuarial líquido de R$ 328.605, que representa a diferença entre o valor presente das obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados e pensionistas e dos ativos garantidores.
A Companhia optou por reconhecer o passivo pelo período de cinco anos a partir de 2002. O Passivo Atuarial em 30 de setembro de 2005, no montante de R$ 263.305 (Jun/2005 – R$ 249.736), está contabilizado no Exigível a Longo Prazo.
Para o exercício de 2005 a estimativa de despesa é de R$ 65.705. Foi reconhecida despesa no período de janeiro a setembro de 2005, conforme demonstrado a seguir:
3ºtri/05 Jan a Set/05 3ºtri/04 Jan a Set/04
Repasse à Sabesprev 3.491 10.186 3.007 9.457
Passivo atuarial registrado 13.569 41.129 19.341 57.705
Total contabilizado 17.060 51.315 22.348 67.162
O valor relativo ao custo do serviço passado está registrado como “item extraordinário”, líquido dos efeitos de impostos, na demonstração do resultado.