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TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO A SECO

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Academic year: 2022

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TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO A SECO

GOMES, Samela Viana1 PESSINI, Victor 2 FERNANDES, Adeilson Batista3 ALMEIDA, Eliése P.4

INTRODUÇÃO

O crescimento no setor construção civil tem aumentado consideravelmente, segundo a Sinduscon houve uma elevação de 74,25% nos últimos 20 anos.

Juntamente a esses dados cresce o gasto e o desperdício de água, o que representa um aumento nos impactos ambientais, tornando o problema de escassez hídrica ainda mais grave. De acordo com Pessarello (2008) para a confecção de 1 m³ de concreto, se gasta em média 160 a 200L de água, sendo esse um valor muito alto, considerando o grande volume de obras em execução.

Segundo o comitê temático da água do CBCS, a construção civil é responsável por exorbitante parte do consumo de água potável no mundo. Em áreas urbanizadas, onde o setor mais atua, chega a ser utilizado cerca de 50% da água potável fornecida à região. Nessa pesquisa buscamos trazer uma proposta sustentável, que tem reduzido notadamente o consumo de água na construção que são as técnicas de construção a seco, recebem essa classificação por não precisarem de água na formulação dos materiais da estrutura. Seus benefícios são inúmeros, além do racionamento de água, materiais degradantes também são dispensados. Entre as técnicas que existem como plataforma framing, ballon framing, painéis EPS, nos

1 Graduanda do Curso de ENGENHARIA CIVIL do Centro Universitário são Camilo-ES, samelavianagomes@hotmail.com;

2 Graduando do Curso de ENGENHARIA CIVIL do Centro Universitário são Camilo-ES, vic_pessini@hotmail.com;

3 Graduando do Curso de ENGENHARIA CIVIL do Centro Universitário são Camilo-ES, adeilson.engenharia@gmail.com;

4 Professor orientador: Mestre, Centro Universitário São Camilo-ES, eliezerpa@hotmail.com;

Cachoeiro de Itapemirim – ES, março de 2018.

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restringiremos a falar de apenas três delas, que são placas de gesso drywall, parede dupla de concreto e light steel frame.

MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia aplicada por essa pesquisa é de caráter qualitativo, através de uma abordagem de significado e compreensão do tema estudado. Premissas típicas desse tipo de método que se configura em ter uma teoria fundamentada e fazer da mesma um estudo especulativo, sobre a racionalização da água.

A pesquisa foi realizada e fundamentada através de pesquisas e discussões onde foram coletados dados e pesquisas para fundamentar esses tipos de construção em questão.

DESENVOLVIMENTO

1- Placas de gesso

O método de edificação com a utilização de placas de gesso na construção civil, também conhecido como Drywall. Segundo Claudio Mahamad (2016), são um conjunto composto por estrutura interna de aço galvanizado perfilado em U e envolvido por chapas de gesso acartonado aparafusadas na estrutura (figura 1.1).

Portanto, é feito basicamente de gesso e aço. Além de facilitar instalações hidráulicas e elétricas em seu interior o Drywall é considerado um bom isolante acústico e resistente a fogo, podendo até diminuir custos de mão de obra. Ele também permite a redução de cargas nas fundações e estruturas, quando utilizado como paredes e forros.

Outro fator importante é que já existem placas de gesso denominadas chapas verdes com aditivo hidrofurgante, que podem ser utilizadas em ambientes úmidos, mas devem receber o tratamento de impermeabilização conforme mostra a figura 1.2.

Segundo Fabrizio Portela, diretor geral da Fast Home.

“ A impermeabilização deve ser feita com impermeabilizantes a partir de compostos elastoméricos, que se movimentam de acordo com a contração ocorrida nas chapas de drywall”,(PORTELA,2015)

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Figura 1.1: Detalhamento parede drywall Figura 1.2: Chapa verde drywall Fonte: Blog Artesana (2014) Fonte: Blog Artesana (2014)

2 - Parede dupla de concreto

A parede dupla de concreto é um método em que se utiliza parede de pré- fabricada constituída por duas placas de concreto ligadas entre si por uma armadura em treliça. Os módulos podem atingir as dimensões de 13,30m de largura x 3,20m de altura com 37 cm de espessura, são instaladas por içamento e logo após a instalação recebem o preenchimento interno com concreto ou materiais como concreto celular, poliuretano expandido ou isopor.

Com sua chegada ao Brasil no ano de 2009 as paredes duplas de concreto são aplicadas com mais frequência em obras de galpões industriais e shopping centers.

Além disso, essa metodologia de construção a seco estima uma economia de 50% de gastos de mão de obra comparado ao sistema de alvenaria comum, evitam o acumulo de entulho no canteiro de obras, e também garantem um tempo menor de execução, segundo Casagrande (2012), pode ser gerado uma economia de tempo de 30% comparado ao método de alvenaria comum, e ainda possibilita prever a abertura de portas, janelas e tubulações elétricas e hidráulicas (figura 2.1).

Figura 2.1: Detalhamento de parede dupla de concreto Fonte: Casagrande (2012)

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3 Light Steel frame

O light steel frame é um método construtivo a seco que não utiliza água no canteiro de obras exceto nas fundações, que podem ser rasas do tipo radier ou viga baldrame por ter um peso médio linear de aproximadamente 53kg/m². Um fator importante é que os perfis utilizados devem ser galvanizados e nivelados com alta precisão, garantindo velocidade e exatidão no processo.

Sua estrutura externa é composta de aço galvanizado, painel OSB de madeira reflorestada, membrana que protege contra vapores, placa cimentícia composta por massa de cimento com fibra de vidro, resultando em chapas com grande planicidade e estabilidade dimensional, base coat que funciona como acabamento em forma de massa aplicado em toda a parede, responsável pela impermeabilização e uniformização da superfície em relação aos rejuntes, e em relação ao revestimento pode ser feito de maneira padrão, como pintura, texturas ou madeira (figura 3.1 e 3.2).

Figura 3.1: Detalhamento estrutural steel frame Figura 3.1: Estrutura metálica galvanizada Fonte: Portal metálica (2017) Fonte: Portal metálica (2017)

Outro fator importante é o ganho de produtividade no canteiro de obras utilizando peças industrializadas que garantem padrões de qualidade, gerando rapidez e fino acabamento nessa modalidade de obra, segundo Gouveia (2017) para o fechamento de 2,88m², são necessárias apenas 2 placas. Na alvenaria, a mesma área seria fechada com 88 tijolos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os materiais utilizados na construção a seco, garantem proteção termoacústica, diminuindo os gastos energéticos da edificação e prevenindo a propagação de grandes incêndios. Esses sistemas construtivos aceitam qualquer tipo

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de revestimento, é flexível, devido à facilidade de reformas e ampliação. Por utilizar materiais leves, o peso próprio da construção é menor, economizando com fundação e possibilitando versatilidade de projeto. Embora tanta qualidade implique maiores custos que a alvenaria convencional, o aumento da produtividade e diminuição do desperdício de materiais evita que ocorra impacto ambiental, assim aumentando o custo-benefício e disponibilizando moradias com qualidade em menos tempo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos com essa pesquisa que os benefícios na construção a seco são bastante relevantes, entre eles está a grande redução no consumo de água, um dos nossos maiores desafios de preservação. Além disso, o modelo é pensado para serem montadas para uma instalação inteligente, conferindo solidez, versatilidade e durabilidade ao imóvel.

REFERÊNCIAS

 SOIBELMAN, L. As perdas de materiais na construção de edificações: sua incidência e seu controle.Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1993.

 PESSARELLO, Regiane Grigoli. Estudo exploratório quanto ao consumo de água na produção de obras de edifícios: avaliação e fatores influenciadores.

2008. 111 f. Monografia (MBA em Tecnologia e Gestão Na Produção De edifícios) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

 MOHAMAD, Claudio G; GAVA, Fagner Mendes; PORTELA, Fabrizio. Drywall também pode ser instalado em áreas molhadas. 2016. Disponível em:

<https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/drywall-tambem-pode-ser-instalado- em-areas-molhadas_6921_10_0>. Acesso em: 20 mar. 2018.

 GOUVEIA, Lucas. Steel Frame A construção inteligente. 2017. Disponível em:

<http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=1451>.

Acesso em: 20 mar. 2018.

Referências

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