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DOPING NO ESPORTE

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Sumário

Introdução ... 3

1. Histórico ... 3

2. Conceito ... 5

3. Suplementos e Esteróides Anabolizantes ... 6

3.1 Suplementos Alimentares ... 6

3.1.1 Tipos de Suplementos ... 7

3.2 Esteróides Anabolizantes ... 8

3.2.1 Efeitos adversos ... 9

4. Principais tipos de doping no esporte ... 11

4.1 Principais casos de doping no esporte ... 13

Bibliografia... 16

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3 Introdução

Uma das possibilidades de interpretação do esporte moderno é aquela que o entende como um veículo privilegiado para a promoção da saúde e padrões de autocontrole.

Apesar disso, nos dias atuais, há no senso comum uma crença tão disseminada sobre o uso de drogas no esporte de alto-rendimento que o debate costuma concentrar-se em “como” e “quando” se dopa, em lugar de perguntar-se “quem” se dopa, uma vez que os métodos dopantes parecem ser efetivos, logo tornando-se um caminho tentador de melhora da performance.

Há muitos anos são descritas substâncias exógenas, utilizados pelo homem para aumento das capacidades físicas.

A literatura especializada descreve inúmeras substâncias químicas sintéticas, com propriedades hormonais ou não, que exercem diferentes efeitos farmacológicos no organismo.

Atualmente o uso de substâncias dopantes, também é notado no meio não atlético, por indivíduos que buscam ganhar massa muscular em um curto período de tempo.

1. Histórico

Desde da antiguidade o homem usa de suas capacidades físicas para sobreviver e desde então há registro do uso de substâncias para o aumento do rendimento no trabalho, na caça, entre outras atividades para sobreviver.

Os chineses, cerca de 1.700 anos a.C. utilizavam folhas de éfedra (que contém efedrina) para aumentar sua capacidade de trabalho.

Em relação à utilização de substâncias em eventos esportivos, temos relato do uso desde 800 a.C. pelos gregos, que incluíram os esportes ao seu modo de vida, os eventos esportivos envolviam, sob a égide dos deuses, as participações artísticas dos atletas, e também a parte atlética para a preparação de guerreiros, além da “profissionalização” do esporte, uma vez que, os vencedores passavam a ganhar altos valores, além de moradia, alimentação, isenção de impostos e serviço militar, assim o esporte começou a ser comercializado e os primeiros casos de doping conhecidos foram pelo uso de estricnina e cogumelos alucinógenos.

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4 Já em 1886 ocorreu o primeiro caso fatal, de um ciclista francês que usava abusivamente uma mistura de cocaína com heroína, também conhecido como speed ball.

Entre os Jogos Olímpicos de Atenas em 1896 e Amsterdam em 1928 as substâncias utilizadas eram apenas efedrina, cocaína e estricnina, mas o uso era quase exclusivamente feito por ciclistas e não houveram muitos problemas graves, pois as olimpíadas seguiam a máxima de Pierre de Cubertaian onde o importante era competir e não vencer.

Em 1936, Hitler viu nos Jogos Olímpicos a possibilidade de promover suas idéias, especialmente sobre a raça ariana e o socialismo. Durante a Segunda Guerra Mundial surgem duas substâncias extremamente eficientes para dopar um atleta: a anfetamina e um anabólico esteróide, a anfetamina, usada para potencializar a capacidade de combate de pilotos e comandos e o anabólico para recuperar o sistema muscular dos prisioneiros de guerra do nazismo.

Em 1953, foi produzido o primeiro esteroide sintético que apresentou potência cinco vezes maior do que a testosterona, e com a queda dos regimes comunistas e liberação dos seus arquivos, fica claro a experimentação, com anabolizantes, para a dopagem oficial de atletas, resultando em vários óbitos registrados.

Decorrente das qualidades educativas atribuídas ao esporte e seu crescente valor econômico, o doping foi se tornando cada vez mais uma problemática sensível no campo do esporte, com isso foi crescendo o número de instituições, organismos e políticas destinadas a combater o uso dessas substâncias.

Em 1967, o COI (Comitê Olímpico Internacional) estabeleceu uma comissão médica para realizar o controle de dopagem, realizada pela primeira vez nos Jogos de Inverno de Grenoble na França em 1968, porém somente alguns estimulantes e narcóticos podiam ser testados, por falta de tecnologia adequada. Somente em 1976 nas Olimpíadas de Montreal foi realizada a primeira testagem para anabolizantes.

Em 2003 vários representantes de diversas nacionalidades incluindo o Brasil se reuniram e assinaram a declaração de Copenhague sobre doping no

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5 esporte, criando um Código Mundial Antidoping, que tem o objetivo de manter o espírito esportivo.

2. Conceito

Conceitua-se como doping uma substância endógena ou exógena, agente ou método capaz de alterar o desempenho do atleta, a sua saúde ou espírito de jogo, por ocasião de competição desportiva ou fora dela.

Já dopagem é a administração ao atleta, ou o uso por parte deste, de substância, agente ou método capaz de alterar o desempenho do atleta, prejudicar a sua saúde ou comprometer o espírito de jogo, por ocasião

de competição desportiva ou fora dela.

A palavra "doping" é de origem inglesa, usada no turfe, significa injeção ilícita de uma droga estimulante aplicada no animal de corrida a fim de assegurar-lhe a vitória.

O doping é proibido nos esportes porque, além de prejudicar a saúde, trata-se de uma conduta antiética do atleta ao proporcionar uma vantagem competitiva desleal em relação aos outros atletas.

O controle de dopagem é feito através do exame antidoping que consiste na recolha de uma amostra de urina do atleta imediatamente após o fim de uma competição. Também é frequente a realização de exames surpresa nos atletas.

A AMA - Agência Mundial Antidoping (em Inglês: WADA - World Anti- Doping Agency) é responsável por determinar as substâncias proibidas e combater a prática de doping entre os atletas.

Segundo as Normas Antidoping (2004), as substâncias proibidas pelo COI em competição são:

 Estimulantes: reduzem a fadiga e aumentam a adrenalina.

 Narcóticos: diminuem a sensação de dor.

 Esteróides anabólicos: aumentam a força muscular.

 Diuréticos: usadas para controlar o peso e também para mascarar o doping.

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 Betabloqueadores: diminuem a pressão arterial do atleta. São usados em competições de tiro e arco e flecha para manter estáveis as mãos do atleta.

 Hormônios peptídeos e análogos: aumentam o volume e a potência dos músculos.

Outro método proibido é o doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigênio nos tecidos.

3. Suplementos e Esteróides Anabolizantes

3.1 Suplementos Alimentares

São substâncias produzidas quimicamente que complementam os benefícios oferecidos pelos alimentos. São compostos naturais que podem fornecer proteínas, carboidratos, vitaminas e sais minerais.

Os suplementos são importantes para pessoas com carências nutricionais e também para atletas por proporcionar um melhor desempenho ou repor perdas nutricionais durante a prática do esporte.

Atualmente, no ritmo de vida que vivemos, perdemos muitos nutrientes com estresse, falta de tempo de preparar alimentos saudáveis ou mesmo pelo consumo exagerado de produtos industrializados. Com isso os suplementos passam ser necessários no dia a dia, com prescrição médica ou de nutricionistas.

Mas o que é perigoso é comprar suplementos por conta própria e sair utilizando vários produtos juntos sem nenhuma orientação profissional.

Suplementos parecem ser inofensivos, mas dependendo da quantidade ou do componente podem ter consequências desagradáveis. O excesso de suplementação pode ocasionar problemas na função renal e problemas cardíacos. Outros problemas que podem ser causados pelo uso indiscriminado dos suplementos são o suor excessivo, insônia, dor e cansaço e aceleração do batimento cardíaco.

Os suplementos deveriam ser utilizados somente por aqueles com deficiência nutritiva que não são supridos pela alimentação. Porém, como se tornou uma prática comum, deve ser consumido de forma moderada com produtos que sejam adequados ao seu tipo físico.

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7 Os suplementos alimentares não devem ser utilizados em adolescentes, porque eles estão em fase de crescimento e não possuem as condições corretas para absorver essa grande carga nutricional. O uso indiscriminado por eles pode causar déficit no desenvolvimento.

Mas lembre-se que nenhum suplemento substitui uma alimentação saudável. Como o próprio nome diz, ele vem para suplementar à alimentação.

Terá um melhor resultado associado com hábitos de vida saudáveis, isto é, para aqueles que buscam suprir as necessidades desses nutrientes, devem possuir uma alimentação equilibrada e de boa qualidade e devem evitar vícios, como álcool e drogas, porque eles retiram os nutrientes provenientes da alimentação.

3.1.1 Tipos de Suplementos

Suplementos Hipercalóricos

São suplementos que possuem um valor energético alto. Esses suplementos são compostos por carboidratos e aminoácidos essenciais, ou seja, aminoácidos que não produzimos no nosso organismo.

São suplementos proteicos

Possuem compostos de aminoácidos essenciais ao nosso organismo que ajudam na formação de músculos.

Suplementos Termogênicos

Ajudam no aumento do metabolismo. Contribuem na perda de peso e gordura corporal.

Suplementos Antioxidantes

Rico em nutrientes antioxidantes, ajuda na limpeza do organismo. Quem pratica muita atividade física acaba liberando muitos radicais livres no organismo que são responsáveis pelo envelhecimento precoce ou mesmo que levam a doenças como o câncer. Esses antioxidantes ajudam na eliminação desses radicais livres.

Suplementos Polivitamínicos e Minerais

Para pessoas que necessitam complementar vitaminas e minerais no dia a dia.

Suplementos Hormonais

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8 São substâncias que estimulam a produção de hormônios. Muito cuidado no seu consumo porque hoje em dia nas academias são muito comercializados.

Sempre é necessária uma avaliação médica para analisar necessidade de utilizá-los.

Os suplementos são divididos em 5 categorias:

-Repositores hidroeletrolíticos

Suplementos que possuem carboidratos e eletrólitos. Têm por objetivo a reposição de líquidos e sais que são perdidos na prática de exercícios físicos por meio da transpiração.

-Repositores Energéticos

Apresentam, em sua maioria, carboidratos em sua composição com acréscimo ou não de vitaminas e minerais. Mantém o nível correto de energia para os atletas.

-Alimentos proteicos

Produtos com proteínas, principalmente, que devem ter um alto valor biológico, provindas de animais. Podem conter gorduras e carboidratos.

-Alimentos compensadores

Devem concentrar proteínas, carboidratos e gorduras em concentrações diversas. Podem levar também vitaminas e minerais.

-Aminoácidos de Cadeia ramificada

São constituídos por aminoácidos essenciais, ou seja, os que o corpo não produz e que devem ser supridos na alimentação. São eles: a leucina, isoleucina e valina. São consumidos pelos atletas que realizam atividades de longa duração.

3.2 Esteróides Anabolizantes

Os esteróides anabolizantes, mais conhecidos com o nome de anabolizantes, são substitutos sintéticos do hormônio masculino testosterona fabricado pelos testículos. Levam ao crescimento da musculatura (efeito anabólico) e ao desenvolvimento das características sexuais masculinas (efeito androgênico); daí também o nome de esteróides anabolizantes androgênicos.

Os anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo de doença, tenha ocorrido um déficit.

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9 A propriedade dessas drogas de aumentar os músculos tem feito com que atletas ou pessoas que querem melhorar o desempenho e a aparência física utilizem anabolizantes sem necessidade médica, principalmente aquelas que se julgam pequena e se sentem infelizes por essa condição.

Os esteróides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou injeções, e seu uso ilícito é iniciado com uma dose menor, aumentada com o tempo. Frequentemente, os usuários combinam diferentes esteróides, supondo que a interação de vários anabolizantes produza um aumento maior da musculatura. Outra forma de uso dessas drogas é tomá-las durante ciclos de 6 a 12 semanas ou mais e, depois, parar por um tempo semelhante e começar novamente. Esse tempo sem droga, acredita o usuário, garantirá ao sistema hormonal recuperar-se.

No Brasil, não se tem estimativa desse uso ilícito, mas sabe-se que o consumidor preferencial está entre 18 e 34 anos de idade e, em geral, é do sexo masculino.

No comércio brasileiro, os principais medicamentos à base dessas drogas e utilizados com fins ilícitos são: Winstrol®, Androxon®, Durateston®, Deca-Durabolin®. Porém, além destes, existem dezenas de outros produtos que entram ilegalmente no país e são vendidos em academias e farmácias.

Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários, à base de esteróides, sobre os quais não se tem nenhuma idéia dos riscos do uso em humanos.

3.2.1 Efeitos adversos

Alguns dos principais efeitos do abuso dos esteróides anabolizantes são:

nervosismo, irritação, agressividade, problemas hepáticos, acne grave (em geral ocorre nas costas e no peito, ocasionando um problema estético sério), problemas sexuais e cardiovasculares, aumento do HDL (forma boa do colesterol), diminuição da imunidade. Além disso, aqueles que se injetam ainda correm o risco de compartilhar seringas e contaminar-se com o vírus do HIV ou da hepatite.

Outros efeitos:

Além dos efeitos mencionados, outros também graves podem ocorrer:

 No homem:

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10 Os testículos diminuem de tamanho, a contagem de espermatozóides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, ginecomastia (ou desenvolvimento de mamas, que pode necessitar de cirurgia para ser eliminada), dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.

 Na mulher:

Crescimento de pêlos faciais, alterações ou ausência de ciclo menstrual, aumento do clitóris, voz grossa, diminuição de seios. Alguns desses efeitos são irreversíveis, ou seja, mesmo na ausência do anabolizante não há retorno da condição normal.

 No adolescente:

O anabolizante pode provocar maturação esquelética prematura e puberdade acelerada, levando a um crescimento raquítico, provocando estatura baixa.

A variação de humor, incluindo irritabilidade e nervosismo provocados pelo abuso de anabolizantes, pode chegar à agressividade e à raiva incontroláveis.

Os usuários podem experimentar ainda, um ciúme doentio, ilusões, podendo apresentar distorção de juízo em relação a sentimentos de invencibilidade, distração, confusão mental e esquecimentos. Podem desenvolver também distorção de julgamento do próprio corpo (dismorfia corporal), tendo a falsa sensação de que estão com a musculatura pouco desenvolvida.

Usuários, frequentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga, até porque perdem a massa muscular que adquiriram;

um sintoma que pode contribuir para a dependência.

Atletas, treinadores físicos e mesmo médicos relatam que os anabolizantes aumentam significantemente massa muscular, força e resistência. Apesar dessas afirmações, até o momento não existe nenhum estudo científico comprovando que essas drogas melhoram a capacidade cardiovascular, a agilidade, a destreza ou o desempenho físico.

Devido a todos esses efeitos, o Comitê Olímpico Internacional – COI colocou vinte esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso delas sujeito a duras sanções.

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11 4. Principais tipos de doping no esporte

As principais categorias de drogas banidas pela Wada (Agência Mundial Antidoping) são:

Estimulantes:

Substâncias que agem no cérebro estimulando o corpo tanto mental quanto fisicamente. Elas intensificam o estado de alerta, a competitividade e a agressividade, além de ajudarem no combate ao cansaço e fazerem o atleta se sentir mais forte, mas disposto e mais atuante. O abuso na utilização de estimulantes pode aumentar a pressão sanguínea e a temperatura corporal, além de tornar o batimento cardíaco irregular. Entre os males decorrentes encontram-se paradas cardíacas e derrames. Os estimulantes podem ser obtidos por meio de remédios controlados ou não-controlados, bem como em suplementos naturais e alimentares.

Entre os estimulantes proibidos constam: amineptina, amifenazola, anfetaminas, bromantan, carfedon, cocaína, efedrinas, fencanfamina, mesocarb, pentilentatrazol, pipradol, fenilpropanolamina, fentermina, salbutamol, salmenterol, estricnina, terbutalina.

Esteróides:

Os esteróides anabólicos (de fortalecimento) imitam os efeitos da testosterona (hormônio masculino), estimulando as células dos músculos e dos ossos a sintetizarem proteína. Ingerindo essas substâncias, os atletas conseguem aumentar sua carga de treinamento. Os esteróides são usados na medicina para ajudar um paciente a recuperar-se de grandes cirurgias e de doenças graves. Já que os esteróides reproduzem os efeitos de um hormônio natural, podem provocar o aparecimento de efeitos colaterais tais como traços masculinos em mulheres, infertilidade, impotência, espinhas e danos nos rins.

Essas substâncias aumentam a pressão sanguínea, endurecem as artérias e levam ao surgimento de doenças no coração, males hepáticos e certas formas de câncer. Entre os esteróides anabólicos contam-se: andostrenediona, nandrolona, estanozolol.

Diuréticos:

Os diuréticos ajudam a eliminar os fluídos do corpo e são usados para tratar a pressão alta, problemas cardíacos e doenças nos rins e fígado. Eles aumentam

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12 a produção de urina e reduzem o inchaço de tecidos provocado pela retenção de líquidos. Alguns atletas utilizam os diuréticos para perder peso e para disfarçar a presença de outras substâncias em seu corpo, ao diluí-las na urina e assim dificultar a detecção da mesma. Os diuréticos provocam vários efeitos colaterais, incluindo casos graves de desidratação responsáveis por levar à falência dos rins e do coração. Exemplos de diuréticos: acetazolamida, bumetanida, clortalidona, ácido etacrínico, furosemida, hidroclorotiazida, mersail, espironolactona, treiamtereno.

Hormônio de Crescimento Humano (GH):

Trata-se de um hormônio natural que estimula o crescimento e promove a síntese de proteínas. Ingerido artificialmente, o GH estimula a formação de músculos e tecidos. Entre os efeitos colaterais surgidos em adultos, incluem-se casos de desfiguramento, tais como pés, mãos e mandíbulas excessivamente grandes.

Eritropoietina (EPO):

Hormônio sintetizado pelos rins para regular a produção de glóbulos vermelhos. O EPO artificial aumenta o número de glóbulos vermelhos, ampliando a capacidade de corpo de usar oxigênio. O EPO vem sendo usado por praticantes de esportes de resistência tais como os maratonistas e os esquiadores da modalidade cross-country. Mas também houve casos de doping em atletas que praticam esportes de explosão tais como os corredores de provas rápidas. Entre os efeitos colaterais: pressão sanguínea elevada, aparecimento de coágulos em artérias e veias, inchaço do cérebro e convulsões.

Betabloqueadores:

Bloqueiam a transmissão de impulsos por meio dos beta receptores localizados no coração, nos pulmões e nas veias. Os betabloqueadores são usados na medicina para tratar de casos de angina, pressão alta e doenças cardíacas.

Por atletas, são consumidos para diminuir os batimentos cardíacos e evitar tremores em modalidades como tiro ao alvo e arco e flecha. Entre os efeitos colaterais contam-se fadiga, depressão e falência do coração.

Doping sanguíneo:

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13 Injeção de glóbulos vermelhos ou de outros produtos semelhantes para aumentar o número dessas células no corpo. O sangue é tirado de um competidor, armazenado e depois reintroduzido cerca de um mês antes de uma competição. Entre os perigos desse método incluem-se desde o aparecimento de febre e calafrios até infecções graves (inclusive a Aids), falência dos rins e do fígado e danos cerebrais.

4.1 Principais casos de doping no esporte

» 1904: Thomas Hicks - ganhou a maratona depois de ter tomado doses de conhaque e estricnina.

» 1960: Knut Jensen - o ciclista dinamarquês morreu durante o Giro de Itália, uma das mais importantes provas de ciclismo do mundo.

» 1967: Tom Simpson - morreu durante a volta França, foram encontrados dois tubos de anfetaminas cheios e um vazio nas coisas do atleta.

» Décadas de 70 e 80: países da antiga URSS foram acusados de várias práticas antidoping.

» 1988: Ben Johnson - atleta canadense, bateu o próprio recorde nos 100 metros rasos na Olimpíada de Seul. Porém havia consumido esteróides anabolizantes antes da prova. Além de perder a medalha de ouro, foi expulsou dos jogos e o suspenso por dois anos. Em 1993, foi flagrado novamente numa competição em Montreal (Canadá).

» 1988: Diego Maradona - Considerado o melhor jogador da história da Argentina e um dos melhores de todos os tempos, Maradona, campeão do mundo em 1986, foi pego no doping durante a Copa de 1994 após a vitória sobre a Nigéria por 2 a 1. O jogador teria usado efedrina natural e mais quatro derivados sintéticos. Além disso, teve muitos problemas com as drogas, especialmente com a cocaína. Por conta de seu vício, após se aposentar como jogador, chegou a ficar internado correndo risco de morte.

» 1995: Sueli Pereira dos Santos - ficou fora do Pan-Ameriano de Mar Del Plata, foi flagrada no exame, pois usou methenolone e metabolite.

» 1999: Lúcia Helena de Jesus Gomes - a fisiculturista morreu vítima de hepatite medicamentosa, causada pelo uso contínuo de esteróides anabolizantes. Ela já havia sido suspensa em 1996.

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» 2002: Giba, - o jogador de vôlei, usou maconha e ficou suspenso por oito partidas pela Federação Italiana de Vôlei.

» 2002: João Derly - Bicampeão mundial de judô, o brasileiro João Derly ficou seis meses suspenso por doping, após usar um diurético, para acelerar a perda de peso, dias antes de um torneio, em 2002

» 2003: Maureen Maggi - foi suspensa do Pan-Americano de Santo Domingo, a saltadora usou um creme que continha uma das substâncias proibidas.

» 2004: Cavalo de adversário de Rodrigo Pessoa - Cavalo Waterford Crystal, que levou Cian O'Connor a conquistar o ouro da Irlanda em Atenas 2004, testou positivo para substâncias proibidas. Com isso, o brasileiro Rodrigo Pessoa, prata nos saltos, herdou o primeiro lugar. Tranquilizantes fluphenazine e zuclophenthixol foram encontrados na amostra do cavalo

» 2005: Roberto Heras - vencedor da Volta da Espanha, perdeu o título e foi suspenso por 2 anos.

» 2007: Renata Burgos - a nadadora da Unaerp, foi suspensa depois que encontraram metabólitos de estanozolol em sua urina durante um exame anti- doping preparatório para o Mundial de Esportes Aquáticos de Melbourne, na Austrália.

» 2007: Rebeca Gusmão - foi flagrada nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e foi suspensa por dois anos.

» 2007: Ouyang Kunpeng - nadador chinês, foi banido para sempre das piscinas.

» 2007: Dodô - em 2007, o atacante, então no Botafogo, foi pego no antidoping por uso da substância fenproporex (anfetamina), que constava em uma cápsula de cafeína manipulada por uma farmácia. Inicialmente, Dodô foi suspenso por 120 dias, mas a Fifa, juntamente com a Wada, entrou com recurso contra o STJD, suspendendo atleta por 2 anos. O órgão alegou que Dodô não conseguiu provar o porquê de a substância estar em seu organismo.

» 2007: Jaqueline - Às vésperas do Pan 2007, no Rio, uma das principais atletas da Seleção Brasileira de vôlei acabou pega no antidoping. Na época, Jaqueline afirmou que o resultado do exame se devia ao fato de ter tomado um chá para celulite, que continha sibutramina. A jogadora foi suspensa por 9 meses, mas, em setembro daquele ano, mudou sua defesa e afirmou que o

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15 produto usado era o CLA, remédio usado para queimar gordura. Após uma nova avaliação a pena foi reduzida para 3 meses.

» 2009: William Gomes Amorim - no teste do corredor foi encontrado testosterona exógena, e ele está suspenso preventivamente até julgamento do STJD.

» 2009: Daniel Lopes Ferreira - foi flagrado com metanfetamina em uma prova disputada em maio. Marcos Felix apresentou prednisolona em maratona em abril.

» 2009: Escândalo da Rede Atletismo - Maior escândalo de doping do atletismo nacional, cinco atletas do clube foram pegos em um exame surpresa, em 2009. São eles: Bruno Lins Tenório de Barros, (200 e 4 x 100 m), Jorge Célio da Rocha Sena, (200 e 4 x 100 m), Josiane da Silva Tito, (4 x 400 m), Luciana França (400 m c/ barreira) e Lucimara Silvestre (heptatlo). Os técnicos Jayme Netto Júnior e Inaldo Sena admitiram culpa no caso e afirmaram ter concordado com o uso da substância proibida eritropoietina (EPO) para acelerar o processo de recuperação dos atletas.

» 2010: Daiane dos Santos - a ginasta foi flagrada em um exame antidoping feito fora de competição, em julho de 2010. O teste apontou a presença da substância proibida furosemida, diurético usado para controlar peso. Em outubro, o resultado foi divulgado e o caso repercutiu imediatamente em todo o Brasil. A Federação Internacional de Ginástica acabou dando uma pena branda à atleta, que foi suspensa por 5 meses.

Atletas brasileiros de provas de pista ou campo envolvidos com doping:

Bruno Lins (200 e 4 x 100 m), Evelyn Santos (4 x 100 m), Fernanda Gonçalves (salto em distância), Jenifer do Nascimento Silva (3.000 c/ obstáculos), João Gabriel Santos Souza (salto com vara), Jorge Célio (200 e 4 x 100 m), Josiane Tito (4 x 400 m), Leonardo Elisário dos Santos (salto triplo), Luciana França (400 m c/ barreira), Lucimar Teodoro (400 m c/ barreira), Lucimara Silvestre (heptatlo), Marcelo Moreira (arremesso de peso), Rodrigo Bargas (400 m) e Hamilton Castilho (arremesso de peso). E Mariana Ohata (triatlo) e Lorena Rezende (natação).

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16 Bibliografia

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