• Nenhum resultado encontrado

I B SUMÁRIO. Sexta-feira, 6 de Junho de 2003 Número 131

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "I B SUMÁRIO. Sexta-feira, 6 de Junho de 2003 Número 131"

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

I B

S É R I E

Esta 1.a série do Diário da República é apenas constituída pela parte B

Sumario131B Sup 0

S U M Á R I O

Ministérios da Economia, da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades,

Ordenamento do Território e Ambiente

Portaria n.o464/2003:

Estabelece um novo regime legal para o exercício da actividade industrial. Revoga a Portaria n.o744-B/93, de 18 de Agosto . . . 3406

Ministério da Segurança Social e do Trabalho

Portaria n.o465/2003:

Estabelece as normas relativas às condições de emissão dos certificados de aptidão profissional (CAP) — área da madeira e mobiliário . . . 3407 Portaria n.o466/2003:

Estabelece as normas relativas às condições de emissão dos certificados de aptidão profissional (CAP) — área da construção civil e obras públicas . . . 3413 Portaria n.o467/2003:

Estabelece as normas relativas às condições de emissão dos certificados de aptidão profissional (CAP) — área dos serviços administrativos . . . 3418

Portaria n.o468/2003:

Altera a denominação social da Associação Portuguesa dos Industriais de Vestuário (APIV) para Associação Nacional das Indústrias do Vestuário e Confecção (ANIVEC/APIV) . . . 3424

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação

Portaria n.o469/2003:

Procede à anulação das zonas de protecção e corres- pondente ónus da extinta Cadeia da Comarca de Anadia . . . 3424

Região Autónoma da Madeira

Resolução da Assembleia Legislativa Regional n.o10/2003/M:

Recomenda ao Governo Regional que sejam dispo- nibilizados os incentivos às empresas de transportes públicos colectivos de passageiros para a aquisição de novas viaturas adaptadas à utilização pelas pessoas por- tadoras de deficiência motora . . . 3424

(2)

MINISTÉRIOS DA ECONOMIA, DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO RURAL E PESCAS E DAS CIDADES, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E AM- BIENTE.

Portaria n.

o

464/2003

de 6 de Junho

O Decreto-Lei n.

o

69/2003, de 10 de Abril, que esta- belece um novo regime legal para o exercício da acti- vidade industrial, determina que os estabelecimentos industriais, para efeitos da definição do respectivo regime de licenciamento, são classificados do tipo 1 ao tipo 4, sendo tal classificação definida por ordem decres- cente do grau de risco potencial para a pessoa humana e para o ambiente inerente ao seu exercício, nos termos a fixar em diploma regulamentar.

Por outro lado, o mesmo diploma estabelece que a identificação da entidade coordenadora competente relativamente a cada regime de licenciamento será igual- mente definida em diploma regulamentar.

Torna-se, pois, necessário identificar os estabeleci- mentos industriais que integram os tipos 1 a 4, à luz do critério de classificação previsto no referido decre- to-lei, bem como a entidade coordenadora do respectivo processo de licenciamento industrial, tendo presente que tal identificação é feita através de portaria conjunta dos Ministros da Economia, da Agricultura, Desenvolvi- mento Rural e Pescas e das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, de acordo com o estipulado no Decreto Regulamentar n.

o

8/2003, de 11 de Abril, que aprovou o Regulamento do Licenciamento da Activi- dade Industrial.

Assim:

Ao abrigo dos artigos 10.

o

e 11.

o

do Decreto-Lei n.

o

69/2003, de 10 de Abril, e do n.

o

1 dos artigos 2.

o

e 3.

o

do Regulamento do Licenciamento da Actividade Industrial, aprovado pelo Decreto Regulamentar n.

o

8/2003, de 11 de Abril:

Manda o Governo, pelos Ministros da Economia, da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, o seguinte:

1.

o

Classificação dos estabelecimentos industriais

Os estabelecimentos industriais são enquadrados, para efeitos da definição do respectivo regime de licen- ciamento, em quatro tipos, classificados de 1 a 4, tendo em consideração, em sentido decrescente, o grau de risco potencial para o homem e o ambiente inerente ao seu exercício, nos termos da tabela n.

o

1 anexa à presente portaria e que dela faz parte integrante.

2.

o

Entidade coordenadora

A entidade coordenadora do processo de licencia- mento de estabelecimentos industriais é a definida nos termos da tabela n.

o

2 anexa ao presente diploma e que dele faz parte integrante.

3.

o

Norma revogatória

É revogada a Portaria n.

o

744-B/93, de 18 de Agosto.

4.

o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Em 21 de Maio de 2003.

O Ministro da Economia, Carlos Manuel Tavares da Silva. — O Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Armando José Cordeiro Sevinate Pinto. — O Ministro das Cidades, Ordenamento do Ter- ritório e Ambiente, Amílcar Augusto Contel Martins Theias.

TABELA N.o1

Tipologia dos estabelecimentos industriais para efeitos da definição do respectivo regime de licenciamento

Tipos Características (*)

1 Estabelecimentos industriais que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

AnexoIdo regime de avaliação do impacte ambien- tal;

Prevenção e controlo integrados da poluição;

Prevenção de acidentes graves que envolvam subs- tâncias perigosas com a obrigatoriedade de rela- tório de segurança.

2 Estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 e que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

Anexo II do regime de avaliação do impacte ambien- tal;

Prevenção de acidentes graves que envolvam subs- tâncias perigosas sem a obrigatoriedade de rela- tório de segurança;

Potência eléctrica contratada superior a 250 kVA;

Potência térmica superior a 8.106kj/h;

Número de trabalhadores superior a 50.

3 Estabelecimentos industriais não incluídos nos tipos 1 e 2 e que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes características:

Potência eléctrica contratada igual ou inferior a 250 kVA e superior a 25 kVA;

Potência térmica igual ou inferior a 8.106kj/h e supe- rior a 4.105kj/h;

Número de trabalhadores igual ou inferior a 50 e superior a 5.

4 Estabelecimentos industriais não incluídos nos tipos ante- riores.

(*) Notas explicativas:

Nota 1. — Coeficientes de equivalência a utilizar:

1 kVA = 0,93 kW;

1 kcal = 4,18 kJ.

Nota 2. — Poderes caloríficos a utilizar:

Fuelóleo — 9600 kcal/kg;

Gasóleo — 10 450 kcal/kg;

Petróleo — 10 450 kcal/kg;

Propano — 11 400 kcal/kg;

Butano — 11 400 kcal/kg;

Gás natural — 9080 kcal/m3;

(3)

Combustíveis sólidos:

2000 kcal/kg (teor de humidade60 %);

2500 kcal/kg (30 %teor de humidade60 %);

3000 kcal/kg (teor de humidade30 %).

Nota 3. — Outros factores de conversão:

1000 l de gasóleo — 835 kg;

1000 l de petróleo — 785 kg.

TABELA N.o2

Entidade coordenadora do processo de licenciamento industrial

CAE-REV2 Tipo de

estabelecimentos Entidade coordenadora

15110 a 15412 . . . . 15510 . . . . 15893 (apenas na parte respeitante ao trata- mento, liofilização e conservação de ovos e ovoprodutos e centros de inspecção e classifi- cação de ovos).

1, 2 e 3 . . . . Serviços competentes do Ministério da Agricul- tura, Desenvolvimento Rural e Pescas ou so- ciedades gestoras de áreas de localização empresarial (ALE) no caso de estabelecimen- tos localizados em ALE.

15931 a 15950 . . . . 40302 . . . . 55520 . . . .

4 . . . Câmaras municipais ou sociedades gestoras de áreas de localização em- presarial (ALE) no caso de estabelecimentos localizados em ALE.

10103 . . . . 23200 . . . . 23300 . . . .

T o d o s o s tipos.

Direcção-Geral da Ener- gia.

10, 12 a 37 (com excepção das acima indicadas, bem como das activida- des 221, 2223, 2224, 2225, 223 e 2461).

1, 2 e 3 . . . . Direcções regionais do Ministério da Econo- mia ou sociedades ges- toras de áreas de loca- lização empresarial (ALE) no caso de esta- belecimentos localiza- dos em ALE.

4 . . . Câmaras municipais ou sociedades gestoras de áreas de localização em- presarial (ALE) no caso de estabelecimentos localizados em ALE.

MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E DO TRABALHO

Portaria n.

o

465/2003

de 6 de Junho

Face à livre circulação de trabalhadores no espaço europeu, em Portugal colocou-se imediatamente a necessidade de regular a formação e certificação pro- fissionais, no sentido de garantir maior transparência nas qualificações e mais inovação nas formas de orga- nização do trabalho.

Assim, e na sequência dos princípios consagrados no Decreto-Lei n.

o

401/91, de 16 de Outubro, sobre o enquadramento legal da formação profissional, o Decre- to-Lei n.

o

95/92, de 23 de Maio, veio definir o regime jurídico da certificação profissional relativa à formação inserida no mercado de emprego.

O Decreto Regulamentar n.

o

68/94, de 6 de Novem- bro, previsto no artigo 11.

o

do referido Decreto-Lei n.

o

95/92, veio, por seu lado, instituir as normas gerais para a obtenção de certificados de aptidão profissional, aplicáveis às vias da formação, da experiência e da equi- valência de certificados ou outros títulos emitidos em Estados membros da União Europeia ou em países terceiros.

A certificação profissional assenta numa lógica tri- partida e sectorial: é um sistema baseado na concertação entre Administração Pública e parceiros sociais, que conta já com o trabalho de comissões técnicas espe- cializadas (CTE) em diversos sectores da economia por- tuguesa. O recente Acordo sobre Política de Emprego, Mercado de Trabalho, Educação e Formação veio refor- çar a aposta no SNCP, estabelecendo como compro- misso: «Desenvolver e consolidar o SNCP, nas suas dife- rentes vertentes e instâncias, estimulando a validação de competências adquiridas quer através da formação quer em contextos de vida e de trabalho, de molde a que o mercado reconheça a respectiva qualidade e se criem novas oportunidades de continuação de estudos e de formação e de melhorar as condições de emprego».

Desde a institucionalização do SNCP, vários sectores de actividade foram objecto de análise e posterior regu- lamentação através da publicação de diplomas relacio- nados com diferentes referenciais, nomeadamente perfis e normas profissionais. Um desses sectores é precisa- mente o sector das madeiras e mobiliário — definido como um conjunto de indústrias de transformação de materiais lenhosos, abrangendo quer a fileira industrial quer as indústrias silvícolas.

Trata-se de um sector heterogéneo com produtos diversificados e que assume um peso significativo na economia portuguesa, tanto ao nível do PIB como das exportações ou do mercado de emprego. Dentro deste grande sector de actividade destacam-se, como subsec- tores mais importantes, a fabricação de mobiliário, a carpintaria e fabricação de embalagens de madeira e o subsector das serrações.

É um sector com uma população maioritariamente masculina, muito concentrado nas regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, e onde predominam as peque- nas empresas. Neste aspecto, os subsectores da serração e da indústria de derivados constituem excepções, sendo aqui assinalável o peso das empresas com dimensão superior a 100 trabalhadores.

Os níveis de qualificação destes trabalhadores são ainda baixos, sendo que o grupo de profissionais mais representativo corresponde ao nível

II

de qualificação.

Neste sentido, torna-se imperioso que a formação profissional no sector contribua para uma melhoria das qualificações e competências dos profissionais desta área. É, aliás, com este objectivo que deverão ser orga- nizados os planos curriculares, quer no domínio sócio- -cultural quer no domínio científico-tecnológico.

A CTE madeiras, mobiliário e cortiça entendeu como

prioritária a certificação das figuras profissionais do sec-

tor da madeira e do mobiliário (às quais estão associados

os níveis 2 e 3 de qualificação). Assim, considerou-se

pertinente a certificação das seguintes profissões: ope-

rador(a) de máquinas de segunda transformação de

madeira, marceneiro(a), carpinteiro(a) e carpinteiro(a)

de limpos e técnico(a) de desenho de construções em

madeira e mobiliário e de técnico(a) de acabamento

em madeira e mobiliário.

(4)

No que se refere especificamente ao(à) carpinteiro(a) e carpinteiro(a) de limpos, cuja actividade é desenvol- vida tanto neste sector como no da construção civil e obras públicas, importa sublinhar que a apreciação do respectivo perfil e a elaboração das normas de certi- ficação resultaram de uma positiva articulação entre esta CTE madeiras, mobiliário e cortiça e a CTE construção civil e obras públicas.

Refira-se ainda que a certificação assume nesta área um carácter voluntário, em que o certificado de aptidão profissional, enquanto garantia de que o profissional detém as competências necessárias para o exercício da actividade, se assume como um instrumento ao serviço da melhoria da qualificação, da competitividade das empresas e da qualidade do emprego.

A determinação e a configuração das figuras profis- sionais abrangidas por este diploma e as respectivas nor- mas de certificação foram amplamente debatidas entre a Administração Pública e os parceiros sociais no âmbito da CTE madeiras, mobiliário e cortiça e mereceram a aprovação da Comissão Permanente de Certificação em 18 de Julho de 2002.

Assim:

Nos termos do n.

o

3 do artigo 11.

o

do Decreto-Lei n.

o

95/92, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Trabalho, o seguinte:

1.

o

Objecto

A presente portaria tem como objecto estabelecer as normas de emissão de certificados de aptidão pro- fissional, adiante designados por CAP, e as condições de homologação dos cursos de formação profissional, relativos aos perfis profissionais de:

a) Técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário;

b) Técnico(a) de acabamento em madeira e mobi- liário;

c) Operador(a) de máquinas de segunda transfor- mação de madeira;

d) Marceneiro(a);

e) Operador(a) de máquinas de primeira transfor- mação de madeira;

f) Carpinteiro(a)/carpinteiro(a) de limpos.

2.

o

Definição de conceitos

1 — Relativamente a designações e conteúdos pro- fissionais, entende-se por:

a) «Técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário» o(a) profissional que ela- bora desenhos técnicos de mobiliário e outros artigos em madeira, a partir de desenhos globais e peças modelo, utilizando meios informáticos;

b) «Técnico(a) de acabamento em madeira e mobi- liário» o(a) profissional que executa o acaba- mento de mobiliário e outros artigos em madeira e colabora na gestão da secção de acabamento;

c) «Operador(a) de máquinas de segunda trans- formação de madeira» o(a) profissional que opera, regula e vigia as diferentes máquinas de segunda transformação de madeira, destinadas

à fabricação de mobiliário e outros artigos em madeira;

d) «Marceneiro(a)» o(a) profissional que executa, monta e repara mobiliário e outros artigos em madeira, utilizando máquinas e ferramentas manuais e mecânicas;

e) «Operador(a) de máquinas de primeira trans- formação de madeira» o(a) profissional que opera, regula e vigia diferentes máquinas de ser- ração de madeira, procede à selecção, classi- ficação, tratamento e acondicionamento da mesma e à preparação, afiação e manutenção das respectivas ferramentas de corte;

f) «Carpinteiro(a)/carpinteiro(a) de limpos» o(a) profissional que executa, monta, repara e assenta elementos construtivos em madeira e seus derivados, utilizando ferramentas manuais, ferramentas eléctricas manuais e máquinas-fer- ramentas.

2 — Relativamente a tipos de formação, entende-se por:

a) «Formação de qualificação inicial» todas as for- mações que permitem a aquisição do conjunto de competências definidas nos perfis profissio- nais correspondentes aos CAP estabelecidos no n.

o

1.

o

da presente portaria;

b) «Formação complementar específica» todas as formações que visem a obtenção das compe- tências em falta, por referência ao conjunto de competências definidas no perfil profissional a cujo CAP o indivíduo se candidata, de acordo com as situações identificadas no n.

o

8.

o

da pre- sente portaria;

c) «Formação contínua de actualização» todas as formações que visam a actualização científica e técnica de competências dos activos certifi- cados para efeitos de renovação do CAP.

3.

o

Entidade certificadora

O Instituto do Emprego e Formação Profissional é a entidade certificadora com competência para emitir os CAP relativos aos perfis profissionais identificados no n.

o

1.

o

do presente diploma, assim como para homo- logar os respectivos cursos de formação profissional.

4.

o

Manual de certificação

1 — A entidade certificadora deve elaborar e divulgar um manual de certificação que descreva os procedimen- tos relativos à apresentação e avaliação das candida- turas, à emissão dos CAP referentes aos perfis profis- sionais identificados no n.

o

1.

o

e às condições de homo- logação dos respectivos cursos de formação, tendo em conta o disposto na presente portaria.

2 — O manual de certificação poderá ainda descrever

as condições em que as entidades formadoras poderão

proceder à análise e creditação de formações parciais

e de qualificações já detidas pelos formandos para posi-

cionamento nos percursos formativos.

(5)

5.

o

Requisitos de acesso ao certificado de aptidão profissional

1 — Os CAP previstos nas alíneas a) e b) do n.

o

1.

o

podem ser obtidos por candidatos que detenham o ensino secundário completo ou equivalente e estejam numa das seguintes situações:

a) Tenham concluído com aproveitamento curso de formação de qualificação inicial, respectiva- mente de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário e de técnico(a) de aca- bamento em madeira e mobiliário, homologado nos termos definidos no presente diploma;

b) Tenham concluído com aproveitamento forma- ção complementar específica organizada para colmatar as competências em falta por referên- cia às definidas no perfil profissional correspon- dente ao CAP a que se candidatam;

c) Tenham exercido, comprovadamente, a respec- tiva actividade por um período mínimo de cinco anos e tenham obtido aproveitamento no pro- cesso de avaliação previsto no n.

o

17.

o

da pre- sente portaria;

d) Sejam detentores de certificados ou outros títu- los emitidos no âmbito da União Europeia ou, em caso de reciprocidade de tratamento, em países terceiros que titulem competências idên- ticas às preconizadas nos perfis profissionais.

2 — Os CAP previstos nas alíneas c), d), e) e f) do n.

o

1.

o

podem ser obtidos por candidatos que detenham o 9.

o

ano de escolaridade ou equivalente e estejam numa das seguintes situações:

a) Tenham concluído com aproveitamento curso de formação de qualificação inicial, respectiva- mente de operador(a) de máquinas de segunda transformação de madeira, de marceneiro(a), de operador(a) de máquinas de primeira trans- formação de madeira e de carpinteiro(a)/car- pinteiro(a) de limpos, homologado nos termos definidos no presente diploma;

b) Tenham concluído com aproveitamento forma- ção complementar específica para colmatar as competências em falta por referência às defi- nidas no perfil profissional correspondente ao CAP a que se candidatam;

c) Tenham exercido, comprovadamente, a respec- tiva actividade por um período mínimo de cinco anos e tenham obtido aproveitamento no pro- cesso de avaliação previsto no n.

o

17.

o

da pre- sente portaria;

d) Sejam detentores de certificados ou outros títu- los emitidos no âmbito da União Europeia ou, em caso de reciprocidade de tratamento, em países terceiros que titulem competências idên- ticas às preconizadas nos perfis profissionais.

6.

o

Candidatura ao certificado de aptidão profissional

1 — Os procedimentos relativos à apresentação das candidaturas ao CAP, nomeadamente local, prazos e documentação, devem ser estabelecidos no manual de certificação.

2 — Pode ser exigido ao candidato comprovação da actualização de competências quando o título que fun- damenta a certificação, quer pela via da formação homo- logada quer pela via da equivalência de títulos, tiver sido emitido há mais de cinco anos.

7.

o

Comprovação do exercício profissional

A comprovação do tempo de exercício profissional é feita mediante a apresentação de documento da segu- rança social ou das finanças complementado por decla- ração emitida pelas entidades empregadoras ou asso- ciações sindicais ou patronais em que esteja explicitada a respectiva profissão/categoria profissional e o corres- pondente tempo de exercício ou outro documento igual- mente comprovativo destas informações.

8.

o

Formação complementar específica

1 — Podem ter acesso à formação complementar específica os candidatos que estejam numa das seguintes situações:

a) Não tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação previsto no n.

o

17.

o

da presente portaria;

b) Sejam titulares de um dos CAP referidos no n.

o

1.

o

ao qual corresponda o mesmo nível de qualificação;

c) Detenham formações parciais e qualificações consideradas relevantes pela entidade certifi- cadora.

2 — A duração da formação complementar específica e os respectivos conteúdos programáticos fundamentais devem ser organizados em função das competências detidas por cada candidato por forma a permitir a obten- ção das restantes competências definidas no perfil profissional.

3 — A entidade certificadora poderá atribuir à enti- dade formadora, nas condições previstas no manual de certificação mencionado no n.

o

4.

o

, competência para proceder à análise e creditação das formações parciais e qualificações já detidas pelo candidato.

9.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário deve ser orga- nizado de forma a permitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para dura- ções não inferiores a mil e duzentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior,

o curso de formação de qualificação inicial de técnico(a)

de desenho de construções em madeira e mobiliário

deve integrar uma componente teórica e uma compo-

nente prática a desenvolver em contexto de formação

e em contexto real de trabalho, ter em conta a moda-

(6)

lidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

História da arte e do mobiliário;

Desenho técnico;

Desenho assistido por computador;

Ligações estruturais da madeira;

Tecnologia dos materiais;

Processos e tecnologias nas indústrias da madeira e do mobiliário;

Qualidade.

10.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de acaba- mento em madeira e mobiliário deve ser organizado de forma a permitir a obtenção das competências defi- nidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a mil e duzentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desen- volver em contexto de formação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto for- mativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Língua inglesa ou francesa;

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

Desenho técnico;

Física-Química;

Gestão da produção;

Planeamento e organização do trabalho;

Processo produtivo e tecnológico;

Tecnologia dos materiais;

Tecnologia dos equipamentos;

Processos de acabamento de artigos em madeira;

Manutenção e conservação dos equipamentos;

Comunicação e relações interpessoais;

Qualidade;

Gestão de stocks e aprovisionamento.

11.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de operador(a) de máquinas de segunda transformação de madeira

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de operador(a) de máqui-

nas de segunda transformação de madeira deve ser orga- nizado de forma a permitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para dura- ções não inferiores a novecentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de opera- dor(a) de máquinas de segunda transformação de madeira deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desenvolver em contexto de for- mação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

Processos e tecnologias nas indústrias de madeira e mobiliário;

Tecnologia dos materiais;

Tecnologia dos equipamentos;

Técnicas de marcação, medição e traçagem;

Técnicas de maquinação da madeira;

Conservação dos equipamentos;

Controlo de qualidade;

Organização e preparação do trabalho.

12.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de marceneiro(a)

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de marceneiro(a) deve ser organizado de forma a permitir a obtenção das com- petências definidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a novecentas horas, e res- peitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de marce- neiro(a) deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desenvolver em contexto de for- mação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

História da arte e do mobiliário;

Desenho técnico;

Tecnologia dos materiais;

Tecnologia dos equipamentos;

Técnicas de marcação, medição e traçagem;

Técnicas de corte e trabalho da madeira;

Técnicas de montagem;

(7)

Técnicas de talha e embutidos;

Controlo de qualidade;

Conservação dos equipamentos.

13.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de operador(a) de máquinas de primeira transformação de madeira

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de operador(a) de máqui- nas de primeira transformação de madeira deve ser orga- nizado de forma a permitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para dura- ções não inferiores a novecentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de opera- dor(a) de máquinas de primeira transformação de madeira deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desenvolver em contexto de for- mação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

Processos e tecnologias nas indústrias de ser- ração da madeira;

Processos de soldadura;

Tecnologia das madeiras;

Tecnologia dos metais;

Tecnologia dos equipamentos de serração;

Tecnologia dos equipamentos de afiação e manutenção de ferramentas de corte;

Técnicas de selecção e classificação da madeira;

Técnicas de corte da madeira;

Técnicas de tratamento, secagem e acondicio- namento da madeira;

Técnicas de preparação, afiação e manutenção de ferramentas de corte;

Conservação dos equipamentos;

Controlo de qualidade;

Organização e preparação do trabalho.

14.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de carpinteiro(a)/carpinteiro(a) de limpos

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de carpinteiro(a)/carpin- teiro(a) de limpos deve ser organizado de forma a per- mitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a novecentas horas, e respeitar as demais condições defi- nidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de carpin- teiro(a)/carpinteiro(a) de limpos deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desen-

volver em contexto de formação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto for- mativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Iniciação à informática na óptica do utilizador;

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Segurança, higiene e saúde no trabalho;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Domínio científico-tecnológico:

Matemática;

Desenho técnico;

Processos e tecnologias de construção;

Processos e tecnologias em carpintaria;

Tecnologia das madeiras e derivados;

Tecnologia dos equipamentos;

Técnicas de marcação e medição;

Técnicas de traçagem, corte e trabalho da madeira;

Técnicas de montagem;

Técnicas de assentamento;

Técnicas de acabamento;

Conservação dos equipamentos;

Organização e preparação do trabalho.

15.

o

Nível de qualificação

1 — Os cursos de formação profissional de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário e de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário enquadram-se no nível 3 de qualificação relativo à tabela de níveis de formação da União Europeia, de acordo com a Decisão do Conselho n.

o

85/368/CEE, de 16 de Julho.

2 — Os cursos de formação profissional de opera- dor(a) de máquinas de segunda transformação de madeira, de marceneiro(a), de operador(a) de máquinas de primeira transformação de madeira e de carpin- teiro(a)/carpinteiro(a) de limpos enquadram-se no nível 2 de qualificação relativo à tabela de níveis de formação da União Europeia, de acordo com a Decisão do Conselho n.

o

85/368/CEE, de 16 de Julho.

16.

o

Provas de avaliação — Via da formação

1 — No final dos cursos de formação, os formandos são submetidos a provas de avaliação final, perante júri tripartido, de acordo com o disposto no artigo 11.

o

do Decreto Regulamentar n.

o

68/94, de 26 de Novembro, e em conformidade com o manual de certificação.

2 — As provas de avaliação referidas no número ante- rior devem incluir uma prova teórico-prática, a fim de verificar se o candidato detém os conhecimentos e as competências definidas no perfil profissional, de acordo com o manual de certificação.

17.

o

Processo de avaliação — Via da experiência

1 — A obtenção do CAP pela via da experiência pro-

fissional está dependente da comprovação de que foram

(8)

adquiridas as competências definidas no perfil profis- sional a cujo CAP o indivíduo se candidata.

2 — O processo de avaliação pode integrar:

a) Análise curricular efectuada pela entidade cer- tificadora;

b) Entrevista técnica aos candidatos efectuada pela entidade certificadora ou, quando tal se justi- ficar, pelo júri tripartido;

c) Prova teórico-prática perante júri tripartido.

18.

o

Validade do certificado de aptidão profissional

Os CAP referidos no n.

o

1.

o

do presente diploma são válidos por um período de oito anos.

19.

o

Renovação do certificado de aptidão profissional

1 — A renovação dos CAP de operador(a) de máqui- nas de segunda transformação de madeira, de marce- neiro(a), de operador(a) de máquinas de primeira trans- formação de madeira e de carpinteiro(a)/carpinteiro(a) de limpos está dependente da manutenção das com- petências, através da actualização científica e técnica obtida pelo preenchimento cumulativo das seguintes condições, durante o período de validade do CAP:

a) Exercício profissional de pelo menos três anos, comprovado nos termos do n.

o

7.

o

da presente portaria;

b) Formação contínua de actualização considerada adequada pela entidade certificadora, através da frequência de pelo menos cem horas.

2 — A renovação dos CAP de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário e de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário está depen- dente da manutenção das competências, através da actualização científica e técnica, obtida pelo preenchi- mento cumulativo das seguintes condições, durante o período de validade do CAP:

a) Exercício profissional de pelo menos três anos, comprovado nos termos do n.

o

7.

o

da presente portaria;

b) Formação contínua de actualização considerada adequada pela entidade certificadora, através da frequência de pelo menos cento e trinta horas.

3 — O não cumprimento das condições exigidas na alínea a) dos n.

os

1 e 2, para efeitos de renovação do CAP, implica a frequência de formação contínua de actualização, com a duração mínima de trinta horas e considerada adequada pela entidade certificadora.

4 — O não cumprimento da totalidade da formação necessária para a renovação do CAP prevista na alínea b) dos n.

os

1 e 2 implica a frequência de formação contínua de actualização que permita completar a carga horária preconizada, acrescida de vinte horas e considerada ade- quada pela entidade certificadora.

5 — Os candidatos devem solicitar a renovação do certificado de aptidão profissional nos 90 dias anteriores à data da sua caducidade, nos termos definidos no manual de certificação.

20.

o

Perfis profissionais

Os perfis profissionais referenciados no n.

o

1.

o

e cujas normas de certificação constituem objecto da presente portaria são publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, por iniciativa dos serviços competentes para o efeito.

21.

o

Modelo de certificado de aptidão profissional

Os CAP de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário, de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário, de operador(a) de máquinas de segunda transformação de madeira, de marce- neiro(a), de operador(a) de máquinas de primeira trans- formação de madeira e de carpinteiro(a)/carpinteiro(a) de limpos devem obedecer ao modelo de CAP que cons- titui anexo do presente diploma.

22.

o

Disposições transitórias

1 — Os candidatos que tenham concluído, com apro- veitamento, cursos de formação profissional considera- dos adequados pela entidade certificadora ou os venham a iniciar até um ano após a entrada em vigor da presente portaria podem solicitar a emissão do competente CAP com base no certificado relativo à formação concluída.

2 — Os candidatos à certificação de técnico(a) de desenho de construções em madeira e mobiliário e de técnico(a) de acabamento em madeira e mobiliário pela via da experiência podem aceder ao CAP desde que possuam o 9.

o

ano de escolaridade ou equivalente e tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação previsto no n.

o

17.

o

da presente portaria.

3 — Os candidatos à certificação de operador(a) de máquinas de segunda transformação de madeira, de marceneiro(a), de operador(a) de máquinas de primeira transformação de madeira e de carpinteiro(a)/carpin- teiro(a) de limpos pela via da experiência podem aceder ao CAP desde que possuam a escolaridade obrigatória e tenham obtido aproveitamento no processo de ava- liação previsto no n.

o

17.

o

da presente portaria.

4 — Os candidatos podem solicitar a emissão do res- pectivo CAP, com base no disposto no n.

o

1, ou can- didatar-se à certificação pela via da experiência, com base no disposto nos n.

os

2 e 3, durante um período de três anos após a entrada em vigor do presente diploma.

23.

o

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor decorridos 90 dias após a data da sua publicação.

O Secretário de Estado do Trabalho, Luís Miguel Pais

Antunes, em 14 de Abril de 2003.

(9)

ANEXO

Portaria n.

o

466/2003

de 6 de Junho

O Decreto-Lei n.

o

95/92, de 23 de Maio, definiu o regime jurídico da certificação profissional relativa à formação inserida no mercado de emprego, na sequência dos princípios consagrados no Decreto-Lei n.

o

401/91, de 16 de Outubro, sobre o enquadramento legal da for- mação profissional.

O Decreto Regulamentar n.

o

68/94, de 26 de Novem- bro, previsto no artigo 11.

o

do referido Decreto-Lei n.

o

95/92, veio instituir as normas gerais para a obtenção de certificados de aptidão profissional, aplicáveis às vias da formação, da experiência e da equivalência de cer- tificados ou outros títulos emitidos em Estados membros da União Europeia ou em países terceiros.

Sendo a construção civil e obras públicas (CCOP) um sector estratégico para a economia, quer pelo volume de emprego que absorve quer pelo que representa em percentagem do PIB português, a problemática da qua- lificação profissional dos trabalhadores do sector assume particular relevância.

A actividade económica genericamente designada por construção civil e obras públicas, ou simplesmente cons- trução, engloba tanto a construção de obra nova como a sua demolição, reabilitação e conservação, sendo, em termos de produção, composta pelo subsector das obras públicas ou de engenharia civil, segmento de capital intensivo, e pelo subsector da construção de edifícios residenciais e não residenciais, segmento de trabalho intensivo.

Em termos de mercado de trabalho, o primeiro sub- sector oferece condições atractivas em termos de remu-

neração, locais físicos de produção, prémios e gratifi- cações, e o segundo, onde existem condições de trabalho mais penosas, remunerações mais baixas e uma forte taxa de sinistralidade.

É nesta dupla segmentação que podem ser encon- trados muitos dos factores explicativos da atracção e da repulsão em termos de emprego no sector da cons- trução civil e obras públicas.

A intervenção do Sistema Nacional de Certificação Profissional (SNCP) neste sector da construção civil e obras públicas visa contribuir para o aumento da qua- lificação e desenvolvimento dos profissionais, da com- petitividade das empresas e da qualidade dos produtos e mercados da construção.

A comissão técnica especializada construção civil e obras públicas decidiu avançar prioritariamente com a certificação das figuras profissionais às quais está asso- ciado o nível 3 de qualificação da formação, nomea- damente o(a) técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], o(a) técnico(a) de topografia, o(a) técnico(a) de medi- ções e orçamentos e o(a) técnico(a) de desenho da cons- trução civil que correspondem a funções de elevada tec- nicidade desempenhadas de forma autónoma, embora enquadradas em directivas gerais, e que incluem res- ponsabilidades de orientação e coordenação.

Tal decisão deve-se ao facto de a estas profissões estarem associadas actividades estratégicas relacionadas com a área de estudos e projectos e de planeamento e gestão/condução de obra, para as quais se exige uma qualificação especializada em que as competências pes- soais de acção, gestão e liderança são muito valorizadas.

Para este nível funcional, do qual depende muita da operacionalidade das empresas do sector e do desen- volvimento de cada obra, é necessário disponibilizar for- mação adequada que permita a estes profissionais uma constante adaptação a novos níveis de produtividade e a novas tecnologias.

O SNCP prevê, para o acesso à certificação profis- sional por via da formação de qualificação inicial de nível 3, relativo à tabela de níveis de formação da União Europeia, de acordo com a Decisão do Conselho n.

o

85/368/CEE, de 16 de Julho, o 12.

o

ano de esco- laridade.

No entanto, e como a grande maioria dos profissionais deste sector possui habilitações escolares iguais ou infe- riores ao 3.

o

ciclo do ensino básico, tornou-se necessário, durante um período transitório, criar mecanismos de facilitação do reconhecimento dos saberes adquiridos para efeitos de certificação pela via da experiência, para os activos a exercer a sua actividade no sector da cons- trução civil e obras públicas há já algum tempo.

Tal reconhecimento poderá ser realizado pelos ser- viços competentes para o efeito, dando oportunidade aos profissionais da construção menos escolarizados de verem reconhecidas, validadas e certificadas as compe- tências e conhecimentos que foram adquirindo ao longo do seu percurso de vida.

A determinação e a configuração das figuras profis-

sionais abrangidas por este diploma e as respectivas nor-

mas de certificação foram amplamente debatidas entre

a Administração Pública e os parceiros sociais, no

âmbito da comissão técnica especializada construção

civil e obras públicas, e mereceram a aprovação da

Comissão Permanente de Certificação em 18 de Abril

de 2002.

(10)

Assim:

Nos termos do n.

o

3 do artigo 11.

o

do Decreto-Lei n.

o

95/92, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Trabalho, o seguinte:

1.

o

Objecto

A presente portaria tem como objecto estabelecer as normas relativas às condições de emissão dos cer- tificados de aptidão profissional, adiante designados por CAP, e de homologação dos respectivos cursos de for- mação profissional, relativas aos perfis profissionais de:

a) Técnico(a) de obra [condutor(a) de obra];

b) Técnico(a) de topografia;

c) Técnico(a) de medições e orçamentos;

d) Técnico(a) de desenho da construção civil.

2.

o

Definição de conceitos

1 — Relativamente a designações e conteúdos pro- fissionais, entende-se por:

a) «Técnico(a) de obra [condutor(a) de obra]» o(a) profissional que participa no planeamento e organização de trabalhos de construção civil e obras públicas e orienta e controla a sua exe- cução em obra;

b) «Técnico(a) de topografia» o(a) profissional que efectua trabalhos topográficos tendo em vista a elaboração de plantas, cartas, mapas e apoios topométricos destinados à preparação e orientação de trabalhos de construção civil e obras públicas, quer na fase de projecto quer na fase de execução da obra;

c) «Técnico(a) de medições e orçamentos» o(a) profissional que determina as quantidades e os custos de materiais, de mão-de-obra, de equi- pamentos e de serviços necessários para a exe- cução de uma obra;

d) «Técnico(a) de desenho da construção civil»

o(a) profissional que executa desenhos relativos aos projectos de construção civil.

2 — Relativamente a tipos de formação, entende-se por:

a) «Formação de qualificação inicial» todas as for- mações que permitem a aquisição do conjunto de competências definidas nos perfis profissio- nais correspondentes aos CAP estabelecidos no n.

o

1.

o

da presente portaria;

b) «Formação complementar específica» todas as formações que visem a obtenção das compe- tências em falta, por referência ao conjunto de competências definidas no perfil profissional a cujo CAP o indivíduo se candidata, de acordo com as situações identificadas no n.

o

8.

o

da pre- sente portaria;

c) «Formação contínua de actualização» todas as formações que visam a actualização científica e técnica de competências dos activos certifi- cados para efeitos de renovação do CAP nos termos definidos no n.

o

17.

o

da presente por- taria.

3.

o

Entidade certificadora

O Instituto do Emprego e Formação Profissional, adiante designado por IEFP, é a entidade certificadora com competência para emitir os CAP relativos aos perfis profissionais identificados no n.

o

1.

o

, assim como para homologar os cursos de formação profissional.

4.

o

Manual de certificação

1 — O IEFP, enquanto entidade certificadora, deve elaborar, desenvolver e divulgar um manual de certi- ficação que descreva os procedimentos relativos à apre- sentação e avaliação das candidaturas, à emissão dos CAP referentes aos perfis profissionais identificados no n.

o

1.

o

e à homologação dos respectivos cursos de for- mação profissional.

2 — O manual de certificação poderá ainda descrever as condições em que as entidades formadoras poderão proceder à análise e creditação de formações parciais e de qualificações já detidas pelos formandos para posi- cionamento nos percursos formativos.

5.

o

Requisitos de acesso ao CAP

Os CAP previstos no n.

o

1.

o

da presente portaria podem ser obtidos por candidatos que detenham o ensino secundário completo ou equivalente e estejam numa das seguintes situações:

a) Tenham concluído com aproveitamento curso de formação de qualificação inicial respectiva- mente de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], de técnico(a) de topografia, de técnico(a) de medições e orçamentos e de técnico(a) de desenho da construção civil, homologado nos termos definidos no presente diploma;

b) Tenham concluído com aproveitamento curso de formação complementar específica organi- zada para colmatar as competências em falta, por referência às definidas no perfil profissional;

c) Tenham exercido, pelo menos durante cinco anos, actividade profissional no sector da cons- trução civil e obras públicas, sendo no mínimo dois anos seguidos na profissão correspondente ao CAP a que se candidatam e tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação pre- visto no n.

o

15.

o

da presente portaria;

d) Sejam detentores de certificados ou de outros títulos emitidos no âmbito da União Europeia ou, em caso de reciprocidade de tratamento, em países terceiros que titulem competências idênticas às preconizadas nos perfis profissio- nais.

6.

o

Candidatura ao CAP

1 — Os procedimentos relativos à apresentação das

candidaturas ao CAP, nomeadamente local, prazos e

documentação necessária, devem ser estabelecidos no

manual de certificação.

(11)

2 — Pode ser exigido ao candidato comprovação da actualização de competências quando o título que fun- damenta a certificação, quer pela via da formação homo- logada quer pela via da equivalência de títulos, tiver sido emitido há mais de cinco anos.

7.

o

Comprovação do exercício profissional

A comprovação do tempo de exercício profissional é feita mediante a apresentação de documento da segu- rança social ou das finanças complementado por decla- ração emitida pelas entidades empregadoras ou asso- ciações sindicais ou patronais em que esteja explicitada a respectiva profissão/categoria profissional e o corres- pondente tempo de exercício ou outro documento igual- mente comprovativo destas informações.

8.

o

Formação complementar específica

1 — Podem ter acesso à formação complementar específica os candidatos que estejam numa das seguintes situações:

a) Não tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação previsto no n.

o

15.

o

da presente portaria;

b) Sejam titulares de um dos CAP referidos no n.

o

1.

o

da presente portaria;

c) Detenham formações parciais e qualificações consideradas relevantes pela entidade certifica- dora, de acordo com os perfis profissionais a que se refere a presente portaria.

2 — A duração da formação complementar específica e os respectivos conteúdos programáticos fundamentais devem ser organizados em função das competências detidas por cada candidato por forma a permitir a obten- ção das restantes competências definidas no perfil profissional.

3 — O IEFP, como entidade certificadora, poderá atribuir à entidade formadora, nas condições previstas no manual de certificação mencionado no n.

o

4.

o

, com- petência para proceder à análise e creditação das for- mações parciais e qualificações já detidas pelo for- mando.

9.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra]

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de obra [con- dutor(a) de obra] deve ser organizado de forma a per- mitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a mil e quinhentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra] deve integrar uma com- ponente teórica e uma componente prática a desen- volver em contexto de formação e em contexto real de

trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto for- mativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Informática na óptica do utilizador;

Domínio científico-tecnológico:

Geologia;

Matemática;

Física;

Desenho técnico de construção civil;

Topografia;

Medições e orçamentos;

Técnicas de planeamento e organização;

Tecnologia da construção e processos cons- trutivos;

Materiais de construção;

Equipamentos e meios auxiliares;

Organização e planeamento dos estaleiros;

Saneamento básico;

Comunicação e relações interpessoais;

Gestão de stocks;

Normas, legislação e regulamentos aplicáveis ao sector;

Prevenção, segurança e higiene no trabalho;

Controlo de qualidade;

Resistência de materiais;

Betão armado e pré-esforçado.

10.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de topografia

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de topografia deve ser organizado de forma a permitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a mil e quinhentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de técnico(a) de topografia deve integrar uma componente teórica e uma componente prática a desenvolver em contexto de formação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Informática na óptica do utilizador;

Domínio científico-tecnológico:

Matemática;

Física;

Geometria descritiva;

Inglês técnico;

(12)

Topografia;

Cartografia;

Desenho topocartográfico;

Preparação e planeamento de obras;

Geodesia e fotogrametria;

Geologia;

Informática aplicada à topografia e carto- grafia;

Materiais, equipamentos e processos cons- trutivos;

Desenho da construção civil;

Medições;

Orçamentação;

Cadastro e legislação;

Urbanismo e ordenamento do território;

Normas, legislação e regulamentos aplicáveis ao sector;

Prevenção, segurança e higiene no trabalho;

Comunicação e relações interpessoais.

11.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de medições e orçamentos

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de medições e orçamentos deve ser organizado de forma a permitir a obtenção das competências definidas no perfil pro- fissional, o que aponta para durações não inferiores a mil e quinhentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de técnico(a) de medições e orçamentos deve integrar uma compo- nente teórica e uma componente prática a desenvolver em contexto de formação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto formativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Informática na óptica do utilizador;

Domínio científico-tecnológico:

Inglês técnico;

Desenho técnico da construção civil;

Medições;

Orçamentação;

Topografia;

Preparação e planeamento de obras;

Organização de projectos;

Materiais, equipamentos e processos cons- trutivos;

Informática aplicada às medições e orçamen- tação;

Normas, legislação e regulamentos aplicáveis ao sector;

Prevenção, segurança e higiene no trabalho;

Comunicação e relações interpessoais.

12.

o

Homologação de cursos de formação de qualificação inicial de técnico(a) de desenho da construção civil

1 — Para efeitos de homologação, o curso de for- mação de qualificação inicial de técnico(a) de desenho

da construção civil deve ser organizado de forma a per- mitir a obtenção das competências definidas no perfil profissional, o que aponta para durações não inferiores a mil e quinhentas horas, e respeitar as demais condições definidas no manual de certificação.

2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o curso de formação de qualificação inicial de técnico(a) de desenho da construção civil deve integrar uma com- ponente teórica e uma componente prática a desen- volver em contexto de formação e em contexto real de trabalho, ter em conta a modalidade e o contexto for- mativo e utilizar como orientação o seguinte referencial:

Domínio sócio-cultural:

Desenvolvimento pessoal, profissional e social;

Legislação laboral e da actividade profissional;

Informática na óptica do utilizador;

Domínio científico-tecnológico:

Inglês técnico;

Matemática;

Física;

Desenho geométrico;

Geometria descritiva;

Desenho técnico da construção civil;

Desenho assistido por computador;

Maquetagem;

Topografia;

Organização de projectos de construção civil;

Preparação e planeamento de obras;

Materiais, equipamentos e processos cons- trutivos;

Comunicação e relações interpessoais;

Resistência de materiais;

Medições e orçamentos;

Prevenção, segurança e higiene no trabalho;

Normas, legislação e regulamentos aplicáveis ao sector.

13.

o

Nível de qualificação

Os cursos de formação profissional de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], de técnico(a) de topografia, de técnico(a) de medições e orçamentos e de técnico(a) de desenho da construção civil enquadram-se no nível 3 de qualificação relativo à tabela de níveis de formação da União Europeia, de acordo com a Decisão do Con- selho n.

o

85/368/CEE, de 16 de Julho.

14.

o

Provas de avaliação — Via da formação

1 — No final dos cursos de formação, os formandos são submetidos a provas de avaliação final, perante júri tripartido, de acordo com o disposto no artigo 11.

o

do Decreto Regulamentar n.

o

68/94, de 26 de Novembro, e em conformidade com o manual de certificação.

2 — As provas de avaliação referidas no número ante-

rior devem incluir uma prova teórico-prática, a fim de

verificar se o candidato detém os conhecimentos e as

competências definidas no perfil profissional, de acordo

com o manual de certificação.

(13)

15.

o

Processo de avaliação — Via da experiência profissional

1 — A obtenção do CAP pela via da experiência pro- fissional está dependente da comprovação de que foram adquiridas as competências definidas no perfil profis- sional a cujo CAP o indivíduo se candidata.

2 — O processo de avaliação pode integrar:

a) Análise curricular efectuada pela entidade cer- tificadora;

b) Entrevista técnica aos candidatos, efectuada pela entidade certificadora ou, quando tal se justificar, pelo júri tripartido;

c) Prova teórico-prática, perante júri tripartido.

16.

o

Validade do CAP

Os CAP referidos no n.

o

1.

o

do presente diploma são válidos por um período de oito anos.

17.

o

Renovação do CAP

1 — A renovação dos CAP referidos no n.

o

1.

o

do presente diploma está dependente da manutenção das competências, através da actualização científica e técnica obtida pelo preenchimento cumulativo das seguintes condições, durante o período de validade do CAP:

a) Exercício profissional de pelo menos três anos, comprovado nos termos do n.

o

7.

o

da presente portaria;

b) Formação contínua de actualização considerada adequada pela entidade certificadora, através da frequência de pelo menos cento e trinta horas.

2 — Sem prejuízo da alínea b) do número anterior, o não cumprimento das condições exigidas na alínea a) do mesmo número, para efeitos de renovação do CAP, implica a frequência de formação contínua de actua- lização, com a duração mínima de trinta horas, e con- siderada adequada pela entidade certificadora.

3 — O não cumprimento da totalidade da formação de actualização científica e técnica necessária para a renovação do CAP prevista na alínea b) do n.

o

1 implica a frequência de formação que permita completar a carga horária preconizada, acrescida de vinte horas de for- mação contínua de actualização considerada adequada pela entidade certificadora.

4 — Os candidatos devem solicitar a renovação do CAP nos 90 dias anteriores à data da sua caducidade, nos termos definidos no manual de certificação.

18.

o

Perfis profissionais

Os perfis profissionais referenciados no n.

o

1.

o

e cujas normas de certificação constituem objecto da presente portaria serão publicados no Boletim do Trabalho e Emprego, por iniciativa dos serviços competentes para o efeito.

19.

o

Modelo de CAP

Os CAP de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], de técnico(a) de topografia, de técnico(a) de medições e orçamentos e de técnico(a) de desenho da construção civil devem obedecer ao modelo de CAP que constitui anexo do presente diploma.

20.

o

Disposições transitórias

1 — Os candidatos que tenham concluído com apro- veitamento cursos de formação considerados adequados pela entidade certificadora ou os venham a iniciar até um ano após a entrada em vigor da presente portaria podem solicitar a emissão do competente CAP com base no certificado relativo à formação concluída.

2 — Os candidatos à certificação de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], de técnico(a) de topografia, de técnico(a) de medições e orçamentos e de técnico(a) de desenho da construção civil pela via da experiência profissional podem ter acesso ao CAP desde que reúnam os seguintes requisitos:

a) Possuam o 9.

o

ano de escolaridade ou equi- valente;

b) Tenham exercido, pelo menos durante cinco anos, actividade profissional no sector da cons- trução civil e obras públicas, sendo no mínimo dois anos seguidos na profissão correspondente ao CAP a que se candidatam;

c) Tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação previsto no n.

o

15.

o

da presente portaria.

3 — Podem ainda ter acesso ao CAP de técnico(a) de obra [condutor(a) de obra], de técnico(a) de topo- grafia, de técnico(a) de medições e orçamentos e de técnico(a) de desenho da construção civil pela via da experiência profissional os candidatos que reúnam os seguintes requisitos:

a) Possuam a escolaridade mínima obrigatória;

b) Tenham exercido, pelo menos durante oito anos, actividade profissional no sector da cons- trução civil e obras públicas, sendo no mínimo três anos seguidos na profissão correspondente ao CAP a que se candidatam;

c) Tenham obtido aproveitamento no processo de avaliação previsto no n.

o

15.

o

da presente portaria.

4 — Os candidatos podem solicitar a emissão do res- pectivo CAP com base no disposto no n.

o

1 ou can- didatar-se à certificação pela via da experiência com base no disposto nos n.

os

2 ou 3, por um período de três anos após a entrada em vigor deste diploma.

21.

o

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor decorridos 90 dias após a data da sua publicação.

O Secretário de Estado do Trabalho, Luís Miguel Pais

Antunes, em 14 de Abril de 2003.

Referências

Documentos relacionados

Os maiores coeficientes da razão área/perímetro são das edificações Kanimbambo (12,75) e Barão do Rio Branco (10,22) ou seja possuem uma maior área por unidade de

Leite 2005 avaliou duas hipóteses: a diferentes tempos de condicionamento com AFL não influenciariam nos valores de resistência de união entre uma cerâmica e um cimento resinoso; b

A revisão das produções sobre matriciamento em saúde mental apontou os seguintes eixos: dificuldades na articulação da rede de cuidados e fatores que dificultam o desenvolvimento

O presente estudo tem como objetivo avaliar se o uso de um munhão personalizado é capaz de facilitar a remoção do excesso de cimento após a cimentação de

Não só o crack, mas também as drogas de modo geral, e incluem-se aqui também as chamadas drogas lícitas tais como álcool e tabaco, são considerados um

Nos Estados Unidos da América EUA, elas representam cerca de 133 milhões, as quais contribuem para 7 a 10% da mortalidade a cada ano, resultam num gasto dispendido para a saúde de

Para modelação e ajuste do viés arbitral foi usado regressão logística binária sendo “audiência” (público no estádio) e taxa de ocupação, posse de

A operacionalização da implantação do apoio matricial às equipes de Saúde da Família, segundo Relatório do Planejamento da Gestão atual da Saúde Mental se deu