abandonadas e o deserto do Kazaquistão, tendo como

Em excelentes condições para figurar ^num auto show, o ^Land Rover Discovery que ^ostenta a orgulhosa marca de ser o número um milhão a sair da linha de produção, apresentou-se no Auto Show de _Pequim depois de ter ^feito uma longa viagem, desde ^o Reino Unido até à China.

Tudo _começou a 29 de Fevereiro quando ^rolou para ^fora da linha de _{produção, pronto} a angariar ^dinheiro para caridade,

empreendendo para ^esse objectivo uma viagem intercontinen- tal. Uma equipa de condutores faria a viagem de mais de

1

6.000 Km, parando em locais como Chernobyl, ^{bases sovié-}

ticas abandonadas e o deserto do Kazaquistão, tendo como

destino final o Auto Show de Pequim.

A viagem foi uma recriação da _{rota que a} "First Overland _Expe- difion" seguiu cem

955, embora esta tenha sido desviada de Pequim para Singapura, por ^motivos políticos.

O objectivo de angariar ^um milhão de Libras, parece que ainda é uma marca a atingir. Não houve nenhum press release da companhia, até ao momento, a divulgar que quantia é que an- gariaram, ^{mas existe um link} para que quem quiser contribuir, o possa fazer, o que ^{é um} indicativo de que ainda não ^conse- guiram esse objectivo. Os donativos irão para a Federação ^In- ternacional da Cruz Vermelha _e para ^{o Crescente} Vermelho, embora não _seja inteiramente clara uma data para ^{o fim} da campanha.

INo total, a viagem ^visitou 78 cidades e percorreu ^mais de

16.000Kmem50dias.

Eventualmente, a equipa chegou ao Mar Arai, onde grandes barcos apodrecem abandonados no gigantesco ^leito marin- ho, criado pela crónica sobrexploração dos seus rios tribu- tários, há 50 anos atrás. Ainda _assim, numa história de recu- peração, ^{os seus} habitantes, pescam agora ^num pequeno lago que ^{se encheu} novamente, guardando a pescaria para repovoar uma outra região, num esforço para restabelecer o arruinado ecossistema.

Daqui ^em diante, a arquitectura ^islâmica espalha-se pelo horizonte, ^tal como a Estrada da Seda e a Rota das _Especi- arias se estendiam em direcção à China.

E

assim, em direcção ao Sul, depois de mais 9.600 Km chegou a barreira da fronteira final.

Os 3,752 m do desfiladeiro de Torugart ^{Pass estiveram} perto de repetir ^{os motivos} de bloqueio que forçaram a expedição original ^{"Land Rover} overland expedition" ^em

956, a diver- gir para Singapura, pelo que foi um alívio chegar a Turpan, o primeiro grande ponto de paragem ^na China.

As dunas do deserto de Taklamakan apresentaram-se como um parque de diversões para o mais aventureiro dos clubes de off-road da China, antes da Grande Muralha.

E

quando as rodas do milionésimo Land Rover Discovery ro-

laram pelo infame pavimento da Praça Tiananmen, a ^missão

estava completa. Sem um risco, mas cozinhado na lama da

aventura, ^esta viagem de "um-num-milhão" tinha terminado..

A VIAGEM ORIGINAL

O Verão eslava à porta, porque não descurtinar uma aventura?

Em

955, seis, na altura recém-graduados das universidades de Oxford e Cambridge, fizeram _justamente isso e dispuseram-se a realizar a primeira viagem por terra de ^Lon- dres a _Singapura. Do grupo faziam parte Henry Nott (Mecânico chefe, Cambridge), Nigel Newbury (Conlrameste e mecânico, Oxford), Adrian Cowell (Gestor de _negócios, Cam- bridge), ^Patrick Murphy (Navegador, Cambridge), Anton

"B.B." Barringfon-Brown (Operador de câmera, Cambridge), e Tim Slessor (Escritor e assistente de operador de câmera, Cam- bridge).

Seria uma das maiores viagens a percorrer meio mundo por terra, do Canal da Mancha a Singapura. Sabiam que várias expedições já tinham tentado, e falhado. Algumas chegaram até aos desertos da _Pérsia;

outras poucas, conseguiram até chegar ^ás planícies da índia. Mas daí em diante nin- guém ^tinha passado: pelas selvas montanhosas de Assam e através do Norte da Birmâ- nia até à Tailândia e Malásia.

Nos últimos 4,800

pare- ciam existir "demasiados rios e estradas a menos". Mas realmente ninguém sabia... De facto, os seus problemas começaram ^{muito antes.} Como simples estu- dantes, não tinham dinheiro, veículos, nada. Mas com uma ati- tude audaciosa, que ^se tornaria uma característica, começaram a pesquisar e a conspirar. ^Em primeiro lugar, conseguiram que a BBC lhes desse película para ^uma possível série de TV. Depois, gentilmente "persuadiram" a ^Rover a passar-lhes para ^as mãos, dois novinhos Land Rovers, saidos da fábrica. Com falinhas mansas, conseguiram até que ^um editor lhes desse um adianta- mento pelo livro que iriam escrever. Por altura da partida, os seus patrocinadores (mais de 80) iam deste destilarias de whis- key a fabricantes de baldes. No final de

955, arrancaram.

A _equipa voou por cima do Canal, _viajou através de França, be-

bendo chá na base da Torre Eiffel. Depois seguiu pela Ale-

manha, Jugoslávia, Grécia _{e Turquia.} Passearam por antigas

ruínas na Síria, aprenderam a faze ski aquático no Líbano. Ao

exército iraniano demonstraram as capacidades dos Land

Rovers, viajaram através do _Paquistão até à índia, onde visita-

ram o Taj Mahal e as plantações de chá de Darjeeling. Depois,

até ao anteriormente inacessível Nepal e através àa selvas da

Birmânia. Por causa de emboscadas de bandidos, foram es-

coltados por soldados até à Malásia, a quem tiveram que repa-

rar o Jeep. Sete meses e

9,300 ^Km depois, dois muito maltrata-

dos Land Rovers, escoltados pela polícia, entraram em Singa-

pura debaixo de flahes e champanhe.