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Pressão AtmosféricaPressão Atmosférica

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Academic year: 2022

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(1)

Pressão Atmosférica Pressão Atmosférica

Prof. Dr. Emerson Galvani Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Laboratório de Climatologia e

Biogeografia – LCB Biogeografia – LCB

Universidade de São Paulo Universidade de São Paulo Departamento de Geografia Departamento de Geografia

FLG 0253 - Climatologia I

FLG 0253 - Climatologia I

(2)

Questão motivadora:

Questão motivadora:

 Observamos até o momento que a radiação solar, temperatura e

umidade relativa do ar

apresentam um momento de valor máximo e um momento de valor

mínimo ao longo do dia.

 A pressão atmosférica apresenta

dois momentos de máximo e dois

momentos de mínimo ao longo de

um dia, saberia explicar porque?

(3)

PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 O ar exerce uma força sobre as superfícies com as quais tem

contato, devido ao contínuo

bombardeamento das moléculas que compõem o ar contra tais

superfícies.

 Torricelli em 1643 conseguiu medir

o “peso” do ar pela primeira vez.

(4)

PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 A pressão atmosférica em uma dada posição é usualmente

definida como o peso por

unidade de área da coluna de ar acima desta posição.

 No nível do mar uma coluna

padrão de ar com base de 1 cm

2

pesa um pouco mais que 1 kg.

(5)

PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 Tal pressão equivaleria a uma carga de mais de 500 toneladas sobre um

telhado de 50m

2

.

 Por que o telhado não desaba? Porque a pressão do ar em qualquer ponto não

atua apenas para baixo, mas é a mesma em todas as direções: para cima, para

baixo e para os lados. Portanto, a pressão

do ar por baixo do telhado contrabalança

a pressão sobre o telhado.

(6)

PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 À medida que a altitude aumenta, a pressão diminui, pois diminui o peso da coluna de ar acima. Como o ar é compressível, diminui também a

densidade com a altura, o que contribui para diminuir ainda mais o peso da

coluna de ar à medida que a altitude aumenta. Inversamente, quando a

altitude diminui, aumenta a pressão e a

densidade.

(7)

VARIAÇÃO COM A ALTITUDE VARIAÇÃO COM A ALTITUDE

 A variação vertical da pressão e

densidade é muito maior que a variação horizontal e temporal. Para determinar a variação média vertical da pressão,

consideremos uma atmosfera idealizada que representa a estrutura média

horizontal e temporal da atmosfera, na qual as forças verticais estão em

equilíbrio. A figura a seguir mostra a

variação da pressão da atmosfera padrão

com a altitude.

(8)

VARIAÇÃO COM A ALTITUDE VARIAÇÃO COM A ALTITUDE

A Patm é expressa no SI (Sistema

Internacional) em kPa (quilo Pascal) mas pode ser

representada também em:

1 ATM = 760 mmHg =

1.013,3 mb =

1013,3 hPa =

101,33 kPa

(9)

 Para converter a Pressão Atmosférica (Patm) de mb (milibar) para mmHg (milímetros de mercúrio), considere:

 Patm = 760 mmHg

 Patm = 1013, 3 mb

 760/1013,3 = 0,75

 Ou seja de mmHg para mb/hPa

basta dividir por 0,75 e vice-versa.

(10)

VARIAÇÃO DA PATM COM A ALTITUDE VARIAÇÃO DA PATM COM A ALTITUDE

Altitude (m) Pressão atmosférica

(mmHg)

Altitude (m) Pressão atmosférica

(mmHg)

0 760 1200 658

200 742 1400 642

400 724 1600 627

600 707 1800 612

800 690 2000 598

1000 674 3000 527

(11)

PRESSÃO ATMOSFÉRICA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

 Em regiões montanhosas as diferenças Em regiões montanhosas as diferenças

na pressão da superfície de um local para na pressão da superfície de um local para

outro são devidas principalmente a outro são devidas principalmente a

diferenças de altitudes.

diferenças de altitudes.

 Para isolar a parcela do campo de Para isolar a parcela do campo de

pressão que é devida à passagem de pressão que é devida à passagem de

sistemas de tempo, é necessário

sistemas de tempo, é necessário reduzir reduzir as pressões a um nível de referência as pressões a um nível de referência

comum, geralmente o nível do mar

comum, geralmente o nível do mar . .

(12)

VARIAÇÕES HORIZONTAIS VARIAÇÕES HORIZONTAIS

* A pressão atmosférica difere de um local para outro e nem

sempre devido a diferenças de altitude. Quando a redução ao nível do mar é efetuada, a

pressão do ar ainda varia de um

lugar para outro e flutua de um

dia para outro e mesmo de hora

em hora.

(13)

VARIAÇÕES HORIZONTAIS VARIAÇÕES HORIZONTAIS

*Em latitudes médias o tempo é dominado por uma

*Em latitudes médias o tempo é dominado por uma contínua

contínua procissão procissão de diferentes massas de ar que de diferentes massas de ar que trazem junto mudanças na pressão atmosférica e trazem junto mudanças na pressão atmosférica e mudanças no tempo. Em geral, o tempo torna-se mudanças no tempo. Em geral, o tempo torna-se

tempestuoso quando a pressão cai e bom quando tempestuoso quando a pressão cai e bom quando

pressão sobe. Uma

pressão sobe. Uma massa de ar massa de ar é um volume é um volume enorme de ar que é relativamente uniforme enorme de ar que é relativamente uniforme (horizontalmente) quanto à temperatura e à (horizontalmente) quanto à temperatura e à

concentração de vapor d’água.

concentração de vapor d’água. Por que algumas Por que algumas massas de ar exercem maior pressão que

massas de ar exercem maior pressão que outras?

outras? Uma razão são as diferenças na Uma razão são as diferenças na

densidade do ar, decorrentes de diferenças na densidade do ar, decorrentes de diferenças na

temperatura ou no conteúdo de vapor d’água, ou temperatura ou no conteúdo de vapor d’água, ou

ambos. Via de regra, a temperatura tem uma ambos. Via de regra, a temperatura tem uma

influência muito maior sobre a pressão que o influência muito maior sobre a pressão que o

vapor d’ água.

vapor d’ água.

(14)

a) INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DO VAPOR D’ÁGUA

 A maior presença de vapor d’água no ar diminui a densidade do ar porque o

peso molecular da água (18,016

kg/mol) é menor que o peso molecular

médio do ar (28,97 kg/mol). Portanto,

em iguais temperaturas e volumes,

uma massa de ar mais úmida exerce

menos pressão que uma massa de ar

mais seca.

(15)

a) INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DO VAPOR D’ÁGUA

 Mudanças na pressão podem dever-se à

advecção de massa de ar ou à modificação de massa de ar. A modificação de uma massa de ar (mudanças na temperatura e/ou

concentração de vapor d’água) pode ocorrer quando a massa de ar se desloca sobre

diferentes superfícies (neve, solo aquecido,

oceano, etc...) ou por modificação local, se a

massa é estacionária.

(16)

VARIAÇÕES HORIZONTAIS VARIAÇÕES HORIZONTAIS

*b) DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA *b) DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA

Além das variações de pressão causadas Além das variações de pressão causadas

por variações de temperatura e (com menor por variações de temperatura e (com menor

influência) por variações no conteúdo de influência) por variações no conteúdo de

vapor d’água, a pressão do ar pode também vapor d’água, a pressão do ar pode também

ser influenciada por padrões de circulação ser influenciada por padrões de circulação

que causam divergência ou convergência que causam divergência ou convergência

do ar. Suponha, por exemplo, que na do ar. Suponha, por exemplo, que na

superfície da Terra, ventos horizontais superfície da Terra, ventos horizontais

soprem rapidamente a partir de um ponto, soprem rapidamente a partir de um ponto,

como mostrado na figura a seguir como mostrado na figura a seguir

(esquerda). Esta situação configura (esquerda). Esta situação configura

divergência

divergência de ar (horizontal). de ar (horizontal).

(17)

VARIAÇÕES HORIZONTAIS

VARIAÇÕES HORIZONTAIS

(18)

VARIAÇÕES HORIZONTAIS VARIAÇÕES HORIZONTAIS

*b) DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA *b) DIVERGÊNCIA E CONVERGÊNCIA

No centro, o ar descendente toma o lugar No centro, o ar descendente toma o lugar do ar divergente. Se a divergência de ar na do ar divergente. Se a divergência de ar na

superfície for menor que a descida de ar, superfície for menor que a descida de ar,

então a densidade de ar e a pressão então a densidade de ar e a pressão

atmosférica aumentam.

atmosférica aumentam.

Por outro lado, suponha que na superfície ventos Por outro lado, suponha que na superfície ventos

horizontais soprem radialmente em direção a horizontais soprem radialmente em direção a

um ponto central, como na figura a direita. Este um ponto central, como na figura a direita. Este

é um exemplo de

é um exemplo de convergência convergência de ar. Se a de ar. Se a

convergência de ar na superfície for menor que convergência de ar na superfície for menor que

a subida de ar, então a densidade de ar e a a subida de ar, então a densidade de ar e a

pressão atmosférica diminuem.

pressão atmosférica diminuem.

(19)

Variação diária da pressão Variação diária da pressão

atmosférica atmosférica

A pressão atmosférica oscila entre dois máximos (as 10h e

as 22h) e dois mínimos (4h e 16h) na região tropical. Essa

oscilação é resultado da

atração gravitacional da lua.

(20)

Variação diária da pressão atmosférica Variação diária da pressão atmosférica

Um dia Um dia

(21)

Variação diária da pressão atmosférica Variação diária da pressão atmosférica

Variação diária da pressão atmosférica na estação meteorológica do LCB – USP.

(22)

Variação diária da pressão Variação diária da pressão

atmosférica atmosférica

Como sabemos a Terra realiza uma

volta em torno de si mesma a cada

24 horas e seis minutos. Mas a Lua

também se move e isso faz com que

o ciclo de marés se complete a cada

24 horas, 50 minutos e 28 segundos

em média. Como são duas marés, a

água sobe e desce a cada 12 horas,

25 minutos e 14 segundos.

(23)

Variação diária da pressão atmosférica Variação diária da pressão atmosférica O fenômeno das marés também é

observado na parte sólida do planeta, mas com menor intensidade. O solo terrestre pode elevar-se até 45

centímetros nas fases de Lua Cheia ou Nova. Mas nós não percebemos, pois tudo a nossa volta levanta junto e não temos assim uma referência.

Vamos tentar assistir ao vídeo:

http://youtu.be/9wFZUOSg9R4

(24)

Variação diária da pressão atmosférica

Variação diária da pressão atmosférica

(25)

Tábua de marés - Porto de Santos – SP Tábua de marés - Porto de Santos – SP

http://www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/

Hora e altura da maré

(26)

Variação diária da pressão atmosférica e marés

 As marés consistem do aumento periódico do nível dos oceanos. São causadas pelas forças gravitacionais do Sol e,

principalmente, da Lua. O Sol tem muito mais massa que a Lua, mas em

compensação está muito mais distante;

daí sua influência sobre a maré ser 1/3 da influência da Lua.

De modo simplificado, a maré ocorre

porque o nível dos oceanos se eleva um pouco na "direção" voltada para a Lua. A parte "oposta" também sofre uma

elevação por estar mais afastada da Lua.

(27)

Variação diária da pressão atmosférica e marés

 Com a soma dos movimentos de rotação da Terra e a revolução da Lua em torno da

Terra, em 24h e 50min podemos ter duas marés altas e duas baixas. A altura das

marés depende de vários fatores, sendo o principal a fase da Lua. As fases nova e cheia são mais intensas porque as forças

gravitacionais do Sol e da Lua se somam por estarem estes dois corpos praticamente

alinhados. As marés são então chamadas de vivas. Já nas fases crescente e minguante ocorrem as marés mortas, por serem as

diferenças entre a alta e a baixa pequenas e

às vezes inexistentes.

(28)

Variação diária da pressão atmosférica Variação diária da pressão atmosférica

e marés

e marés

(29)

Marés

 A intensidade das marés é influenciada também pelo perfil do litoral e pelas

correntes oceânicas. As amplitudes das marés têm em geral 1,5 metro, mas, em alguns lugares (baía de Fundy, no

Canadá), podem chegar a 15 metros!

As amplitudes mais altas do Brasil

ocorrem no Maranhão, com cerca de 5 metros.

A atmosfera e os continentes também apresentam efeitos de maré. Para

efeitos práticos, porém, a maré nos

continentes pode ser considerada nula.

(30)

ALTAS E BAIXAS PRESSÕES

Após a redução das pressões superficiais ao nível do mar, pode-se traçar mapas de superfície nos quais pontos com mesma

pressão atmosférica são ligados por linhas chamadas isóbaras (figura a seguir). As

letras A e B designam regiões com máximos e mínimos de pressão, respectivamente. Por razões apresentadas mais adiante uma alta é geralmente um sistema de bom tempo (sem chuva), enquanto uma baixa é geralmente sistema de tempo com chuvas ou

tempestades.

(31)

Isóbaras para a América do Sul

Isóbaras para a América do Sul

(32)

MEDIDAS DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA A pressão atmosférica é medida por

barômetros. Há 2 tipos básicos de

barômetros: mercúrio e aneróide. O mais preciso é o barômetro de mercúrio,

inventado por Torricelli em 1643. Consiste de um tubo de vidro com quase 1 m de

comprimento, fechado numa extremidade e aberto noutra, e preenchido com

mercúrio (Hg). A pressão atmosférica

média no nível do mar mede 760 mm Hg.

(33)

MEDIDAS DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro de mercúrio (esquerda fonte: www.inmet.gov.br)

(34)

MEDIDAS DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA

O barômetro aneróide - sem líquido - é menos preciso, porém mais portátil que o barômetro de mercúrio. Consiste em uma câmara de metal

parcialmente com vácuo, com uma mola no seu

interior para evitar o seu esmagamento. A câmara se comprime quando a pressão cresce e se expande

quando a pressão diminui. Estes movimentos são transmitidos a um ponteiro sobre um mostrador que está calibrado em unidades de pressão. Aneróides são freqüentemente usados em barógrafos,

instrumentos que gravam continuamente mudanças de pressão. Como a pressão do ar diminui com a

altitude, um barômetro aneróide pode ser calibrado para fornecer altitudes. Tal instrumento é um

altímetro.

(35)

MEDIDAS DE PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro aneróide (esquerda) e Barógrafo

(direita) Fonte: www.inmet.gov.br)

(36)

Barômetro e altímetro que levamos no

campo

(37)

Universidade de São Paulo - Departamento de Geografia FLG 0253: Climatologia I

Exercício 8 - Pressão atmosférica

1) O mapa hipotético abaixo indica os valores de pressão atmosférica para distintas localidades. A pressão está representada em mmHg (milímetros de mercúrio) e esta

“reduzida ao nível do mar”, ou seja o efeito da altitude foi corrigido. Trace as isóbaras em intervalos de 1 mmHg e identifique os centros de alta e baixa pressão. Comente sobre as possíveis condições de tempo atmosférico nesses centros.

Referências

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