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DataGramaZero - Revista de Informação - v.14 n.3 ago/13 ARTIGO 06

A engenharia do conhecimento auxiliando o processo de comunicação da informação científica na contemporaneidade

Knowledge engineering assisting the process of communicating scientific information in contemporary

por Erik André de Nazaré Pires

Resumo: Este trabalho apresenta uma abordagem que engloba características que visam apresentar a engenharia do conhecimento por meio da sua contribuição direta com o processo de comunicação científica, apresentando desde seus aspectos conceituais, passando pelo suporte da arquitetura da informação chegando até o cerne da produção informacional, no qual se caracteriza através da disseminação. Em linhas gerais apresenta-se como objetivo, conhecer como a engenharia do conhecimento atua no processo de disseminação informacional na web. A elaboração do trabalho é constituído por meio da pesquisa exploratória, pois esse assunto segundo a literatura consultada concentra poucos estudos realizados, alicerçado pela pesquisa de cunho bibliográfica com o intuito de fundamentar as bases teóricas da produção textual. O desenvolvimento da pesquisa constitui-se do anseio em aportar sobre a temática em questão no intuito de poder proporcionar estudos futuros com maior teor enfático e profundidade no campo da Ciência da Informação. Por fim entende-se que a engenharia do conhecimento fornece um conjunto de recursos que vão desde como a informação vai ser estruturada até o seu formato de disponibilização no segmento virtual.

Palavras-chave: Engenharia do Conhecimento; Arquitetura da Informação; Disseminação da Informação; Tecnologia da Informação e Comunicação; Comunicação Científica; Contemporaneidade.

Abstract: This article presents an approach that includes features that aim to present knowledge engineering through its direct contribution to the scholarly communication process, from presenting its conceptual, through the support of information architecture reaching into the core of information production in which is characterized by dissemination. Broadly presents itself as objective, known as knowledge engineering works in the process of disseminating informational web. The preparation of the work is made by means of exploratory research, for that matter according to literature concentrates few studies, according to the literature, based the research literature imprint in order to support the theoretical basis of textual production. The development of the research is the desire to contribute on the subject in question in order to be able to provide future studies with more emphasis and depth in the field of Information Science. Finally it is understood that the knowledge engineering provides a set of features ranging from how the information will be structured to your format available on the virtual segment.

Keywords: Knowledge Engineering, Information Architecture, Information Dissemination, Information Technology and Communication, Science Communication; Contemporary.

Introdução

As questões norteadoras que subsidiam o trabalho do bibliotecário, no século XXI, considerado como profissional da

informação, no qual tem por objetivos: organizar, gerenciar e, sobretudo disseminar a informação, seja em quaisquer tipos de Unidades de Informação (UI), Centros de Documentação e variados tipos de bibliotecas existentes. Para o

desenvolvimento eficiente e produtivo dessas concepções basilares que estão ligadas de maneira intrínseca a esse

profissional, faz-se necessário certo domínio no conhecimento e principalmente na utilização das tecnologias informacionais e comunicacionais que estão dispostas, sobremaneira na rede mundial de computadores e que fazem parte do cotidiano da maioria dos indivíduos.

Dentro da competência exigida em saber manusear tais tecnologias, no qual podemos citar: bibliotecas digitais, bases de dados, banco de dados, periódicos científicos eletrônicos, softwares de referência virtual, dentre outros recursos que estão a disposição e que se mostram necessários no uso no que tange a prática profissional do bibliotecário, haja vista que sem o conhecimento e a habilidade para saber utilizar essas ferramentas, o atendimento das necessidades informacionais dos usuários ficam comprometidas e aquém do que realmente é preciso para atender os utentes com qualidade na prestação de serviços. O bibliotecário está englobado, principalmente no que se trata de gestão informacional, por isso nessas primeiras considerações, foi mencionado as questões referentes ao posicionamento desse profissional em relação as características que o mesmo deve possuir perante ao atendimento proficiente aos usuários.

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segmento virtual. Dessa forma, o trabalho apresenta no seu tocante ao objetivo geral: conhecer como a engenharia do conhecimento atua no processo de disseminação informacional na web, e nos objetivos específicos tem-se: mostrar como as tecnologias da informação e comunicação e arquitetura da informação estão intermitentemente ligadas a esse molde de tratamento informacional na internet em tratando-se de suportes de cunho tecnológicos e ilustrar qual a importância da engenharia do comportamento em relação a organização do conhecimento no meio eletrônico.

Destarte, o percurso metodológico adotado será constituído a partir do levantamento bibliográfico, que segundo Oliveira (2008, p. 96): “ visa apresentar de modo organizado o estágio atual do desenvolvimento de um determinado assunto”, tendo por natureza o caráter de pesquisa teórico-exploratória, por justamente essa temática não ter estudos consolidados no campo da Ciência da Informação contemplando com essa prerrogativa Marconi e Lakatos (2010, p. 50) asseveram que: "São investigações de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de questões ou de um

problema, com tripla finalidade: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa, ou modificar e clarificar conceitos."

Foi selecionado o ambiente da engenharia do conhecimento, porque esta é um segmento que engloba tanto o uso de tecnologias quanto a ambiência do tradicionalismo, por se tratar de duas segmentações que estão presentes no contexto informacional, sendo que a primeira está diretamente ligada aos recursos tecnológicos disponíveis para recuperar a

informação e a segunda está direcionada a cognição do indivíduo no sentido de obter e poder gerar mais conhecimento que se configura consoante Cunha e Cavalcanti (2008, p. 101) como: “operação vital imanente que tem por efeito fazer um objeto presente no sentido ou à inteligência”, a partir da informação lida e decodificada. Complementando o tema em questão, abordaremos os assuntos: tecnologia da informação e comunicação, no propósito de se fazer um link com o tema central, arquitetura da informação, pelo fato desse assunto estar relacionado no tocante a estruturação e organização da informação, principalmente na web e comunicação científica, porque estamos vivendo em um momento de produção e disseminação informacional de forma consistente e dinâmica na atual sociedade da informação.

Engenharia do conhecimento e suas bases conceituais

Para entendermos de forma precisa e didática o conceito de engenharia, remontaremos a Ferreira (2008, p. 350), que nos explica da seguinte forma: "Aplicação de conhecimentos científicos e empíricos e certas habilitações específicas à criação de estruturas, dispositivos e processos para converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas." Podemos perceber na conceitualização adotada pelo autor que a mesma se refere a aplicação do conhecimento técnico em detrimento de tornar possível a construção de uma estruturação

(bibliotecas, prédios) que venha a subsidiar o interesse dos indivíduos, seguindo esse raciocínio, podemos aferir que a engenharia vem auxiliar no intuito de construir e consequentemente fornecer estabelecimentos de ordem devidamente estruturada e consolidada.

Para poder ter competência em: modelar, estruturar e desenvolver as práticas que levam ao produto final (que nesse caso é a obra pronta para ser utilizada), o conhecimento figura como componente auxiliar no que tange ao arcabouço técnico e teórico, muitos autores contemplam em seus estudos vários conceitos, entretanto na abordagem que sugere o artigo, adotaremos o conceito obtidos nos estudos de Davenport e Prusak (1999, p. 250) que referem-se como: “informação valiosa da mente humana, inclui reflexão, síntese e contexto”, essa abordagem reflete de forma concisa o que se faz necessário para se obter conhecimento, pois, sugere uma correta interpretação, para que possa ser registrado de modo eficiente na mente humana.

No cômputo científico podemos enquadrar a engenharia do conhecimento sendo o processo de desenvolver uma

metodologia que venha a desenvolver um produto, do qual a informação fique delineada segundo critérios padronizados e organizada, de modo que se possa recuperar de forma equânime e segura, no intuito de preencher uma necessidade latente de informação, o que consequentemente venha poder gerar conhecimento, formando assim um ciclo

comunicativo/informacional (Santos; Souza, 2010; Wilson, 2002).

O fluxo contínuo do qual se tem a informação como cerne, é formado pela: geração, disseminação e uso, contemplando uma tríade informacional (Lehmkuhl; Veiga; Raido, 2008), nos tempos atuais esse ciclo ocorre de maneira rápida,

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objetivos que se propôs alcançar”, nessa abordagem referendada pela autora, podemos perceber o quão importante é uma Unidade de Informação ser bem projetada, desde o início da configuração arquitetônica, até o planejamento de serviços e produtos que vão ser disponíveis aos usuários que vão fazer usufruto das benesses, resultando em uma

engenharia do conhecimento para atender o pressuposto basilar de qualquer biblioteca, unidade ou centro de informação e documentação, atender as necessidades informacionais dos consulentes.

Corroborando com essa perspectiva, Vidotti Filho, Santo e Vidotti (1998, p. 51) afirmam que na era pós-industrial as UI estão: “constituídas em torno da ideia de reunificação de tarefas em práticas de trabalho voltadas para o

cliente/usuário”, focando principalmente no correto processo de desenvolvimento de coleções para poder proporcionar acervo e serviços e produtos de qualidade para os usuários. O seu comportamento em termos de organização do conhecimento aparece no processo criativo em termos de estruturação de variados tipos de recursos informacionais moldados para o ambiente digital, porque tem base nos princípios técnicos oriundos da arquitetura.

Ferramenta de cunho tecnológico para o subsídio na estruturação e disseminação da informação

No contexto do século em vigência, no qual é pautado na constante produção da informação, seja em suporte: impresso, analógico e digital, vivemos na chamada Era do Conhecimento, alicerçados principalmente por meio da internet, que hoje disponibiliza “diferentes panoramas para o saber, melhorou o acesso e o tempo ao conhecimento, mudaram os modelos de relação entre autor e leitor, novas formas de ver o conteúdo” (Moraes, 2012, p. 60), pelo qual concentra um universo de tipologias de conhecimentos registrados nos mais variados tipos de fontes de informações existentes e disponíveis para qualquer pessoa.No que se enquadra para ser uma ferramenta que possa estruturar e concatenar de forma adequada a informação, a engenharia do conhecimento precisa estar condizente segundo a quantificação que a informação pode proporcionar e seguindo nessa tendência, Eppler e Mengis (2004, p. 330), mostram que: "Enquanto a quantidade de informação disponível aumenta, sua qualidade transforma-se em um fator importante para a eficácia nas organizações e para os indivíduos. O desempenho de um indivíduo ou de uma organização pode ser

prejudicialmente afetado pelo desequilíbrio de informação."

Podemos perceber que a correta gestão, em termos de organização e tratamento informacional é fator preponderante no tocante a estruturação e disseminação da informação, contemplando com visão Sasieta, Beppler e Pacheco (2011, p. 1), asseveram que: “a engenharia do conhecimento fornece um conjunto de ferramentas que podem ser usadas para a aquisição, organização e recuperação do conhecimento assim como para suportar o processo de desenvolvimento de este tipo de sistemas”. Neste sentido a engenharia do conhecimento desenvolve suas atividades suportando a codificação, organização e recuperação do conhecimento tornando-o accessível para qualquer pessoa ter acesso e utilizar de forma precisa e eficaz no intuito de atender a sua latência de conhecimento e consequentemente poder gerar o mesmo a partir da sua correta decodificação.A abordagem engenharia do conhecimento pode ser vista como a atividade de

preenchimento de fontes de informações estruturadas a partir de fontes não estruturadas ou textos escritos em formato livre (Grishman, 1997; Gaizauskas e Wilks, 1998), contemplando dessa maneira o que podemos classificar como processo de: estruturação, organização e difusão da informação, alicerçadas por meio das tecnologias que nos tempos atuais conforme Levacov (1997): “trazem consigo transformações importantes, pois altera antigos paradigmas, que muitas vezes estão estabelecidos há séculos, criando novas necessidades”, ao mesmo tempo que gera novas demandas, estão sendo desenvolvida novas tecnologias para suprir essa exigência, ou seja, é um ciclo informacional sempre em percurso.

O acesso à informação é considerado como um paradigma corrente diante da sociedade em vigência, pois, os tempos modernos requerem rapidez e competência na obtenção da informação precisa e que venha possibilitar o seu correto manuseio, tendo em vista possibilitar de forma vantajosa soluções para os diversos tipos de problemas, e uma informação consistente e bem fundamentada é preponderante para o sucesso na resolução de problemáticas. Conforme os

pressupostos de Romani e Borszcz (2006, p. 69-70) : "Entende-se por disseminação da informação a forma de divulgação contínua e regular das informações ou materiais recebidos pelas Unidades de Informação, seja por meio de serviços de alerta, elaboração de boletins informativos correntes, a fim de levar ao conhecimento dos usuários as informações de seu interesse." Podemos infringir que o desenvolvimento tendo como missão atender as necessidades em termos de angariar conhecimento por meio de serviços e produtos designados aos usuários, é o pressuposto basilar da disseminação informacional.

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Atualmente estamos presenciando a vertiginosa e acelerada produção de conhecimento de modo rápido e disseminado de maneira abundante, principalmente na grande rede mundiais de computadores, sendo que existem variados tipos de tecnologias no qual pode-se disponibilizar a produção intelectual, como por exemplo: repositórios institucionais, periódicos científicos eletrônicos, bases de dados, seguindo nessa conjectura Victorino e Brascher (2009) contemplam que: “em um ambiente organizacional, a informação pode estar registrada em vários suportes, como, por exemplo, livros, relatórios, mapas, fotografias, planilhas eletrônicas e tabelas relacionais”.

As Tecnologias da Informação e Comunicação termo cunhado por Castells (1999) como a união integrada de recursos de ponta, envolvendo, sobretudo, a eletrônica atrelada à computação, usadas com o objetivo de facilitar/incrementar o processo comunicacional e, por extensão, a produção acadêmica, no qual estão presente no cotidiano da maioria das pessoas fazendo parte de modo intrínseco no que compete ao auxílio do escopo a pesquisa de natureza científica. Temos a disposição inúmeros recursos advindos do meio virtual para prover e principalmente disseminar com rapidez e facilidade os mais variados tipos de informações existentes, e para isso que isso ocorra de maneira eficaz, é necessário ter o

conhecimento para operacionalizar essas tecnologias, formando assim a competência informacional, que é visto por Campello (2003, p. 29): “catalisador das mudanças do papel da biblioteca em face das exigências da educação no século XXI”. Em termos de sociedade da informação, em virtude da grande literatura que versa sobre esse tema, identificamos um conceito que atende com presteza as características que norteiam de modo competente a respeito desse tema: "É um estágio de desenvolvimento social caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente de qualquer lugar e da maneira mais adequada" (Grupo Telefônica no Brasil, 2002, p. 18).

Podemos perceber que é retratado segundo o autor citado acima que a sociedade da informação ou como Castells (1999) por meio de seus estudos, configura que estamos vivendo em uma sociedade em rede, ou seja, interconectados

sobremaneira através da internet, porque podemos nos conectar com qualquer pessoa que esteja em quaisquer lugar do planeta por meio do computador que tenha a esta ferramenta de alto pode comunicativo.

Esse estágio está em constante movimentação, haja vista que a obtenção e compartilhamento estão disponíveis de forma acessível, sendo necessários alguns cliques para desenvolver alcançar esses objetivos, com a vantagem de ser rápida e instantânea, possibilitando para que outras pessoas possam ter acesso ao conhecimento produzido em todo planeta.

Embasamentos da arquitetura da informação no processo comunicacional

Na atualidade podemos perceber que a informação, seja registrada em qualquer tipo de suporte, precisa estar: organizada, estrutura e ser de fácil acesso para os usuários, principalmente no campo virtual, e para que isso ocorra de maneira proficiente faz-se necessário pensar e agir de forma a evitar que barreiras de concepção estrutural e linguística possam intervir na correta e eficiente recuperação da informação. Atualmente contamos com recursos que venham a facilitar de modo consistente a distribuição informacional na web, apresentando contribuição significante por meio da arquitetura da informação, que segundo Camargo e Vidotti (2006, p. 106) asseveram que se trata de: “ uma estrutura ou mapa de informação que permite que as pessoas e/ou usuários encontrem seus caminhos pessoais para o conhecimento”, no qual venha contribuir de forma competente tem termos de recuperação e construção do conhecimento, de acordo com Paiva (2013, p. 40), esse sistema: “visa atender aos anseios informacionais dos usuários, por meio da organização de conteúdos em websites, do modo que os eles possam alcançar os seus objetivos”. Seguindo nessas perspectivas, podemos atribuir uma síntese da arquitetura da informação, na cosmovisão de (Rosevelt; Morville, 1998; Wurman, 1996 apud Paiva, 2013, p. 41):" a combinação dos esquemas de organização, de rotulagem, de pesquisa e navegação dentro de sites, uma arte e a ciência de dar forma a produtos e experiências de informação para suportar a usability e a findability, ou ainda uma disciplina focada em trazer fundamentos do design e da arquitetura para os objetos digitais "

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No sistema de navegação, a sua ênfase é dada quanto ao quesito navegabilidade, ou seja, como o recurso está

desenvolvido em termos de praticidade, conforto e eficiência, pois é responsável pelo mapeamento em termos de navegar pela página sem qualquer dificuldade, provocando no usuário sentimentos de satisfação e contentamento, tendo em vista aquilo que se está procurando possa ser recuperado sem empecilho especificamente, de acordo com Paiva (2013, p. 58) esse sistema: “especifica as maneiras de se navegar e de movimentação pelo espaço informacional e hipertextual da Internet”.

Quanto a questão do sistema de busca, seu desenvolvimento se dá por meio de como é projetado o web site segundo critérios que abordam o modo de como realizar a pesquisa, disponibilizando operadores booleanos, linguagem natural, tipos específicos de itens e operadores de proximidade para facilitar a estratégia de busca traçados pelos utentes. De acordo com Rosefeld e Morville (1998), as partes que englobam a estrutura de um projeto de sistema de busca devem abranger quatro elementos essenciais que são a: interface, página com resultados, página sem resultados e ajuda, com o objetivo de atender as possíveis dúvidas dos usuários no momento da realização da pesquisa.

O sistema de rotulagem é marcado pela forma com a informação é apresentada, podendo ter o formato de imagens (iconográfico), formato de textos, formato de imagens em movimento ou qualquer outro tipo de rotulação, que aquela informação pode vir a ter (Paiva, 2013) e contemplando com essa amplitude, Silva (2011, p.17-18) afirmam que: " Estabelecendo um comparativo entre ambientes físicos e virtuais, pode-se dizer que os rótulos são imagens, palavras ou frases empregadas para “traduzir” o que existe por trás de uma porta. Tomando-se como exemplo os banheiros femininos e masculinos, pode-se dizer que provavelmente seria rótulos iconográficos cabeçalho

surpreendente e até chocante ver o rótulo de uma mulher no banheiro masculino e de um homem no banheiro feminino, não seria? Eis aí uma, senão a mais importante função de se transmitir um rótulo com clareza, precisão, consistência e universalidade. Seria surpreendente se ao clicar no popular ícone recortar do word, ele ativasse a função de copiar ou colar ao invés de recortar."

O rótulo se caracteriza por representar de forma destacada o que o recurso informacional quer destacar no seu site, dessa forma atraindo a atenção do usuário para o que pode ser explorado e ao mesmo tempo fazendo marketing do que está sendo visualizado. Como o próprio nome diz, sistema de organização é a forma de categorizar, ou seja, ordenar o que está sendo disposto no ambiente virtual, com o propósito de levar ao consulente, praticidade e conforto para se chegar a informação necessária, para um esclarecimento melhor sobre esse tipo de sistema, destacamos Silva (2011, p. 14), aonde asseveram que: “o sistema de organização é o sistema que agrupa e categoriza o conteúdo informacional e origina-se da ideia de que é necessário organizar o espaço em que a informação está inorigina-serida para assim recuperá-la”, contingente a essa definição, Rosefeld e Morville (2002, p. 73) dizem que: “o sistema de organização é o componente da arquitetura de informação que tem por função definir as regras de classificação e ordenação das informações ... que serão apresentadas os conteúdos oferecidos.”

Dessa forma podemos inferir que esse tipo de sistema é caracterizado pelas regras no tocante a classificar como o conteúdo informacional vai ser apresentado na interface do sistema de recuperação da informação ou em qualquer outro tipo de ferramenta desenvolvida, seja nos moldes: comerciais ou científicos. Os elementos adicionais/complementares já

mencionados, tem-se a usabilidade que é definida como “a extensão em que um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos como efetividade, eficácia e satisfação num contexto específico de uso" (ISO 9241, 1996), seguindo nessa linha, Jokela (2003, p. 56), descrevem os termos contidos na definição de

usabilidade proposta na norma, demonstrados a seguir: " a) A efetividade seria a exatidão com que os usuários alcançam seus objetivos no uso de sistemas interativos; b) A eficiência refere-se aos recursos gastos na exatidão com que os usuários alcançam os seus objetivos e c)A satisfação seria a atitude positiva do usuário em relação ao sistema ou produto em uso.

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máquina/computador, exibição de caracteres multilíngues, preservação de layout, possibilidade de ser editado, tamanho de arquivo, páginas múltiplas, ser estruturado ou não estruturado, apresentação multimídia, suportar vínculos, exibição em tela, impressão, disponibilidade para os mecanismos de busca, grau de uso e custos com a manutenção do recurso. É preciso observar aqueles que melhor atendam às exigências do projeto de publicação eletrônica e ao propósito da aplicação na Internet. "

Na atual conjectura informacional, existe multiplicidade de formatos disponíveis para representação, como por exemplo:

JPEG, DOC, AVI, dentre outros que podem servir de alicerce quanto a facilidade de buscar o conteúdo que se queira. Por

essa forma, podemos verificar que a arquitetura da informação “se constitui de uma série de ferramentas que adaptam os recursos às necessidades da informação” (Davenport, 1998, p. 200) tem papel importante no processo de

comunicação científica, pois, apresenta critérios essenciais que tem por meta padronizar o que está sendo disponível em termos de sites, bases de dados e outras fontes que são pesquisadas diariamente na grande rede mundial de computadores.

A comunicação científica e sua contribuição para o acesso ao conhecimento

Com base no contexto histórico sobre a comunicação científica, a literatura apresenta segundo Alves (2011): " as

primeiras atividades de pesquisa são empreendidas pelos gregos antigos. Sendo assim, a pesquisa científica pode ser comunicada de várias formas, dentre as quais, na sua gênese, encontram-se a fala e a escrita – atualmente

modificadas pela tecnologia e novos espaços de comunicação humana." Dessa forma podemos destacar que essa atividade está intrinsecamente ligada a disseminação no tocante aos resultados obtidos por meio das realizações de pesquisas dos mais variados tipos e tem como objetivo tornar explícito a produção do conhecimento, a troca do mesmo entre pesquisadores e o registro do conhecimento no suporte cabível. Consoante a esse cenário, a definição de

comunicação científica é apresentada por Bertin, Fortaleza e Suhet (2007, p. 10) como sendo:" O campo de estudo do espectro total de atividades informacionais que ocorrem entre os produtores da informação científica, desde o momento em que eles iniciam suas pesquisas até a publicação de seus resultados e sua aceitação e integração a um corpo de conhecimento científico."

Nesse contexto para que a comunicação científica ocorra normalmente, é necessário termos a disposição sistemas de comunicação que possam realizar esse processo de maneira clara e proficiente, segundo Targino (2000), esses sistemas são organizados através dos canais formais e informais.Os canais formais são caracterizados pelo grau de formalidade com que o conhecimento é apresentado, por exemplo: as apresentações de trabalho científicos em congressos, seminários e

workshops, periódicos, jornais e demais veículos oficiais utilizados para comunicação, já os carnais informais são mecanismos utilizados de maneira informal, como por exemplo: conversas no horário do intervalo de trabalho em que funcionários se reúnem para trocar ideias, reunião de colegas de trabalho, dentre outros modos de transmitir conhecimento de modo não usual (Mueller, 2000). Le Coadic (2004), ressalta as diferenciações existentes entre os canais formais e informais, pois, estão conectados com a à audiência, armazenamento, atualidade, orientação, redundância e interatividade, elementos descritos com detalhes no quadro a seguir.

Quadro 1 – Elementos formais e informais da comunicação científica

Fonte – Le Coadic (2004, p. 34)

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mediado, são contrapontos que retratam como essa matéria-prima deve ser direcionado para que todos possam ter acesso e fazer-se uso do jeito mais apropriado possível. No contexto atual no qual fazemos parte, a comunicação se faz tão importante quanto a produção do conhecimento, pois, engloba fatores que vão desde a satisfação quanto ao quesito elaboração até chegar a outras pessoas que possam vir a usufruir aquilo que está sendo difundindo. Temos a nossa disposição, inúmeros recursos oriundos do segmento eletrônico que vem a contribuir para essa massificação da

comunicação científica, para citar como exemplo, temos: periódicos científicos eletrônicos, repositórios institucionais, bases de dados e dentre outras ferramentas disponíveis para que essa ocorrência no aspecto de produção de conhecimento ocorra de forma célere.

Considerações Finais

Dentro das atividades que estão em larga escala no segmento científico, sem dúvida temos: a construção, a disseminação e o uso da informação formando um triângulo comunicacional que congrega uma sistemática que vem a ser insumo de importância pertinente no que confere a contribuir de forma eficiente na divulgação de conhecimento, seja em qualquer esfera: exatas, biológicas ou humanas. No limiar do século XXI vivenciamos uma torrente produção de conhecimentos que

são produzidos a todo o momento em qualquer lugar do planeta, tendo a internet como um aliado preponderante no que diz respeito ao armazenamento e difusão do que está sendo elaborado. Diante desse cenário, precisamos saber pesquisar e, sobretudo filtrar no intuito de recuperarmos o que realmente vai suprir de acordo com a lacuna existente sobre determinado assunto, destarte a engenharia do conhecimento vem se constituir como recurso cuja missão é desenvolver aspectos favoráveis para facilitar a estruturação e organização correta do conhecimento em detrimento da sua obtenção ser a mais rápida e competente possível.

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