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A FÉ DE DAVI NA PRÁTICA | 1 SAMUEL 17.15-58

Ideia central: A fé cultivada surge naturalmente diante dos obstáculos da vida. Precisamos estar prontos, todo investimento em leitura bíblica e frequência dos cultos e atividades bíblicas da igreja sempre surtirão resultados.

Principais temas:

1. Em resposta a sua fé Deus capacita Davi a vencer

2. A fé é praticada naturalmente quando presente no coração do fiel. Guardar a fé é essencial para andar com Deus.

TEXTO EM CONTEXTO

Não é comum existirem dois monarcas em uma mesma nação, mas Deus havia desprezado o primeiro rei e ungido outro homem em seu lugar, criando outra dinastia, mostrando na prática o que a Bíblia fala sobre o Senhor: Ele é Rei dos reis.

Os reis daquele tempo governavam através de uma monarquia absolutista, ou seja, um rei possuía sozinho o equivalente hoje aos poderes legislativo, executivo e judiciário.

Atualmente temos pelo menos dois tipos de monarquia: constitucional e ainda a absoluta.

A monarquia constitucional foi a adotada no Brasil por ocasião da independência de Portugal, dando lugar posteriormente ao presidencialismo, que usamos até hoje. Este sistema é o mais usado hoje nos países que adotam a monarquia. Ainda existem, contudo, monarquias absolutas, como a Arábia Saudita, por exemplo.

No caso do Israel daquele tempo a monarquia deveria ser diferente de todas: um rei que estava estabelecido sobre o seu povo, mas que deveria ser submisso ao seu Deus.

O monarca tinha que ser o exemplo de seguidor das Leis do Senhor, o Rei dos reis, e lutar as batalhas confiando no Senhor dos Exércitos. A título de curiosidade, Israel hoje é uma democracia parlamentar, e não adota mais a monarquia, mas deveria ser totalmente fiel a Deus, como qualquer outra nação.

CONSIDERAÇÕES INTERPRETATIVAS

17.15-30 Como vimos na última aula, diante do gigante filisteu Golias, nem o rei de Israel e nem os homens cogitados para substituí-lo ao trono, os três filhos mais velhos de Jessé, com todo o seu porte e altura de rei, conforme os padrões daquela época, conseguiram encarar o desafio.

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Página 2 de 5 Era óbvio que a situação exigia mais do que atributos humanos para vencer, a necessidade que se apresentava era de fé e confiança em Deus – mas não se achava alguém assim em Israel. Em todo solo pátrio não havia um guerreiro sequer que desse conta do recado.

E é neste cenário de medo e incredulidade que aparece ele! Lá vem “Davizinho”, o filho mais novo de Jessé. Ele estava servindo Saul em um contexto diferente, na música para acalmar os ânimos do rei, e ao mesmo tempo ia e voltava para casa, a fim de cuidar das ovelhas do pai. Mas, neste aparente cotidiano simples estava o trabalhar de Deus, e as oportunidades por Ele criadas, a fim de cumprir Seus planos através da vida de Davi, a quem estava moldando o coração há muito tempo, deixando pronto para a ocasião.

Os cristãos não têm paciência para serem moldados e aguardarem o tempo de Deus fazer as coisas, mas Ele primeiro trata o nosso coração, para então dar sequência aos Seus propósitos através de nossas vidas. Queremos resolver as coisas no tempo do mundo, no tempo humano e não divino. Achamos que podemos rapidamente resolver o que precisa ser resolvido, ou então simplesmente deixarmos de lado certos detalhes para “ir logo” ao ponto.

Mas, todas as etapas são fundamentais e precisamos confiar em Deus. Não podemos dirigir a vida do nosso jeito para viver os propósitos do Senhor, somete Ele sabe como agir nos meios para chegar no fim que deseja.

Num dia comum, realizando a simples tarefa de levar queijos, trigo e pães para o comandante do exército e seus irmãos, que eram soldados, Davi encontra-se exatamente no lugar onde Deus queria que ele estivesse. Mas, a questão é mais profunda. Estava ali um jovem com um coração previamente moldado por Deus, por outras situações da vida (o cuidado contra os predadores das ovelhas do seu pai), pronto para reagir à altura o que estava prestes a ouvir.

Quando ele chegou no campo de batalha, deixou os mantimentos com o responsável e foi saber se os irmãos estavam bem, conforme a missão dada por seu pai.

Neste exato minuto levantou os olhos e viu o gigante que ameaçava Israel há pelos menos 40 dias, sem nenhuma atitude por parte dos homens e nem do rei, que estava presente.

Não que eles fossem covardes, mas é que o desafio era maior do que qualquer um ali. Mas não era grande demais para Deus.

O desafio era tão severo, que o rei havia prometido ricas recompensas, isenção de impostos para a família do corajoso e a mão de sua filha em casamento.

Parece que as recompensas despertaram interesse em Davi, porém, não foram elas que deram a coragem necessária para o confronto com Golias. Davi ficou indignado pelo fato do gigante desafiar os exércitos do Deus vivo. E talvez tenha pensado: “como assim com uma recompensa desta e ainda não tem um guerreiro em Israel com fé o suficiente para encarar o desafio? O gigante representa, antes de mais nada, um desafio maior do que as nossas forças.

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Página 3 de 5 Você já se encontrou em uma situação assim? Recorreu a Deus ou fugiu de medo?

Não se trata aqui de valentia humana, como Pedro ao andar sobre as águas para encontrar com Jesus. Isso tem pouca força, dá somente para o início, mas não sustenta até o fim. Não se trata de ímpeto, mas de confiança que Deus é capaz de nos fazer superar o medo. Não faltavam guerreiros valentes em Israel naquele momento, o próprio rei tinha ímpeto. O problema era falta de alguém que acreditasse que, apesar da pouca força comparada ao desafio gigantesco, haveria um Deus que abençoaria dos esforços possíveis, e foi o que Davi fez.

17.31-37 - A fé de Davi, que se moveu naturalmente em seu íntimo desperta a atenção dos homens e estes o levam perante o rei. Assim como Nicodemus falando com Jesus, Saul começou a fala de coisas naturais, enquanto Davi das sobrenaturais. Saul avaliou o embate entre Golias e Davi, e, como um homem sem fé, chegou a conclusão de que aquilo não seria possível.

Davi discorre sobre sua experiência de fé e por fim diz: “O Senhor me livrou das garras do leão e das garras do urso; Ele me livrará das mãos deste filisteus” (17.37).

O notável da fé de Davi é que ele não entendia a ação do poder de Deus em sua vida como fim em si mesmo. Não era “dar vitória a Davi e colocá-lo sobre cabeça e não por cauda”. Davi pensou: “se Deus cuidou de mim no trabalho, ele pode ir além, sobretudo porque se trato dos propósitos dEle aqui”. Isto é fé. A pessoa genuinamente de fé entende que Deus começa fazendo coisas em sua vida, mas que não para por ai, o alvo na verdade é maior e mais alto, reside naquilo que Deus quer fazer através de nós e não em nós como um fim em si mesmo.

17.38-58 - Ninguém entendeu a fé de Davi. O rei veio com sua própria armadura real, talvez ainda achando que Davi seria moído na briga. Davi anda com aquilo e demonstra que não ia dar certo. Tinha quer do jeito de Deus e não dos homens. Isto não significa que Davi nunca veio a usar uma armadura na vida, mas demonstra que há situação especiais, onde Deus quer mostrar às pessoas fé. Gedeão com os 300 homens são um bom exemplo disso. Quando é uma direção de Deus, e não um fanatismo humano, Deus dispensa as estratégias humanas e nos dá vitória com condições impossíveis realmente, assim ninguém poderá dizer que foi uma coincidência.

Quantas vezes em sua vida você atravessa uma situação difícil para você. Talvez alguém até conseguisse resolver aqueles problemas, mas você pessoalmente das suas limitações e aquilo seria impossível, mas, quando os ventos sopram favoráveis, você diz: “foi Deus, só pode ter sido Ele, eu sei que por mim não daria certo”.

Além da tentativa humana de Saul, tentando dar uma “mãozinha” para Deus (isso não é fé), Golias mesmo se surpreendeu. A direção de Deus muitas vezes confronta o ímpio que confia em sua si mesmo, na sua força e recursos, mas nenhuma destas coisas são páreas para Deus. Golias zombou de Davi e Davi não se abateu por isso. Hoje temos muitos crentes

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Página 4 de 5 que desanimam no primeiro “bullying” do diabo. São fracos e frágeis, pois não alimentam sua fé e confiam demais na armadura de Saul. Davi continuou demonstrando o que havia seu coração: fé, como não havia em Israel. No meio das ovelhas de um pequeno rebanho de uma família comum, estava ali o coração que Deus escolheu e trabalhou. Não estava no meio dos exércitos, os especialistas, mas onde Deus queria.

Na igreja isso acontece também. Por exemplo: muitas vezes temos “músicos profissionais” que não têm um coração voltado para o Senhor, mas para si mesmo, sua técnica e sua arte, e todos devem fazer as vontades dele. Isso é desprezível, estes são os

“Saul” do louvor, que querem levantar monumentos em honra a si mesmo pela sua habilidade. Os melhores músicos de fato são homens e mulheres segundo o coração de Deus, que primeiro têm a sua alma afinada pelo Espírito Santo, por meio da Palavra, e depois aprendem a tocar e cantar. Estes são os melhores, aqueles que de fato servem a Deus e a sua comunidade, e são uma bênção para muitas vidas, pois se realizam naquilo que fazem, mas com gratidão a Deus e para a glória do Senhor!

Voltando a Davi, veja o quanto este texto é rico para nos ensinar sobre fé. A fé de Davi não veio porque ele “declarou”, “determinou” ou “liberou” alguma “palavra profética”.

Ele falou várias vezes sobre sua confiança em Deus, mas, A FÉ JÁ ESTAVA PRESENTE NO CORAÇÃO DELE, foi apenas externada. Como ensinou Jesus: “A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45). Se a fé viesse por “declarar” ou “liberar” alguma coisa, bastava todos os homens do exército de Israel fazerem isso na hora e não faltariam soldados para abater Golias. Não existe uma fórmula mágica para a fé, ela é cultivada pouco a pouco na vida do crente, pela Palavra e talhada nas circunstâncias da vida. É como os músculos dos guerreiros, não tinha como ali na hora desenvolver forças para enfrentar os soldados comuns, precisaram ser construídos ao longo do tempo a fim de serem usados na hora da batalha.

A fé de Davi derrotou Golias e a partir disso os soldados entraram em ação contra os outros soldados inimigos e foi grande a festa e vitória contra os filisteus. Davi pegou seu

“prêmio”, a cabeça de Golias, isto era comum como símbolo de vitória e superioridade naquela época. Davi levou a cabeça do inimigo para Jerusalém e isto seria útil, por exemplo, para intimidar os jebuseus, que eram os habitantes de Jerusalém, um povo teimoso e resistente. A cabeça de Golias serviu como alerta a uma possível rebelião.

Saul pergunta sobre a linhagem de Davi, certamente porque o vencedor sobre Golias entraria em sua família, pois receberia a promessa do rei: a sua filha em casamento.

Saul não cumpriu a sua palavra com a filha mais velha, como seria de se esperar, mas posteriormente deu sua filha mais nova a Davi, embora por propósitos malignos, que estudaremos no próximo capítulo.

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Página 5 de 5 APLICAÇÃO PRÁTICA

1. Concentrar-se na aparência exterior das coisas e não em Deus será o atalho para a derrota no mundo de aflições. Concentrar-se em Deus precisa ser segundo a Verdade. Onde você encontra fonte segura sobre o conhecimento de Deus. Somente na Bíblia, ela é o livro sagrado que mantém a Verdade disponível para os homens há séculos. A providência de Deus para que o coração humano não distorça a Sua mensagem.

2. A fé de fato exige concentração. Pedro se distraiu com os ventos e começou a afundar nas águas da incredulidade. Satanás fará de tudo para você ser uma pessoa distraída das coisas de Deus. TikTok e uma série de outras coisas, quando usadas fora da prioridade bíblica, ou para visualização de conteúdos pecaminosos, serão ótimos instrumentos para este fim. O mundo é formatado para não sermos concentrados. Como você luta contra isso?

3. Não menospreze pessoas pela aparência, ali pode haver um coração com a mais bela fé em Deus que trará vitórias a muitos da sua comunidade.

NA PRÓXIMA AULA:

O SENHOR ESTÁ COM DAVI | 1 SAMUEL 18

Ideia central: O Senhor protege a quem escolhe e lhe concede êxito nos propósitos para os quais foram levantados.

Principais temas:

1. A ambição de Saul gera inveja, medo e oposição a Davi.

2. Apesar das tentativas de Saul matar Davi, Deus sempre o protege.

Referências

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