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Análise de modelos organizativos em clubes de alta competição de andebol

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Academic year: 2021

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Luís Adriano Monsanto Ferreira Pereira Lagos Coimbra, 2010

Análise de modelos organizativos em clubes de alta competição de andebol

Universidade de Coimbra

(2)

Universidade de Coimbra

O objectivo desta dissertação visa a obtenção do grau de mestre em Treino Desportivo para Crianças e Jovens, na área científica de Ciências do Desporto, na especialidade de Treino Desportivo.

Professor orientador: Professor Doutor Luís Rama.

Mestrando: Luís Adriano Monsanto Ferreira Pereira Lagos

Coimbra, 2010

(3)

i Agradecimentos

Agradeço-vos pais pela educação e valores que me transmitiram, possibilitando assim o alcançar desta nova etapa na minha vida.

Agradeço-vos Pedro e Tiago, meus irmãos, pelo vosso encorajamento e apoio que me transmitiram ao longo deste percurso.

Agradeço-te Carla, minha esposa, pela paciência e capacidade de adaptação que revelaste às mudanças na nossa vida provocadas por este projecto. Agradeço-te também pela capacidade de aceitares as minhas sucessivas ausências acumuladas ao longo de todo este tempo e, ainda assim, teres força para te disponibilizares e ajudares-me sempre que precisei.

Agradeço-te Beatriz, minha filha, por nunca me teres cobrado o tempo que era teu por direito. Agradeço- -te por seres a minha fonte de inspiração e a minha fortaleza nos momentos mais difíceis.

Agradeço-vos Lois e Pité, meus amigos, pela disponibilidade que demonstraram para discutir conhecimentos e pela consequente ajuda na condução do meu raciocínio.

Agradeço ao Professor Doutor Rui Matos pela disponibilidade revelada, pelas orientações e pela ponte construída que me permitiu conhecer o Professor Xesco Espar.

Agradeço ao Professor Xesco Espar pela forma como me recebeu e por toda a disponibilidade e atenção reveladas desde o início desde projecto. Agradeço ainda por toda a sabedoria partilhada e pela inspiração transmitida.

Agradeço ao Professor Toni Gerona pela sua disponibilidade e colaboração ao longo de todo este estudo.

Agradeço aos treinadores dos escalões de formação de andebol do FC Barcelona por toda a colaboração prestada.

Agradeço ao Professor Pedro Lagarto pela sua disponibilidade e colaboração ao longo de todo este estudo.

Agradeço aos treinadores dos escalões de formação de andebol do CD S. Bernardo por toda a colaboração prestada.

Agradeço ao Professor Doutor Carlos Gonçalves pela colaboração revelada através da partilha dos seus conhecimentos científicos.

Agradeço ao Professor Doutor Luís Rama pela sabedoria e orientações transmitidas e, principalmente, pelas qualidades humanas reveladas na condução deste estudo, nomeadamente, através de uma disponibilidade e uma facilidade de comunicação fantásticas. Muito obrigado!

(4)

ii

“Very few things in life happen by chance.”

Tudor Bompa

(5)

iii Resumo

Problema: Os clubes, ao estarem filiados nas respectivas federações, estão sujeitos a influências externas que têm implicações directas no seu modelo organizativo e respectivo funcionamento. Coloca-se então o problema dos clubes terem capacidade de resposta para conseguir corresponder às exigências que lhes são impostas em harmonia com o que a investigação, e respectivos conhecimentos, nas diferentes áreas das Ciências do Desporto sobre os cuidados a ter na formação de jovens atletas.

Metodologia: Foram realizadas entrevistas aos coordenadores dos dois clubes em momentos próximos.

Essas entrevistas foram completadas posteriormente via correio electrónico pela necessidade de consulta de alguns documentos por parte de ambos os coordenadores. Aos restantes treinadores dos dois clubes foi distribuído um questionário que, depois de lido em conjunto e do esclarecimento das dúvidas reveladas, foi-me posteriormente devolvido pelos mesmos. Após a recolha de todos os dados possíveis foi feita uma análise qualitativa dos modelos organizativos de cada clube e, posteriormente, uma comparação entre ambos no sentido de aferir semelhanças e divergências tendo também como referência a literatura.

Dados mais importantes: Os casos estudo por nós seleccionados foram o Centro Desportivo São Bernardo, enquanto representante do andebol português, e o Futbol Club Barcelona, enquanto representante do andebol espanhol. Em representação do CD S. Bernardo colaboraram o seu coordenador e os quatro treinadores dos escalões de formação e do FC Barcelona o seu coordenador e os quatro treinadores principais de cada um dos escalões de formação.

Conclusões (resumo): Após a análise dos dois modelos, podemos concluir que estamos na presença de estruturas desportivas sólidas com capacidade de resposta às exigências da formação de jovens jogadores para a alta competição. As principais divergências ocorrem fruto da contextualização social, demográfica e económica em que se inserem. Em todas as dimensões referidas o FC Barcelona apresenta um maior potencial que lhe permite profissionalizar elementos e retirar proveito dessa situação, promovendo uma melhor dinamização dos recursos humanos. Ao nível do treino, no geral, os dois clubes apresentam conceitos semelhantes na aplicação dos vários factores abordados.

(6)

iv Abstract

Problem: The teams by being affiliated to their respective federations are subject to external influences that have direct bearing on their organizational model and its operation. Arises then the problem of teams have responsiveness to be able to satisfy the requirements imposed on him in harmony with what the investigation and its knowledge in different areas of Sport Science on the precautions to take in training young athletes.

Methods: There were interviewed the coordinators of the two teams at close moments. Those interviews were supplemented later by e-mail by the need to consult some documents by both coaches. To the other coaches of both teams it was distributed a questionnaire that, after having read it together and clarifying the doubts revealed, it was later returned by them. After gathering all information possible, it was made a qualitative analysis of organizational models of each team and then a comparison between them in order to assess similarities and differences and also literature as reference.

Most important data: The case study we selected were the Grupo Desportivo São Bernardo as a representative of Portuguese handball, and Futbol Club Barcelona, as representative of the Spanish handball. Representing CD S. Bernardo collaborated the coordinator and the coaches of the four levels of training and representing FC Barcelona its coordinator and the four coaches of each of the main stages.

Conclusions (summary): After analyzing the two models, we can conclude that we are in the presence of solid sports structures with responsiveness to the demands of training young players for the high level.

The main differences are a consequence of social background, demographic and economic situation in which they operate. In all the mentioned dimensions FC Barcelona has a higher potential that allows it to professionalize elements and take advantage of that situation, promoting a better dynamization of human resources. At the level of training, in general, both clubs have similar concepts in the implementation of the various factors discussed.

(7)

v Abreviaturas

EHF – European Handball Federation FC Barcelona – Futbol Club de Barcelona FPA – Federação de Andebol de Portugal

CD S. Bernardo – Centro Desportivo de São Bernardo IHF – International Handball Federation

RFEB – Real Federación Española de Balonmano

TFC - Trainings Framework Concept

(8)

vi Índice geral

Pág.

Introdução ………1

1. Revisão bibliográfica ………...1

1.1 Evolução histórica da modalidade ……….2

1.2 Caracterização da modalidade ………..3

1.2.1 Características fisiológicas ………...3

1.2.2 Características antropométricas ………..5

1.2.3 Modelos técnico-tácticos ………...6

Modelos técnico-tácticos defensivos ………6

Modelos técnico-tácticos ofensivos ………..7

O caso específico do guarda-redes ……….8

1.2.4 Modelos tácticos ………..10

Modelos tácticos ofensivos ………..11

Modelos tácticos defensivos ………12

1.2.5 Factores determinantes no alto rendimento no andebol ………...15

1.3 Modelo de referência contemporâneo ………17

1.3.1 Escola alemã ………17

1.4 Modelos de formação desportiva ………18

1.4.1 Tudor Bompa ………18

1.4.2 Istvan Balyi ………19

1.4.3 Jean Côté ………..20

1.4.4 Síntese dos modelos de formação ………21

1.5 Organização das Federações de Andebol de Portugal e de Espanha ……….22

1.5.1 Resultados desportivos internacionais ……….22

1.6 Análise dos modelos organizativos de clubes de andebol português e espanhol ..23

1.6.1 Objectivos do estudo ………...23

1.6.2 Caracterização dos clubes Centro Desportivo de São Bernardo e Futbol Club Barcelona ………24

Contextualização demográfica ………24

Contextualização desportiva ………...25

2. Metodologia ………27

2.1 Amostra ………..27

2.2 Instrumentos utilizados ………27

2.3 Cronologia do estudo ………...27

2.4 Procedimentos na análise dos resultados ………28

(9)

vii

3. Apresentação e discussão dos resultados ………..….28

3.1 Modelo organizativo do Futbol Club Barcelona ………28

3.1.1 Recursos humanos ……….28

Coordenador ………..29

Equipas de apoio ………..…29

3.1.2 Recursos materiais: espaços, equipamentos e transportes ………30

3.1.3 Etapas da formação ………...33

Idade de início da prática do andebol ………34

Constituição dos escalões por idades ………...34

Modelos de jogo em cada escalão ……….34

3.1.4 Identificação de talentos ………....35

Características antropométricas ……….36

Controlo e avaliação geral e específica ………....36

3.1.5 Relação contratual entre o clube e os jogadores ………..37

3.1.6 Relação com a família dos jogadores ……….37

3.1.7 Coordenação com a actividade escolar ………..39

3.1.8 Planeamento do treino em cada escalão ………39

Estrutura da unidade de treino ………39

Estrutura da planificação do treino ……….40

Rácio treino/jogo ………40

3.1.9 Volume total na formação até à entrada na alta competição ………..41

3.1.10 Estrutura dos exercícios ………....42

Forma ………..43

Objectivo ……….44

Componentes estruturais ……….44

3.1.11 Opções estratégicas na abordagem do jogo ……….44

Gestão do tempo de jogo dos jogadores ……….45

3.2 Modelo organizativo do Centro Desportivo São Bernardo ……….46

3.2.1 Recursos humanos ……….46

Coordenador ………..47

Equipas de apoio ………..…47

3.2.2 Recursos materiais: espaços, equipamentos e transportes ………48

3.2.3 Etapas da formação ………...…50

Idade de início da prática do andebol ………51

Constituição dos escalões por idades ………...…51

Modelos de jogo em cada escalão ……….52

(10)

viii

3.2.4 Identificação de talentos ………....53

Características antropométricas ……….53

Controlo e avaliação geral e específica ………54

3.2.5 Relação contratual entre o clube e os jogadores ……….….54

3.2.6 Relação com a família dos jogadores ……….55

3.2.7 Coordenação com a actividade escolar ………..56

3.2.8 Planeamento do treino em cada escalão ………57

Estrutura da unidade de treino ………57

Estrutura da planificação do treino ……….57

Capacidades motoras trabalhadas por escalão ………..58

Rácio treino/jogo ………59

3.2.9 Volume total na formação até à entrada na alta competição ……….….59

3.2.10 Estrutura dos exercícios ………....60

Forma ………..60

Objectivo ……….61

Componentes estruturais ……….61

3.2.11 Opções estratégicas na abordagem do jogo ………...62

Gestão do tempo de jogo dos jogadores ………..62

4. Análise comparativa dos dois modelos organizativos estudados ……….63

4.1 Recursos humanos ………...….63

4.2 Recursos materiais: espaços, equipamentos e transportes ………...…64

4.3 Etapas da formação ………..……64

4.3.1 Escalões de formação ……….65

4.3.2 Compromisso ………65

4.3.3 Permanência no processo ………..65

4.4 Identificação de talentos ………...66

4.5 Relação contratual entre o clube e os jogadores ……….67

4.6 Relação com a família dos jogadores ………....67

4.7 Coordenação com a actividade escolar ……….68

4.8 Planeamento do treino em cada escalão ………..68

4.9 Volume total na formação ……….69

4.10 Estrutura dos exercícios de treino ………...…70

4.11 Opções estratégicas na abordagem do jogo ……….71

5 Conclusões ………...71

6 Limitações sentidas ao longo do estudo ………..73

7 Recomendações e novas propostas de trabalho ………73 Bibliografia

Anexos

(11)

ix Índice de figuras

Figura 1 Ataque em ferradura/livre vs. Defesa individual Figura 2 Ataque 3:3

Figura 3 Ataque 2:4 Figura 4 Defesa individual Figura 5 Defesa 1:5 Figura 6 Defesa 3:3 Figura 7 Defesa 5:1 Figura 8 Defesa 3:2:1 Figura 9 Defesa 4:2 Figura 10 Defesa 6:0 Figura 11 Defesa 5 + 1 Figura 12 Defesa 4 + 2

Figura 13 Organograma da estrutura organizativa do Futbol Club Barcelona

Figura 14 Organograma da estrutura organizativa do Centro Desportivo São Bernardo

(12)

x Índice de quadros

Quadro 1 Necessidades energéticas em função do posto específico (trabalho por mim adaptado de Álvaro, J. 1989 e citado por Francisco Moreno Blanco).

Quadro 2 Capacidades físicas por posto específico (trabalho retirado de Román 1994 citado por Francisco Moreno Blanco).

Quadro 3 Média da estatura e da massa corporal das 5 primeiras selecções XVII do Campeonato do Mundo de 2001 (trabalho retirado de Román 2001 e citado por Francisco Moreno Blanco)

Quadro 4 Distribuição da frequência de atletas em função da estatura e massa corporal das 5 primeiras selecções do Campeonato da Europa de Andebol Masculino sub20 em 2006. Trabalho adaptado de Hagleitner 2006.

Quadro 5 Distribuição da frequência de atletas em função da estatura e massa corporal das 5 primeiras selecções da Campeonato da Europa de Andebol sub 18 Masculino. Trabalho adaptado de Tuma 2008.

Quadro 6 Factores determinantes para o alto rendimento no andebol de acordo com a formulação de vários autores.

Quadro 7 Classificações da selecção de andebol senior alemã desde 2000.

Quadro 8 Classificações da selecção de andebol junior alemã desde 2000

Quadro 9 Modelo de selecção de talentos da Federação de Andebol Alemã baseado em Heuberger (2007).

Quadro 10 Modelo de formação adaptado de Bompa (1995) Quadro 11 Modelo de formação adaptado de Balyi (2002) Quadro 12 Modelo de formação segundo Côté

Quadro 13 Organização dos escalões segundo as Federações de Andebol de Portugal e de Espanha Quadro 14 Classificações nos Campeonatos do Mundo de Seniores Masculinos desde 2001 (adaptado da International Handball Federation (IHF))

Quadro 15 Classificações nos Campeonatos da Europa de Seniores Masculinos desde 2000 (adaptado da European Handball Federation (EHF))

Quadro 16 Classificações nos Jogos Olímpicos desde 2000

Quadro 17 Classificações nos Campeonatos do Mundo de Juniores Masculinos desde 2001 (adaptado da IHF)

Quadro 18 Classificações nos Campeonatos da Europa de Juniores Masculinos desde 2000 (adaptado da EHF)

Quadro 19 Dados do Distrito de Aveiro. Adaptado do Censos 2001 e da Câmara Municipal de Aveiro.

Quadro 20 Dados da Catalunha segundo o Intitut d’Estadística de Catalunya para 12 de 2004. Adaptado do Ajuntament de Barcelona.

Quadro 21 Títulos alcançados pelo FC Barcelona em Seniores Masculinos (andebol 7) até à época de 2008/09 (adaptado de um documento de apresentação da secção de andebol do FC Barcelona)

Quadro 22 Títulos alcançados pelo CD S. Bernardo em Seniores, Juniores e Juvenis Masculinos (andebol 7) até à época de 2008/09 (adaptado da Federação de Andebol de Portugal)

(13)

xi Índice de tabelas

Tabela 1 Recursos humanos e situação contratual do FC Barcelona.

Tabela 2 Apoio presencial em treino e em jogo no FC Barcelona.

Tabela 3 Quantidade de recursos espaciais do FC Barcelona.

Tabela 4 Distribuição dos pavilhões de treino durante a semana no FC Barcelona.

Tabela 5 Tempo de treino relativamente ao tipo de espaço no FC Barcelona.

Tabela 6 Distribuição do tempo de treino ao longo da semana no FC Barcelona.

Tabela 7 Distribuição dos jogadores pelos respectivos escalões no FC Barcelona.

Tabela 8 Etapas de formação por idades, número de equipas e de jogadores no FC Barcelona.

Tabela 9 Sistemas de jogo ofensivos do FC Barcelona.

Tabela 10 Modelos de jogo defensivos e do guarda-redes do FC Barcelona.

Tabela 11 Média da estatura e da massa corporal por posto específico da Equipo de Elite do FC Barcelona.

Tabela 12 Testes realizados para controlo e avaliação do treino no FC Barcelona.

Tabela 13 Tipo de apoios que os jogadores recebem do clube (FC Barcelona).

Tabela 14 Envolvimento dos encarregados de educação nos treinos, nos jogos e outras funções no cube (FC Barcelona).

Tabela 15 Comportamentos de pressão dos encarregados de educação sobre os filhos no FC Barcelona.

Tabela 16 Comportamentos facilitadores dos pais para a prática desportiva dos filhos no FC Barcelona.

Tabela 17 Classificação dos elementos de treino no FC Barcelona.

Tabela 18 Elementos utilizados pelos treinadores na estrutura da planificação no FC Barcelona.

Tabela 19 Rácio entre a preparação do jogo e o tempo dedicado às aprendizagens no FC Barcelona.

Tabela 20 Volume total e relação percentual entre treino e jogo por escalão no FC Barcelona.

Tabela 21 Volume total e relação percentual entre treino e jogo na Equipo de Elite do FC Barcelona.

Tabela 22 Volume total e relação percentual na formação do FC Barcelona.

Tabela 23 Estrutura dos exercícios por escalão quanto à forma (%) no FC Barcelona.

Tabela 24 Planificação dos exercícios e definição dos objectivos em função do tipo de análise/perspectiva do treinador no FC Barcelona.

Tabela 25 Classificação das componentes do exercício em função da performance do jogador no FC Barcelona.

Tabela 26 Conceitos em que os treinadores se baseiam para elaborar o seu plano de acção para os jogos no FC Barcelona.

Tabela 27 Critérios usados na gestão do tempo de jogo dos jogadores no FC Barcelona.

Tabela 28 Recursos humanos no CD S. Bernardo.

Tabela 29 Equipas de apoio presencial em treino e em jogo no CD S. Bernardo.

Tabela 30 Quantidade de recursos espaciais do CD S. Bernardo.

Tabela 31 Distribuição dos pavilhões de treino durante a semana no CD S. Bernardo.

Tabela 32 Tempo de treino relativamente ao tipo de espaço no CD S. Bernardo.

Tabela 33 Distribuição do tempo de treino ao longo da semana no CD S. Bernardo.

Tabela 34 Distribuição dos jogadores pelos respectivos escalões no CD S. Bernardo.

Tabela 35 Etapas de formação por idades, número de equipas e de jogadores no CD S. Bernardo.

Tabela 36 Sistemas de jogo ofensivos do CD S. Bernardo.

Tabela 37 Sistemas de jogo defensivos e do guarda-redes do CD S. Bernardo.

(14)

xii

Tabela 38 Médias da estatura e massa corporal por posto específico da equipa de Juniores do CD S.

Bernardo.

Tabela 39 Testes realizados para controlo e avaliação do treino no CD S. Bernardo.

Tabela 40 Tipo de apoio que os atletas recebem do clube (CD S. Bernardo).

Tabela 41 Envolvimento dos encarregados de educação nos treinos, nos jogos e outras funções no cube (CD S. Bernardo).

Tabela 42 Comportamentos de pressão dos encarregados de educação sobre os filhos no CD S.

Bernardo.

Tabela 43 Comportamentos facilitadores dos pais para a prática desportiva dos filhos no CD S. Bernardo.

Tabela 44 Classificação dos elementos de treino no CD S. Bernardo.

Tabela 45 Elementos utilizados pelos treinadores na estrutura da planificação no CD S. Bernardo.

Tabela 46 Capacidades motoras trabalhadas em cada escalão no CD S. Bernardo.

Tabela 47 Rácio entre a preparação do jogo e o tempo dedicado às aprendizagens (%) no CD S.

Bernardo.

Tabela 48 Volume total e relação percentual entre treino e jogo por escalão no CD S. Bernardo.

Tabela 49 Volume total e relação percentual na formação no CD S. Bernardo.

Tabela 50 Estrutura dos exercícios por escalão quanto à forma (%) no CD S. Bernardo.

Tabela 51 Planificação dos exercícios e definição dos objectivos em função do tipo de análise/perspectiva do treinador no CD S. Bernardo.

Tabela 52 Classificação das componentes do exercício em função da performance do jogador no CD S.

Bernardo.

Tabela 53 Conceitos em que os treinadores se baseiam para elaborar o seu plano de acção para os jogos no CD S. Bernardo.

Tabela 54 Critérios usados na gestão do tempo de jogo dos jogadores no CD S. Bernardo.

(15)

xiii Anexos

Anexo I – Entrevista realizada ao coordenador do Futbol Club Barcelona.

Anexo II – Entrevista realizada ao coordenador do Centro Desportivo São Bernardo.

Anexo III

– Questionário aplicado aos treinadores dos escalões de formação do Futbol Club Barcelona.

Anexo IV

– Questionário aplicado aos treinadores principais dos escalões de formação do

Centro Desportivo São Bernardo.

(16)

1 INTRODUÇÃO

Ao longo do séc. XX a sociedade nos países desenvolvidos foi conquistando mais tempo livre e, consequentemente, mudando os seus hábitos desportivos e o seu nível de envolvência com os mesmos. Assim, a prática desportiva foi evoluindo de tal forma que, na segunda metade do século, provocou a necessidade de estabelecer uma diferenciação entre os conceitos de “jogo”

e de “desporto” baseados nos níveis de investimento, objectivos, estruturas competitivas e contextualização social de cada um.

Segundo Brahm (cit Marivoet 2002), o desporto é um sistema institucionalizado de práticas desportivas competitivas com o objectivo de apurar o campeão ou o melhor resultado através da comparação de performances.

A elevação dos níveis competitivos e das exigências das várias modalidades desportivas obrigaram treinadores e dirigentes a investirem na estruturação das carreiras desportivas dos atletas. Este investimento levou ao escalonamento dos praticantes, ao estabelecimento de objectivos, de metodologias e de estratégias por etapas. Todos estes factores contribuíram para a construção e o surgimento de modelos de formação.

Por fim, é ainda de referir a importância da contextualização demográfica no desenvolvimento da prática desportiva. Segundo Sobral (2003) cada indivíduo é fruto da comunidade em que está inserido e o capital de transformação do mesmo é posteriormente devolvido à mesma comunidade. Como tal, a informação demográfica assume um papel de substancial importância na compreensão do desporto e de todo este processo de investimento e retorno.

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tendo em conta a actual quantidade de pessoas que praticam desporto, a diversidade de modalidades desportivas, os níveis de performance e de compromisso que se exigem, tem-se vindo a constatar um esforço crescente nos diferentes desportos em desenvolver modelos de formação desportiva a longo prazo, ficando assim mais fácil de controlar, explicar e influenciar fortemente os resultados desportivos no futuro, sejam eles repletos de sucesso ou não, através dos vários factores que nele intervêm (treino, genética e contextualizações ambiental e social).

Enquanto modelo de formação desportiva a longo prazo, este implica uma estruturação dividida

em várias etapas utilizadas como partes integrantes e sequenciais de todo um processo

evolutivo de aprendizagens por parte dos atletas. Podemos assim afirmar que o processo de

formação inicia-se desde o primeiro contacto do jovem praticante com uma qualquer prática

desportiva até à sua retirada do sistema competitivo em que está inserido, promovendo ao

(17)

2 longo desse percurso uma autonomia suficiente ao indivíduo para uma prática desportiva contínua na fase posterior.

À semelhança de todo o mundo desportivo, o andebol em Portugal como nós o conhecemos hoje (andebol de sete) é fruto de uma evolução que vem acontecendo desde há várias décadas, tendo-se apurado o primeiro campeão nacional na sua versão original (andebol de onze) na época de 1937/38, Dias (2006). Desde o número de praticantes por equipa, passando pelas dimensões e condições do recinto de jogo, até às constantes alterações das regras, tem sido uma modalidade em constante evolução. Evolução esta que tem tido implicações de fundo nos modelos de jogo e, consequentemente, nos seus artistas principais, os jogadores. Por conseguinte, o caminho percorrido pelo jovem praticante até chegar ao mais alto nível competitivo também tem sofrido modificações. Estas condicionantes têm exigido dos respectivos treinadores uma constante actualização de conhecimentos, uma necessidade de pesquisa científica e de inovações técnico-tácticas, sempre numa perspectiva de “criar” o andebolista ideal.

Na tentativa de aprofundar esta questão, surgiu o objectivo desta tese: compreender qual o modelo de formação mais eficaz que conduza o jogador de andebol no seu percurso até à alta competição. Nesta perspectiva, optámos pela apresentação e comparação entre os modelos de formação de dois clubes de inquestionável sucesso no andebol, o FC Barcelona (Espanha) e o Centro Desportivo São Bernardo (Portugal). Ao abordar os referidos modelos de formação, teve-se em consideração vários factores enquanto contributos fulcrais para o sucesso dos mesmos, nomeadamente, a organização do clube, da secção da modalidade, a gestão dos recursos e a organização competitiva por escalões, o planeamento e todos os conteúdos que lhe estão associados, os conceitos de uma formação a longo prazo, a avaliação da maturação dos atletas, os exercícios aplicados em cada escalão e os conceitos dos treinadores envolvidos neste estudo.

Como exemplo prático a estudar, tivemos a oportunidade de conseguir o acesso a um dos melhores clubes do mundo na modalidade de andebol, o FC Barcelona. Sem qualquer dúvida será uma das melhores fontes para aplicar os respectivos instrumentos de estudo, não só pelas provas dadas através de todo o sucesso desportivo alcançado ao mais alto nível como também pelas semelhanças culturais entre o povo espanhol e português, tornando-se mais fácil realizar, posteriormente, o

transfer das conclusões a retirar numa possibilidade futura de

aplicar um modelo de formação no andebol em Portugal.

1.1 Evolução histórica da modalidade

O andebol, tal como já foi superficialmente referido, sofreu várias modificações desde o seu

início até aos dias de hoje. Desde sempre que o homem se revelou um ser activo fisicamente,

(18)

3 quer pela sua necessidade de sobrevivência quer por motivos de ordem social. Como tal, a primeira referência escrita a uma actividade semelhante ao andebol encontra-se no longínquo séc. IX a.C. na obra “Odisseia” do poeta grego Homero, Dias (2006). Avançando no tempo, encontramos o antepassado mais próximo do andebol em França em fins do séc. XIX, o balon

français.

Com o nome de andebol,

hand (mão) e ball

(bola), surgiu já no início do séc. XX sendo atribuída a sua criação ao Professor Schellenz (Alemanha). Ainda na sua versão original, andebol de 11, chegou a fazer parte dos Jogos Olímpicos de Berlim (1936), tendo a actual versão de andebol de 7 tido o seu primeiro campeonato do mundo em 1938 e os seus primeiros Jogos Olímpicos em 1972 (Munique). Com fortes raízes no norte da Europa, é aí que se encontram as principais potências da modalidade desde a sua génese, tendo, posteriormente, se desenvolvido com igual qualidade noutros países como a Rússia, a França, a Espanha e a Croácia. Fora da Europa a sua popularidade é substancialmente menor, no entanto, ainda se encontram países capazes de apresentarem um elevado nível competitivo suficiente para igualar os do velho continente. Os seus principais representantes são o Brasil e a Argentina (América do Sul), o Egipto e a Argélia (África), e a Coreia do Sul (Ásia).

1.2 Caracterização da modalidade

Como qualquer modalidade desportiva também o andebol carece de uma caracterização para uma melhor compreensão da mesma. Nesta perspectiva considerámos como dimensões fundamentais a sua caracterização fisiológica, antropométrica, técnica e táctica.

1.2.1 Características fisiológicas

Por norma, quando se caracteriza o esforço de uma determinada modalidade, tem-se a tendência para analisar o mesmo tendo como referência o escalão de topo, os seniores. Sendo esta uma tese sobre as etapas de formação, não podemos deixar de alertar para as implicações a este nível de diferenças em função dos escalões etários da maturação e género.

É, portanto, fundamental ter o conhecimento do estatuto maturacional em que se encontra o jovem e compreender as diferenças entre o sexo masculino e o feminino (particularmente após a puberdade) para ter noção do tipo de esforço que cada representa para os seus organismos.

Para melhor compreendermos o tipo de esforços do andebolista, torna-se forçoso conhecer a

estrutura básica funcional da modalidade, ou seja, todo o dinamismo das acções que lhe são

inerentes e os respectivos elementos que contribuem para as mesmas (a bola, os jogadores, o

campo de jogo, as balizas e as regras), Fernandéz-Castanys & Rios (2009). Como resultado

destas acções surgem os factores temporais (relação actividade-pausa) assim como a

intensidade predominante do esforço. a, São estes os dois principais factores a serem

estudados para conhecer as principais vias energéticas do andebolista. Quando se tenta

caracterizar o jogo de andebol, deparamo-nos com um leque muito variado de acções motoras

num contexto complexo de contínuas inter-acções motrizes, Fernandéz-Castanys & Rios

(19)

4 (2009). Tal, promove contributos distintos das vias energéticas para diferentes acções. Ao longo do jogo várias são as acções de carácter explosivo, como as desmarcações, as fintas, os remates, etc., verificando-se aqui o predomínio da via anaeróbia aláctica (PC e ATP). Estas acções estão intercaladas com outras de menor intensidade consideradas de carácter misto (60-80% do VO

2

máx) chegando mesmo, por vezes, a valores de carácter aeróbio (<60% do VO

2

máx), Fernandéz-Castanys & Rios (2009). De acordo com vários estudos já realizados, Jewtushenko (1990), García (1992) e Chirosa

et al. (1999) mencionados por Fernandéz-

Castanys & Rios (2009) concluiu-se que as acções técnicas principais verificadas no decorrer de um jogo são de carácter explosivo-reactivo, quer ao nível dos membros superiores quer dos membros inferiores. Como tal, o acumular da combinação de todas estas acções promove uma carga neural muito elevada e, consequentemente, uma enorme solicitação do Sistema Nervoso Central. Além da atenção que implica esta forte solicitação, também é fundamental preparar adequadamente todo o sistema músculo-esquelético por toda a exigência mecânica que lhe é solicitada. Devido a estes factores e pela predominância das acções musculares do tipo estiramento-encurtamento, o trabalho nesta área da formação deve ir ao encontro do desenvolvimento do tempo de reacção, da força reactiva e explosiva, quer como factor estabilizador quer como factor funcional, Fernandéz-Castanys & Rios (2009).

Podemos então concluir que deve haver uma particular atenção ao processo de maturação do(a) jovem andebolista, de forma a planificar as cargas adequadas em cada etapa da sua formação, promovendo um programa de treino que vise a melhoria do desempenho em simultâneo com a prevenção de cargas desadequadas indutoras de lesões. Relativamente às vias energéticas a potenciar deve dar-se especial atenção às de carácter anaeróbio aláctico, às potência e capacidade lácticas e à potência aeróbia . Ao longo da formação do jovem andebolista deve-se potenciar o sistema neuromuscular devido à predominância de acções de carácter explosivo, Fernandéz-Castanys & Rios (2009).

Quadro 1 Necessidades energéticas em função do posto específico (trabalho por mim adaptado de Álvaro, J. 1989 e citado por Francisco Moreno Blanco, 2004).

Posto específico Necessidades energéticas

Guarda-redes Actividade de curta duração

Laterais Actividade de alta intensidade, duração curta, com pausas/semi-pausas médias Pontas Actividade de alta intensidade, duração curta, com pausas/semi-pausas médias Central/Pivot Actividade de alta intensidade, com poucas pausas.

(20)

5

Quadro 2 Capacidades físicas por posto específico (trabalho retirado de Román 1994 citado por Francisco Moreno Blanco, 2004).

Posto específico

Guarda-redes Ponta Pivot Lateral Central

Agilidade 25% 10% 10% 5% 10%

Flexibilidade 25% 10% 10% 10% 10%

Força geral 10% 5% 25% 15% 5%

Força dos membros inferiores 10% 15% 15% 25% 25%

Resistência 5% 25% 10% 25% 25%

Velocidade geral 10% 25% 5% 10% 10%

Resistência específica 15% 10% 25% 10% 15%

1.2.2 Características antropométricas

De acordo com o trabalho realizado por Román (2001) na recolha de dados antropométricos das selecções participantes no XVII Campeonato do Mundo realizado em França no ano de 2001, as médias de estatura e massa corporal das cinco primeiras selecções foram as seguintes:

Quadro 3 Média da estatura e da massa corporal das 5 primeiras selecções XVII do Campeonato do Mundo de 2001 (trabalho retirado de Román 2001 e citado por Francisco Moreno Blanco)

Selecções Estatura (cm) Massa corporal (Kg)

França 189 89,62

Suécia 190 90

Jugoslávia 191 94,44

Egipto 190 92,25

Espanha 192 95,1

Quadro 4 Distribuição da frequência de atletas em função da estatura e massa corporal das 5 primeiras selecções do Campeonato da Europa de Andebol Masculino sub20 em 2006. Trabalho adaptado de Hagleitner 2006.

Estatura (cm) Massa

corporal

<174 175-179 180-184 185-189 190-194 195-199 >199 Média Média

Alemanha 1 0 0 4 7 2 2 191,19 90,10

Suécia * * * * * * * * *

Dinamarca 0 0 1 5 7 1 2 191,07 89,73

Sérvia 0 0 0 4 5 6 1 192,69 89,25

Bielorrússia 0 0 3 3 3 6 3 192,13 87,5

*Não foi possível apresentar os dados da selecção da Suécia pois não constam do estudo realizado.

Quadro 5 Distribuição da frequência de atletas em função da estatura e massa corporal das 5 primeiras selecções da Campeonato da Europa de Andebol sub 18 Masculino. Trabalho adaptado de Tuma 2008.

Estatura (cm) Massa

corporal

<185 185-190 191-195 196-200 >200 Média Média

Alemanha 2 5 5 3 1 191,3 88,7

Dinamarca 4 4 4 3 0 188,6 82,0

Suécia 4 5 4 1 2 189,1 85,3

Islândia 4 4 6 2 0 189,5 83,1

Croácia 7 1 5 2 1 188,7 87,2

(21)

6 1.2.3 Modelos técnico-tácticos

Sustentado em Garcia (2000), Ehret, Späte, Schubert & Roth (2008) e Moya (2009), autores utilizados como referência na modalidade, apresentamos os modelos técnico-tácticos defensivos, os modelos técnico-tácticos ofensivos e o caso específico do guarda-redes.

Modelos técnico-tácticos defensivos

Além da necessidade de um bom planeamento que promova um bom e saudável desenvolvimento físico, não é menos importante a necessidade do mesmo no que ao desenvolvimento técnico diz respeito. Quando iniciamos a estruturação do nosso planeamento técnico, importa desde logo compreender que este terá que ter em conta 5 perspectivas nas quais temos que desenvolver os nossos jogadores, a saber: atacante com bola, atacante sem bola, defensor do atacante com bola, atacante do defensor sem bola e guarda-redes.

Defensor do atacante com bola:

- Estar numa posição de equilíbrio, mais ou menos alta em função da distância do atacante à baliza e que lhe permita deslocamentos rápidos em qualquer direcção.

- A sua referência para o seu posicionamento deve ser o braço executor do atacante e não o seu tronco pois o que importa é estar entre a linha de remate/passe e a baliza/outros atacantes.

- A distância para com o atacante deve ser gerida em função do mesmo, ou seja, da sua posição mais ou menos ofensiva e da zona do campo que lhe seja mais ou menos favorável à finalização.

- Utilizar o seu corpo para bloquear as trajectórias do atacante.

Defensor do atacante sem bola:

- Estar numa de posição de equilíbrio que lhe permita ter no seu campo visual o portador da bola e o seu atacante directo de forma a poder executar deslocamentos rápidos em qualquer direcção e em qualquer momento.

- Iniciativa de dissuasão na tentativa de ganhar uma intercepção da linha de passe ou

um reequilíbrio defensivo depois duma vantagem do ataque.

(22)

7 - Capacidade perceptiva e noção espaço-temporal para conseguir a intercepção de um passe. Tecnicamente, não deixa de ser uma recepção, com as diferenças de que o passe não lhe era dirigido e que deve ter logo a intenção de aproveitar a acção em favor do seu contra- ataque.

- O posicionamento de forma a estar sempre pronto a ajudar um colega sem, contudo, deixar de estar enquadrado com o seu atacante directo.

- Realizar a dobra, que não é mais do que a consumação da sua preparação no seu posicionamento. Neste caso é fundamental avaliar bem a situação para conseguir minimizar ao máximo a vantagem conseguida pelo ataque, podendo consegui-lo através da dissuasão (como já foi referido), de uma falta sobre o atacante com bola (dentro das regras) ou dificultar a linha de passe e a respectiva continuidade do ataque.

Modelos técnico-tácticos ofensivos

O atacante sem bola:

- A desmarcação que deve ocorrer no momento e para o espaço certos. Quando se fala em desmarcação a tendência será imaginar defesas 1x1, no entanto, na maior parte dos casos as defesas são zonais e não é por isso que deixa de haver desmarcações. Apenas estas decorrem num espaço de campo e de tempo mais reduzidos. Aquando da sua execução, o atacante deve ter em atenção a procura da criação da linha de passe num espaço entre defesas (ou nas suas costas) e com uma orientação corporal favorável para atacar a baliza.

Através da desmarcação também poderá acontecer a criação de espaços para outros atacantes (com ou sem bola) tirarem proveito.

- O bloqueio aos defensores de forma a bloquear a trajectória do defesa e libertar assim o atacante com bola (podendo este dirigir-se para uma vantagem directa para finalizar) ou o atacante sem bola (no caso de estar a ser defendido 1x1 poderá desmarcar-se mais facilmente). Também é comum no trabalho do pivot executar uma sequência destas duas acções, bloquear, e desmarcar-se nas costas do defesa que vai à dobra.

O atacante com bola:

- A fixação do defensor directo. Esta acção torna-se mais fácil perante defesas

profundas, em que os próprios defesas tomam a iniciativa de se aproximarem do atacante com

bola. Todavia, também é necessário consegui-lo perante defesas mais recuadas e, para isso, é

fundamental que o atacante com bola seja considerado uma ameaça à baliza. Desta forma, o

atacante deve procurar uma proximidade para com o seu defensor directo que lhe permita a

(23)

8 sua fixação mas com uma distância de segurança suficiente da bola para que possa dar continuidade ao seu ataque. Esta acção também pode ser realizada para libertar um colega que esteja desmarcado na direcção da baliza (situação muito comum quando o ataque tem superioridade numérica).

- O passe. Provavelmente considerado por alguns como uma execução banal, na nossa opinião é a execução técnico-táctica mais importante. Sem ele não é possível jogar, não é possível organizar o ataque, não é possível construir situações de finalização, logo, não há golos (quantas vezes não ficamos apenas com a imagem do golo gravada e esquecemo-nos que foi o último passe que proporcionou tal finalização?). O passe é fundamental no controlo da posse de bola ao mesmo tempo que proporciona uma organização consistente do ataque.

Para isso é fundamental ter um elevado reportório de execuções para adaptá-las aos diferentes contextos e, não menos importante, conseguir dissociar as diferentes partes do nosso corpo, para que assim a execução do passe nunca fique hipotecada nem seja denunciada por qualquer movimento das pernas ou tronco.

- O remate, enquanto execução que permite a obtenção de golos (um dos principais objectivos do jogo) é claro que assume uma grande importância. No andebol contemporâneo, para que se possa rematar com eficácia, é fundamental a velocidade de execução (especialmente se for da 1.ª linha) pois, devido à altura e envergadura dos atletas associadas à sua velocidade de deslocamento, o espaço e o tempo para rematar é diminuto. À semelhança do passe, também no remate o reportório vasto de execuções é fundamental para que o atacante tenha soluções para qualquer contexto de oposição que lhe surja e como elemento surpresa. Nesta perspectiva, também aqui é fundamental que o remate dependa apenas do antebraço e pulso. Assim, será mais difícil ao defesa controlar o atacante e ao guarda-redes fazer a leitura da trajectória da bola.

- A finta na situação 1x1 em que, tal como nos dois elementos anteriores, o domínio das várias fintas existentes e suas variantes deve ser o mais vasto possível. Assim, tornar-se-á mais fácil ao atacante adaptar-se a diferentes tipos de defensores, sistemas defensivos e situações especiais. Independentemente do tipo de finta a realizar, há dois objectivos a ter em conta: o primeiro é desequilibrar o defensor directo; o segundo, depois de conseguido o primeiro, sair da finta em equilíbrio de forma a poder estar nas melhores condições para decidir/executar qualquer acção técnico-táctica (finalizar, assistir ou dar continuidade).

O caso específico do guarda-redes

O guarda-redes, considerado por muitos como sendo 50% da equipa (tal o número de

solicitações no decorrer de um jogo e com influência directa no resultado) carece de uma

preparação distinta de todos os outros jogadores. No plano técnico as opiniões dividem-se,

(24)

9 onde as principais escolas (sueca e croata) divergem. Esta divergência tem um fundamento claro nos sistemas defensivos tradicionalmente utilizados por estas selecções, promovendo situações de finalização distintas aos seus adversários e, consequentemente, um protótipo de guarda-redes adequado às suas necessidades. Todavia, há parâmetros onde todos convergem:

- É fundamental que o guarda-redes controle o atacante com bola numa posição confortável que lhe permita, em qualquer momento, chegar a qualquer parte da sua baliza o mais rápido possível. Para tal deve ter os membros inferiores ligeiramente flectidos, efectuando deslocamentos que lhe promovam o equilíbrio, com as mãos acima dos cotovelos e com um campo de visão que lhe permita ver sempre o portador da bola e a própria.

- Relativamente às defesas, mais do que a espectacularidade importa a eficácia e neste sentido deve, sempre que possível, tentar que a bola fique ao seu alcance para que rapidamente possa iniciar o contra-ataque (ao contrário do que possa aparentar, o guarda- redes tem um papel fundamental na fase ofensiva na forma como pode promover o contra- -ataque).

- Por último, não são só os jogadores de campo que podem fintar. Também o guarda- redes o faz, especialmente nas situações que lhe são mais desvantajosas (remates de pivot, dos extremos, de contra-ataque, livre de 7m, etc.) e em que o leque de opções de finalização é maior. Aqui, o guarda-redes pode optar por oferecer determinadas zonas da baliza ou próximas ao seu corpo para no último instante fechar aí a trajectória do remate.

Em cada uma destas 5 perspectivas é fundamental que se tenha a preocupação do

desenvolvimento de todas as capacidades e habilidades que promovam a técnica na relação

do 1x1, pois desenvolvem simultaneamente aspectos técnicos, tácticos e psicológicos, Moya

(2009), e serão estas que darão ao jogador no futuro a capacidade de responder

adequadamente a cada estímulo e desafio que lhe vão surgindo sucessivamente. Também por

este motivo, cada vez mais faz menos sentido falar exclusivamente em qualidades técnicas e

qualidades tácticas separadamente, pois sempre que o jogador executa uma determinada

acção, dá-se todo um processo cognitivo baseado no processamento de informação recolhida

para que tome as decisões sobre “o que fazer?”, “como fazer?” e “quando fazer?”. Ao

responder a estas 3 questões para que execute a sua acção o jogador está claramente a incluir

simultaneamente dimensões técnicas e tácticas. Por esse motivo, optei por abordar os factores

técnicos e tácticos em simultâneo. Nesta relação 1x1 a oposição pode-se verificar de uma

forma directamente observável em 3 contextos: atacante com bola x defensor do atacante com

bola; atacante sem bola x defensor do atacante sem bola; e atacante com bola x guarda-redes

(podendo escolher-se a perspectiva de defensor ou de atacante). E é nesta relação de

oposição directa que actualmente se definem os melhores jogadores e também as melhores

(25)

10 equipas, pois cada vez mais se verifica que a táctica grupal é submissa à táctica individual, em que as acções colectivas são mais limitadas no tempo do que as individuais. Nesta perspectiva, ao longo da formação técnica do jovem jogador deve-se ter sempre em atenção a sua capacidade de tomar decisões adequadas e num curto espaço de tempo, pois o andebol é um jogo cada vez mais rápido e, em oposição, cada vez se tem menos tempo para decidir e executar. Uma das características que diferencia os melhores jogadores é precisamente ao nível da tomada de decisão, em que, por um lado, estes só se focam no estritamente necessário escolhendo as referências fundamentais para o seu processamento de informação e decisão, por outro, têm a capacidade de executar acções em simultâneo com a sua avaliação das acções de colegas e adversários em seu redor permitindo-lhes decidir o que fazer imediatamente depois de concluírem a acção em execução. Por tudo isto, o desenvolvimento da percepção e da concentração no trabalho dos estímulos visuais assume um papel fulcral, Moya (2009).

1.2.4 Modelos tácticos

Os modelos tácticos, sejam ofensivos ou defensivos, são definidos por linhas cuja contagem é feita da baliza que se defende para a baliza que se ataca. Os lados esquerdo e direito são também definidos através da posição em campo de frente para a baliza que se ataca.

Exemplo do modelo táctico ofensivo 3:3:

- 1ª linha ofensiva constituída pelos laterais direito e esquerdo e pelo central;

- 2ª linha ofensiva constituída pelos extremos direito e esquerdo e pelo pivot.

Exemplo do modelo táctico defensivo 5:1:

- 1ª linha defensiva constituída pelos primeiros (esquerdo e direito), pelos segundos/médios (esquerdo e direito) e pelo terceiro/central;

- 2ª linha defensiva constituída pelo avançado.

Por fim, falta referir as situações especiais de desigualdade numérica fruto da exclusão temporária de um ou mais jogadores ou ainda da expulsão definitiva sem direito a substituição.

Nestes casos, quer nos modelos tácticos ofensivos como defensivos, cada treinador faz as

suas adaptações táctico-estratégicas de acordo com o que considera ser mais adequado ao

contexto do jogo.

(26)

11

Figura 1 - Ataque em ferradura/livre vs. Defesa individual

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Modelos tácticos ofensivos

Segundo este modelo os atacantes estão distribuídos pelo campo a toda a largura e profundidade do mesmo dando a imagem de uma ferradura na fase inicial da organização do ataque. O centro fica assim disponível para desmarcações. Modelo táctico de ataque apenas adequado perante o modelo táctico de defesa individual.

Segundo este modelo os atacantes estão distribuídos por 2 linhas. A 1ª é constituída pelos laterais esquerdo e direito e pelo central. A 2ª linha é constituída pelos extremos esquerdo e direito e pelo pivot.

Modelo táctico de ataque mais praticado no andebol contemporâneo. Algumas equipas optam por iniciar a organização do seu ataque com este modelo fazendo, posteriormente, uma entrada a 2º pivot de um qualquer elemento e adoptando o modelo táctico ofensivo 2:4.

Segundo este modelo os atacantes estão distribuídos por 2 linhas. A 1ª é constituída pelos laterais esquerdo e direito. A 2ª

linha é constituída pelos extremos esquerdo e direito e por 2 pivots. Modelo táctico de ataque praticado por algumas equipas que, depois de optarem por iniciar a organização do seu ataque com o modelo 3:3, executam uma entrada a 2º pivot de um qualquer elemento.

Figura 2 - Ataque 3:3

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 3 - Ataque 2:4

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

(27)

12 Modelos tácticos defensivos

Os modelos tácticos defensivos aqui apresentados, são-no de acordo com uma versão mais

“tradicional” e algo “limitada”. “Tradicional” porque são apresentados de uma forma estanque e, para serem melhor compreendidos, com a bola na posse do central. Também porque, não raras vezes, as estratégias sobrepõem-se à táctica como o exemplo de quando ouvimos o treinador indicar “3:2:1 do lado direito e 5:1 do lado esquerdo”. Ora, a defesa é constituída por apenas 6 jogadores, por isso, trata-se de, dentro do mesmo modelo táctico, aplicar estratégias diferentes em função dos atacantes. Numa tentativa de pioneirismo poderíamos chamar-lhes modelos tácticos “assimétricos”, assumindo estratégias distintas para cada um dos lados e continuando a ser uma defesa à zona. A forma “limitada” como são apresentados justifica-se na continuidade do último pensamento, pois cada vez mais são as estratégias que imperam nos pormenores tácticos defensivos, dando-lhes maior ou menor profundidade e/ou maior ou menor largura. Por esse motivo se assume modelos defensivos diferentes com nomenclaturas iguais, como é o caso do “6:0 da Suécia” que é diferente do “6:0 da Alemanha”. Pegando nesta perspectiva, um modelo táctico defensivo como o 6:0 (aparentemente mais recuado e passivo) pode ser mais profundo e activo do que o 5:1, por exemplo. Para concluir, há que ter sempre em conta dois factores: como se dispõem as linhas defensivas e quais as funções individuais de cada posição defensiva específica. Só compreendendo esta interligação, o treinador adversário estará em condições de orientar adequadamente a sua equipa de forma a obter sucesso no ataque.

Este modelo defensivo assenta numa responsabilidade individual de cada defesa sobre o seu atacante directo, podendo haver mais ou menos ajuda em função das indicações estratégicas de cada treinador. A marcação poderá ser feita a todo o campo, a meio campo (conforme aqui representado) ou um pouco mais recuado, consoante a profundidade desejada pelo treinador.

Figura 4 - Defesa individual

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

(28)

13

Defesas à zona:

Segundo este modelo a defesa é constituída por 2 linhas. A 1ª pelo defesa central e a 2ª pelos primeiros dos lados esquerdo e direito, pelos segundos/médios e pelo avançado. É um modelo de elevada responsabilidade individual devido a uma grande profundidade e grande largura também. Modelo largo e profundo baseado na defesa das trajectórias dos atacantes.

Segundo este modelo a defesa é constituída por 2 linhas. A 1ª pelos primeiros dos lados esquerdo e direito e pelo central. A 2ª linha pelos médios dos lados esquerdo e direito e pelo avançado. É um modelo de defesa profundo com elevada responsabilidade individual mas que já permite a ajuda entre os defesas. É um modelo estreito e profundo baseado na defesa das trajectórias dos atacantes assim como na defesa do espaço.

Segundo este modelo a defesa é constituída por 2 linhas. A 1ª pelos primeiros dos lados esquerdo e direito, pelos segundos/médios dos lados esquerdo e direito e pelo terceiro/central. A 2ª linha é constituída pelo defesa avançado. Modelo largo e com profundidade na zona central caracterizado pela defesa dos espaços aos 6m e com 1 elemento a dificultar a organização do ataque.

Figura 5 - Defesa 1:5

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 6 - Defesa 3:3

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 7 - Defesa 5:1

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

(29)

14

Segundo este modelo a defesa é constituída por 3 linhas: a 1ª pelos primeiros dos lados esquerdo e direito e pelo central; a 2ª linha pelos médios do lado esquerdo e direito; a 3ª linha pelo defesa avançado.

Modelo estreito e profundo caracterizado por elevada responsabilidade individual em simultâneo com muita ajuda entre os defensores.

Segundo este modelo a defesa é constituída por 2 linhas: a 1ª pelos primeiros dos lados esquerdo e direito e pelos segundos/médios dos lados esquerdo e direito; a 2ª linha pelos defesas avançados dos lados esquerdo e direito. Modelo profundo e pouco largo caracterizado por uma elevada responsabilidade individual dos avançados pelos laterais. Característico como resposta ao ataque 2:4.

Segundo este modelo a defesa é constituída por 1 linha defensiva: primeiros, segundos/médios e terceiros/centrais do lado esquerdo e direito. Modelo muito largo (o mais largo de todos) e, aparentemente, pouco profundo. No entanto, mediante determinadas estratégias e dependendo da capacidade de deslocamento dos defesas, poderá tornar-se profundo, bastante activo e condicionante para o ataque.

Figura 8 - Defesa 3:2:1

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 9 - Defesa 4:2

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 10 - Defesa 6:0

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

(30)

15

Defesas mistas:

Defesa constituída por 2 linhas: a 1ª pelos primeiros e segundos/médios dos lados esquerdo e direito e pelo terceiro/central; a 2ª linha pelo defesa avançado que faz marcação individual a um atacante. Modelo largo e profundo especificamente em relação a um jogador, caracterizado pela defesa do espaço por parte da 1ª linha defensiva e pela responsabilidade exclusiva do defesa avançado relativamente a um atacante.

Defesa constituída por 2 linhas: a 1ª pelos primeiros e segundos/médios dos lados esquerdo e direito; a 2ª linha pelos defesas avançados dos lados esquerdo e direito que fazem marcação individual a dois atacantes. Modelo pouco largo e profundo especificamente em relação a dois jogadores, caracterizado pela defesa do espaço por parte da 1ª linha defensiva e pela responsabilidade exclusiva dos defesas avançados relativamente a dois atacantes.

1.2.5 Factores determinantes no alto rendimento no andebol

Dada a diversidade de abordagens apresentamos o conjunto dos factores que se têm demonstrado determinantes partindo dos autores de referência da modalidade.

De acordo com as correntes aqui apresentadas, independentemente de uma maior ou menor especificação das mesmas, pode-se concluir que existe entre todas uma afinidade quanto aos factores determinantes para o alto rendimento no andebol, nomeadamente, antropométricos, condição física, técnica, táctica e psicossociais. De uma forma geral, todos confluem no realce dado às características genéticas dos jogadores. A descriminação desses factores propostos por diferentes autores encontra-se expressa no quadro abaixo apresentado.

Figura 11 - Defesa 5 + 1

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

Figura 12 - Defesa 4 + 2

Ο•- atacante com bola; Ο – atacante sem bola; Δ – defesa; – guarda-redes

(31)

16

Quadro 6 Factores determinantes para o alto rendimento no andebol de acordo com a formulação de vários autores.

Cercel (1980 e 1990)

Antón (1990)

Czerwinski (1993)

Hans-Dieter Trosse (1993)

Román (1994)

Laguna e Torrescusa (2000) Factores antropométricos:

- estatura - massa corporal - envergadura - diâmetro palmar Qualidades motoras:

- velocidade de execução - velocidade de reacção - habilidade

- força explosiva Resistência cardio-respiratória

- Medidas antropométricas - Condição física

- Capacidade técnica - Capacidade táctica - Capacidade psíquica - Condições pessoais

Factores morfológicos:

- estatura - massa corporal - envergadura

- perímetros dos membros - comprimentos dos membros Capacidade física geral:

- força

- fontes energéticas Factores psicológicos:

- temperamento - personalidade

- capacidade de relaxação Factores técnico-tácticos:

- individuais - ofensivos - defensivos - contra-ataque - guarda-redes

Factores antropométricos:

- morfologia - estatura - alavancas

- comprimento dos membros inferiores

- comprimento dos membros superiores

- dimensões da mão Factores físicos:

- características e fundamentos de condição física geral

- características e fundamentos da condição física específica

Factores técnicos:

- domínio das habilidades do jogo

Factores tácticos:

- aplicação das habilidades de jogo em contexto de

competição

Factores psicológicos:

- carácter - querer

- Valores antropométricos - Qualidades motoras - Riqueza nos níveis técnicos - Riqueza nos conteúdos tácticos

- Qualidades psicológicas

Factores biológicos:

- características funcionais - características

antropométricas Qualidades físicas:

- velocidade - força explosiva - agilidade

Factores psicológicos:

- controlo emocional - focalização da atenção - motivação

- capacidade analítica - receptividade

Referências

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