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BRUNO LOPES SALUSTIANO O EFEITO DO TREINAMENTO NA CAPACIDADE ANAERÓBIA E NA ANTROPOMETRIA DE ATLETAS ADULTOS DE FUTSAL

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INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO

BRUNO LOPES SALUSTIANO

O EFEITO DO TREINAMENTO NA CAPACIDADE ANAERÓBIA E NA

ANTROPOMETRIA DE ATLETAS ADULTOS DE FUTSAL

Rio Claro 2009

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

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BRUNO LOPES SALUSTIANO

O EFEITO DO TREINAMENTO NA CAPACIDADE ANAERÓBIA E NA ANTROPOMETRIA DE ATLETAS ADULTOS DE FUTSAL

Orientador: Prof. Ms. Fabio Augusto Barbieri Supervisor: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Câmpus de Rio Claro, para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física

Rio Claro

2009

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Dedicatória

Dedico esse trabalho a todos que fizeram parte da minha vida de maneira positiva durante esses quatro, que posso chamar por enquanto, melhores anos da minha

vida!!!

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Agradecimentos

Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a confecção desse trabalho e para a conclusão dessa formação.

Agradeço minha mãe que eu posso dizer sem dúvida nenhuma que é A MELHOR MÃE DO MUNDO, pois sempre, precisando ou não, esteve presente para me ajudar, independentemente no que...

Agradeço meu pai que, apesar de meio super protetor as vezes, ficou no meu pé todos os dias durante esses quatro anos e me ajudou muuuuuito, e não somente na parte financeira, que foi uma ajuda do #@@#*$*&, mas também me ajudando sempre que eu precisei em tudo...

Agradeço meu orientador o “Coach” porque se num fosse ele, acho difícil encontrar alguém que tivesse paciência suficiente pra agüentar os migués meu e do Jamal...

Agradeço ao meu tio Wilson, meu padrinho emprestado, simplesmente por fazer parte da minha vida. Obrigado por tudo que você me ensinou e tenho certeza que ainda vai ensinar muito...

Agradeço aos meus colegas que foram um fator importantíssimo pra fazer desses os melhores quatro anos da minha vida... Em especial, num posso deixar de lembrar de alguns, que sem duvida nenhuma não mexeram comigo somente como colegas, mais passaram a fazer parte da minha vida como amigos: Marol(IDIOTA!!!), Paulinha, Dú, Lukinhasss, Fi, Viny, Betinho, Andrei, André, Renan, Julian, Issac.

Obrigado por tudo!!!

Ao meu amigo Jamal, meu companheiro nesses quatro anos de faculdade, amigo pra todas as horas, principalmente pras madrugadas nos Pronto-Socorros de Rio Claro, =D, que foi uma das pessoas que sem dúvida nenhuma eu posso chamar de irmão pra mim...

Obrigado seu Crioulo Rastafari do Cacete!!!

Agradeço também ao meu sogro, Sr. João, minha sogrinha, Regina e meus cunhados, Bruno e Thaís, que nesses últimos anos de faculdade fizeram com que eu sentisse que eu tinha minha família mais perto de mim aqui em Rio Claro me acolhendo de uma maneira que eu jamais vou ter como agradecer em toda a minha vida...

E lógico que não poderia faltar, os agradecimentos para uma pessoa que eu posso dizer sem dúvida nenhuma que desde que entrou na minha vida é a pessoa mais importante dentro dela, minha namorida linda ALINE, brigado por sempre me apoiar, sempre estar do meu lado nas horas que eu mais precisei aqui, por me fazer rir e chorar, por fazer parte da minha vida... por me amar... Saiba que EU AMO VOCÊ... e sem ter dúvida alguma a respeito disso quero você do meu lado pro resto da minha vida... até ficarmos velhinhos juntos... TE AMO DEMAIS MINHA

LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 006

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 008

2.1 Antropometria ... 009

2.2 Resistência Anaeróbia e Limiar Anaeróbio ... 011

3 OBJETIVO ... 013

4 MÉTODO ... 014

4.1 Medidas Antropométricas ... 015

4.2 Avaliação da capacidade anaeróbia ... 016

4.3 Análise estatística ... 016

5 RESULTADOS ... 018

6 DISCUSSÃO ... 021

6.1 Características Antropométricas ... 021

6.2 Capacidade Anaeróbia ... 022

7 CONCLUSÃO ... 023

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 024

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1. INTRODUÇÃO

O futsal é uma modalidade relativamente nova, e mesmo assim já é uma das modalidades com maior número de praticantes no Brasil, tanto para fins de competição, quanto para a diversão. O seu desenvolvimento repentino trouxe mudanças tanto nas ações técnicas como nas ações táticas do jogo, fazendo com que a capacidade física dos jogadores fosse mais exigida. A melhora da capacidade física ajuda no desempenho dos jogadores durante as técnicas-táticas do jogo.

O futsal, assim como os demais jogos coletivos, é caracterizado por um amplo cartel de movimentos que são específicos da modalidade em questão. Dois dos fatores importantes dentro desse cartel de especificidade são a antropometria e a

capacidade anaeróbia do atleta.

Nesse sentido a utilização de técnicas antropométricas pode favorecer a análise do crescimento e desenvolvimento de atletas praticantes de futsal, uma vez que as informações produzidas podem proporcionar importantes comparações com os padrões populacionais estabelecidos pela literatura (DIAS e colaboradores 2007).

Para atletas de alto nível, a antropometria pode auxiliar no desempenho. A

conformação física “ideal” para a prática do futsal pode aumentar o rendimento do atleta dentro da partida. Atletas com maior massa muscular e menos gordura

corporal costumam apresentar melhores performances durante a partida (BARBIERI, 2009).

Já a capacidade anaeróbia, que, pela característica intermitente do futsal é uma capacidade muito utilizada durante a prática de futsal (GENEROSI e colaboradores 2007). A resistência anaeróbia é decisiva em diversos lances do futsal, pois durante a partida este sistema é exigido em corridas curtas para interceptar um adversário, ou mesmo para finalizar ao gol (BARBIERI, 2009). Esta capacidade é desenvolvida através de corridas em alta intensidade e de curta duração, ou com jogos adaptados

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que exija dos atletas que em curto espaço de tempo eles tenham que se movimentar em alta velocidade. Durante o treinamento, este capacidade é enfatizada para

aumentar o desempenho do atleta e tornar a equipe mais veloz durante o jogo.

Ainda, o treinamento da capacidade anaeróbia auxilia a manutenção da potência do jogador durante a partida.

O conhecimento sobre composição corporal, assim como da capacidade anaeróbia dos atletas são cada vez mais necessários para melhorar o desempenho na

modalidade. É importante a obtenção desse conhecimento para que o treinador possa planejar e programar o treinamento, com objetivos tanto a curto quanto em longo prazo, favorecendo feedback mais esclarecedor (SVENSSON & DRUST, 2004).

Baseado nisso, o estudo buscou analisar o efeito do treinamento sobre a antropometria e capacidade anaeróbia de jogadores de futsal. Espera-se que o treinamento seja eficaz em promover melhoras na composição corporal e na capacidade aeróbia dos atletas de futsal. Especificamente, acredita-se que os jogadores diminuam a porcentagem de gordura corporal após o período de treinamento e que os jogadores tornem-se mais rápidos e resistentes a fadiga.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Dentro da literatura existem muitos estudos que tratam da relação de resistência anaeróbia, características antropométricas e o futsal. A seguir serão apresentados alguns trabalhos que estudaram o treinamento dentro do futsal, além de alguns estudos que relacionam a resistência anaeróbia e a antropometria de atletas de futsal com o treinamento, assim como, métodos para avaliação das variáveis anaeróbias e antropométricas voltadas para o futsal.

A utilização de testes, tanto de laboratório quanto de campo é uma das maneiras mais adequada e precisa para avaliação no futsal (SVENSSON e DRUST, 2004). Os testes são a maneira mais prática e econômica para a obtenção de resultados relativos à aptidão física dos atletas, e o único empecilho encontrado nesses testes é a alta demanda de tempo livre necessária para sua devida realização. Na maioria das vezes, esses testes são realizados antes do início e após o término da temporada regular, tanto na categoria amadora quanto na profissional.

Baseados nos resultados encontrados, os treinadores podem realizar algumas intervenções nos treinos visando a melhor eficiência do treinamento dentro daquela variável.

Devido a isso, conhecer mais a fundo as características antropométricas e de resistência anaeróbia dos jogadores de futsal nos dias de hoje, é essencial para prescrição de um treinamento equilibrado que supra as necessidades de cada atleta e da equipe de forma geral.

Cyrino e colaboradores (2002) realizaram um estudo com o objetivo de analisar o efeito do treinamento de futsal sobre a composição corporal e o desempenho motor de jovens atletas. O grupo treinamento foi composto por 8 atletas de futsal da categoria juvenil (16,87±0,83 anos) e o grupo controle por 11 meninos não praticantes de nenhum esporte (15,57±1,31 anos). Os atletas foram

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submetidos ao treinamento específico de futsal durante 24 semanas e o grupo controle não realizou nenhum programa de atividade física sistematizado. Os testes motores empregados foram impulsão horizontal, impulsão vertical com auxílio dos braços, abdominal modificado, sentar-e-alcançar e shuttle run. A gordura corporal relativa foi estimada pelas equações de Slaughter et. al. (1988). Notou-se modificação corporal e melhoria do desempenho motor nos indicadores de força/potência muscular (impulsão horizontal) e agilidade (shuttle run) para ambos os grupos, mas com uma melhora significante para o grupo treinamento.

Arins e Silva (2007) avaliaram 5 jogadores de uma equipe de futsal masculino adulto com o objetivo de caracterizar as respostas fisiológicas dos atletas profissionais de futsal durante o treinamento coletivo, de acordo com a posição de atuação desempenhada pelos atletas. Os atletas foram avaliados por um teste ergoespirométrico máximo, que forneceu o consumo de oxigênio, a freqüência cardíaca e o quociente respiratório, valores utilizados para gerar equações de regressão para estimativa do gasto calórico e da intensidade do trabalho. O estudo constatou que entre os atletas, o goleiro é o menos exigido, seguido pelo pivô. Os atletas mais exigidos são os alas e os fixos, demonstrando que pode ser necessário um treinamento específico para cada atleta de acordo com a exigência do jogo. No entanto, é preciso cuidado, uma vez que o futsal é caracterizado por trocas constantes de posição e todos os jogadores, com exceção do goleiro, precisam saber atuar em diferentes posições (BARBIERI, 2009).

2.1. Antropometria

A antropometria é uma técnica que há muito tempo vem sendo utilizada pelo homem, para sanar suas curiosidades em relação às proporções corporais, tanto pela estética quanto para as questões de Saúde (MINATEL, 2005).

Pollock, Wilmore e Rocha (1993) demonstraram que antropometria é a ciência que estuda as medidas de tamanho, peso e proporções do corpo humano. Para Guedes e Guedes (1997), a antropometria é uma técnica sistematizada que é utilizada para a mensuração das dimensões do corpo humano, e deve ser realizada com instrumentos específicos e procedimentos rigorosos e padronizada para garantir sua veracidade. Caso essa medida seja feita com desdém ou com aparelhos fora do

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padrão necessário, suas medidas podem não alcançar o resultado esperado, uma vez que essas medidas podem ser facilmente obtidas de forma erronia.

Dentro de todo o cartel de medidas que podem ser obtidos através da antropometria, o peso e a estatura são as mais utilizadas (BARBANTI, 1994). Estas medidas podem ser utilizadas para verificar possíveis associações entre as proporções corporais e o desempenho.

Avelar e colaboradores (2008) investigaram a correlação entre o perfil antropométrico e as diferentes posições exercidas dentro de quadra pelos atletas.

Para tanto, foram coletadas as medidas antropométricas (massa corporal, estatura e espessura de dobras cutâneas) de 27 atletas (24,7±6,4 anos; 73,6±7,6 kg;

174,8±6,6cm), do sexo masculino, pertencentes as equipes finalistas do campeonato paranaense categoria adulto. Para a análise dos dados, os atletas foram agrupados de acordo com a posição de jogo. Verificou-se diferença significativa entre os jogadores de diferentes posições de jogo apenas nas variáveis: massa corporal (alas

< goleiros, p<0,01), estatura (alas < pivôs e goleiros, p<0,01) e massa corporal magra (alas < goleiros, p<0,01), porém os resultados encontrados no presente estudo sugerem que atletas de futsal apresentam, na maioria das variáveis analisadas, características antropométricas semelhantes entre as posições de jogo, assim fazendo com que a antropometria apresentada pelo atleta não influencie de forma eficiente na definição do posicionamento que o jogador vai exercer dentro de quadra.

Dias e colaboradores (2007) tiveram como propósito analisar as características antropométricas de jovens atletas de futsal e, posteriormente, estabelecer comparações entre diferentes categorias competitivas. Para tanto, 232 atletas do sexo masculino, de 8 a 18 anos, das categorias sub 9 (8-9 anos; n = 56), sub 11 (10-11 anos; n = 62), sub 13 (12-13 anos; n = 36), sub 15 (14-15 anos; n = 29), sub 17 (16-17 anos; n = 35) e sub 19 (18 anos; n = 14) foram submetidos a mensuração das medidas antropométricas de massa corporal, estatura, perímetro braquial e espessura de dobras cutâneas (tríceps e subescapular). A massa corporal aumentou significativamente em todas as categorias, atingindo platô na sub 17 e sub 19. Na área muscular do braço, as categorias sub 9 e sub 11 se diferiram de todas e a sub 13 e sub 15 foram diferentes da sub 17 e sub 19. A porcentagem de gordura diminuiu com o passar dos anos, diferindo-se significativamente após a categoria Sub 11. Conclui-se que atletas jovens de futsal podem ser enquadrados dentro do

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perfil normal da população de mesma idade levando em conta suas características antropométricas. Ainda, é preciso ter cuidado na prescrição do treinamento para as diferentes categorias, uma vez que os atletas das diferentes categorias apresentam características antropométricas distintas.

Queiroga e colaboradores (2004) determinaram o perfil antropométrico de jogadoras profissionais de futsal de acordo com a função tática desempenhada em quadra. Participaram do estudo 112 jogadoras de futsal pertencentes às dez equipes de sete estados que disputaram a X Taça Brasil de Clubes. As variáveis de massa corporal, estatura, espessuras de dobras cutâneas, perímetros corporais e diâmetros ósseos foram coletados com a finalidade de estabelecer o perfil antropométrico das atletas. Os resultados demonstraram que em relação às variáveis antropométricas, as goleiras de futsal feminino de alto nível competitivo possuíram maior massa corporal quando comparadas às alas e as pivôs, devido, sobretudo, a um maior acúmulo de gordura corporal, ao passo que as atletas de linha apresentaram características semelhantes para as respectivas variáveis. Sendo assim, os resultados do presente estudo permitem concluir que, ou a função tática desempenhada em jogo não parece ser um fator decisivo para causar modificações morfológicas nestas atletas, ou que o treinamento destas atletas não está sendo realizado dentro do princípio da especificidade para cada posição, o que não ocorre normalmente no futsal.

2.2. Resistência anaeróbia e limiar anaeróbio

A maioria dos esportes com bola é considerado exercício anaeróbio e intermitente, com mudanças freqüentes de curta duração, ou seja, muitas variações de direção de movimento em um curto espaço de tempo, de esforço físico para períodos de pausa e vice-versa (ASTRAND e RODAHL, 1980).

O grau de desenvolvimento das capacidades físicas no futebol é fator determinante do nível desportivo do jogador. Balikian e colaboradores (2002) realizaram um estudo com o objetivo de comparar valores de limiar anaeróbio e consumo máximo de oxigênio entre jogadores profissionais de futebol de diferentes posições. Para tanto, 25 atletas (idade = 22,08±8,28 anos, peso = 76,12±9,8kg, estatura = 179,8±7,1cm e relação corporal = 12,21±3,67% de gordura corporal) foram divididos em cinco grupos: goleiros (GO), zagueiros (ZA), laterais (LA), meio-

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campistas (MC) e atacantes (AT). O VO2max foi determinado em esteira ergométrica através de análise direta e a velocidade de corrida correspondente ao limiar anaeróbio fixo de 4mM (V4mM), em teste de campo (2 x 1.000m a 90 e 95%

da velocidade máxima para a distância) através de interpolação linear. A V4mM foi menor (p < 0,05) para o grupo GO em relação aos demais grupos. Além disso, os grupos LA e MC apresentaram valores de V4mM significantemente maiores em relação aos grupos ZA e AT. O grupo GO mostrou VO2máx significantemente menor em relação a todos os outros grupos, sendo que estes últimos não apresentaram diferença entre si. Uma vez que os atletas de diferentes posições não realizavam treinamento diferenciado, os autores creditam as diferenças encontradas à especificidade da movimentação durante partidas e coletivos.

Para o futsal a análise da capacidade anaeróbia não é muito evidenciada em estudos. No entanto, devido as características do jogo a necessidade de pesquisas com este intuito são importantes para o desenvolvimento do esporte e melhora do treinamento.

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3. OBJETIVOS

O objetivo deste estudo foi verificar e analisar o efeito do treinamento de futsal nas características antropométricas, na capacidade anaeróbia e na velocidade máxima de atletas de futsal da categoria adulta.

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4. MÉTODO

Participaram do estudo 13 atletas da categoria principal de uma equipe de futsal de nível estadual do sexo masculino. Todos os atletas assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido aprovado pelo comitê de ética local.

Os participantes foram submetidos a uma rotina de avaliação que envolveu medidas antropométricas (massa corporal, estatura, espessura das dobras cutâneas e perímetros corporais) e testes para estimativa da capacidade anaeróbia. Os testes e medidas foram divididos em dois dias com intervalo de 48 horas. No primeiro dia foram avaliadas as medidas antropométricas enquanto no segundo dia a capacidade anaeróbia.

As avaliações foram realizadas antes e após período de treinamento. A duração do treinamento foi de 12 semanas. O treinamento compreendeu estímulos físicos, técnicos e táticos (com e sem bola). O período de treinamento foi o primeiro ciclo de treinamento da temporada da equipe de futsal. Os treinamentos

especificamente físicos corresponderam a 20% do treinamento total (2,5 semanas) e os treinamentos técnicos e táticos compreenderam 80% do treinamento total (9,5 semanas). Durante o período de treinamento técnico e tático, a parte física era estimulada de acordo com a intensidade do treinamento destes aspectos. Durante o período preparatório, 4 semanas, a programação do treinamento procurou

proporcionar uma base fisiológica pata os atletas suportarem as fases seguintes de treinamento (Figura 1).

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Figura 1. Representação gráfica do modelo de programação semanal de treinamento no período preparatório. Adaptado de Borin, Gomes e Leite, 2007.

No período competitivo, houve maior preocupação com intensidade do que com o volume de treinamento (Figura 2). A equipe disputou campeonatos estaduais e regionais durante o período de treinamento. Os atletas realizaram treinamento quatro vezes por semana, duas a três horas por dia, sem contar as partidas oficiais e amistosas.

Figura 2. Representação gráfica do modelo de programação semanal de treinamento no período competitivo. Adaptado de Borin, Gomes e Leite, 2007.

4.1. Medidas antropométricas

A massa corporal foi mensurada por meio de uma balança antropométrica com precisão de 100g e a estatura a partir de um estadiômetro de madeira com precisão de 0,1cm. As espessuras das dobras cutâneas foram mensuradas em milímetro com auxílio de um compasso cescorf®. Foram destacadas as dobras nas regiões triciptal, subescapular, supra-ilíaca, coxa e perna medial. Os diâmetros ósseos

biepicôndiliano do úmero e do fêmur foram determinados por um paquímetro de metal (Somet®) com escala de medida de 0,1 cm. As medidas de circunferência do braço contraído e da panturrilha foram realizadas com auxílio de uma fita métrica flexível (Mabis®).

As medidas antropométricas permitiram o cálculo do índice de massa corporal (IMC), da densidade corporal, a partir do emprego do modelo de regressão proposto por

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Jackson, Pollock e Ward (1980), variável essa necessária para o cálculo do percentual de gordura, enquanto essa última medida citada foi determinada de acordo com a sugestão de Siri (1961).

4.2. Avaliação da capacidade anaeróbia

A velocidade máxima dos atletas foi avaliada através de um teste de 35 m. No futsal, para avaliar velocidade máxima, testes entre 10 e 40 m são os mais

representativos (BARBIERI, 2009).

Para avaliar a potência anaeróbia e o índice de fadiga (IF) foi utilizado o Running-based Anaerobic sprint test (RAST) (ZACHAROGIANNIS, PARADISIS e TZIORTZIS, 2004). O teste consistiu em seis corridas de 35 m em velocidade máxima com intervalos de 10 s. Os atletas iniciaram o teste em posição em pé e responderam ao comando: “preparar, vai”. Neste momento o cronômetro foi iniciado e travado quando o atleta ultrapassou a linha final. O teste foi aplicado em uma pista de atletismo devidamente marcada e equipada. A potência anaeróbia de cada

corrida e o IF foram calculados por meio das equações abaixo. A partir da potência anaeróbia de cada corrida foi selecionada a potência máxima e calculada a potência média para cada participante.

4.3. Análise Estatística

As variáveis utilizadas para comparar os grupos foram: massa corporal,

estatura, IMC, percentual de gordura relativa, duração e potência de cada corrida em velocidade máxima, potência anaeróbia máxima e média e o índice de fadiga.

A análise estatística foi realizada usando o pacote estatístico SPSS versão 10.0 para Windows (SPSS, Inc., Chicago, IL) com nível de significância de p ≤ 0,05.

Os dados foram agrupados e descritos em valores de média e desvio padrão. Para comparar as variáveis antropométricas e anaeróbias das avaliações pré e pós

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período de 12 semanas de treinamento foram realizados o teste t de Student para amostras pareadas.

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5. RESULTADOS

Após a realização de todo o processo experimental foram encontrados os resultados pré e pós treinamento em cada uma das variáveis analisadas no estudo.

as variáveis antropométricas não apresentaram diferenças estatísticas entre o pré e pós treinamento (Tabela 1), com exceção do diâmetro biepicondiliano do fêmur que foi significante diferente entre as avaliações (t1,12 = 7,72; p<0,01).

TABELA 1 Valores individuais, médios e desvio-padrão (DP) das características antropométricas Pré Treino (PrT) e Pós Treino (PoT) dos jogadores de futsal.

Características

Antropométricas Peso (Kg) Estatura (cm) IMC %Gordura

Jogadores PrT PoT PrT PoT PrT PoT PrT PoT

1 79,70 79,30 179,00 179,00 0,89 0,89 18,82 17,69 2 71,00 71,60 172,00 172,00 0,83 0,83 12,63 12,07 3 71,60 70,30 165,00 165,00 0,87 0,85 19,75 19,78 4 55,20 56,40 172,00 172,00 0,64 0,66 8,15 8,18 5 67,70 70,10 180,00 180,00 0,75 0,78 7,85 9,28 6 81,10 82,60 176,00 176,00 0,92 0,94 12,44 15,50 7 103,60 100,10 185,00 185,00 1,12 1,08 20,37 15,46 8 61,30 61,20 171,00 171,00 0,72 0,72 9,07 8,75 9 66,30 67,30 169,00 169,00 0,78 0,80 10,95 10,45 10 79,30 79,70 179,00 179,00 0,89 0,89 16,25 12,59 11 77,90 78,80 177,00 177,00 0,88 0,89 19,51 14,24 12 75,50 73,70 184,00 184,00 0,82 0,80 15,44 14,78 13 73,90 73,30 165,00 165,00 0,90 0,89 16,23 13,30 Média 74,16 74,18 174,92 174,92 0,85 0,85 14,42 13,24 DP 11,66 10,77 6,54 6,54 0,12 0,11 4,54 3,50

Para a velocidade (Figura 3), o teste t de Student revelou diferença significativa entre pré e pós treinamento (t1,12 = 9,25; p<0,01). O período de 12

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semanas de treinamento exerceu influencia positivamente sobre a velocidade dos jogadores, mostrando menores tempo de duração de corrida para o pós treinamento (5,20±0,24 s) em comparação ao pré treinamento (5,55±0,26 s).

Figura 3. Comparação entre o período pré treinamento e o período pós treinamento do teste de velocidade.

A potência máxima e média foram significantementes (t1,12 = 5,55, p<0,04 e t1,12 = 15,38; p<0,01) menor na avaliacao pré treinamento (568,47±127,00 e 438,93±54,29 watts, respectivamente) do que pós treinamento (695,10±179,20 e 520,61±81,07 kgxcm2/s2, respectivamente), o que demonstra o efeito do treinamento sobre estas variavéis (Figura 4 e 5).

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Figura 4. Comparação entre o período pré treinamento e o período pós treinamento da potência máxima.

Figura 5. Comparação entre o período pré treinamento e o período pós treinamento da potência média.

Já o índice de fadiga, a análise estatística (t1,12 = 0,33; p<0,57) não revelou diferença significativa pré (0,34±0,13 %) e pós (0,36±0,09 watts/s) período de treinamento.

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6. DISCUSSÃO

O objetivo do estudo foi verificar e analisar o efeito do treinamento de futsal nas características antropométricas e da capacidade anaeróbia de atletas de futsal da categoria adulta. Com esperado, o treinamento foi capaz de promover melhoras nas capacidades anaeróbias, potência máxima e média e velocidade, dos atletas.

No entanto não houve mudanças nas características antropométricas dos atletas após período de treinamento.

6.1 Características antropométricas

O perfil funcional e fisiológico dos jogadores de futebol tem sido objeto de muitas pesquisas (REILLY, 1994; SHEPHARD, 1999). Após a análise dos resultados, pudemos observar que a utilização do período de 12 semanas de treinamento não apresentou significância relacionada às características antropométricas dos sujeitos do estudo.

A falta de diferença significativa pode indicar dois aspectos: 1) os atletas antes de iniciar o treinamento já apresentavam bons níveis antropométricos para o futsal e desta forma, o treinamento não foi capaz de promover mudanças suficientes para o rendimento dos jogadores; 2) é possível que o treinamento não tenha visado especificamente a melhora das características antropométricas dos atletas, uma vez que o objetivo principal era o desempenho das capacidades físicas, da técnica e da tática. É provável que a diferença da medida óssea do diâmetro biepicondiliano do fêmur seja por acaso, não sendo promovido pelo treinamento, ou ainda por falha na coleta de dados.

É importante ressaltar que, mesmo de modo não significante, após o período de treinamento (12,84±3,52 %) o percentual de gordura mostrou-se menor do que na

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avaliação pré treinamento (14,02±4,40 %). O treinamento físico provoca importantes modificações nos parâmetros de composição corporal, sobretudo na gordura corporal e na massa magra dos atletas. Os efeitos anabólicos do treinamento físico induzem a um aumento na massa magra, por outro, a gordura corporal relativa tende a sofrer redução. Possivelmente se o período de treinamento fosse estendido os valores referentes ao percentual de gordura dos sujeitos dos atletas diminuiriam de maneira estatisticamente significante.

6.2 Capacidade Anaeróbia

A escassez de artigos publicados relacionados à modalidade do estudo dificulta a comparação dos resultados obtidos, sendo uma limitação para o aprofundamento das análises.

O período de 12 semanas de treinamento utilizado pelo estudo foi o suficiente para apresentar valores significativos nas variáveis anaeróbias, como para a velocidade. Devido a característica do jogo de futsal, no qual os atletas deslocam-se em média 121 m/min durante as partidas, sendo 12% destes em alta intensidade (CASTAGNA e colaboradores 2007), o treinamento da velocidade é característica marcante na preparação do atleta de futsal. Os treinamentos visam esta capacidade física na preparação dos atletas.

A potência anaeróbia esta relacionada a manutenção de rendimento físico durante a partida. Quanto maior a potência anaeróbia, maior a manutenção do rendimento físico durante o jogo. Como o futsal tem característica intermitente (BARBIERI, 2009), a necessidade de altos valores de potência é necessária para o alto rendimento no futsal. O período de treinamento foi eficaz em promover esta mudança, indicando que os atletas tiveram melhoras em a avaliação inicial.

Com isso, ações que exigem alta intensidade e baixa duração com períodos curtos de recuperação foram melhoradas durante o período de treinamento.

Interessantemente, o IF não foi diferente entre as avaliações. É provável que os atletas apresentem certas dificuldades em não entrar em fadiga durante o jogo, sendo necessário substituí-los a todos os momentos.

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7. CONCLUSÃO

Com o estudo, pode-se concluir que o treinamento de 12 semanas foi eficaz em promover alterações da capacidade anaeróbia, promovendo melhoras no rendimento dos jogadores. No entanto, o período determinado de treinamento não conseguiu promover melhoras nas características antropométricas dos jogadores, parecendo ser necessário maior tempo para isso.

É importante salientar que trabalhos aplicados são essenciais para entender o treinamento e desenvolver treinamentos mais efetivos e aplicados. Indicam-se estudos que variem os períodos de treinamento e as intensidades do treinamento para que esta verificação seja mais efetiva.

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8. Referência Bibliográfica

- ARINS, F. B.; SILVA, R. C. R. Intensidade de trabalho durante os treinamentos coletivos de futsal profissional: Um estudo de caso. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, p. 291-296, 2007.

- ASTRAND, P.; RODAHL, K. Tratado de Fisiologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed.

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Referências

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