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IPT Nº 017 REFERÊNCIA TÉCNICA SISTEMA LAFARGE GYPSUM. Paredes de chapas de gesso acartonado. Emissão: Abril 2002 Validade: Março 2004.

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1. Descrição do Produto e Escopo da Avaliação

IPT

REFERÊNCIA

TÉCNICA

O 000

N

.

A presente Referência Técnica destina-se aos Sistemas Lafarge Gypsum para a execução de paredes internas não estruturais de edifícios, denominadas Paredes Gypsum. As paredes são constituídas por chapas de gesso acartonado, pré-fabricadas a partir de gipsita natural, aparafusadas em uma estrutura metálica leve. A estrutura, em perfis de chapas zincadas, é constituída por guias e montantes, sobre os quais são fixadas as chapas de gesso acartonado em uma ou mais camadas, gerando uma superfície apta a receber o acabamento final.

Emissão: Abril 2002

Validade: Março 2004

Produto:

SISTEMA LAFARGE GYPSUM

Paredes de chapas de gesso

acartonado

Fabricante:

GIPSITA S.A.

Mineração, Indústria e Comércio

Empresa do Grupo LAFARGE

Os componentes básicos do sistema como as chapas de gesso acartonado, a massa para junta e os perfis de

Fábrica:

aço zincados, são produzidos no Brasil. Parafusos e

fitas para juntas são importados pela Lafarge Gypsum.

Av. Marginal, s/ Nº Km 1,5

As chapas de gesso acartonado são produzidas pela

Petrolina PE

Lafarge Gypsum em sua unidade de produção de Petrolina PE , Av. Marginal s/nº km 1,5, denominada

Serviço de Atendimento ao Cliente

Gipsita S.A. Mineração, Indústria e Comércio. Os

Tel: (21) 3804-5900

perfis metálicos são produzidos por empresa

Fax: (21) 2262-2396

contratada pela Lafarge Gypsum, sendo as

especificações e garantia da qualidade de

Os leitores devem verificar se esta

responsabilidade da Lafarge Gypsum.

Referência Técnica não foi cancelada

O IPT conduziu as avaliações técnicas para os dois tipos de chapas de gesso acartonado BR 12,5

ou substituída por versão mais

(12,5mm) produzidas pela Lafarge Gypsum:

recente, consultando a página

“www.ipt.br/servicos/cct” na internet

! Chapas “Gypsum ST”- tipo Standard, destinadas a

ou contatando o IPT.

paredes de áreas secas.

! Chapas “Gypsum RU”- tipo Resistente à Umidade,

Tel.: (11) 3767-4718

destinadas a áreas sujeitas à ação da umidade por

Fax: (11) 3767-4009

tempo limitado, de forma intermitente.

e-mail: cct@ipt.br

(2)

2. Regulamentação e Critérios de Avaliação

3. Informações e dados técnicos

Os perfis metálicos zincados possuem espessura de chapa de no mínimo 0,50mm. Utilizam-se para guias O IPT efetuou a avaliação levando em conta sua os perfis G48, G75 e G90, com largura nominal de experiência acumulada e considerando os principais 48mm, 75mm e 90mm, respect ivament e. Para documentos normativos ou procedimentos seguintes: montantes são utilizados os perfis M48, M75 e M90

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de com largura nominal de 48mm, 75mm e 90mm,

São Paulo (IPT) respectivamente, e altura nominal de abas de 35mm.

Critérios de Desempenho IPT – Instituto de Pesquisas Devem ser empregadas chapas zincadas classe B, no Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-BNH 81 e mínimo.

IPT - FINEP 95)

Dentre os acessórios, os principais são os seguintes: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

! NBR 11675:1990 – Divisórias leves internas ! Parafusos auto-atarrachantes para a fixação da

moduladas primeira camada de chapas de gesso (TA 6 x 1”), para

! NBR 10636:1989 – Divisórias sem função a fixação da segunda camada de chapas (TA 7 x 2”) e estrutural Determinação da resistência ao fogo. para a fixação metal/metal (LA 8 x 9/16”);

! NBR 14715:2001 – Chapas de gesso acartonado. ! Peça metálica, denominada “Platina”, constituída

Requisitos de chapa metálica de 0,8mm de espessura,

! NBR 14716:2001 – Chapas de gesso acartonado. zincada classe B, no mínimo, empregada para Verificação das características geométricas reforço interno da parede quando da fixação de ! NBR 14717:2001 – Chapas de gesso acartonado. peças suspensas pesadas (“Platina de Reforço

Determinação das características físicas Gypsum”);

! Fita de papel Lafarge Gypsum JT microperfurada Normas Francesas

o importada para a execução das juntas entre as

! D.T.U. n 25-41 Ouvrages en plaques de parement

chapas; en plâtre

! Massa para juntas, empregada na execução das International Organization for Standardization juntas entre chapas e para o arremate das cabeças

(ISO) dos parafusos (“Massa de Rejunte Gypsum”); e

! ISO 140-3: 1995, Acoustics - Measurement of sound ! “Cola Gypsum” para calafetação do espaço entre insulation in buildings and of building elements - as chapas e o piso.

Part 3: Laboratory Measurements of Airbone Sound

Insulation of Building Elements. Também pode ser considerado como acessório o

American Society for Testing and Materials produto eventualmente empregado entre a estrutura

! ASTM D 3273-94, “Standart Test Method for suporte e os perfis metálicos das paredes (guias e Resistance to Growth of Mould on the Surface of montantes laterais), conhecido no mercado como Interior Coating in a Environmental Chamber”. “banda acústica”.

Não deve ser empregada pasta de gesso e água, preparada em obra com gesso em pó comum.

3.1. Principais componentes do sistema As paredes em chapas de gesso são designadas

basicamente da seguinte forma (medidas em mm): As chapas de gesso acartonado normalmente ! Parede Gypsum D100/75/600, indicando uma utilizadas possuem dimensões nominais de 12,5mm parede de 100mm de espessura com montantes de de espessura, 1,20m de largura e entre 1,80m a 3,00m 75mm espaçados a cada 600mm e uma chapa de de comprimento. Os tipos de chapas considerados gesso acartonado “Gypsum” de cada lado da

são os seguintes: estrutura metálica.

! Chapas Gypsum ST – tipo Standard, destinadas a ! Parede Gypsum D125/75/600, indicando uma paredes de áreas secas. parede de 125mm de espessura com montantes de ! Chapas Gypsum RU – tipo resistente à ação da 75mm espaçados a cada 600mm e duas chapas de umidade, destinadas a áreas sujeitas à ação da gesso acartonado “Gypsum” de cada lado da umidade por tempo limitado, de forma intermitente. estrutura metálica.

As especificações complementares indicarão o tipo de chapa adotado, conforme NBR 14715, tipo de borda, emprego de lã mineral e tipo de estruturação metálica. 3.2. Juntas de movimentação

Devem ser adotadas juntas de movimentação em paredes de grandes dimensões, de forma a evitar problemas de fissuração por movimentações higrotérmicas. Para paredes simples, ou seja, com uma camada de chapa de gesso em cada face,

.

.

.

Características gerais das chapas exigidas conforme NBR 14715

Tolerância na espessura Tolerância na largura +0 / - 4mm Tolerância no comprimento +0 / - 5mm Desvio no esquadro Rebaixo de borda Largura: min 40mm e máx 80mm Profundidade: min 0,6mm e máx 2,5mm Densidade superficial de massa (chapas de 12,5mm)8,0 a 12,0 kg/m² Resistência à flexão transversal 210N (chapas de 12,5mm) Resistência à flexão longitudinal 550N (chapas de 12,5mm) Absorção de água para chapas RU Máxima de 5%

(3)

! alicate especial para fixação dos montantes nas recomenda-se uma junta de movimentação a cada

guias; 50m². No caso de paredes duplas, ou seja, com duas

! alavanca levantadora para posicionamento das camadas de chapas de gesso em cada face,

chapas de gesso; recomenda-se uma junta a cada 70m². Em qualquer

! parafusadeira para fixação das chapas à estrutura caso, a distância máxima entre juntas deve ser de

metálica; 15m.

! espátulas e desempenadeiras metálicas para tratamento das juntas entre as chapas;

As juntas devem ser executadas conforme

! níveis,linhas e prumo; recomendações da Lafarge Gypsum, de forma a

! brocas tipo copo, para execução de aberturas garantir o isolamento acústico, a resistência

circulares nas chapas de gesso. mecânica, a resistência ao fogo e o acabamento da

parede.

3.4.1. Procedimento de montagem

Marcação e fixação das guias: Marcar no piso e no teto a localização das guias e os pontos de referência dos vãos de portas e dos locais de fixação de cargas pesadas, previamente definidos em projeto. Observar um espaçamento entre as guias na junção das paredes em 'L' ou em 'T' para colocação das chapas de gesso acartonado. As guias devem ser fixadas no piso e no teto no máximo a cada 60cm, com parafusos e buchas ou pinos de aço. Caso haja necessidade de colagem das guias, apenas em condições especiais, deverá ser consultada a Lafarge Gypsum.

Colocação dos montantes: Os montantes devem possuir aproximadamente a altura do pé direito com 5mm a 10mm a menos. Quando os montantes são duplos, eles devem ser solidarizados entre si com parafusos metal/metal, espaçados de no máximo 40cm. Fixar os montantes de partida nas guias inferiores e superiores com parafuso metal/metal ou alicate especial e nas paredes laterais. Os montantes devem ser espaçados de 40cm ou 60cm, dependendo do tipo de parede. Caso haja necessidade de emenda de montantes, em função do pé-direito, consultar a Lafarge Gypsum. Em casos especias, sob consulta prévia à Lafarge Gypsum, poderão ser empregados montantes encaixados entre si, formando um tubo telescópico.

3.3. Juntas flexíveis ou telescópicas

As paredes permitem uma certa movimentação ou acomodação, em função de deformações da estrutura suporte, pois possuem folgas entre seus componentes, especificamente entre montantes e guias e entre chapas de gesso e estrutura (lajes ou vigas). Todavia, para estruturas mais flexíveis ou deformáveis, devem ser previstos detalhes especiais para acomodação aos esforços, como as juntas flexíveis ou telescópicas indicadas pela Lafarge Gypsum.

3.4. Montagem das paredes

Para montagem das paredes, são necessárias

ferramentas apropriadas, como: Colocação das chapas de gesso: As chapas de ! faca retrátil ou estilete, serrote normal e de bico, e gesso devem possuir aproximadamente a altura do pé

plaina para corte e acabamento das chapas de direito, com pelo menos 1cm a menos. As aberturas

gesso; para as caixas elétricas e outras instalações podem

! tesoura para corte dos perfis metálicos (montantes ser feitas antes ou após a montagem, dependendo da

e guias); seqüência executiva. Posicionar as chapas de

10 cm 10 cm

JUNTA DE MOVIMENTAÇÃO SIMPLES

FIGURA 2 SELANTE FLEXÍVEL CANTONEIRA PARA ARREMATE CHAPA GYPSUM MONTANTE

JUNTA DE MOVIMENTAÇÃO RECOMPONDO ISOLAMENTO

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encontro aos montantes, encostadas no teto, Tratamento das juntas entre chapas de gesso: deixando a folga na parte inferior. As juntas em uma Aplicar uma primeira camada de “Massa de Rejunte face da parede devem ser desencontradas em relação Gypsum” sobre a região da junta com a espátula às da outra face. No caso de paredes com chapas metálica. Em seguida, colocar a fita de papel duplas, as juntas da segunda camada devem ser microperfurada (“Fita Lafarge Gypsum JT”) sobre o defasadas da primeira. As juntas entre chapas devem eixo da junta. Tomar cuidado para que a saliência da ser feitas sempre sobre montantes. dobra da fita esteja em contato com a primeira camada de massa. Pressionar firmemente a fita com a espátula As chapas são parafusadas aos montantes, com de forma a eliminar o excesso de massa. Com a espaçamento de 30cm entre os parafusos e, no desempenadeira metálica, aplicar outra camada de mínimo, a 1cm da borda da chapa. No caso de duas massa de rejunte de forma que a massa fique camadas de chapas de gesso em uma mesma face faceando as superfícies das chapas de gesso da parede, pode-se parafusar a primeira camada de contíguas. Após secagem, variável em função do tipo chapa nos montantes, com espaçamento de 60cm de massa, da temperatura e da umidade relativa, entre os parafusos, pois os parafusos de fixação da poderá ser dado o acabamento final na junta, com seg und a cam ada , esp aça dos a cad a 30c m, nova aplicação de fina camada de massa, por meio de perpassam e fixam também a primeira camada aos desempenadeira metálica. Para paredes com mais de montantes. Quando os montantes são duplos, uma camada de chapa de gesso em uma mesma face, parafusar alternadamente sobre cada montante. calafetar as juntas das camadas intermediárias com Tomar cuidado no parafusamento para que a cabeça massa de rejunte e executar a junta completa com do parafuso não perfure totalmente o cartão e para massa de rejunte e fita de papel microperfurada que não fique saliente em relação à face da chapa. somente na camada externa.

Após a colocação das chapas em uma das faces da 3.4.2. Revestimentos parede, certificar-se do correto posicionamento e

execução das instalações elétricas e hidráulicas As paredes, após o tratamento das juntas e dos (inclusive com teste de estanqueidade), da eventual cantos, podem receber o revestimento. No caso da colocação de lã mineral e reforços para a fixação de c o l o c a ç ã o d e a z u l e j o s , r e c o m e n d a - s e o peças suspensas pesadas antes da colocação das assentamento com argamassas colantes especiais, chapas na outra face da parede. Estes itens devem ser mais flexíveis e com maior aderência sobre o cartão. previstos em projeto. No caso de pintura lisa, pode haver necessidade de As tubulações em cobre ou bronze devem ser isoladas aplicação de massa de preparação antes da aplicação dos perfis metálicos para evitar corrosão por pares da tinta, em função do acabamento desejado.

galvânicos, inclusive quando passarem nos furos

existentes nos montantes. Os fios e cabos elétricos 3.5 Peças suspensas devem ser colocados em eletrodutos. No caso do

emprego de eletrodutos corrugados é recomendada a Podem ser fixadas peças suspensas nas paredes, utilização de peças de proteção nos furos dos diretamente às chapas de gesso acartonado, desde

montantes. que sejam respeitados os limites de cargas

recomendados pela Lafarge Gypsum e pelos fabricantes de sistemas de fixação. O usuário deve certificar-se quanto aos tipos de buchas disponíveis no mercado e seus limites, estes devidamente comprovados por ensaios.

Observar sempre um coeficiente de segurança igual a 3, para as cargas de uso, ou seja, limitar a carga de uso, por ponto, a um terço do valor da carga limite de ruptura para um determinado tipo de fixação. Observar, portanto, se constam as cargas limites de ruptura ou cargas de uso.

Devem ser consideradas três formas de fixação de peças suspensas:

! carga pontual aplicada ao sistema de fixação de forma isolada, através de uma cantoneira de 75mmx75mm;

! carga pontual aplicada ao sistema de fixação de forma isolada, faceando a parede;

! carga aplicada através de mão francesa, a 30cm da parede, sendo o braço vertical da mão francesa de 15cm; a carga total deve ser aplicada em dois braços, distantes entre si de 50cm.

(5)

Empregar sempre sistemas de fixação apropriados. Quando da fixação de peças mais pesadas, que suplantem os valores recomendados para a fixação direta nas chapas de gesso acartonado, devem ser previstos reforços internos, como a “Platina de Reforço Gypsum” ou peças de madeira. Preferencialmente, tais pontos de fixação devem ser previstos em projeto, sendo o reforço já executado quando da montagem das paredes. Caso haja necessidade da execução de um reforço com a parede pronta, pode-se proceder à remoção de um trecho da chapa de gesso para a execução do reforço; a recolocação da chapa de gesso e sua fixação deve ser feita sobre o montante. As peças de madeira embutidas nas paredes devem ser de espécies com durabilidade natural elevada ou devidamente tratadas em autoclave com produto hidrossolúvel.

3.6. Durabilidade

As paredes internas resistem a impactos normais de uso, não devendo ser submetidas, todavia, a choques mecânicos anormais, que poderão introduzir avarias nas mesmas. Da mesma forma, não devem ser submetidas à ação anormal de objetos pontiagudos,

“PLATINA DE REFORÇO GYPSUM”

FIGURA 5

mecânicos anormais, que poderão introduzir avarias nas mesmas. Da mesma forma, não devem ser submetidas à ação anormal de objetos pontiagudos, os quais poderão perfurar ou riscar as paredes. A despeito disto, as paredes poderão ser reparadas, empregando-se “ L

p ” t

Quanto às paredes de áreas sujeitas à ação da umidade, devem ser prontamente reparados eventuais vazamentos de água nas instalações, descolamentos ou falhas em revestimentos, falhas no piso e falhas na impermeabilização.

3.7. Condições e limitações de uso

O sistema destina-se a paredes internas não estruturais de edifícios residenciais e comerciais, sob condições normais de uso.

Tal sistema não deve ser empregado em locais externos, sujeitos a intempéries. Sua aplicação interna, em ambientes sujeitos à umidade, como cozinhas, banheiros e áreas de serviço, deve ser feita com o emprego das chapas resistentes à ação da umidade “Gypsum RU”, conforme recomendações da Lafarge Gypsum quanto à impermeabilização, proteção e revestimento das paredes.

3.8. Manuais e Documentos Complementares

! Sistemas Lafarge Gypsum – Paredes, Forros e Revestimentos em Painéis de Gesso – Catálago Técnico;

! Manual do Proprietário – Lafarge Gypsum;

! Mémento de Prescription des Ouvrages en Plaque de Plâtre – Lafarge Plâtres.

Fita afarge Gypsum JT”, trechos de cha as de gesso acartonado e “Massa de Rejunte Gypsum . As juntas devem sempre ser executadas no períme ro dos reparos.

4. Avaliação Técnica

As chapas destinadas à montagem dos corpos de prova de paredes foram fabricadas no Brasil pela Lafarge Gypsum, por meio de sua controlada Gipsita S.A. Mineração, Indústria e Comércio, na unidade situada à Av.

o

Marginal s/n km 1,5 - Petrolina-PE.

A “Massa de Rejunte Gypsum” e a “Cola Gypsum” foram fabricadas no Brasil pela Lafarge Gypsum, por meio de sua controlada Gipsita S.A. Mineração, Indústria e Comércio.

A título de caracterização, foram determinadas características físicas e geométricas das chapas conforme resumo apresentado na Tabela 1. Os valores obtidos satisfazem as tolerâncias admitidas pela NBR 14715 – Chapas de gesso acartonado - Requisitos.

Tabela 1 - Resumo dos resultados de caracterização das chapas de gesso acartonado

Rebaixo de bordas Profundi-dade (mm) Largura (mm) transv long Resistência à flexão mínima (N) 0,8 - 0,6 a 0,9 57 a 59 8,6 a 9,1 247 620 0,8 2,9 0,6 a 0,9 43 a 45 11,0 a 11,2 299 634 Densidade superficial de massa (kg/m²) Desvio de esquadro máximo (mm/m) Absorção de água máxima (%) Tipo de Chapa Gypsum ST Gypsum RU Comprimento Médio (mm)

(6)

Para os perfis de aço zincado, os resultados dos ensaios são apresentados na Tabela 2. Tabela 2 - Resumo dos resultados de ensaio nos perfis de aço zincado

4.1. Comportamento sob ação de impactos de corpo mole

As paredes foram submetidas a impactos de corpo mole, conforme critérios apresentados a seguir:

! Impactos com energias de 60J e 120J (3 impactos), para impactos de utilização e de 180J e 240J, para impactos de segurança (Critério IPT);

! Impactos com energia de 60J, para impactos de utilização e 120J (3 impactos) para impactos de segurança (NBR 11675).

As paredes simples, com uma única camada de chapas de gesso em cada lado (D 100/75/600), enquadram-se na NBR 11675, como divisórias leves internas moduladas. As paredes duplas, com duas camadas de chapas em cada face (D 125/75/600), enquadram-se nos Critérios IPT, como paredes internas sem função estrutural.

Não foram realizados ensaios de impactos de corpo duro e solicitações transmitidas por portas, porém espera-se comportamento semelhante ao das paredes alvo dos relatórios IPT nº 843 367; 843 368; 843 375; 843 376, visto que as características das chapas são semelhantes às chapas importadas.

Para impactos de corpo duro, os Critérios IPT consideram a energia de impacto de 2,5J, para impactos de utilização, e de 10J para impactos de segurança.

Para solicitações transmitidas por portas, os Critérios IPT consideram a aplicação de 10 fechamentos bruscos da folha de porta contra o marco e de um impacto de 240J na folha de porta, no sentido de fechamento da mesma. 4.2. Solicitações transmitidas por peças suspensas

Foram realizados ensaios com reforços (“Platina de Reforço Gypsum” e madeira tratada) e diretamente na chapa. O usuário deve certificar-se junto à Lafarge Gypsum ou fabricantes de sistemas de fixação quanto aos tipos de buchas disponíveis no mercado. Os valores de cargas de uso constantes desta Referência Técnica englobam um coeficiente de segurança igual a 3.

A carga pontual foi aplicada ao sistema de fixação de forma isolada, por meio de uma cantoneira de 75mm x 75mm ou faceando a parede. A carga por meio da mão francesa foi aplicada a 30cm da face da parede, sendo o braço vertical da mão francesa de 15cm; a carga foi aplicada em dois braços, distantes de 50cm. Na Tabela 3, a carga de uso para mão francesa é a carga total de uso, ou seja, a carga total aplicada nos dois braços da mão francesa. Tabela 3 - Carga suspensa em parede Lafarge Gypsum, com chapa “Gypsum ST”

!

Carga suspensa do tipo mão francesa (carga total nos dois braços)

Carga suspensa do tipo cantoneira de 75mm x 75mm (carga isolada)

Carga tipo “cisalhamento” (carga isolada faceando a parede)

Tipo de parede Tipo de fixação Tipo de reforço Carga de uso

D 100/75/600 Toggle Bolt ¼ Sem reforço 16 kgf

D 100/75/600 Toggle Bolt ¼ Reforço de madeira 33 kgf

Tipo de parede Tipo de parede Tipo de fixação Tipo de fixação Tipo de reforço Tipo de reforço Carga de uso Carga de uso D 100/75/600 D 100/75/600 Toggle Bolt ¼ Hilti HLD2 Sem reforço Sem reforço 23 kgf 15 kgf

D 100/75/600 Toggle Bolt ¼ Platina de Reforço Gypsum 36 kgf

D 100/75/600 Toggle Bolt ¼ Platina de Reforço Gypsum 23 kgf

Tipo de Perfil M 75 G 75 Altura média (mm)

Largura média das abas (mm) Densidade linear de massa (kg/m) Massa média da camada de zinco dupla face (g/m²) Aderência da camada de zinco Uniformidade da camada de zinco, lado externo e interno

0,54 74,6 27,6 28,5 0,50 Satisfatória Duas imersões 0,54 72,7 37,4 35,1 0,62 Satisfatória Três imersões

Espessura média (mm)

(7)

4.3. Isolamento acústico

Foi determinado o índice de isolamento sonoro ponderado, Rw, para paredes representativas do sistema com chapas duplas, ou seja, duas camadas de chapas de cada lado da parede, sem ou com lã de vidro, conforme apresentado na Tabela 4.

Para paredes internas entre habitações contíguas é recomendado um Rw mínimo de 50dB (Critério IPT). 4.4. Resistência ao Fogo

Foi determinada a Resistência ao Fogo para paredes representativas do sistema, com chapas tipo “Gypsum ST”. Para a especificação das paredes internas devem ser atendidos os requisitos contidos nas regulamentações municipais e estaduais pertinentes à segurança contra incêndio.

Tabela 4 - Altura limite, resistência ao fogo e isolamento acústico

* Valor semelhante a partir do resultado obtido no relatório IPT nº 845 286 (D72/48/600). (1 )

Dados extraídos do Manual Técnico de Paredes e Forros - Sistema Lafarge Gypsum, considerando montantes com chapa de espessura nominal de 0,5mm.

(2) Dado extraído do relatório IPT nº 888 496 (lã de vidro com 75mm de espessura). (3)

Dado estimado a partir do ensaio em parede com chapa importada. (4)

Dado extraído do relatório IPT nº 883 470 (lã de vidro com 50mm de espessura). (5)

Dado extraído do relatório IPT nº 883 474. LV: lã de vidro,densidade 16 Kg/m³. SLV: sem lã de vidro.

O desempenho da parede depende da correta montagem em obra.

Outros resultados de resistência ao fogo e isolamento acústico podem ser obtidos junto à Lafarge Gypsum.

4.5. Ação de umidade, de calor e umidade, e de desenvolvimento de fungos

Para paredes com chapas “Gypsum RU” foram conduzidos ensaios de comportamento sob ação do calor e umidade, de forma a verificar as exigências da NBR 11675. Sob ação do calor e umidade, nenhuma ocorrência foi observada ao término do ensaio.

Sob ação da umidade, a variação na espessura ficou dentro do limite especificado na NBR 11675, tendo a face que recebeu nebulização com água apresentando pequenos pontos de bolor. Ressalta-se que os corpos de prova foram constituídos por chapas com a face nua, ou seja, sem nenhuma proteção ou revestimento adicional, além do próprio cartão de fabricação.

Foi conduzido ensaio de determinação da resistência ao desenvolvimento de fungos, conforme procedimento adaptado da norma ASTM D3273-94, 'Standard Test Method for Resistance to Growth of Mould on the Surface of Interior Coating in a Environmental Chamber'. Foram incluídas no ensaio, juntamente com as chapas “Gypsum RU”, chapas “Gypsum ST” e réplicas de chapas de madeira, todas as amostras nas mesmas condições. Após 7 dias de incubação, apenas as réplicas de chapas de madeira apresentavam mais do que 70% de crescimento sobre a área total; nesta idade, as amostras de chapas de gesso acartonado não apresentavam crescimento de fungos. Após 28 dias de incubação, as amostras de chapas “Gypsum Ru”apresentavam valores variados de crescimento de fungos, até 30% (um corpo de prova), até70% (cinco corpos de prova) e mais que 70% (3 corpos de prova) de crescimento sobre a área total. Após 28 dias de incubação, as chapas “Gypsum ST” apresentavam valores de crescimento de fungos de até 70% ou mais que 70% de crescimento sobre a área total. Ressalta-se que as amostras foram preparadas apenas com as chapas, sem nenhuma proteção superficial.

Desta forma, ressalta-se a necessidade de proteção superficial nas chapas tipo RU em áreas úmidas, a importância da adequada execução em obra, do emprego de impermeabilizações nas paredes e pisos, da adoção de detalhes construtivos para que não haja o comprometimento do desempenho e da durabilidade das paredes. Além disso, é importante o uso adequado dos ambientes, além da previsão em projeto de sistemas eficientes de ventilação e insolação.

(8)

5. Controle da qualidade

6. Fontes de informação

7. Assistência Técnica

O controle da qualidade implantado pela Gipsita S.A. na produção das chapas de gesso acartonado LAFARGE GYPSUM na fábrica de Petrolina PE, foi inspecionado pelo IPT e considerado adequado e suficiente para a manutenção das características do produto, estabelecidas nesta Referência Técnica. O controle da qualidade dos perfis metálicos e acessórios produzidos por terceiros não foi inspecionado pelo IPT, porém é de responsabilidade da Gipsita S.A.

Quanto à montagem do sistema, o controle deve ser exercido segundo recomendações da Lafarge Gypsum, visando garantir o atendimento às recomendações constantes desta Referência Técnica e de manuais do fabricante ou documentos complementares. Relatórios IPT nºs: 53309; 53847; 54501; 54502; 54503; 54504; 54506; 54507; 54999; 55000; 55001; 55002; 55003; 55004; 57897; 843367; 843368; 843375; 843376; 845286; 850671; 850672; 883470; 883474; 883828; 885226; 888495; 888496.

Sistemas Lafarge Gypsum: Manual Técnico de Paredes e Forros

• A Lafarge Gypsum mantém um serviço de assistência técnica para o atendimento ao cliente;

• A assistência técnica também é responsável pelo agendamento de visitas, palestras e demonstrações técnicas;

• O contato com a Lafarge Gypsum é feito através do SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente), no telefone (21) 3804-5900;

• Escritórios Regionais: SEDE: Rio de Janeiro

Av. Almirante Barroso, 52 - 15º andar Centro - Rio de Janeiro - RJ

CEP: 20031-000 Fone: (21) 3804-5900 Fax: (21) 2262-2396 Escritório: São Paulo Rua Helena, 140 - Cj. 22 Vila Olímpia - São Paulo - SP CEP: 04552-050 Fone: (11) 3842-5511 Fax: (11) 3849-1519

IPT

REFERÊNCIA

TÉCNICA

O

N 000

Condições de Emissão

Esta Referência Técnica é emitida nas seguintes condições:

Marco Antonio Grecco D´Elia Centro de Certificação Técnica/IPT - Diretor

Francisco E. B. Nigro

Instituto de Pesquisas Tecnológicas - Diretor Técnico Equipe Técnica:

Eng. Eduardo Figueiredo Horta Diretor da Divisão de Engenharia Civil

Eng. Cláudio Vicente Mitidieri Filho (coordenação) Divisão de Engenharia Civil

Eng. Antônio Fernando Berto Divisão de Engenharia Civil Tecnóloga Cristina Kanaciro Divisão de Engenharia Civil Eng. Fúlvio Vittorino Divisão de Engenharia Civil Eng. Marcelo Luis Mitidieri Divisão de Engenharia Civil Físico Peter Joseph Barry Divisão de Engenharia Civil Físico Mitsuo Yoshimoto Divisão de Engenharia Civil

Bióloga Maria Beatriz Bacellar Monteiro Divisão de Produtos Florestais

Av. Prof. Almeida Prado, 532 Cidade Universitária - Butantã CEP 05508-901 - São Paulo - SP Tel.: (11) 3767-4718 Fax: (11) 3767-4009 www.ipt.br 1. 2. 3. 4. 5.

O sistema é comercializado pela Gipsita S.A., de acordo com suas especificações de manufatura e normas aplicáveis.

O sistema é montado de acordo com as instruções da Gipsita S.A. e recomendações desta Referência Técnica. A Gipsita S.A. se compromete a manter o sistema nas condições gerais de qualidade em que foi avaliado nesta Referência Técnica.

A Gipsita S.A. manterá a produção de chapas de gesso acartonado fabricadas na unidade de Petrolina (PE), “Massa de Rejunte Gypsum” e “Cola Gypsum” fabricadas no Brasil e perfis metálicos e componentes fabricados por terceiros sob rígido controle.

O IPT não assume qualquer responsabilidade sobre perda ou dano advindo do resultado direto ou indireto do uso deste produto.

Na opinião do IPT, o produto “Sistema Lafarge Gypsum, de parede de chapas de gesso acartonado”, adotado pela Gipsita S.A., é adequado para o uso avaliado.

Esta opinião está restrita ao âmbito das declarações e condições expressas nesta Referência Técnica.

Instituto de Pesquisas Tecnológicas

Referências

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