APRESENTAÇÃO
Este material foi desenvolvido pelo Prof. Rodrigo Andrade, para ser utilizado
durante as aulas presenciais de Responsabilidade Civil.
Como o próprio nome o indica, trata-se de um roteiro de estudos: sua finalidade é
dinamizar as aulas, deixando já à sua mão os slides utilizados pelo professor e os
dispositivos normativos correlatos, de modo a que você possa se concentrar em fazer suas
anotações e esclarecer eventuais dúvidas, ao invés de se preocupar em copiar o que está na
lousa.
Ao longo das aulas, o professor projetará diversos slides. Cada
infográfico neste
roteiro corresponde a um slide projetado durante os encontros presenciais.
Abaixo de cada infográfico, você encontrará a transcrição dos
dispositivos
constitucionais,
legais e
jurisprudenciais relacionados ao assunto ali tratado.
Eventualmente, podem constar excertos doutrinários ou outras informações
complementares.
Em meio aos assuntos, haverá exercícios que deverão ser realizados em sala, durante
as aulas. No momento adequado, o professor o instruirá a respeito deles. Esses exercícios
têm como objetivo auxiliá-lo ou auxiliá-la na adequada compreensão da matéria, bem
como facilitar o processo de aprendizagem, sempre que possível, através de atividades de
natureza lúdica.
Ao final de cada bloco de assuntos, você encontrará
exercícios de fixação, que
deverão ser respondidos em casa, e levados para as aulas de revisão em sala, onde serão
corrigidos.
Sempre que possível, haverá também, ao final de cada unidade, questões de
concursos públicos, para que você possa desenvolver a habilidade de responder a questões
de múltipla escolha e já possa ir se preparando para provas, como o Exame de Ordem e
concursos das mais variadas carreiras.
Para que tenha melhor proveito deste material, sugere-se que você o imprima,
encaderne e leve para todas as aulas. Assim, poderá facilmente acompanhar o
desenvolvimento dos assuntos ao longo do período letivo, o que facilitará sobremaneira
seus estudos.
É óbvio que este material não substitui o estudo dos livros da melhor doutrina, que
será oportunamente indicada ao longo do texto, nem dispensa sua presença nas aulas
presenciais: é indispensável que você estude com afinco as lições dos grandes mestres, e
leve suas inquietações para os encontros presenciais, a fim de que você, seus colegas e seu
professor possam, juntos, construir o conhecimento.
Com isso, o Prof. Rodrigo Andrade espera que você possa aproveitar ao máximo o
convívio e as atividades propostas neste Roteiro de Estudos.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ... 2
INTRODUÇÃO ... 4
O que é a Responsabilidade Civil ... 4
Metodologia ... 4
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS ... 5
1.1
Responsabilidade Jurídica ... 5
1.2
Espécies de Responsabilidade no Direito Civil ... 6
FUNDAMENTO E FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL ... 9
2.1
Fundamento da Responsabilidade Civil ... 9
2.2
Funções da Responsabilidade Civil ... 9
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL ... 10
3.1
Conduta ... 10
3.2
Dano ... 11
INTRODUÇÃO
O que é a Responsabilidade Civil
O Código Civil Brasileiro começa sua Parte Especial com a disciplina das
relações jurídicas obrigacionais.
A
Responsabilidade Civil
é uma das disciplinas do Direito das Obrigações e
trata, essencialmente, da responsabilidade extranegocial, ou seja, da obrigação de
reparar um dano, imputada a alguém em razão da violação do dever geral de não
causar danos.
Trata-se de uma das disciplinas do Direito Civil em que há mais dissenso entre
os autores, em especial por conta de sucessivas inovações doutrinárias que nos
últimos anos vêm se verificando.
Tal fato demonstra a necessidade de um estudo sério e criticista sobre a
matéria, o que se pretende levar a cabo ao longo do período letivo.
Metodologia
Além do clássico método expositivo, a presente
Responsabilidade Civil
será
abordada por meio dos mais diferenciados métodos, sempre com o intuito de
proporcionar, para o estudante, a melhor e mais eficiente experiência de
aprendizagem. Assim, por exemplo, este Roteiro de Estudos é composto por
inúmeros exercícios, que contemplam desde questões de concursos públicos a
atividades lúdicas, como caça-palavras, palavras cruzadas, exercícios de associação
e questões discursivas, a serem resolvidas durante os encontros em sala de aula,
individual ou coletivamente.
A abordagem do conteúdo programático do componente curricular
Responsabilidade Civil
contemplará, ainda, o emprego de metodologias ativas,
aqui entendidas como o processo de ensino e aprendizagem cuja principal
característica é a inserção do estudante como principal agente responsável por sua
própria aprendizagem, comprometendo-se ativamente com o desenvolvimento das
competências cognitivas, técnicas e comportamentais indispensáveis à sua
formação.
Dentre as inúmeras ferramentas disponíveis, serão especificamente
empregados o método do Estudo de Caso, a Aprendizagem Baseada em
Conceitos Introdutórios
5
Anotações
Unidade 1
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
1.1
Responsabilidade Jurídica
INFOGRÁFICO I:RESPONSABILIDADE JURÍDICA
INFOGRÁFICO II:RESPONSABILIDADE JURÍDICA
Juízo de retribuição
Imposição do dever de responder pelo ato
Juízo de imputação
Atribuição da ação a um agente, como seu autor verdadeiro
Ação
Considerada moralmente censurável
Bem jurídico
Fato Jurídico
Responsabilidade Jurídica
Conceitos Introdutórios
6
Anotações
1.2 Espécies de Responsabilidade no Direito Civil
INFOGRÁFICO III:RESPONSABILIDADE NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO
Código Civil
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Espécies
Culpa
Respons. Subjetiva Dano causado por ato culposo Arts. 186 e 187 c/c 927 (caput) Respons. Objetiva Dano causado, mesmo sem culpa (risco da atividade) Art. 927, parágrafo únicoNorma Jurídica Violada
Conceitos Introdutórios
7
Anotações
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
INFOGRÁFICO IV:DISTINÇÕES ENTRE AS RESPONSABILIDADES NEGOCIAL E EXTRANEGOCIAL
Responsabilidade Negocial Responsabilidade Extranegocial
Gradação da culpa
Em alguns casos, a gradação da culpa pode resultar na isenção da obrigação de indenizar (art. 392)
A reparação é medida pela extensão do dano (art. 944), independentemente do grau de culpa do agente
Extensão da reparação
As partes podem estipular cláusula de não indenizar, ou limitativas da responsabilidade
A reparação é medida pela extensão do dano (art. 944)
Exercício da autonomia
As partes podem estipular cláusula de não indenizar, ou limitativas da responsabilidade
A reparação é medida pela extensão do dano, não podendo o agente limitar a responsabilidade.
Capacidade
dos agentes Exige-se capacidade do agente para celebrar o negócio jurídico. O incapaz pode ter de responder pelos danos que causar.
Regime da mora
A mora é contada desde o inadimplemento ou interpelação (art. 397).
A mora é presumida desde a ocorrência do evento (art. 398); Súmula 54 (STJ)
Ônus da prova
Cumpre ao réu provar que está adimplente ou fato extintivo da obrigação
Cumpre ao autor provar os pressupostos da responsabilização civil do réu
Prescrição Os prazos variam muito, a depender do tipo de tutela pretendida
Os prazos serão três anos (CC art. 206, §3º, V) ou cinco (CDC, art. 27).
Foro
competente Domicílio do réu (CPC, art. 46) Local em que o fato ocorreu (CPC, art. 53, IV, a; V)
Código Civil
Art. 206. Prescreve: [...] §3º Em três anos: [...] V - a pretensão de reparação civil;
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.
Conceitos Introdutórios
8
Anotações
Código de Processo Civil
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. §1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. §2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. §3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. §4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. §5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Art. 53. É competente o foro: [...] IV - do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; [...] V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
Código de Defesa do Consumidor
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Súmula da Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
Fundamento e Funções da Responsabilidade Civil
9
Anotações
Unidade 2
FUNDAMENTO E FUNÇÕES DA
RESPONSABILIDADE CIVIL
2.1 Fundamento da Responsabilidade Civil
INFOGRÁFICO V:FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL
2.2 Funções da Responsabilidade Civil
INFOGRÁFICO VI:FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Fundamento da Responsabilidade Civil
Elementos da Responsabilidade Civil
10
Anotações
Unidade 3
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
INFOGRÁFICO VII:ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
3.1 Conduta
INFOGRÁFICO VIII:CONDUTA
INFOGRÁFICO IX:VOLUNTARIEDADE
Elementos
Conduta
Dano ou
Prejuízo
Causalidade
Nexo de
Culpa
Conduta
Requisitos
VoluntariedadeIlicitude
Espécies
Positiva
Negativa
Voluntariedade
Ações Conscientes
Movimento físico em resposta a comandos sob o completo controle da ação e seus efeitos
pelo ser humano
Ações Inconscientes
Elementos da Responsabilidade Civil
11
Anotações
INFOGRÁFICO X:ILICITUDE
3.2 Dano
INFOGRÁFICO XI:DANO
Ilicitude Elementos Elemento Objetivo An ti jur id ic id ad e Elemento Subjetivo Im pu tab ili dad e Espécies Norma Violada Típico Atípico Tipolo-gia Ato ilícito em sentido estrito Abuso de direito Excludentes Es tado de ne ce ss idade Com culpa do lesado Sem culpa do lesado Le gí ti m a de fe sa Terceiro inocente Legítima defesa de terceiro Legítima defesa putativa Ex er cí ci o re gu lar de u m di re it o Es tr it o cu m p ri m ent o do de ve r le gal
Dano
In den izáve l V io laç ão d e um in te re sse jurí di co d e um a pe sso a C er te za d o d an o Su bsi stê nc ia do d an oEspécies
Natureza
do dano
Patr im on ial D ano e m er ge nt e Lu cr o ce ss ant e M or al Di re to o u Indi re to R ep ar abi -lidade Pessoa JurídicaDano moral coletivo
Elementos da Responsabilidade Civil
12
Anotações
3.3 Nexo de Causalidade
INFOGRÁFICO XII:NEXO DE CAUSALIDADE